Agosto 2013 Ed. Trimestral
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Agosto 2013 Ed. Trimestral
Indochina Oriente Médio Butão China Filipinas Hong Kong Índia Indonésia Japão Malásia Maldivas Myanmar Singapura Tailândia Nº56 Agosto 2013 Ed. Trimestral sumário 04 THE TRAVELLER BY TERESA PEREZ TOURS | Nº 56 | AGOSTO 2013 | ED. TRIMESTRAL 06 08 10 arte cinema + acrobacia literatura arquitetura JAPÃO Traços que revelam personalidade CHINA Arte sem amarras + Movimentos capazes de hipnotizar JAPÃO O fantástico mundo de Murakami Hong Kong Kuala Lumpur Singapura Tigres que tocam o céu editorial 12 14 16 20 INDOCHINA A tradição nas duas rodas design comportamento gastronomia INDONÉSIA Delicadeza feita à mão BUTÃO Felicidade interna bruta TAILÂNDIA Miríade de sabores 22 tradição espiritualidade 24 bem-estar 26 28 natureza modernidade MYANMAR Em busca do plano superior ÍNDIA O caminho para a paz interior MALDIVAS Um mundo debaixo d’água ORIENTE MÉDIO O renascimento da Arábia Onde mais encontramos gentileza igual à dos tailandeses? Determinação como a dos japoneses? Espiritualidade tão profunda quanto a dos butaneses? Na Ásia, existem povos que só se locomovem de bicicleta, como se nostalgicamente vivessem numa época passada. Outros que se orgulham de trazer no sangue o talento para as acrobacias. E há aqueles que têm a meditação como prática corriqueira do dia a dia, tal qual a nossa caminhada no parque para manter a saúde. Nas páginas a seguir, apresentamos alguns dos motivos que nos fazem olhar para o Oriente de uma forma tão especial. Boa Leitura! 30 Teresa Perez e Tomas Perez praias Malásia Filipinas Cenário de ficção Mesmo tendo o mundo ficado menor, com trocas culturais entre os povos cada vez mais intensas, a Ásia nunca deixou de ser vista como uma região fascinante, distinta de todo o resto, exótica. E com razão. equipe teresa perez indica 32 entrevista 33 expediente Conselho Editorial Teresa Perez, Tomas Perez, Erik Sadao e Luciana Dutra. Samantha Desmaison, Sérgio Tamada e Equipe de Marketing. Kika Depianti, Rosele Penz e Equipe de Produtos. Projeto Gráfico e Editorial Atelier Carta Comunicação e Projetos Especiais: Ana Claudia Furucho (coordenação) e Tatiana Misumi (direção de arte). Conteúdo Editorial Ricardo Westin (texto). Impressão Gráfica Printcrom. Copyright © 2013 | Teresa Perez Tours Reservados todos os direitos dessa obra. Todo conteúdo e direitos dessa obra pertencem e/ou foram devidamente licenciados à Teresa Perez Viagens e Turismo Ltda. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por qualquer meio ou forma, seja eletrônica ou mecânica, seja fotocópia, gravação ou qualquer meio de reprodução, sem permissão expressa da Teresa Perez Tours. arte japão No Japão, a caligrafia é uma forma de arte. Molhado em tinta, o pincel desliza ora com vigor, ora com suavidade sobre o papel. Alguns traços são grossos; outros, delicados. Assim vão surgindo os kanjis – belos e complexos ideogramas, repletos de significado. As crianças aprendem na escola que devem manter a postura ereta, estar concentradas e mover o pincel com segurança – os traços revelam a personalidade de quem escreve. Os kanjis são originalmente chineses. Por muito tempo, o japonês foi uma língua apenas falada. A escrita só chegaria à ilha por volta do século 7, nos livros religiosos levados da China por monges budistas. Aos poucos, os japoneses adaptaram os ideogramas à sua própria língua. No final do século 19, na tentativa de ocidentalizar o Japão, pensou-se em trocar a escrita tradicional pelo alfabeto romano. A ideia, felizmente, não prosperou. Teresa Perez indica: viagem em grupo especial Japão Saída em 13 outubro 2013 – 15 dias (Tóquio, Kanazawa, Yamashiro & Kyoto) No Japão, o grupo da Teresa Perez explora o passado e o presente. Em 15 dias, o visitante conhece tanto Kyoto e Nara, antigas capitais do país, quanto Tóquio, a atual capital, entre outas cidades. Pelo caminho, contempla os jardins do palácio imperial, passa pelo Monte Fuji, percorre um