Cotidiano - Agir e Calar

Transcrição

Cotidiano - Agir e Calar
Ano XXXIV - Nº 1 - Edição 95
Agosto de 2008
Epesmel
cuidando da vida
Sobre
inteligências
Entrevista
Pe. Ricardo Testa
Seu caminho de formação
inicial
Preparação para os
Votos Perpétuos
na Itália
A alegria como meio de
promover
a fraternidade
Causa de beatificação e
canonização do
Pe. João Schiavo
VIDA A SER PROTEGIDA
desenvolvida, promovida, resgatada e recuperada
Solidariedade:
a forma mais linda de amar!
Conheça o Projeto Social da
Rede Murialdo que está mais
perto de você. Seja responsável
e solidário fazendo uma criança feliz.
2
Entrevista
Pe. Ricardo Testa
Ordenação Sacerdotal
4
Cotidiano
Editorial
Novos tempos, novas respostas
Agir&Calar: Lema e Revista.
Agora toda colorida, renovada,
atraente e consistente.
Trata-se de um belo presente à Família
Murialdo e aos nossos amigos. Fruto da
participação de muitos, pensada,
sistematizada e coordenada por uma
equipe, a revista foi impressa na Gráfica
Murialdo. Ela revela um pouco do muito
do agir das obras dos Josefinos de Murialdo
no Brasil.
Convidamos os leitores a tomar na
mão este presente, abri-lo e, em cada
página, descobrir e se alegrar com as boas notícias. Como
acontece numa família, a revista apresenta a vida de quem
chega e de quem parte; mostra o cotidiano das pessoas e
obras, lá onde é tecido e concretizado o sonho de Murialdo;
revela as marcas do que se foi de algumas que requerem
novas respostas; descreve o que está dando certo e projeta
novidades futuras.
Merece destaque o desafiante setor da formação
inicial, suas novas sedes, a construção de três novos centros
vocacionais, as ordenações diaconais e sacerdotais e a
entrevista com o novo sacerdote, Pe. Ricardo Testa.
Vale a pena conferir e aprofundar o artigo Sobre
Inteligências que trata de um tema emergente, oportuno
e importante para entender o tempo presente.
Comunicamos que, a partir de 2008, a Revista
Agir&Calar terá duas edições, uma no segundo e outra no
terceiro quadrimestre, sendo que no primeiro será publicada
a revista Relatório Social do Instituto Leonardo Murialdo.
Por fim, desejo a todos os leitores muita esperança
e ternura. Ergamos a cabeça e vislumbremos o horizonte.
Sejamos pessoas de fé diante dos desafios e da miséria.
Não esqueçamos que gestos de solidariedade e entre-ajuda
surgem, por toda a parte, tornando o mundo mais justo
e fraterno. A presente revista está recheada de belos
exemplos.
Boa leitura! Deus lhes abençoe.
Um Seminário em transição
Festa de Santa Rita de Cássia
Epesmel cuidando da vida
PoA - Projetos Integrados
Prêmio de Responsabilidade Social
Seminário Murialdino
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14
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Formação
Escolasticado em Brasília
Curso para Votos Perpétuos
Teologado Internacional
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Capa
Uma experiência formativa
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Ponto de Vista
Sobre inteligências
Espírito Missionário
Alegria promove a fraternidade
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Marcas do que se foi
80 anos dos Josefinos
Beatificação de Pe. João Schiavo
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Flashes
Animação Vocacional
Ordenação Diaconal e Sacerdotal
Jornada Mundial da Juventude
Na Casa do Pai
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Dicas
Dica de filme
Dica de livro
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33
Curiosidades
Por que piscamos?
A pior dor do mundo
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34
Pe. Raimundo Pauletti
Provincial
Reflexão
O Anel
Revista da Província Brasileira
Josefinos de Murialdo
Ano XXXIV - Edição 95 - Número 1
Agosto de 2008
Provincial
Pe. Raimundo Pauletti
Equipe Técnica
Pe. Joacir Della Giustina
Pe. Marcionei M. da Silva
Jornalista Responsável
Bernardete Chiesa - MTb 10187
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Projeto Gráfico
Júlio César Rodrigues
Bernardete Chiesa
Revisão
Thaís Nascimento
Editoração e Impressão
Gráfica Murialdo
[email protected]
Fone: (54) 3221.1422
Nosso Endereço
Casa Provincial - Rua Hércules Galló, 515
Bairro Centro - 95020.330 - Caxias do Sul - RS
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Pe. Ricardo Testa foi ordenado no dia 27 de Julho
A vida comunitária hoje é respeitar o
outro e viver a relação de irmãos
Ricardo Testa, ordenado no dia 27 de julho de 2008 em Fagundes Varela – RS, tem como lema sacerdotal “Não
fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi.” (Jo15,16). Nasceu em Fagundes Varela e é filho de Antonio
Testa (In memorian) e de Edilia Dondi Testa. Ingressou no Seminário em 1995 e, no dia 04 de janeiro de 2007, emitiu
a Profissão Perpétua. No dia 23 de junho de 2007 foi ordenado Diácono em Londrina, PR. Pe. Ricardo seguiu em
missão na província da Argentina-Chile. Emocionado, ele conversou com a redação do Agir&Calar. Confira:
C
omo está sendo este ano
de ordenação diaconal e
sacerdotal?
Pe. Ricardo:
Primeiramente, gostaria de agradecer
a oportunidade de falar um pouco da
minha vida, da minha escolha
vocacional, do caminho percorrido até
então, das dificuldades, das descobertas, dos encontros e desencontros
no processo formativo, da ação de
Deus em minha vida.
No dia 23 de junho de 2008
completou um ano da minha
ordenação diaconal. Foi um ano de
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descobertas, serviço litúrgico e
pastoral na Igreja no jeito josefino de
ser. Resumiria-o como aprendizagem
e muita observação em vista do
sacramento do sacerdócio. Busco
viver na prática os anos de descobertas acadêmicas e aquilo que a vida
religiosa propõe.
Qual o seu lema sacerdotal?
De onde ele nasceu? Você se
inspirou em alguma passagem
bíblica?
Pe. Ricardo: Sim, a minha
inspiração foi o evangelista João que,
provavelmente, na sua caminhada do
ser chamado à vida cristã e movido
pela experiência do Deus Conosco, o
Deus do Amor, tenha chegado a essa
compreensão. “Não fostes vós que
me escolhestes, mas fui eu que vos
escolhi.” (Jo15,16). A escolha do lema
é também fruto daquilo que pude
experimentar na caminhada
vocacional. As nossas posições, as
certezas pessoais, as nossas escolhas, o próprio chamado parecem não
sustentar-se sem que se faça a
experiência de estar com Deus, de
quanto ele nos ama e de descobrir a
ENTREVISTA
com Pe. Ricardo Testa
sua vontade, compreendida na
dinâmica comunitária e no apostolado
com os jovens.
Por que você decidiu ser
padre, além de religioso?
Pe. Ricardo: A resposta da
pergunta acima é a base teológica
para essa pergunta. Isto é, o cristão
é convidado a responder o chamado
que Deus faz a cada um de nós.
Penso que a decisão aconteceu
devido a vários fatores: das experiências autênticas do ser cristão; das
respostas dentro do plano formativo;
do crescimento e amadurecimento
pessoal; do sim dado a Deus em
testemunhá-lo aos outros; do desejo
de transmitir a misericórdia e o perdão
de Deus àqueles que não se acham
dignos; dar forças aos fracos, aqueles
que sofrem; elevar a Deus a vida do
povo atualizando o memorial da
páscoa de Cristo.
Como padre, o que gostaria
de realizar enquanto Josefino?
Pe. Ricardo: Não tenho grandes
pretensões. As minhas limitações e
qualidades podem servir no
apostolado educativo ou na área da
educação. Mas sou uma pessoa
aberta e, quando nos colocamos a
serviço, a vontade de Deus nos
provoca.
Como foi a preparação aos
votos perpétuos na Itália? O que
gostaria de destacar?
Pe. Ricardo: Foi uma experiência ímpar. Participei do primeiro
grupo, da primeira experiência nesta
preparação aos votos perpétuos,
apesar de estar lá como Diácono.
Destacaria essa bela tentativa da
Congregação impulsionada pelas
idéias do Capítulo Geral em diminuir
as distâncias entre as pessoas que
vivem os mesmos ideais. Destaco
também a forma respeitosa e familiar
que fui acolhido; a atualização e maior
compreensão do nosso carisma.
Como e quando você decidiu
ser Josefino? Teve alguém que lhe
motivou de modo especial?
Pe. Ricardo: Seria um pouco
difícil dizer como decidi ser josefino,
aqui entramos numa “realidade
mistérica”. Me sentia provocado nas
visitas vocacionais na escola Pe.
Ângelo Mônaco onde estudava. Fui
conhecer o seminário diocesano em
Caxias do Sul quando tinha 16 anos.
Tive também vontade de conhecer os
irmãos Maristas. Enfim, desde os 12
ou 13 anos sentia o chamado a ser
padre. Essas provocações alguns
colegas também sentiam; enquanto
isso trabalhava e estudava.
Após a crisma me afastei da
Igreja por uns 2 ou 3 anos, vivendo
minha adolescência como todos os
jovens da minha cidade, hoje grandes
amigos.
Quando concluí o ensino
fundamental e também parecia ter
passado o período mais turbulento da
adolescência, talvez mais maduro
quanto aos questionamentos de o que
ser no futuro, comentava com as
pessoas onde trabalhava e com meus
familiares que iria para o seminário,
mas não sabia qual. Até que uma
pessoa me disse que conhecia um
padre jovem, que usava cabelos um
pouco longos e barba e entrou em
contato com o Pe. Dirceu Rigo. Ele
veio me visitar no trabalho, gostei dele,
do seu estilo, da sua
jovialidade, simplicidade e acolhida.
O Pe. Gabriel também visitou a minha
família; pedi demissão do meu
emprego, já estava
com 17 anos.
Pe. Ricardo: Meu primeiro
formador foi o Pe. Gabriel, sempre
muito atencioso comigo e com minha
caminhada vocacional. Tive algumas
dificuldades em adaptar-me à vida de
seminário, longe dos amigos, da
família... O ritmo dos meus colegas
que já viviam no seminário pelo menos
três anos era diferente do meu ritmo
de vida. No início eu ficava literalmente
perdido com os horários e com a
ocupação do tempo.
Meu segundo formador, ainda
no ensino médio, foi o Pe. Adelar Dias,
que procurava conversar comigo e
com meus colegas regularmente, fiz
uma bela amizade com ele. Sabia
respeitar o meu ritmo, as minhas
dúvidas e os meus comportamentos.
No meu segundo ano de seminário,
a comunidade formativa de Ana Rech
questionava o meu jeito de ser, as
minhas atitudes, e com justiça porque,
como disse, meu ritmo de vida e
experiências eram totalmente diferentes do perfil de seminarista visto até
então. Lembro que, na época,
conversei com Pe. Raimundo, atual
provincial, e Pe. Celmo, atual geral
da Congregação. Tive muita ajuda do
Pe. Dirceu Rigo e do Pe. Adelar.
Passei a ajudar o Irmão Valdomiro no
Centro Técnico Social, Caxias do Sul.
Aos finais de semana jogava
futebol no campeonato de Flores da
Cunha pela equipe de Otávio Rocha.
