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Igreja Evangélica Luterana do Brasil Oração da Semana Ascensão de Jesus e 7º Domingo de Páscoa 17 de maio de 2015 Edição 14.2015 Nº 36 - Gestão 2014-2018 Contatos para pedidos de orações, sugestões, colaborações: [email protected] Fones: (51) 3332-2111 ou 3014-2111 ou 9644-0761 ORANDO PELOS IRMÃOS Deus prometeu atender as nossas orações. Usemos este grande maravilhoso privilégio de falarmos com nosso Deus. 1. Cirurgia: Pastor Alex Ziemann escreve: “Peço para incluir na lista de intercessões nossa filha Ândria Ziemann que vem desde 2011 em tratamento de Escoliose. Entretanto, terá que passar por uma cirurgia para correção da coluna que hoje está com 60º de curvatura. A cirurgia está marcada para o dia 21 de maio de 2015 no Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo, RS”. Rogamos a Deus para que Ele estenda a sua mão abençoadora sobre a Ândria e conceda a ela toda a proteção nesta cirurgia. 2. Falecimento: A Diretoria Nacional da IELB comunica com pesar o falecimento da Sra. Wanda Erna Marx Flor, ocorrido na manhã do dia 07/05, em Dois Irmãos, RS. Esposa do pastor e professor emérito Paulo Frederico Flor, Sra. Wanda tinha 77 anos. Deixa também enlutados 5 filhos e demais familiares e amigos. O velório aconteceu na CEL São Miguel de Dois Irmãos (Av. São Miguel, 1465, Centro) e a cerimônia de despedida foi no mesmo local, na sexta-feira, 08/05, às 16h. O sepultamento foi no Cemitério Luterano em Dois Irmãos. Que Deus, em sua infinita graça e misericórdia, conforte os corações da família e amigos enlutados, na esperança de um feliz reencontro na vida eterna. “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”. (Ap 14.13). 3. Hospitalizados Incluamos em nossas orações o Pastor Ermildo Teichmann e sua esposa Hilda. Ambos estão hospitalizados em Barretos, SP, para tratamento médico. 4. Louvor Louvemos a Deus pelo grande amor e misericórdia que Ele tem por nós ao ponto de ter entregue o seu Filho ao mundo em nosso favor. Agradeçamos a Deus por Jesus ter subido aos céus e está sentado à direita do Pai e governa o mundo, especialmente por cuidar de todos nós com a sua graça e poder. PENSAMENTOS “Deus cria a partir do nada. Portanto, enquanto um homem não for nada, Deus nada poderá fazer com ele”. Martinho Lutero AUXÍLIOS HOMILÉTICOS A Ascensão do Senhor Leituras: Sl 47; At 1.1-11; Ef 1.15-23 e Lc 24.44-53 Autor: Rudi Sjlender Sl 47: O Salmo 47 é um hino onde o povo de Deus é incentivado a celebrar o Deus verdadeiro. Isto porque foi Deus que tinha escolhido o seu povo em meio a outros povos com o objetivo de se tornar conhecido entre todos os povos. É um hino que fazia parte de um culto festivo onde se celebrava a grandiosidade de Deus. E este Deus grandioso reinava sobre todos os povos. At 1.1-11: Foram provas incontestáveis que Jesus deu de sua ressurreição. Não foi apenas uma aparição e nada mais. Durante quarenta dias Jesus, por assim dizer, fez uma revisão com os discípulos daquilo que ele lhes tinha ensinado durante três anos. Igualmente, deu ordens aos discípulos no sentido de que aguardassem o Espírito Santo, a ser enviado por Deus, para que este lhes firmasse na fé. Neste sentido Jesus está vivo, e não alguém que se foi para nunca mais voltar. Jesus está vivo e ativo na igreja (nos que creem). A pergunta que os discípulos fazem a Jesus: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino de Israel” mostra que os discípulos ainda não tinham entendido a missão de Jesus. Eles ainda pensavam num reino terreno. Não estavam prontos para levar a “água da vida” aos quatro cantos do mundo. O Espírito Santo, que deveriam aguardar, iria prepará-los para a que deveriam desempenhar doravante. Ef. 1.15-23: Creio que sempre é muito bom receber uma carta onde não estão presentes “puxões de orelha” O apóstolo Paulo, em suas cartas normalmente trata de questões pontuais que precisam ser redirecionadas ou, corrigidas. Na carta aos efésios não é isto que acontece. Paulo está alegre, pois, ouviu os relatos que diziam respeito à fé dos efésios. Fé que demonstrava quem era o “cabeça” da igreja. E, por ter este “cabeça”, que está acima de tudo e de todos, assentado à direita do pai, os fiéis são capacitados a produzir os frutos que se espera de verdadeiros filhos de Deus. O Apóstolo faz votos que Deus conceda aos destinatários - efésios - cada vez mais sabedoria espiritual para compreenderem melhor a grandeza do poder e amor de Deus e, assim, possam crescer na fé e frutos da fé. Lc 24.44-53: A partida de Jesus está próxima. E, acima de tudo era muito necessário firmar os discípulos na fé para que pudessem testemunhar a salvação a todas as nações. Deixá-los entregues a eles mesmos iria certamente resultar em fracasso. Por isso Jesus lhes relembra mais uma vez o que estava escrito a respeito dele na “Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. Era preciso abrir o entendimento dos discípulos para que pudessem compreender o que estava acontecendo e qual seria a tarefa