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9 Apresentação Atualmente, a busca pelo bem-estar entre corpo e mente tem levado as pessoas a procurar diversos tipos de tratamento para alívio de suas dores físicas e/ou emocionais, ou para melhorar sua qualidade de vida. A rotina estressante, afazeres acumulados, problemas de ordem emocional podem causar insônia, problema muito comum na vida moderna. Além de atingir uma vasta faixa etária, essa patologia possui vários níveis de acometimento de um individuo – como dificuldade para iniciar o sono, sono fracionado, ou simplesmente não dormir. Muitas são as maneiras possíveis para combater esse problema, como medicamentos homeopáticos, alopáticos, massagens, terapias, atividades físicas e meditações. Dentre esses recursos, a Acupuntura é, também, parte integrante. Com a utilização da Acupuntura é possível melhorar a qualidade de vida do paciente que sofre de insônia, sendo esta uma terapia complementar às citadas anteriormente ou como terapia de escolha para esse mal. Através de revisão bibliográfica, esta pesquisa objetivou a confirmação das afirmativas anteriores com base em estudos sobre a melhora da insônia com a utilização da Acupuntura. 10 Justificativa Tendo em vista que a insônia é uma enfermidade que atinge um grande número de pessoas, independente da idade, atividade profissional ou níveis econômicos, trazendo prejuízos no cotidiano destas, observou-se a necessidade de estudar meios de minimizar ou curar esta patologia. Sabendo-se da existência da Acupuntura, e de uma de suas vertentes, a Auriculoterapia, como possível tratamento desta enfermidade, sugerindo bons resultados, e, dado o pouco conhecimento da população sobre estas técnicas, justifica-se este levantamento bibliográfico. 11 Objetivo O objetivo principal deste trabalho foi o de verificar, através de um levantamento bibliográfico, a eficácia da Acupuntura Auricular como recurso terapêutico no tratamento da insônia. Como objetivo secundário, esta revisão visou à informação da população sobre a existência e eficácia da técnica de Acupuntura Auricular em casos de insônia. 12 Método A presente pesquisa foi dividida em duas partes: Primeiramente foi demonstrada como a insônia é vista pelo ângulo da Medicina Ocidental, bem como suas causas e conseqüências. Na segunda parte, foi descrito como a insônia é vista pela Medicina Tradicional Chinesa, conseqüências. mostrando também suas características, causas e 13 Insônia na Medicina Ocidental A insônia, segundo a Sociedade Brasileira de Sono (2003) é uma queixa muito comum, descrita como uma dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, sono inquieto, acordar muito cedo ou sono com sonhos perturbadores; levando a um sono não reparador e como conseqüência trazendo mal-estar físico e mental durante o dia e comprometendo o desempenho das atividades diurnas. Diversas etiologias podem estar relacionadas com a causa especifica da insônia como, por exemplo, dor muscular e/ou articular, ansiedade, estresse, depressão, uso de medicamentos, ambiente inadequado entre outros (SILVA FILHO; PRADO, 2007). A insônia é associada a muitos fatores, porém quando a queixa está relacionada à dificuldade em dormir ou de manter o sono por um período não inferior a um mês, trazendo a sensação de não ter tido um sono reparador, é tida então como insônia primaria, ou seja, sem fator causal evidente. Na insônia crônica, observa-se irritabilidade, sintomas cognitivos, alteração do humor, redução do desempenho acadêmico e profissional, da memória e concentração, além da fadiga, propiciando um aumento significativo de acidentes de trabalho, domésticos e de transito (MONTI, 2000 ; Sociedade Brasileira de Sono, 2003). Segundo Spence et al (2004) é relevante a alta taxa de comorbidade entre ansiedade e insônia, associada a alta incidência de insônia da população. Embora seja desconhecido algum estudo epidemiológico satisfatório que defina desordem da ansiedade , é possível deduzir que grande parte da população tem ansiedade 14 ”subsindromal”, sintomas que não são associados com psicopatologia