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Apresentação
Atualmente, a busca pelo bem-estar entre corpo e mente tem levado as
pessoas a procurar diversos tipos de tratamento para alívio de suas dores físicas
e/ou emocionais, ou para melhorar sua qualidade de vida.
A rotina estressante, afazeres acumulados, problemas de ordem
emocional podem causar insônia, problema muito comum na vida moderna. Além de
atingir uma vasta faixa etária, essa patologia possui vários níveis de acometimento
de um individuo – como dificuldade para iniciar o sono, sono fracionado, ou
simplesmente não dormir.
Muitas são as maneiras possíveis para combater esse problema, como
medicamentos homeopáticos, alopáticos, massagens, terapias, atividades físicas e
meditações. Dentre esses recursos, a Acupuntura é, também, parte integrante.
Com a utilização da Acupuntura é possível melhorar a qualidade de vida
do paciente que sofre de insônia, sendo esta uma terapia complementar às citadas
anteriormente ou como terapia de escolha para esse mal. Através de revisão
bibliográfica, esta pesquisa objetivou a confirmação das afirmativas anteriores com
base em estudos sobre a melhora da insônia com a utilização da Acupuntura.
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Justificativa
Tendo em vista que a insônia é uma enfermidade que atinge um grande
número de pessoas, independente da idade, atividade profissional ou níveis
econômicos, trazendo prejuízos no cotidiano destas, observou-se a necessidade de
estudar meios de minimizar ou curar esta patologia.
Sabendo-se da existência da Acupuntura, e de uma de suas vertentes, a
Auriculoterapia, como possível tratamento desta enfermidade, sugerindo bons
resultados, e, dado o pouco conhecimento da população sobre estas técnicas,
justifica-se este levantamento bibliográfico.
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Objetivo
O objetivo principal deste trabalho foi o de verificar, através de um
levantamento bibliográfico, a eficácia da Acupuntura Auricular como recurso
terapêutico no tratamento da insônia.
Como objetivo secundário, esta revisão visou à informação da população
sobre a existência e eficácia da técnica de Acupuntura Auricular em casos de
insônia.
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Método
A presente pesquisa foi dividida em duas partes:
Primeiramente foi demonstrada como a insônia é vista pelo ângulo da
Medicina Ocidental, bem como suas causas e conseqüências.
Na segunda parte, foi descrito como a insônia é vista pela Medicina
Tradicional
Chinesa,
conseqüências.
mostrando
também
suas
características,
causas
e
13
Insônia na Medicina Ocidental
A insônia, segundo a Sociedade Brasileira de Sono (2003) é uma queixa
muito comum, descrita como uma dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, sono
inquieto, acordar muito cedo ou sono com sonhos perturbadores; levando a um sono
não reparador e como conseqüência trazendo mal-estar físico e mental durante o dia
e comprometendo o desempenho das atividades diurnas.
Diversas etiologias podem estar relacionadas com a causa especifica da
insônia como, por exemplo, dor muscular e/ou articular, ansiedade, estresse,
depressão, uso de medicamentos, ambiente inadequado entre outros (SILVA FILHO;
PRADO, 2007).
A insônia é associada a muitos fatores, porém quando a queixa está
relacionada à dificuldade em dormir ou de manter o sono por um período não inferior
a um mês, trazendo a sensação de não ter tido um sono reparador, é tida então
como insônia primaria, ou seja, sem fator causal evidente. Na insônia crônica,
observa-se irritabilidade, sintomas cognitivos, alteração do humor, redução do
desempenho acadêmico e profissional, da memória e concentração, além da fadiga,
propiciando um aumento significativo de acidentes de trabalho, domésticos e de
transito (MONTI, 2000 ; Sociedade Brasileira de Sono, 2003).
Segundo Spence et al (2004) é relevante a alta taxa de comorbidade entre
ansiedade e insônia, associada a alta incidência de insônia da população. Embora
seja desconhecido algum estudo epidemiológico satisfatório que defina desordem da
ansiedade , é possível deduzir que grande parte da população tem ansiedade
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”subsindromal”, sintomas que não são associados com psicopatologia debilitante,
contudo produzem um significante desconforto mental.
A atividade mental excessiva é causada com maior freqüência pela
ansiedade, o que leva à debilidade da mente e à superexcitação do córtex cerebral,
produzindo sintomas como: insônia, sono leve com fácil despertar e poucas horas de
sono, dificuldade em iniciar o sono; em casos mais graves: pesadelos, palpitações,
sudorese, irritabilidade, astenia geral e perda de memória (NEVES NETO, 2005).
