Novembro/Dezembro 2013 #38 - Sociedade Portuguesa de

Transcrição

Novembro/Dezembro 2013 #38 - Sociedade Portuguesa de
ISSN: 1646-8287
38
NÚMERO
• Eclipse
E RISCO CARDIOVASCULAR
REVISTA PORTUGUESA DE
HIPERTENSÃO
• Hiperuricemia Assintomática – Doença Benigna?
• A Aspirina em Baixa Dose na Prevenção da Doença Vascular Aterotrombótica: Evidências e Recomendações Recentes
• Qual o Valor da Ação Combinada de Longa Duração no Tratamento da HTA?
• PiC Solution Assina Protocolo com Sociedade Portuguesa de
Hipertensão
• Summer School da Sociedade Europeia de Hipertensão 2013
• Programa Preliminar do 8º Congresso Português de Hipertensão e
Risco Cardiovascular
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
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ÍNDICE
6
ARTIGO ORIGINAL
• Eclipse
• Eclipse
8
ARTIGO DE REVISÃO
• Hiperuricemia Assintomática – Doença Benigna?
• Asymptomatic Hyperuricemia - A Benign Disease?
•
12
ARTIGO DE OPINIÃO
A Aspirina em Baixa Dose na Prevenção da Doença Vascular Aterotrombótica:
Evidências e Recomendações Recentes
20
SIMPÓSIOS
• Qual o Valor da Ação Combinada de Longa Duração no Tratamento da HTA?
26
PRESS RELEASE
• PiC Solution Assina Protocolo com Sociedade Portuguesa de Hipertensão
28
SUMMER SCHOOL
• Summer School da Sociedade Europeia de Hipertensão 2013
29
PROGRAMA PRELIMINAR
• 8º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global
• 8th International Meeting on Hypertension and Global Cardiovascular Risk
Revista Médica Bimestral, excluída
de registo no ICS de acordo com a
alínea a) do art. 12 do D. R. nº 8/99
de Junho de 1999.
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NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
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3
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Dra. Paula Alcântara
Dra. Teresa Rodrigues
Dr. Pedro Marques da Silva
Dr. Fernando Pinto
Dr. Pedro Guimarães Cunha
4
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EDI TORI A L
Ap roxima-se o final do ano e o t emp o
e m qu e ap et ece a l eit u r a e a refl exão.
É igu al ment e a al t u r a em qu e se
começ am a p l anear as act iv idades do
p róximo ano e nest e nú mero da nossa
Re v ist a damos l u gar de dest aqu e ao
p rogr ama p rel iminar do 8º Congresso
Por t u gu ês de Hip er t ensão e Risco
Cardio v ascu l ar Gl obal e ao ap el o à
p ar t icip aç ão de t odos o s qu e se interessam p or est a área na int ro du ç ão
d o D r. Fer nando P int o, President e da
SP H.
Ressal t amos, p el a imp or t ância
q u e t em na p r át ic a médic a a p re venç ão da do enç a, a excel ent e re v isão do
D r. Car l os P ina e Br it o sobre o u so
d a “Asp ir ina” na p re venç ão da do enç a
v a scu l ar at ero t rombót ic a, inc l u indo as
recomendaç ões mais recent es e com
u m a ref erenciaç ão bibl iogr áfic a mu it o
fu ndament ada, p er mit indo a cont in u aç ão da abo rdagem e est u do p ar a
al ém do qu e é ap resent ado.
O u t ro do s “ar t igo s de fu ndo”
abarc a u m do s asp ect os mais cont ro verso s du m asp ect o met abó l ico
enqu ant o fact or/ marc ado r de r isco
c a rdio v ascu l ar : a hip er u r icemia assint omát ic a. Como no t ít u l o se qu esti ona: benigna? Começ a p o r abordar
o seu met abo l ismo, cont inu a com
as comp l ic aç õ es e as rel aç ões com a
hip er t ensão ar t er ial , o acident e v ascul ar cerebr al , a doenç a coronár ia, a
i ns u ficiência c ardíac a, a do enç a renal
crónic a e asp ect os p ar t icu l ares, como
a discu ssão sobre a exist ência du ma
cu r v a em J, ant es da conc l u são.
O nú mero ainda t em o u t ros
asp ect o s de int eresse como as not íci as da “ Summe r Sch ool da S ociedade
E u ro p eia de Hip er t ensão” e o rel at o
d um simp ó sio sobre o v al or da acç ão
combinada no t r at ament o da
hip er t ensão.
Como de cost u me al ongu eime no descre ver do s ar t igo s qu e me
p render am como l eit or p r iv il egiado
do s ar t igo s nest e nú mero da nossa
Re v ist a qu e esp ero t o do s p ar t il hem
comigo no mesmo ent u siasmo. Conti nu amo s a ap el ar à vo ssa p ar t icip aç ão
com os ar t igos qu e qu eir am su bmet er
p a r a p u bl ic aç ão qu e merecer ão semp re
a nossa mel ho r at enç ão.
V ít or R amal hinho
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A RTIGO ORIGIN A L
ORIGIN A L A RTICLE
ECLIPSE
ECLIPSE
Joana Lopes1, Filipa Alves Rocha1, Ana
Paula Pereira2, Fernando Pinto3
Interna de Medicina Geral e Familiar, USF
Egas Moniz - ACES Entre Douro e Vouga I
2
Assistente Graduada de Medicina Geral e
Familiar e Orientadora de Formação, USF
Egas Moniz - ACES Entre Douro e Vouga I
3
Assistente Graduado de Cardiologia –
Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga
1
RESUMO
Introdução: A pré-eclampsia é um tipo de hipertensão gestacional associado a proteinúria
que ocorre após as 20 semanas de gestação em
mulheres previamente normotensas. Requer
uma monitorização e vigilância rigorosa dadas
as complicações que lhe estão associadas.
Descrição do caso: Mulher de 17 anos, etnia
cigana, primigesta de 35 semanas, recorre ao
Serviço de Urgência por quadro de escotomas, cefaleias intensas, edema dos membros
inferiores e episódio convulsivo. Gravidez não
vigiada apenas com realização do protocolo
analítico e ecografia do 1º trimestre que não
revelaram alterações. Face ao quadro clínico
e exame objetivo realizado, todos os procedimentos foram orientados para um caso
de eclampsia. Este diagnóstico foi também
confirmado em estudo analítico e após estabilização hemodinâmica da doente, foi feita
indução do parto que decorreu sem complicações. No pós-parto não houve recidiva de
episódios convulsivos e no puerpério verificou-se evolução favorável com reversão clínica
e laboratorial da pré-eclampsia e normalização dos valores tensionais.
Conclusão: Este caso clínico alerta para a extrema importância do controlo e seguimento
da pressão arterial durante a gravidez, no
sentido de identificar precocemente possíveis
doenças hipertensivas da gravidez, das quais é
paradigma a pré-eclampsia.
ABSTRACT
Introduction: Preeclampsia is a type of gestational hypertension associated with protein-
6
uria that occurs after 20 weeks of gestation
in previously normotensive women. Requires
a rigorous monitoring and surveillance given
the complications that can be associated with
it.
Case description: Woman, 17 years old, gypsy
race, first pregnancy at 35 weeks of gestation,
refers to the Emergency Room with episode
of scotoma, severe headache, edema of the
lower extremities and convulsive episode. It
was an unsupervised pregnancy, only holding the analytical protocol and ultrasound of
the first quarter of pregnancy, that showed no
changes. Given the clinical and physical examination performed, all procedures were told
as if it were a case of eclampsia. This diagnosis
was confirmed analytically and, after hemodynamic stabilization of the patient, induction
of labor was performed with no complications. In postpartum there was no recurrence
of seizures and in puerperium a favorable
outcome, with clinical and laboratory reversal
of preeclampsia and normalization of blood
pressure values.
Conclusion: This case points to the extreme
importance of the control and monitoring of
blood pressure during pregnancy, in order to
identify possible early pregnancy hypertension, which is the paradigm of pre-eclampsia.
C.F.L., 17 anos, sexo feminino, etnia cigana,
primigesta de 35 semanas, recorre ao Serviço
de Urgência Básica (SUB) do Hospital de
São Miguel, Unidade de Oliveira de Azemeis do Centro Hospitalar Entre Douro e
Vouga (CHEDV), por apresentar escotomas e cefaleias intensas que não cediam ao
Paracetamol e ao repouso. Segundo a doente
já teria tido vários episódios de cefaleias,
mas de menor intensidade que o actual e
auto-limitados, aliviando sobretudo com o
repouso. Os primeiros destes episódios terão
surgido por volta das 24 semanas de gestação.
No momento da admissão, refere sentir-se
muito “inchada” e com dificuldade em calçar
os sapatos (sic). Na última semana tinha
aumentado 2 kg. Vem acompanhada da mãe
que muito assustada interrompe a conversa
e explica que a sua filha teve um episódio
convulsivo há cerca de uma hora, do qual não
se recorda e cuja duração foi de aproximadamente 90 segundos, principal motivo pelo
qual se dirigiram imediatamente ao SUB.
Esta gravidez, embora não planeada era desejada, tendo sido, no entanto, mal vigiada com
apenas duas consultas, uma durante o primeiro e outra no segundo trimestre. Realizou
apenas o protocolo analítico e ecografia do 1º
trimestre que não revelaram alterações.
Relativamente à sua história pregressa: baixa
escolaridade, precárias condições socioeconómicas, mas sem antecedentes médicocirurgicos relevantes. Dos antecedentes
familiares destaca-se: pai com Hipertensão
Arterial (HTA) e Diabetes Mellitus tipo 2
(DM2) e avô paterno faleceu aos 62 anos na
sequência de um Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM).
Ao exame objectivo no SUB apresenta-se
consciente, orientada no espaço e no tempo
e colaborante com PA: 172/110mmHg, FR:
25 cpm, FC: 78 bpm, Sat.O2: 96%, glicemia
capilar: 80mg/dl. Para além destes parâmetros
destacam-se edemas bilaterais dos membros
inferiores até aos joelhos e desconforto ligeiro
à palpação abdominal a nível do quadrante
superior direito (QSD). Sem alterações a nível
de auscultação cardio-pulmonar.
Face ao exposto a actuação clínica foi orientada tendo como base o quadro clínico de
Eclampsia.
Antes da transferência para as urgências
obstétricas e ginecológicas do Hospital São
Sebastião (HSS), Unidade de Santa Maria
Feira do CHEDV, foi feita colheita de sangue
para hemograma, bioquímica e estudo da
coagulação e urina para bioquímica e Combur,
no sentido de agilizar o protocolo de actuação uma vez que os resultados poderiam ser
lidos posteriormente nessa unidade através
da plataforma informática comum a todas as
unidades do CHEDV.
Do Combur destaca-se valor de proteínas no
limite superior.
Foi feita de imediato monitorização dos
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parâmetros vitais e manutenção de acessos
venosos periféricos. Por indicação dos colegas
de ginecologia-obstetrícia, após contacto
telefónico, a doente foi algaliada, iniciada
oxigenoterapia, perfusão com sulfato de magnésio e administrados 10 mg de nifedipina po,
antes de ser transferida.
No núcleo de partos do HSS, a reavaliação
clínica e os resultados analíticos estabelecem o
diagnóstico de pré-eclampsia (PE) grave: cefaleias, perturbações visuais, dor abdominal no
QSD, TAS>160 e TAD>110 mmHg, oligúria,
e analiticamente proteinúria e aumento, ainda
que ligeiro, das transaminases. Após estabilização hemodinâmica da doente, esta foi
submetida a um parto distócico por ventosa,
sob analgesia epidural, com nascimento de
um recém-nascido do sexo masculino com
2,520Kg, Apgar 8/9, com boa vitalidade e sem
malformações aparentes. Após o parto, embora sem recidiva de episódios convulsivos, foi
mantido o protocolo de vigilância e prevenção
das convulsões com perfusão de sulfato de
magnésio.
para além do aspecto da vigilância já referido,
a importância da adequada articulação entre
os diferentes níveis de cuidados para a qual
é imprescindível a sensibilização dos profissionais de saúde para este tipo de entidade
nosológica. Só assim poderão ser evitados ou
minimizados os seus efeitos nefastos indutores
de significativa morbimortalidade maternofetal.
Qualquer gravidez deverá ter o brilho do sol e
não a escuridão do eclipse!
No puerpério, houve uma evolução favorável
com reversão clínica e laboratorial da préeclampsia e normalização dos valores tensionais.
Este caso clínico alerta para a extrema
importância do controlo e seguimento da PA
durante a gravidez, no sentido de identificar
precocemente possíveis doenças hipertensivas da gravidez, das quais é paradigma a
pré-eclampsia. Este tipo de HTA gestacional
associado a proteinúria, que ocorre após as 20
semanas de gestação em mulheres previamente normotensas, requer uma monitorização e vigilância rigorosas, nomeadamente
das manifestações clínicas indicativas de PE
grave, como a ocorrência de convulsões na
ausência de outras condições neurológicas, ou
seja, de um quadro de eclampsia. A prevalência desta entidade nosológica é variável,
mas estima-se que seja inferior a 1%. Ocorre
mais frequentemente nos extremos de vida
reprodutiva (<20 e >35 anos). Aproximadamente metade dos casos ocorre antes das 36
semanas de gestação, em 45% dos casos ocorre
intra-parto ou nas primeiras 24h do pós-parto
e em cerca de 15% pode surgir entre as 48h e
as 4 semanas após o parto.
O caso apresentado vem corroborar os aspectos supracitados, saindo também reforçada
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
1. BARRA S, CACHULO MC,
PROVIDÊNCIA R, LEITÃOMARQUES A. Hipertensão arterial na
grávida: o atual estado da arte, Rev Port
Cardiol. 2012;31(6):425-432
2. CAMPOS DA, MONTENEGRO
N, RODRIGUES T. Protocolos de Medicina Materno-Fetal, 2ª edição, 2008
3. MALDONADO J. Hipertensão
na grávida, in NAZARÉ J, BRAZ
NOGUEIRA J. Hipertensão arterial –
Noções práticas de clínica e terapêutica.
G. C. – Gráfica de Coimbra, 2012
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A RTIGO DE REVISÃO
REVIEW A RTICLE
HIPERURICEMIA ASSINTOMÁTICA – DOENÇA BENIGNA?
ASYMPTOMATIC HYPERURICEMIA - A
BENIGN DISEASE?
Peixoto L.; Janeiro Acabado A., Gomes da
Costa A., Braz Nogueira J.
Serviço de Medicina 1, CHLN, Clínica Universitária de Medicina 1 - FML
METABOLISMO DO ÁCIDO ÚRICO
O ácido úrico é o produto final de degradação
das purinas, originando-se estas, principalmente
de forma endógena do catabolismo dos ácidos
nucleicos e da síntese de novo e ainda, em menor
quantidade, de forma exógena decorrente da
dieta. O ácido úrico é produzido nos tecidos que
contém a enzima xantina oxidase, primariamente
o fígado e o intestino delgado. O processamento
renal do ácido úrico consiste em 4 etapas: filtração
glomerular, reabsorção tubular, secreção e reabsorção pós-secretora. Em condições normais, é filtrado pelos rins 66-75% de urato, sendo o restante
excretado pelo intestino. É de salientar que apenas
é excretado pelo rim 8-12% do urato filtrado
(EF). O pH da urina influencia a solubilidade
do ácido úrico, mais concretamente na presença
de pH 5,0 a urina é saturada com ácido úrico na
concentração de 6 a 15mg/dl e se pH 7,0 ocorre
saturação em concentração de 158 a 200mg/dl 1.
Na idade adulta, as concentrações de ácido úrico
aumentam uniformemente com o decorrer do
tempo e variam de acordo com a estatura, peso,
pressão arterial, função renal, dieta e consumo de
bebidas alcoólicas (Figura 1).
A hiperuricemia pode resultar de aumento da
produção (como nos casos de rápida renovação,
proliferação ou morte celulares decorrentes de
terapêutica citotóxica, crises blásticas leucémicas,
hemólise ou rabdomiólise); também pode ser
consequência da excessiva degradação de ATP do
músculo esquelético após exercício físico vigoroso,
estado de mal epiléptico ou de algumas doenças
de depósito de glicogénio) e/ou diminuição da
excreção de ácido úrico, sendo definida como uma
concentração plasmática de ácido úrico > 6,8mg/
dl, o que se verifica em 2,0 a 13,2% dos adultos.
Mais de 90% dos doentes com hiperuricemia
persistente apresentam um defeito no processamento renal de ácido úrico, havendo uma excreção
fraccionada da carga filtrada <6% 1.
