JAMES LISBOA

Transcrição

JAMES LISBOA
LEILÃO DE ARTE
18 de abril de 2006
às 21 horas
Casa Fasano
Rua Haddock Lobo, 1644
EXPOSIÇÃO
De 10 a 17 de Abril
(inclusive no feriado)
Das 10 às 20 hs
Rua Arthur de Azevedo, 613
Cerqueira César
Tel.: (11) 5096 1175
Tel.: (11) 5096 0745
LANCES PRÉVIOS
Por telefone ou e-mail
[email protected]
LANCES POR TELEFONE
Cadastro Prévio
1175
0745
Tel.: (11) 5096
Tel.: (11) 5096
No dia do Evento
a partir das 19 hs
Tel.: (11) 9244 2049
Tel.: (11) 8266 9298
visite nosso site
www.escritoriodearte.com
JAMES LISBOA
LEILOEIRO OFICIAL
LEILÃO DE ARTE
18 de abril de 2006
às 21 horas
Casa Fasano
Rua Haddock Lobo, 1644
JAMES LISBOA
Leiloeiro Oficial
EXPOSIÇÃO
De 10 a 17 de Abril
(inclusive no feriado)
Das 10 às 20 hs
Rua Arthur de Azevedo, 613
Cerqueira César
Tel.: (11) 5096 1175
Tel.: (11) 5096 0745
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Por telefone ou e-mail
[email protected]
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Cadastro Prévio
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0745
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No dia do Evento
a partir das 19 hs
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Um homem forte
“O nordestino é, antes de tudo, um forte”, é a alusão cunhada
pela literatura de Euclides da Cunha. O escritor observou in
loco e concluiu a verdade histórica e cotidiana. Aldemir Martins
(Cajazeiras/PE, 1922 – São Paulo/SP, 2006) foi um artista maior,
dos mais conhecidos do Brasil, dono de múltiplos talentos, que
tinha um desenho único e perfeito – quase uma lembrança do
rendilhado das tradições de sua terra natal –, merecedor de
prêmios em Bienais paulistanas e na Bienal de Veneza, entre
uma infinidade de outros. Sua pintura também correu o mundo
e ganhou fama de ser brasileira de raízes. Como todo homem
bem ligado às coisas da terra, era um apaixonado pela natureza
e seus bichos e plantas foram uma de suas marcas duradouras
e inconfundíveis.
Era um privilégio conviver com esse homem de humor muito
peculiar, interessante, e um trabalhador incansável no seu
ofício. Seu ateliê no Sumaré, bairro de São Paulo, era um
microcosmo dessa mente privilegiada, repleta de recordações
de uma vida intensamente vivida. Havia uma infinidade de
obras em produção e um movimento constante de amigos,
colecionadores e admiradores era intenso. Era admirável
como Aldemir dava conta de tudo aquilo e se desdobrava em
atenções com todos aqueles visitantes.
Seus desenhos, gravuras e pinturas de Cangaceiros já são um
clássico na arte brasileira – bem de acordo com sua história
de vida e provando que Euclides estava correto naquilo que
escreveu: Aldemir foi, antes de tudo, um forte!
Antonio Carlos Abdalla
ÍNDICE
Artistas
ALDEMIR MARTINS
ALDO BONADEI
ALFREDO CESCHIATTI
ANITA MALFATTI
ANTONIO BANDEIRA
ANTONIO DIAS
ANTONIO GOMIDE
ANTONIO POTEIRO
ARCANGELO IANELLI
ARLINDO DAILBERT
ARNALDO FERRARI
ARTUR BARRIO
AUGUSTO RODRIGUES
BENEDITO PERETTO
BURLE MARX
CANDIDO PORTINARI
CARLOS SCLIAR
CARYBÉ
CHARLES AMABLE LENOIR
CÍCERO DIAS
CLÁUDIO TOZZI CLÓVIS GRACIANO
DANIEL SENISE
DARIO MECATTI
EDGAR OEHLMEYER
EMANUEL MANASSE
EMILIANO DI CAVALCANTI
ENRICO BIANCO
ERNESTO DE FIORI
FANG
FARNESE DE ANDRADE
FLÁVIO DE CARVALHO
FLÁVIO IMPÉRIO,
MARIA BONOMI E RENINA KATZ
FRANS KRAJCBERG
FULVIO PENNACCHI
GUSTAVO ROSA
IBERÊ CAMARGO
IVALD GRANATO
IVAN FREITAS
J. LAZERGES
17, 23, 30, 68, 78, 80, 134, 140
73, 116, 119
16
105
11
38
76, 87, 111
19, 22
47
05
53
39
02 A, 02 B
75
40, 46, 104
98, 99, 117, 118, 125, 129
69, 77
29 A, 29 B, 103
27
71
120, 131
15 A, 15 B, 15 C, 15 D, 33, 92, 108
44
107, 109, 137
128
127
70
14, 21, 141
101, 102
136
60, 61
32
07
35, 43
12, 42, 114
08, 135
34, 49
09, 94
13, 50, 63, 132
26
JORGE MORI
JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA
JOSÉ BECHARA
JOSÉ PANCETTI
JOSÉ PEDROSA
LÍVIO ABRAMO
LOTHAR CHAROUX
LOUIS I´CART
LUIZ PAULO BARAVELLI
MANABU MABE
MANOEL MARTINS
MARCELO GRASSMANN
MARIA BONOMI
MARIA GUILHERMINA
MARIA TOMASELLI
MÁRIO GRUBER
MARIO ZANINI
MASSIMO CAMPIGLI
MAURÍCIO NOGUEIRA LIMA
MIRA SCHENDEL
NEWTON MESQUITA
NOÊMIA MOURÃO
OMAR RAYO
PAULO ROSSI OSIR
PEDRO ALEXANDRINO
PEDRO WEINGARTNER