deles. Ou seja: Eles deveriam pregar arrependimento para o perdão dos pecados, começando por Jerusalém e até os confins do mundo. Os discípulos, por si mesmos incapacitados para realizar esta tarefa, receberiam, da parte do Pai, o Espírito Santo que os capacitaria no realizar desta tarefa. Comentários Homiléticos: A grande tarefa da Igreja, delegada por Jesus, é levar a mensagem da salvação para todas as nações. No entanto, esta tarefa só será realizada com a presença e ação de Deus. Deus é “fonte da água viva” nela precisamos ser abastecidos. Isto acontece quando a Palavra de Deus e os Sacramentos estão presentes em nossa vida pois, é o Espírito Santo que age através destes “meios da graça” e nos coloca em condições de sermos os canais (canos) condutores da água da vida. A Ascensão do Senhor Leituras: Sl 47; At 1.1-11; Ef 1.15-23 e Lc 24.44-53 Texto: Lc 24.44-53 Tema: Não estamos sozinhos! Autor: Rudi Sjlender I. Introdução: Queridos irmãos e irmãs na fé! Provavelmente todos nós já participamos de despedidas. E algumas destas despedidas foram doloridas. Do tipo que produz um nó na garganta de gente. Despedidas onde, entre outros pensamentos, surgiu também este: Será que vamos nos rever? Como vai ser o nosso dia a dia, de agora em diante? Existem também as despedidas mais light. Despedidas que são um “até breve”, se Deus quiser. No entanto, até certo ponto todas as despedidas, pelo menos para mim, não são lá muito agradáveis e consoladoras. Enfim, não gosto muito de despedidas. II. A Ascensão de Jesus: Creio que, infelizmente, a cristandade em geral está perdendo cada vez mais a importância da despedida de Jesus - Ascensão. Lembro-me do tempo de menino onde esta data fazia parte do calendário festivo de nossa Congregação. Se fizermos perguntas hoje em nossas Congregações sobre esta data, poucos são os que responderão alguma coisa. Porém é preciso que olhemos para a Ascensão de Jesus como um acontecimento de estrema importância, pois, Jesus voltando para o céu, promete o envio do Consolador. Ele pede que seus discípulos fiquem reunidos em Jerusalém à espera deste Consolador. E esta espera termina no dia que nós conhecemos como Pentecostes, dez dias depois da Ascensão - quando, espetacularmente, se cumpre a promessa de Jesus aos seus discípulos. Jesus não se despediu, simplesmente, de seus discípulos, deixando-os sós, entregues as suas próprias fraquezas. Jesus sabia que se o destino da igreja dependesse dos discípulos o mesmo seria um completo fracasso. Mas, com a presença do Espírito Santo, nada e ninguém poderia impedir que a “água da vida” chegasse às nações. Nesse sentido podemos e devemos lembrar a Ascensão como uma despedida muito importante. Pois aquele que se despede o faz na intenção de preparar, mais do que nunca, os seus discípulos para o bom desempenho da sua igreja. No Salmo 47, indicado para ser lido neste dia, é destacada a ação de Deus que leva o povo a viver de maneira tal que seja um testemunho vivo, entre os povos, do poderoso Deus. Em Atos 1.1-11, entre outros destaques está a recomendação de que os discípulos deveriam, reunidos em Jerusalém, aguardar a “promessa do Pai” - Espírito Santo, para que dele recebessem o poder com o fim de serem testemunhas de Jesus, tanto em “Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo”. Portanto, podemos dizer que a despedida de Jesus foi cheia de significados, repleta de importâncias. Não foi uma despedida do tipo “de agora em diante se virem”. E sim: “Eu vou estar e continuar com vocês para o que der e vier. Eu vou estar com vocês aconteça o que acontecer. Eu vou estar com vocês, abençoando o vosso testemunho”! Igualmente na carta aos Efésios 1.15-23, vemos qual é o resultado da ação do Espírito Santo enviado por Jesus. Os efésios, por ação do Espírito Santo, demostram sua fé através de seu viver e de suas ações. Desta maneira eles se tornam motivo de alegria para o Apóstolo Paulo que está em prisão. E, além da alegria que Paulo sente, ele ainda promete pedir a Deus para que o Espírito Santo abra cada vez mais o entendimento dos efésios e eles, assim, cresçam cada vez mais na fé o nos frutos da fé. III. Aplicação: Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Jesus não deixou sozinhos os seus discípulos de então. Jesus também não deixou e deixa sozinhos os seus discípulos de hoje. Ele, igualmente, envia o mesmo Espírito Santo aos seus discípulos de hoje capacitando-os a levar a “água da vida” para aqueles que não sabem de sua existência. E são muitos que ainda não tomaram conhecimento da existência desta água. Outros tantos bebem de águas procedentes de “fontes contaminadas” com todo tipo de “venenos espirituais” que acabarão por levar estes à morte e condenação eternas. Não, Jesus não nos deixou sozinhos e abandonados à nossa própria sorte, esperando que nós nos viremos, baseados em nossas próprias virtudes e capacidades. Ele sabe o quanto somos falhos e fracos. Ele sabe de nossa pecaminosidade. Ele sabe o quanto precisamos do Espírito Santo a fim de que