Teste padrão de germinação - Universidade Estadual de Maringá
Transcrição
Teste padrão de germinação - Universidade Estadual de Maringá
Teste padrão de germinação O objetivo é avaliar a percentagem de ocorrências germinativas das sementes para fins de semeadura. Mas, alguns conceitos devem ser conhecidos antes da montagem do teste padrão de germinação (BRASIL, 1992). Plântulas Normais: possuem as seguintes estruturas essenciais quando testadas em substratos artificiais: sistema radicular bem desenvolvido com raiz primária ou duas raízes seminais; hipocótilo bem desenvolvido e intacto; epicótilo sem apresentar lesão que atinja os tecidos condutores. Em dicotiledoneas, uma gema normal. Em gramíneas, um coleóptilo intacto com uma folha bem desenvolvida no interior do coleóptilo ou emergindo deste. Um ou dois cotilédones caso seja uma monocotiledonea ou dicotiledonea, respectivamente. Veja as figuras 3 e 4. Plântulas Anormais: são aquelas que não mostram capacidade suficiente para continuar seu desenvolvimento e formar plantas normais quando cultivadas em solos de boa qualidade e sob condições de boa umidade, temperatura e luminosidade. Sementes Duras: são aquelas que permanecem sem embeber água por um período mais longo que o normal. No final do teste não se encontram entumescidas. Sementes Firmes: são aquelas que não sendo duras permanecem firmes e aparentemente viáveis até no final do teste, embora tenham sido submetidas a um tratamento adequado para superar a dormência. Sementes Mortas: ao final do teste estão atacadas por microorganismos, descoloridas e apresentam odor desagradável e sem possibilidades para germinar. Sementes Dormentes: são aquelas que não germinam quando as condições são favoráveis ao processo germinativo. A metodologia para a montagem do teste deve seguir as prescrições existentes nas Regras para a Análise de Sementes (Brasil, 1992) conforme tabela 4. Para a maioria das espécies, usa-se como substrato o papel de germinação do tipo germiteste, marca Cel-065, colocando-se quatro repetições de 100 sementes sobre três folhas de papel (S.P.). O rolo de papel (R.P.) deve ser usado para sementes maiores como, por exemplo, as sementes de Dolichos lab-lab. A maioria das temperaturas que irão regular os germinadores são alternadas (exemplo, 2035 ºC), significando que durante as 8 horas de trabalho, durante o dia, deve ser usada a maior temperatura e durante as 16 horas restantes deve ser usada a menor temperatura. Algumas espécies necessitam de luz (L) para germinar enquanto que outras necessitam de nitrato de potássio a 0.2% (p/v) para superação da dormência. Pré-resfriamento (1 e 2) e ácido sulfúrico também são prescritos (56 e 57). A tabela informa também o tempo necessário (dias) para a primeira contagem e para o término do teste (contagem final). O laboratório de análise de sementes da Universidade Estadual de Maringá tem optado por realizar o teste após retirar a lema e a pálea de sementes de capim braquiária e informar o potencial de germinação. Isto melhora a reprodutibilidade, no caso de ser necessário uma repetição do teste. O prazo de validade do teste de germinação é de 8 meses, excluído o mês em que foi realizada a análise (SEAB, 1996). TABELA 4 - Prescrições para a execução do teste padrão de germinação. Espécie Substrato Temperatura SP;SA 15-35;20-35 7 28 KNO3;L Avena sativa L. RP;SA;EP 20;15 5 10 2;30;78 Avena strigosa Schreber RP;SA;EP 20 5 10 2;30;78 SP 20-35;15-35 7 21 31;57;L; Brachiaria decumbens Stapf SP 15-35;20-35 7 21 57;L;KNO3 Brachiaria humidicola (Rendle) SP 15-35;20-35 7 21 56;KNO3 Brachiaria dictioneura SP 15-35;20-35 7 21 57;KNO3 Brachiaria ruziziensis R. Germain SP 15-35;20-35 7 21 57;KNO3;L SP;EA 20-35;20-30;30 7 28 11;62;63 SP 20-35 4 10 Crotalaria juncea L. RP;EA 20-30 4 10 38 Crotalaria lanceolata E. Meyer RP;EA 20-30 4 10 38 Andropogon gayanus Kunth Brachiaria brizantha (Hochst ex A Contagem Tratamentos Rich.) Schweick. et Everard Cenchrus ciliaris L. Centrosema pubescens Benth. Crotalaria mucronata Desv. RP;EA 20-30 4 10 38 Cynodon dactylon (L.) Pers. SP;EP;EA 20-35;20-30 7 21 1;102;L; SP 