RAPHAEL GALVEZ
REYNALDO FONSECA
RONNIE WOOD
SÉRGIO MILLET
SIRON FRANCO
SOU KIT
THOMAS SANTA ROSA
TOMIE OHTAKE
TRAN THO
VASCO PRADO
WALDEMAR BELIZÁRIO
WALTER LEVY
WEGA NERY
YOLANDA MOHALYI
84
18, 20
36
100
113
03, 06
04 A, 04 B, 51
24, 25
130
52, 54, 66, 67, 81, 82, 83, 91
31 A, 31 B
138
01
139
56
74, 90, 124
93
28
37, 62
48 A, 48 B
121
126
41
85, 95
106
115
65
72, 79, 96, 97, 110
122
57, 86
58
133
88
55 A, 55 B, 55 C
123
112
89
10
45, 64
59
01
MARIA BONOMI
MOSQUITO
ME 33,5 x 15,5 cm MI 29,5 x 11 cm
xilogravura
ass. inf. dir. 63-73
exemplar nº 2/20
02 A
AUGUSTO RODRIGUES
FIGURA FEMININA
14 X 9,5 cm
técnica mista sobre papel
s/ ass. 1955
situado Londres
02 B
AUGUSTO RODRIGUES
DOIS PERSONAGENS
14 X 9,5 cm
técnica mista sobre papel
ass. inf. 1955
03
LÍVIO ABRAMO
CAVALOS
30 x 40 cm
ecoline sobre cartão
ass. inf. esq. 1950
04 A
LOTHAR CHAROUX
SÉRIE CARTÃO DE NATAL
25 x 12 cm
guache sobre cartão
ass. inf. dir. s/d
04 B
LOTHAR CHAROUX
SÉRIE CARTÃO DE NATAL
35 x 15 cm
guache sobre cartão
ass. inf. dir. s/d
05
ARLINDO DAILBERT
PINTOR
43 x 60 cm
grafite sobre papel
ass. inf. dir. s/d
06
LÍVIO ABRAMO
S/T
ME 28 x 21,5 cm MI 26 x 17 cm
xilogravura
ass. inf. esq. s/d
exemplar P.A.
07
FLÁVIO IMPÉRIO,
MARIA BONOMI E
RENINA KATZ
S/T
ME 50 x 35 cm MI 32 x 24 cm
litogravura
ass. inf. dir. s/d
exemplar nº 60/85
08
GUSTAVO ROSA
NU FEMININO
80 x 80 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. 1976
09
IVALD GRANATO
PERSONAGENS
39 x 42 cm
técnica mista sobre papel
ass. inf. dir. 1997
10
WALTER LEVY
SURREAL
38 x 46 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1947
11
ANTONIO BANDEIRA
12
FULVIO PENNACCHI
CIDADE
FAMÍLIA
16,5 x 11 cm
guache sobe papel
ass. inf. dir. 1964
21 x 13,5 cm
técnica mista sobre papel
ass. sup. dir. 1956
13
IVAN FREITAS
S/T
45 x 90 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1969
14
ENRICO BIANCO
MENINO COM CARNEIRO NO COLO
80 x 100 cm
óleo sobre placa
ass. inf. dir. 1997
15 A
CLÓVIS GRACIANO
15 B
CLÓVIS GRACIANO
SÉRIE BANDEIRANTES
SÉRIE BANDEIRANTES
15 C
CLÓVIS GRACIANO
15 D
CLÓVIS GRACIANO
SÉRIE BANDEIRANTES
SÉRIE BANDEIRANTES
35 x 26 cm
gravura em metal
ass. inf. dir. s/d
exemplar nº 18/30
35 x 26 cm
gravura em metal
ass. inf. dir. s/d
exemplar nº 18/30
35 x 26 cm
gravura em metal
ass. inf. dir. s/d
exemplar nº 18/30
35 x 26 cm
gravura em metal
ass. inf. dir. s/d
exemplar nº 18/30
16
ALFREDO CESCHIATTI
ABRAÇO
32 x 20 x 16 cm
escultura em bronze
ass. na peça s/d
exemplar nº 2/4
17
ALDEMIR MARTINS
CARAVELA
22 x 31 cm
nanquim sobre papel
ass. inf. esq. 1948
18
JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA
APITE
50 x 70 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1980
19
ANTÔNIO POTEIRO
SANTA CEIA
20
JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA
TREM
38 x 55 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1987
85 x 100 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1981
21
ENRICO BIANCO
COLHEITA
33 x 42 cm
óleo sobre placa
ass. inf. dir. 1981
22
ANTÔNIO POTEIRO
CAVALHADA
90 x 100 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 2006
23
ALDEMIR MARTINS
GALO
170 x 115 cm
serigrafia sobre tela
ass. inf. dir. 1963
24
LOUIS I´CART
CHAMPS ELYSEE
70 x 170 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. dec. 40
25
LOUIS I´CART
MULHER COM GALGO
50 x 60 cm
óleo sobre madeira
ass. inf. esq. dec. 40
91 x 158 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. s/d
PAISAGEM RURAL
26
J. LAZERGES
27
CHARLES AMABLE LENOIR
NYMPH WITH FLOWERS
117 x 73 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. s/d
28
MASSIMO CAMPIGLI
BANHISTAS
50 x 38 cm
litogravura a cores
ass. inf. dir. 1952
exemplar nº 27/125
29 A
CARYBÉ
CAVALGADA
56 x 48 cm
nanquim sobre papel
ass. inf. dir. 1971
29 B
CARYBÉ
CAVALGADA
48 x 56 cm
nanquim sobre papel
ass. inf. dir. 1971
30
ALDEMIR MARTINS
GALO
80 x 60 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. dir. 1980
31 A
MANOEL MARTINS
MATERNIDADE
21 x 30 cm
xilogravura aquarelada
ass. inf. esq. 1958
31 B
MANOEL MARTINS
SÃO PAULO
21 x 30 cm
xilogravura aquarelada
ass. inf. esq. 1959
32
FLÁVIO DE CARVALHO
FIGURA FEMININA
48 x 32 cm
nanquim sobre papel
ass. sup. dir. 1956
33