Alguns critérios para o diagnóstico de insônia foram propostos por Edinger
et al. (2004), apresentando a diferenciação da Insônia Primaria, Insônia devido a
Distúrbio Mental, Insônia Paradoxal e Insônia Psicofisiológica.
Existem alguns sinais e fatores importantes para definir se é insônia
devido a causas externas e/ou temporárias ou se, de fato, a doença está se
instalando. Entre esses possíveis fatores estão: quarto muito quente ou frio,
mudanças de clima, de casa, de rotina, preocupação temporária ou outras doenças
primárias que interferem na qualidade e quantidade do sono (NEVES NETO, 2005).
O diagnóstico da insônia deve ser feito o quanto antes possível, visto que
quando esta se torna crônica é mais difícil de ser tratada. Portanto, deve-se adequar
ao portador de um distúrbio de sono, o melhor tratamento, o que requer atenção aos
sintomas diurnos e noturnos, assim como a doença de base em si, podendo ser feito
com fármacos, ou sem utilização destes ou ainda a combinação de ambos, no qual
se pode incluir a Acupuntura (ANCOLI, 2000; I Consenso Brasileiro de Insônia,
2003).
Wannmacher (2007) sugere algumas formas de tratamento para casos de
insonia, assim como Ancioli (2000) e I Consenso Brasileiro de Insônia (2003). Há a
possibilidade de tratar a qualidade e a quantidade de sono por meio da higiene do
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sono, que são dicas comportamentais para conseguir dormir e manter o sono com
maior facilidade.
Caso estas dicas não sejam suficientes para diminuição da insônia, devese iniciar o tratamento medicamentoso. Os medicamentos mais utilizados são os
benzodiazepínicos que freqüentemente trazem alguns efeitos colaterais indesejáveis
e ainda tem risco de dependência física e tolerância. Atualmente uma alternativa
utilizada é o uso de medicamentos não-benzodiazepínicos, os quais trazem o
mesmo efeito desejado para a melhora da qualidade e quantidade do sono, mas o
efeito colateral é um pouco menor e não causa dependência física (WANNMACHER,
2007).
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Insônia na Medicina Oriental
Na conceituação da Medicina Tradicional Chinesa, a insônia ocorre
devido a uma inquietação da Mente (Shen) ou da Alma Etérea (Hun), que tem sua
morada respectivamente no coração e fígado, mais especificamente no sangue e Yin
do coração e sangue e Yin do fígado (MACIOCIA, 1996).
Segundo Maciocia (1996), na Medicina Chinesa a consciência e a
atividade mental têm residência no coração, significando que o estado do coração e
do sangue irá afetar as atividades mentais incluindo o estado emocional. Portanto, a
atividade mental, a consciência, a memória, o pensamento e o sono serão afetados
pelo estado do coração.
Se o indivíduo tiver uma atividade mental normal, uma vida emocional
equilibrada, consciência clara, memória boa, pensamentos bons e sono saudável, o
coração será forte e o sangue abundante. Por outro lado, se o coração for fraco e o
sangue for deficiente podem ocorrer algumas alterações tais como: a falta de
memória, pensamento afetado, insônia ou sonolência e até mesmo inconsciência,
em casos extremos (MACIOCIA, 1996).
Existe uma relação mútua de dependência entre a função de controlar o
sangue e abrigar a mente. A origem da mente é o sangue. Sendo assim, se o
sangue do coração for deficiente não originará a mente causando agitação mental,
ansiedade, depressão e insônia (MACIOCIA, 1996).
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O sangue e o Yin são a “residência” da mente. Sem eles a
mente fica sem residência e flutua durante a noite causando insônia. Uma
deficiência de sangue no coração pode causar insônia, no sentido de ser incapaz de
dormir, porém quando consegue, dorme bem. Uma deficiência do Yin do coração
causará dificuldade em dormir e acordar várias vezes durante a noite. Uma
deficiência do Yin do rim pode causar insônia no sentido de vagar muito tempo
durante a noite. O fogo no fígado ou no coração causará ao indivíduo sono com
sonhos tumultuados, um sono agitado com sonhos que indicam retenção de
alimentos (MACIOCIA, 1996).