Foi uma experiência
muito importante
para minha caminhada e concluí o
ensino médio.
Depois, fui a
Porto alegre iniciar
a filosofia. Juntamente com os
estudos, marcava
presença no Colégio
Murialdo todas as tardes, fiz
belíssimas amizades e comecei a
compreender melhor o carisma de
nossa congregação. No magistério
em Fazenda Souza, com meu amigo
e formador padre Dirceu, foram anos
de muito trabalho, de estudos com a
especialização na área educativa e
de maior firmeza na caminhada
“...quando nos
colocamos a
serviço, a vontade
de Deus nos
provoca.”
Quando entrou no Seminário? Onde foi?
Pe. Ricardo: Entrei no
seminário no dia 07 de março de 1995,
em Ana Rech, Caxias do Sul.
Partilhe sobre o seu processo
formativo. Onde começou, os
passos, formadores, colegas...
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ENTREVISTA
com Pe. Ricardo Testa
vocacional. Ajudava como assistente
na formação. Aos finais de semana
jogava futebol no time do Minuano e
depois no Carapiaí. Do magistério
para teologia: encontrei em Londrina
- PR um ambiente agradabilíssimo,
mas nesse momento já não tinha mais
nenhum colega de seminário e nem
de noviciado. Em Londrina eu era o
único brasileiro estudante. Meus
colegas foram Pe. Rosário, Pe. Paulo
Mateus e Pe. Michael, com quem fiz
uma impressionante amizade e
companheirismo. Meu formador em
Londrina foi Pe. Vilcionei por 2 anos,
depois Pe. Carlos por um ano e Pe.
Esvildo no meu último ano, com quem
me identifiquei durante os anos de
teologia. Na teologia tive crises e
questionamentos, mas encontrei nos
formadores uma grande ajuda. Minha
fé e meus princípios finalmente
amadureceram e pude superar as
dificuldades confiando e recebendo
as graças de Deus.
riedade, viver concretamente a
proposta de ser uma bem unida
família, de difundir sempre mais o
carisma de São Leonardo Murialdo
como dom de Deus, possível de ser
vivido a todos quanto forem
chamados, dar maior atenção à
formação e aos aspectos econômicos
e administrativos.
Pe. Ricardo: Opa! Identifico-me
muito com todos meus irmãos e com
minha mãe; deixamos ela quase louca.
Somos distantes geograficamente,
mas somos muito próximos em
espírito, vontades, manifestações
generosas; compartilhamos alegrias;
somos felizes; vivemos o espírito de
irmãos, independente da condição
social.
Onde você encontra forças
para superar as dificuldades?
Gostaria de dar destaque
especial para minha mãe que foi uma
lutadora e nos deu o mais importante:
carinho, amor, cuidado, respeito... Ela
nos ensinou a voar bem cedo.
Pe. Ricardo: Na fé! Aqui caberia
uma reflexão talvez mais exata ou
detalhada do que se entende por
dificuldades, quem sabe numa
próxima entrevista. O problema da
dificuldade não está na impotência de
superá-la ou de quão difícil se
apresenta, mas sim no momento
existencial em que vivemos. Portanto,
essa resposta vou deixar a cada leitor
como um desafio de encontrar os
próprios mecanismos para enfrentar
as dificuldades.
Tenho admiração pelos confrades e pela diversidade de pessoas
que procuram viver o mesmo carisma
deixado por São Leonardo Murialdo;
independente da forma de ser de cada
um, pois somos nós que formamos a
congregação.
Não tenho grandes conhecimentos para falar dos desafios de
toda a Congregação, mas, parecem
ser o cuidado e o respeito para cada
confrade, a abertura para missiona-
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Pe. Ricardo: O respeito entre
os confrades. Somos irmãos, mas não
somos iguais. Tentar viver as relações
da maneira mais autêntica possível.
Viver um grande carisma a partir dos
carismas pessoais.
Relacionar-se a partir daquilo
que somos e não daquilo que exercemos e, é claro, formar comunhão
na oração, no trabalho, nas refeições,
no lazer...
Como surgiu o interesse em
ser Josefino? O que mais admira
da Congregação e, no seu ver,
quais os maiores desafios que hoje
ela enfrenta?
Pe. Ricardo: O interesse em
ser Josefino foi um processo lento e
influenciado por alguns fatores como:
o todo da proposta do carisma, a
simplicidade e o espírito de família
com que os confrades e membros da
Família de Murialdo se relacionam, a
atualidade e aplicabilidade do Carisma em nossos dias, a missão da
Congregação e, ultimamente, as
novidades propostas pelo Capítulo
Geral.
Destaque alguns pontos dos
quais você não abre mão da Vida
Religiosa.
O que você gostaria de dizer
à juventude brasileira e aos leitores
do Agir&Calar?
Pe. Ricardo: Às juventudes do
Brasil quero dizer que Deus vos ama,
por isso convido as juventudes a
experimentarem esse amor na relação
com o outro, especialmente com quem
é mais necessitado.
Pe. Ricardo: Tenho admiração pelos confrades
e pela diversidade de pessoas que procuram
viver o mesmo carisma
Para você, vida comunitária
é...
Pe. Ricardo: Respeitar o outro,
comprometer-se com ele e viver a
relação de irmãos.
Fale um pouco sobre sua
família...
Aos leitores: essas palavras
muito simples mostram muito do que
sou, aquilo que acredito; é assim que
Deus me revela.
Outras considerações...
Pe. Ricardo: Recebi o convite
do nosso superior geral, Pe. Mario
Aldegani, a viver os primeiros anos
do meu sacerdócio na província da
Argentina-Chile. Aceitei o convite;
conto com a oração de toda Família
de Murialdo da província brasileira.
COTIDIANO
Pe. Cornélio Dall’Alba
Um Seminário em transição
UM SEMINÁRIO QUE É
alo do Seminário São José
de Orleans - SC. Lendo
sua história, salta aos
olhos a vitalidade que o
animava em tempos
passados. Salas de aula cheias a partir
da quinta série que depois iam se
selecionando e diminuindo ao passo
que chegavam à oitava; pátios sempre
borbulhantes de vozes adolescentes,
dormitórios abarrotados de camas;
concursos de declamação; trabalho
estafante dos assistentes para
lecionar, acompanhar nos estudos,
nos pátios, na oração e no trabalho
de manhã à noite. Sempre com
pouquíssimo dinheiro para enfrentar
tantos gastos.
Recordo também da promoção
vocacional que visitavam as escolas.
Os meninos se encantavam pelo ideal
sacerdotal ou, simplesmente, pelo
seminário, apoiados pelos pais, que
viam-no como um lugar privilegiado e
barato para formar os filhos. Se não
saíam padres, pelo menos saíam com
certa instrução que lhes franqueavam
depois qualquer porta para uma
profissão mais lucrativa do que o
trabalho braçal da roça. Nestes dias,
quando da celebração do cinqüentenário de Rio Fortuna, um dos
professores palestrantes fez um elogio
ao Seminário, disse que não era só
para formar sacerdotes, mas, para
muitos, como para ele, um trampolim
para escapar da enxada.
Fundado em 1959, o Seminário
São José, nos seus inícios, tinha
apenas a terceira e quarta série
primária, concluindo o ginásio em
Fazenda Souza, Caxias do Sul - RS,
no Seminário Josefino. Pouco depois
o Seminário de Orleans teve condições
de ter o ginásio e os seminaristas não
precisaram mais ir para Fazenda
Souza. Além dos seminaristas acolhia
jovens de Orleans que procuravam
uma formação mais aprimorada. O
segundo grau era feito no Seminário
de Araranguá, anexo ao Colégio
Murialdo Mãe dos Homens.
F
Não podemos esquecer as
movimentadas festas juninas com as
rifas beneficentes com prêmios
valiosos; nessa promoção uma equipe
de festeiros e mais a população de
Orleans e municípios vizinhos colaboravam. Era o “ganha pão” do
Seminário. Não faltava a valorização
da arte com o Festival Quentão da
Canção.
Por fim, o Seminário São José,
acompanhando a evolução dos
tempos, foi eliminando as primeiras
séries do ensino fundamental, ficando
apenas com o ensino médio. Com
isso, o Seminário de Araranguá cessou
de existir.
O Seminário São José escreveu
uma longa história (no ano que vem
é o cinqüentenário de fundação), com
páginas gloriosas, aproveitando a onda
favorável de vocações. Dele saíram
onze sacerdotes, um irmão, e uma
multidão de ex-seminaristas.
UM SEMINÁRIO QUE É
O Seminário, de dois pisos,
cresceu na parte edilícia. Hoje possui,
além de salas de aula, amplos espaços
para reuniões, festas e um Ginásio de
Esportes, freqüentado diariamente por
equipes de futebol de salão. A parte
mais nobre do Seminário é, sem
dúvida, a capela de São Leonardo
Murialdo. O Seminário desfruta de um
dos melhores lugares com visão
panorâmica sobre a cidade,
estendendo-se ao longe até a
grandiosa serra geral.
Mas o Seminário está passando
por uma transformação. Para começar,
conta com apenas dois seminaristas.
Número inexpressivo para justificar a
estrutura que tem.
Para aproveitar os espaços,
durante alguns anos o Seminário
alugou os espaços para a FEBAVE
(Fundação Educacional Barriga
Verde). Depois da retirada da
FEBAVE, entrou uma escola técnica
– a SATC (Associação Beneficente
da Indústria Carbonífera de Santa
Catarina) – que fez um contrato de
parceria com o Instituto São José e
desenvolve seus cursos no período
noturno. O Seminário, durante o dia,
permanece ainda com seus espaços
ociosos.
Outro fato que veio afetar o
Seminário foi a proibição de realizar
festas em instituições de ensino. Assim
se acabou a famosa Festa Junina;
igualmente com a suspensão da rifa
7
COTIDIANO
Pe. Cornélio Dall’Alba
realizada por ocasião dessa festa. O
Seminário sofreu um golpe não só do
ponto de vista financeiro, mas também
acabou de certa forma isolando-se do
povo em geral.
A parceria com a SATC, uma
conceituada escola de capacitação
profissional, certamente foi uma opção
criteriosa, visto que, de certa forma,
preserva o caráter escolar do
Seminário. Uma Escola Profissional
corresponde aos nossos ideais
carismáticos. No futuro, talvez, poderá
sediar uma escola diurna de ensino
fundamental e médio.
O Seminário de Orleans teve
sempre características rurais: possui
uma boa área de terra, em parte
aproveitada para agricultura e criação
de gado. Possui também malhas
pequenas de eucaliptos e bosques. A
área maior de mata nativa se encontra
nos limites do terreno e em parte
desce abruptamente até o rio Tubarão.
Devido à pouca produtividade
agropecuária, o número exíguo de
seminaristas atual-mente, o Seminário
resolveu terceirizar os terrenos para
a agricultura, dar um destino mais
lucrativo para o gado e os poucos
suínos que ainda possui.
A conservação da casa, assim
como a manutenção dos ambientes
externos ao redor do Seminário, já
absorvem toda a mão de obra.
PASTORAL DO SEMINÁRIO
Especialmente nos finais de
semana, os padres atendem às
paróquias vizinhas e, em primeiro
lugar, a paróquia de Orleans com a
qual mantém um contrato anual. Mas
ajuda também, quando solicitado as
paróquias da redondeza: Urussanga,
Lauro Müller, Rio Bonito, São Ludgero,
Pedras Grandes.