CLÓVIS GRACIANO
SÃO LÁZARO
81 x 65 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1957
catalogado sob nº 532/1069 no
projeto Clóvis Graciano
34
IBERÊ CAMARGO
FIGURA FEMININA
35 x 25 cm
guache e pastel oleoso
ass. inf. esq. 1991
35
FRANS KRAJCBERG
FOLHA
50 x 42 cm
xilogravura
ass. inf. dir. 2003
exemplar nº 68/100
36
JOSÉ BECHARA
PARAMARELO
90 x 120 cm
oxidação sobre lona
ass. no verso 1995
37
MAURÍCIO NOGUEIRA
LIMA
TERRAS CREME
100 x 80 cm
acrílico sobre tela
ass. no verso 1993
reproduzido no catálogo da
exposição do artista no MAC-SP
38
ANTONIO DIAS
OSSOS
67 x 96 cm
óleo, guache, óxido de ferro,
colagem sobre cartão
ass. no verso 1990
39
ARTUR BARRIO
FAZENDA
22 x 29 cm
guache sobe papel
ass. inf. esq. s/d
40
BURLE MARX
ABSTRATO
244 x 65 cm
tinta sobre tecido (panneaux)
ass. inf. dir. 1983
41
OMAR RAYO
CORAÇÃO
77 x 57 cm
gravura em relevo
ass. inf. esq. s/d
exemplar P.A.
42
FULVIO PENNACCHI
ALDEIA COM MAR
50 x 70 cm
óleo sobre chapa de
madeira industrializada
ass. inf. esq. 1980
43
FRANS KRAJCBERG
RAÍZES
54 x 76 cm
nanquim sobre papel
ass. inf. dir. 1983
dedicatória: “para meu irmão Sepp,
uma lembrança de Nova Viçosa”
44
DANIEL SENISE
S/T
140 x 110 cm
óleo sobre tela
ass. no verso 1985
45
WEGA NERY
RUMOR DE VISÕES
100 x 80 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1986
46
BURLE MARX
ABSTRATO
57 x 76 cm
nanquim sobre papel
ass. inf. dir. 1985
47
ARCANGELO IANELLI
VIBRAÇÕES
31 x 24 cm
pastel sobre papel
ass. inf. dir. dec. 90
48 A
MIRA SCHENDEL
SÉRIE OURO
34 x 25 cm
giz, ecoline e folha de ouro
sobre papel
ass. inf. dir. 1982
48 B
MIRA SCHENDEL
SÉRIE OURO
34 x 25 cm
giz, ecoline e folha de ouro e
prata sobre papel
ass. inf. dir. 1982
49
IBERÊ CAMARGO
FIGURA FEMININA
50 x 35 cm
guache e pastel oleoso
ass. inf. dir. 1991
dedicatória “para Eliana com o meu carinho
Iberê Camargo”
50
IVAN FREITAS
DA SÉRIE CINÉTICOS
86 x 100 cm
óleo sobre eucatex
ass. no verso s/d
51
LOTHAR CHAROUX
QUADRADO INCLINADO
100 x 70 cm
pintura látex PVA sobre chapa de madeira
industrializada
ass. inf. dir. 1970
etiqueta do IV Salão Nacional de Arte
Contemporânea Museu de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte - 1970. etiqueta
do ateliê do artista. etiqueta do Centro
Cultural Brasil Estados Unidos - Santos
52
MANABU MABE
ABSTRATO
62 x 74 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. 1970
catalogado no Instituto Mabe
sob nº 1487
53
ARNALDO FERRARI
ABSTRATO
78 x 95 cm
óleo sobre tela
ass. no verso 1984
54
MANABU MABE
ABSTRATO
18 x 25 cm
óleo sobre chapa de madeira
industrializada
ass. inf. dir. 1979
55 A
TOMIE OHTAKE
ABSTRATO
100 x 100 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 2004
55 B
TOMIE OHTAKE
S/T
33 x 40 cm
serigrafia
ass. inf. dir. 1969
exemplar P.A.
55 C
TOMIE OHTAKE
S/T
26 x 44 cm
serigrafia
ass. inf. dir. 1968
exemplar nº 5/25
56
MARIA TOMASELLI
DESENHO I
100 x 150 cm
grafite sobre papel colado
em placa
ass. inf. 1974
57
SÉRGIO MILLET
CASAS E ÁRVORES
50 x 60 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. s/d
58
SIRON FRANCO
BERLIN DIÁRIO
140 x 180 cm
acrílico sobre tela
ass. no verso 1997
59
YOLANDA MOHALYI
ABSTRATO
120 x 120 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. s/d
participou da exposição retrospectiva da artista no MAM-SP.
obra adquirida em Washington na
individual da artista
60
FARNESE DE ANDRADE
S/T
145 x 37 x 38 cm
escultura em madeira
ass. na peça 1996
reproduzido no catálogo da exposição
a casa e a inteligência de Farnese
foto: Rodrigo de Andrade
Farnese de Andrade
“Farnese, por sua vez, tem aversão ao vazio. Tudo que veio a ocorrer permanece. E pesa sobre o presente. Nada pode ser esquecido ou perdoado. Seus
trabalhos, em vez de serem uma montagem de objetos e imagens, são na verdade uma colagem de tempos, que no entanto tendem sempre a se instalar numa região do passado a que não teremos mais acesso. O mundo da infância, as proibições dos adultos, as interdições imemoriais se reúnem num
só espaço, fundem-se, unificam-se de tal forma que jamais poderão ser desvendados. Resta sofrer. Remoer interminavelmente essas culpas sem expiação, essas faltas por que não somos responsáveis mas que nos vergam sob seu peso”.