HIPERURICEMIA E EVOLUÇÃO
Apenas nos primatas o ácido úrico constitui o
produto final deste metabolismo, uma vez que
nos outros mamíferos, verifica-se a existência
da uricase, uma enzima hepática que converte o
ácido úrico em alantoína, um produto de excreção
renal muito solúvel.
A actividade desta enzima perdeu-se nos primatas
devido a uma série de mutações no seu gene
(Figura 2). Existem várias explicações teóricas,
Metabolismo do ácido úrico
síntese de novo
DNA e RNA
na tentativa de justificar uma possível vantagem
evolutiva para a acumulação de ácido úrico 2, 3:
- inteligência: a hipótese mais antiga foi colocada por Orawan em 1955, afirmando que os
doentes com hiperuricemia seriam mais inteligentes, devido à semelhança entre a estrutura de
ácido úrico e a cafeína, um estimulante cerebral;
- capacidade antioxidante: o ácido úrico diminui
o stress oxidativo implicado na etiologia das
doenças neurodegenerativas, diminuindo assim
a prevalência destas e melhorando o seu prognóstico (neuroprotector);
- pressão arterial: num período de baixa ingestão
de sal, a hiperuricemia permitiu manter a
pressão arterial e consequentemente a posição
vertical do ser humano, sugerindo a hiperuricemia como causa de elevação da tensão arterial.
Assim, Johnson chegou a colocar a hipótese
de que as mutações genéticas que levaram os
primatas a diminuir os níveis de ácido ascórbico e
aumentar os níveis de ácido úrico ocorreram para
proporcionar vantagem de sobrevivência, auxiliando a manter a pressão sanguínea em períodos
de alterações dietéticas ou stress ambiental 2.
COMPLICAÇÕES DA
HIPERURICEMIA
São várias as complicações conhecidas da hiperuricemia: artrite gotosa, nefrolitíase, nefropatia
por urato e nefropatia aguda.
No mundo actual de inactividade física e
abundante dieta ocidental, a hiperuricemia
transformou-se numa desvantagem, não só pelas
complicações acima referidas, mas também por
se relacionar com hipertensão arterial (HTA),
síndroma metabólica, doença cardiovascular e
doença renal crónica.
nucleótidos
nucleósidos
dieta
salvage pathway
bases
xantina oxidase
25-33%
ácido úrico
66-75%
estatura
peso
PA
função renal
álcool
Figura 1: Metabolismo do ácido úrico
8
EF: 8-12%
HIPERURICEMIA E HIPERTENSÃO
ARTERIAL
É amplamente reconhecido que a HTA constitui
um factor de risco para a hiperuricemia. Estimase uma prevalência de 20 – 40% de hiperuricemia
em doentes com HTA. Por um lado, a diminuição
da função renal associada a HTA (nefroangioesclerose hipertensiva) assim como o aumento da
resistência vascular renal e o stress oxidativo, com
consequente diminuição da filtração glomerular
de ácido úrico justificam em parte essa elevada
prevalência; por outro lado a provável coexistência
de síndroma metabólico com hiperinsulinemia
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conduz à diminuição da excreção renal de ácido
úrico, assim como a terapêutica com diuréticos em
doentes hipertensos levam a um aumento de risco
de desenvolvimento de hiperuricemia em doentes
com HTA.
Diversos estudos tentam demonstrar a hiperuricemia como factor de risco independente para o
desenvolvimento de HTA (25 a 50% dos doentes
com hiperuricemia têm HTA), parecendo haver
mesmo uma relação linear, uma vez que o risco
de desenvolver HTA é directamente proporcional
com os níveis de ácido úrico 4.
O primeiro estudo foi realizado em Israel e
publicado em 1972 5 e desde então múltiplos artigos têm sido publicados defendendo que níveis
séricos aumentados de ácido úrico são preditores
de HTA 6.
O estudo MRFIT (Multiple Risk Factor Intervention Trial) 7, em 2007, investigou o desenvolvimento de HTA, num período de 6 anos, em
3073 homens normotensos com hiperuricemia
com idade média de 44 anos e concluiu que estes
indivíduos apresentavam um risco relativo (RR)
de 1,81, ou seja, tinham 80% de maior risco de
desenvolver HTA, comparando com o grupo sem
hiperuricemia (Figura 3).
Um outro estudo, publicado na revista Hypertension em 2003, envolveu 125 crianças, entre os 6 e
os 18 anos de idade, com função renal normal e
HTA recentemente diagnosticada e encontraram
concentrações séricas de ácido úrico superiores
5,5mg/dl em 89% das crianças com HTA essencial, em 30% com HTA secundária, 0% com HTA
da bata branca e 0% no grupo controlo, confirmando a hipótese de que a hiperuricemia poderá
ter um papel patogénico precoce na hipertensão
essencial 8. Também tem sido referido existir
associação entre baixo peso ao nascer, desenvolvimento futuro de hipertensão e hiperuricemia.
Em alguns estudos, a relação entre níveis elevados
de ácido úrico e o desenvolvimento consequente
de HTA revelou-se mais forte nos indivíduos de
raça negra e entre estes no sexo masculino comparativamente ao sexo feminino 9.
Uma meta-análise recente 10 de 18 estudos prospectivos, envolvendo mais de 5500 indivíduos,
confirmou um risco aumentado de hipertensão
nos que apresentavam hiperuricemia (risco relativo 1,41). Por cada 1mg/dl de aumento dos níveis
de ácido úrico o risco relativo de HTA aumentava 13%, sendo este risco mais pronunciado nos
jovens e no sexo feminino.
De acordo com vários estudos publicados, o
tratamento precoce da hiperuricemia (na maioria
dos artigos com alopurinol) em doentes com hipertensão essencial ligeira (Grau 1) recentemente
diagnosticada poderá conduzir à normalização
Figura 2: Hiperuricemia e evolução
Figura 3: Estudo MRFIT
dos valores tensionais 11. Um estudo duplamente
cego e aleatorizado, desenvolvido no Texas entre
2004 e 2007, envolveu 30 adolescentes entre os 11
e os 17 anos de idade com o diagnóstico recente
de HTA grau 1 e com níveis de ácido úrico iguais
ou superiores a 6mg/dl. Foi administrado 200mg
de alopurinol 2x/dia durante quatro semanas com
posterior redução dos níveis séricos de ácido úrico
e também da pressão arterial 12.
Ao longo dos vários estudos têm sido propostos
os mecanismos que justificam a hiperuricemia
como factor de risco independente para o desenvolvimento de HTA. Numa fase aguda / precoce,
a hiperuricemia induz disfunção endotelial com
diminuição dos níveis de óxido nítrico intrarenal
e consequente activação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) 6, 11 e posteriormente,
numa fase crónica, o ácido úrico penetra no
músculo liso vascular induzindo a sua proliferação e provocando lesão intersticial renal 13.
Assim, são propostas duas fases: a aguda em que
a HTA é dependente dos níveis de ácido úrico,
colocando-se a hipótese do benefício terapêutico
da hiperuricemia com o objectivo de prevenir ou
tratar a HTA 6, 11 e a fase crónica em que já está
instalada doença microvascular renal e a HTA
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A RTIGO DE REVISÃO
REVIEW A RTICLE
torna-se sensível ao sal e independente dos níveis
de ácido úrico, não parecendo haver benefício
terapêutico com a diminuição dos níveis de ácido
úrico (Figura 4) 13, 14.
A maioria dos estudos que avaliam a hiperuricemia como factor de risco independente para
doença cardiovascular 15 são, na realidade, da
área da HTA. Contudo, outras manifestações da
hiperuricemia como factor de risco para doença
cardiovascular foram avaliadas, nomeadamente
acidente vascular cerebral (AVC), doença coronária (DC), insuficiência cardíaca (IC) e doença
renal crónica (DRC).
HIPERURICEMIA E ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL
Figura 4: benefícios da terapêutica com alopurinol na função renal
dos níveis de ácido úrico, sendo esta relação também mais evidente no sexo feminino.
Um artigo de 2006, que avalia o ensaio MRFIT,
20
incluiu 12866 homens, sem história prévia
de DC, com uma idade média de 46 anos e
avaliados num período de 6,5 anos. Nesse ensaio
concluíram que a hiperuricemia e a artrite gotosa
constituíam factores de risco independentes para
enfarte agudo do miocárdio, após ajuste de diferentes multivariáveis.
Uma meta-análise envolvendo 16 estudos
(238449 adultos) revelou que a hiperuricemia está
associada a um aumento da incidência de AVC
(RR 1,41) assim como a um aumento da mortalidade (RR 1,36) e ambos de forma estatisticamente significativa 16.
Também Holme e colaboradores no estudo
AMORIS 17 verificaram existir associações entre
os níveis séricos de ácido úrico e o risco de AVC,
quer isquémico quer hemorrágico, sendo esta
relação mais forte no sexo feminino.
Vários mecanismos estão implicados nesta associação e relacionados com a acção do ácido úrico
e dos respectivos cristais: disfunção endotelial;
geração de radicais livres de oxigénio; proliferação
do músculo liso vascular e aumento de mediadores inflamatórios tais como o factor de necrose
tumoral alfa (TNF-α) e as interleucinas-6 (IL-6);
IL-1β e IL-18, descrevendo-se ultimamente o
importante papel da activação da via NALP3 do
inflamasoma/caspase 1 18.
Ainda a salientar que a HTA, um dos principais
factores de risco para AVC, está estritamente relacionado com hiperuricemia, tal como já referido
anteriormente.
Os diversos artigos publicados consideraram,
por um lado, o nível sérico de ácido úrico como
marcador independente de mau prognóstico em
doentes com IC moderada a grave, parecendo
haver mesmo uma relação linear entre o aumento
do ácido úrico e o prognóstico e taxa de mortalidade da IC 21. No já referido estudo AMORIS 17
foi também evidenciada a associação significativa
entre os níveis de uricemia e insuficiência cardíaca
congestiva. Por outro lado, o tratamento da hiperuricemia com alopurinol melhorou a disfunção
endotelial na IC e diminuiu o stress oxidativo,
com melhoria na capacidade física destes doentes
e diminuição do número de eventos cardiovasculares 22, 23.
HIPERURICEMIA E DOENÇA
CORONÁRIA
HIPERURICEMIA E DOENÇA
RENAL CRÓNICA
A associação entre DC e hiperuricemia é mais
controversa. Numa meta-análise publicada em
2010 19 concluiu-se que a hiperuricemia poderia
aumentar marginalmente o risco de DC, sendo
o risco de mortalidade por DC mais evidente no
sexo feminino (RR 1,67) relativamente ao sexo
masculino, quando apresentavam níveis elevados de ácido úrico, contudo mais estudos serão
necessários.
No estudo AMORIS 17, o risco de enfarte agudo
do miocárdio associou-se a progressivo aumento
10
HIPERURICEMIA E
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Outra grande questão que permanece sem
resposta definitiva é se a hiperuricemia por si só
possui um papel patogénico na progressão da
DRC ou se simplesmente reflecte a diminuição da
excreção renal de ácido úrico que ocorre na DRC
por diminuição da filtração glomerular desse.
Os mecanismos 14 que potencialmente medeiam
este papel têm sido bastante estudados e incluem:
disfunção endotelial; proliferação vascular;
resistência insulínica; diminuição da síntese de
óxido nítrico endotelial, hipertrofia glomerular 24
e aumento da síntese de interleucina-6.
A relação causal primária do papel do urato na
DRC foi duvidosa durante muito tempo devido
à concomitância de outras doenças e factores de
risco frequentemente observadas nestes doentes e
que contribuem para a perda funcional renal, tais
como HTA, diabetes mellitus, álcool e toma de
anti-inflamatórios não esteroides.
Dois grandes estudos populacionais prospectivos
realizados no Japão 25, 26 examinaram a relação
entre níveis séricos elevados de ácido úrico e desenvolvimento de DRC após ajuste para a idade,
pressão arterial (PA), índice de massa corporal
(IMC), hematócrito, hiperlipidemia, glicemia em
jejum e creatinina sérica e verificaram a existência
de uma relação linear entre o aumento dos níveis
séricos de ácido úrico e o desenvolvimento de
diversas co-morbilidades como doença coronária, AVC e DRC, com um RR de 1,52; 2,33
e 8,52, respectivamente. Outro dado relevante a
reter foi que comparando os potenciais factores
de risco para o desenvolvimento de DRC como
diminuição das HDL, PA, IMC e glicemia em
jejum alterada e hiperuricemia assintomática, este
último foi o que mais contribuiu para uma maior
incidência de DRC 26.
Diversos estudos demonstraram o efeito benéfico
na função renal, com a diminuição dos níveis
séricos de ácido úrico em doentes sob terapêutica
com alopurinol 27. Um dos artigos publicados 28
concluiu que a hiperuricemia acelera a progressão
de DRC, na medida em que foi o primeiro estudo
a revelar o benefício do tratamento da hiperuricemia assintomática em indivíduos com taxa de
filtrado glomerular superior a 60ml/min/1,73m2
(Figura 4).
FENÓMENO DA CURVA EM J
Outra questão que permanece sem resposta é até
quando se devem baixar os níveis séricos de ácido
úrico.
Alguns artigos relatam, tal como já descrito para
a HTA, o fenómeno da Curva em J, ou seja,
níveis elevados de ácido úrico estão associados
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
ArtigoRevisão.indd 10
11/19/2013 7:42:40 PM
a aumento do risco cardiovascular, mas níveis
séricos demasiado baixos também se relacionam
com aumento desse mesmo risco e até aumento
da mortalidade, o que poderá eventualmente
estar relacionado com a capacidade antioxidante
do ácido úrico e que quando presente em níveis
baixos esta não se reflecte, constituindo um factor
de mau prognóstico 29, 30.
CONCLUSÃO
Como a hiperuricemia pode ser uma complicação
de síndroma metabólica a sua presença poderá
constituir uma indicação para a triagem e tratamento agressivo de qualquer obesidade, hiperlipidemia, diabetes mellitus ou HTA.
Apesar de toda a evidência apresentada anteriormente, não existe ainda indicação para o
tratamento da hiperuricemia assintomática 31
(representa pelo menos 2/3 dos doentes com
hiperuricemia), excepto nos doentes que recebem
tratamento com agentes citolíticos de forma a
prevenir a nefropatia aguda por ácido úrico.
Contudo, de acordo com o descrito, que revela a
hiperuricemia como factor de risco cardiovascular
independente, julgamos que poderá ser útil, por
um lado, efectuar a triagem de rotina dos níveis
séricos de ácido úrico e tratar a hiperuricemia
assintomática, assim como se rastreia e trata a
HTA e a dislipidemia e, por outro lado, dever-seiam definir os valores alvo de uricemia a atingir.
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NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
ArtigoRevisão.indd 11
11
11/14/2013 12:37:11 PM
A RTIGO DE OPINIÃO
OPINION A RTICLE
com baixa dose
A ASPIRINA EM BAIXA DOSE NA PREVENÇÃO
DA DOENÇA VASCULAR ATEROTROMBÓTICA:
gura 1) . Comparativamente a este benefício, o aumento da
“As Recomendações da ESC (…)
incidência de eventos hemorrágicos major extracranianos (na
(2012), preconizam que, para além
maioria gastrintestinais), vs. placebo foi 20 a 50 vezes inferior, dependendo da idade e do sexo . Em consequência,
da sua utilização nas fases
na prevenção secundária da DCV aterotrombótica o rácio de
EVIDÊNCIAS
RECENTES
aguda e subaguda
do STEMI, E RECOMENDAÇÕES
benefício-risco da aspirina em baixa dose é muito favorável à
sua utilização generalizada: 10 a 20 eventos vasculares, fatais
a aspirina em baixa dose seja
e não fatais evitados, vs. 1 a 2 complicações hemorrágicas
usada
Carlos Pina
e Britoindefinidamente
padrão, contra o qual, ou em associação ao
ções hemorrágicas, sobretudo gastrintestinais)
(sobretudo do tracto gastrointestinal), por
1.000 doentes/ano
qual, são geralmente testados os novos antié incontroversa (4). No domínio da prevenção
nestes
doentes
.
de
tratamento
Médico. Membro do Grupo de Stress
agregantes plaquetários.
primária, tem havido alguma controvérsia relaPsicossocial
da
Fundação
Portuguesa
de
Entretanto,
foram-se
também
acumulando
evitivamente ao limiar de benefício-risco a partir
para prevenção secundária”.