sejamos consolados, confortados e orientados com o perdão dos pecados - todos somos pecadores - e, assim possamos ser suas “testemunhas até os confins da terra”. Somos discípulos de Jesus? Então podemos contar com a assistência do Espírito Santo na tarefa de sermos as testemunhas de Jesus. O Espírito Santo produz verdadeiros milagres nesse sentido. É só olharmos para o resultado da ação do Espírito Santo no Dia do Pentecostes. Os discípulos, bando de homens cheios de defeitos e dúvidas, passam a testemunhar vigorosa e destemidamente a respeito da “água da vida! O que, por exemplo, dizer do testemunho de Pedro. Ele, que poucos dias antes negara Jesus de maneira tão vergonhosa? Só pela ação do Espírito Santo, enviado por Jesus, eles puderam testemunhar, nesta ocasião e até o fim de suas vidas, neste mundo. IV. Conclusão: Amados em Cristo Jesus! Tenhamos sempre a certeza de que Deus não deixa os seus filhos abandonados. A despedida de Jesus não foi um “para nunca mais”. Foi uma despedida para enviar o Espírito Santo aos discípulos. O Espirito Santo veio e agiu com e nos discípulos da então. Este mesmo Espírito Santo agiu através dos séculos, chamando, congregando e santificando a toda a cristandade na terra. Inclusive a nós. Levemos a “água da vida” até os confins da terra, pregando arrependimento dos pecados e o perdão em Cristo Jesus. Amém. Ascensão do Senhor – 17/05/2012 (opção 2) Leituras bíblicas: Sl 47; At 1.1-11; Ef 1.15-23; Lc 24. 44-53 Autor: Ricardo Bruno Voss Salmo 47: Este é um salmo de louvor, em que o salmista exalta a grandeza do Senhor Altíssimo; exalta também o amor do Deus Criador para com sua criatura. Esse amor é estendido primeiro a Israel e, por meio deste, a todas as nações, portanto também a nós. Louvemos e exaltemos o Deus e Senhor nosso. Atos 1.1-11: Neste texto, Lucas se apresenta como autor dos dois livros (Evangelho Segundo Lucas e Atos de Deus Espírito Santo por meio dos Apóstolos). Testemunha então da ressurreição de Jesus, após o seu padecimento, bem como suas aparições aos apóstolos que escolhera. Lembra a promessa do Espírito Santo, que eles deveriam aguardar para receber. Diante da ansiedade dos apóstolos, Lucas relata que Jesus redireciona seus pensamentos, apontando-lhes a direção para a qual devem olhar, seguir e ao mesmo tempo esperar: em Deus o Pai. O poder que receberiam do alto, não teria a ver com as coisas aqui da Terra; é poder espiritual, dado por Deus para ser usado por aqueles que são de Deus, que são espirituais ou que se deixam governar pelo Espírito de Deus. E no momento da subida de Cristo aos Céus, Lucas volta ao assunto do Salmo de hoje: O Senhor é glorioso. Ele “virá do modo como o vistes subir” (v. 11). De volta para a vida no dia a dia, o louvor com Júbilo era parte de suas vidas e fé (Lc 24.53). Efésios 1.15-23: O louvor e a alegria irrompem nos lábios e no coração de Paulo. Qual a causa? O crescimento numérico da Igreja? Não. O crescimento financeiro diante das boas ofertas dos cristãos de Éfeso? Não. Paulo está feliz pela fé recebida e vivida pelos cristãos de Éfeso. A promessa de Deus se cumpriu. O Espírito Santo foi dado. A alegria e o louvor não podem cessar até que Jesus volte. Lucas 24.44-53: Na Ascensão de Jesus Cristo, temos a certeza de nossa própria ressurreição. A revelação plena de Jesus aos seus é compreendida somente no poder e na ação do Espírito Santo. O perdão fora conquistado para todo pecador. Agora, chegou a hora de mostrar isto ao mundo. “Vós sois testemunhas destas coisas”. A salvação é para todos. Cristo é para todos! A Igreja Comunica a Vida que é Jesus. E ele assegura a vida verdadeira com sua ressurreição. A alegria e louvor são a expressão do reconhecimento da ação salvadora de Deus na vida dos que creem. TEXTO PARA A MENSAGEM: Ef 1.15–23 CONTEXTO: Paulo, nesta carta que é endereçada a “todos os santos e fiéis em Cristo Jesus”, expressa a graça e a misericórdia de Deus em Cristo. Outro motivo de louvor é o fato de Deus ter dado aos Efésios a oportunidade de ouvirem a Palavra; por eles a terem aceitado e agora crerem em Jesus, o Salvador. Quando a Palavra de Deus é pregada, o Espírito Santo de Deus age no coração do homem e este crê! Como é maravilhoso este mistério de Deus. A Igreja cresce, e cresce também o louvor que vem pela ação de Deus em sua Igreja. O desejo do Apóstolo e de todos os cristãos é que os “santos e fiéis” continuem vivendo na fé, no Senhor Jesus e no amor para com todos. E assim, continuem prestando culto somente a Deus, amando uns aos outros e proclamando o amor do Deus de Amor. A ressurreição e a Ascensão de Jesus, o estar Cristo à direita de Deus nos Céus (v. 20), é a garantia da ressurreição dos “santos e fiéis em Cristo Jesus”. Grande motivo para que a Igreja de Cristo hoje também irrompa em louvor. COMENTÁRIO DO TEXTO V. 15: Depois de recordar as bênçãos de Deus em Cristo para todos, Paulo agora volta sua mente aos seus destinatários. Ele agradece e ora por eles. Ele ora por eles não em público apenas, mas também em