Rodrigo Naves
NAVES, Rodrigo. In: ANDRADE, Farnese de. Farnese de Andrade. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. p.19
61
FARNESE DE ANDRADE
OLÍMPICA
111 x 55 x 38 cm
mesa com chama olímpica de vidro
verde e atleta de bronze
ass. na peça 1996
reproduzido no catálogo da exposição
a casa e a inteligência de Farnese
62
MAURÍCIO NOGUEIRA
LIMA
APRENDA A VER O LIXO
70 x 50 cm
têmpera acrílica sobre tela
ass. no verso 1994
reproduzido no catálogo da exposição
do artista no MAC-SP
63
IVAN FREITAS
ENTARDECER
85 x 122 cm
óleo sobre eucatex
ass. inf. dir. 2001
64
WEGA NERY
ÚLTIMO VERÃO
65
RAPHAEL GALVEZ
COMPOSIÇÃO
35,5 x 50 cm
óleo sobre papel
ass. inf. dir. 1966
60 x 50 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1985
66
MANABU MABE
RIO DE JANEIRO
38 x 46 cm
óleo sobre chapa de madeira
industrializada
ass. inf. dir. dec. 50
catalogado no Instituto Mabe sob
nº 1163
É visível à esquerda as duas cúpulas do hoje atuante Centro Cultural da
Justiça Federal e, à direita, o edifício alto parece ser o do Bar Amarelinho, da Cinelândia. Novamente Mabe se junta aos artistas, como Bernard Buffet (1928-1999) e anteriormente a Maurice Utrillo (1883 - 1955) na esquematização da paisagem, verticalizando as figuras e sintetizando as linhas. É um das cinco trabalhos marcantes
e supreendentes na construção de um artista importante para a arte brasileira.
Antonio Carlos Abdalla
67
MANABU MABE
ABSTRATO
51 x 51 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1987
catalogado no Instituto Mabe
sob nº 1165
68
ALDEMIR MARTINS
PAISAGEM
116 x 81 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. dir. 1970
participou das exposição Panorama
das Artes no MAM-SP
69
CARLOS SCLIAR
BANANAS
18 x 27 cm
vinil e colagem encerado sobre tela
ass. inf. 1985
“ - A mulata, para mim, é um símbolo do Brasil. Ela não é preta nem branca. Nem rica nem pobre. Gosta de música, gosta do futebol, como nosso povo. (...)” 70
DI CAVALCANTI
MULHER COM GATO
60 x 50 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. 1973
CÍCERO DIAS
“A cor violenta e explosiva das telas de Cícero Dias não resulta apenas do
desejo de reproduzir as manifestações decorativas da natureza; são mais
do que isso, são elementos primordiais da nossa terra, da nossa vida, da
nossa maneira de ser e de reagir ante o ambiente que nos cerca. Vem daí
que Cícero Dias, antes de pertencer à Escola de Paris e, apesar do aspecto
‘não figurativo’ da sua arte, é um pintor estritamente brasileiro. Não
necessitou ele do ‘assunto’, do pitoresco anedótico, para criar uma arte
autóctone; bastou-lhe a emoção pura que transcende das nossas qualidades
brasileiras e o emprego sistemático de certos ritmos formais e a escolha de
determinadas relações cromáticas. Prova, desta maneira, que, assim como
o estilo, o caráter autóctone de uma obra de arte independente do ‘motivo’.
A pintura de Cícero Dias se acha em íntima relação com a nossa
natureza interior, enquanto que a natureza exterior é vista pelo artista
com os olhos do espírito. Esta arte se conserva ligada à terra, ao mundo
das aparências, pela sua vitalidade gerada pelo dinamismo das cores
e das formas. Ora são os verdes - evocação do reino vegetal - que se
destacam da harmonia e vivificam toda a tela, são verdes diferentes,
tropicais, que muito tem a ver com a cor das palmeiras e dos canaviais;
ora dominam os azuis puros que se acham em concordância com o azul
do céu; ora os vermelhos explosivos e quentes evocam a exuberância
colorida das cores tropicais, a violência dos nossos sentimentos e o
calor de nossa atmosfera. Por vezes distinguimos, entre o emaranhado
das formas abstratas, a massa de uma floresta tropical ou, numa visão
aérea, os contornos de uma paisagem brasileira (veja-se, por exemplo,
a tela Les Villes Jumelles’). Aliás, quase todas as telas de Cícero Dias
sugerem a paisagem, são, poderíamos assim dizer, ‘paisagens abstratas’ “.
Flávio de Aquino
71
CÍCERO DIAS
MOÇAS EM OLINDA
73 X 60 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. dec. 50
Reynaldo
“...Não é possível olhar descontraidamente a pintura de Reynaldo Fonseca,
e a unânime aceitação que ela alcança nos meios mais diversos, levantanos a agradável surpresa de que as pessoas podem estar pensando mais
profundamente, em seus momentos de aparente ócio. Digamos que olhar
um quadro deste pintor nos peça um instante de sossego, uma parada
na vertigem: estou certo de que esta tranqüilidade será logo invadida
de uma perversa inquietação (consciente ou não). Em primeiro lugar
os seres expostos não são propriamente humanos. São de porcelana,
e estão cristalizados em atitudes suspeitas e cúmplices. As crianças
recusam a inocência, compactuam com gatos e pássaros maliciosos. Os
retratos nos indagam de nosso tempo e pedem decifração. São perigosas
esfinges. Há uma ordem, uma limpeza nos ambientes, uma visão
incorruptível que fala das coisas eternas. A análise, como queria Valéry,
vem engajada no êxtase, e o sentimentalismo é absolutamente varrido
da área, porque a elaboração obstinada elimina o perecível. Nestas obras
que recuam afetivamente no tempo histórico da arte, que respiram o ar
dourado do Renascimento, as turbulências do instante não contam...”