Recomendações Recentes
(7)
(4,7)
(6)
Cardiologia
dências de que a aspirina em baixa dose podedo qual a aspirina em baixa dose deverá ser
ria ser eficaz na prevençãoCom
primária
DCVevidências
utilizada
(nos indivíduos
com risco
CV global
baseda nas
disponíveis,
as principais
Reco(2)
Correspondência:
aterotrombótica
,
ou
seja
em
indivíduos
com
muito
alto,
muito
alto
e
alto
ou
muito
alto, alto
“As Recomendações da ESC para
mendações norte-americanas – da “American
Heart [email protected]
um ou mais factores de risco cardiovascular
e mesmo moderado?) (2,4) e também sobre a sua
ciation” (AHA)/American College of Cardiology (ACC) e do
o Tratamento da Doença Coronária
(CV) modificáveis (hipertensão
arterial, diseficácia nos indivíduos diabéticos (ainda sem
(5)
American
– e europeias
lipidemia, “pré-diabetes” ou
diabetes College
mellitus, of Chest
DCVPhysicians
manifesta)(ACCP)
.
Estável”
(2013)
preconizam
que
a
excesso de peso/obesidade,(da
tabagismo)
masSociety
que Como
se verá mais adiante,
evidências dis“European
of Cardiology”-ESC
e da as“European
INTRODUÇÃO
não tiveram eventosStroke
de DCV
- definida - ESO)
poníveis,
mostram aque,
em prevenção
Os efeitos aspirina
antiagregantes
plaquetários
da
Organization
recomendam
aspirina
em baixaprimária,
em
baixa dose
sejaainda
usada
como doença coronária isquémica - DCI
a utilização da aspirina em baixa dose será
aspirina, subjacentes aos seus efeitos benéficos
dose para a prevenção secundária da DCV aterotrombótica
de peito, enfarte do
miocárdio
EM),
válida em termos de benefício-risco na maioria
para prevenção
secundária
a longo
a nível cardiovascular,
foram primeiro
reconhe- (angina
(1)
. Reportando-nos apenas
às duas não
Recomendações
eurodos indivíduos,
diabéticos ou diabéticidos nos anos 50 do século XX (1). Progressiva- doença cerebrovascular isquémica (acidente
prazo
em
todos
os
doentes
com
peias
mais
recentes,
as
“Recomendações
da
ESC
para
o
Traisquémico
transitório
AIT,
acidente
vascular
cos,
com
risco
CV
global
muito
alto
e alto e,
mente, com o acumular das evidências dos escerebral - AVC – isquémico)
ou doença
arte- Agudo
possivelmente,
também
percentagem
tamento
do Enfarte
do Miocárdio
comnuma
Elevação
do
tudos clínicos, deu-se o reconhecimento global
doença coronária estável” rial periférica.
(8)
não negligenciável
de indivíduos
espectro
de que a aspirina em baixa dose constitui um
, preconizam
que, para no
além
Segmento ST (STEMI)” (2012)
Actualmente, a “aspirina continua a ser a pedra
superior do risco CV global moderado (6).
elemento central das estratégias de prevenção
da sua utilização nas fases aguda e subaguda do STEMI, a
tuada em 2009, pela “Antithrombotic Trialists’
angularCollaboration”
da prevenção farmacológica da tromsecundária da doença cardiovascular (DCV)
aspirina
em baixa dose seja usada indefinidamente nestes
(3)
(1,2)
(ATTC),
utilizando
os
dados
individuais
de
todos
os
doentes
bose arterial” e, no domínio
da prevenção
aterotrombótica . Esse papel da aspirina em
doentes
(apenas
dos que SECUNDÁRIA
sejam intolerantes)
PREVENÇÃO
secundária,
a
sua
muito
favorável
relação
de com excepção
incluídos
em 16de
estudos
mostrou que vs. placebaixa dose
na prevenção
eventos(n=17.000);
cardiobenefício-risco
(redução
da
incidência
de
evenpara
prevenção
secundária
e
as
“Recomendações
da ESC
DA
DCV
ATEROTROMBÓvasculares
(CV)
recorrentes,
levou
também
a
bo, a aspirina em baixa dose reduz significativamente, em
tos de DCV vs. risco de aumento
de
complicaque se tornasse o anti-agregante plaquetário
TICA
COM
ASPIRINA
para o Tratamento da Doença Coronária Estável” (2013) (3)
cerca de 20%, os eventos graves de DCV (definidos como
preconizam que a aspirina em baixa dose seja usada para
EM não fatal, ACV não fatal ou morte de causa vascular) (Fi-
16 estudos de
prevenção secundária
Eventos (% por ano)
Rácio (IC) das taxas anuais de eventos
Aspirina
Controlos(ajustados) Aspirina: controlos
880 (4.70)
1057 (5.79)
0.81 (0.72–0.92)
Evento coronário major
Homens
Mulheres
115 (2.59)
157 (3.36)
0.73 (0.51–1.03)
TOTAL
995 (4.30)
1214 (5.30)
0.80 (0.73–0.88) p<0.00001
Homens
95 (0.51)
123 (0.67)
0.73 (0.50–1.06)
Mulheres
45 (1.04)
53 (1.17)
0.91 (0.52–1.57)
TOTAL
140 (0.61)
176 (0.77)
0.78 (0.61–0.99) p=0.04
Homens
1255 (6.88)
1487 (8.45)
0.81 (0.73–0.90)
Mulheres
250 (5.88)
314 (7.14)
0.81 (0.64–1.02)
TOTAL
1505 (6.69)
1801 (8.19)
AVC isquémico
comcoração
Evento vascular grave
3212
IC
99%
99%
IC ou
ou
IC 95%
95%
CI
0.81 (0.75–0.87) p<0.0000
0.5
0.75
1.0
Aspirina melhor
1.25
1.5
Aspirina pior
Figura
Figura 1 1 – Meta–análise dos 16 estudos de prevenção secundária com aspirina em baixa dose: resultados dos “endpoints” (por sexo)
Meta–análisedados
167).
estudos de prevenção secundária com aspirina em baixa dose: resultados dos “endpoints” (por sexo) (adaptado da ref. 7).
(adaptado
ref.
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11/14/2013 11:20:45 AM
“As Recomendações do “American
Study” (PHS), “British Doctor’s Trial” (BDT),
College
of Chest
Physicians”
“Thrombosis
Prevention
Trial” (TPT),
of
Cardiology”-ESC
e
da
“European
Stroke
que sejam intolerantes).
“Hypertension Optimal Treatment Trial”
Organization” - ESO) recomendam a aspirina
Evidências Recentes
(2012) (…) preconizam
utilização
(HOT), “Primary a
Prevention
Project” (PPP).
em baixa dose para a prevenção secundária
A mais recente e completa meta-análise dos
Essa meta-análise mostrou que, vs. placebo,
estudos Prevenção
clínicos de prevenção
secundária
Primária
da da
DCV da DCV aterotrombótica . Reportando-nos
(da aspirina
em baixa dose) nos
a aspirina em baixa dose reduzia significatiapenas às duas Recomendações europeias mais
aspirina em baixa dose foi efectuada em 2009,
Aterotrombótica
com Aspirina
vamente
o risco
de qualquer
recentes, as “Recomendações da ESC para
o
pela “Antithrombotic
Trialists’ Collaboration”
indivíduos
com
idade
igualevento
ou grave de
Tratamento
(ATTC),
utilizando
os
dados
individuais
de
em Baixa Dose na População
Geral do Enfarte Agudo do Miocárdio DCV (EM não fatal, AVC não fatal ou morte
superior
50 anos
(…)”.
de causa CV)a (-15%)
e de um
primeiro EM
com Elevação do Segmento ST (STEMI)”
todos os doentes incluídos em 16 estudos (n =
prevenção secundária a longo prazo em todos os doentes
(ACCP)
– e europeias
com doença
excepção
dos (da “European Society
EM BAIXA
DOSEcoronária estável (apenas com
(1)
não fatal (-32%) (9). Em 2006, após a publi17.000);Evidências
mostrou que Recentes
vs. placebo, a aspirina em (2012) (8), preconizam que, para além da sua
cação dos resultados do estudo de prevenção
utilização
nas
fases
aguda
e
subaguda
do
baixa dose reduz significativamente, em cerca
(9)
2003, foi
efectuada
uma
meta-análiseSTEMI,
dos a5 aspirina
grandesem baixa dose seja usada
primária significativamente
“Women’s Health Study”
(WHS) (10),
de 20%,Em
os eventos
graves
de DCV
(definidos
aspirina em baixa dose reduzia,
vs. placefoi conduzida uma nova meta-análise (11), innestes doentes (apenas com
estudos
de prevenção
primária
até à dataindefinidamente
concluídos - “Phycomo EM
não fatal,
AVC não fatal
ou morte
bo, o risco de qualquer evento grave de DCV em ambos os
(7)
cluindo os 5 estudos já referidos e este último,
excepção
dos que
sejam intolerantes) para
de causasicians
vascular)
(Figura
1) . ComparativaHealth
Study”
(PHS), “British Doctor’s
Trial”
(BDT),
(12)
. em
(-14% no sexo
e -12%
novs.
sexo
feminino)
que mostrou
que,
placebo,
a aspirina
prevenção secundária e assexos
“Recomendações
da masculino
mente a“Thrombosis
este benefício,Prevention
o aumentoTrial”
da incidên(TPT), “Hypertension Optimal
NoDoença
entanto,Coronária
ainda de acordo
com reduzia
os seussignificativamente
autores, no sexo o risco de
baixa dose
ESC para o Tratamento da
cia de eventos hemorrágicos major (na maioria
Treatmentvs.Trial”
(HOT),
Prevention
Project”
(3)
qualquersobretudo,
evento gravea de
DCV
(-15%), o risco
Estável”
(2013)(PPP).
preconizam
que a aspirina
gastrintestinais),
placebo
foi 20“Primary
a 50 vezes
masculino,
a redução devia-se,
uma
redução
meta-análise
mostrou
que,(4,7)vs.
a aspirina
emusada para prevenção
de doença coronária (-23%)
e oarisco
de EM
em baixa
dose seja
inferior,Essa
dependendo
da idade
e do sexo
. placebo,
significativa do risco de EM (-32%) e no sexo
feminino
uma
não fatal (-25%) (11).
longo prazo em todos os doentes
Em consequência,
prevenção
secundária da o secundária
baixa dosenareduzia
significativamente
risco de aqualquer
redução
significativa
de AVC
(-24%) (12). outra metaAinda
em isquémico
2006, foi efectuada
com doença coronária estável
(apenas
com do risco
DCV aterotrombótica
o rácio
evento grave de
DCV de
(EMbenefício-risnão fatal, AVC não fatal ou morte
(12)
Em 2009, a “Antithrombotic
Collaboration”
(ATTC)
análiseTrialists’
dos mesmos
6 estudos
de prevenção
excepção dos que sejam intolerantes).
co da aspirina em baixa dose é muito favorável
de causa) (-15%) e de um primeiro EM não fatal (-32%) (9).
(7)
primária,
que dos
teve mesmos
a particularidade
de estratià sua utilização generalizada: 10 a 20 eventos
, ainda
6 estudos
efectuou nova meta-análise
Em fatais
2006,e não
apósfatais
a publicação
ficar
os
resultados
por
sexo
e
mostrou
vasculares,
evitados, vs.dos
1 a resultados do estudo de
clínicos, mas utilizando os dados individuais de todas os indi- que a
aspirina em baixa dose reduzia, significativa2 complicações
hemorrágicas
(sobretudoHealth
do
prevenção
primária “Women’s
Study” (WHS) (10), foi
víduos neles
mostrou que, vs. placebo, a aspiPREVENÇÃO PRIMÁRIA
DAincluídos,
DCV que
mente vs. placebo, o risco de qualquer evento
(11)
tracto gastrointestinal),
por
1.000
doentes/ano
conduzida uma nova meta-análise , incluindo os 5 estudos
rina
em
baixa
dose
reduzia
significativamente
o risco
de qual(6)
ATEROTROMBÓTICA
COM
grave de DCV em ambos
os sexos
(-14% no
de tratamento .
já referidos e este último, que mostrou ASPIRINA
que, vs. placebo,
EMa BAIXA
DOSE
NA
sexo(-12%),
masculino
e -12%devido
no sexoafeminino)
quer evento grave de DCV
sobretudo
uma
(12)
aspirina em
baixa dose reduzia significativamente
o risco deGERAL
. No entanto,
ainda de
acordo com
Recomendações
Recentes
POPULAÇÃO
redução do EM não fatal (-23%),
dos eventos
coronários
ma- os seus
autores, no sexo masculino,
a
redução
deviaCom base
nas evidências
disponíveis,
as (-15%), o risco de doença coqualquer
evento grave
de DCV
jor (-18%) e do AVC isquémico (-14%) (Figura 2) (7), mas o seu
se, sobretudo, a uma redução significativa do
principais
Recomendações
norte-americanas
vidências
Recentes
.
ronária
(-23%) e o risco
de EM não fatal (-25%)E(11)
ráciometa-análise
de custo-benefício
(redução
da(-32%)
incidência
de eventos
(9)
risco
de EM
e no sexo
feminino a
– da “American Heart Association” (AHA)/
Em 2003, foi efectuada uma
Ainda em 2006, foi efectuada outra meta-análise (12) dos mesDCV vs.primária
risco de aumento
de complicações
uma redução
significativahemorrágicas
do risco de AVC
“American College of Cardiology” (ACC) e
dos 5 grandes estudos de de
prevenção
mos 6 College
estudos of
deChest
prevenção
primária, queatéteve
a particulari(-24%) (12)na
. ausência de
do “American
Physicians”
à data
concluídos - “Physicians
Healthsobretudoisquémico
extra-cerebrais,
gastrintestinais),
dade de estratificar os resultados por sexo e mostrou que a
6 estudos
de prevenção primária
Eventos (% por ano)
outras terapêuticas farmacológicas de prevenção primária,
Rácio (IC) das taxas anuais de eventos
Aspirina
Controlos(ajustados) Aspirina: controlos
635 (0.57)
801 (0.72)
0.77 (0.67–0.89)
Evento coronário major
Homens
Mulheres
299 (0.14)
314 (0.14)
0.95 (0.77–1.17)
TOTAL
934 (0.28)
1115 (0.34)
0.82 (0.75–0.90) p=0.00002
Homens
141 (0.15)
138 (0.15)
1.01 (0.74–1.39)
Mulheres
176 (0.09)
229 (0.11)
0.77 (0.59–0.99)
TOTAL
317 (0.11)
367 (0.12)
0.86 (0.74–1.00) p=0.05
Homens
1063 (0.95)
1193 (1.08)
0.88 (0.78–0.98)
Mulheres
608 (0.28)
690 (0.32)
0.88 (0.76–1.01)
TOTAL
1671 (0.51)
1883 (0.57)
AVC isquémico
Evento vascular grave
95%
CI
IC 95%
0.75
1.0
Aspirina melhor
1.25
1.5
Aspirina pior
Figura
2 2 – Meta–análise de 6 estudos de prevenção primária com aspirina em baixa dose: “endpoints” (por sexo) (adaptado da ref. 7).
Figura
Meta–análise de 6 estudos de prevenção primária com aspirina em baixa dose: “endpoints” (por sexo) (adaptado da ref. 7).