Na capela do Seminário há uma
missa aos domingos para o público;
é irradiada pela Rádio Nova Guarujá
de Orleans.
Todas
as
segundas-feiras, das
seis às sete temos
um programa na FM
Luz e Vida da
paróquia Santa Otília.
E, diariamente,
menos sábados e
domingos, temos
dois momentos na
Rádio Nova Guarujá
de Orleans: a oração do meio-dia e a
oração da Ave Maria, às 18 horas.
Além das missas, o Seminário
é freqüentado por pessoas que pedem
bênçãos.
as portas. Os jovens não procuramno espontaneamente. O método é o
de Jesus. Rezar, propor, chamar,
provocar, incentivar, cultivar. E depois
de ter feito tudo: somos servos
inúteis... o que devíamos fazer,
fizemos... É um momento em que
devemos sondar os sinais dos tempos.
Ver as luzes e sombras e começar.
O caminho se faz caminhando.
Na Diocese de Tubarão se está
apostando nos coroinhas. É um bom
começo. É uma
opção. A Diocese
faz uma série de
estágios no
Seminário; é uma
luz que está nos
dando pistas, que,
por enquanto,
parecem as mais
viáveis. O nosso
Seminário está
procurando uma
integração com a Equipe Diocesana
de Animação Vocacional, aproveitando as oportunidades para um
trabalho direto com jovens.
Que Seminário será? A resposta
só o tempo dirá.
O Seminário está
procurando a melhor
forma para conservar o
patrimônio e dar-lhe uma
finalidade conforme o
nosso carisma
QUE SEMINÁRIO SERÁ?
Eis a questão. O nó da questão.
Uma coisa é certa. Se não houver
animação vocacional, fatalmente o
Seminário, como tal, vai ter que fechar
PALAVRAS FINAIS
Todas estas informações,
acredito que possam servir para ter
uma idéia do que é o Seminário São
José hoje. As soluções acima
expostas podem ser resumidas em
dois pontos:
Primeiro, a comunidade se
empenha para fazer uma promoção
vocacional que possa despertar
vocações, para o Seminário manter
sua identidade. Já se começou
visitando escolas da região. Os
resultados neste primeiro semestre
são difíceis de perceber.
Segundo, o Seminário está
procurando a melhor forma para
conservar o patrimônio e dar-lhe uma
finalidade mais conforme ao nosso
carisma para o bem da população de
Orleans e municípios vizinhos.
Pe. Cornélio Dall’Alba
Diretor do Instituto São José
– Seminário de Orleans - SC
8
COTIDIANO
Kora Lopes
Milhares de pessoas participaram da missa festiva presidida pelo pároco
Pe. Dirceu e concelebrada pelos Padres Jacó, Roberto e Sérgio Murilo
Festa de Santa Rita de
Cássia reúne milhares de devotos
E
m Planaltina – DF, a
Paróquia Santa Rita de
Cássia, a maior da cidade,
cujo Pároco é o Padre
Dirceu Rigo, fez da festa de sua
Padroeira um grande tempo de
evangelização que começou 72 dias
antes da novena, quando foi realizada
a “Coroa de Santa Rita” em casas de
paroquianos.
Um número muito grande de
devotos participou com muita devoção
e entusiasmo em todas as
comunidades da paróquia: São
Leonardo Murialdo, Imaculada, São
José e São Francisco.
O “Giro de Santa Rita”, que tem
caráter evangelizador e foi realizado
nas comunidades em todos os
sábados dos meses de março e abril,
mereceu destaque. Além de
evangelizar as famílias, arrecadou
alimentos destinados às cestas
básicas para serem doadas às
pessoas carentes da Paróquia.
Em maio, que é consagrado à
Maria, Mãe de Jesus, esta Paróquia
tem mais um significado importante.
É o mês em que se comemora o
nascimento de Santa Rita de Cássia,
no dia 22 de maio.
Este ano a festa foi marcada por
muitas inovações que fizeram com
que os devotos se motivassem ainda
mais a participarem de todas as
atividades que tiveram início com a
missa de envio da novena, realizada
na matriz de Santa Rita no dia 12 de
maio.
A grande mudança foi o
envolvimento de todas as comunidades na novena iniciada no dia 13
de maio na capela de São Leonardo
Murialdo.
No 2º, 3º e 4º dia foi realizada,
respectivamente, nas capelas de São
José, da Imaculada e de São
Francisco, promovendo, assim, o
entrosamento de toda a Paróquia de
Santa Rita de Cássia, um dos objetivos
do Pároco Pe. Dirceu.
9
COTIDIANO
Kora Lopes
Nos demais dias, a novena foi
realizada na Igreja de Santa Rita de
Cássia, com a participação de todas
as comunidades que se sentiram
inseridas na festa de Santa Rita,
tornando a Paróquia cada vez mais
fortalecida na fé e na união.
Além da parte religiosa foram
feitas barraquinhas, rifas, bingos, etc.
Na véspera da festa foi
realizado, na matriz da paróquia, o
“Ofício de Santa Rita” seguido por um
saboroso café da
manhã, oferecido
pela Pastoral da
Acolhida aos fiéis.
A culminância da festa, porém,
foi a missa campal, no pátio da velha
igrejinha de Santa Rita, que ficou
pequeno para a missa que foi
concelebrada pelo Pároco Pe. Dirceu
e pelos Padres Jacó, Roberto e Sérgio
Murilo. O Pe. Dirceu, como sempre,
usando o “Dom da Palavra” que Deus
lhe deu, fez uma emocionada e
brilhante homilia.
Mas ainda faltava a surpresa
prometida por ele durante toda a
novena e missas que
antecederam a festa.
Este ano a festa foi
marcada por muitas
inovações que fizeram
com que os devotos se
motivassem ainda mais
O ponto alto
da festa, porém, foi
o dia 22, dia de
Santa Rita de
Cássia, considerada “a Santa
das Causas Impossíveis”.
Às 5 horas da manhã os fiéis
foram acordados com a “Alvorada
Festiva”, quando fogos de artifício
convidavam todos os devotos a
participarem da grande festa daquele
dia.
Seguindo a programação, às 6
horas foi oferecido aos devotos um
gostoso café da manhã pela Pastoral
do Sagrado Coração de Jesus. Em
seguida deu-se início à procissão
motorizada que, ao som do trio elétrico
e outros carros de som, seguiram a
imagem de Santa Rita de Cássia
ricamente ornamentada e acompanhada de criancinhas vestidas de
Santa Rita – as ritinhas.
Assim, após a
comunhão, o Pe. Dirceu anunciou a grande
surpresa pedindo a
todos que se virassem
para uma determinada
direção.
Todos se voltaram para a direção indicada e por traz
de um muro foi surgindo e se elevando
lentamente, bem para o alto, onde
todos pudessem ver, uma paroquiana
vestida como Santa Rita que durante,
aproximadamente, 20 minutos falou
aos devotos como se fora Santa Rita,
com voz branda, como se fosse uma
mãe carinhosa falando com seus
filhos. Falou a cada segmento da
sociedade ali presente: aos padres,
às crianças, aos pais, esposas,
esposos, desempregados, idosos,
enfim, a todos levou uma mensagem
de fé, de esperança e união, sempre
enfatizando a vida de Santa Rita como
um exemplo a ser seguido. Grande
foi a emoção da multidão que em
silêncio absoluto e às vezes em
lágrimas se sentiu tocada pela
mensagem que lhes era transmitida.
Coroando este momento, fogos de
artifício explodiram no ar por alguns
minutos.
Encerrando a festa daquele dia
houve a bênção das rosas, o Kit de
Santa Rita (Óleo, Água e Sal) e a
escolha dos novos festeiros de Santa
Rita de 2009.
A festa, porém, só foi encerrada
no dia 31 de maio com a coroação de
sua imagem, como padroeira desta
Paróquia e uma belíssima
apresentação teatral da vida de Santa
Rita cuja devoção aumenta a cada
nova “Missa das Rosas”, celebrada
todo dia 22 de cada mês.
A procissão que, sem dúvida
nenhuma, foi a maior de todos os
anos, contou com, aproximadamente,
500 carros, algumas centenas de
bicicletas e várias pessoas a pé.
Percorreu as principais ruas de todas
as comunidades da paróquia, levando
a mensagem da Palavra de Deus a
todos paroquianos.
Ao fim da procissão, todos os
automóveis e ciclistas receberam a
bênção através da água benta
aspergida pelos Padres Jacó e Pedro.
10
Procissão motorizada contou com carros, motos e bicicletas
Kora Lopes
Presidente da Academia
Planaltinense de Letras
COTIDIANO
Pe. Carlos Wessler
Epesmel cuidando da vida
N
este ano de 2008 a
EPESMEL, Londrina,
continua desenvolvendo
sua missão com muito
empenho, num fantástico trabalho em
rede.
No seu Programa Apoio
Socioeducativo atende 210 crianças
de 7 a 14 anos.
No seu Programa de
Profissionalização atende 520
adolescentes de 15 a 18 anos com os
Cursos Auxiliar Administrativo,
Confecção Industrial, Montagem,
Configuração e Manutenção de Microcomputadores, Editoração Gráfica e
Eletrotécnica Industrial. Ao concluírem
os cursos eles serão encaminhados
ao emprego como Aprendizes.
No seu Programa Aprendiz,
fundamentado na Lei Federal nº
10.097/2000 – Lei do Aprendiz (que
garante todos os direitos trabalhistas
para os adolescentes e jovens que se
encontram na faixa etária entre 14 e
24 anos), está atendendo 450
aprendizes. Todos estão com carteira
assinada e trabalhando em diversas
empresas, autarquias, universidades
e hospitais.
O contrato de trabalho é
especial, não podendo ultrapassar
dois anos, sendo que grande parte
destes são beneficiados com a
contratação efetiva, deixando de ser
aprendiz para fazer parte do quadro
de contratados da empresa. Duas
vezes ao mês eles têm encontros de
formação da EPESMEL.
Este programa é de total
relevância para o município de
Londrina. Causa um impacto social
positivo na vida dos familiares e dos
aprendizes, fortalece vínculos afetivos
entre pais e filhos e contribui para a
cidadania e autonomia financeira dos
educandos.
No seu Programa de
Atendimento de Medidas
Socioeducativas, executado através
do Projeto Murialdo, atende por ano
a média de 858 adolescentes autores
de ato infracional.
No seu Programa de
Abordagem de Rua, através do
projeto parceiro Sinal Verde, atende,
acolhe e encaminha crianças,
adolescentes e pessoas adultas que
tiverem seus direitos violados e que
estiverem em situação de vulnerabilidade social, permanecendo
nas ruas à rede de proteção. O novo
11
&27,',$12
3H&DUORV:HVVOHU
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12
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&27,',$12
7KHPLV&DQHGD
Trabalho Social do ILEM, em POA,
desenvolve SURMHWRVLQWHJUDGRV
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&HQWUR,QIDQWLO0XULDOGR
13
COTIDIANO
Diretor Pe. Joacir Della Giustina e
educador Elo João Back
na cerimônia de premiação
Colégio Murialdo de Caxias do Sul recebe
prêmio de Responsabilidade Social
E
m reconhecimento ao
trabalho na área da
Responsabilidade Social,
o Colégio Murialdo
recebeu, no dia 27 de maio, em São
Paulo, o Prêmio Dr. Oswaldo Cruz –
Educação e Responsabilidade
Social/Ambiental. Participaram do
evento o diretor, Pe. Joacir Della
Giustina, e o educador Elo João Back
que receberam o troféu e a placa de
reconhecimento.