debilitante, contudo produzem um significante desconforto mental. A atividade mental excessiva é causada com maior freqüência pela ansiedade, o que leva à debilidade da mente e à superexcitação do córtex cerebral, produzindo sintomas como: insônia, sono leve com fácil despertar e poucas horas de sono, dificuldade em iniciar o sono; em casos mais graves: pesadelos, palpitações, sudorese, irritabilidade, astenia geral e perda de memória (NEVES NETO, 2005). Alguns critérios para o diagnóstico de insônia foram propostos por Edinger et al. (2004), apresentando a diferenciação da Insônia Primaria, Insônia devido a Distúrbio Mental, Insônia Paradoxal e Insônia Psicofisiológica. Existem alguns sinais e fatores importantes para definir se é insônia devido a causas externas e/ou temporárias ou se, de fato, a doença está se instalando. Entre esses possíveis fatores estão: quarto muito quente ou frio, mudanças de clima, de casa, de rotina, preocupação temporária ou outras doenças primárias que interferem na qualidade e quantidade do sono (NEVES NETO, 2005). O diagnóstico da insônia deve ser feito o quanto antes possível, visto que quando esta se torna crônica é mais difícil de ser tratada. Portanto, deve-se adequar ao portador de um distúrbio de sono, o melhor tratamento, o que requer atenção aos sintomas diurnos e noturnos, assim como a doença de base em si, podendo ser feito com fármacos, ou sem utilização destes ou ainda a combinação de ambos, no qual se pode incluir a Acupuntura (ANCOLI, 2000; I Consenso Brasileiro de Insônia, 2003). Wannmacher (2007) sugere algumas formas de tratamento para casos de insonia, assim como Ancioli (2000) e I Consenso Brasileiro de Insônia (2003). Há a possibilidade de tratar a qualidade e a quantidade de sono por meio da higiene do 15 sono, que são dicas comportamentais para conseguir dormir e manter o sono com maior facilidade. Caso estas dicas não sejam suficientes para diminuição da insônia, devese iniciar o tratamento medicamentoso. Os medicamentos mais utilizados são os benzodiazepínicos que freqüentemente trazem alguns efeitos colaterais indesejáveis e ainda tem risco de dependência física e tolerância. Atualmente uma alternativa utilizada é o uso de medicamentos não-benzodiazepínicos, os quais trazem o mesmo efeito desejado para a melhora da qualidade e quantidade do sono, mas o efeito colateral é um pouco menor e não causa dependência física (WANNMACHER, 2007). 16 Insônia na Medicina Oriental Na conceituação da Medicina Tradicional Chinesa, a insônia ocorre devido a uma inquietação da Mente (Shen) ou da Alma Etérea (Hun), que tem sua morada respectivamente no coração e fígado, mais especificamente no sangue e Yin do coração e sangue e Yin do fígado (MACIOCIA, 1996). Segundo Maciocia (1996), na Medicina Chinesa a consciência e a atividade mental têm residência no coração, significando que o estado do coração e do sangue irá afetar as atividades mentais incluindo o estado emocional. Portanto, a atividade mental, a consciência, a memória, o pensamento e o sono serão afetados pelo estado do coração. Se o indivíduo tiver uma atividade mental normal, uma vida emocional equilibrada, consciência clara, memória boa, pensamentos bons e sono saudável, o coração será forte e o sangue abundante. Por outro lado, se o coração for fraco e o sangue for deficiente podem ocorrer algumas alterações tais como: a falta de memória, pensamento afetado, insônia ou sonolência e até mesmo inconsciência, em casos extremos (MACIOCIA, 1996). Existe uma relação mútua de dependência entre a função de controlar o sangue e abrigar a mente. A origem da mente é o sangue. Sendo assim, se o sangue do coração for deficiente não originará a mente causando agitação mental, ansiedade, depressão e insônia (MACIOCIA, 1996). 