particular (v.16). Paulo ouviu falar dos frutos da pregação do Evangelho entre seus leitores. Ele agradece por sua fé no Senhor Jesus, que é o item básico que leva o cristão a perceber e ver a grandeza da obra de Cristo por ele e por todos. Essa percepção da ação de Deus em sua vida, o move em amor para com todos os santos, bem como com os de fora do círculo cristão. V. 16: Dois aspectos da vida de oração do apóstolo estão evidentes neste versículo. Primeiro, percebemos sua constância na oração, “não cesso”. Segundo, notamos o valor do agradecimento em sua oração. Ensinou, com seu exemplo, que o louvor deve ser o companheiro inseparável da intercessão. O fazer menção não significa apenas lembrar; antes, é recordar com profunda gratidão no coração. Eles não estavam apenas na memória de Paulo, mas no seu coração. V. 17: Aquele que ouve e responde as orações é descrito como o “Deus de nosso Senhor Jesus Cristo”. Com mais frequência é usado o título “o Deus e Pai de...”, mas aqui se encontra apenas “o Deus de...”, ou seja, o seu Deus. Isto é, o Deus que Cristo reconhece e nos revela, o Deus que o enviou como Salvador do mundo. Paulo expressa o desejo de que Deus conceda sabedoria plena e conhecimento pleno para a permanência “nele”, isto é, em Cristo. Precisamos do “espírito de sabedoria” de Deus a fim de que continuemos sábios para a salvação, para continuarmos reconhecendo Jesus Cristo como o nosso único Senhor e Salvador e a Deus como Pai como Criador de tudo e de todos. V. 18: Esse conhecimento de Deus é descrito a seguir como iluminação do homem. No AT, Deus deu esperança aos homens de um futuro em termos de vinda da luz, a um mundo em trevas e de abertura dos olhos (Is 9.2). Quando Cristo veio, sua presença foi descrita como o alvorecer de um novo dia, de jorrar a luz de Deus (Mt 4.16). Fora de Cristo, ou em atitude de rejeição a ele, os olhos e o coração dos homens continuam fechados, e eles próprios (os homens) estão nas trevas do pecado, na ignorância e no desespero (Ef 5.8). Só em Cristo, na luz do Espírito Santo, com seu contínuo iluminar, pode o nosso entendimento – mente e coração – observar e absorver a profundidade do amor de Deus e nele permanecer. É clara a compreensão dos “mistérios de Deus”, o chamamento de Deus naqueles que tem os “olhos do coração” assim iluminados. Esse ato afeta profundamente a vida do cristão e a transforma. O iluminar dos “olhos do vosso coração” pelo Espírito Santo nos faz saber três coisas: 1) Qual é a esperança do seu chamamento (v.18). 2) Qual é a riqueza da glória da sua herança nos santos (v. 18). 3) Qual a suprema grandeza do seu poder para os que creem (v. 19). V. 19: O poder de Deus do qual Paulo fala não é apenas uma qualidade abstrata, mas é conhecido “segundo a eficácia” desse poder, que pode ser visto e percebido. A palavra grega traduzida por “eficácia” é energéia, donde procede nossa palavra “energia”. Além disso, esse poder está relacionado com sua grande força, que é aquele atributo da natureza divina tão louvado nas doxologias do NT (1 Tm 6.16), e ao seu “vigor” que ele possui e é capaz de nos oferecer (Ef 6.10). Compreender a “suprema grandeza” do poder de Deus, porém, ultrapassa a capacidade da razão humana. Quando só a razão humana vai entender, por exemplo, o poder da ressurreição, ou a Ascensão? Precisamos do poder em ação, o poder ativo, do poder que é força, ou vigo de Deus, que operou naqueles que creem (“para com os que cremos”), para assim compreendermos, ou melhor, sermos levados a compreender a profundidade do seu amor e poder. V. 20: O poder colocado à disposição dos homens (“dos que cremos”) é o poder demonstrado e conhecido em sua verdadeira dimensão, pela ação do próprio Deus, “o qual exerceu ele em Cristo”. Em especial, em duas ações decisivas: Primeira, ressuscitando a Jesus dentre os mortos. Segundo, fazendo-o sentar a sua direita. A ascensão é pouco mencionada no NT, mas seu significado é reconhecido e enfatizado (Rm 8.24). Esse poder de Deus é posto a nossa disposição, pois a vitória de Cristo é nossa também, mediante a fé (Ef 2.6). V. 21: Agora, o pensamento sobre a ressurreição e exaltação de Cristo conduz à declaração dele sobre o Senhor de tudo. Sua posição é muito acima de todo principado e potestade, poder e domínio. Esse sempre foi o seu lugar no universo, porque ele é eternamente o Deus Filho. Para esse lugar ele foi novamente exaltado, depois de ter-se humilhado para assumir nossa humanidade (Ef 4.10), e dessa forma salvar os homens. Paulo descreve o poder absoluto de Deus, no domínio que ele tem sobre todas as coisas. Tudo neste mundo e no universo está sob o poder do Cristo Exaltado à direita do Pai. Cristo é o nome que está acima de qualquer outro nome. V. 22: Tudo o que até aqui foi dito pode ser resumido nesta frase: O Pai “pôs todas as coisas debaixo dos seus (Jesus) pés”. E como Cristo é Senhor sobre todas as coisas, ele o é, de modo especial, sobre a sua Igreja. Deus o deu como cabeça. É, pois, de Cristo, e somente dele, que a