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
ArtigoOpinião.indd 13
comcoração
99%
IC ou
IC
99%
0.88 (0.82–0.94) p=0.0001
0.5
13
33
11/14/2013 11:20:46 AM
com
baixa
dose
A RTIGO
DE OPINIÃO
OPINION A RTICLE
era de 2:1 nos indivíduos com um risco de DCV a 5 anos >
hemorrágico (4,6,13), dado que o rácio de risco-benefício (tam-
5% (risco CV baixo), de 3.5:1 nos indivíduos com um risco de
bém denominada de benefício clínico líquido) deverá se mais
DCV a 5 anos entre 5% e 10% (risco CV moderado) e de 2:1
favorável quanto maior for o risco CV global.
nos indivíduos com um risco de DCV a 5 anos < 10% (risco
Em Abril de 2011, foi publicada uma nova meta-análise (14),
não fatal (gastrointestinal ou extracraniana) (7),
Em 2009, a “Antithrombotic
Trialists’ Collabo- hemorrágicas extra-cerebrais, sobretudo gas(7,13 )
. Estes resultados levaram os especialistas a
que incluiu os 6 estudos de prevenção primária já referidos e
CV elevado)
a decisão clínica de iniciar ou não prevenção
ration” (ATTC) efectuou nova meta-análise
trintestinais), na ausência de outras terapêuti(7)
considerar
que, 6embora
EM ou
um AVCcas
não
fatais tenhamde prevenção
também
de mais
de prevenção
primária
com aspirinaprimária,,
em baixa entretandose deverá ser
, ainda
dos mesmos
estudosum
clínicos,
mas
farmacológicas
primária,
era3 estudos
tomada
com
base
numa
rigorosa
utilizando
dados individuais
todas osem incapacidade
de 2:1 nos indivíduos
umconcluídos:
risco de DCV
maiorosprobabilidade
de de
resultar
a longo comto,
os estudos AAAT (“Aspirin forquantificação
Asymptomatic
do risco CV global de cada indivíduo e numa
indivíduos neles incluídos, que mostrou que,
a 5 anos > 5% (risco CV baixo), de 3.5:1 nos
prazo do que uma hemorragia não fatal (gastrointestinal ou
Atherosclerosis Trial”), POPADAD (“Progression of Arterial Diconcomitante avaliação do seu risco hemorvs. placebo, a aspirina em baixa dose reduzia
indivíduos com um risco de DCV a 5 anos
(7)
(4,6,13)
, a decisão
clínica
de iniciar
ou5%
não
prevenextracraniana)
and eDiabetes”)
e JPAD
(“Japanese
Prevention
rágico
, dado quePrimary
o rácio de
risco-benefísignificativamente
o risco
de qualquer
evento
entre
e 10%
(risco CVseases
moderado)
de 2:1
(também
denominadoosdeestudos
benefício
clínico
graveção
de DCV
(-12%),
devido
a uma
nos indivíduos
com um risco
de DCV a 5 anoswith cio
primária
comsobretudo
aspirina em
baixa
dose deverá
ser tomada
of Atherosclerosis
Aspirin
for Diabetes”);
PO(7,13)
líquido)
deverá
se
mais
favorável
quanto
redução
do
EM
não
fatal
(-23%),
dos
eventos
>
10%
(risco
CV
elevado)
.
Estes
resultados
com base numa quantificação rigorosa do risco CV global de
PADAD e JPAD incluiram apenas doentes diabéticos (de pre-maior
for o risco CV ser global.
coronários major (-18%) e do AVC isquémico
levaram os especialistas a considerar que, emcada
indivíduo
numa
doEM
seuou
risco
primária,
clinicamente
manifesta).
Em sem
AbrilDCV
de 2011,
foi publicada
uma nova
(-14%)
(Figura
2) (7), e
mas
o seuconcomitante
rácio de custo-avaliação
bora um
um AVCvenção
não fatais
tenham portanto
(14)
meta-análise , que incluiu os 6 estudos de
benefício (redução da incidência de eventos de
maior probabilidade de resultar em incapaciprevenção primária já referidos e também mais
DCV vs. risco de aumento de complicações
dade a longo prazo do que uma hemorragia
QuADRO 1
Características
principais
dos 9 dos
estudos
de prevenção
coma a
aspirina
em baixa
dose
Quadro I – Características
principais
9 estudos
de prevençãoprimária
primária com
aspirina
em baixa
dose concluídos
até à data (adaptado da
concluídos
até à data (adaptado da ref. 4).
ref. 4).
comcoração
Datas de
recrutamento
34
Seguimento
Países
Ano de
Nº de
População
médio
participantes publicação participantes
alvo
(anos)
Idade
(anos)
na
inclusão
Comparação
Regime
factorial
de aspirina
aleatorizada
Controlado
com
placebo
Não
British Doctors’
Study23
Novembro 1978
RU
Novembro 1979
1988
5139
5.6
Médicos do
sexo masc.
19–90
500 mg/dia Nenhuma
US Physicians’
Health Study24
Agosto 1981
Abril 1984
EUA
1988
22 071
5.0
Médicos do
sexo masc.
45–73
325 mg
em dias
alternados
Beta-caroteno
Sim
vs. placebo
Fevereiro 1989
Thrombosis
Prevention Trial17 Maio 1994
RU
1998
5085
6.7
Homens com
fact. de risco 45–69
de DC
75 mg/dia
Varfarina vs.
placebo
Hypertension
Optimal
Treatment Trial18
Europa,
América
do Norte e
do Sul, Ásia
3.8
Homens e
mulheres
com PAD
100-115
mmHg
75 mg/dia
3 regimes
antiSim
hipertensivos
Vitamina E
100 mg/dia vs. controlo
aberto
Não
100 mg
em dias
alternados
Vitamina E
vs. placebo
Sim
Outubro 1992
Maio 1994
1998
18 790
50–80
Sim
Primary
Prevention
Project19
Junho 1993
Abril 1998
Itália
2001
4495
3.7
Homens e
mulheres
com 1 ou >1 45–94
fact. de risco
de DC
Women’s Health
Study25
Setembro 1992
Maio 1995
EUA
2005
39876
10.0
Profissionais
de saúde do
sex fem.
100 mg/dia
Anti-oxidante
vs. placebo
Sim
≥45
Prevention of
Progression of
Arterial Disease
and Diabetes
Trial20
Novembro 1997
RU
Julho 2001
2008
1276
6.7
Homens e
mulheres
com diabetes ≥40
tipo 1 ou 2 e
ITB ≤0.99
Japanese
Primary
Prevention of
Atherosclerosis
with Aspirin for
Diabetes Trial21
Dezembro 2002
Japão
Maio 2005
2008
2539
4.4
Mulheres
e homens
30–85
com diabetes
tipo 2
81 ou 100
mg/dia
Nenhuma
Não
Aspirin for
Asymptomatic
Atherosclerosis
Trial22
Abril 1998
RU
Dezembro 2001
8.2
Homens e
mulheres
com
ITB≤0.95
100 mg/dia Nenhuma
Sim
2010
3350
50–75
RU
= ReinoRU
Unido;
ITB = Unido;
índice tornozelo
braço tornozelo braço
Legenda:
= Reino
ITB = índice
14
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
ArtigoOpinião.indd 14
11/14/2013 11:20:46 AM
FIguRA 3
Meta–análise de 9 estudos de prevenção primária com
aspirina em baixa dose: resultados dos “endpoints”
(adaptado da ref. 14).
Meta-Análise de 9 Estudos Clínicos
Incluindo os estudos AAAT, POPADAD e JPAD
Ev
Coronários
EM
não fatal
e ASCEND), que incluem mais de 40.000
indivíduos sem DCV manifesta, não diabéticos
e diabéticos. Os resultados desses estudos irão
aumentar a base de evidência da aspirina em
baixa dose no domínio da prevenção primária e
permitir delimitar mais rigorosamente o limiar
benefício-risco a partir da qual deverá ser
utilizada (já que responderão à questão se esse
limiar deverá incluir também indivíduos no
espectro superior do risco CV global moderado
ou apenas indivíduos com risco CV global alto
ou muito alto).
Risco Relativo
-4
-8
-12
-13.5
(18)
-14.6
-16
-18.7
-20
Bartolucci AA et al. Am J Cardiol 2011; .doi:10.1016/j.amjcard.2011.02.325
Figura 3 – Meta–análise de 9 estudos de prevenção primária com aspirina em
(14)
mostrou (adaptado
que, vs. placebo,
baixaEssa
dose: meta-analise
resultados dos “endpoints”
da ref. 14).a aspirina em
baixa dose reduzia significativamente, o risco de eventos CV
(definidos como EM + AVC + morte de causa CV) (-13,5%),
3 estudos de o
prevenção
Julho
2011,
foram publicadas
mais 2
risco deprimária,
EM não entretanto,
fatal (-18,7%) e Em
o risco
dedeDCI
(-14,6%)
e,
concluídos: os estudos AAAT (“Aspirin for
meta-análises (15,16) dos referidos 9 estudos de
não
significativamente,
risco de prevenção
AVC e a mortalidade
total com a aspirina
Asymptomatic
Atherosclerosis
Trial”), o
POprimária efectuados
(14)
(Figuraof3).
A percentagem
gastrintestinais
PADAD (“Progression
Arterial
Diseases de hemorragias
em baixa dose.
Uma delas (15) teve resultados
and Diabetes”)
e JPAD no
(“Japanese
Primary
à anterior;
outra, mostrou, para
ocorridas
grupo da
aspirina em semelhantes
baixa dose foi
superiora em
Prevention of Atherosclerosis with Aspirin for
além de uma
redução, significativa vs. placebo,
(9)
até 0,7% à ocorrida no grupo do placebo . De uma forma
Diabetes”) (Quadro I); os estudos POPADAD do risco de eventos CV (EM + AVC + morte
geral,apenas
os resultados
desta meta-análise
foram
concordantes
e JPAD incluiram
doentes diabéticos
de causa)
(-12%),
de EM (-17%) e de AVC
(de prevençãocom
primária,
portanto
sem
DCV
isquémico,
uma
reduçãoa da
os da ATTC, reforçando, para os especialistas,
im-mortalidade total
clinicamente manifesta). Essa meta-análise
(-6%) (16). Em Fevereiro de 2012, foi publicada
portância de uma decisão terapêutica baseada no rácio
de
(14)
mostrou que, vs. placebo, a aspirina em
uma nova meta-análise (17), dos mesmos 9
benefício-risco
individual.
baixa dose reduzia
significativamente,
o risco
estudos de prevenção primária, que mostrou
de eventos CV
EM
+ AVC
+
uma redução,
significativa vs. placebo, do risco
Em(definidos
Julho decomo
2011,
foram
publicadas
mais 2 meta-análises
morte de causa
CV)
(-13,5%),
o
risco
de
EM
de
eventos
CV
(EMefectua+ AVC + morte de causa
(15,16)
dos referidos 9 estudos de prevenção primária
não fatal (-18,7%) e o risco de DCI (-14,6%)
CV) (-10%) e de EM não fatal (-20%), mas
teve
resuldos com a aspirina
baixa
Uma
delas (15) da
e, não significativamente,
o risco deem
AVC
e a dose.não
significativa
mortalidade
total (17).
(14)
(18)
mortalidade total
(Figura 3). AàpercentaNummostrou,
editorial para
que
acompanhou
a publicatados semelhantes
anterior; a outra,
além
de
(17)
gem de hemorragias
gastrintestinais
ocorção
desta
última
meta-análise
,
considera-se
uma redução, significativa vs. placebo, do risco de eventos
ridas no grupo da aspirina em baixa dose foi
razoável utilizar a aspirina em baixa dose em
CV0,7%
(EM à+ocorrida
AVC + no
morte
dedo
causa) prevenção
(-12%), deprimária
EM (-17%)
e de
superior em até
grupo
em indivíduos
com risco
(16
(9)
). ou seja >10%
redução da mortalidade
placebo . DeAVC
umaisquémico,
forma geral,uma
os resultados
global de DCtotal
a 10 (-6%)
anos alto,
desta meta-análise
foram concordantes
com
os
(calculado
commeta-análise
o algoritmo de Framingham,
Em Fevereiro
de 2012, foi
publicada
uma nova
da ATTC, reforçando,
para
os
espeacessível
em
http://healthlink.mcw.edu/edu/
(17)
, dos mesmos 9 estudos de prevenção primária, que moscialistas, a importância de uma decisão tearticle/923521437.html; corresponde a um
trou
redução,
significativa vs. placebo,
do risco
evenrapêutica baseada uma
no rácio
de benefício-risco
risco SCORE
pelo de
menos
≥ 5%), desde que
individual. tos CV (EM + AVC + morte de causa
nãoCV)
existam
contra-indicações
(-10%) e de EM não e após “ter em
Recomendações Norte-americanas e
Europeias Mais Recentes
As mais recentes Recomendações publicadas
nos EUA, relativas à prevenção primária com
aspirina na população geral, são as da “US
Preventive Services Task Force” (USPSTF)
(2009) (19) e as do “American College of Chest
Physicians” (2012) (20). As Recomendações da
USPSTF (2009) (19) foram elaboradas fundamentalmente com base nos resultados da
meta-análise estratificada por sexos anteriormente referida (12). Estabelecem que, no sexo
masculino, a intervenção com aspirina em
baixa dose é feita para prevenção do EM e preconizam que esta possa ser iniciada no grupo
etário dos 45 aos 59 anos, nos indivíduos com
um risco de DC a 10 anos ≥ 4% (calculado
com o algoritmo de Framingham; equivale a
um risco SCORE > 2 ou 3%) que não tenham
contra-indicações, porque nesses indivíduos
o rácio de benefício-risco já será favorável (19)
(Figura 4). Estabelecem também que, no sexo
feminino, a intervenção com aspirina em baixa
dose é feita para prevenção do AVC isquémico
a 10 anos e preconizam que esta possa ser iniciada no grupo etário dos 55 aos 59 anos, nos
indivíduos com um risco de AVC a 10 anos ≥
3% que não tenham contra-indicações, porque
nesses indivíduos o rácio de benefício-risco já
será favorável (Figura 4) (19); o risco de AVC a
10 anos deverá ser calculado com o algoritmo
disponível em www.westernstroke.org/Personal/StrokeRisk1.xls (19).
As Recomendações do “American College
of Chest Physicians” (2012) (20), elaboradas sobretudo com base nas meta-análises
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
ArtigoOpinião.indd 15
15
11/14/2013 11:20:46 AM
comcoração
0
Morte CV,
EM, AVC
“A aspirina continua
a ser aconta
pedra
angular
as preferências do doente” (consentimento informado) .
da prevenção
Encontram-se actualmente ainda a decorrer 3
novos grandes estudos clínicos, aleatorizados
farmacológica
e em dupla ocultação, de prevenção primária
da DCV aterotrombótica com aspirina em
baixa dose (estudos
ARRIVE, ASPREE,
da trombose
arterial”.
35
A RTIGO
DE OPINIÃO
com baixa
dose
OPINION A RTICLE
Num editorial
meta-análise
(18)
que acompanhou a publicação desta última
, considera-se razoável utilizar a aspirina em
(17)
baixa dose
em prevenção
primária
indivíduos
com risco
(7)
da ATTC
e de Raju
e col. (16)em
, depois
de
global de
DC a 10 anos
ou seja >10%
(calculado
com
considerarem
que,alto,
em prevenção
primária,
a
aspirina
baixa dose, se
tomada durante
10
o algoritmo
de em
Framingham,
acessível
em http://healthlink.
anos, reduz ligeiramente a mortalidade total,
mcw.edu/edu/article/923521437.html; corresponde a um risindependentemente do perfil de risco de DC,
co SCORE
menos ≥ 5%),
que não aexistam
contraquepelo
nos indivíduos
com desde
risco moderado
alto
-indicações
e após
conta asestreitamente
preferências do doente”
a redução
do“ter
EMem
se encontra
(18)
equilibrada
com o aumento
das hemorragias
(consentimento
informado)
.
major e que, os indivíduos que valorizem muito
Encontram-se actualmente ainda a decorrer 3 novos granmais prevenir um EM do que evitar uma
des estudos
clínicos,
aleatorizados
duplaumocultação,
hemorragia
gastrintestinal
serão,eseem
tiverem
risco moderado
DC, os que terãocom aspirina
de prevenção
primária ou
da alto
DCVdeaterotrombótica
de escolher
tomar easpirina
em baixamaior
doseprobabilidade
(estudos ARRIVE,
ASPREE,
ASCEND), que
em baixa dose, preconizam a utilização desta
incluem mais de 40.000 indivíduos sem DCV manifesta, não
nos indivíduos com idade igual ou superior a
(20)
diabéticos
e diabéticos.
Os resultados
desses estudos
irão
50 anos,
de preferência
à sua não utilização
.
Asamais
Recomendações
publicadas
aumentar
baserecentes
de evidência
da aspirina
em baixa dose no
relativas
à prevenção
primária
domínio na
daEuropa,
prevenção
primária
e permitir
delimitar mais rigocom aspirina na população geral, são as da
rosamente
o limiar
benefício-risco
a partireuropeias
da qual deverá ser
ESC
e outras
9 sociedades médicas
utilizada (2012)
(já que(21)responderão
à questão
se esse
. Foram elaboradas
com base
na limiar deverá
(7)
(4)
meta-análise
da ATTC
e no estudo
HOTdo
incluir também
indivíduos
no espectro
superior
risco CV
e
são
muito
mais
restritivas
do
que
as
norteglobal moderado ou apenas indivíduos com risco CV global
americanas: preconizam que a aspirina em
alto ou muito
alto).possa ser utilizada em prevenção
baixa dose
primária em doentes hipertensos sem história
de DCV, mas com Norte-americanas
função renal reduzida ou
Recomendações
risco CV global alto, ou seja, com um risco
e Europeias
Recentes
SCORE ≥ Mais
5%.
FIguRA 4
Limiares de risco CV para intervenção com aspirina em
baixa dose em prevenção primária.
14
≥12
12
≥11
10
Risco Relativo
fatal (-20%), mas não significativa da mortalidade total (17).