17 O sangue e o Yin são a “residência” da mente. Sem eles a mente fica sem residência e flutua durante a noite causando insônia. Uma deficiência de sangue no coração pode causar insônia, no sentido de ser incapaz de dormir, porém quando consegue, dorme bem. Uma deficiência do Yin do coração causará dificuldade em dormir e acordar várias vezes durante a noite. Uma deficiência do Yin do rim pode causar insônia no sentido de vagar muito tempo durante a noite. O fogo no fígado ou no coração causará ao indivíduo sono com sonhos tumultuados, um sono agitado com sonhos que indicam retenção de alimentos (MACIOCIA, 1996). A deficiência de sangue geralmente é originada da deficiência do Qi do baço, o qual é o pioneiro na produção do Qi e do sangue. Desta maneira, quando o sangue torna-se deficiente, afetará o fígado e o coração. Parestesia, visão turva e tontura (deficiência do fígado) e o aspecto pálido, falta de memória, insônia e língua pálida (deficiência do coração) são alguns dos sintomas relacionados à deficiência de sangue (MACIOCIA, 1996). Sempre que houver deficiência do Yin do coração haverá uma deficiência do sangue do coração porque o Yin engloba o sangue. A insônia, o sono com sonhos inquietantes, propensão a assustar-se, memória debilitada e ansiedade são sintomas quando se tem uma deficiência do sangue do coração (MACIOCIA, 1996). De acordo com Maciocia (1996), devem-se observar as seguintes etiologias para a insônia: 1. Esforço excessivo Baço/Pâncreas, Pulmão e Coração; e preocupação – prejudicam o 18 2. Excesso de trabalho – porque enfraquece o Yin do Rim, com trabalho mental excessivo, sem repouso, sob estresse intenso somado a alimentação irregular e excesso de atividade sexual; 3. Raiva, frustração, ressentimento e irritação – que afetam o Yang do Fígado; 4. Timidez da Vesícula Biliar – devido à fraqueza constitucional do Coração e Vesícula Biliar (que é a mãe do Coração), podendo gerar timidez; 5. Alimentação irregular, muito quente e gordurosa – que gera mucosidade-calor no Estomago, esgotando a Mente; 6. Parto – devido à perda de sangue durante o parto pode ocasionar deficiência de sangue do Fígado; não que a perda de sangue seja substancial, mas uma deficiência de sangue preexistente. Nesse caso, a Alma Etérea vagueia à noite. 7. Calor residual – devido a uma invasão de vento-calor, em que há recuperação aparente e o calor aloja-se no interior. Abaixo, a figura 1 demonstra as principais condições determinantes da insônia: 19 Figura 1: etiologia e patologia da insônia Como forma de tratamento para a insônia na Medicina Tradicional Chinesa, recomenda-se a Acupuntura Sistêmica ou Auriculoterapia, pois estes dois métodos têm o objetivo de rearmonizar o funcionamento do organismo como um todo. Não há efeito colateral considerável nestes tratamentos, apenas cuidados básicos na escolha dos pontos. 20 Acupuntura A Medicina Oriental possui várias formas de tratamento do ser humano: fitoterapia, tai chi chuan, tao yin - movimentos corporais que auxiliam na correta circulação da energia do corpo -, alimentação, acupuntura entre outros. Essas técnicas são desenvolvidas baseadas no principio da indissociabilidade do corpo com o meio ambiente e também das relações intrínsecas entre o microcosmo e o universo, permeados com a mesma energia (YAMAMURA, 2001 e KUREBAYASHI et al, 2009). O objetivo elementar da cultura chinesa é a harmonia que deve residir dentro do individuo, do estado, da família e entre o homem e o mundo natural, sendo assim é através do reconhecimento dos padrões da natureza e das ações harmônicas que o homem preserva sua saúde e a completa (ROSS,1985). A Acupuntura é uma técnica que tem como objetivo diagnosticar doenças e promover a cura por meio da estimulação da autocura do corpo. Com o realinhamento e redirecionamento da energia, ou seja, em busca do equilíbrio, por meio de estímulos dados em pontos de Acupuntura por agulhas metálicas finas, laser, pressão e outras formas de abordagem (KUREBAYASHI et al, 2009). Várias formas de Acupuntura tem sido desenvolvidas, incluindo eletro acupuntura, laser acupuntura, acupressão, terapia auricular e estimulação elétrica transcutânea do acupunto ( CHEUK et AL, 2007) . O mais conhecido recurso terapêutico oriental utilizado no ocidente á a Acupuntura. Este é o tratamento que visa, através da inserção de agulhas, harmonizar, mobilizar e circular a energia existente nos Canais Energéticos de cada Meridiano (YAMAMURA, 2001). 