Igreja recebe luz e vida plena. V. 23: Para benefício da Igreja, Cristo é o Cabeça, e seu grande propósito para com a Igreja e a relação desta com ele é expressa no fato de considerá-la seu corpo. Essa relação é muito íntima: Cristo é da Igreja e a Igreja é de Cristo. Nada lhe falta, pois Cristo, que enche todas as coisas, a completa com tudo o que ela necessita. PROPOSTA HOMILÉTICA Embora a Festa da Ascensão esteja bem esquecida entre a cristandade, o seu valor e significado não diminuiu por isso. Vale a pena nós, hoje, em nosso tempo, resgatarmos na congregação local, através do ensino, seu valor e significado. O mundo não o fará. É a Igreja de Cristo, portanto nós, que o deve fazer. Neste dia, é importante apontar para o poder de Cristo como Senhor Exaltado, e lembrar que ele é o Senhor que governa a sua Igreja, aqui, na Terra, e o faz com amor, por meio do Santo Evangelho. Estamos, portanto, sob o seu governo terno e misericordioso. Tema: Jesus Cristo é o Senhor - Que tem todo o poder; - Que governa a sua Igreja; - Que ama e salva a sua Igreja. Ascensão – Lc Luke 24:44-53 Colaboração do Rev. Francis Dietrich Hoffmann Reflexão, analisando a figura abaixo e a ascensão do Senhor Jesus (Observem os olhares das pessoas da figura) Segue a reflexão (tradução). Título original: VISUAL FEAST (The Ascension of Christ (c. 1510-1520) by Benvenuto Tisi - public domain) Ascenção, Lucas 24.44-53 - Postado em 1° de Dezembro de 2011 por Trevor Sutton Descrição Histórica: Benvenuto Tisi, bem conhecido como Garofolo, foi essencial na difusão do estilo da Alta Renascença em sua cidade de Ferrara. Esta pintura, “A Ascenção de Cristo,” carrega elementos da Escola de Garofolo Ferrarese e o estilo rafaelesco que a escola imitou. Em particular a representação de Garofolo aqui da Ascenção de Cristo é impressionantemente semelhante à representação da Transfiguração feita por Rafael. Esta pintura vem da nave de uma capela na igreja de Santa Maria em Vado, Ferrara. Ela foi enviada a Roma quando o Ducado de Ferrara foi delegado aos domínios do papado em 1598. A peça agora reside em Roma na Galleria Nazionale d’Arte Antica (Galeria Nacional de Arte Antiga). Reflexão Devocional: Esta é uma brilhante representação da Ascenção de Cristo por uma razão: todos estão olhando em direção a um lugar diferente. Se as imagens na tela ganhassem vida e nós pudéssemos ouvir o que cada personagem nesta pintura tivesse a dizer, talvez isto poderia soar assim: “Ei! Vamos por este caminho! Há pessoas ali adiante!” “Não! Jesus disse para irmos a Jerusalém. Vamos por este caminho!” “Olhem, eu vi dois anjos! Esperem um minuto, aqueles anjos estão gritando pra nós?” E, durante todo esse tempo, Jesus está subindo ao céu enquanto está apontando para cima dizendo: “Ei gente! Prestem atenção. Eu estou indo nesta direção!” Esta pintura captura a confusão e o medo que os discípulos sentiram com a Ascenção de Cristo. Eles, desesperadamente, apontaram em todas as direções, especulando qual deveria ser o seu próximo movimento. Eles apontaram para o céu, recontando animadamente a coisa maravilhosa que tinham acabado de ver. Eles apontaram para a esquerda, desejando contar a todos o que eles tinham acabado de ver. Eles apontaram para a direita, em direção a Jerusalém esperançosos de receberem o dom do Espírito Santo. E eles apontaram para baixo, para os seus pés, desejando temerosa e ansiosamente saber para onde as suas sandálias os levariam enquanto vivessem o seu chamado como testemunhas. Aquela questão: “E agora?” não foi feita somente pelos discípulos. Há incontáveis vezes em nossa vida em que nós com nervosismo apontamos em todas as direções, temorosa e audivelmente se perguntando: “E agora?” Nós não precisamos voltar muito tempo atrás para encontrar nas manchetes um caso em que toda uma cidade foi deixada apontando temerosa e ansiosamente em todas as direções. Não faz muito tempo que um tornado rasgou a cidade de Joplin, Missouri, deixando milhares de pessoas apontando freneticamente em todas as direções. Antes disso foi um Tsunami no Japão. Antes disso foi um terremoto no Haiti. E, ainda mais próximo de casa, ansiedade e medo são trazidos pelo câncer, divórcio, raiva, dívida; estes acontecimentos deixam-nos nervosos apontando para cima, para baixo, para a esquerda e para a direita, procurando uma resposta sobre o que fazer e para onde olhar. Em Sua Ascenção, Cristo foi confirmado total e inegavelmente como o Senhor de toda a Criação. Ele governa sobre tudo. Neste momento Cristo está dando ordens à terra para que gire e Ele ordena às estrelas para que risquem o céu noturno. Ele dá ordem aos ventos para que soprem e Ele ordena pararem. Cristo ordena às flores para que abram as suas pétalas junto ao nascer do sol e Ele as ordena para que fechem quando o céu escurece. Cristo ordena ao seu coração para que bombeie sangue e Ele ordena aos seus pulmões que se encham de oxigênio. Ele comanda a minha vida e Ele comanda a sua vida. Nós temos dúvidas e medos. Nós temos cânceres e