bairro feudal de gueixas, admira santuários xintoístas e zen-budistas e participa da simbólica cerimônia do chá. 4 5 cinema + acrobacia A Revolução Comunista, em 1949, foi um duro golpe para o cinema chinês. Os filmes, que experimentavam uma grande efervescência, passaram a servir de instrumentos de propaganda do regime. A situação piorou quando Mao Tsé-Tung impôs a Revolução Cultural, entre 1966 e 1976, deixando a ideologia comunista ainda mais radical. O cinema foi praticamente exterminado. Com a morte de Mao, o país optou por um rumo político e econômico menos intransigente. A Academia de Cinema de Beijing foi reaberta, e dela saiu o cineasta Zhang Yimou. Foi graças a ele, com Lanternas Vermelhas, que o cinema chinês conquistou o mundo. Entre suas obras mais recentes, estão Herói e O Clã das Adagas Voadoras, fonte de inspiração para diretores ocidentais, como Tarantino. Yimou comprova que a arte só consegue tocar a alma quando é criada livremente, sem controles ou censuras. A Maldição da Flor Dourada dirigido por Zhang Yimou 6 Foto: ©Sony Pictures/Courtesy Everett Collection/Latinstock Não há no mundo povo capaz de superar os chineses na hipnotizante arte da acrobacia. Andar na corda bamba, executar coreografias enquanto se escala um poste, sustentar diversas varas de bambu e manter um prato rodopiando no topo de cada uma, erguer uma pirâmide humana sobre a bicicleta em movimento... Na China, a acrobacia é uma tradição que se passa de pai para filho há mais de 2 mil anos. Na época do inverno, quando não podiam plantar, os camponeses aproveitavam o tempo livre para exercitar o equilíbrio, a concentração e a agilidade usando os objetos que tinham à mão, como vasos, cadeiras e vassouras. Depois, passaram a se organizar em festivais anuais, para celebrar a boa colheita. O mundo tomou conhecimento desse talento no século 19, graças aos circos europeus que, após excursionar pelo Oriente, voltaram para casa com acrobatas recrutados na China. Os chineses se orgulham do legado milenar. As escolas de acrobacia estão espalhadas pelo país e atraem alunos do mundo inteiro. Foto: ©imago/Xinhua/Imago Stock People/Latinstock Movimentos capazes de hipnotizar CHINA Teresa Perez indica: hotel na China Four Seasons Hotel Beijing (Beijing) Localizado numa área de restaurantes e lojas, o Four Seasons Hotel Beijing é um dos hotéis mais modernos e confortáveis de Beijing. Destaque para seus dois restaurantes: o Mio, italiano, e o Cai Yi Xuan, especializado na culinária chinesa. 7 literatura Foto: ©Latinstock/Jared Leeds/Corbis japão O japonês mais conhecido no mundo é um escritor. Haruki Murakami concebe histórias que já foram traduzidas para 40 idiomas e são vendidas aos milhões, como Norwegian Wood, Minha Querida Sputnik e 1Q84. Num estilo claro e envolvente, ele mistura cenas fantasiosas, a solidão no mundo pós-moderno, referências à cultura pop ocidental e humor sutil. Embora ambientadas no Japão, as histórias não são propriamente japonesas. Ultrapassam as fronteiras culturais. Por isso, arrebatam leitores pelo mundo afora. Murakami nasceu em Kyoto, a isolada capital do Japão imperial, e foi criado em Kobe, a vibrante cidade portuária que recebe navios de todas as bandeiras. O talento com a palavra foi descoberto aos 29 anos. Ele estava na arquibancada de um estádio de Tóquio, assistindo a um jogo de beisebol, quando foi tomado por uma ânsia incontrolável de escrever – um episódio tão fantástico que parece saído de um de seus livros. Teresa Perez indica: hotéis no Japão Gora Kadam (Hakone) Mais do que um hotel, o Gora Kadan é um magnífico exemplar de ryokan, a secular hospedaria japonesa, com biombos, ofurôs e móveis de bambu. A arquitetura típica e o clima histórico são acompanhados do design e do conforto dos dias de hoje. 8 Park Hyatt Tokyo (Tóquio) O Park Hyatt Tokyo fica no Shinjuku, o bairro mais badalado da cidade. Os quartos ocupam os 14 últimos andares de um arranha-céu, com vista para o Monte Fuji, o que lhes confere uma tranquilidade única em meio à metrópole. 