O prêmio foi concedido pelo
IBRASI – Instituto Brasileiro de
Educação e Responsabilidade
Sanitária e SBACE – Sociedade
Brasileira de Artes, Cultura e Ensino
a Instituições e empresas que
respeitam os conceitos fundamentais
de saúde, educação e preservação
do meio ambiente, promovendo ações
positivas em prol da qualidade de vida
do cidadão brasileiro.
14
Desde a sua origem, o Colégio
tem práticas de inclusão social.
Exemplo disso, são os sete alunos,
em cada sala de aula do ensino
fundamental, da Ação Social Murialdo,
que estudam gratuitamente, totalizando 102 beneficiados.
ESCOLA SOLIDÁRIA: O
Colégio Murialdo de Caxias do Sul,
pela segunda vez consecutiva,
recebeu o Selo Escola Solidária que
faz parte do programa “Faça Parte,
Escola Solidária”. O Selo é bianual,
símbolo de um processo de
reconhecimento e identificação das
escolas de educação básica que
priorizam sua articulação com a
comunidade por meio de atividades e
projetos de voluntariado educativo. O
Murialdo conquistou o selo de Escola
Solidária devido ao trabalho de
solidariedade e inserção, em suas
salas de aula do Ensino Fundamental,
de alunos pobres que freqüentam a
Ação Social Murialdo, entre outras
atividades.
COTIDIANO
IX SEMINÁRIO MURIALDINO DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE REÚNE EDUCADORES E RELIGIOSOS
Participantes do Seminário na cerimônia de abertura
N
os dias 01 a 03 de maio
de 2008, no Centro de
Eventos Murialdo em
Fazenda Souza - Caxias
do Sul - RS, aconteceu o
IX Seminário Murialdino da Criança e
do Adolescente. Inspirados pelo tema Mística e Apostolado de quem
trabalha com Crianças e Adolescentes, mais de 80 educadores e
religiosos das Obras dos Josefinos da
Província Brasileira buscaram
reacender a motivação espiritual como
fundamento no apostolado com
crianças e adolescentes.
A abertura do evento foi
marcada pela liturgia e resgate
histórico dos Seminários anteriores.
Abrilhantou o momento a presença
das crianças e adolescentes abrigados
na Casa Família Murialdo, bem como,
o Coral Infanto Juvenil do Colégio
Murialdo, ambos Programas do Centro
Técnico Social de Caxias do Sul.
Ainda no primeiro dia do
encontro, os relatos sociais do que
acontece nas Obras da Província
foram importantes para o entendimento dos participantes. Assim,
ficou mais fácil entender o que
acontece de norte a sul do Brasil, nas
diferentes realidades, porém, unidos
pelo mesmo carisma e espiritualidade.
Como culminância deste momento,
aconteceu o lançamento da revista
“Relatório Social 2007” do Instituto
Leonardo Murialdo. Após o jantar,
realizou-se o Cine Fórum com o filme
“Escritores da Liberdade”. O enredo
emocionou a todos.
Tendo sempre fortes momentos
de espiritualização, o segundo dia do
Seminário contou com as palestras
Educador Social - Na Pedagogia do
Amor, com o assessor Pe. Vilcionei
Baggio; Educador Social - No Apostolado da Utopia, com o assessor
Danilo Gandin e A Mística de quem
trabalha com crianças e adolescentes,
com o Assessor Frei Jaime Bettega.
À noite, aconteceu o relato do Case
da Marcopolo sobre sua responsabilidade social.
O último dia do Seminário foi
reservado à Construção de Propostas
de Ação a partir dos Centros de
Formação Profissional, dos Centros
Educativos, da Aprendizagem Escolar
e Ação Social, dos Leigos,
Voluntariado e Ação Social e do Lazer
e Ação Social.
O IX Seminário Murialdino da
Criança e do Adolescente buscou
aprofundar a relação da espiritualidade com o comprometimento da
educação voltada à promoção de
todos. A Pedagogia do Amor e suas
decorrências ao redor da educação
do coração encontram fundamentação
na espiritualidade e no jeito de Jesus
acolher o outro.
A meta é sempre tirar o outro
de sua inexistência para recolocá-lo
na condição de pessoa. Trata-se de
perceber a existência dos invisíveis e
assegurar-lhes inclusão. As relações
de afeto, bondade, solidariedade,
respeito e cidadania encontram eco
na percepção de uma fé comprometida
com a realidade social. O Reino de
Deus é algo concreto. Onde houver
alguém em situação de exclusão e
miséria existe um atestado de
incompetência cristã, o Reino ainda
não chegou ali. As crianças e os
adolescentes que vivem em situação
de vulnerabilidade social foram
inspiradores para as reflexões e a
razão da tomada de novas decisões.
Lançamento
do Relatório Social
15
FORMAÇÃO
Pe. Sérgio Murilo
Atual comunidade do Escolasticado
JOSEFINOS ABREM COMUNIDADE
DO ESCOLASTICADO EM BRASÍLIA
N
o dia 19 de março de 2008,
dia de nosso Santo
Padroeiro São José, foi
inaugurada mais uma obra
Josefina. Fruto de muita discussão,
reflexão e oração. O sonho de uma
nova comunidade se concretizou
graças ao empenho do Provincial e
seu Conselho, da Equipe de Formação
e, sobretudo, da comunidade Josefina
do Guará e dos maravilhosos leigos
que se empenharam com afinco e não
mediram esforços.
A nova comunidade recebeu de
seus integrantes o nome de
Escolasticado Murialdo de Brasília
(BEM) e quer ser mais um sinal profético no centro do país e favorecer a
formação de novos confrades
josefinos, estudantes de filosofia,
oriundos de diversas partes do nosso
imenso Brasil. A inauguração oficial
da residência contou com a presença
de numerosos leigos da Paróquia São
Paulo Apóstolo e com confrades das
16
comunidades do Guará I e de
Planaltina. Juntos agradeceram a
Deus por mais esse dom que nossa
Província recebe da Providência
Divina.
A bênção da nova casa, adaptada para acolher os confrades, foi
dada pelo sacerdote Pe. Aleixo Susin,
um dos precursores dos josefinos de
Murialdo na Capital Federal, ladeado
por outros sacerdotes e pelos leigos,
num momento bonito de fé e de
gratidão.
Os confrades da nova comunidade são, atualmente, em número
de sete. Todos estudam na UCB
(Universidade Católica de Brasília).
Eles estão engajados em trabalhos
na Casa Família Murialdo (FORMAR)
com crianças e adolescentes pobres,
com a Pastoral da Juventude da
Paróquia São Paulo Apóstolo do
Guará I e com grupos de jovens do
Setor Habitacional Arniqueiras, onde
se situa a nova obra. Ainda em fase
de adaptação, os confrades procuram
viver e espalhar, em cada um dos
lugares onde atuam, o carisma de São
Leonardo Murialdo, testemunhando
com alegria a própria vocação e a
alegria de serem seguidores de Nosso
Senhor Jesus Cristo.
Num gesto de gratidão a Deus
e às várias pessoas que tornaram
realidade a nova comunidade do
Escolasticado Murialdo de Brasília,
queremos, como religiosos, expressar
nossa alegria por este tempo de graça
e de formação que estamos vivendo.
Ao mesmo tempo compromêtemo-nos
com a nossa oração e com o coração
por tantos quantos trabalharam e
continuam trabalhando para que essa
obra cumpra e viva a sua finalidade:
se formar e crescer sempre mais na
vivência do carisma legado a todos
nós por São Leonardo Murialdo.
Pe. Sérgio Murilo Severino
Diretor e mestre do
Escolasticado de Brasília
FORMAÇÃO
CURSO DE PREPARAÇÃO PARA
VOTOS PERPÉTUOS
ACONTECE NA ITÁLIA
O primeiro curso de preparação para os votos
perpétuos da Congregação de São José aconteceu
na Itália nos meses de janeiro e fevereiro de 2008.
Participaram os diáconos da Província Brasileira,
Antonio Laureano, Ricardo Testa e Válber Almeida
e o Pe. Alberto Lopes Santana da Vice-Província
do México e dos Estados Unidos.
A promoção foi muito rica em conteúdos,
considerações sobre diversas áreas dentro do
espírito histórico e atual da Congregação de São
José. Foram desenvolvidas temáticas nos vários
aspectos como: espiritualidade Josefina, história de
Murialdo e da Congregação, Família de Murialdo,
a pessoa humana e a pastoral juvenil, além de
retiros espirituais e aprofundamento dos lugares
históricos da Igreja e da Congregação. Excelentes
professores que atuam no Instituto San Pietro de
Viterbo e que têm um vasto conhecimento nesses
assuntos colaboraram no curso.
Foram quase dois meses de uma ótima
experiência na Casa Geral, em Roma. Os
participantes também fizeram uma semana de
reflexão e conhecimento em Turim, berço da
Congregação, nos lugares por onde passou São
Leonardo Murialdo. Visitaram outros lugares por
onde está a Congregação como Milão, Pádua,
Veneza, Nápoles e outras cidades italianas.
Portanto, o curso trouxe algo novo para a
conclusão da formação inicial no intuito de “tomar
um belo banho” de carisma e assim aprofundar
ainda mais a riqueza espiritual deixada por São
Leonardo Murialdo.
Da esq. p/ dir.: Ricardo Testa, Vice-geral Pe. Celmo Lazzari, Antonio Laureano,
Válber Almeida e Pe. Alberto Lopes Santana
17
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TXDOLILFRX D YLGD GDV SHVVRDV
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DLQGDQmRVmRWmRDEXQGDQWHVPDV
MiH[LVWHP
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PDLV XQLGRV FHVVDUDP FRQVL
GHUiYHLVSRQWRVGHYLVWDLPXWiYHLV
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FORMAÇÃO
Estudantes do Teologado Internacional de Londrina - PR
TEOLOGADO INTERNACIONAL
PARTILHA CAMINHADA
O
Teologado Internacional
de Londrina - PR,
atualmente é composto de
13 confrades, sendo três
padres, dois diáconos e oito frateres.
Os confrades estudantes são cinco
da nossa Província, dois da Província
Equatoriana e dois da Delegação
Africana.
Os estudantes estão cursando
a teologia na PUCPR. Trabalham na
EPESMEL com os adolescentes dos
cursos profissionalizantes, na
formação humana e cristã; com as
crianças do Apoio Socioeducativo e
20
na escola de futebol. Também atuam
na Paróquia Cristo Bom Pastor com
a Pastoral dos Adolescentes e dos
Jovens, o Serviço de Animação
Vocacional, nos Grupos Bíblicos de
Reflexão. Na Arquidiocese de
Londrina acompanham uma escola
de formação de lideranças para jovens em parceria com a Congregação
dos Oblatos de São José.