Walmyr Ayala
72
REYNALDO FONSECA
ESPELHO
80 x 100 cm
óleo sobre tela
ass. sup. dir. 2005
73
ALDO BONADEI
FREGUESIA DO Ó
34 x 49 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. 1935
etiqueta da exposição “Grupo Santa Helena e
Grupo Seibi 1935-1945” no MAB-FAAP. Etiqueta da
exposição homenagem a Bonadei no MAM-SP
74
MÁRIO GRUBER
PROFETA DOS ANZÓIS
73 x 60 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. 1985
75
BENEDITO PERETTO
VISITANDO O AMIGO VOLPI
33 x 23 cm
guache sobe papel
ass. inf. dir. 1963
carta no verso
76
ANTONIO GOMIDE
PROCISSÃO
8,5 x 19 cm
aquarela sobre papel
ass. inf. dir. s/d
77
CARLOS SCLIAR
BULES, GARRAFA E FRUTAS
75 x 55 cm
vinil e colagem encerado sobre tela
colado em placa
ass. inf. dir. 1969
79
REYNALDO FONSECA
78
ALDEMIR MARTINS
GALO
65 x 36 cm
nanquim e ecoline sobre papel
ass. inf. dir. 1953
80
ALDEMIR MARTINS
FLORES
60 x 80 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. dir. 1979
reproduzido no livro Linha, Cor e
Forma ed. MWM à pág. 217
MENINA NO ESPELHO
40 x 30 cm
aquarela sobre papel
ass. inf. esq. 2005
Manabu Mabe - Cafezal
Este é um trabalho surpreendente e de exceção na obra do artista. Trata-se do exemplo de um movimento peculiar da pintura, de alcance mundial,
e muito ativa durante a década de 1950, quando surgiam essas figuras esquemáticas, longuilíneas, verticalizadas, onde a ausência de perspectiva era
uma referência direta às figuras encontradas na pintura da Grécia Clássica, recortadas geometricamente ou, mesmo, à dança e aos movimento ritualísticos encontrados na pintura egípcia ou na pintura africana tribal. De certa forma, esta
obra lembra os trabalhos de Bernard Buffet (1928 - 1999) e todo o movimento
causados pelas figuras que usam grandes peneiras para a seleção dos grãos de
café produzem uma série de recortes construtivistas que são contemporâneos
ao grande movimento dominante do período, o Abstracionismo Geométrico.
Antonio Carlos Abdalla
Cafezal - Batik
Um segundo trabalho surpreendente e de exceção na obra do artista, de menores dimensões porém
não de menor interesse, quer pela composição, quer
pela ténica. Aqui também vemos um exemplo de um
movimento peculiar da pintura, de alcance mundial, e
muito ativa durante a década de 1950, quando surgiam essas figuras esquemáticas, longuilíneas, verticalizadas, onde a ausência de perspectiva era uma referência
direta às figuras encontradas na pintura da Grécia Clássica, recortadas geometricamente ou, mesmo, à dança
e aos movimento ritualísticos encontrados na pintura
egípcia ou na pintura africana tribal. De certa forma,
esta obra lembra os trabalhos de Bernard Buffet (1928
- 1999) e todo o movimento causados pelas figuras
que usam grandes peneiras para a seleção dos grãos
de café produzem uma série de recortes construtivistas que são contemporâneos ao grande movimento
dominante do período, o Abstracionismo Geométrico.
Antonio Carlos Abdalla
81
MANABU MABE
SÉRIE CAFEZAL
23 x 65 cm
batik sobre tecido
ass. inf. esq. dec. 50
catalogado no Instituto Mabe sob
nº 1158
73 x 170 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1958
catalogado no Instituto Mabe sob nº 1165
SÉRIE CAFEZAL
81
MANABU MABE
Rio de Janeiro - Baía de Guanabara com Corcovado ao fundo
Outra obra excepcional de Mabe. Há uma sutileza nos degradées
de azuis, um mistério quase ritualístico e uma perspectiva surpreendente dignos dos grandes mestres da pintura oriental. São
elementos complementares de um Pontilhismo e de Abstracionismo Geométrico que, juntos, auxiliam na construção da paisagem.
A obra reúne todos os Indícios que prenunciam a revolução do Tachismo de Mabe, que dominará sua arte na década seguinte.
Antonio Carlos Abdalla
82
MANABU MABE
RIO DE JANEIRO
73 x 60 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. 1956
catalogado no Instituto Mabe
sob nº 1159
83
MANABU MABE
RIO DE JANEIRO
38 x 46,5 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1956
catalogado no Instituto Mabe
sob nº 1160
Manabu Mabe - Baía de Guanabara vista desde Santa Tereza
Segunda paisagem do Rio de Janeiro, igualmente surpreendente. A mesma elaboração sofisticada de cores e composição reporta a obra a grandes mestres da pintura oriental. Aqui também
estão presentes os elementos do Pontilhismo e do Abstracionismo
Geométrico auxiliando na construção da imagem. Toda a paisagem está mais “diluída” - por assim dizer - aproximando Mabe
ainda mais do Tachismo que o consagraria na década seguinte.