9 arquitetura Hong Kong Kuala Lumpur Singapura 1 2 Desde o fim do século passado, movida pelo setor industrial de exportação, parte do sudeste da Ásia experimenta um período de pujança econômica sem precedentes. Daí vem a expressão Tigres Asiáticos. Nada ilustra melhor esses bons ventos do que a silhueta de suas metrópoles, desenhada por imponentes arranha-céus revestidos de vidro e ousadas construções que brincam com as formas geométricas. Na cidade-estado de Singapura e na ilha de Hong Kong, quando cai a noite, os edifícios à beira d’água se iluminam com tal cintilância que parecem refletir as estrelas do céu. Em Kuala Lumpur, a capital da Malásia, as colossais torres gêmeas Petronas reinam absolutas no horizonte. A arquitetura contemporânea dá aos Tigres Asiáticos uma cara globalizada e cosmopolita, porém sem tirar-lhes a saborosa e exótica atmosfera do Oriente. 3 Teresa Perez indica: hotéis e cruzeiro em Hong Kong e Singapura 10 Oriental, Hong Kong 1 Mandarin (Hong Kong) Oriental, Singapore 2 Mandarin (Singapura) 3 SeaDream (Cruzeiro - Ásia) O Mandarin Oriental, Hong Kong é um dos prédios que à noite dão luz ao Porto Victoria. O hotel preza tanto pelo conforto, com suítes em vários estilos, quanto pelos sabores, com bares e restaurantes que vão desde o informal até as estrelas Michelin. O Mandarin Oriental fica em Marina Bay, a área mais sofisticada de Singapura. As suítes são em estilo contemporâneo e têm toques orientais. Os hóspedes contam com sete bares e restaurantes, todos com belas vistas para o oceano. Uma das melhores maneiras de explorar a Ásia é pelo mar. O Seadream II, com apenas 56 cabines, leva aos destinos mais impressionantes, das vibrantes e agitadas Hong Kong e Singapura às charmosas e serenas Nova Guiné e Myanmar. 11 design Teresa Perez indica: cruzeiro e hotéis na Indonésia INDONésia Delicadeza feita à mão A Indonésia tem uma verdadeira adoração pelos desenhos delicados. Nas roupas dos indonésios, a estampa mais tradicional é a conhecida como batik. São desenhos de diferentes motivos e cores que se marcam com cera quente, à mão, sobre o tecido. Existem batiks de caligrafia árabe, de pavões indianos e de cerejeiras japonesas, por exemplo. O estilo varia conforme a ocasião. Uns são para o dia a dia; outros, para as festividades. Os bebês e as noivas têm seus próprios modelos, com desenhos que trazem sorte. A produção dos batiks, criativa e artesanal, é passada de pai para filho. A beleza do design indonésio também se vê nos entalhes em madeira – de máscaras a animais tropicais, de fantoches a quadros em alto relevo – E nas peças feitas de bambu e outras fibras naturais – como cestos e luminárias, todos sempre vivamente coloridos. 12 1 2 3 4 5 6 Purnama 1 Alila (Cruzeiro - Indonésia) Villas Uluwatu 2 Alila (Uluwatu, Bali) Com capacidade para dez passageiros, o veleiro percorre as belas ilhas da Indonésia, incluindo Komodo – onde vive o célebre "dragão". Pelo caminho, as melhores atividades são mergulhar e tomar sol no convés ou em alguma praia deserta. O Alila Villas Uluwatu repousa no alto de um platô à beira-mar, numa área de intensa vegetação tropical na ilha de Bali. As villas foram desenhadas com linhas minimalistas, em perfeita integração com a natureza. 3 Amandari (Ubud, Bali) 4 Amanjiwo (Java) O Amandari se localiza entre as montanhas do norte de Bali, vizinho de plantações de arroz e do leito tortuoso do Rio Ayung. As suítes têm o típico estilo dos vilarejos da ilha, com telhado de palha e jardim florido. O Amanjiwo fica no coração da ilha de Java e de lá se avista Borobudur, o maior monumento budista do mundo, erguido no século 9. As suítes são protegidas pela vegetação verdejante dos trópicos, o que garante serenidade completa. 5 Amankila (Manggis, Bali) Bali 6 Bulgari (Uluwatu, Bali) O Amankila está encravado no declive de uma colina verdejante à beira-mar. Suas três piscinas estão lado a lado, porém em diferentes níveis, como três degraus. Na praia, os hóspedes desfrutam do sol tropical de Bali. As villas do Bulgari Bali, em estilo contemporâneo, espalhamse pelo alto de uma colina, cada uma com piscina, jardim e vista para o mar. Aos pés da colina, abre-se uma praia de areia clara à qual só os hóspedes têm acesso. 