saiba porquê a fiat pode pagar uma plr melhor aos trabalhadores

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saiba porquê a fiat pode pagar uma plr melhor aos trabalhadores
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PLR 2013
SAIBA PORQUÊ A FIAT PODE PAGAR UMA
PLR MELHOR AOS TRABALHADORES
Em 2012, montadora superou sua marca histórica de vendas de veículos no Brasil
todo este crescimento é o
metalúrgico, cujo trabalho
se destaca pela qualidade,
eficiência, dedicação e esforço” diz o diretor Wander
Martins (Pompom).
Com empenho, dedicação e muito trabalho nas linhas de produção, os metalúrgicos têm feito com que
a Fiat Automóveis continue
sendo uma das empresas
do setor automobilístico
com o maior crescimento
no mercado brasileiro.
Além disso, os metalúrgicos, com seu trabalhado de
qualidade, são os grandes
responsáveis pelo fato da
Fiat Automóveis ocupar, há
11 anos seguidos, a lideraça de vendas de veículos
no país.
OS NÚMEROS
NÁO MENTEM
De janeiro a dezembro do
Wander: “O grande responsável pelo
crescimento da Fiat é o trabalhador”
ano passado, a montadora
italiana produziu 811.748
automóveis, o que fez com
que ela registrasse um crescimento de 8,12% em relação a 2011, ano em que foram vendidas mais de 745
mil unidades de veículos.
O grande responsável por
Para se ter uma ideia da
importância do seu trabalho, basta dizer que, em
2012, a Fiat conseguiu superar sua marca histórica
de vendas de veículos no
Brasil, alcançando, desta
forma, seu melhor desempenho desde que se instalou em Betim, há 36 anos.
Por isso, nesta campanha da PLR nossa luta
será principalmente pela
valorização do nosso trabalho.
VOCÊ MERECE SER VALORIZADO
De acordo com o dieese, que produziu estudo a pedido do sindicato, crescimento da produção na Fiat náo foi acompanhado pela elevação dos valores pagos como PLR
Conforme um estudo encomendado pelo Sindicato
junto ao Departamento In-
tersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos
(Dieese), a Fiat vem batendo
PARTICIPAÇÃO DAS MONTADORAS NO MERCADO NACIONAL
9% 18% 7% 23% FIAT
VOLKS
GM
FORD
RENAULT
21% 23%
21%FIAT 18%
VOLKS 9%
7% GM FORD RENAULT seus próprios recordes de
produção de veículos, pelo
menos desde 2005 – a única
exceção foi no ano de 2011
quando não houve um crescimento robusto em relação
a 2010.
Uma comparação feita
pelo Dieese em relação à
produção de carros de 2005
(497 mil veículos ) e 2012
(811 mil veículos) revela que
houve um crescimento da
ordem de 165% ao longo de
todo este período.
Agora, quando se trata da
elevação dos valores pagos
pela Fiat a título de PLR, a
história é diferente. Segundo
o estudo do Dieese, entre os
anos de 2005 e 2012 houve
um crescimento de 98,3%
no valor nominal acertado
nas negociações com a Fiat,
percentual que está abaixo
da produção de veículos na
montadora.
Se o ritmo de produção
na Fiat - e também nas
demais empresas da base,
que seguem as ordem ditadas pela montadora italiana - já era bastante puxado
no ano passado, no início
de 2013 está ainda maior,
o que pode ser percebido
principalmente pelo excesso de horas extras na fábrica, as dobras de jornadas e
as pressões de toda ordem
no chão de fábrica.
Por isso, nada mais justo
que, neste ano, mobilizado nas fábricas junto aos
seus colegas, unido e sintonizado com as ações do
Sindicato, você possa ser
valorizado à altura pelo seu
trabalho, com uma PLR que
seja também compatível
com os bons resultados alcançados pela Fiat.
Está mais do que na hora
de valorizar de verdade
quem produz e faz o crescimento de Betim, da região e de Minas: os metalúrgicos.
EXPEDIENTE
23 DE OUTUBRO: Publicação do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e região. Rua Santa Cruz, 811 - Centro - Betim - CEP 32510-020 - Fone 3539.6500. Presidente: João Alves de Almeida. Diretor Responsável: Marcelino da Rocha.