Antonio Carlos Abdalla
84
JORGE MORI
IGREJA DE S. FRANCISCO
DE PAULA
85
PAULO ROSSI OSIR
PAISAGEM
28 x 26 cm
óleo sobre cartão
ass. inf. esq. 1969
47,5 x 73 cm
óleo sobre tela colado em placa
ass. inf. esq. s/d
86
SÉRGIO MILLET
NATUREZA MORTA
55 x 38 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1959
87
ANTONIO GOMIDE
VENDEDORAS
37 x 44 cm
aquarela sobre papel
ass. inf. esq. s/d
88
THOMAS SANTA ROSA
FESTA
80 x 100 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1950
89
WALDEMAR BELIZÁRIO
VIOLEIRA
55 x 62 cm
óleo sobre cartão
ass. inf. dir. s/d
90
MÁRIO GRUBER
CRIANÇAS SOLTANDO BALÃO
92 x 78 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1996
91
MANABU MABE
VASO DE FLORES
43 x 33 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. dec. 50
catalogado no Instituto Mabe
sob nº 1162
Manabu Mabe
Trata-se de uma delicada
composição, equilibrada e de um
colorismo quase tropical. Rompinas as poucas linhas que o desenho ainda preserva, estamos
diante de um Pré-Tachismo, quase
uma mancha a sugerir a imagem,
que Mabe vai aprofundar e se tornar mestre na década seguinte.
Antonio Carlos Abdalla
92
CLÓVIS GRACIANO
SÃO JORGE E DRAGÃO
45 x 36 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1950
situado Paris. registrado sob
nº 0436/0917 no projeto
Clóvis Graciano
Mario Zanini
“Zanini foi o primeiro artista a associar-se comigo, no ateliê
do Santa Helena, passando depois para um Ateliê ao lado
do que eu alugava. Talentoso e sensível, gostava de música
e me levou a gostar também, nas conversas do dia a dia; de
tal forma me despertou o interesse que muitas vezes acabei
indo com ele até as igrejas, em horário de missas, para
ouvir as músicas religiosas. Também gostava muito de ler,
compensando assim o tipo retraido que era, fora do grupo
de amigos. Passamos a ir juntos, Zanini, Volpi e eu, principalmente, para pintar ‘do natural’, no Canindé, no Cambuci, e em muitos outros pontos da periferia. Aliás, Volpi e
Zanini andavam tanto juntos que o pessoal do Santa Helena
os chamava de ‘Mutt e Jeff’ personagens inseparáveis de
uma história em quadrinhos da época. (...) Sempre achei
que o Zanini foi um grande pintor, além de bom companheiro. Preocupado com o domínio da pincelada, especialmente nos detalhes dos quadros, fez suas paisagens com
uma preocupação de grande síntese. Em 1939 já era um
pintor bastante elogiado pela crítica, apesar da modéstia”.
F. Rebolo Gonsales
ZANINI, Mario. Mário Zanini. São Paulo: Grifo Galeria de Arte, 1977. p. 4. [Depoimento a Lisbeth R. Gonçalves por ocasião da
exposição na Galeria Opus, junho de 1974.]
93
MARIO ZANINI
CASARIO
50 x 70 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1967
94
IVALD GRANATO
A TURMA
130 x 210 cm
acrílico sobre tela
ass. no verso 1992
95
PAULO ROSSI OSIR
NATUREZA MORTA
60 x 50 cm
óleo sobre tela
ass. sup. dir. 1926
etiqueta da Bienal de São Paulo
- 1963
96
REYNALDO FONSECA
MENINO
40 x 30 cm
aquarela sobre papel
ass. inf. dir. 2005
97
REYNALDO FONSECA
MENINO ESCREVENDO
46 x 36 cm
óleo sobre tela
ass. sup. dir. 2005
98
CANDIDO PORTINARI
HOMEM CHORANDO
35 x 24,5 cm
crayon sobre papel
ass. inf. dir. 1947
situado em Montevidéu. dedicatória “para o grandíssimo
poeta Rafael com o abraço amigo de Portinari 1947”.
reproduzido no catálogo raisonne à pág. 205 do vol. III
sob cod [FOC 3178]
99
CANDIDO PORTINARI
MULHER EM PÉ
56,5 x 27,5 cm
crayon sobre papel
ass. inf. dir. 1936
estudo não utilizado para o
mural “escola de canto”. serviu
de modelo para esta obra a irmã
do artista Olga Portinari Leão.