Momento marcante foi a
Ordenação Diaconal de Antonio
Laureano e Válber Almeida, acontecida no dia 15 de junho na nossa
Paróquia. O evento foi marcado pela
animação vocacional de duas
semanas que antecedia a ordenação,
com a presença do Pe. Nadir, passando por todas as comunidades da
Paróquia e na EPESMEL.
Em julho alguns confrades
participaram da animação vocacional
em Fortaleza, tendo em vista os 25
anos de ordenação do Pe. Lauri.
Outros participaram da segunda etapa do CAJO em Porto Alegre e da
ordenação sacerdotal do Pe. Ricardo
Testa, em Fagundes Varela - RS,
acontecida no dia 26 de julho.
PONTO DE VISTA
Pe. Joacir Della Giustina
SOBRE INTELIGÊNCIAS
A
busca da felicidade... É por
aí que caminha a humanidade. A corrida é para
ser feliz. Existe um baú de
ofertas que prometem
satisfazer esse desejo. O mercado se
pauta por respostas materiais e
promete a satisfação desse desejo
através do carro, da roupa, do
calçado, da bebida, da última viagem,
do tratamento estético-corporal...
Na história, em suas diversas
fases, vamos encontrar a busca de
respostas a esse anseio humano. Os
gregos, na ética, já haviam dito que
a felicidade pessoal caminha ao lado
da felicidade do outro. Mais tarde
estudos sobre a inteligência racional
fizeram com que as pessoas
passassem a acreditar que sem a
iluminação da razão era impossível
chegar à realização humana. Felicidade e racionalidade caminhariam
de mãos dadas. O desenvolvimento
industrial, a tecnologia e as ciências
fincaram aí, na inteligência racional,
as suas estruturas. Mas a história foi
demonstrando que a razão pode se
tornar a grande vilã do desenvolvimento; que ela, por si só, não
garante a paz, a justiça, a equidade
entre os povos. As guerras, a fome e
as desigualdades sociais atestam para
esse fato. A história da humanidade
tem atestado também que grandes
líderes da humanidade, que marcaram
e influenciaram positivamente a
sociedade, foram pessoas carregadas
de interioridade, de sentimentos, de
emoções. Gente de “coração grande”.
Então, nas últimas décadas,
ganhou lugar de destaque entre os
estudos dos comportamentos e das
relações humanas uma outra
inteligência: a emocional. Em
qualquer área de convivência e de
trabalho lidamos o tempo todo com
pessoas. Então se exige o saber lidar
com elas. Não mais com máquinas
Pessoas que vivem uma espiritualidade são mais felizes pessoalmente, na família e na sociedade
apenas. Gerenciar conflitos, ter autoe motivações elevadas.
controle, capacidade de empatia, e
Psiquiatras, médicos, atletas,
tantas outras habilidades sociais são
gerentes, professores passam a
necessárias para desenvolver
acreditar que as pessoas que voltam
qualquer profissão e, mais ainda, para
suas vidas para a dimensão da
ser feliz.
transcendência são
Inteligência
pessoas dotadas de
emocional caracte- A espiritualidade tem força mais resistências aos
riza-se pelo modo
dissabores e às
imunológica
e
grande
como as pessoas
vicissitudes. Ou seja,
lidam com suas poder cicatrizante para as a espiritualidade tem
emoções e com as
força imunológica.
dores
da
vida;
vive-se
das pessoas próComo também granximas. Isto envolve
de poder cicatrizante
com a dimensão
características copara as dores da
da
esperança
mo empatia, motivida; porque projeta
vação, liderança,
a pessoa para a
cooperação, autoconsciência. Ela
superação; vive-se com a dimensão
também passou a ser vista como
da esperança.
maior responsável pelo sucesso ou
Essa mesma inteligência é
insucesso da pessoa.
capaz de provocar pessoas para
Mas está surgindo uma nova
gestos concretos de solidariedade,
compreensão nas possibilidades de
de responsabilidade com a vida de
respostas para a busca da felicidade:
todos e com a idéia de que a riqueza
a inteligência espiritual. Trata-se da
tem sentido quando em função do
riqueza que alimenta os mais
bem comum.
profundos aspectos da vida, que é
Pe. Joacir Della Giustina
extraída de princípios e valores
Vice-provincial e Diretor do
Colégio Murialdo de Caxias do Sul
essenciais, propósitos fundamentais
21
O ESPÍRITO
MISSIONÁRIO
DE PAULO
S
ão Paulo Apóstolo continua
sendo, para os dias de
hoje, uma referência
indispensável para os
teólogos por causa de seus
escritos e de seu testemunho,
especialmente depois da sua
conversão (cf. At 9,1-19). O papa
Bento XVI instituiu o ano paulino
(2008/9) para homenagear os dois mil
anos de nascimento desse grande
apóstolo de alcance universal. Além
de escritor, Paulo foi também um
incansável missionário. Pensando no
seu “élan” missionário nos propomos
desenvolver UMA BREVE
REFLEXÃO A PARTIR DA CARTA
QUE ESCREVEU AOS COLOSSENSES.
Mesmo nunca estando nessa
cidade Paulo foi capaz de captar as
necessidades dessa comunidade e
se sensibilizar com essa dura
realidade.
A juventude tem sede de
novidade, busca o transcendente e
aguarda nossa presença em seus
corações. Aproveitando parte da carta
de Paulo, procuraremos demonstrar
a importância da esperança, da
conversão e da disponibilidade em
servir ao Senhor a partir de nossa
pobreza. Vivemos um tempo de
missão, especialmente no chão onde
pisa a juventude. Aproveito para
propor algumas sugestões em nossa
pastoral quando o fogo da
evangelização nos leva para caminhos
novos. Paulo nos ensina que a
saudação é indispensável. A evangelização não pode ser terceirizada,
mas assumida verdadeiramente a
22
partir das pessoas, tendo em vista o
olhar da fé. Na Carta aos Colossenses,
Paulo começa se apresentando e
dizendo que está falando em nome
de Deus. A paz e a graça que ele
oferece aos irmãos de Colossos não
é dele, mas de Deus. “(v. 1) Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus pela vontade
de Deus, e o irmão Timóteo, (v. 2) aos
santos e fiéis irmãos em Cristo, que
moram em Colossos: a graça e a paz
convosco da parte de Deus nosso
Pai”(Col 1,1-2).
Num segundo momento resgata
e valoriza a fé de seus irmãos. Paulo
se alegra com a fé de seus irmãos,
sabe pontualizar as características
positivas impregnadas de esperança,
elogia a evangelização feita em outros
tempos sem esquecer o nome do
missionário (Epafras) (v. 7). Nota-se
uma preocupação com a “Formação
Permanente”. Reconhece a
veracidade desse missionário, pois o
mesmo está unido a Paulo como
“amado companheiro” e “fiel ministro
de Cristo” (v. 8). Continua destacando
o papel do missionário Epafras que
foi capaz de colocar Paulo a par do
andamento da comunidade de
Colossos (cf. v.7-8). Ser missionário,
portanto, é estar em sintonia com a
comunidade na presença e na
ausência, é ouvir os assessores e
saber dar uma resposta com
sabedoria diante de algumas
dificuldades quando aparece um vazio
pautado pelo esmorecimento.
Depois do elogio vem a preocupação. Paulo não consegue dar
uma contribuição mais adequada à
comunidade diante das dificuldades,
senão aquela da oração, “não
cessamos de rezar por vós e pedir a
Deus que vos conceda pleno
conhecimento de sua vontade, perfeita
sabedoria e inteligência espiritual” (v.
9). A referência é sempre o Senhor.
Não se trata de um descompasso com
a sociedade, mas com o próprio Deus.
Evangelizar é colocar Deus em
primeiro lugar, sempre. Desta forma,
acredita Paulo, será possível dar fruto
de boas obras. O “comportamento”
proposto por Paulo não é outra coisa
senão “ter atitude” coerente, criteriosa
e ousada para o nosso tempo a partir
de valores que sejam edificadores do
“humano”. A “dignidade” é o eixo da
nobreza em toda a esfera do humano.
Paulo pede aos colossenses para eles
agradarem ao Senhor “em tudo, dando
fruto de toda obra boa e crescendo
no conhecimento de Deus, (v. 11)
animados de grande energia pelo
poder de sua glória para toda a paciência e longanimidade” (v. 10-11).
Queremos destacar dois
contextos da carta que Paulo acena:
o amor de Deus para com os
colossenses e a herança dos
colossenses receberam por causa da
aceitação que eles demonstraram em
relação ao “reino da luz” (v. 13). Tudo
isso, diz o Apóstolo, é motivo de
grande alegria (v. 12). A participação
no reino implica a remissão dos
pecados (v. 14). Essa comunidade já
havia participado dessa nobre
realidade, agora só precisava
despertar das “ciladas” que estavam
entrando. Nesse sentido é que surge
a necessidade de uma advertência.
A resposta mais adequada dada
PONTO DE VISTA
Pe. Marcionei da Silva
pelo apóstolo dos gentios é inigualável
e precisa ser assumida outra vez em
nossos “recantos” de evangelização,
especialmente pela juventude. Diante
da grande pergunta “Quem é Jesus
Cristo? Qual é o sentido da vida?
Apresentamos a reflexão de Paulo
que, a partir desse momento, tornase também nossa.
(v. 15) Ele é a imagem do Deus
invisível, primogênito de toda criatura;
(v. 16) porque nele foram criadas todas
as coisas, nos céus e na terra, as
visíveis e as invisíveis: tronos, dominações, principados, potestades;
tudo foi criado por ele e para ele. (v.
17) Ele é antes de tudo e tudo subsiste
nele. (v. 18) Ele é a cabeça do corpo
da Igreja; ele é o princípio, o primogênito dos mortos, para ter a
primazia em todas as coisas. (v. 19)
Aprouve a Deus fazer habitar nele a
plenitude (v. 20) e por ele reconciliar
tudo para ele, pacificando pelo sangue
de sua cruz todas as coisas, assim as
da terra como as do céu.
(v. 21) Há bem pouco tempo
sendo vós estranhos e inimigos de
Deus pelos pensamentos e obras más,
(v. 22) eis que agora ele vos
reconciliou pela morte de seu corpo
humano, para vos apresentar santos,
imaculados, irrepreensíveis aos olhos
do Pai. (v. 23) Mas é necessário que
permaneçais fundados e firmes na fé,
inabaláveis na esperança do
Evangelho que ouvistes, pregado a
toda criatura debaixo do céu e do qual
eu, Paulo, fui constituído ministro (Col.
1,15-23).
Com a mesma coragem, nós,
missionários e missionárias da Igreja,
precisamos com muita coragem e
ousadia dizer (v. 25) Fui constituído
ministro da Igreja em virtude do
encargo que Deus me conferiu de
anunciar em vosso benefício a
realização da palavra de Deus, (v. 26)
o mistério oculto desde os séculos e
as gerações, mas agora revelado aos
santos (Col 25-26). Sem Cristo não
somos nada, mas com Cristo somos
verdadeiramente trabalhadores do
Reino. Queremos a nossa juventude
cheia de vida e vigor na fé estando
plenamente iluminada por Jesus
Cristo. “É para isso que trabalho,
lutando com a ajuda de sua força que
age poderosamente em mim” (v. 29).
CONHEÇA A CIDADE DE
COLOSSOS
A cidade de Colossos foi fundada no
V século aC. Está
situada no vale do Lico,
afluente do Meandro,
perto de Laodicéia e
Hierápolis, na parte
meridional da Frígia.