13 comportamento BUTÃO No Butão, o minúsculo e fascinante reino perdido entre as montanhas do Himalaia, os sorrisos estão por toda parte. Os butaneses são reconhecidamente um povo simples, sereno, cordial. Parte disso se deve ao budismo, que prega a paz e a compaixão. Outra parte resulta, curiosamente, de ações do governo. Na década de 70, o monarca do Butão decidiu que toda política pública traçada no país precisaria ter como fim, sempre, a felicidade do povo. E criou um índice capaz de medi-la: a felicidade interna bruta (FIB). Diferente do produto interno bruto (PIB), o clássico indicador da riqueza material dos países, a FIB aponta se as pessoas estão satisfeitas com a vida, equilibram trabalho e lazer, têm tempo para a espiritualidade, dormem bem à noite e conseguem participar da vida política, por exemplo. Desde aquela época, os butaneses são entrevistados de tempos em tempos, e o governo corrige o rumo de suas ações conforme os resultados. Uma economia pujante vale pouco se não se traduz em felicidade. Teresa Perez indica: hotel no Butão Amankora (Bumthang, Gangtey, Paro, Punakha e Thimphu) O Amankora tem cinco lodges em diferentes pontos do Butão. São ao mesmo tempo rústicos e contemporâneos e se localizam em meio à serenidade das montanhas do Himalaia – lugares perfeitos para relaxar o corpo e a mente. 14 15 gastronomia tailândia Miríade DE sabores A deliciosa gastronomia da Tailândia foi construída sobre uma série de influências estrangeiras. Da Índia, por exemplo, veio o gosto pelo curry. Da China, a saudável combinação de carnes com vegetais diversos. Da América colonial, pelas mãos dos navegadores portugueses, o ardor da pimenta. Ainda assim, a culinária tailandesa é singular e original. O arroz não falta nunca, acompanhado de carne (de frango, vaca, porco ou pato), peixe, tofu ou frutos do mar. Cada prato é doce, salgado, ácido e picante – tudo isso ao mesmo tempo! A miríade de sabores, que são misturados harmonicamente de modo a instigar o paladar, é garantida por temperos como leite de coco, gengibre, coentro, menta, tamarindo e molho de peixe. Outra preocupação é com a delicadeza na apresentação dos pratos. Na Tailândia, a experiência gastronômica começa pelos olhos. gastronomia Teresa Perez indica: hotéis e trem na Tailândia tailândia Miríade DE sabores 16 Golden Triangle Elephant 1 Anantara Camp and Resort (Chiang Rai) 2 Amanpuri (Phuket) O Anantara Golden Triangle tem duas grandes atrações. A primeira são os elefantes. Os hóspedes vivem a aventura de cruzar a floresta no lombo desses dóceis animais. A segunda é a escola de culinária, com os segredos da cozinha tailandesa. O Amanpuri fica em Phuket, a maior ilha da Tailândia, numa área de coqueirais à beira-mar. A areia da praia é branca, e as águas são transparentes. O resort conta com barcos para que os hóspedes explorem o Mar de Andaman. & Oriental Express 3 Eastern (Trem - Sudeste Asiático) Seasons Resort Chiang Mai 4 Four (Chiang Mai) Com cabines confortáveis e delicadamente decoradas com trabalhos de marchetaria em cerejeira, o trem atravessa as belas e exóticas paisagens da Malásia, de Singapura e da Tailândia. Também há roteiros especiais pelo Laos. O ambiente é genuinamente tailandês. O Four Seasons Chiang Mai está à beira de um lago e cercado de plantações de arroz. O resort oferece aulas de yoga e gastronomia. À noite, há um espaço especial para jantares românticos sob o luar. Seasons Resort Koh Samui 5 Four (Koh Samui) Seasons Tented Camp 6 Four Golden Triangle (Chiang Rai) No Four Seasons Koh Samui, o sol e a brisa do Golfo da Tailândia podem ser aproveitados na praia ou na piscina – tanto na de borda infinita do resort quanto na particular de cada villa. A paisagem de coqueiros ajuda a garantir o relaxamento. O Four Seasons