reproduzido à pág. 359 do vol. I
do catálogo raisonne
100
JOSÉ PANCETTI
SÉRIE ITAPOÃ
20 x 27 cm
nanquim sobre papel
ass. inf. dir. 1953
carta no verso
101
ERNESTO DE FIORI
FIGURA FEMININA
48 x 33 cm
grafite sobre papel
s/ ass. s/d
ex-coleção Dina Lopes Coelho
102
ERNESTO DE FIORI
BÁRBARA
53 x 13 x 10 cm
escultura em bronze
ass. na peça s/d
exemplar nº 5/8
103
CARYBÉ
NAVEGADORES
36 x 74 cm
técnica mista sobre papel
ass. inf. dir. s/d
estudo para painel
104
BURLE MARX
NU FEMININO
55 x 45 cm
óleo sobre tela
s/ ass. dec. 40
reproduzido no catálogo da exposição individual do artista “Burle
Marx 10 anos depois” - 2004 no
James Lisboa Escritório de Arte
105
ANITA MALFATTI
PAISAGEM RURAL
35 x 80 cm
óleo sobre tela
s/ ass. 1925
reproduzido no catálogo da exposição:
Referencial Anita Mafaltti em 2004 na
Caixa Econômica Federal
106
PEDRO ALEXANDRINO
NATUREZA MORTA
58 x 70 cm
óleo sobre tela
ass. sup. dir. s/d
107
DARIO MECATTI
CRIANÇAS
71 x 100 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. 1972
108
CLÓVIS GRACIANO
SÃO FRANCISCO
100 x 73 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. dec. 60
registrado sob o nº 528/1059 no
projeto Clóvis Graciano
109
DARIO MECATTI
CARAVANA ÁRABE
30 x 90 cm
óleo sobre tela
ass. sup. dir. s/d
110
REYNALDO FONSECA
TOCADOR DE VIOLÃO
60 x 80 cm
óleo sobre tela
ass. sup. dir. 2004
112
VASCO PRADO
FIGURA FEMININA
45 x 20 cm
escultura de parede
ass. na peça s/d
111
ANTONIO GOMIDE
NU FEMININO
63 x 47 cm
grafite sobre papel
ass. inf. esq. 1962
Ilustração para o livro Festival de
Simon Tygel, tradução de Guilherme
de Almeida ed. Nacional à pág. 81
113
JOSÉ PEDROSA
CAVALO
21 x 30 x 7 cm
escultura em bronze
ass. na peça s/d
114
FULVIO PENNACCHI
RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
100 x 130 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1942
reproduzido no livro Fulvio Pennacchi de P.M.
Bardi ed. Raízes à pág. 73
obra selecionada para a retrospectiva a ser
realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo
A Ressurreição de Lázaro
Jazia na sombra do fossado escuro, sem mais vida;
Marta e Maria consumidas pela dor, sem mais paz;
Chegou Jesús –
... .... ...
E a Lázaro chamou com voz amiga,
“Lázaro, venha, levante e caminha”
Assombro imenso, multidão aterrorizada, bocas abertas,
... .... ...
E ao coração humano o milagre realiza-se pela força divina
de amor, de bondade do generoso coração do Senhor.
Fulvio Pennacchi,
Sem dúvida uma das mais dramáticas obras de Fulvio Pennacchi da década de
1940. Não é um tema muito recorrente na iconografia religiosa. Poucos exemplos conhecidos ficam por conta do afresco de Gian Giacomo Testa (1582) e uma boa e grande
obra de Michelangelo Merisi, ovvero, Caravaggio (1608-1609). A meu ver, o episódio
que neste caso está atrelado, à compaixão de Cristo frente às irmãs que viviam o luto
– Lázaro já estava morto há quatro dias – não deve ser considerado somente sob essa
ótica; mas principalmente porque durante sua vida terrena, Cristo afirmou “que era a
luz e com o exemplo presente, também demonstrou que era a ressurreição e a vida”!
Obra de grandes dimensões com cerca de 25 dramáticas personagens, “Ressurreição”; um dos últimos exemplos de sua revisão da pintura “chiaroscuro”, (pintura com
contrastes entre luz e sombras criando uma perspectiva tonal onde as figuras do fundo
são muito mais definidas pelos tons do que pelas linhas de contorno) mais próxima da
Itália e Flandres do século XV do que dos maneiristas e barrocos do século XVI.
A predominância dos tons escuros é quebrada por uma luminosidade de fonte
não identificável a partir da esquerda da obra, apresentando a figura preeminente de
um Nazareno sereno e luminoso de cores contrastantes com aquelas utilizadas na cena
cujo imperioso gesto da mão direita denota energia, mas como na poesia composta
concomitantemente ao quadro, seu semblante e a “voz amiga” eliminam qualquer autoritarismo dominador e arrogante.
Completa a composição uma multidão triste e assombrada e um Lázaro, assistido
por dois dos apóstolos, propositadamente estático, impedido em seus movimentos pelas
inúmeras tiras de pano que revestem seu corpo.
Valério Pennacchi
115
PEDRO WEINGARTNER
PAISAGEM DO INTERIOR
13,5 x 23 cm
óleo sobre madeira
ass. inf. esq. 1927
116
ALDO BONADEI
ABSTRAÇÃO
65 x 80 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 1961
117
CANDIDO PORTINARI
GRUPO DE HOMENS
38 x 27,5 cm
água-forte sobre papel
ass. inf. dir. 1946
reproduzido à pág. 166 do vol. III
do catálogo raisonne catalogoda
sob nº [FCO 836]. exemplar H. C.
118
CANDIDO PORTINARI
MENINO
13,5 x 10,5 cm
ponta-seca sobre papel
ass. inf. dir. 1940
reproduzido à pág. 170 do vol. II do
catálogo raisonne, catalogoda sob nº
[FCO 2009]. Exemplar nº 08/20
119
ALDO BONADEI
S/T
80 x 60 cm
óleo sobre tela
ass. inf. esq. 1956
etiqueta da exposição “Homenagem a
Bonadei” do MAM-SP. reproduzido no livro
Aldo Bonadei à pág. 55
120
CLÁUDIO TOZZI
PAPAGÀLIA
80 x 80 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. dir. 1981
121
NEWTON MESQUITA
DOMINGO NO PARQUE
100 x 100 cm
acrílico sobre tela
ass. no verso 1980
122
RONNIE WOOD
JOHN BUDDY + ELVIS II
73 x 36 cm
litogravura
ass. inf. dir. s/d
exemplar nº 78/125
123
TRAN THO
EACH FLOWER EVAPORATES JUST
LIKE NA INCENSE BURNER
80 x 60 cm
acrílico sobre eucatex
ass. inf. dir. dec. 90
124
MÁRIO GRUBER
BONECAS
45 x 65 cm
óleo sobre chapa de madeira
industrializada
ass. centro s/d
125
CANDIDO PORTINARI
RETRATO DE MARIA
33 x 25 cm
óleo sobre papel
ass. inf. 1931
reproduzido à pág. 187/188 do vol. I
do catálogo raisonne catalogada sob
nº [FCO 1158]
126
NOÊMIA MOURÃO
CENTRAL PARK NEW
YORK
30 x 23 cm
nanquim sobre papel
ass. inf. dir. 1945
127
EMANUEL MANASSE
S/T
38 x 127 x 25 cm
escultura em bronze
ass. na peça s/d
128
EDGAR OEHLMEYER
NATUREZA MORTA
60 x 80 cm
óleo sobre tela
ass. sup. dir. 1944
129
CANDIDO PORTINARI
SIMÃO BACAMARTE
24,5 x 17 cm
água-forte sobre papel
ass. inf. dir. 1946
reproduzido à pág. 164 do vol. III
do catálogo raisonne catalogoda
sob nº [FCO 835]. exemplar H. C.