Possuidora de uma
florescente indústria de
lã e tecidos, decaiu no
I século dC, arruinada
por freqüentes terremotos.
Paulo nunca visitou a cidade (Cl
2,1). Epafras foi o fundador da Igreja
de Colossos (Cl 1,14s), em grande
parte formada de gentio-cristãos (2,13;
1,21.27). Epafras, um convertido de
Paulo em Éfeso e “fiel ministro de
Cristo” (1,7), foi também quem trouxe
notícias, em geral animadoras sobre
a comunidade (1,8). Mas a firmeza de
fé dos colossenses (1,3s; 2,5) estava
sendo ameaçada por uma heresia de
caráter sincretista, pagão-judaicocristão (2,4.8.20). Seus promotores
exigiam a observância de festas, luas
novas e sábados (2,16). Impunham
preceitos alimentares (2,16.21) e
ascéticos (2,23); insistiam na
veneração dos anjos (2,18) e das
forças cósmicas (2,8; cf. Gl 4,9) para
afastar dos homens seus poderes
maléficos.
Foi à luz destas informações
que Paulo escreveu aos colossenses.
O portador da carta foi Tíquico (4,7),
pois Epafras resolveu fazer companhia
a Paulo na prisão (Fm 23; Cl 1,24;
4,3.10.18). Contra a “vã filosofia”
baseada em tradições humanas
(2,8.22s), Paulo apresenta Cristo como
único Salvador
(1,15-22): Ele é a
imagem do Deus
invisível, a origem
e a cabeça do
cosmo, o criador
de todas as criaturas, inclusive os
anjos. Ele reconciliou tudo pela
cruz, triunfando
sobre todos os
poderes espirituais. Enfim, em Cristo
está a salvação, a sabedoria e o conhecimento (2,6-15). (Cf.: Introdução
da Carta aos Colossenses In.:
CDRoom da Bíblia Sagrada, Vozes,
1999.)
Ser missionário,
portanto, é estar em
sintonia com a
comunidade na
presença e na ausência
Pe. Marcionei Miguel da Silva
Mestrando de Teologia – PUC/RS e
diretor do Seminário Josefino
de Fazenda Souza
23
PONTO DE VISTA
Luz Mary Padilha Dias
A alegria c o m o m e i o d e
promover a fraternidade
A
Alegria é um sentimento
momentâneo que surge
devido a certo acontecimento gerado por alguém
ou algo, que preenche o coração de
quem está sentindo e às vezes de
outras pessoas que estão por perto.
o ambiente mais leve e ao mesmo
tempo pleno.
Por ser contagiante, ela está
sempre “rondando” os ambientes,
restando às pessoas se deixarem
influenciar por ela ou não.
Quando se quer realmente ser
feliz se deve permitir a entrada da
alegria na vida. Permitir que todos os
momentos sejam plenos, cheios de
pureza e de entrega.
No momento do contágio, como
ela é uma doença contagiosa benigna,
ataca um determinado grupo tornando
24
Essa plenitude é o que se
espera da vida, nem que sejam
pequenos momentos, mas cheios de
intensidade e de verdade, de troca e
de sentimento...
Os sentimentos sublimes e
afetuosos certamente levarão os que
nos rodeiam a terem mais fraternidade
e principalmente a acreditarem que o
amor existe sim, é só uma questão de
conexão com o nosso ser integral,
com a nossa essência.
Através dessa conexão, um elo
se forma. Um elo, que realmente pode
ser momentâneo a nível visível, mas
dentro de nós, de nossa alma, ele fica
gravado para sempre.
É oportuno pensar um pouco
mais: - Será que quando escrevemos
palavras na areia da praia e a água
vem e as desmancha, a areia continua
PONTO DE VISTA
Luz Mary Padilha Dias
sendo a mesma? Ou ela também teve
seu momento de alegria, de
cumplicidade, de momentaneidade?
Dessa maneira tão tênue, ela
também pode se expandir e, por que
não, seu coração pode bater mais
forte? Então o seu caminho segue,
mas dessa vez diferente, com
motivação, com vontade de continuar,
de seguir de uma maneira mais
completa e feliz...
próximo, para que possamos trocar.
Em nosso ambiente educativo
Ela, gratuitamente, embeleza nossa
não podemos esquecer que essa
vida, nossos olhos,
união é primordial,
nossa alma! Esse
porque o incentivo
Ao
sentirmos
a
presença
presente, se soué nosso primeiro
da
vida
em
nosso
bermos sentir e
aliado à obtenção
acolher, nos dará coração poderemos abrir de um bom resultoda a alegria que
tado aos nossos
nossos braços e
precisamos para
objetivos e ele está
simplesmente
deixar
que
continuar e princiintimamente ligado
a alegria floresça
palmente, comà alegria.
partilhar.
No cotidiano,
Já para nós professores, nada
mais lindo do que vivermos no meio
de nossos alunos! Eles têm tanto para
compartilhar conosco!
Unir o que recebemos de nosso
Pai com o sentimento de fraternidade
por todos, obviamente nos tornará
mais amáveis e receptivos com todo
mundo e em especial, com nossos
alunos, que merecem o melhor de
nós!
Não será assim para nós
também? E para nosso “aluno, pessoa
em construção” como será? Será que
ele também não necessita desse
reabastecimento cotidianamente?
Para nós humanos, alegria é
sentimento muito buscado, nem
sempre em lugares corretos,
digamos. Buscamos muitas
vezes o que está tão longe de
nós, achamos que a felicidade
e a alegria estão fora de
nosso alcance ou simplesmente não damos o
valor merecido ao que
temos, ao que somos, então
perdemos a oportunidade
de sermos completos e de
compartilharmos de
verdade desse amor e de
nos aliarmos a ele.
Ao sentirmos a presença da vida
em nosso coração poderemos abrir
nossos braços e simplesmente deixar
que a alegria floresça! Que a alegria
realmente faça seu papel de
integração e interiorização da verdade:
somos a essência e não o que temos!
a alegria gerada com amor demonstra
o tão famoso final feliz ouvido nos
contos de fadas... que é muito
momentâneo, mas muito pleno se
soubermos sentir...
Fica no ar e nos corações de
cada um a sensação de missão
cumprida e de que algo muito bom foi
plantado neles. E, a partir daí, vão
nascendo outros tantos sentimentos,
como gratidão, compaixão e principalmente fraternidade.
Dar entrada à alegria em nossa
sala de aula deveria ser um lema
nosso, para termos, no futuro, “gente
adulta mais gente do que existe
atualmente”. Sem parcimônia!
Mãos à obra, então, e muito
amor no coração!
Luz Mary Padilha Dias
Pedagoga, gestora escolar,
psicopedagoga
das séries iniciais do
Colégio Murialdo em Porto
Alegre/RS
Se olharmos a natureza, ela própria nos dá o a
bastecimento de alegria que
necessitamos para doar ao
25
Missa dos 80 anos dos Josefinos
em Ana Rech realizada no
dia 17 de maio
80 ANOS
JOSEF
DOS
EM ANA RECH
P
ara celebrar os 80 anos da
chegada dos Josefinos em
Ana Rech, uma intensa
programação religiosa,
esportiva e cultural está em andamento
durante todo o ano.
O mês de maio, festa da
Padroeira da Paróquia Nossa Senhora
de Caravaggio, foi marcado por vários
eventos e contou com a presença
marcante de amigos e paroquianos.
Merece destaque a Festa do dia 17
de maio, celebrando o patrono da
Família Murialdina, São Leonardo
Murialdo. Na matriz, durante a Missa
Festiva, aconteceu a Profissão
Perpétua dos confrades Antonio
26
Laureano de Souza e Valber Almeida
de Souza. Para preparar o evento,
realizou-se uma Semana Vocacional,
coordenada pelo Pe. Nadir Poletto,
liberado da província para esta missão.
A HISTÓRIA
A saída dos Monges Camaldulenses, em 9 de março de 1926,
deixou Ana Rech com atendimento
religioso esporádico, feito por
sacerdotes de Caxias do Sul.
A vinda do Pe. Ângelo Gialdini,
para assumir a Paróquia, teve também
a perspectiva de iniciar as buscas para
a presença de uma Congregação
Religiosa que, além de atender à
Paróquia, se dedicasse à educação.
Com esta finalidade, foram consultadas diversas congregações.
O primeiro contato foi com os
Salesianos, congregação fundada por
Dom Bosco. O interesse em trazer os
Salesianos era tão forte, que foi
enviado um memorial dirigido às
autoridades italianas pedindo a
presença desses. Este memorial teve
a aprovação do Vigário Geral de
Caxias, do Arcebisbo de Porto Alegre,
Dom João Becker, e do Cônsul italiano
em Porto Alegre.
Embora todo este interesse, os
MARCAS DO QUE SE FOI
Pe. Bruno Barbieri
FINOS
Salesianos não vieram. Os contatos
depois foram feitos com os Servitas.
Estes também não puderam aceitar o
convite. Os anos foram passando.
Diante da impossibilidade destas
congregações virem para Ana Rech,
o Dr. Celeste Gobatto, intendente de
Caxias do Sul, mantera contato com
os Josefinos. Ele os havia conhecido
na Colônia Agrícola de Quinta, em Rio
Grande.
Em novembro de 1927, Dr.
Celeste escreveu uma carta ao Pe.
Humberto Pagliani, Pároco de
Jaguarão, fazendo o convite para
assumir a Paróquia de Ana Rech.
Em 11 de fevereiro de 1928, Dr.
Celeste Gobatto escreveu novamente
ao Pe. Humberto dizendo que, em
breve, uma comissão iria ao Arcebispo
a vinda dos Josefinos.
Com a autorização do Arcebispo, houve trocas freqüentes de
cartas e telegramas entre o Dr. Celeste
Gobatto e os Josefinos.
Enviou-se consulta a Roma.
Enquanto isto em 9 de março de 1928,
Pe. Agostinho Gastaldo veio tomar
conhecimento de Ana Rech com um
questionário a responder.
Em 13 de março, enviou este
relatório à Itália, onde ressaltou o
seguinte:
“Negócio convém. Doação
incondicional, renda suficiente, lugar
de grande fé à prática religiosa. Lugar
futuroso em si e por eventuais
vocacionados.’’
O Padre Geral dos Josefinos em
Roma, Pe. Girolamo Apolloni, respondeu positivamente: “Sim, aceitem.
São José e Murialdo vos acompanhem
na nova fundação”.
Correspondências foram trocadas entre Dr. Celeste Gobatto,
Arcebispo de Porto Alegre, Josefinos
de Jaguarão e da Itália, todos se
alegraram pela aprovação da vinda
dos Josefinos para Ana Rech.
Pe. Agostinho Gastaldo, primeiro
Josefino a chegar em Ana Rech
Em julho, Pe. Humberto Pagliani veio a Porto Alegre, Caxias e Ana
Rech, deixando tudo acertado. A
Congregação recebeu a propriedade
que era dos Camaldulenses como
doação, com a obrigação de fundar e
manter nessa um colégio com
internato para meninos a se educarem
conforme o espírito de sua regra.
Em agosto de 1928, Pe.