21 A Acupuntura baseia-se na existência de acupontos, distribuídos ao longo de doze linhas imaginárias, que são os meridianos (coração, fígado, baço-pâncreas, pulmão, estomago, rim, circulação-sexo, intestino delgado, vesícula biliar, intestino grosso, bexiga e triplo aquecedor), formando pares simétricos na face dorsal e ventral da superfície do corpo, percorrendo o sentido vertical e quando estimulados, normalmente por agulhas, são capazes de promover uma série de benefícios à saúde (VECTORE, 2005). Para uma maior compreensão dessa técnica de tratamento – a Acupuntura – é importante conhecer, mesmo superficialmente a Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Esta compara o ser humano à natureza. Acredita-se que se observarmos a natureza conseguiremos perceber o funcionamento do ser humano. Ambos estão submetidos às mesmas influências do Universo (YAMAMURA, 2001). Há três pilares nos quais a filosofia chinesa apóia-se: teoria do Yin / Yang; os cinco Movimentos e, os Zang Fu (Órgãos e Vísceras). As patologias na MTC são interpretadas por fatores externos e internos, os quais impedem o funcionamento adequado dos Zang Fu, a circulação de Qi (energia) e de sangue (Xue) nos canais principais e colaterais (Jing Luo) onde se localizam os pontos de Acupuntura (KAPTUCHUK, 2000). De acordo com Lee (2002), é possível classificar o temperamento do indivíduo através da Teoria do Yin/Yang, verificando e correlacionando características superficiais e profundas. O Yin/Yang são energias que coexistem, uma complementa a outra, por exemplo: dia e noite. Ao mesmo tempo em que são opostas, são únicas;são simples e complexas. É a origem dos fenômenos naturais. 22 Os Cinco Movimentos são representados pelos 5 elementos: Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água. Cada um deles tem suas características e particularidades. Seguem um ciclo de harmonia – que caracteriza saúde, ou de desarmonia – que caracteriza doença. Um movimento gera o outro, acompanhando o ciclo existente na natureza, simbolicamente: Madeira gera Fogo que gera a Terra que gera o Metal que gera a Água que gera a Madeira. Correlaciona-se isto com o indivíduo. (YAMAMURA, 2001). A Medicina Tradicional Chinesa observa as alterações funcionais e orgânicas para definir as necessidades do organismo. Para manter esse equilíbrio é preciso atentar para: • Energias perversas; • Elementos psíquicos (emoções); • Alimentação e fadiga; • Relações sexuais em excesso; • Traumatismos; • Vermes e micróbios; • Intoxicações; • Hereditariedade. Os Zang Fu “constituem o alicerce para a compreensão da fisiologia e propedêutica energética e da fisiopatologia das doenças e seu tratamento”. Qualquer alteração fisiologica e/ou funcional nestes, pode ser diagnosticada e tratada através da Acupuntura Sistêmica, da Auriculoterapia simplesmente, ou ainda utilizando a combinação de ambas (YAMAMURA, 2001). 23 Auriculoterapia A Auriculoterapia ou Acupuntura Auricular é um método terapêutico da Acupuntura que trata de patologias físicas e/ou mentais através de estímulos de pontos situados no pavilhão auricular. É através de reflexos cerebrais que o pavilhão auricular mantém relações com os demais órgãos e regiões do corpo (SOUZA, 2007). Segundo Wen (2006) existem relações fisiológicas entre o pavilhão auricular e as partes do corpo, sendo assim quando um órgão ou alguma parte do corpo apresenta algum sintoma patológico, haverá uma alteração de sensibilidade ou eletrocondutibilidade no ponto reflexo do pavilhão auricular, também confirmado por Lowe (1973). Estas alterações permitem determinar um diagnóstico para o indivíduo. São sinais que indicam se o processo patológico é agudo ou crônico, além de sua gravidade. Podemos verificar as modificações da pigmentação como, por exemplo, palidez, eritema, manchas, modificações morfológicas – ressecamento da pele, erupções cutâneas, sudorese, tubérculos, pêlos e escamações; e, da sensibilidade: hipoestesia ou hiperestesia (SOUZA, 2007). Segundo Dal Mas (2004) não se sabe ao certo quando a Auriculoterapia iniciou-se, o que é certo é que é uma técnica terapêutica descrita em narrativas datadas a 5000 (cinco mil) anos antes de Cristo. Depois disto foi mencionado pelo grego Hipócrates, pelo egípcio Cipecladis e também na Turquia, até chegar na Europa com Dr Nogier . Já no Brasil começou por volta dos anos 70 (setenta). 