130
LUIZ PAULO
BARAVELLI
CENAS NO HOTEL
75 x 93 cm
óleo sobre tela
ass. no verso 1979
131
CLÁUDIO TOZZI
PAPAGÁLIA III
140 x 140 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. dir. 1980
132
IVAN FREITAS
PAISAGEM
110 x 130 cm
óleo sobre eucatex
ass. inf. dir. 1991
133
SOU KIT
CANÇÃO EM VIOLETA
110 x 100 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. 2006
134
ALDEMIR MARTINS
PEIXES
45 x 55 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. dir. 2002
135
GUSTAVO ROSA
MELANCIA
90 x 90 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. dir. 1984
136
FANG
MESA
105 X 120 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. dir. 1981
137
DARIO MECATTI
CIDADE
70 x 100 cm
óleo sobre tela
ass. inf. dir. s/d
138
MARCELO GRASSMANN
GUERREIRO ENTRE CAVALOS
68 x 98 cm
nanquim e pastel sobre papel
ass. inf. esq. 1989
139
MARIA GUILHERMINA
S/T
61 x 77 x 15 cm
escultura em pedra sabão
ass. na peça s/d
140
ALDEMIR MARTINS
PAISAGEM
46 X 55 cm
acrílico sobre tela
ass. inf. esq. 1991
141
ENRICO BIANCO
JANGADAS
59,5 X 80 cm
óleo sobre placa
ass. inf. dir. 2002
REGULAMENTO DO LEILÃO
1.
Os organizadores diligenciaram com esmero e cuidado a elaboração do catálogo e procuraram descrever as obras apregoadas o tanto quanto possível .
2. O Escritório de Arte James Lisboa , examinou todas as obras antes do leilão e
se responsabiliza por sua autenticidade , na hipótese de divergência desde que
baseado em laudo firmado por perito idôneo o arrematante poderá optar pela
anulação da transação dentro do prazo de 3 ( três ) meses após a compra.
3. As obras apresentadas são de propriedade de terceiros e sua venda se dará no
estado em que se encontra. Por esta razão solicitamos que procedam os exames
necessários e que desejarem antes do leilão , pois não serão aceitas desistências
após o arremate.
4. As obras ficaram expostas para apreciação de 10 a 17 de Abril de 2006 , à Rua
Arthur de Azevedo , 613 das 10:00hs as 20:00 hs .
5. O Leilão ocorrerá dia 18 de Abril de 2006 às 21 hs à Rua Haddock Lobo,
1644.
6. Todos os lotes estão sujeitos a um preço mínimo indicado pelo proprietário , que
poderá licitar pessoalmente ou através de representante
7. O leiloeiro poderá receber ordens de compra com limites máximos indicados
pelos interessados. Nesse caso um funcionário devidamente credenciado ficará
incumbido de licitar até o limite autorizado .
8. No ato da compra o arrematante pagará 30% (trinta por cento) de sinal e 5%
( cinco por cento ) destinados a comissão do leiloeiro . O restante deverá ser
pago na retirada da obra.
9. As obras de arte arrematadas deverão ser retiradas no prazo máximo de 2
dias após o leilão , por conta e risco do arrematante . A não retirada das obras
dentro deste prazo será considerada como desistência , perdendo o licitante
qualquer direito sobre o sinal.
10. O leiloeiro como mandatário que é , dos proprietários das obras e agindo em
seu nome , reserva se o direito de não aceitar lances, agrupar ou retirar lotes,
sem nenhuma obrigação de esclarecer os motivos de suas decisões .
11. Qualquer litígio ficará subordinado à Legislação Brasileira e a jurisdição dos
tribunais da Cidade de São Paulo , qualquer que seja o domicílio das partes.
Casos omissos serão regulados pela Legislação pertinente e em especial pelo
decreto 22.427/33 , e suas disposições complementares.
ANUNCIO
3/21/06
3:58 PM
Page 1
Editor: Escritório de Arte James Lisboa
Design e Produção gráfica: Bruno Tomé
Igor Silva
James Acácio
Fotos das Obras: Bruno Tomé
Igor Silva
Fotos de Arquivo:
Cláudio Tozzi
Família Andrade
James Acácio
Reynaldo Fonseca
Impressão:
Laçograf
Molduras:
Grafith (tel. 3849 - 4327)
Oxumaré (tel. 3088 - 4717)
Produção: Revisão: James Acácio
Agradecimento:
Marisa de Oliveira
Renata Lisboa
Liana Vituzzo
Realização:
James Lisboa Escritório de Arte
Rua Arthur de Azevedo, 613
CEP 05404 - 011
São Paulo - SP
(11) 5096 - 1175
capa: Cícero Dias - Moças em Olinda
quarta capa: Manabu Mabe - Série Cafezais
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CEP: 05404-011 - São Paulo - SP
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e-mail: [email protected]

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