Tented Camp Golden Triangle fica em meio à mata. Chamadas de “tendas”, as acomodações contêm todas as comodidades, de móveis de madeira a deck externo com banheira. O ponto alto é o passeio em lombo de elefante. Bay, a Ritz-Carlton 7 Phulay Reserve (Krabi) Senses Yao Noi 8 Six (Phang Nga Bay, arredores de Phuket) O Ritz-Carlton Phulay Bay está num cenário de paz total, entre praias, florestas e cachoeiras. Cada villa e suíte tem jardim particular e vista para o mar. As crianças são bem-vindas. Elas se divertem em aulas de culinária, dança tailandesa e yoga. As villas e suítes estão em plena floresta e bem perto da praia. Cada uma tem sua própria piscina. Entre as atividades, há mergulho, passeio de iate, trilhas de bicicleta e aulas de boxe tailandês. O hotel fica a 30 minutos, em barco, de Phuket. Soneva Kiri The Siam Bangkok 9 (Koh Kood) 10 (Bangkok) O Soneva Kiri é composto de 27 villas que se localizam entre a floresta tropical e o mar transparente, numa baía isolada. De dia, pode-se nadar, navegar, remar e descansar ao sol. Sob o luar, assistir a um filme no cinema ao ar livre do hotel. O hotel está às margens do Rio Chao Praya, numa área histórica de Bangkok. O clima é de tranquilidade, já que há apenas 39 quartos e suítes. O melhor da cozinha tailandesa pode ser provado no restaurante Chon. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 tradição indochina 1 Teresa Perez indica: hotéis e cruzeiro pela Indochina 1 Amansara (Siem Reap, Cambodia) Uma das belas residências do rei Norodom Sihanouk foi transformada no Amansara. Com apenas 24 suítes, o clima é de plena tranquilidade. O resort fica bem próximo de Angkor, a cidade em ruínas célebre por seus templos. Résidence d'Angkor 2 La (Siem Reap, Cambodia) 2 No Residence d’Angkor, o relaxamento pode ser na piscina de água salgada, cercada de palmeiras, no terraço particular de cada suíte, contemplando a natureza tropical do Cambodia, ou à mesa do jantar, saboreando a gastronomia asiática e assistindo a uma apresentação de dança típica. 3 Amantaka (Luang Prabang, Laos) As 24 suítes do Amantaka estão em casarões coloniais franceses, que ajudam a contar a rica história do Laos. A grande propriedade florida fica bem perto do Rio Mekong e dos templos da mítica cidade de Luang Prabang. 3 Senses Con Dao 4 Six (Con Son Island, Vietnam) As villas do Six Senses Con Dao estão numa ilha remota e paradisíaca do Vietnam. Com design contemporâneo, cada uma tem piscina de borda infinita e vista para o mar. O lugar é perfeito para o mergulho. À noite, relaxa-se no cinema montado ao ar livre. 5 Uniworld (Cruzeiro - Rio Mekong) A tradição das duas rodas Em meados dos anos 60, no auge da Guerra do Vietnam, o senador americano William Fulbright fez uma proposta curiosa: “Por que não bombardeamos as bicicletas em vez das pontes?”. Houve quem risse. A preocupação, porém, fazia sentido. Graças às bicicletas, os inimigos comunistas estavam obtendo sucessivas vitórias no Vietnam. O velho meio de transporte conseguia transportar munição, alimentos e combatentes através de 20 florestas fechadas e por estradas precárias. Cruzava até as rudimentares pontes de madeira que se improvisavam no lugar das destruídas pelos americanos. As bicicletas predominam até hoje no Vietnam, no Laos e no Cambodia, onde convivem com as motos e os triciclos tuk-tuk e rickshaw. Sobre duas (ou três) rodas, as pessoas vendem de flores e verduras a artesanato. É uma tradição que nunca se perde. Os navios River Orchid e River Saigon avançam pelo Rio Mekong, desbravando as belas e exóticas paisagens do Cambodia e do Vietnam. Há paradas em vilas, mercados e outros lugares de interesse cultural. As 30 cabines oferecem conforto total. 