A deficiência de sangue geralmente é originada da deficiência do Qi do
baço, o qual é o pioneiro na produção do Qi e do sangue. Desta maneira, quando o
sangue torna-se deficiente, afetará o fígado e o coração. Parestesia, visão turva e
tontura (deficiência do fígado) e o aspecto pálido, falta de memória, insônia e língua
pálida (deficiência do coração) são alguns dos sintomas relacionados à deficiência
de sangue (MACIOCIA, 1996).
Sempre que houver deficiência do Yin do coração haverá uma deficiência
do sangue do coração porque o Yin engloba o sangue. A insônia, o sono com
sonhos inquietantes, propensão a assustar-se, memória debilitada e ansiedade são
sintomas quando se tem uma deficiência do sangue do coração (MACIOCIA, 1996).
De acordo com Maciocia (1996), devem-se observar as seguintes
etiologias para a insônia:
1.
Esforço
excessivo
Baço/Pâncreas, Pulmão e Coração;
e
preocupação
–
prejudicam
o
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2.
Excesso de trabalho – porque enfraquece o Yin do Rim, com
trabalho mental excessivo, sem repouso, sob estresse intenso somado a
alimentação irregular e excesso de atividade sexual;
3.
Raiva, frustração, ressentimento e irritação – que afetam o
Yang do Fígado;
4.
Timidez da Vesícula Biliar – devido à fraqueza constitucional
do Coração e Vesícula Biliar (que é a mãe do Coração), podendo gerar timidez;
5.
Alimentação irregular, muito quente e gordurosa – que gera
mucosidade-calor no Estomago, esgotando a Mente;
6.
Parto – devido à perda de sangue durante o parto pode
ocasionar deficiência de sangue do Fígado; não que a perda de sangue seja
substancial, mas uma deficiência de sangue preexistente. Nesse caso, a Alma
Etérea vagueia à noite.
7.
Calor residual – devido a uma invasão de vento-calor, em que
há recuperação aparente e o calor aloja-se no interior.
Abaixo, a figura 1 demonstra as principais condições determinantes da
insônia:
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Figura 1: etiologia e patologia da insônia
Como forma de tratamento para a insônia na Medicina Tradicional
Chinesa, recomenda-se a Acupuntura Sistêmica ou Auriculoterapia, pois estes dois
métodos têm o objetivo de rearmonizar o funcionamento do organismo como um
todo. Não há efeito colateral considerável nestes tratamentos, apenas cuidados
básicos na escolha dos pontos.
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Acupuntura
A Medicina Oriental possui várias formas de tratamento do ser humano:
fitoterapia, tai chi chuan, tao yin - movimentos corporais que auxiliam na correta
circulação da energia do corpo -, alimentação, acupuntura entre outros. Essas
técnicas são desenvolvidas baseadas no principio da indissociabilidade do corpo
com o meio ambiente e também das relações intrínsecas entre o microcosmo e o
universo, permeados com a mesma energia (YAMAMURA, 2001 e KUREBAYASHI
et al, 2009).
O objetivo elementar da cultura chinesa é a harmonia que deve residir
dentro do individuo, do estado, da família e entre o homem e o mundo natural, sendo
assim é através do reconhecimento dos padrões da natureza e das ações
harmônicas que o homem preserva sua saúde e a completa (ROSS,1985).
A Acupuntura é uma técnica que tem como objetivo diagnosticar doenças
e promover a cura por meio da estimulação da autocura do corpo. Com o
realinhamento e redirecionamento da energia, ou seja, em busca do equilíbrio, por
meio de estímulos dados em pontos de Acupuntura por agulhas metálicas finas,
laser, pressão e outras formas de abordagem (KUREBAYASHI et al, 2009).
Várias formas de Acupuntura tem sido desenvolvidas, incluindo eletro
acupuntura, laser acupuntura, acupressão, terapia auricular e estimulação elétrica
transcutânea do acupunto ( CHEUK et AL, 2007) .
O mais conhecido recurso terapêutico oriental utilizado no ocidente á a
Acupuntura. Este é o tratamento que visa, através da inserção de agulhas,
harmonizar, mobilizar e circular a energia existente nos Canais Energéticos de cada
Meridiano (YAMAMURA, 2001).
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A Acupuntura baseia-se na existência de acupontos, distribuídos ao longo
de doze linhas imaginárias, que são os meridianos (coração, fígado, baço-pâncreas,
pulmão, estomago, rim, circulação-sexo, intestino delgado, vesícula biliar, intestino
grosso, bexiga e triplo aquecedor), formando pares simétricos na face dorsal e
ventral da superfície do corpo, percorrendo o sentido vertical e quando estimulados,
normalmente por agulhas, são capazes de promover uma série de benefícios à
saúde (VECTORE, 2005).