dívidas, e tornados, dissensões no local de trabalho e em casa. Mais do que isso, nós lançamos pedidos ao Senhor de todo o universo, o qual subiu ao céu e é triunfante. Cristo está no comando do vento e das ondas da sua vida. Quando a sua mente está confusa com dez milhões de dúvidas e medos e questões – pare – e saiba que o Senhor do universo está no controle. Do Seu trono de majestade, do pináculo do Reino de Deus, Cristo governa amavelmente as vidas do Seu povo! Nós podemos como Seus filhos batizados lançar as nossas ansiedades sobre Ele. Nós não precisamos apontar freneticamente em todas as direções perguntando-se para onde olhar. Nós somos povo de Deus e não precisamos fazer isso. Melhor, nós somos capazes de respirar bem fundo e calmamente apontar para o céu e, juntando-nos aos discípulos e a todo o povo de Deus, dizer: “O Senhor do Universo Governa a Minha Vida!” AUXÍLIOS HOMILÉTICOS Sétimo Domingo de Páscoa Leituras bíblicas: Sl 1; At 1.12-26; 1 Jo 5.9-15; Jo 17.11b-19 Cor: Branca 7º.Domingo de Páscoa – 17/05/2015 João 17.11b-19 - Rev. Valdir Klemann - pastor em SMBGPará Salmo 1: O primeiro Salmo inicia falando de dois grupos de pessoas, os ímpios (injustos) e os justos (piedosos). O primeiro grupo formado por aqueles que não apenas vivem impiamente, mas concorrem para que a impiedade seja ainda maior. Para este grupo o salmista dedica poucas palavras, mas para falar dos justos, bem-aventurados, felizes, ele dedica a maior parte deste salmo, uma clara demonstração e estímulo para falarmos daquilo que Deus fez, faz e fará por e com seus filhos que foram resgatados para uma vida justa e santa. Atos 1.12-26: Aqui Lucas registra a primeira reunião da Igreja Cristã Primitiva após a Ascensão de Jesus. Aqui temos um caso bem prático de “impiedade”, vida hipócrita, que culminou com a morte de Judas, por enforcamento ou por queda no abismo (ver referência em Atos dos Apóstolos no contexto do Séc. XX págs. 41ss – autor: Rev. Dr. Johannes H. Rottmann). Também aqui a Igreja escolhe o novo apóstolo para ocupar o lugar deixado por Judas. Três requisitos foram levantados para esta escolha: a) deve ter sido companheiro; b) dever ser testemunha de toda a atividade de Jesus; c) deve ser testemunha com os discípulos da ressurreição de Jesus. 1 João 5.9-15: O testemunho de Deus é maior que o testemunho dos seres humanos. O testemunho de Deus nos diz que ele dá a vida eterna a todos, por meio de Jesus, seu Filho. Quem não aceita este testemunho não tem a vida eterna, e portanto é ímpio e injusto. João 17.11b-19: Este texto servirá para a mensagem, sem desconsiderar os demais, pois todos formam uma unidade, ou pelo indicam assuntos que estão em todos os textos: Contexto: o nosso texto inicia bem antes deste versículo. Já no capítulo 15 Jesus fala da Videira e os ramos, cujos frutos só aparecem quando os ramos estão ligados Ou “conectados” à Videira; Estes que estão ligados à Videira, e que dão os frutos (Boas obras), esperados por Deus, são a Igreja, e receberão o Espírito Santo – capítulo 16, que “os guiará a toda a verdade”, que é o próprio Senhor Jesus. Nos versículos finais, 25-33, os discípulos confessam que creem em Jesus, mas Ele deixa claro que as perseguições, dificuldades e sofrimentos farão parte da vida de seus discípulos e de toda a Igreja cristã. O capítulo 17 é a grande oração de Jesus por seus discípulos e pela Igreja. 11b-12: A intercessão e suplica de Jesus, inicia com a Unidade que Ele tem com o Pai, que precisa ser a mesma entre os seus discípulos, na Igreja. No final do v.12 a referência à Judas Iscariotes –Jo 6.70,71; 13.18,27; Sl 41.9; Jo 13.18s. 13: sempre de novo Jesus retoma o assunto de sua partida. Nem sempre foi compreendido, especialmente quando falava de sua morte. Mais uma vez este assunto entra em discussão, mas desta vez, a despedida é outra, esta é a Ascensão de Jesus, quarenta dias após a sua ressurreição. Agora o pedido é que eles tenham a verdadeira alegria, que só a certeza da salvação em Cristo Jesus pode dar, e que invariavelmente está ligada a Paz, dada por Jesus aos que vivem uma vida verdadeiramente piedosa e justa, diante de Deus e dos homens. 14-15: a Palavra de Deus sempre trará desconforto ao mundo perdido, ao homem ímpio e injusto. Por isso, a pressão que devemos esperar, sempre será muito grande. Mesmo assim, Jesus não pede que seja colocada sobre nós uma “redoma de vidro”, mas Jesus pede ao Pai que livre a igreja do inimigo. 