24 “O povo chinês, foi, provavelmente, o primeiro a esboçar a estreita relação existente entre o pavilhão auricular, os canais e colaterais, os Zang Fu e o resto do organismo,além de usar as bases teóricas para o diagnóstico e tratamento, através do pavilhão auricular” (GARCIA, 1999). O pavilhão auricular era uma importante fonte de diagnóstico na Medicina Tradicional Chinesa, durante o período da Dinastia Qin, por volta de 1888 (GARCIA, 1999). Na dinastia Zong, pregava-se que as orelhas e os olhos deveriam ser diariamente massageados para prevenir enfermidades devido ao fortalecimento do Zhen Qi e tonificação do Qi do Rim (GARCIA, 1999). Ao longo do tempo, vários pontos foram incluídos e se descobriu mais utilidades para os que já existiam, até chegar a atual Auriculoterapia (GARCIA, 1999). Nas décadas de 50 (cinquenta) e 60 (sessenta) vários estudos científicos sobre a eficácia do tratamento através da Auriculoterapia surgiram, tanto na França quanto na China (GARCIA, 1999). Em 1950, Drº. Paul Nogier, na França, visando à compreensão facilitada destes pontos reflexos, relacionou o pavilhão auricular à posição de um feto invertido. Esta representação ficou conhecida como Homúnculo de Nogier, representada na figura 2. 25 Figura 2: A aurícula foi relacionada à figura de um feto invertido Essa representação alavancou os estudos da Auriculoterapia pelo mundo, que unia as experiências relatadas pelos antigos chineses com as da década vigente. (GARCIA, 1999) Sendo assim, de acordo com MARA (apud SOUZA, 1991), segue abaixo a relação anatômica do pavilhão auricular com os órgãos e regiões corpóreas. Sua representação gráfica aparece na figura 3. • Lóbulo: face, olhos, maxilar, mandíbula, palato mole e duro, cavidade oral, amígdalas, língua e ouvido interno. • Anti-trago: cabeça, fronte, parótidas e tronco cerebral. • Incisura intertrágica: glândulas endócrinas, ovário, testículos, nervos oculares. • Anti hélix: coluna, vértebras, tronco, pescoço, peito, abdomen, tireóide, mamas e tórax. • Raiz superior do anti helix: pé, perna, joelho, cóccix, quadril. 26 • Raiz inferior do anti helix: região glútea, ciático, simpático, cóccix, cavidade pelviana. • Fossa triangular: pelve, sistema reprodutor, útero, ovário, próstata. • Escafa: membros superiores, clavícula, ombro e articulações. • Trago: nariz, suprarenal, vícios. • Concha cava: tórax e abdômen. • Concha cimba: todos os órgãos abdominais. • Raiz do hélix: sistema digestivo, diafragma, cárdia e apêndice. 27 Figura 3: representação dos órgãos e áreas corporais no pavilhão auricular Nas décadas de 60 e 70, a Auriculoterapia foi alvo de mais pesquisas minuciosas, cada vez descobrindo-se mais pontos, principalmente por médicos chineses. O problema encontrado foi na nomeação dos pontos. Havia nomes diferentes para o mesmo ponto ou vários pontos diferentes com o mesmo nome (GARCIA,1999). Houve então a necessidade de padronizar a nomenclatura. Foi feito então, ao final da década de 70 o “Esquema Padrão dos Pontos Auriculares”. Determinaram neste encontro todas as funções, caráter, atividade específica e experiências possíveis dos pontos, relacionando com o sistema teórico tradicional de Zang Fu, canais e colaterais, obtendo-se resultados muito importantes (GARCIA, 1999). Essas foram décadas muito frutíferas para a Auriculoterapia. Definiram métodos diagnósticos como o diagnóstico através da observação, da pressão sobre o ponto doloroso, exploração elétrica e através da impressão que deixa à palpação. Verificou-se eficácia em diversos tratamentos, prevenções e anestesias (GARCIA, 1999). A Auriculoterapia tem eficácia comprovada em diversos quadros de algia, inflamações, cirurgias e até mesmo em procedimentos de analgesia profunda (anestesia) (MARA, 1991). Desde 1982, a Organização Mundial de Saúde (OMS) juntamente com a 28 “Chinese Standard