Redação: Eduardo Durães Júnior (MG 05149 JP) e Eliezer Dias (MG 06553 JP). Diagramação: Jainder de Assis (MTB 00162 DG). Contato: [email protected]
www.metalurgicosdebetim.org.br
Impressão: Gráfica Fumarc
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PLR 2013
metalúrgicos querem mais
Foto: Divulgação
Porquê os metalúrgicos
lutam por metas
mais humanas e mais
democracia
A luta pela defesa de metas mais humanas na campanha da PLR este ano se justifica pelo fato das empresas
sempre incluírem metas irreais para ser alcançadas pelos
trabalhadores que, muitas vezes, chegam ao limite do esforço físico nas linhas de produção. Soma-se a isso as cobranças, exigências e ameaças das chefias, que obrigam
os trabalhadores a fazerem muitas horas extras.
Pela qualidade do trabalho que executam, metalúrgicos merecem ser melhor valorizados
O estudo elaborado pelo
Dieese levantou hipóteses
que revelam, na verdade, o
quanto a Fiat desembolsou
para pagar a PLR aos trabalhadores.
De acordo com o Dieese, a
Fiat precisou de R$ 135,00 de
cada veículo vendido no ano
passado para pagar os R$
5.968,00 da PLR de 2012. Este
valor representa menos de
um centavo guardado pela
montadora para pagar a PLR
aos trabalhadores.
“É um valor absolutamente
irrisório, sobretudo se levarmos em conta o trabalho de
qualidade e o empenho dos
trabalhadores e, claro, os resultados alcançados pela Fiat
no ano passado”, observa o
diretor do Sindicato, Vergílio
Goulart.
Para chegar a estes cálculos, o Dieese cruzou o número de empregados da
montadora em 2012 (18.320
trabalhadores) e o valor efetivamente recebido como PLR
(R$ 5.968,00).
Nas contas do Dieese, a Fiat
teria desembolsado, portanto, R$ 109.333.760,00 para pa-
entenda melhor
produzidos
44 foram
individualmente pelos
Veículos metalúrgicos em 2012
135
reais
Foi o valor que a Fiat retirou
de cada veículo vendido para
pagar a PLR em 2012
2.150
reais
Seria o valor a mais na PLR de 2012
caso a Fiat tivesse reservado 1
centavo de cada veículo produzido
Além disso, nas negociações têm sido prática comum das
empresas exigirem que as faltas justificadas com atestados médicos sejam descontadas no valor final da PLR.
Por isso, é importante lutarmos por metas mais transparentes, não abusivas e que sejam capazes de ser alcançadas pelos trabalhadores, de modo a não submetê-los a
um ritmo estafante de trabalho.
Fonte: Dieese
gar a PLR a todos estes 18 mil
funcionários no ano passado.
O Dieese também estabeleceu uma relação entre o total
de veículos produzidos em
2012 (811.748 automóveis) e
o número de trabalhadores
( 18.320) na fábrica no ano
passado, chegando à conclusão de que, individualmente,
cada metalúrgico pode ter
produzido, em média, cerca
de 44 veículos no ano.
Com isso, o Dieese mostrou que para pagar estes R$
5.968,00, a Fiat guardou apenas R$ 135,00 de cada veículo produzido, o que fez com
que o instituto chegasse ao
valor de menos de 1 centavo
guardado para cada trabalhador.
O Dieese também levantou
a seguinte hipótese: caso a
Fiat tivesse reservado 1 centavo de cada veículo produzido por trabalhador, ao invés
dos R$ 5.968,00 recebidos
em 2012, os 18.320 empregados da montadora poderiam ter recebido uma PLR de
R$ 8.117,48.
Ou seja, a PLR em 2012,
seria cerca de R$ 2.150,00
maior.
Outdoors da campanha da PLR estão espalhados por várias regiões de Betim
Mais democracia
A liberdade de organização dos metalúrgicos ainda precisa avançar, já que enfrenta muita resistência dos patrões.
No caso da PLR, as comissões representativas de trabalhadores nas negociações devem ser eleitas democraticamente dentro das fábricas, principalmente com a participação do Sindicato. “Os trabalhadores escolhidos devem
ter responsabilidade e, sobretudo, compromisso com a
saúde, a defesa da integridade física e mental dos colegas
e defender o interesse coletivo na fábrica”, reforça o diretor do Sindicato José Nunes Neto, que trabalha na Fiat.