4 5 21 espiritualidade MYANMAR Em busca do plano superior A espiritualidade é singularmente forte no sudeste da Ásia. Nesse canto do Oriente, as pessoas norteiam suas vidas conforme preceitos que vão do budismo ao cristianismo, do xintoísmo ao hinduísmo, do confucionismo ao islamismo. Em Myanmar, o rumo é dado pelos ensinamentos de Buda. Um princípio básico do budismo é o da causa e efeito: quem pratica ações boas será recompensado com reações boas, e quem pratica ações ruins receberá em troca reações ruins. O bom caráter garante uma espécie de atalho para o nirvana, o almejado plano superior da existência. Isso ajuda a explicar o clima de serenidade que paira sobre Myanmar. As pessoas são extraordinariamente pacíficas e acolhedoras. No horizonte, tanto nas cidades quanto em meio à natureza, o que mais se vê são emocionantes estátuas de Buda e belas torres pontiagudas de templos e mosteiros. Teresa Perez indica: cruzeiro em Myanmar Orcaella Orient-Express Nesse cruzeiro, a embarcação avança Myanmar adentro pelos rios Ayeyarwady e Chindwin. Pelo caminho, conhecem-se monges budistas, visitam-se lojas de chá, caminha-se pela selva, encontram-se elefantes e admiram-se esculturas de Buda. 22 23 bem-estar ÍNDIA O caminho para a paz Teresa Perez indica: hotéis na Índia 1 interior A ioga é um dos pilares do hinduísmo e do budismo. Seus princípios foram compilados há quase 900 anos, pelo sábio indiano Patanjali, na obra “Yoga Sutras”. Hoje, a ioga tem adeptos no mundo inteiro. Alguns buscam apenas os benefícios físicos. Outros querem também o bem-estar mental e espiritual. A palavra ioga, oriunda do sânscrito, significa união. Por meio de técnicas respiratórias que levam à meditação, serenando o pensamento, e de posições físicas inusuais que estimulam a força e o equilíbrio, a tradicional prática indiana é capaz de unir corpo, mente e espírito. Com as três dimensões transformadas numa só, o iogue pode chegar ao autoconhecimento e até à transcendência. 2 in the Himalayas 1 Ananda (Himalaia) Aos pés da Cordilheira do Himalaia e rodeado de florestas, o Ananda é o lugar ideal para quem deseja cuidar do corpo, da mente e do espírito. São oferecidos de cuidados de beleza a tratamentos ayurvérdicos, passando por aulas de meditação. Palace 2 Rambagh (Jaipur) 3 O Rambagh Palace é uma das joias de Jaipur. Construído dois séculos atrás, foi residência de reis e marajás. Hoje, com decoração refinada e jardins bem cuidados, conserva a aura do passado. Os hóspedes podem jogar polo e passear em lombo de elefante. Oberoi Udaivilas 3 The (Udaipur) A vista é magnífica. O Oberoi Udaivilas fica às margens do Lago Pichola, de frente para a cidade de Udaipur e seu palácio real. O próprio Oberoi é um palácio tipicamente indiano, com domos, afrescos, pátios, jardins, chafarizes e piscinas. 24 25 natureza maldivas 1 Teresa Perez indica: cruzeiro e hotéis nas Maldivas Seasons Explorer 1 Four (Cruzeiro - Maldivas) Um mundo debaixo O barco, com capacidade para 22 passageiros, leva a uma aventura marítima e cultural pelas Maldivas, passando por pontos de mergulho inexplorados, praias desertas e vilarejos isolados. Nas cabines, o conforto dos hotéis Four Seasons. d’água Os recifes são uma espécie de esqueleto de calcário produzido pelos corais, minúsculos organismos que vivem agrupados em colônias no fundo do mar. Alguns recifes crescem a tal ponto que alcançam a superfície e dão origem a ilhas. O caso mais formidável é o das Maldivas. O arquipélago é formado por centenas de ilhas de recife de coral salpicadas pelas águas transparentes do Índico ao longo de 800 quilômetros de norte a sul. Por garantir proteção e alimento aos seres marítimos, os recifes são os ecossistemas mais ricos dos oceanos. As Maldivas abrigam nada menos do que 1.100 espécies de peixes – muitas delas intensamente coloridas –, 400 de moluscos, 145 de caranguejos, 48 de camarões, 21 de baleias e golfinhos e 5 de tartarugas. Para o mergulho, não existe lugar que se compare. Seasons Kuda Huraa 2 Four (Malé Atoll, Maldivas) 2 Localizado na ilha de Kuda Huraa, cercado de águas transparentes, o hotel tem o charme de uma vila costeira. Para os aventureiros, há aulas de surfe e mergulho. Para os mais tranquilos, passeios de barco seguidos por golfinhos. Seasons Landaa Giraavaru 3 Four (Baa Atoll, Maldivas) As villas do Four Seasons Landaa Giraavaru se espalham em meio à floresta tropical do Atol de Baa e à beira das águas cristalinas do Índico. O local é um excelente ponto de observação de tubarões-baleia e arraias. 