Para uma maior compreensão dessa técnica de tratamento – a
Acupuntura – é importante conhecer, mesmo superficialmente a Medicina Tradicional
Chinesa (MTC). Esta compara o ser humano à natureza. Acredita-se que se
observarmos a natureza conseguiremos perceber o funcionamento do ser humano.
Ambos estão submetidos às mesmas influências do Universo (YAMAMURA, 2001).
Há três pilares nos quais a filosofia chinesa apóia-se: teoria do Yin / Yang;
os cinco Movimentos e, os Zang Fu (Órgãos e Vísceras). As patologias na MTC são
interpretadas por fatores externos e internos, os quais impedem o funcionamento
adequado dos Zang Fu, a circulação de Qi (energia) e de sangue (Xue) nos canais
principais e colaterais (Jing Luo) onde se localizam os pontos de Acupuntura
(KAPTUCHUK, 2000).
De acordo com Lee (2002), é possível classificar o temperamento do
indivíduo
através
da
Teoria
do
Yin/Yang,
verificando
e
correlacionando
características superficiais e profundas. O Yin/Yang são energias que coexistem,
uma complementa a outra, por exemplo: dia e noite. Ao mesmo tempo em que são
opostas, são únicas;são simples e complexas. É a origem dos fenômenos naturais.
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Os Cinco Movimentos são representados pelos 5 elementos: Madeira,
Fogo, Terra, Metal e Água. Cada um deles tem suas características e
particularidades. Seguem um ciclo de harmonia – que caracteriza saúde, ou de
desarmonia – que caracteriza doença. Um movimento gera o outro, acompanhando
o ciclo existente na natureza, simbolicamente: Madeira gera Fogo que gera a Terra
que gera o Metal que gera a Água que gera a Madeira. Correlaciona-se isto com o
indivíduo. (YAMAMURA, 2001).
A Medicina Tradicional Chinesa observa as alterações funcionais e
orgânicas para definir as necessidades do organismo. Para manter esse equilíbrio é
preciso atentar para:
•
Energias perversas;
•
Elementos psíquicos (emoções);
•
Alimentação e fadiga;
•
Relações sexuais em excesso;
•
Traumatismos;
•
Vermes e micróbios;
•
Intoxicações;
•
Hereditariedade.
Os Zang Fu “constituem o alicerce para a compreensão da fisiologia e
propedêutica energética e da fisiopatologia das doenças e seu tratamento”. Qualquer
alteração fisiologica e/ou funcional nestes, pode ser diagnosticada e tratada através
da Acupuntura Sistêmica, da Auriculoterapia simplesmente, ou ainda utilizando a
combinação de ambas (YAMAMURA, 2001).
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Auriculoterapia
A Auriculoterapia ou Acupuntura Auricular é um método terapêutico da
Acupuntura que trata de patologias físicas e/ou mentais através de estímulos de
pontos situados no pavilhão auricular. É através de reflexos cerebrais que o pavilhão
auricular mantém relações com os demais órgãos e regiões do corpo (SOUZA,
2007).
Segundo Wen (2006) existem relações fisiológicas entre o pavilhão
auricular e as partes do corpo, sendo assim quando um órgão ou alguma parte do
corpo apresenta algum sintoma patológico, haverá uma alteração de sensibilidade
ou eletrocondutibilidade no ponto reflexo do pavilhão auricular, também confirmado
por Lowe (1973).
Estas alterações permitem determinar um diagnóstico para o indivíduo.
São sinais que indicam se o processo patológico é agudo ou crônico, além de sua
gravidade. Podemos verificar as modificações da pigmentação como, por exemplo,
palidez, eritema, manchas, modificações morfológicas – ressecamento da pele,
erupções cutâneas, sudorese, tubérculos, pêlos e escamações; e, da sensibilidade:
hipoestesia ou hiperestesia (SOUZA, 2007).
Segundo Dal Mas (2004) não se sabe ao certo quando a Auriculoterapia
iniciou-se, o que é certo é que é uma técnica terapêutica descrita em narrativas
datadas a 5000 (cinco mil) anos antes de Cristo. Depois disto foi mencionado pelo
grego Hipócrates, pelo egípcio Cipecladis e também na Turquia,
até chegar na Europa com Dr Nogier . Já no Brasil começou por volta dos anos 70
(setenta).