20-30 4 10 38;44; H2SO4 Desmodium tortuosum EP;SP 30 5 28 38 Festuca arundinacea Schreber SP;SA 20-30;15-25 7 14 2;KNO3;L Festuca pratensis Hudson SP;SA 20-30;15-25 7 14 1; Glycine javanica L. SP 20-30;10-35 4 10 38 Hyparrhenia rufa (Ness) Stapf SP 20-30;15-35 6 15 KNO3;L SP;EA;SA 20-30;15-25;20 5 14 3;KNO3;L SP;EP 25 4 10 38 SP;EP 20-30;20 4 12 1;38 SP 25 4 10 38;H2SO4 SP;EA 20-30 7 21 1;KNO3, L SP;EP;SA 20 4 10 1;28;38 RP;RO;EA;S 20-30;30 3 14 38;39 SP;SA 15-35;20-30 10 28 1;58;KNO3;L SP;RP;EA 20-30;20-35 7 21 1;KNO3;L SP;SA 20-30 7 21 1;KNO3;L SP;SA;EA 20-30;15-25 7 10 2;102;KNO3 Poa annua L. SP;SA 20-30;15-25 7 21 1;KNO3;L Secale cereale L. RP;EA 20-15 4 7 2;31;78 Setaria anceps Stapf ex Massey SP 20-35;15-35 7 21 59;KNO3 Setaria sphacelata (Schum.) Stapf SP 20-35;15-35 7 21 59; KNO3 Stylozanthes capitata SP 20-35 4 10 38 Stylozanthes guianensis (Aublet) SP 20-35;20-30 4 10 38;56 Stylozanthes hamata (L.) Taubert SP 20-35;10-35 4 10 38;39 Stylozanthes humilis H.B.K. SP 20-30;10-35 2 5 38;39 SP;EP 20 4 10 1;21;38;53 Desmodium intortum (Miller) Urban Lolium perene L. Leucena leucocephala (Lam.) de Wit. Lótus corniculatus L. Macroptilium atropurpureum (DC.) Urban Melinis minutiflora P. Beauv. Medicago sativa L. Mucuna aterrima A Panicum maximum Jacques Paspalum guenoarum Phalaris arundinacea L. Pleum pratense L. et C. E. Hubb. Sw. Trifolium repens L. 1. Pré-resfriamento à temperatura de 5 ou 10 graus celsius durante 7 dias ou mais, caso for necessario; testar na temperatura mais baixa indicada como método alternativo, 2. Pré-resfriamento à temperatura de 5 ou 10 graus celsius durante 5 dias; no caso de Festuca arundinacea, prolongar o teste por 21 dias. Para Avena bizantina K. Koch. e Avena sativa L. concluir no sétimo dia, 31.Perfurar o tegumento da semente, cortar ou escarificar uma porção da testa na extremidade dos cotilédones, 56.Macerar as sementes em ácido súlfurico concentrado (P.A.) por 10 minutos e depois lavar em água corrente antes do teste de germinação, 57.Macerar as sementes em ácido súlfurico concentrado P.A. por 15 minutos, depois lavá-la em água corrente antes do teste de germinação, H2SO4 - Ácido sulfúrico, KNO3 - Nitrato de potássio, L - Luz. Os padrões de germinação para a aprovação de lotes de algumas espécies de interesse forrageiro estão nas tabelas 5, 6 e 7. TABELA 5 - Padrões de tolerância para a produção de sementes certificadas C1 e C2 de plantas forrageiras (SEAB, 1996) -CESM-PR Padrão de sementes certificadas - CESM PR Espécies Pureza Brachiaria brizantha (Hochst ex A Rich.) 40 Brachiaria decumbens Stapf 40 Brachiaria humidicola (Rendle) Scweick 40 Centrosema pubescens Benth 95 Glycine javanica L. 95 Desmodium intortum (Miller) Urban 95 Medicago sativa L. 95 Panicum maximum Jacques 40 Paspalum guenoarum L. 60 Secale cereale L. 95 Setaria sphacelata (Schum) Stapf et C.E. Hubb. 50 Stylozanthes guyanensis (Aublet) Sw. 95 Sementes de plantas silvestres 40/amostra Sementes de plantas cultivadas 50/amostra Germinação 60 60 60 70 35 70 60 - Tabela 6 - Padrões de tolerância para sementes de Calopogonium mucunoides Desv. conforme resolução número 051/85 - Seab-PR. Fatores de Qualidade Germinação Pureza ( 40 g) Número de Sementes de espécies cultivadas: Outras espécies Outras cultivares Número de sementes de espécies silvestres Sementes nocivas (200 g) Toleradas Proibidas Classe Fiscalizada C1 60 % 90 % 02 20 05 05 00 Tabela 7 - Padrões de tolerância para semente de Avena strigosa Schreber, conforme resolução 0156/96 - SEAB - PR. Fatores de Qualidade Germinação Pureza ( 75 g) Número de sementes de plantas cultivadas (75 g) Outras espécies Outras cultivares e espécies de Aveia Azevém Número de sementes de plantas silvestres (75 g) Nocivas Toleradas Nocivas proibidas: R. raphanistrum L. Básica 80 % 98 Fiscalizada C1 97 Fiscalizada C2 95 % zero zero zero 01 01 zero 02 03 zero 03 03 zero 04 25 16 15 10 Zero A presença de sementes de amarelinho, Tecoma stans (L.) Kunth (Franz e Passini, 1997), deve ser considerada como zero nas amostras de plantas forrageiras, apesar de não estar citada nas Normas para a Produção.