Agostinho chegou em Caxias e
hospedou-se na Casa Canônica de
Monsenhor João Meneguzzi. Uma
semana após, dia 16 de agosto, na
carreta de Agostinho Tonella, sentado
sobre os baús e em
sobressaltos pelos atoleiros
da estrada Caxias – Ana
Rech, chegou na vila às 17
horas. No primeiro domingo
seguinte, Pe. Agostinho foi
é apresentado aos
paroquianos. A 7 de
outubro toma posse na
qualidade de Pároco.
Dia 20 de janeiro de
1929 chegaram da Itália
outros três Josefinos que
vieram trabalhar com Pe.
Agostinho e assumir a abertura do Colégio Murialdo: Pe.
Girolamo Rossi, Irmão
Hermenegildo Schiavo e
Irmão José Gasparini.
Pe. Bruno Barbieri
Pároco de Ana Rech
Atual igreja matriz com o monumento em
homenagem à fundadora do local, Ana Rech
27
MARCAS DO QUE SE FOI
Pe. Orides Ballardin
O casal que obteve graça por intermédio do Pe. João Schiavo entre
os Vice-postuladores do Brasil, Ir. Elisa Rigon e Pe. Orides Ballardin
C a u s a d e BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO
d o S e r v o d e D e u s , PE. JOÃO SCHIAVO
N
este ano de 2008 a Causa
de Beatificação do Pe.
João fez belos passos.
Em Roma está sendo ultimada a primeira redação da
“Positio”, um livro traçando um perfil
amplo e completo da figura do Pe.
João e do ambiente em que viveu. “A
‘Positio’ recolhe os documentos
processuais, os depoimentos das
testemunhas, uma biografia minuciosa,
as virtudes heróicas, a fama de
santidade e os escritos do Pe. João”.
O texto da “Positio” chegou nas
mãos do Postulador Geral em Roma,
Pe. Agostino Montan e dos vicepostuladores do Brasil (Ir. Elisa Rigon
e Pe. Orides Ballardin) para uma
revisão (adendos, correções, etc).
Aqui no Brasil continua a difusão
do conhecimento do Pe. João, através
do livro Pe. João humilde intercessor.
Ele continua intercedendo a Deus e
obtendo graças para seus “devotos”.
As visitas ao túmulo em Fazenda
Sousa continuam e, nos dias 27 de
cada mês, perto de uma centena de
devotos participa da missa e terço. A
maioria do povo vai para agradecer
graças alcançadas e outros recorrem
a sua intercessão para obter ajuda
nas doenças, dificuldades e pro-
28
blemas. Surpreende a quantidade de
graças que estão sendo alcançadas!
Dia 27 de janeiro de 2008 foi
inaugurada, ao lado do túmulo do Pe.
João, uma vasta praça para
celebrações, estacionamentos, etc.
Também foi aberto ao público um
memorial contendo objetos, livros e
pertences do Pe. João para a visitação
de todos. Nesse memorial é distribuído
vasto material devocional, especialmente o texto da oração a Deus
Pai para obter graças por intercessão
do Servo de Deus Pe. João Schiavo.
A novidade maior é que aqui na
Diocese de Caxias do Sul se está
trabalhando para oficializar um milagre
a ser enviado a Roma. É requerido
um milagre para beatificar um Servo
de Deus!
Estão sendo escolhidos os
membros do tribunal diocesano
(Delegado Episcopal, Promotor de
Justiça, Notário, Médico Pericial e dois
médicos “ab inspectione” (“inspetores”)).
Estão sendo escolhidas e
listadas as testemunhas: familiares,
amigos, médicos que seguiram no
caso, enfermeiros e outros.
Estão sendo recolhidos todos
os documentos clínicos do caso.
Foi nomeado vice-postulador
para o Processo Diocesano sobre o
presumível fato milagroso o Pe. Orides
Ballardin. Cabe a ele representar a
Congregação de S. José (Josefinos
de Murialdo) no Brasil e seguir o
Processo (Inquérito) Diocesano.
No final do mês de julho
apresentará o “Libelo de demanda”,
isto é, o pedido oficial ao Bispo para
que instaure o Processo. Deverá zelar
para que se cumpram todos os passos
e exigências do Documento da
Congregação das Causas dos Santos
(Sanctorum Mater) promulgado aos
17 de maio de 2007, coleta e
organização dos documentos e
tradução dos mesmos em italiano.
Peço que se reze pela Causa
do Pe. João para que, se é da vontade
de Deus, ele seja proposto como
modelo de vida, santidade e seja um
intercessor a mais junto ao Pai. É
igualmente bem vinda a ajuda
econômica já que agora aumentam
os gastos periciais e de outros
gêneros. Obrigado pelo que estás
fazendo em prol desta causa!
Em JMJ servo e amigo.
Pe. Orides Ballardin
Vice-postulador no Brasil
FLASHES
Ivo Torcheto - Agregado
No dia 02 de junho de 2008, na Igreja
São Leonardo Murialdo, em Caxias do
Sul, RS, IVO TORCHETO foi aceito na
Congregação de São José – Josefinos
de Murialdo, na qualidade de agregado.
O rito aconteceu durante a celebração
eucarística. Na oportunidade estavam
presentes os confrades do Conselho
Provincial, o pároco, Pe. Gervásio
Mazurana, diversos outros confrades
sacerdotes e irmãos, a mãe Zelinda
Torcheto, seus padrinhos de batismo
e dezenas de amigos, vindos das três
comunidades onde o Ivo passou como
formando.
Ivo Torcheto nasceu no dia 05 de
outubro de 1972, em Mafra, SC. Com
um ano foi abandonado pelos seus pais
adolescentes. Foi adotado pelo casal
(sem filhos) Severino Torcheto e Zelinda
Zancan Torcheto. Depois de passar um
período em Santa Cecília - SC, a família
se transferiu para Nova Roma do Sul, RS.
Lá o jovem conheceu os Josefinos de
Murialdo durante uma Semana Vocacional
na qual estava presente o Pe. Dirceu
Rigo. Ivo manifestou desejo de ser
padre. Pe. Dirceu forneceu
material vocacional e o
convidou para participar do
cursinho no Seminário de
Fazenda Souza. Foi aceito no seminário e
no primeiro ano cursou a 5ª série. Depois foi
transferido para Ana Rech, lá freqüentou a
6ª e 7ª séries num colégio estadual. Em 2001
foi transferido para o Centro Técnico Social
onde está até hoje. Superando muitas
dificuldades, concluiu o Ensino Fundamental
em 2002, dois anos depois, concluiu o Ensino
Médio. No Centro Técnico Social divide seu
tempo na assistência aos menores do Centro
Educativo e da Casa Família Murialdo;
durante o horário de aula dos menores ele
trabalha na gráfica; no final do expediente
acompanha a saída dos alunos.
Há mais tempo o vocacionado
manifestou interesse em fazer parte da
Congregação dos Josefinos. A Comunidade
do Centro Técnico Social, através do seu
diretor, Pe. Gervásio Mazurana, entendeu
que chegou o momento de aceitar o pedido
do Ivo, sendo acolhido na Congregação na
qualidade de agregado (oblato). Foi
amplamente explicado o significado e a
condição de agregado ao Ivo, aos familiares
e amigos. Na oportunidade foi assinado o
Contrato de Agregação, segundo as
orientações da Regra e do Regulamento
próprio.
Pe. Raimundo Pauletti
Provincial
Animação
Vocacional
De 14 a 20 de julho aconteceu, em todas as
comunidades da nossa paróquia de Fortaleza - CE, a
Animação Vocacional prevista no Plano 2008 da
Província. Foi um forte momento de evangelização e
animação vocacional naquela terra pobre, mas rica em
vocações. Aos confrades lá residentes se unirão os
frateres e vocacionados de Fortaleza, Pe. Nadir Poletto
e um grupo de confrades do Teologado de Londrina.
O evento se coloca na dinâmica da celebração dos 25
anos de sacerdote do Pe. Antonio Lauri de Souza.
Bodas de Diamante
No dia 14 de junho de 2008, no município de
Braço do Norte - SC, o casal Vicente e Clara Della
Giustina, pais do Pe. Joacir Della Giustina, celebrou
Bodas de Diamante, 60 anos de vida matrimonial.
Parabéns ao casal pelo belo testemunho!
29
FLASHES
Nova frente
missionária Ordenação
Nosso carisma josefino
Diaconal
nos leva a estar com os
últimos; reforçar nossa
presença e atuação
missionária nas periferias
dos grandes centros
urbanos, como resposta ao
convite de Jesus: “Ide e
anunciai o Evangelho” (Plano
2008). É com este espírito
que estamos estreitando
laços com a Arquidiocese de
São Luís do Maranhão, em
vista de uma nova frente
missionária da Província. No
final do mês de agosto, o
provincial visitará o local
oferecido aos josefinos pelo
arcebispo local.
Foi muito bem preparada
e vivenciada a Animação
Vocacional que culminou
na ordenação dos
diáconos Antonio
Laureano de Souza e
Válber de Almeida Souza,
no dia 15 de junho, na
Paróquia Cristo Bom
Pastor de Londrina (PR).
Ordenação
Sacerdotal
Um grande número de
confrades, vocacionados e
comunidade em geral se fez
presente na Ordenação
Sacerdotal de Ricardo Testa,
no dia 27 de julho de 2008
na Igreja Matriz de Fagundes
Varela - RS. Esteve presente
o Pe. Pablo Cestonaro,
Provincial da Província
Argentina-Chile, onde o novo
sacerdote irá atuar.
Mês Murialdino
No dia 19 de julho partiram para o Equador a fim de participar
do Mês Murialdino os confrades Pe. Adelar Dias, Pe. Cornélio
Dall’Alba, Pe. Marino Lima e Pe. Valmir Lorandi. O evento aconteceu
de 20 de julho a 10 de agosto.
Cerimônia de abertura
30
Seminários
Regionais
Paroquiais
Os párocos se empenharam
na preparação de dois Seminários
das Paróquias dos Josefinos da
Província Brasileira que
aconteceram simultaneamente,
nos dias 6 e 7 de agosto, na nossa
paróquia de São Jorge, Rio de
Janeiro (RJ) e no Centro de
Eventos de Fazenda Souza (RS).
FLASHES
Congressos Regionais da ANALAM
A Associação Nacional dos
Leigos Amigos de Murialdo realizou
os Congressos Regionais: dia 20 de
julho, em Londrina, PR; dia 26 e 27
de julho no Rio de Janeiro (RJ); 02 de
agosto em Ibotirama (BA) e Caxias do
Sul (RS).
O evento teve como tema “...e
vida em abundância” (João 10) com
o objetivo de revitalizar a mística da
vida à luz da palavra de Deus,
enquanto Leigo Amigo de Murialdo, a
fim de que todos tenham vida em
abundância.
Na ocasião foi lançado o
subsídio nº 10 “Corações ao alto, pés
no chão - grande é aquele que serve”.
O subsídio segue a metodologia
“ver-julgar-agir...” e é em preparação
ao Congresso Nacional que acontece
em julho de 2009, em Araranguá –
SC.
No início de
cada capítulo,
encontra-se uma
historinha que
ajuda a entender
melhor o tema e, no
final, temos algumas perguntas
para facilitar a
síntese e o entendimento do
assunto, trazendoo para a nossa realidade.