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“O povo chinês, foi, provavelmente, o primeiro a esboçar a
estreita relação existente entre o pavilhão auricular, os canais e
colaterais, os Zang Fu e o resto do organismo,além de usar as
bases teóricas para o diagnóstico e tratamento, através do
pavilhão auricular” (GARCIA, 1999).
O pavilhão auricular era uma importante fonte de diagnóstico na Medicina
Tradicional Chinesa, durante o período da Dinastia Qin, por volta de 1888 (GARCIA,
1999).
Na dinastia Zong, pregava-se que as orelhas e os olhos deveriam ser
diariamente massageados para prevenir enfermidades devido ao fortalecimento do
Zhen Qi e tonificação do Qi do Rim (GARCIA, 1999).
Ao longo do tempo, vários pontos foram incluídos e se descobriu mais
utilidades para os que já existiam, até chegar a atual Auriculoterapia (GARCIA,
1999).
Nas décadas de 50 (cinquenta) e 60 (sessenta) vários estudos científicos
sobre a eficácia do tratamento através da Auriculoterapia surgiram, tanto na França
quanto na China (GARCIA, 1999).
Em 1950, Drº. Paul Nogier, na França, visando à compreensão facilitada
destes pontos reflexos, relacionou o pavilhão auricular à posição de um feto
invertido. Esta representação ficou conhecida como Homúnculo de Nogier,
representada na figura 2.
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Figura 2: A aurícula foi relacionada à figura de um feto invertido
Essa representação alavancou os estudos da Auriculoterapia pelo mundo,
que unia as experiências relatadas pelos antigos chineses com as da década
vigente. (GARCIA, 1999)
Sendo assim, de acordo com MARA (apud SOUZA, 1991), segue abaixo
a relação anatômica do pavilhão auricular com os órgãos e regiões corpóreas. Sua
representação gráfica aparece na figura 3.
•
Lóbulo: face, olhos, maxilar, mandíbula, palato mole e duro, cavidade oral,
amígdalas, língua e ouvido interno.
•
Anti-trago: cabeça, fronte, parótidas e tronco cerebral.
•
Incisura intertrágica: glândulas endócrinas, ovário, testículos, nervos
oculares.
•
Anti hélix: coluna, vértebras, tronco, pescoço, peito, abdomen, tireóide,
mamas e tórax.
•
Raiz superior do anti helix: pé, perna, joelho, cóccix, quadril.
26
•
Raiz inferior do anti helix: região glútea, ciático, simpático, cóccix, cavidade
pelviana.
•
Fossa triangular: pelve, sistema reprodutor, útero, ovário, próstata.
•
Escafa: membros superiores, clavícula, ombro e articulações.
•
Trago: nariz, suprarenal, vícios.
•
Concha cava: tórax e abdômen.
•
Concha cimba: todos os órgãos abdominais.
•
Raiz do hélix: sistema digestivo, diafragma, cárdia e apêndice.
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Figura 3: representação dos órgãos e áreas corporais no pavilhão auricular
Nas décadas de 60 e 70, a Auriculoterapia foi alvo de mais pesquisas
minuciosas, cada vez descobrindo-se mais pontos, principalmente por médicos
chineses. O problema encontrado foi na nomeação dos pontos. Havia nomes
diferentes para o mesmo ponto ou vários pontos diferentes com o mesmo nome
(GARCIA,1999).
Houve então a necessidade de padronizar a nomenclatura. Foi feito
então, ao final da década de 70 o “Esquema Padrão dos Pontos Auriculares”.
Determinaram neste encontro todas as funções, caráter, atividade específica e
experiências possíveis dos pontos, relacionando com o sistema teórico tradicional de
Zang Fu, canais e colaterais, obtendo-se resultados muito importantes (GARCIA,
1999).
Essas foram décadas muito frutíferas para a Auriculoterapia. Definiram
métodos diagnósticos como o diagnóstico através da observação, da pressão sobre
o ponto doloroso, exploração elétrica e através da impressão que deixa à palpação.
Verificou-se eficácia em diversos tratamentos, prevenções e anestesias (GARCIA,
1999).
A Auriculoterapia tem eficácia comprovada em diversos quadros de algia,
inflamações, cirurgias e até mesmo em procedimentos de analgesia profunda
(anestesia) (MARA, 1991).