≥9
≥8
8
6
4
≥4
≥3
2
0
45-59 60-69 70-79
Homens (PREV. EM)
55-59 60-69 70-79
Mulheres (PREV. AVC)
Figura 4 – Limiares, por sexo e idade, de risco global de DCV para intervenAs Recomendações do “American College of Chest Physição com aspirina em baixa dose em prevenção primária, recomendados pela
cians” (2012)
(20),daelaboradas
sobretudo com base nas melativas à prevenção primária com aspirina na população geUSPSTF
(adaptado
ref. 14).
PREVENÇÃO PRIMÁRIA DA DCV
(7)
ta-análises
da
ATTC
e
de
Raju
e col. (16), depois de consideral, são as
da “US Preventive ServicesCOM
Task Force” (USPSTF)
ATEROTROMBÓTICA
rarem que, em prevenção primária, a aspirina em baixa dose,
(2009) (19)
e as do “American
College
of Chest
ASPIRINA
EM BAIXA
DOSE
NA Physicians”
(19)
se tomada durante 10 anos, reduz ligeiramente a mortalidade
POPULAÇÃO
DIABÉTICA
foram
(2012) (20).
As Recomendações
da USPSTF (2009)
total, independentemente do perfil de risco de DC, que nos
elaboradas fundamentalmente com base nos resultados da
Recomendações Norte-americanas e
primária - osindivíduos
estudos ETDRS,
POPADAD
Evidências Recentes
com risco
moderado a alto a redução do EM se
meta-análise
estratificada
por conjuntamente,
sexos anteriormente
referida
Europeias Mais Recentes
E JPAD e os subgrupos de doentes diabéEm 2010,
foi efectuada,
pela
encontra
equilibrada As
com
o aumento das
he(12)
Recomendações
norte-americanas
mais
ticos
dos estudos
PHS,estreitamente
HOT, PPP, WHS
. Estabelecem
no sexo
masculino,
a intervenção
com
“Americanque,
Diabetes
Association”
(ADA),
a
morragias
major
e diabéticos
que, os indivíduos
que relativas
valorizem
muito primária com
recentes,
à
prevenção
(n=11.618)
e
mostrou
que,
nos
“American
Heart
Association”
(AHA)
e
a
aspirina em baixa dose é feita para prevenção do EM e precona população
diabética, são as Resem DCV manifesta,
a terapêutica
aspi-evitaraspirina
“American College of Cardiology Foundation”
mais prevenir
um EMcom
do que
uma hemorragia
gastrinnizam que
esta possa
ser iniciada com
no grupo
etáriode
dos 45
comendações conjuntas da ADA, da AHA e
rinaaos
em baixa
dose
reduz,
vs.
placebo,
o
risco
(ACCF),
uma meta-análise
o objectivo
testinal serão, se tiverem um risco moderado ou alto(22)de DC,
e as Recomendações da
59 anos,quantificar
nos indivíduos
com um
de em
DC baixa
a 10 anosdo
≥ “endpoint”
4%
combinado EM não fatal + AVC do ACCF (2010)
os benefícios
darisco
aspirina
os que
escolher
tomar aspirina
ADA
– “Standards
of Medical Care in Diabefatal + morte
deterão
causa maior
CV (- probabilidade
9%; tendên- de
dose
na população
de indivíduos
diabéticos
(calculado
com
o algoritmo
de Framingham;
equivalenão
a um
(24)
baixa dose,
preconizam
a utilização
desta(2013)
nos indivíduos
tes- 2013”
.
cia favorávelem
à aspirina,
no limiar
da significânsem DCV aterotrombótica manifesta (22). Essa
risco SCORE > 2 ou 3%) que não tenham contra-indicações,
(23)
As primeiras
(2010) (22)
elaboradas com base
cia estatística)
um resultado
considerado
meta-análise, que incluiu os dados relativos
com ,idade
igual ou
superior a 50 anos,
de preferência
à ,sua
porque nesses
indivíduos
o rácio
de benefício-risco
jáconcordante
será
nos resultados da sua meta-análise conjunta,
com
o
da
anterior
aos subgrupos
de doentes
diabéticos
da meta(20) meta-análise
não utilização .
(22)
(19)
preconizam que:
conjunta
do ATTC
(n = 4.000) (7)também
, bem como
(Figura
4). Estabelecem
que,osno sexo
fe- da ADA, AHA e ACCF . Ainda
favorávelanálise
As os
mais
recentes
publicadas na Europa, rede acordo com
autores
desta Recomendações
nova metadados de outros 3 estudos clínicos efectuados
minino, a intervenção com aspirina em baixa dose é feita para
lativas
à prevenção
na população
gea) Nos indivíduos
adultos
com diabetes (tipo 1
análise, os seus
resultados
sugeremprimária
que os com aspirina
especificamente em populações diabéticas (esprevenção
doETDRS,
AVC isquémico
a 10 anos e mostrou
preconizam
que
e 2) e sem
históriaeuropeias
prévia de DCV, que tenham
diabéticos
sem
manifesta
tudos
JPAD e POPADAD),
ral,DCV
são as
da ESCsee encontram
outras 9 sociedades
médicas
um risco CV global alto (risco a 10 anos de
termos de
risco (21)
CV
no limiar
entre a
umaser
redução
nãono
significativa,
vs. placebo,
esta possa
iniciada
grupo etário
dos 55 aos 59 em
anos,
(2012)
. Foram
elaboradas
com base na meta-análise da
eventos de DCV > 10%, calculado de prefeprevenção
primária
e
a
prevenção
secundária,
do
risco
de
EM
(fatal
e
não
fatal)
(-9%)
e
do
(7)
nos indivíduos com um risco de AVC a 10 anos ≥ 3% que não
e no
estudo
e são muitorência
mais com
restritivas
do que
asincluam parâmetros
algoritmos
que
ou seja, que ATTC
a diabetes
poderá
nãoHOT
constituir
risco de AVC (-15%) (tendência favorável à
tenham contra-indicações,
porque
nesses
indivíduos
o
rácio
(22)
norte-americanas:
preconizam
que
a
aspirina
em
baixa
dose
relativos
à
diabetes,
como
o “UKPDS Risk
um
equivalente
de
DC
manifesta,
mas
confere
aspirina)
.
Engine”,em
disponível
www.dtu.ox.ac.uk/
um de
risco CVpossa
superior
dos indivíduos
não
de benefícioriscofoi
jáefectuada
será favorável
(Figura
4) (19); o risco
Em 2011,
uma nova
meta-análise
serao
utilizada
em prevenção
primária
doentesem
hiper(23)
(23)
riskengine/index.php; caso o risco CV seja
diabéticos sem
DC sem
manifesta
, que incluiu
estudos
clínicoscom
de prevenção
AVC a 10 anos
deverá7ser
calculado
o algoritmo dispotensos
história .de DCV, mas com função renal reduzida ou
(19)
risco CV global alto, ou seja, com um risco SCORE ≥ 5%.
nível em www.westernstroke.org/Personal/StrokeRisk1.xls) .
As mais recentes Recomendações publicadas nos EUA, re-
16
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
ArtigoOpinião.indd 16
11/14/2013 11:20:47 AM
P
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(A
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b
d
m
d
(7
tu
E
n
e
E
7
P
d
q
a
p
calculado com o SCORE, o seu valor só será
fiável nos diabéticos tipo 1 sem lesão de órgão
alvo; nos “pré-diabéticos”, nos restantes diabéticos tipo 1 e nos diabéticos tipo 2 será sempre
superior ao calculado) e que não tenham um
risco aumentado de hemorragia, é correcto
utilizar aspirina em baixa dose para prevenção
primária da DCV. Os indivíduos adultos com
diabetes, sem história prévia de DCV e com
um risco CV global alto incluem a maioria dos
homens diabéticos com idade > 50 anos e das
mulheres diabéticas com idade > 60 anos que
tenham também um ou mais factores de risco
CV major adicionais seguintes: tabagismo,
HTA, dislipidemia, história familiar de DCV
prematura, albuminúria;
b) A aspirina em baixa dose poderá também
ser considerada para prevenção primária da
DCV nos indivíduos adultos com diabetes,
sem DCV manifesta e com um risco CV
global moderado (risco a 10 anos de eventos
de DCV entre 5 e 10%). Essa categoria de
doentes inclui diabéticos mais jovens com um
ou mais factores de risco CV major adicionais
e diabéticos mais idosos sem factores de risco
CV adicionais;
c) A aspirina em baixa dose não deverá ser recomendada para prevenção primária da DCV
nos indivíduos adultos com diabetes com risco
CV global baixo (risco a 10 anos de eventos
de DCV < 5%, ou seja homens com idade <
60 anos e mulheres com idade < 60 anos sem
factores de risco CV major adicionais).
As Recomendações da ADA (2013) – “Standards of Medical Care in Diabetes 2013” (24)
– mantém todas as indicações descritas em a),
b) e c).
As Recomendações europeias mais recentes,
relativas à prevenção primária com aspirina
na população diabética, são as Recomendações da ESC, sobre “Diabetes, Pré-Diabetes
e DCV”, elaboradas em colaboração com
a “European Association for the Study of
Diabetes” (EASD) e publicadas “online” em 30
de Agosto de 2013 (25). Essas Recomendações
são mais restritivas do que as norte-americanas
e preconizam que pode ser considerada
prevenção primária com aspirina, numa base
individual, nos doentes diabéticos sem DCV
mas com risco CV elevado (ou seja com um
SCORE ≥ 5%) (25).
CONCLUSÃO
Dada a sua extensa base de evidência e de
experiência clínica, na prevenção secundária e
primária da DCV aterotrombótica, a aspirina
em baixa dose continua a ser o anti-agregante
plaquetário padrão e a pedra angular da
prevenção farmacológica da trombose arterial,
constituindo um elemento central das estratégias de prevenção secundária (facto largamente
substanciado nas Recomendações Norte-americanas e Europeias mais recentes).
No domínio da prevenção primária da DCV
aterotrombótica, tem havido, nos últimos anos,
alguma controvérsia relativamente ao limiar de
benefício-risco a partir da qual a aspirina em
baixa dose deverá ser utilizada e também sobre
a sua eficácia nos indivíduos diabéticos, que
se tem reflectido nalguma divergência entre
as Recomendações norte-americanas (mais
abrangentes) e as Recomendações europeias
(mais restritivas). Encontram-se actualmente
a decorrer 3 novos grandes estudos clínicos de
prevenção primária da DCV aterotrombótica
com aspirina em baixa dose (estudos ARRIVE,
ASPREE, e ASCEND), que incluem mais de
40.000 indivíduos sem DCV manifesta, não
diabéticos e diabéticos, e vão permitir delimitar
mais rigorosamente o limiar de benefício-risco
a partir da qual deverá ser utilizada (já que
responderão à questão se esse limiar deverá
incluir indivíduos pelo menos no espectro superior do risco CV global moderado ou apenas
com risco CV global alto ou muito alto).
Enquanto os resultados desses estudos não
estiverem disponíveis, deveremos ter sempre
presente o menor denominador comum actual
entre os especialistas, ou seja que em prevenção
primária a aspirina em baixa dose pode ser utilizada, caso não existam contra-indicações, de
uma forma individualizada, nos indivíduos com
um risco de DCV alto ou muito alto (avaliado
com o algoritmo SCORE ou de Framingham
modificado) ou de DC alto ou muito alto
(avaliado com o algoritmo de Framingham);
essa utilização pressupõe sempre uma quantificação rigorosa do risco de DCV acompanhada de uma avaliação clínica concomitante do
risco hemorrágico. Recentemente, este conceito
foi reafirmado, pelo Prof. Raffaele De Caterina,
co-autor de uma revisão recente (2011) sobre
anti-agregantes plaquetários (26), no tratamento
e prevenção da aterotrombose, num Simpósio
incluído no programa científico do XXXIV
Congresso Nacional de Cardiologia (27), onde
salientou que “em prevenção primária da DCV,
para obter um benefício clínico líquido, só devem ser tratados com aspirina em baixa dose os
indivíduos com um risco global de eventos CV
major (EM não fatal, AVC não fatal ou morte
de causa CV) > 2%/ano”, o que corresponde a
um risco global de DCV a 10 anos > 20% e a
um risco de um primeiro evento de DCV fatal
a 10 anos (SCORE) ≥ 4% ou ≥ 5% (21), consoante o factor de conversão utilizado, ou seja a
indivíduos com risco CV global alto ou muito
alto, mas também a alguns indivíduos no espectro superior do risco CV global moderado.
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ArtigoOpinião.indd 17
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28/04/2013, 10.00 – 11.00.
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
ArtigoOpinião.indd 18
11/14/2013 11:20:48 AM
SIMPÓSIOS
SYMPOSIA
SIM
“QUAL O VALOR DA AÇÃO COMBINADA DE
LONGA DURAÇÃO NO TRATAMENTO DA HTA?”
Ata do Simpósio Medicamenta “Qual o valor da ação combinada de longa
duração no tratamento da HTA?”, patrocinado pela Medicamenta, decorrido em vinte e três de março de dois mil e treze, no Curia Palace Hotel,
na Cúria. O simpósio foi iniciado pelo Professor Luís Martins e contou
com intervenções do próprio Professor Luís Martins, do Professor Jorge
Polónia e do Doutor Fernando Pinto.
Na Introdução, o Professor Luís Martins deu as boas vindas a todos os
presentes e aos outros dois oradores da sessão:
“Nem sempre temos oportunidade de falar sobre fármacos novos e esta
é uma oportunidade realmente importante para trocarmos algumas impressões. Em nome do Professor Jorge Polónia, do Doutor Fernando Pinto
e no meu próprio nome, reforço o prazer que temos de estar convosco.
Tentaremos fazer uma sessão interativa acerca de problemas que a todos
nós dizem respeito. Agradecemos o fato de a Medicamenta ter possibilitado a realização desta sessão. Nunca é demais falar de hipertensão
arterial nem de risco cardiovascular. Deram-me a incumbência de fazer a
introdução desta reunião, de tentar agitar um pouco as nossas consciências
e de despertar a atenção para alguns pontos-chave acerca da hipertensão
arterial e da doença cardiovascular. E é isso que vou tentar fazer: lançar
alguma discussão acerca destas questões, para podermos ver de que forma
as podemos contornar ou melhorar e como poderemos tratar melhor os
nossos doentes.”
Na primeira apresentação, o Professor Luís Martins falou sobre os temas
“Hipertensão em geral”, incluindo referência a tópicos como “Risco cardiovascular global”; “Prevenção de eventos cardiovasculares e regressão de
órgãos-alvo”; e sobre a “importância do consumo de sal”. Apresentamos de
seguida um resumo da sua apresentação:
“Estamos numa fase em que se fala muito da genética como a explicação
dos problemas cardiovasculares. Mas a genética não explica tudo.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo
e também em Portugal. Falamos de doenças da civilização: a obesidade,
a diabetes e a hipertensão. Estas doenças resultam em grande parte da
mesma situação: a colisão entre a nossa genética, que é paleolítica, e os
hábitos de vida moderna. Recentemente, a revista Science chamou precisamente a atenção para esta questão: a explicação da doença cardiovascular e
dos seus fatores de risco não reside só na genética. Estamos perante fatores
e doenças cujas origens estão na interação entre genética e fatores ambientais. De uma forma geral, podemos concluir a este propósito que cerca de
30% dos casos podem ser explicados pela genética, sendo que os outros
70% são devidos a circunstâncias ambientais, sociais e comportamentais.
Como podemos ver na imagem, estas são as vivências que todos conhecemos bem: tabagismo, inatividade física, alimentação incorreta, obesidade,
stress, elevado consumo de sal, etc.
Reconhecidamente, a maioria dos nossos doentes apresenta vários destes
problemas. Habitualmente não têm só um fator de risco, e o seu risco cardiovascular elevado advém essencialmente da coexistência de várias destas
20
htt
de
pr
su
e
ra
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situações. Além dos problemas inerentes à idade, coexistem frequentemente outras circunstâncias - hipertensão, tabagismo, dislipidemia e
diabetes - que contribuem decididamente para o aumento do risco cardiovascular. A título de exemplo podemos referir que, se aos fatores referidos
juntarmos o sexo masculino, o sedentarismo, a obesidade e até a história
familiar de doença coronária prematura, temos o conjunto dos principais
fatores de risco para a doença coronária; se retirarmos o sexo masculino e
a história familiar mas juntarmos a doença cardíaca e a doença carotídea,
temos então o conjunto dos principais fatores para o acidente vascular
cerebral. Assim sendo, podemos considerar que o centro do risco cardiovascular localiza-se na idade, no tabagismo, na hipertensão arterial, na
hipercolesterolémia e na diabetes.