3 Senses Laamu 4 Six (Laamu Atoll, Maldivas) As villas ficam ou em terra firme ou elevadas sobre o mar. Por ser o único hotel no atol, a natureza é preservada. Os passeios de barco são sempre acompanhados por golfinhos. Esse ponto é perfeito para o surfe – há aulas para crianças e adultos. Retreat & Spa 5W (Ari Atoll, Maldivas) O W é um refúgio de tranquilidade localizado na ilha de Fesdu. Para aproveitar o dia, o hóspede pode tomar sol à beira da piscina ou na areia da praia, fazer um tratamento de spa ou dedicar-se a atividades como mergulho e windsurfe. 4 26 5 27 modernidade Na Antiguidade, a Arábia já era um ponto estratégico do planeta. A península fazia parte da rota dos mercadores que levavam seda e especiarias da Ásia para a Europa. Desde os romanos, os ocidentais adquiriam tecidos da China; das Índias, importavam canela, gengibre, cravo, açafrão. A Arábia perdeu relevo no final do século 15, quando os portugueses descobriram o caminho marítimo para o Oriente, contornando a África. A viagem por mar era mais rápida e barata. A região só recuperaria o protagonismo nos anos 30, com a descoberta de petróleo. E o dinheiro da indústria petrolífera reforçaria a importância da Arábia ainda mais, ao induzir o rápido desenvolvimento de cidades, a ampliação da infraestrutura, a construção de grandes hotéis e o fortalecimento do turismo. Hoje, o aeroporto de Dubai é a nova ponte entre o Ocidente e Oriente. ORIENTE MÉDIO Teresa Perez indica: hotéis no Oriente Médio Madinat Jumeirah dar al Masyaf (Dubai) O Dar al Masyaf, em Dubai, é composto de belas casas árabes de veraneio localizadas entre um canal e a praia. Bem perto do hotel, encontram-se uma variedade formidável de restaurantes e o souk (mercado árabe) Madinat Jumeirah. 28 Six Senses Zighy Bay (Oman) As villas e suítes do Six Senses Zighy Bay são feitas de pedra e ficam entre a praia e as montanhas, a uma hora e meia de Dubai. O restaurante fica no topo de uma delas – o mesmo lugar de onde se salta de parapente. Há aulas de culinária árabe. 29 praias malásia + filipinas Cenário de aventura Nos filmes, os sobreviventes dos naufrágios invariavelmente são arrastados para alguma ilha deserta perdida entre os trópicos. Para descrever lugares desse tipo, não há adjetivo mais apropriado do que cinematográfico. A água é transparente, e se podem enxergar os peixes. A areia é muito clara, em algum tom entre o amarelo e o branco. Logo atrás, surgem palmeiras que se inclinam suavemente ao sabor da brisa marítima. Ao longe, erguem-se montanhas cobertas pela selva densa. O sol brilha. Lugares assim existem fora do cinema. Na Malásia e nas Filipinas, contam-se às dezenas. O cenário é perfeito para mergulhar, navegar, remar, fazer trilhas, relaxar à beira d’água. Ao contrário dos protagonistas dos filmes, postos à prova por toda sorte de dificuldade, os visitantes da vida real voltam para casa com o corpo e a mente recarregados, plenos de energia. Teresa Perez indica: hotéis nas Filipinas e Malásia Amanpulo (Filipinas) O Amanpulo ocupa uma pequena ilha paradisíaca das Filipinas. Os bangalôs e villas estão à beira da praia de areias claras e águas azuis, protegidas pelas árvores ou no topo de uma colina. Uma das atrações é o mergulho no recife de coral. 30 The Datai Langkawi (Langkawi, Malásia) As villas e suítes do hotel The Datai estão protegidas no meio da floresta tropical, a pouquíssimos passos de uma praia de areias brancas e isolada, no Mar de Andaman. Trata-se de uma das regiões mais belas e tranquilas da Malásia. 