Ear-Accupoint”, tem padronizado os pontos de Auriculoterapia para facilitar o reconhecimento destes em qualquer parte do mundo em que seja praticada. Em 1991 estabeleceu-se 91 pontos principais (GIAPONESI, LEÃO; 2007). De acordo com Yamamura (2001), ao inserir-se uma agulha no pavilhão auricular, em ponto específico de Acupuntura, desencadeiam-se ações que abrangem níveis local, medular e cortical. Cada nível é ativado mais que o outro dependendo da função do acuponto. • Nível Local: o estímulo nociceptivo gerado pela inserção da agulha gera três efeitos locais: elétrico, neuroquímico e misto. Um desses efeitos é a vaso dilatação capilar e liberação de quimioceptores. • Nível Medular: quando o estímulo das agulhas chega à medula, faz o arcoreflexo somato-somático, arco-reflexo somato-visceral e, faz sinapse conectando os plexos braquial, lombar e sacral. • Nível Cortical: os estímulos que chegam da medula ao encéfalo ativam ou inibem estruturas importantes como a formação reticular (onde ocorre a separação dos estímulos de acordo com os receptores que chegam), via trato-espinotalamica (que gera sensação de dor superficial em pontada), trato paleoespinotalamico (espalham o estímulo pelo córtex identificando dor profunda, crônica em queimação). Age no hipotálamo e ainda no sistema límbico. Para a ativação dos pontos específicos de Acupuntura no pavilhão auricular podem ser utilizados diferentes tipos de estímulos como: • Agulhas filiformes; • Agulhas semipermanentes (podendo permanecer no indivíduo por um período 29 máximo de sete dias, evitando assim processos alérgicos e inflamatórios); • Moxabustão; • Esferas metálicas (ouro, prata, cobre); • Laser; • Massagem; • Eletropuntura; • Magnetos; • Cromopuntura Podem ocorrer efeitos colaterais em pacientes muito sensíveis. Os mais comuns observados são tontura, palidez, suor frio, lipotimia. Recomenda-se aplicar as agulhas com o paciente deitado. Em caso de desmaios, deve-se retirar imediatamente as agulhas e punturar os pontos sistêmicos VG26 ou VC24 (YAMAMURA, 2001). Apesar de inúmeros benefícios, a Auriculoterapia tem algumas contraindicações. Em mulheres com menos de 5 meses de gestação deve-se evitar o tratamento devido ao grande risco de aborto. Não utilizar muitos pontos com fortes estímulos em pacientes desnutridos, debilitados e hipotensos devido a sua fragilidade constitucional. Em caso de inflamação ou infecção da orelha não inserir agulhas (YAMAMURA, 2001). Atualmente a Auriculoterapia tem um sólido e confiável corpo teórico. A partir da década de 80 até hoje, realizam-se congressos na área e publicações de livros, tratados e artigos aprofundando-se os estudos (GARCIA, 1999). 30 Auriculoterapia e insônia Em um estudo sobre o ciclo sono-vigília, ficou comprovada a eficácia do uso da Auriculoterapia na diminuição de ansiedade e significativa melhora na qualidade do sono. Este estudo evidenciou ainda a melhora na disposição geral do indivíduo. Isso também foi comprovado em estudo realizado por SATORKATZENSCHLANGER e cols. (2003), tratando inclusive de cervicalgia crônica. Ele observou ainda significante diminuição no uso de medicamentos alopáticos. Suen et al (2003) perceberam melhora na qualidade do sono em idosos, utilizando imãs na Auriculoterapia ao invés de agulhas. Concluíram que este método possui um efeito prolongado (6 meses), na melhora da qualidade e quantidade de sono desses sujeitos. Montakab e Langel (1994), citam em seu estudo que o ciclo vigília/sono é um dos ritmos circadianos mais importantes na manutenção do equilíbrio interno e saúde humana e que distúrbios do sono, principalmente a insônia pode afetar este equilíbrio. Foi sugerido neste estudo, que tratamentos não medicamentosos devem ser priorizados nos casos de insônia, e que a Acupuntura Auricular pode ter grande potencial na re-harmonização do ciclo vigília sono. Ainda de acordo com Montakab (1999), foi realizado um estudo sobre o efeito da Aurículoacupuntura na dificuldade primária de iniciar o sono, comparando o efeito da mesma em pontos verdadeiros da Auriculoterapia com pontos não mapeados na região auricular