CAMPANHA DA
FRATERNIDADE
2009
O Conselho Episcopal Pastoral
da
CNBB
(Consep) aprovou no mês
de junho, o
cartaz da
Campanha da Fraternidade do
próximo ano que tem como
tema “Fraternidade e
Segurança Pública” e como
lema “A paz é fruto da justiça”.
Concorreram 47 cartazes e o
vencedor é um grupo da
Agência Oficina Design &
Comunicação de CampinasSP.
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
A Jornada Mundial da Juventude aconteceu
de 15 a 20 de julho de 2008, na cidade de
Sydney, sudeste australiano, capital do
estado de New South Wales. Com
a presença de milhares de jovens,
religiosos, bispos e o Santo Padre,
o evento teve como tema
"Recebereis uma força, a do
Espírito Santo, que descerá
sobre vós; e sereis minhas
testemunhas" At 1, 8.
Inspirado por grandes
encontros de jovens do mundo
em eventos especiais ocorridos
no Domingo de Ramos em Roma
em 1983 e 1984, o Papa João
Paulo II estabeleceu a Jornada Mundial da
Juventude como um evento anual e um meio
para alcançar a nova geração de
católicos e propagar os
ensinamentos da Igreja. Para
cada Jornada, o Santo Padre
sugere um tema.
Durante as Jornadas
acontecem eventos como
catequeses, adorações,
missas, momentos de
oração, palestras, partilhas
e shows. Tudo isso em
diversas línguas. Mas todas
as atividades com o mesmo
objetivo: a busca de Deus.
31
FLASHES
Visita aos familiares
No mês de julho, Pe. Lídio Roman esteve no Brasil, vindo da Guiné Bissau, África,
para visitar os familiares e, sobretudo, para acompanhar a mãe que se submeteu a uma
cirurgia muito delicada.
Graças a Deus ela está se recuperando. Pe. Lídio permaneceu no Brasil durante
um mês.
Na Casa do Pai
Ir. Geraldo Francisco Boff
Irmão Geraldo Francisco Boff faleceu no
dia 18 de abril de 2008, com 77 anos. Ir. Geraldo
nasceu em Ana Rech, Caxias do Sul, no dia
04 de outubro de 1930. Com 20 anos ingressou
no Seminário de Fazenda Souza; em 1954 fez
o noviciado em Conceição da Linha Feijó; em
1961, emitiu Votos Perpétuos em Fazenda
Souza. No mesmo ano foi enviado para
Orleans, SC, onde ajudou a construir o
Seminário São José. De 1966 até 1973
trabalhou em Araranguá, SC. Em seguida,
retornou para Orleans, permanecendo lá até
o final de 2006, somando 37 anos de serviço
ao Seminário e à Igreja local. De espírito muito
prático, o Ir. Geraldo será sempre lembrado
pelo seu amor aos Seminários e às vocações;
pelo seu bom relacionamento com a
comunidade local,
sobretudo, com as
famílias e crianças;
pelo seu testemunho
de religioso e espírito
de fé.
Ir. Geraldo Boff foi
sepultado no dia 19
de abril, no
mausoléu da
Província dos
Josefinos de
Murialdo, em
Ana Rech.
32
Pe. João Bonetto
Pe. João Bonetto faleceu dia
03 de fevereiro de 2008, de insuficiência
de múltiplos órgãos, aos 84 anos de idade
e 55 de sacerdócio. Trazia no nome uma
das suas virtudes: a bondade. Possuidor de
grande espírito missionário foi pioneiro na abertura
de várias obras da Congregação.
Enquanto as forças permitiram, exerceu o
ministério sacerdotal, depois pediu para deixar as
múltiplas e exigentes atividades na Paróquia São
Paulo Apóstolo de Brasília, DF. Em 2007 foi
transferido para Porto Alegre – RS.
Pe. João Bonetto nasceu no dia 01 de março
de 1923 em Caxias do Sul. Ingressou no Seminário
do Colégio Murialdo de Ana Rech em 1937.
Fez o noviciado em 1941 tendo como mestre
Pe. João Schiavo; de 1945 a
1947 fez seu magistério em
Mendoza na Argentina.
Realizou os estudos de
Teologia em São Leopoldo.
Foi ordenado sacerdote na
Igreja Matriz de Galópolis
no dia 04 de janeiro de 1953,
pelas mãos de Dom Benedito
Zorzi. Exerceu o sacerdócio
em várias obras da Congregação no Brasil,
sendo diretor, pároco,
professor e orientador dos jovens
vocacionados.
DICAS
Dica de Filme
COACH CARTER - TREINO PARA
A VIDA: Richmond, Califórnia, 1999. O
dono de uma loja de artigos esportivos,
Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita
ser o técnico de basquete de sua antiga
escola, onde conseguiu
recordes e que fica em
uma área pobre da
cidade. Para surpresa
de muitos ele impõe
um rígido regime, em
que os alunos que
queriam participar do time
tinham de assinar um contrato que incluía um
comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas
notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e
o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível.
Quando o comportamento do time fica muito abaixo do
desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores
estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula.
Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a
comunidade.
Dica de Livro
O LIVREIRO DE CABUL: Por ter vivido três meses
com uma família afegã, na primavera de 2002, logo
após a queda do regime talibã, a jornalista norueguesa
Asne Seierstade pôde produzir esta narrativa ímpar que
mostra aspectos do país que poucos estrangeiros
testemunhariam. Como ocidental, mulher e hóspede de
Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio
de transitar entre
o universo feminino e
masculino de uma sociedade
islâmica fundamentalista.
Preso e torturado durante o
regime comunista, dos
mujahedin e dos talibãs,
Sultan Khan teve sua livraria
invadida e parte dos livros
queimados, mas alimentava
o sonho de ver seu acervo de
10 mil volumes sobre história
e literatura afegã transformarse no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional. Apesar
da situação estável, a família do livreiro, duas mulheres,
cinco filhos e parentes, dividia uma casa de quatro
cômodos em uma cidade que se recuperava da guerra
e de trágicos refluxos políticos. O Livreiro de Cabul é
uma leitura obrigatória para quem quer conhecer a
história geral, outros costumes e outra cultura.
33
CURIOSIDADES
Por que piscamos?
Todos nós piscamos de 15 a 20 vezes por
minuto. Em algumas ocasiões, o ato de piscar é
involuntário, ou seja, nem percebemos que estamos
piscando, semelhantemente ao que ocorre no ato de
respirar. Que a respiração é fundamental, pois permite
ao corpo absorver o oxigênio que ele precisa, nós já
sabemos. E o ato de piscar, qual sua importância? Por
que piscamos?
A primeira explicação para esse mecanismo é
que através dele, agentes externos, como poeira ou
outros minúsculos elementos, são impedidos de entrar
em contato direto com a córnea. Além dessa, a outra
função do mecanismo é a lubrificação da superfície
ocular.
As lágrimas, produzidas a todo o momento pelas
glândulas lacrimais, são extremamente importantes
para a lubrificação constante dos olhos. Quando
A pior dor do mundo
Segundo os dicionários da língua portuguesa,
dor é uma sensação penosa e desagradável, em
qualquer parte do corpo. A melhor forma de se medir
a intensidade de uma dor é perguntando para uma
pessoa que está sofrendo. O indivíduo deve dar uma
nota de 0 a 10 à intensidade da dor, compondo a
“escala da dor”. Nessa escala, 0 é a ausência de dor
e 10 é a pior dor do mundo. As doenças a seguir foram
classificadas como aquelas que mais causam dor e
receberam notas entre 9 e 10 pontos na “escala da
dor”:
piscamos,
esse líquido é
espalhado por todo o olho, permitindo a
lubrificação do mesmo, além de proporcionar uma
limpeza natural da córnea. Quando estamos na frente
da televisão ou do computador, a luminosidade desses
aparelhos causa a evaporação do líquido lacrimal,
ocasionando a tensão dos músculos dos olhos e uma
maior dificuldade em realizar o movimento de abrir e
fechar os olhos, na chamada Síndrome da Visão do
Usuário de Computador ou CVS.
Cólica renal: dor aguda que varia de
intensidade, é provocada por pedras (cálculos) no rim
ou no ureter.
Cólica biliar: é uma dor provocada pelo
entupimento total ou parcial dos canais que conduzem
a bile.
Lombalgia aguda: é uma dor na região lombar
que dura em média três meses.
Neurite herpética: são dores nevrálgicas,
coceiras, formigamentos, febre, dor de cabeça,
aparecimento de vesículas na pele semelhantes a
herpes.
Gota: é uma doença que provoca uma crise
muito forte de artrite, causando uma dor muito forte ao
gotoso.
Hipertensão intracraniana: é caracterizada por
uma forte pressão intracraniana, que provoca dor e
essa aumenta a ponto de tornar-se insuportável.
Enxaqueca severa: são fortes dores na região
do crânio, rosto e pescoço.
Dor de dente: são dores intensas, capazes de
provocar calafrios e choro no indivíduo. As dores só
cessam através de tratamento e medicamento
adequado.
Dor do parto: é uma dor intensa capaz de
provocar desmaio da gestante, nesse tipo de parto
são feitos alguns “piques” (cortes) sem anestesia para
liberar a passagem do feto.
Infarto: o infarto agudo do miocárdio causa dor
súbita aguda no músculo cardíaco.
Fonte: www.mundoeducacao.uol.com.br
34
REFLEXÃO
O Anel
Quanto você vale?
- Professor, dizem-me que não sirvo para
nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e
muito idiota. Como posso melhorar? O que posso
fazer para que me valorizem mais? - O professor,
sem olhá-lo, disse:
- Não posso te ajudar, devo primeiro
resolver o meu próprio problema. Talvez depois.
E, fazendo uma pausa, falou:
- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este
problema com mais rapidez e depois talvez possa te
ajudar.
- C...claro, professor. - gaguejou o jovem, que se sentiu
outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu mestre. O
professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse:
- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar
uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que
uma moeda de ouro.
O jovem pegou o anel e partiu. Os mercadores olhavam com algum interesse, até quando
o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando mencionava uma moeda de ouro, alguns
riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele. Só um velhinho foi amável a ponto de explicar
que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.
Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, o
jovem montou no cavalo e voltou.
- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse
conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor
do anel.
- Importante o que disse, meu jovem. - contestou sorridente o mestre - Devemos saber
primeiro o valor. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor
exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá. Mas não importa o quanto
te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro que examinou o anel com uma lupa, pesou-o e disse:
- Diga ao seu professor que, se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58
moedas de ouro.
- 58 MOEDAS DE OURO!!! - exclamou o jovem, surpreso.
- Sim, replicou o joalheiro, com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a
venda é urgente...
O jovem correu emocionado para a casa do professor para contar o que ocorreu.
- Sente-se. - disse o professor. - E depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, explicou:
- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única, e que só pode ser avaliada por um
expert. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.
- Todos somos como esta jóia: Valiosos e únicos, e andamos, sem pensar, pelos
mercados da vida pretendendo que pessoas nos valorizem.
Autor desconhecido
35
Josefinos de Murialdo:
Padres e Irmãos a serviço das crianças, adolescentes e jovens
em obras sociais, colégios, paróquias e missões.
Serviço de Animação Vocacional
Rua Dante Marcucci, 5335 - Cx. P. 584 - Fazenda Souza - Caxias do Sul - RS
CEP: 95001-970 - Fone (45) 3267.1146

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