16-19: Quem crê em Jesus, vive no mundo, mas não é do mundo (HLS 147, HL 389). No entanto, faz do mundo alvo do mesmo amor que Jesus tem por aqueles que nele creem. Por isso, assim como o Pai enviou Jesus ao mundo, para redimir e salvar, assim a Igreja é enviada com a sublime missão de evangelizar. Texto base: João 17.11b-19 Tema: Não somos do mundo, somos de Cristo! (v.14) Partes: 1) Por que, somos guardados por Ele. (v.12) 2) Por que, recebemos a sua mensagem. (v.14) 3) Por que, Ele se entregou por nós. (v.19) 4) Por isso, somos enviados ao mundo. (v.18) Sugestão de Introdução: Façamos mentalmente o seguinte teste: Qual a coisa mais importante para você? Do que você mais gosta? O que mais lhe faz falta? Se você precisasse escolher entre algo ou alguém, o que não ficaria de fora de sua escolha? É uma pergunta difícil, pois ela envolve uma grande quantidade de conceitos, que são extremamente variáveis, dependendo de muitas coisas que as vezes não podem ser medidas, pois o que é ou parece extremamente importante para uns, é totalmente desnecessário para outros. Mas é necessário chegar a pelo menos um denominador comum, e por isso, olhando para os textos de hoje, e em especial o Evangelho de João 17.11b-19, queremos propor que o denominador comum seja o que está na seguinte frase: “Não somos do mundo, somos de Cristo”! (v.14) Sétimo Domingo de Páscoa – 20/05/12 Leituras bíblicas: Sl 1; At 1.12-26; 1 Jo 5.9-15; Jo 17.11b-19 Autor: Egon Griesang Salmo 1: Tanto o salmo 1 como o salmo 2 são considerados por muitos estudiosos como uma introdução ao livro dos salmos, pois apresentam a divisão entre o justo e o injusto, abordada em vários outros salmos. Assim como a árvore que produz os seus frutos, os justos (os que estão no caminho do Senhor) também farão, ao contrário dos injustos, que são comparados com a palha, que não tem mais serventia nem valor. É necessário ressaltar que a felicidade citada no salmo não se refere à felicidade mundana (festas, bailes, alegrias passageiras), mas, sim, a um sentimento de alegria permanente que o Senhor concede. Atos 1.12-26: Este texto nos mostra o que os discípulos fizeram após a Ascensão de Jesus. Destacase o fato de que eles continuaram a se encontrar para orar junto com outras pessoas. Obedecendo a ordem de Jesus, eles permanecem em Jerusalém e, vendo em Judas o cumprimento do que está escrito no Antigo Testamento (Sl 69.25 e Sl 109.8, também citado em Mt 27.9 e Jo 17.12), depois de orar, escolhem a Matias como apóstolo, para a tarefa de “ser testemunha junto conosco da ressurreição do Senhor Jesus” (v. 21). Aqui, temos um dos pontos fundamentais do livro de Atos. 1 João 5.9-15: Este é um texto importante quando se fala a respeito da Trindade, em especial quando se destaca que Jesus é o Filho de Deus pelo testemunho do próprio Deus e, no v. 7, quando João fala das três testemunhas. Provavelmente este trecho foi escrito tendo-se em mente aqueles que ensinavam que Jesus recebeu o Espírito Santo no momento do seu Batismo, criando ali consciência da sua obra como Salvador da humanidade. Com isso, afirmavam que ele não era o Filho de Deus. A Palavra nos diz que, se crermos nisso, estamos chamando Deus de mentiroso, pois ele próprio dá o seu testemunho, a Vida Eterna, que somente é possível por meio de Jesus (v. 12). Os versículos 13 a 15 são uma reafirmação da certeza da Vida Eterna. Texto da mensagem: João 17.11b-19 V. 11: Em toda a oração sacerdotal, encontramos um forte sentido de unidade (ser um, todos, nenhum, etc.). Encontramos no início desta perícope um pedido neste sentido, de que eles permaneçam sendo um pela ação divina de Deus. Nesse pedido, também está expresso o desejo de proteção divina em favor dos discípulos. Apesar das divergências na tradução deste versículo, fica expressa a vontade de Jesus para que nenhum dos seus se perca. V. 12: Jesus relembra o seu período junto aos discípulos, destaca novamente a proteção divina e que o único que se perdeu era aquele que havia de perder-se. V. 13: Com estas palavras, Jesus quer dar a certeza aos seus discípulos de que o plano divino continua, mesmo com sua aparente derrota. Ele iria para junto do Pai e queria que os discípulos sentissem alegria por isso. V. 14: Por seguirem a Palavra de Jesus, os discípulos receberam o ódio do mundo. Essa é a única recompensa que o mundo pode oferecer. Ela é antagônica às recompensas que Deus oferece. V. 15: Se os discípulos fossem tirados do mundo, a missão divina não alcançaria o seu propósito, de testemunhar Cristo para o mundo. Então, Jesus pede que sejam sempre protegidos do mal (ou do maligno) e que permaneçam aqui. V. 16: Versículo semelhante ao versículo 14, aqui Jesus reafirma que os discípulos não são do mundo como ele próprio não é. V. 17: Mesmo não sendo do mundo, Jesus os envia ao mundo, mas com um algo a mais: a Palavra. Através da Palavra, os discípulos são santificados. Ele pede que isso aconteça. V. 18: Jesus envia os discípulos ao mundo para realizarem a missão que lhes foi concedida. V. 19: Novamente, vemos Jesus ressaltando que o seu desejo e objetivo final é a fidelidade, união e salvação. Para que isso se confirme, ele entrega a si próprio. Comentários Homiléticos: É sempre necessário destacar que a oração sacerdotal de Jesus acontece momentos antes de sua prisão e de seu sofrimento e de sua morte. No entanto, Jesus ora especialmente por seus discípulos e, no texto seguinte da perícope, em favor de toda a Igreja. Sua preocupação não está consigo, mas com os seus discípulos. Os aspectos de unidade, fidelidade, proteção, etc. são ressaltados em suas palavras, além da missão que os discípulos “herdam” do Senhor. Essa missão, que é testemunhar a ressurreição de Cristo, começa a ser executada pelos discípulos no texto de Atos. Nós estamos vivendo o período após a Páscoa. A missão de testemunhar ainda é válida e necessária. Por isso, Deus ainda não nos tirou deste mundo nem nos abandonou aqui. Seu Espírito age nos cristãos, protegendo e unindo-os em si mesmo. Esboço 1: A missão de Jesus no mundo: 1 – Salvar a toda a humanidade com seu sacrifício - por isso ele precisou nascer; - por isso ele precisou ensinar; - por isso ele precisou morrer; - por isso ele precisou ressuscitar. 