Para além disso, existem ainda questões socioeconómicas que também
exercem influências negativas sobre este cenário. Por exemplo, o PIB do
país. A Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2000 indicava que
Portugal, com um PIB entre os 20 e 25, tinha uma expectativa de vida
de cerca de 80 anos. Se o PIB variar, a expectativa de vida do país pode
também vir a ser alterada para pior.
Hoje em dia, morre-se sobretudo de doenças não comunicáveis, as
chamadas doenças crónicas. Na Europa e também em Portugal, as doenças
não comunicáveis explicam cerca de 85% da mortalidade atual e, dessas,
a doença cardiovascular quer nos homens, quer nas mulheres explica a
maioria das causas de morte.
E quais são essas doenças crónicas? Todos as conhecemos bem: a doença
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
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SIMPÓSIO MEDICAMENTA “Qual o valor da ação combinada de longa duração no tratamento da HTA?”
SIMPÓSIO MEDICAMENTA “Qual o valor da ação combinada de longa duração no tratamento da HTA?”
PROFESSOR DOUTOR LUÍS MARTINS
PROFESSOR DOUTOR LUÍS MARTINS
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mais elevados da pressão arterial.
https://apps.who.int/infobase/Mortality.aspx - (acessed on 14/11/2012)
https://apps.who.int/infobase/Mortality.aspx - (acessed on 14/11/2012)
dessas doenças, temos fatores de risco intermediários: a
dessas doenças, temos fatores de risco intermediários: a
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a obesidade.
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diabetes.
detrás ainda
dessas
doenças,
fatores defísica
risco
sua
atrás
destes
estão
ainda
a dieta,
a inatividade
física
intermediários:
aMas
pressão
a glicemia,
os lipídeos
e a obesidade.
Por
e ovez,
tabaco.
nãoarterial,
esqueçamos
que
ainda
mais
atrás,
na
eraiz
o
tabaco.
Mas
não
esqueçamos
que
ainda
mais
atrás,
na
sua
vez,
atrás
destes
estão
ainda
a
dieta,
a
inatividade
física
e
o
tabaco.
Masa
dessas
doenças,
temos
fatores
de risco intermediários:
destes
problemas,
temos
a globalização,
a urbanização
raiz
destes
problemas,
temos
globalização,
urbanização
não
esqueçamos
queeainda
mais
atrás,ana
raiz
destes problemas,
temos aPor adapted from: Liszka H. Ann Fam Med, 2005; 3: 294-299.
pressão
arterial,
glicemia,
os
lipídeos
e aa obesidade.
das
sociedades
o aenvelhecimento
populacional.
adapted from: Liszka H. Ann Fam Med, 2005; 3: 294-299.
globalização,
urbanização
das
sociedades
odieta,
envelhecimento
populaciodassua
sociedades
edestes
o envelhecimento
vez,aatrás
estão
ainda eapopulacional.
a inatividade
física
nal.
e otop
tabaco.
nãodeesqueçamos
que ainda
mais
atrás, na
No
10 dos Mas
fatores
risco que causam
a morte
no mundo
diferente em função de valores ligeiramente mais elevaNo
topdestes
10
dosproblemas,
fatores de
risco
queacausam
a morte
no
mundo ser
inteiro,
a
hipertensão
arterial
aparece
em
1º
lugar.
Voltemos
raiz
temos
globalização,
a
urbanização
seradapted
diferente
em
função de valores ligeiramente mais elevaNo top 10 dos fatores de risco que causam a morte no mundo inteiro, a
dos
da pressão
arterial.
from: Liszka
H. Ann Fam Med, 2005; 3: 294-299.
inteiro,
a de
hipertensão
arterial
aparece
em
1ºda
lugar.
Voltemos
aodas
caso
Portugal
vejamos
realidade
região
Norte, dos da pressão arterial.
sociedades
e o eenvelhecimento
populacional.
hipertensão
arterial
aparece
em
1º lugar.a Voltemos
ao caso
de Portugal
casoade
Portugal
e vejamos
adisponíveis
realidadeos
região
Norte,
consultando
os últimos
números
eda
que
foram
publi- Sabemos que o doente hipertenso morre essencialmente de
e ao
vejamos
realidade
da região
Norte, consultando
últimos
números
consultando
os
últimos
números
disponíveis
e
que
foram
cados
já eno
decorrer
destedeano.
disponíveis
que
foram
publicados
já no
decorrer
deste
ano. nopubliNo top
10
dos
fatores
risco
que
causam
a morte
mundo Sabemos
que o em
doente
hipertenso
morre
essencialmente
de
vascular
cerebral,
dededoença
coronária,
de doença
ser diferente
função
valores
ligeiramente
mais arelevacados
já noadecorrer
destearterial
ano. aparece em 1º lugar. Voltemos acidente
Sabemos
que o doente
hipertenso
morrecoronária,
essencialmente
de acidente
inteiro,
hipertensão
acidente
vascular
cerebral,
de
doença
de
doença
arterial
e de
insuficiência cardíaca, tanto nos homens
dosperiférica
da pressão
arterial.
vascular
cerebral,
de doença
coronária,
de doença
arterial
ao caso de Portugal e vejamos a realidade da região Norte, como
terial
periférica
e de
insuficiência
cardíaca,
tanto
nosperiférica
homense de
nas
mulheres.
insuficiência cardíaca, tanto nos homens como nas mulheres.
consultando os últimos números disponíveis e que foram publi- como
nas
mulheres.
Sabemos que o doente hipertenso morre essencialmente de
cados já no decorrer deste ano.
Também
jájásabemos
que,
quando
apressão
pressão
arterial
diminui,
a arTambém
sabemoscerebral,
que, quando
arterial
diminui,
a doença
acidente
vascular
de adoença
coronária,
de
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Também
já sabemos
que,
quandocoronária
pressão
a
cardiovascular,
a doença
coronária
ea
sobretudo
acidente
vascular
doença
ainsuficiência
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eoarterial
sobretudo
o homens
aci-cerebral,
terialcardiovascular,
periférica
e de
cardíaca,
tanto diminui,
nos
também
diminuem.
A
este
respeito
é
importante
ter
presente
que
a
relação
doença
cardiovascular,
a
doença
coronária
e
sobretudo
o
acidente
vascular
cerebral,
também
diminuem.
A
este
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é
como nas mulheres.
direta
da pressão
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com
vascular
é bem
mais
dente
vascular
cerebral,
também
diminuem.
Acerebral
este
respeito
é
importante
ter presente
ao acidente
relação
direta da
pressão
arteimportante
do presente
que avascular
que apresenta
para éa direta
doença
coronária.
importante
ter
quecerebral
a relação
da
pressão
arte- a
rial
com o acidente
bem
mais
importante
Também
já sabemos
que,
quando
a pressão
arterial
diminui,
rialdoença
coma oque
acidente
vascular
cerebral
é
bem
mais
importante
do
que
apresenta
para
a
doença
coronária.
cardiovascular,
a doença
coronária ecerca
sobretudo
o aciGlobalmente,
podemos dizer
que, se diminuirmos
de 10 mmHg
dodente
que a vascular
que apresenta
para
a doença
coronária.A este respeito é
cerebral,
diminuem.
à pressão
arterial sistólica
outambém
de 5 mmHg
à pressão arterial diastólica,
Globalmente,
podemos
dizer
se diminuir-mos
cerca
dearteteremos
ganhos
nasque,
manifestações
de doença
cardiovascular,
importante
tersubstanciais
presente
que
a relação
direta
da pressão
Globalmente,
podemos
dizer
que,
se
diminuir-mos
cerca
de
10
mmHg
à
pressão
arterial
sistólica
ou
de
5
mmHg
à
pressão
independentemente
do vascular
doente tercerebral
ou não teré história
prévia
de doença
rial com o acidente
bem mais
importante
10coronária
mmHg
à
pressão
arterial
sistólica
ou
de
5
mmHg
à
pressão
arterial
diastólica,
teremos
ganhos
substanciais
nas
maniou
de
acidente
vascular
cerebral:
é
possível
obter
diminuições
do que a que apresenta para a doença coronária.
de doença
em
cerca de
22% e independentemente
de
cerca de 40%nas
em termos
arterial
diastólica,
ganhos
substanciais
manifestações
decoronária
doençateremos
cardiovascular,
do de
acidente
vascular
cerebral.
festações
de
doença
cardiovascular,
independentemente
do de
doente
ter
ou
não
ter
história
prévia
de
doença
coronária
ou
Globalmente, podemos dizer que, se diminuir-mos cerca
de
acidente
vascular
cerebral:
é
possível
obter
diminuições
de
doente
ter
ou
não
ter
história
prévia
de
doença
coronária
ou
10 mmHg à um
pressão
arterial
sistólica
ou demomento
5 mmHg
à pressão
assassino
silencioso
que
representa
doença
coronária
emcerebral:
cerca
deé 22%
e neste
de
cerca
de 40%
em
deEnfrentamos
acidente
vascular
possível
obter
diminuições
de 54%
Lima G et al. Burden of Disease attributable to risk factors in the Northern Region of Portugal,
arterial
diastólica,
teremos
ganhos
substanciais
nas
manidos
acidentes
vasculares
cerebrais
no
mundo
e
47%
das
manifestações
Administração Regional da Saúde do Norte, Instituto Público, 2013.
termos
de
acidente
vascular
cerebral.
doença
coronária
em
cerca
de 22% e de
cerca de 40% em
Lima G et al. Burden of Disease attributable to risk factors in the Northern Region of Portugal,
festações
de doença
cardiovascular,
de
doença coronária.
A hipertensão
arterial independentemente
causa cerca de 9 milhõesdo
de
Administração Regional da Saúde do Norte, Instituto Público, 2013.
termos
de
acidente
vascular
cerebral.
doenteanuais
ter ou
história prévia de doença coronária ou
mortes
emnão
todoter
o mundo.
Enfrentamos um assassino silencioso que neste momento
Como
vemos,
estamos
na mesma
linha
das tendências
Como
vemos,
estamos
na mesma
linha das
tendências
indicadas indicapela
de acidente vascular cerebral: é possível obter diminuições de
representa
54%
acidentes
vasculares
cerebrais
no
mundo em
das
pela
OMS
para
os
países
de
rendimentos
elevados.
Mais
Enfrentamos
umdos
assassino
silencioso
que
momento
Como
vemos,
estamos
na
mesma
linha
das
tendências
indicaOMS para os países de rendimentos elevados. Mais concretamente, a
A
pressãocoronária
arterial
sistólica
média
em 22%
Portugal
eraneste
de 134,6
doença
em cerca
de
e de
cerca
demmHg
40% em
Lima G et al. Burden of Disease attributable to risk factors in the Northern Region of Portugal,
e
47%
das
manifestações
de
doença
coronária.
A
hipertensão
concretamente,
a
hipertensão
arterial
é
o
terceiro
fator
de
representa
54%
dos
acidentes
vasculares
cerebrais
no
hipertensão
arterial
é
o
terceiro
fator
de
risco
mais
importante
no
homem
das
pela
OMS
para
os
países
de
rendimentos
elevados.
Mais
2008,
segundo
a OMS.vascular
Com essacerebral.
pressão arterial em termosmundo
populacioAdministração Regional da Saúde do Norte, Instituto Público, 2013.
termos
de acidente
cercacerebrovascular
de 9 milhões
anuais
todo
o mundo.
e concretamente,
érisco
o primeiro
na mulher.
mais importante
no homem
e é o primeiro
na mulher.
nais, causa
as
doenças
emortes
cardíaca
eram,em
e continuam
a ser, a
e 47%
das
manifestações
dede
doença
coronária.
A hipertensão
a hipertensão
arterial
é o terceiro
fator de arterial
arterial
causa
cerca
de
9
milhões
de
mortes
anuais
em
todo
o
mundo.
risco
mais
importante
no
homem
e
é
o
primeiro
na
mulher.
Como vemos, estamos na mesma linha das tendências indica- Enfrentamos um assassino silencioso que neste momento
A pressão arterial tem uma relação contínua com o risco A pressão arterial sistólica média em Portugal era de 134,6
das pela OMS para os países de rendimentos elevados. Mais representa 54% dos acidentes vasculares cerebrais no mundo
emarterial
2008, segundo
OMS.em
Com
essa pressão
e biologicamente
falando
não é plausível
que mmHg
A pressão
sistólica amédia
Portugal
era
de arte134,6
Acardiovascular
pressão arterial
uma relação
contínua
com ofator
risco
NOVEMBRO/DEZEMBRO
2013 21
47% das
manifestações
de doença
coronária.
A hipertensão
concretamente,
atem
hipertensão
arterial
é o terceiro
de riale em
termos
populacionais,
as
doenças
cerebrovascular
e
exista
um
valor
limiar
abaixo
do
qual
não
há
risco
e
acima
mmHg
em
2008,
segundo
a
OMS.
Com
essa
pressão
artecardiovascular
e
biologicamente
falando
não
é
plausível
que
arterialeram,
causa cerca
de 9 milhões
de mortes
anuaisdas
em causas
todo o mundo.
risco
mais
importante
no homem
ecardiovascular
é o primeiro na
mulher.
cardíaca
e
continuam
a
ser,
a
maioria
de
do
qual
já
exista
esse
risco.
O
risco
começa
a
exista um valor limiar abaixo do qual não há risco e acima rial em termos populacionais, as doenças cerebrovascular e
aumentar
logo que
valores
da pressão
arterial se
situama mortalidade.
cardíaca eram, e continuam a ser, a maioria das causas de
do
já exista
esseostem
risco.
O risco
cardiovascular
começa
Aqual
pressão
arterial
uma
relação
contínua com
o risco A pressão arterial sistólica média em Portugal era de 134,6
mortalidade.
aumentar
simpósios.indd
21 logo que os valores da pressão arterial se situam
11/24/2013 10:38:02 PM
artecardiovascular e biologicamente falando não é plausível que mmHg em 2008, segundo a OMS. Com essa pressão
começa
a desviar
aoéfim
do 4º
ano e ao fim
denão
25 anos
é cerao fim de
25 anos
muito
semelhante
à do
hipertenso.
ca
de
metade
da
de
um
normotenso.
Num
doente
hipertenso
Quanto aos hipertensos tratados sem
atingir o objetivo, ao
SIMPÓSIO MEDICAMENTA “Qual o valor da ação combinada de longa duração no tratamento da HTA?”
PROFESSOR DOUTOR LUÍS MARTINS
tratado
e mantido
dentro doessencialmente
objetivo, a taxanão
de mortalidade
fim de 25
anos a sobrevida
difere muito
ao
fim
de
25
anos
é
muito
semelhante
à
do
não
hipertenso.
do doente não tratado. Quando tratamos os doentes,
temos
Quanto
aostemos
hipertensos
tratados
atingir
o objetivo,
ao
que
ser agressivos
grau
de controlo.
Só aassim
poderemos
Quando
umnohipertenso
nãosem
tratado,
taxa
de
sobrevida
fim
de
25
anos
a
sobrevida
essencialmente
não
difere
muito
começasignificativamente
a desviar ao fim doa 4º
ano e ao fim de 25 anos é cerdiminuir
mortalidade.
SIMPÓSIOS
doca
doente
não tratado.
Quando
tratamos
doentes,
temos
de metade
da de um
normotenso.
Numosdoente
hipertenso
SYMPOSIA
que
ser
agressivos
no
grau
de
controlo.
Só
assim
poderemos
mantido
dentro de
do hipertensos
objetivo, a taxa
de mortalidade
Emtratado
2011, oe grau
de controlo
em países
europeus,
diminuir
a mortalidade.
fimsignificativamente
demédios,
25 anosera
é muito
semelhante
à do nãoa hipertenso.
emaotermos
de 38,8%.
Relativamente
Portugal, o
Quanto
aos hipertensos
tratados
sem atingir
o objetivo,pelo
ao
grau
de controlo
atual de doentes
hipertensos,
determinado
Em
2011,
o Sociedade
grau
deacontrolo
de essencialmente
hipertensos
em países
europeus,
fim
deda25
anos
sobrevida
não édifere
muito
estudo
Portuguesa
de Hipertensão
de 42,6%.
em
era um
de Quando
38,8%.
Relativamente
a Portugal,
o
dotermos
doente
não tratado.
tratamos
os doentes,
Desde
2005,médios,
regista-se
aumento
de controlo
de
11,2%temos
para
grau
deser
controlo
atual no
de doentes
peloa
que
agressivos
graumelhorámos
de hipertensos,
controlo. muito
Sódeterminado
assim
poderemos
42,6%.
É de
reconhecer
e isto
maioria das causas de mortalidade.
não hipertenso.