Desde 1982, a Organização Mundial de Saúde (OMS) juntamente com a
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“Chinese Standard Ear-Accupoint”, tem padronizado os pontos de Auriculoterapia
para facilitar o reconhecimento destes em qualquer parte do mundo em que seja
praticada. Em 1991 estabeleceu-se 91 pontos principais (GIAPONESI, LEÃO; 2007).
De acordo com Yamamura (2001), ao inserir-se uma agulha no pavilhão
auricular, em ponto específico de Acupuntura, desencadeiam-se ações que
abrangem níveis local, medular e cortical. Cada nível é ativado mais que o outro
dependendo da função do acuponto.
•
Nível Local: o estímulo nociceptivo gerado pela inserção da agulha gera três
efeitos locais: elétrico, neuroquímico e misto. Um desses efeitos é a vaso
dilatação capilar e liberação de quimioceptores.
•
Nível Medular: quando o estímulo das agulhas chega à medula, faz o arcoreflexo
somato-somático,
arco-reflexo
somato-visceral e,
faz sinapse
conectando os plexos braquial, lombar e sacral.
•
Nível Cortical: os estímulos que chegam da medula ao encéfalo ativam ou
inibem estruturas importantes como a formação reticular (onde ocorre a
separação dos estímulos de acordo com os receptores que chegam), via
trato-espinotalamica (que gera sensação de dor superficial em pontada), trato
paleoespinotalamico (espalham o estímulo pelo córtex identificando dor
profunda, crônica em queimação). Age no hipotálamo e ainda no sistema
límbico.
Para a ativação dos pontos específicos de Acupuntura no pavilhão
auricular podem ser utilizados diferentes tipos de estímulos como:
•
Agulhas filiformes;
•
Agulhas semipermanentes (podendo permanecer no indivíduo por um período
29
máximo de sete dias, evitando assim processos alérgicos e inflamatórios);
•
Moxabustão;
•
Esferas metálicas (ouro, prata, cobre);
•
Laser;
•
Massagem;
•
Eletropuntura;
•
Magnetos;
•
Cromopuntura
Podem ocorrer efeitos colaterais em pacientes muito sensíveis. Os mais
comuns observados são tontura, palidez, suor frio, lipotimia. Recomenda-se aplicar
as agulhas com o paciente deitado. Em caso de desmaios, deve-se retirar
imediatamente as agulhas e punturar os pontos sistêmicos VG26 ou VC24
(YAMAMURA, 2001).
Apesar de inúmeros benefícios, a Auriculoterapia tem algumas contraindicações. Em mulheres com menos de 5 meses de gestação deve-se evitar o
tratamento devido ao grande risco de aborto. Não utilizar muitos pontos com fortes
estímulos em pacientes desnutridos, debilitados e hipotensos devido a sua
fragilidade constitucional. Em caso de inflamação ou infecção da orelha não inserir
agulhas (YAMAMURA, 2001).
Atualmente a Auriculoterapia tem um sólido e confiável corpo teórico. A
partir da década de 80 até hoje, realizam-se congressos na área e publicações de
livros, tratados e artigos aprofundando-se os estudos (GARCIA, 1999).
30
Auriculoterapia e insônia
Em um estudo sobre o ciclo sono-vigília, ficou comprovada a eficácia do
uso da Auriculoterapia na diminuição de ansiedade e significativa melhora na
qualidade do sono. Este estudo evidenciou ainda a melhora na disposição geral do
indivíduo. Isso também foi comprovado em estudo realizado por SATORKATZENSCHLANGER e cols. (2003), tratando inclusive de cervicalgia crônica. Ele
observou ainda significante diminuição no uso de medicamentos alopáticos.
Suen et al (2003) perceberam melhora na qualidade do sono em idosos,
utilizando imãs na Auriculoterapia ao invés de agulhas. Concluíram que este método
possui um efeito prolongado (6 meses), na melhora da qualidade e quantidade de
sono desses sujeitos.
Montakab e Langel (1994), citam em seu estudo que o ciclo vigília/sono é
um dos ritmos circadianos mais importantes na manutenção do equilíbrio interno e
saúde humana e que distúrbios do sono, principalmente a insônia pode afetar este
equilíbrio. Foi sugerido neste estudo, que tratamentos não medicamentosos devem
ser priorizados nos casos de insônia, e que a Acupuntura Auricular pode ter grande
potencial na re-harmonização do ciclo vigília sono.