Ao lado do Sindicato, estas comissões têm papel decisivo
na luta para garantir, através da PLR, mais democracia e
valorização dos trabalhadores.
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Plr 2013
Sindicato reforça mobilização
nas empresas da planta Fiat
Na semana passada, diretores do Sindicato que trabalham na Fiat e Comau estiveram nas portarias das fábricas para alertar os
trabalhadores sobre a necessidade de aumentar a mobilização para pressionar as empresas para dar início às negociações de PLR
As intervenções dos diretores incluíram mensagens
no carro de som do Sindicato e apresentação de cartazes, que faziam uma comparação entre a quantidade
de veículos produzidos pela
Fiat em 2012 e o quanto a
montadora gastou para pagar a PLR no ano passado.
“Estivemos nas portarias
para mostrar aos trabalhadores que, conforme os cálculos do Dieese, se a Fiat tivesse guardado um centavo
exato para pagar a PLR, teríamos recebido cerca de R$ 8
mil no ano passado. Foi uma
forma de mostrar aos meta-
lúrgicos que merecemos ser
valorizados pelo nosso esforço”, reforçou o diretor do
Sindicato Paulo Braz, que é
metalúrgico na Comau.
“Conseguimos, com estes
cálculos, comprovar o pouco que a Fiat tira de cada
carro para pagar a PLR, sobretudo quando vemos que
a lucratividade da empresa é
enorme”, compara.
“Por isso, é importante
estar mobilizado na fábrica
e unido ao Sindicato, para
que, juntos, possamos conquistar uma PLR que nos valorize”, acrescenta.
Desrespeito de chefe
na Suspensão Traseira
Não é à toa que um dos motes da Campanha de PLR deste ano
cobra mais democracia e liberdade de organização nas fábricas,
afinal, esta é uma dura luta que os trabalhadores ainda têm que
enfrentar em seu cotidiano. As pressões, o desrespeito e as ameaças são constantes, principalmente em épocas de negociação.
Esta semana, o diretor do Sindicato Alex Custódio, que trabalha
na Fiat, recebeu denúncias sobre o comportamento nada amistoso de um chefe da linha 4, no setor de suspensão traseira, que
estaria tratando com bastante arrogância e desrespeito vários
funcionários. “São condutas antissindicais que nada contribuem
para a melhoria da relação entre os trabalhadores e as chefias da
empresa. Vamos cobrar da Fiat uma atitude para que tais situações não continuem a se reproduzir na fábrica. Os trabalhadores
merecem mais respeito”, afirma Alex.
Paulo Braz: “Unidos
ao Sindicato temos
mais força para lutar
por uma PLR que nos
valorize”
Dia do Trabalhador
Isenção do
imposto de
renda na PLR
A comissão mista que
analisa a Medida Provisória
597, de 2012, sobre isenção
de Imposto de Renda na
PLR, aprovou no último dia
18, relatório do deputado
Luiz Alberto (PT-BA).
O texto, agora, segue
para o plenário da Câmara
e depois terá de ser votado no Senado.Foram feitas
propostas para que a isenção subisse para R$ 10 mil.
O relator disse ter “simpatia” pela ideia, mas lembrou
que o valor de R$ 6 mil foi
resultado de uma negociação entre o governo e as
centrais sindicais - que se
uniram para lutar pela conquista - e por isso deve ser
respeitada.
A nova regra prevê
que quem recebe de R$
6.000,01 mil a R$ 9 mil tem
incidência de 7,5%. Para os
que faturam de R$ 9.000,01
mil até R$ 12 mil, o desconto é de 15%; Em uma
parcela que varia de R$
12.000,01 mil a R$ 15 mil, a
dedução salta para 22,5%;
e acima de R$ 15 mil a taxa
é de 27,5%. Na prática, um
trabalhador que recebeu
R$ 7 mil de PLR em 2012,
por exemplo, pagou R$
1.134,42 de IR. A partir de
agora, esse desconto passará a ser de apenas R$ 75,
um ganho de R$ 1.059,42.
“É uma medida positiva
e uma vitória para os trabalhadores”, afirma o diretor
do Sindicato, Vergílio Goulart, que trabalha na Fiat.

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