Quanto aosque
hipertensos tratados
sem atingir
ograças
objetivo,
ao
estudo
da
Sociedade
Portuguesa
de
Hipertensão
é
de
42,6%.
diminuir
significativamente
a
mortalidade.
um
contínuo
e partilhado
por todos
os envolvidos
nestasnão
fimesforço
de 25 anos
a sobrevida
essencialmente
não difere
muito do doente
Na publicação mais recente da OCDE acerca das causas de Desde 2005, regista-se um aumento de controlo de 11,2% para
Na publicação mais recente da OCDE acerca das causas de morte, Portratado. Quando tratamos os doentes, temos que ser agressivos no grau de
questões.
morte,
está
o ponto
de vista
É de
que diminuir
melhorámos
muito
e istoa mortalidade.
graças
a
Em 2011,
graupoderemos
de controlo
de hipertensos
em países
europeus,
tugal estáPortugal
muito bem,
sob muito
o ponto bem,
de vistasob
de doença
coronária,
mas éde
ao 42,6%.
controlo.
Sóoreconhecer
assim
significativamente
doença
coronária,
mascerebral
é ao nível
acidente
vascular cerebral um
esforço
contínuo
e era
partilhado
por todos
os
envolvidos
nestas
em
termos
médios,
de
38,8%.
Relativamente
a
Portugal,
o
nível do acidente
vascular
que do
o país
está pior:
Em
2011,
o
grau
de
controlo
de
hipertensos
em
países
europeus,
em
Na publicação mais recente da OCDE acerca das causas de Vejamos uma publicação recente do Infarmed sobre a utilização
que o país está pior:
termos
médios,
era de
38,8%.
Relativamente
a Portugal,
o grau de controlo
questões.
grau de
controlo
atual
de doentes
hipertensos,
determinado
pelo
medicamentos
do aparelho
cardiovascular
nos últimos 11 anos.
morte, Portugal está muito bem, sob o ponto de vista de deatual
de doentes
hipertensos,
determinado
estudo da éSociedade
Porestudo
da Sociedade
Portuguesa
de pelo
Hipertensão
de 42,6%.
doença coronária, mas é ao nível do acidente vascular cerebral
tuguesa
de
Hipertensão
é
de
42,6%.
Desde
2005,
regista-se
um aumento
Desde 2005,
regista-se um
aumento
de controlo
para
Vejamos
uma publicação
recente
do Infarmed
sobredea11,2%
utilização
que o país está pior:
de controlo de 11,2% para 42,6%. É de reconhecer que melhorámos muito
É de reconhecer
quecardiovascular
melhorámos nos
muito
e isto11
graças
dee42,6%.
medicamentos
do aparelho
últimos
anos.a
isto graças a um esforço contínuo e partilhado por todos os envolvidos
um
esforço
contínuo
e
partilhado
por
todos
os
envolvidos
nestas
Na publicação mais recente da OCDE acerca das causas de nestas questões.
questões.
morte, Portugal está muito bem, sob o ponto de vista de
doença coronária, mas é ao nível do acidente vascular cerebral Vejamos uma publicação recente do Infarmed sobre a utilização de medicamentos
aparelho
cardiovascular
11 sobre
anos. a utilização
Vejamosdouma
publicação
recentenos
do últimos
Infarmed
que o país está pior:
de medicamentos do aparelho cardiovascular nos últimos 11 anos.
Furtado C. Medicamentos do Aparelho Cardiovascular: Uma Análise dos padrões de utilização e
despesa em Portugal Continental entre 2000 e 2001, Infarmed, 2013.
OECD (2011), Health at a Glance 2011: OECD Indicators, OECD Publishing.
htto://dx.doi.org/10.1787/health_glance-2011-en
Furtado C. Medicamentos do Aparelho Cardiovascular: Uma Análise dos padrões de utilização e
Reparem na utilização de anti-hipertensores e antidislipidémidespesa em Portugal Continental entre 2000 e 2001, Infarmed, 2013.
cos ao longo da última década: a utilização destes dois grupos de fármacos
aumentou
significativamente.
Logo a seguir
Reparem
na utilização
de anti-hipertensores
e antidislipidémiestão
vasodilatadores,
que cuja
utilização praticamente
não
cos
ao os
longo
da última década:
a utilização
destes dois grusiderando a taxa de sobrevida em 25 anos:
variou,
e
depois
todos
os
outros
medicamentos
que
viram
Vejamos agora uma comparação entre normotensos e pos
Furtado
C.
Medicamentos
do
Aparelho
Cardiovascular:
Uma
Análise
dos
padrões
de
utilização
de fármacos aumentou significativamente. Logo a seguirae
despesa em Portugal
Continental
entre 2000 e 2001,
Infarmed, 2013. cardiotóniutilização
diminuir
(venotrópicos,
antiarrítmicos,
hipertensos, considerando a taxa de sobrevida em 25 anos:
estão os vasodilatadores,
que cuja utilização
praticamente não
OECD (2011), Health at a Glance 2011: OECD Indicators, OECD Publishing.
cos e simpaticomiméticos).
De salientar
o aumento
520%
variou,
e depois todos os outros
medicamentos
que de
viram
a
htto://dx.doi.org/10.1787/health_glance-2011-en
Reparem
nadas
utilização
de eanti-hipertensores
e antidislipidémina
utilização
estatinas
de
apenas
de
cerca
de
100%
dos
utilização diminuir (venotrópicos, antiarrítmicos, cardiotónicos ao longo
da última
década: a utilização
destes doisaogruReparem
na utilização
de anti-hipertensores
e antidislipidémicos
longo
anti-hipertensores.
e simpaticomiméticos). De salientar o aumento de 520%
Vejamos agora uma comparação entre normotensos e cos
pos
de fármacos
aumentou
significativamente.
Logoaumentou
a seguir
da
última
década: a utilização
destes
dois grupos de fármacos
utilização
das estatinas
eque
deestão
apenas
de cerca
de que
100%
hipertensos, considerando a taxa de sobrevida em 25 anos: nasignificativamente.
Logo a seguir
osutilização
vasodilatadores,
cujados
utilizaestão
os vasodilatadores,
cuja
praticamente
não
Recordemos
que
em
Portugal,
a
principal
causa
de
morte
não
anti-hipertensores.
ção
praticamente
não
variou,
e
depois
todos
os
outros
medicamentos
que
variou,
e
depois
todos
os
outros
medicamentos
que
viram
é viram
a doença
coronária
mas
sim o acidente
vascular
cerebral.ae
a
utilização
diminuir
(venotrópicos,
antiarrítmicos,
cardiotónicos
utilização diminuir (venotrópicos, antiarrítmicos, cardiotóniAssim,
poderemos
estar
a utilizar
estatinas
a mais
provavelsimpaticomiméticos).
De
salientar
aumento
de 520%
nae,
utilização
das
Recordemos
que em
Portugal,
ao principal
de
morte
não
cos e simpaticomiméticos).
De
salientarcausa
o aumento
de 520%
estatinas
e
de
apenas
de
cerca
de
100%
dos
anti-hipertensores.
mente,
os
anti-hipertensores
deveriam
merecer
muito
mais
é anadoença
coronária
mas sim
acidente
cerebral.
utilização
das estatinas
e deo apenas
de vascular
cerca de 100%
dos
atenção
da nossa estar
parte.a Lamentavelmente,
nestae,publicação
Assim,
poderemos
utilizar
estatinas
a
mais
provavelanti-hipertensores.
Recordemos
que em Portugal,
a principal causa
de morte
não é a doença
não
se os
consideram
os antidiabéticos
como
medicamentos
mente,
anti-hipertensores
deveriam
muito mais
coronária
mas
sim o acidente vascular
cerebral.merecer
Assim, poderemos
estar a
para
o sistema
cardiovascular.
atenção
da nossa
parte.
Lamentavelmente,
nestadepublicação
utilizar
estatinas
a mais
provavelmente,
os anti-hipertensores
deveriam
Recordemos
que
eme,Portugal,
a principal
causa
morte
não
não
consideram
os antidiabéticos
comovascular
medicamentos
merecer
muito coronária
mais atenção
da nossa
Lamentavelmente,
nesta
é asedoença
mas
sim parte.
o acidente
cerebral.
Alguns
fatores
podem
o grau
controlo
dos
publicação
não se
consideram
antidiabéticos
como
medicamentos
para
para
o sistema
cardiovascular.
Assim,
poderemos
estarinfluenciar
a os
utilizar
estatinas
ade
mais
e, provavelBenetos A et al. J Hypertens. 2003; 21: 1635.
o sistema
cardiovascular.
nossos
doentes.
A
título
de
exemplo
saliente-se
que,
do
ponto
mente, os anti-hipertensores deveriam merecer muito mais
Alguns
fatores
podem
influenciar
o grau denesta
controlo
dos
atenção
da nossa
parte.
Lamentavelmente,
publicação
Alguns fatores podem influenciar o grau de controlo dos nossos doentes.
Benetos A et al. J Hypertens. 2003; 21: 1635.
nossos
doentes.
A
título
de
exemplo
saliente-se
que,
do
ponto
não
se
consideram
os
antidiabéticos
como
medicamentos
A título de exemplo saliente-se que, do ponto de vista dos pacientes, a
23.03.2013
- 05 paradeoverbas,
sistema
cardiovascular.
falta
a não
aderência à terapêutica e os efeitos colaterais dos
OECD (2011), Health at a Glance 2011: OECD Indicators, OECD Publishing.
Vejamos
agora uma comparação entre normotensos e
htto://dx.doi.org/10.1787/health_glance-2011-en
hipertensos,
considerando
a taxa
de sobrevida
em 25 anos:
Vejamos agora uma
comparação entre
normotensos
e hipertensos,
con-
Quando
23.03.2013temos um hipertenso não tratado, a taxa de sobrevida começa
Benetos
et al.do
J Hypertens.
21:de
1635.
a desviar
ao Afim
4º ano e2003;
ao fim
25 anos é cerca de metade da de
um normotenso. Num doente hipertenso tratado e mantido dentro do
objetivo, a taxa de mortalidade ao fim de 25 anos é muito semelhante à do
23.03.2013
22
medicamentos podem prejudicar o grau de controlo. Por isso se torna tão
importante
falar de podem
um novo influenciar
medicamento.o grau de controlo- 05
Alguns fatores
dos
-
nossos doentes. A título de exemplo saliente-se que, do ponto
Outros fatores de não controlo estão relacionados com os próprios
sistemas de saúde. Segundo uma publicação de 2010 da OCDE, existem
- 05 -
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
simpósios.indd 22
11/14/2013 11:21:03 AM
próprios sistemas de saúde. Segundo uma publicação de 2010
da OCDE, existem diferentes atuações dos Sistemas de Saúde
e sua regulação. Vejamos quatro tipos: muita regulação, com
preocupação sobre os sinais do mercado; muita regulação,
mas sem valorizar os sinais do mercado; pouca regulação e
ignorância dos sinais do mercado; pouca regulação e com foco
no mercado. O impacto na saúde destes quatro tipos de sistema é certamente diverso.
Relembremos que quando falamos em risco cardiovascular
falamos fundamentalmente em hipertensão, obesidade, dislipidémia e diabetes. E o centro do problema é que os doentes
têm concomitantemente todos esses fatores: o hipertenso
diferentes
atuações
dos Sistemas dealteração
Saúde e sua nas
regulação.
Vejamos
quatroo
apresenta
frequentemente
outras
variáveis,
tipos: muita regulação, com preocupação sobre os sinais do mercado; muita
dislipidémico também tem hipertensão e quando olhamos
regulação, mas sem valorizar os sinais do mercado; pouca regulação e
para o diabético,
esmagadora
maioriae dos
casos
ignorância
dos sinais doamercado;
pouca regulação
com foco
no também
mercado.
hipertensão
e dislipidémia.
Oapresentam
impacto na saúde
destes quatro
tipos de sistema é certamente diverso.
Relembremos
que qual
quando
cardiovascular
falamos portuAssim sendo,
é falamos
o perfilemderisco
risco
dos hipertensos
fundamentalmente em hipertensão, obesidade, dislipidémia e diabetes.
gueses? Seja nos cuidados hospitalares, seja nos cuidados
E o centro do problema é que os doentes têm concomitantemente todos
primários,
maioria dos
doentes
estão nasalteração
categorias
de risco
esses
fatores: oahipertenso
apresenta
frequentemente
nas outras
acrescentado
alto outambém
muitotem
alto,
ou seja, oe nosso
em
variáveis,
o dislipidémico
hipertensão
quandodoente
olhamosé,
para
o geral,
diabético,
esmagadora
dos casos também apresentam hipertenuma doente
de maioria
alto risco.
são e dislipidémia.
Barrios V et al. J Clin Hypertens 2007; 9: 324
O estudo PRESCOT mostrou que, com monoterapia, controla-se a pressão arterial a 25% dos doentes, mas se o doente
tem síndrome metabólico já só se controlam 17%. Se o doente
tem elevação da PCR, já só se controlam 15,4% e se for diabético só se controlam 6,3%. No caso da dislipidémia, 26%
Odos
estudo
PRESCOT
mostrou que, com
monoterapia,
doentes
são controlados
com
fármacos controla-se
mas se o doente
a tem
pressão
arterial
a
25%
dos
doentes,
mas
se
doente tem síndrome
síndrome metabólico já só são ocontrolados
17%, e se for
metabólico já só se controlam 17%. Se o doente tem elevação da PCR, já
diabético só são controlados 12%. Quando queremos controsó se controlam 15,4% e se for diabético só se controlam 6,3%. No caso
tanto a pressão
como
a dislipidémia,
só conseguidalar
dislipidémia,
26% dos arterial
doentes são
controlados
com fármacos
mas se o
mos tem
controlar
8,6%
dos doentes
se o doente
doente
síndrome
metabólico
já só são e
controlados
17%, for
e se diabético
for diabético
são controlados
12%. Quando
queremos controlar
tantoarterial
a pressãoe a
só só
conseguimos
controlar
a dislipidémia,
a pressão
arterial
como
a dislipidémia,
só conseguimos
glicose
a cerca
de 1% dos
doentes. controlar 8,6% dos doentes
e se o doente for diabético só conseguimos controlar a dislipidémia, a
pressão arterial e a glicose a cerca de 1% dos doentes.
Podemos então concluir que os principais fatores que influenciamentão
o grau
de controlo
são a fatores
diabetes
e a síndrome
mePodemos
concluir
que os principais
que influenciam
o grau
e não
tanto eaaidade,
o género
ou ae não
insuficiência
renal.
detabólica,
controlo são
a diabetes
síndrome
metabólica,
tanto a idade,
o
Sabemos que 28% dos doentes hipertensos em Portugal são género ou a insuficiência renal.
Assim sendo, qual é o perfil de risco dos hipertensos portugueses? Seja nos
Retomando o estudo do Infarmed acerca da medicação para
diabéticos.
Importa
também
referir
quea maioria
quandodosafirmamos
cuidados
hospitalares,
seja nos
cuidados
primários,
doentes
Retomando o estudo do Infarmed acerca da medicação para o aparelho
o aparelho cardiovascular em Portugal, verificamos que há
quenas
43%
dos doentes
estão controlados,
continuamos
estão
categorias
de risco acrescentado
alto ou muito
alto, ou seja, oa ter cardiovascular em Portugal, verificamos que há diferenças importantes
diferenças
emPortermos
das
áreasconsome
geográficas.
nosso
é, em geral,não
um doente
de alto risco.
termos das importantes
áreas geográficas.
exemplo,
o Porto
menos Por
57%doente
de doentes
controlados,
e este valor poderá ter em
exemplo,
o
Porto
consome
menos
medicamentos
que
Évora.
medicamentos
que
Évora.
tendência a agravar-se caso não consideremos os riscos
Sabemos que 28% dos doentes hipertensos em Portugal são diabéticos.
inerentes à situação atual do país.
Importa também referir que quando afirmamos que 43% dos doentes estão controlados, continuamos a ter 57% de doentes não controlados, e este
Quanto
dos doentes
que
neste
valor
poderá àterterapêutica
tendência a agravar-se
caso nãohipertensos
consideremos os
riscos
momento
tomam
medicação,
verificámos
que
a
viragem
inerentes à situação atual do país.
em termos de presença ou ausência de controlo tensional
Quanto
dos doentes
hipertensos de
que dois
neste fármacos
momento tomam
ocorreà terapêutica
essencialmente
na utilização
versus
medicação, verificámos que a viragem em termos de presença ou ausência
a
monoterapia.
de controlo tensional ocorre essencialmente na utilização de dois fármacos
versus a monoterapia.