2 – A missão de Jesus ainda não terminou - ele continua agindo no mundo; - ele enviou seu Espírito Santo para agir nos seus filhos; - seus discípulos continuam agindo em seu nome. 3 – A Igreja cumpre a missão de Jesus até o final - porque ela tem o Espírito; - esse Espírito chama, congrega, ilumina e santifica toda a cristandade na Terra. Conclusão: Por meio desse Espírito, temos a certeza de que Jesus é o Filho de Deus, bem como a certeza da Vida Eterna. Esboço 2: Por Jesus, estamos no mundo: 1 – Jesus pede ao Pai que seus discípulos não sejam tirados do mundo - pois eles têm uma tarefa a cumprir; - ele não os abandona neste mundo e nesta tarefa. 2 – Jesus pede que seus discípulos sejam protegidos contra o mal - o perigo da tentação que cerca o cristão é real; - a proteção que Deus estende também é real; 3 – A união com Cristo, pela fé, é a força que precisamos - Deus concede essa força; - com ela, vencemos o mundo; - assim, somos enviados ao mundo, fortalecidos pela vitória de Cristo. Conclusão: Não precisamos temer o mundo, pois Cristo já alcançou a vitória. ORAÇÃO GERAL – ASCENSÃO Senhor Jesus Cristo, exaltado acima de todos os principados, poderes e domínios, diante de cujo nome todo o joelho deve se dobrar, não apenas neste mundo, mas também na eternidade, aceita nosso louvor e adoração. Sabemos que o nosso louvor não pode te exaltar mais do que a posição que em que estás à direita de Deus Pai, contudo, cremos que tens prazer na adoração dos teus filhos. Aceita nosso humilde agradecimento por nos dares o privilégio de fazermos parte do teu corpo, a igreja. Pelas aparições que fizeste após a tua ressurreição, provando a testemunhas de que levantaste da morte, nós te somos gratos. Também te agradecemos por reunires tantos cristãos para testemunharem a tua ressurreição em nossos dias. Como cabeça da igreja assunto ao céu, conheces os muitos problemas que afligem a igreja hoje. Não pedimos que o nosso serviço seja mais fácil, mas que o teu poder nos ajude a lidarmos com os problemas sem desanimar. Ajuda-nos a sermos as tuas mãos, realizando atos de amor e de bondade. Ajuda-nos a sermos os teus pés para andarmos no mundo levando a tua mensagem de misericórdia. Ajuda-nos a sermos a tua boca, testemunhando teu amor e salvação. INCLUIR INTERCESSÕES ESPECIAIS. E quando finalmente tivermos cumprido teus propósitos em nossas vidas, leva-nos ao teu trono celestial, por tua graça salvadora, onde nos darás a graça de participarmos da tua glória para sempre. Amém. ORAÇÃO GERAL – SÉTIMO DOMINGO DA PÁSCOA Senhor Deus Pai, nós te louvamos pela tua criação do universo e por nos teres feitos teus filhos através da obra redentora de Jesus. Senhor Jesus Cristo, agradecemos-te porque és nosso Cordeiro Pascoal e por teres pago com o teu sangue o castigo pelos nossos pecados. Espírito Santo, te adoramos porque nos chamaste à fé em Jesus Cristo como nosso Salvador e por teres nos preservado nesta fé. Santíssima Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, aceita nosso louvor pela criação, redenção e santificação. Confessamos, Senhor, que muitas vezes agimos como filhos ingratos. Seguimos nosso próprio caminho, ignorando a tua santa vontade. Desperdiçamos recursos da tua criação. Falhamos em proclamar a alegria pela ressurreição e exaltação de Cristo. Não fizemos uso diligente dos meios da graça. Inadvertidamente fomos a causa de discórdia, quando deveríamos promover a harmonia. Prejudicamos a unidade da igreja em vez de buscarmos sempre a paz, a integração e o trabalho do teu Reino. Ajuda-nos, Senhor, para lembrarmos que desejas que os teus filhos proclamem a tua mensagem através do testemunho verbal e pelo modo de viver de acordo com a tua vontade. Que o mundo posso reconhecer em nós o amor de Jesus Cristo em nossas vidas. Dá-nos coragem para testemunharmos a tua verdade sem medo das consequências. Inspira os tímidos, sê fonte de esperança aos desencorajados e assegura a tua presença aos solitários. INCLUSÃO DE INTERCESSÕES ESPECIAIS Em meio às tentações e provações, mantém-nos firmes na fé, na esperança e no serviço ao teu Reino, enquanto esperamos a tua volta, Senhor Jesus. Oramos pela nossa congregação, pela igreja em geral e pela nossa pátria. Ouve-nos por amor de Jesus Cristo – Amém. ABENÇOADA SEMANA – COM A GRAÇA DO SENHOR JESUS CRISTO! Martinho Sonntag – Vice-Presidente de Educação Cristã da IELB