31 equipe teresa perez indica entrevista "Meu lugar favorito em Singapura é o Jardim Botânico. Logo na entrada, os visitantes atravessam um imponente portão de ferro, cheio de detalhes. Ao fundo, o verde se espalha pela paisagem, nos gramados e nas árvores, e só é interrompido pelas águas claras dos lagos. A sensação é de paz intensa. O visitante pode passar duas ou três horas ali dentro, percorrendo seus caminhos, sem se dar conta de que o tempo passou." Henrique Munhoz (nosso consultor de viagens é um dos nossos maiores desbravadores de destinos pouco explorados) "Para mim, explorar as Maldivas foi um sonho realizado. É um dos destinos de praia mais incríveis que já conheci. A formação natural dos atóis e suas guirlandas de ilhas, a imensidão do mar turquesa e cristalino, as praias de areias brancas, os hotéis de altíssimo nível, a gastronomia refinada, o sol que brilha o ano todo... É difícil dizer o que mais impressiona nesse paraíso do Oceano Índico." Ivete Nakano (nossa diretora de atendimento, a mais nova mamãe da família Teresa Perez, visitou as Maldivas antes da chegada de seu primeiro filho) "Na China, o programa mais marcante é a caminhada pela imensidão da Grande Muralha. A experiência foi tão emocionante que ao final do dia percebi que minhas maçãs do rosto doíam de tanto sorrir! A autêntica China está em Guilin, milenar cidade de camponeses cercada de montanhas e cortada pelo Rio Li. Uma das imagens inesquecíveis foi a das camponesas à beira do rio com seus típicos chapéus cônicos." Juliana Ito (nossa consultora de viagens pisou em solo asiático pela primeira vez no último ano – e já pensa em voltar!) Patrícia Kogut é uma das jornalistas mais lidas do Brasil. Ela diariamente assina no jornal O Globo, do Rio, uma coluna com as novidades do mundo da televisão. Fora do mundo das notícias, seu grande prazer é viajar. Recentemente, ela desbravou o Japão e a Tailândia. Gostou tanto do Oriente que pôs a China, o Butão e o Nepal em sua lista de desejos. Qual foi sua viagem mais inesquecível? Foram duas. Uma para o Japão e a outra para a Tailândia. Já viajei muito, para os lugares mais diferentes e de todas as maneiras. Fiz viagem de mochila nas costas e viagem com mais recursos. patrícia kogut jornalista Mas nunca havia visto nada como o Japão. Foi a descoberta de um outro mundo. A qualidade do serviço impressiona. O requinte não está no excesso. Está no máximo da gentileza das pessoas e no máximo do conforto. No Japão, um restaurante com três estrelas Michelin é uma salinha com um velhinho e uma velhinha – um cozinha e o outro serve. Eles não têm pressa. Têm esmero. Fiquei impregnada do Japão. Voltei para o Brasil e fiquei sonhando com a viagem por um bom tempo. E a Tailândia? As paisagens são deslumbrantes, a comida é diferente, os templos são maravilhosos. Para a Tailândia, fui com o marido e as duas filhas, de 21 e 19 anos. Quando estamos em casa, todos nós temos uma vida muita corrida. Na viagem, ao contrário, a convivência é intensa, fazemos as refeições juntos, conversamos mais. A viagem para a Tailândia nos deixou ainda mais unidos. As viagens mudam a sua forma de ver o mundo? "Uma das coisas mais incríveis que já vi na vida foi o Festival das Pipas, em Jaipur, na Índia. Milhares e milhares de pipas no céu azul. Crianças e adultos, todos empinando suas pipas coloridas em cima dos telhados, nas ruas, correndo para pegar as pipas “derrotadas”. Lindo demais! A Índia é colorida como nossa vida deveria ser. O país tem muitas características e, dentre elas, a mais forte é ser inesquecível." Meu trabalho é muito acelerado. Quando vou para um lugar distante, sou obrigada a me desligar do dia a dia e reduzir a velocidade. Encontrar uma realidade diferente da minha me faz pensar, me faz refletir, me faz sonhar. Como sei que não vou ficar lá para sempre, vivo mais intensamente cada minuto. Viajar é sempre especial. Virgínia Gutierre (nossa consultora de viagens fez um verdadeiro safári pela Índia, onde pôde observar de perto os tigres do país) >> Leia mais sobre viagens em nosso blog: teresaperez.com.br/blog 32 33 Crédito do artista: Tom Roderick 11 3799 4000 61 3217 2300 São Paulo Brasília [email protected] teresaperez.com.br teresaperez.com.br/blog Saiba mais
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