e concluiu, através da polissonografia, que a Acupuntura Auricular é eficiente em casos de insônia primária somente quando 31 aplicados em pontos reais descritos pelo método, sendo descartada a eficiência da mesma em pontos placebo. Aguilera et al (2005) realizaram um estudo para avaliar a eficácia da Auriculoterapia na insônia comparada a Acupuntura Sistêmica e ao uso do hipnótico Nitrazepan. Os pacientes que foram tratados com Auriculoterapia utilizaram sementes de Cardosanto durante quatro semanas nos seguintes pontos: sangria no ápice, Shenmen, Coração e Fígado em síndromes por excesso e, Shenmen, Occipital, Rim, Coração e Baço em síndromes por deficiência. Verificou-se que a Auriculoterapia foi a mais eficaz no tratamento de insônia primária que Acupuntura Sistêmica e uso de hipnótico. Garcia (1999) sugere o tratamento da insônia através dos pontos Shen Men, Rim, Coração, Subcórtex, Occiptal, Neurastenia – área e ponto – e fazer sangria no ápice, com excelentes resultados já nas duas primeiras sessões. Esses pontos combinados agiriam da seguinte forma: • Sangria no ápice da orelha + Shen Men + Occiptal: tem função sedativa e sonifera; • Coração + Rim: o Coração armazena a mente e comanda a atividade espiritual no homem. O Rim tonifica o cérebro e acalma a mente. Os dois juntos mantêm o equilíbrio Yin e Yang no organismo, além de serem interdependentes; • Neurastenia, área e ponto: tanto a área quanto o ponto são importantes para regular o sono, tanto na dificuldade para iniciar ou para mantê-lo; • Subcórtex: a função anormal do córtex cerebral, tanto excitação quanto sedação, gera problemas no sono. Através da estimulação deste ponto visa- 32 se o reequilíbrio das funções. Como a insônia sempre ocorre em decorrência de algumas síndromes, deve-se acrescentar o ponto do órgão choque. Por exemplo: • Fígado – pode ser por estagnação do Qi do Fígado, visando à drenagem deste, regulação do Qi e dispersão do fogo. • Vesícula Biliar e Coração – devido à deficiência de ambos, visando acalmar o espírito. • Coração e Baço-Pâncreas – devido à deficiência de ambos, visando tonificálos, nutrir Xue e acalmar o espírito. • Estômago – caso esteja em desarmonia, visando nutrir o Qi e harmonizar o estômago . Para Nogier e Boucinhas (2006), a observação da região do sono, localizada na hélice, em direção ao lóbulo, pode trazer grandes informações. Qualquer alteração nesta região induz ao sono e qualquer distúrbio deste ponto provoca o despertar durante a noite, sendo que na criança provoca enurese noturna. Tem por indicação terapêutica os distúrbios do sono, como insônia, enurese noturna e sonolência diurna. Estimulando apenas este ponto, em casos agudos, atinge-se o objetivo de regularizar o sono em curto prazo. 33 DISCUSSÃO De acordo com Wannmacher (2007) muitos idosos queixam-se da quantidade e qualidade do sono, embora aceitem que o sono não será mais como na juventude, querem sentir-se descansados ao despertar. A insônia primária deve ser tratada principalmente sem medicamentos, devido à ausência de efeitos adversos, além da redução de custos individuais e comunitários e ainda problemas mentais e físicos. Isso porque os idosos são muito sensíveis ao uso de hipnóticos. Esse tipo de medicamento aumenta o risco de quedas, causa sonolência diurna, incoordenação motora, confusão mental, prejuízo cognitivo e até mesmo delírios (WANNMACHER, 2007). Segundo Monti(2000) a insônia primaria é um transtorno multidimensional e seu tratamento requer medidas não farmacológicas e farmacológicas. A higiene do sono e a terapia cognitiva e de conduta são estratégias não farmacológicas. No tratamento não medicamentoso, são dadas dicas a serem incorporadas na rotina dos idosos e indivíduos em geral que sofrem de insônia. Essas dicas podem diminuir os estímulos causadores da insônia. São elas: dormir sempre no mesmo horário; evitar cochilos diurnos;deitar-se apenas quando sentir sono realmente; não ingerir álcool e cafeína à noite; alimentar-se em pequena quantidade no período da noite; silêncio; quarto com temperatura agradável; banho quente antes de dormir e, atividade