O Fluminense Editoria
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NOTÍCIAS CAARJ SEXTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2014 VEÍCULO: O FLUMINENSE (RJ) EDITORIA: CIDADES Advogados sem traje formal no verão a partir do próximo dia 21 O traje formal segue sendo obrigatória para a realização de audiências, de acordo com o Aviso Conjunto. Com isso, os advogados podem vestir apenas camisa e calça sociais A presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargadora Leila Mariano, e o corregedor-geral da Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Valmir de Oliveira Silva, tornaram opcional aos advogados o uso de paletó e gravata para despachar e transitar nas dependências dos fóruns de primeira instância, entre os dias 21 de janeiro e 21 de março. O traje formal segue sendo obrigatória para a realização de audiências, de acordo com o Aviso Conjunto. Com isso, os advogados podem vestir apenas camisa e calça sociais. A decisão contempla uma antiga reivindicação da classe, que afirma que o uso de terno em dias de muito calor coloca em risco até mesmo a saúde dos profissionais, sobretudo os idosos, que apresentam diversos problemas, como crises de pressão alta e até mesmo desmaios. De acordo com Antônio José Barbosa da Silva, presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Niterói (OAB-RJ/Niterói), a medida ainda não atende plenamente o pleito da categoria: “O que o advogado quer é poder fazer audiências sem paletó e gravata. Essa decisão foi pela metade. O que a OAB quer é a abolição total desse tipo de traje. Na prática, o advogado quase sempre tem audiências marcadas, então acaba tendo que passar o dia todo de terno mesmo com a liberação do uso em outras práticas”, critica. A novidade, no entanto, divide a categoria. O advogado Jefferson Cunha é favorável à medida e defende que ela seja, inclusive, imediata: “Eu acho que é uma medida essencial, pena que só vai começar no próximo dia 21. Acho que na segunda instância essa liberação não é tão importante, pois todas as instalações têm arcondicionado. Já na primeira instância, nós temos que entrar e sair de cartórios e fóruns, sempre com grande deslocamento”, explica. A decisão também foi festejada pelo colega de profissão João Marcos Stefanon: “Sou favorável, porque realmente não dá para usar paletó com um calor desses”, afirma o advogado. Outros advogados, no entanto, preferem manter o traje completo mesmo com a liberação. É o caso de Rogério Siqueira: “Eu já lido com essa situação há 28 anos. Acho que a formalidade é importante. É verdade que a gente sofre um pouco na rua, mas sou contra a liberação”. Na mesma linha de raciocínio segue Getúlio Arruda Figueiredo: “Sou conservador. Acho que o terno tem que ser mantido. O cliente faz questão que o advogado se traje de forma tradicional. Acho que o terno não prejudica o trabalho”, conclui.
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