Ainda de acordo com Montakab (1999), foi realizado um estudo sobre o
efeito da Aurículoacupuntura na dificuldade primária de iniciar o sono, comparando o
efeito da mesma em pontos verdadeiros da Auriculoterapia com pontos não
mapeados na região auricular e concluiu, através da polissonografia, que a
Acupuntura Auricular é eficiente em casos de insônia primária somente quando
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aplicados em pontos reais descritos pelo método, sendo descartada a eficiência da
mesma em pontos placebo.
Aguilera et al (2005) realizaram um estudo para avaliar a eficácia da
Auriculoterapia na insônia comparada a Acupuntura Sistêmica e ao uso do hipnótico
Nitrazepan. Os pacientes que foram tratados com Auriculoterapia utilizaram
sementes de Cardosanto durante quatro semanas nos seguintes pontos: sangria no
ápice, Shenmen, Coração e Fígado em síndromes por excesso e, Shenmen,
Occipital, Rim, Coração e Baço em síndromes por deficiência. Verificou-se que a
Auriculoterapia foi a mais eficaz no tratamento de insônia primária que Acupuntura
Sistêmica e uso de hipnótico.
Garcia (1999) sugere o tratamento da insônia através dos pontos Shen
Men, Rim, Coração, Subcórtex, Occiptal, Neurastenia – área e ponto – e fazer
sangria no ápice, com excelentes resultados já nas duas primeiras sessões.
Esses pontos combinados agiriam da seguinte forma:
•
Sangria no ápice da orelha + Shen Men + Occiptal: tem função sedativa e
sonifera;
•
Coração + Rim: o Coração armazena a mente e comanda a atividade
espiritual no homem. O Rim tonifica o cérebro e acalma a mente. Os dois
juntos mantêm o equilíbrio Yin e Yang no organismo, além de serem
interdependentes;
•
Neurastenia, área e ponto: tanto a área quanto o ponto são importantes para
regular o sono, tanto na dificuldade para iniciar ou para mantê-lo;
•
Subcórtex: a função anormal do córtex cerebral, tanto excitação quanto
sedação, gera problemas no sono. Através da estimulação deste ponto visa-
32
se o reequilíbrio das funções.
Como a insônia sempre ocorre em decorrência de algumas síndromes,
deve-se acrescentar o ponto do órgão choque. Por exemplo:
•
Fígado – pode ser por estagnação do Qi do Fígado, visando à drenagem
deste, regulação do Qi e dispersão do fogo.
•
Vesícula Biliar e Coração – devido à deficiência de ambos, visando acalmar o
espírito.
•
Coração e Baço-Pâncreas – devido à deficiência de ambos, visando tonificálos, nutrir Xue e acalmar o espírito.
•
Estômago – caso esteja em desarmonia, visando nutrir o Qi e harmonizar o
estômago .
Para Nogier e Boucinhas (2006), a observação da região do sono,
localizada na hélice, em direção ao lóbulo, pode trazer grandes informações.
Qualquer alteração nesta região induz ao sono e qualquer distúrbio deste ponto
provoca o despertar durante a noite, sendo que na criança provoca enurese noturna.
Tem por indicação terapêutica os distúrbios do sono, como insônia, enurese noturna
e sonolência diurna. Estimulando apenas este ponto, em casos agudos, atinge-se o
objetivo de regularizar o sono em curto prazo.
33
DISCUSSÃO
De acordo com Wannmacher (2007) muitos idosos queixam-se da
quantidade e qualidade do sono, embora aceitem que o sono não será mais como
na juventude, querem sentir-se descansados ao despertar.
A insônia primária deve ser tratada principalmente sem medicamentos,
devido à ausência de efeitos adversos, além da redução de custos individuais e
comunitários e ainda problemas mentais e físicos. Isso porque os idosos são muito
sensíveis ao uso de hipnóticos. Esse tipo de medicamento aumenta o risco de
quedas, causa sonolência diurna, incoordenação motora, confusão mental, prejuízo
cognitivo e até mesmo delírios (WANNMACHER, 2007).
Segundo Monti(2000) a insônia primaria é um transtorno multidimensional
e seu tratamento requer medidas não farmacológicas e farmacológicas. A higiene do
sono e a terapia cognitiva e de conduta são estratégias não farmacológicas.
No
tratamento não medicamentoso,
são
dadas
dicas
a serem
incorporadas na rotina dos idosos e indivíduos em geral que sofrem de insônia.