física leve durante o dia (WANNMACHER, 34 2007). Ao incorporar estas dicas no cotidiano do indivíduo e se não houver melhora significativa com crescentes queixas do sono, deve-se iniciar o tratamento medicamentoso (WANNMACHER, 2007). Entre os medicamentos utilizados estão os benzodiazepínicos e os não benzodiazepínicos. Atualmente há a preferência por medicamentos hipnóticos não benzodiazepínicos. Eles trazem os mesmos efeitos que os benzodiazepínicos, como a sedação, redução da ansiedade, amnésia, relaxamento muscular central e efeito anti-convulsivante, mas teriam o benefício de não apresentarem tolerância, dependência física, sintomas de abstinência e diminuição do desempenho motor (WANNMACHER, 2007). Os efeitos do tratamento medicamentoso são eficazes para o objetivo a ser alcançado – melhora da qualidade e quantidade do sono. Mas os efeitos adversos, principalmente os benzodiazepínicos, são muitos e trazem prejuízos reversíveis aos idosos (WANNMACHER, 2007). Para a Medicina Oriental, a insônia é causada por algum distúrbio no funcionamento dos Zang Fu e relação Yin / Yang. Para tanto, ao rearmonizá-los consegue-se o objetivo desejado que é a melhora na qualidade e quantidade do sono (GARCIA, 1999). A acupuntura auricular, técnica amplamente utilizada para o tratamento da ansiedade, estresse e insônia , mostrou ser eficaz , principalmente em relação a diminuição da ansiedade( SILVA FILHO ; PRADO, 2007). 35 Em estudo realizado por Montakab (1999), constatou-se, através de polissonografia, que há melhora significativa do sono utilizando-se a Auriculoterapia como forma de tratamento. No estudo houve um grupo com pontos verdadeiros de Auriculoterapia e outro grupo com pontos placebo. O grupo com pontos placebo não apresentou melhora desejada. Também Suen et al (2003), estudando a insônia em idosos, verificaram que a utilização de imãs em pontos específicos para insônia prolongou por 6 meses o efeito desejado: melhora na qualidade e quantidade do sono. Verificou-se que a eficiência do sono apresentou valores altos, maiores de 90% tanto com ou sem final de semana, e não apresentou variações significativas antes, durante e após a intervenção da acupuntura auricular (MARA, 2004). Segundo Aguilera et al (2005) a utilização de técnicas da medicina chinesa tradicional, constitui uma boa opção para o tratamento da insônia por sua eficácia e por resultar em um tratamento econômico e sem riscos para os pacientes. Em nenhum destes estudos houve qualquer efeito colateral adverso que trouxesse limitação ou cautela no uso, apenas é claro, deve ser realizada uma boa avaliação e cuidadosa escolha de pontos auriculares para cada perfil apresentado. Todos atingiram o objetivo desejado. É possível combinar a técnica de higiene do sono com a Auriculoterapia trazendo ainda mais benefícios ao indivíduo. O uso de medicamentos no tratamento da insônia deve ser considerado um último recurso, em casos muito graves, não responsivos aos outros métodos. 36 CONCLUSÃO A insônia tem causas parecidas tanto na visão da Medicina Ocidental quanto da Medicina Tradicional Chinesa. Em ambas há citações em relação ao estresse do dia-a-dia, preocupações, excesso de trabalho, má alimentação, entre outras. A Medicina Tradicional Chinesa, mais especificamente a Acupuntura, tem uma visão mais focada na desarmonia do corpo e mente. Portanto, no tratamento oriental tenta-se resgatar este equilíbrio. Na revisão bibliográfica realizada, verificou-se o quanto as pesquisas são recentes. Há registros antigos da Auriculoterapia como tratamento, mas apenas consolidou-se como tratamento exclusivo nas últimas décadas. Poucos são os estudos científicos atuais em relação a ela. Mas em todos os estudos constataramse resultados positivos, atingindo os objetivos propostos em cada um deles. Ainda há muito que se pesquisar sobre os diversos efeitos e eficácia da Auriculoterapia, trilhando o caminho já iniciado por muitos pesquisadores, principalmente focando disfunções tão atuais quanto à insônia. 37 Referências Bibliográficas ANCOLI, I. S. 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