Essas dicas podem diminuir os estímulos causadores da insônia. São elas: dormir
sempre no mesmo horário; evitar cochilos diurnos;deitar-se apenas quando sentir
sono realmente; não ingerir álcool e cafeína à noite; alimentar-se em pequena
quantidade no período da noite; silêncio; quarto com temperatura agradável; banho
quente antes de dormir e, atividade física leve durante o dia (WANNMACHER,
34
2007).
Ao incorporar estas dicas no cotidiano do indivíduo e se não houver
melhora significativa com crescentes queixas do sono, deve-se iniciar o tratamento
medicamentoso (WANNMACHER, 2007).
Entre os medicamentos utilizados estão os benzodiazepínicos e os não
benzodiazepínicos. Atualmente há a preferência por medicamentos hipnóticos não
benzodiazepínicos. Eles trazem os mesmos efeitos que os benzodiazepínicos, como
a sedação, redução da ansiedade, amnésia, relaxamento muscular central e efeito
anti-convulsivante, mas teriam o benefício de não apresentarem tolerância,
dependência física, sintomas de abstinência e diminuição do desempenho motor
(WANNMACHER, 2007).
Os efeitos do tratamento medicamentoso são eficazes para o objetivo a
ser alcançado – melhora da qualidade e quantidade do sono. Mas os efeitos
adversos, principalmente os benzodiazepínicos, são muitos e trazem prejuízos
reversíveis aos idosos (WANNMACHER, 2007).
Para a Medicina Oriental, a insônia é causada por algum distúrbio no
funcionamento dos Zang Fu e relação Yin / Yang. Para tanto, ao rearmonizá-los
consegue-se o objetivo desejado que é a melhora na qualidade e quantidade do
sono (GARCIA, 1999).
A acupuntura auricular, técnica amplamente utilizada para o tratamento da
ansiedade, estresse e insônia , mostrou ser eficaz , principalmente em relação a
diminuição da ansiedade( SILVA FILHO ; PRADO, 2007).
35
Em estudo realizado por Montakab (1999), constatou-se, através de
polissonografia, que há melhora significativa do sono utilizando-se a Auriculoterapia
como forma de tratamento. No estudo houve um grupo com pontos verdadeiros de
Auriculoterapia e outro grupo com pontos placebo. O grupo com pontos placebo não
apresentou melhora desejada.
Também Suen et al (2003), estudando a insônia em idosos, verificaram
que a utilização de imãs em pontos específicos para insônia prolongou por 6 meses
o efeito desejado: melhora na qualidade e quantidade do sono.
Verificou-se que a eficiência do sono apresentou valores altos, maiores de
90% tanto com ou sem final de semana, e não apresentou variações significativas
antes, durante e após a intervenção da acupuntura auricular (MARA, 2004).
Segundo Aguilera et al (2005) a utilização de técnicas da medicina
chinesa tradicional, constitui uma boa opção para o tratamento da insônia por sua
eficácia e por resultar em um tratamento econômico e sem riscos para os pacientes.
Em nenhum destes estudos houve qualquer efeito colateral adverso que trouxesse
limitação ou cautela no uso, apenas é claro, deve ser realizada uma boa avaliação e
cuidadosa escolha de pontos auriculares para cada perfil apresentado. Todos
atingiram o objetivo desejado.
É possível combinar a técnica de higiene do sono com a Auriculoterapia
trazendo ainda mais benefícios ao indivíduo. O uso de medicamentos no tratamento
da insônia deve ser considerado um último recurso, em casos muito graves, não
responsivos aos outros métodos.
36
CONCLUSÃO
A insônia tem causas parecidas tanto na visão da Medicina Ocidental
quanto da Medicina Tradicional Chinesa. Em ambas há citações em relação ao
estresse do dia-a-dia, preocupações, excesso de trabalho, má alimentação, entre
outras.
A Medicina Tradicional Chinesa, mais especificamente a Acupuntura, tem
uma visão mais focada na desarmonia do corpo e mente. Portanto, no tratamento
oriental tenta-se resgatar este equilíbrio.
Na revisão bibliográfica realizada, verificou-se o quanto as pesquisas são
recentes. Há registros antigos da Auriculoterapia como tratamento, mas apenas
consolidou-se como tratamento exclusivo nas últimas décadas. Poucos são os
estudos científicos atuais em relação a ela. Mas em todos os estudos constataramse resultados positivos, atingindo os objetivos propostos em cada um deles.
Ainda há muito que se pesquisar sobre os diversos efeitos e eficácia da
Auriculoterapia, trilhando o caminho já iniciado por muitos pesquisadores,
principalmente focando disfunções tão atuais quanto à insônia.
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