Atualmente, em Portugal continental, cerca de 30% dos
Atualmente,
em Portugal continental,
cerca de 30% doslivres
doentese hipertendoentes hipertensos
tomam combinações
cerca de
sos
tomam
combinações
livres
e
cerca
de
70%
combinações
fixas.
Também a
70% combinações fixas. Também verificámos que
estamos
verificámos que estamos a utilizar muitas combinações com diuréticos e
utilizar muitas combinações com diuréticos e muito poucas
muito poucas com antagonistas de cálcio, quando deveria ser exatamente
antagonistas de cálcio, quando deveria ser exatamente
o com
contrário.
o contrário.
Relativamente aos doentes hipertensos diabéticos, verificámos que cerca
deRelativamente
81% são doentesaos
de risco
alto e hipertensos
risco muito alto
e que nestesverificámos
a taxa de
doentes
diabéticos,
controlo é substancialmente inferior (cerca de 27,5%).
Furtado C. Medicamentos do Aparelho Cardiovascular: Uma Análise dos padrões de utilização e
despesa em Portugal Continental entre 2000 e 2001. Infarmed, 2013.
que cerca de 81% são doentes de risco alto e risco muito alto
Mas vejamos uma outra análise: o Porto gasta poucos medicae daque
nestes a otaxa
de controlo
éPROFESSOR
substancialmente
inferior
Fundamentalmente,
que afeta
a taxa de controlo
dos DOUTOR
doentes éLUÍS
o facto
de
ção no tratamento
HTA?”
MARTINS
mentos
e uma
temoutra
um análise:
custo de
tratamento
baixo.
Em relação
a
de 27,5%).
o (cerca
doente “ter
tudo”.
Mas
vejamos
o Porto
gasta poucos
medicamentos
e
Évora,
gastam-se
muitos
medicamentos,
masgastam-se
com ummuitos
custo
tem
um custo
de tratamento
baixo.
Em relação a Évora,
medicamentos,
mas baixo.
com umEcusto
de tratamento
baixo. ECastelo
temos, por
de
tratamento
temos,
por
exemplo,
Branco
Fundamentalmente,
o
que
afeta
a
taxa
de
controlo
dos
doentes
rência à
exemplo,
Castelo
quemedicamentos
não gasta tantos medicamentos
e que
tem de
que não
gastaBranco
tantos
e que tem um
custo
é o facto de o doente “ter tudo”.
s podem
um custo de tratamento bastante mais alto.
tratamento bastante mais alto.
portante
com os
de 2010
de Saúde
ção, com
gulação,
ulação e
om foco
de siste-
vascular
ade, disdoentes
pertenso
iáveis, o
- 06 -
Barrios V et al. J Clin Hypertens 2007; 9: 324
O estudo PRESCOT mostrou que, com monoterapia, controla-se a pressão arterial a 25% dos doentes, mas se o doente
tem síndrome metabólico já só se controlam 17%. Se o doente
tem elevação da PCR, já só se controlam 15,4% e se for diabético só se controlam 6,3%. No caso da dislipidémia, 26%
simpósios.indd 23
dos doentes são controlados com fármacos mas se o doente
Considerando os estadios epidemiológicos da doença cardiovascular: Pestilência e fome, Pandemias em regressão, Doenças degenerativas, Doenças
degenerativas retardadas e Regressão da saúde por instabilidade social,
23.03.2013
onde se situa o nosso país?
Estamos no estadio designado por Doenças degenerativas retardadas, ou
seja, uma taxa de mortalidade por doença cardiovascular de cerca de 50%
e caracterizada por acidentes isquémicos, doença coronária e insuficiência
cardíaca em indivíduos idosos. De salientar que os estádios de doença
cardiovascular coexistem todos ao mesmo tempo no mundo, havendo
países que se encontram em cada um desses 5 estadios. A nossa situação
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013 23
11/14/2013 11:21:03 AM
SIMPÓSIO MEDICAMENTA “Qual o valor da ação combinada de longa duração no tratamento da HTA?”
SIMPÓSIOS
Considerando os estadios epidemiológicos da doença cardioSYMPOSIA
vascular: Pestilência e fome, Pandemias em regressão, Doenças
degenerativas, Doenças degenerativas retardadas e Regressão
da saúde por instabilidade social, onde se situa o nosso país?
PROFESSOR DOUTOR LUÍS MARTINS
modulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e os
antagonistas do cálcio, mais benefícios poderão ser conseguidos.
A este respeito salienta-se um outro facto que me parece
muito importante: enquanto que nos estudos mais antigos,
a média de fármacos necessários para atingir os objetivos era
de 3,2, quando se analisam os estudos mais recentes, a média
baixa para cerca de 2,2. Ora, os estudos mais recentes caracterizam-se pela utilização preferencial dos antagonistas do
cálcio e dos moduladores do SRA.”
Estamos no estadio designado por Doenças degenerativas retardadas, ou seja, uma taxa de mortalidade por doença carnão é necessariamente
podendo
regredir, especialmente
diovascular deimutável,
cerca de
50% vir
e acaracterizada
por acidentes
tendo em
conta
o
contexto
socioeconómico
do
nosso país. De
acordo com
isquémicos, doença coronária e insuficiência
cardíaca
em inuma publicação de 2010 nos Estados Unidos, os impactos que as crises
divíduos idosos. De salientar que os estádios de doença cardioeconómicas têm nos sistemas de saúde podem ser muito significativos e,
vascular
coexistem
todos são
ao mesmo
no mundo,
infelizmente,
nestes
últimos meses,
inúmerostempo
os exemplos
citadoshavendo
na
países
que
se
encontram
em
cada
um
desses
5 estadios.
imprensa escrita em que se vislumbram sinais de que a crise atual
poderá A
nossa
não é necessariamente
imutável, podendo vir
estar a pôr
em situação
causa os progressos
na Saúde dos portugueses.
a regredir, especialmente tendo em conta o contexto socioecoÉ importante
contapaís.
que os
têm outros
nómicoterdoemnosso
Defármacos
acordo anti-hipertensores
com uma publicação
de 2010
efeitos para
de diminuírem
os valores
da pressão
título
nos além
Estados
Unidos, os
impactos
que asarterial.
crisesAeconómicas
de exemplo,
o acidente
vascular
cerebral:
têm tomemos
nos sistemas
de saúde
podem
serembora
muitoverifiquemos
significativos e,
que os inibidores da enzima de conversão (IECA) acarretam benefícios
infelizmente,
nestes
últimos
meses,
são
inúmeros
os exemquando diminuem a pressão arterial, tais benefícios estão intimamente
plos
citados
na
imprensa
escrita
em
que
se
vislumbram
relacionados à diminuição da pressão. O mesmo não se passa com os sinais
de que
crise com
atualospoderá
a pôr
causanaos
progressos medicamentos deixaram de ter indicação, exceto os IECAs, os ARAs e os
antagonistas
do acálcio,
quais seestar
verificou
queem
mesmo
ausência
antagonistas do cálcio. Portanto, quanto mais cedo usarmos a modulação
na Saúde
dos portugueses.
de diminuição
da pressão
arterial há benefícios em termos de acidente
i-hipertenm os valores
o acidente
ibidores da
quando ditimamente
não se passe verificou
são arterial
erebral. Por
tilização de
m benefício
tinente para
lar cerebral.
farmacológicos têm alguma indicação; quando o doente ainda
não teve eventos e tem diabetes, síndrome metabólica, hipertensão ou outras variáveis, alguns grupos deixam de ter
qualquer indicação; e quando o doente só tem doença subclínica (hipertrofia esquerda, aterosclerose, microalbuminúria
ou disfunção renal) praticamente todos os medicamentos
deixaram de ter indicação, exceto os IECAs, os ARAs e os anBakris et al. Am J Med 2004; 116(5A): 308; Dahlof et al. Lancet 2005; 366: 895
Jamersontagonistas
et al. Blood Press 2007;
16: 80; Jamerson
et al. N Englquanto
J Med 2008; 359:
22417.
do cálcio.
Portanto,
mais
cedo usarmos a
Ex-Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão.
O Professor Luís Martins concluiu desta forma a sua intervenção.
24
23.03.2013
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
simpósios.indd 24
mo a glice-
Diretor do Serviço de Cardiologia, CHEDV EPE,
Santa Maria da Feira.
Professor de Medicina e Cardiologia, Universidade
Fernando Pessoa, Porto.
Diretor da Faculdade das Ciências da Saúde, Universidade
Fernando Pessoa, Porto.
PM/TWY-131041
do sistema renina-angiotensina-aldosterona e os antagonistas do cálcio,
vascular cerebral. Por outras palavras, em termos cerebrovasculares, a
utilização
de
antagonistas
dos
canais
do
cálcio
permite
obter
um
benefício
É importante ter em conta que os fármacos anti-hiperten- mais benefícios poderão ser conseguidos.
independente
da queda
da pressão
e isto édepertinente
para aosnossa
sores têm
outros
efeitosarterial
para além
diminuírem
valores
A este respeito salienta-se um outro facto que me parece muito imsituação em termos de taxa de acidente vascular cerebral.
da pressão arterial. A título de exemplo, tomemos o acidente portante: enquanto que nos estudos mais antigos, a média de fármacos
vascular cerebral: embora verifiquemos que os inibidores da necessários para atingir os objetivos era de 3,2, quando se analisam os esTendo em conta algumas variáveis metabólicas como a glicemia, a senside aconversão
acarretam
benefícios
quando
bilidadeenzima
à insulina,
diabetes e a(IECA)
dislipidémia,
podemos
verificar que
os di- tudos mais recentes, a média baixa para cerca de 2,2. Ora, os estudos mais
minuem
a
pressão
arterial,
tais
benefícios
estão
intimamente
recentes
pela utilização
preferencial
do
fármacos anti hipertensores têm outros efeitos. Saliente-se a propósito
Bakris etcaracterizam-se
al. Am J Med 2004; 116(5A):
308; Dahlof et
al. Lancet 2005;dos
366:antagonistas
895
Jamerson
Blood Press 2007;
80; Jamerson et al. N Engl J Med 2008; 359: 22417.
e doset al.
moduladores
do16:SRA.”
relacionados
à diminuição
davariáveis
pressão.
O mesmo
se pas- cálcio
que, efeitos
favoráveis ou
neutros nessas
metabólicas
sãonão
obtidos
duração no tratamento
da HTA?”
DOUTOR
LUÍS
MARTINS
quando
se com
utilizam
moduladores do
do PROFESSOR
sistema
angiotensina
os
sa
os os
antagonistas
cálcio, renina
com
os
quais
se everificou
antagonistas
do cálcio.na
Peloausência
contrário,de
comdiminuição
os diuréticosda
ou com
os be-arterial O Professor Luís Martins concluiu desta forma a sua intervenção.
que mesmo
pressão
O Professor Luís Martins concluiu desta forma a sua intervenção.
tabloqueadores,
os efeitos
obtidos
a esses
são deletérios.
há benefícios
em
termos
de níveis
acidente
vascularecerebral.
Por
nça cardio- modulação
do sistema
renina-angiotensina-aldosterona
os
outras palavras,mais
em termos cerebrovasculares,
a utilização de
ão, Doenças Tendo
antagonistas
conseguidos.
em contadoo cálcio,
referido nasbenefícios
guidelines,poderão
no que ser
respeita
às indicações
antagonistas
dos
canais
do
cálcio
permite
obter
umé possível
benefício
e Regressão formais para as diferentes classes de fármacos anti-hipertensores,
independente
da
queda
da
pressão
arterial
e
isto
é
pertinente
sso país? verificar
A esteorespeito
um outro
que me
parece
seguinte:salienta-se
no caso de doentes
que facto
já sofreram
eventos,
prati- para
a
nossa
situação
em
termos
de
taxa
de
acidente
vascular
cerebral.
muito
importante:
enquanto
que
nos
estudos
mais
antigos,
camente todos os grupos farmacológicos têm alguma indicação; quando
erativas re- o adoente
médiaainda
de fármacos
necessários
para
atingir
os
objetivos
era
não teve eventos e tem diabetes, síndrome metabólica,
doença car- hipertensão
de 3,2,
quando
seconta
analisam
osalguns
estudos
maisdeixam
recentes,
a média
ou em
outras
variáveis,
grupos
de ter
qualquer
Tendo
algumas
variáveis
metabólicas
como ainglicer acidentes dicação;
baixamia,
para
cerca
2,2. Ora,
estudossubclínica
mais
recentes
e quando
ode
doente
só tem
doença
(hipertrofia
esquerda,
a sensibilidade
àosinsulina,
a diabetes
e caraca dislipidémia,
microalbuminúria
ou os
disfunção
renal)
praticamente
aca em in- aterosclerose,
terizam-se
pela verificar
utilizaçãoque
preferencial
dos
antagonistas
dotodos ostêm
podemos
fármacos
anti
hipertensores
nça cardio- cálciooutros
e dos moduladores
do
SRA.”
efeitos. Saliente-se a propósito que, efeitos favoráveis
do, havendo
ou neutros nessas variáveis metabólicas são obtidos quando se
estadios. A
utilizam os moduladores do sistema renina angiotensina e os anodendo vir
tagonistas do cálcio. Pelo contrário, com os diuréticos ou com os
to socioecobetabloqueadores, os efeitos obtidos a esses níveis são deletérios.
ão de 2010
económicas
Tendo em conta o referido nas guidelines, no que respeita
ficativos e,
s os exemàs indicações formais para as diferentes classes de fármacos
bram sinais
anti-hipertensores, é possível verificar o seguinte: no caso de
Professor Doutor Luís Martins
progressos
doentes que já sofreram eventos, praticamente todos os grupos
- 07 -
11/14/2013 11:21:04 AM
Anunc
COMUNICADO À IMPRENSA
PRESS RELEASE
PIC SOLUTION ASSINA PROTOCOLO COM
SOCIEDADE PORTUGUESA DE HIPERTENSÃO
Com o objetivo de promover a saúde pública e o
combate à hipertensão, a marca PiC Solution e a
Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPHTA)
assinaram um protocolo de cooperação no passado
dia 20 de Setembro. Todos os medidores de braço
da tensão arterial da marca Pic Solution, que já
estavam validados clinicamente de acordo com
o protocolo internacional de validação clínica da
Sociedade Europeia de Hipertensão, têm agora o
reconhecimento e a recomendação da Sociedade
Portuguesa de Hipertensão.
indivíduos. Constituída por sofisticados medidores
de tensão digitais, a gama PiC Solution foi desenvolvida para responder a todas as necessidades dos
utilizadores, garantindo uma elevada fiabilidade
e exatidão na medição da tensão arterial. Os seus
produtos são líderes, num mercado cada vez mais
exigente, competitivo e em constante evolução. O
seu carácter inovador e a sua tecnologia de ponta,
fazem com que estes medidores de tensão arterial
digitais garantam elevados padrões de qualidade e
a satisfação máxima de todos os consumidores.
Na sequência de colaborações já existentes entre
a PiC Solution e a Sociedade Portuguesa de
Hipertensão, os medidores de braço da tensão arterial PiC Solution são agora recomendados pela
SPHTA, que reconhece, assim, as suas características distintivas e a sua validação científica, tendo
superado, com excelência, o rigoroso Protocolo
Internacional da European Society Of Hypertension
(ESH – Sociedade Europeia de Hipertensão).
Estes medidores de tensão arterial são altamente
precisos e recomendados para uso domiciliar,
sendo, ainda, aconselhados pela dabl Educational
Trust (www.dableducational.org), um site técnico,
medico-científico, extremamente conceituado no
meio.
Com a formalização desta parceria, a Sociedade
Portuguesa de Hipertensão recomenda o uso da
já vasta gama de medidores de tensão de braço
PiC Solution, muito simples e práticos de utilizar:
PERSONAL CHECK
Este medidor de tensão arterial automático de braço
possui um indicador de tensão arterial elevada personalizável, o que permite monitorizar a tensão arterial de
forma precisa e contínua. O seu visor, de dimensão extra,
permite uma leitura fácil dos valores. Para além da indicação da data e hora da medição, informa a média das 3
últimas medições e possui um indicador de irregularidade
do ritmo cardíaco. Permite ainda transferir as medições
para o PC, através de um software específico.
HELP CHECK
CLASSIC CHECK
O presidente da SPHTA,
Dr. Fernando Pinto,
Daily Check
Medidor de tensão arterial automático de braço, com
Medidor de tensão arterial de braço, completamente
congratula-se comMedidor
este protocolo,
como
sendo
de tensão
arterial
automático
de
braço,
com
display
de
grande
dimensão
e
indicador
de tensão arterial elevada, bem como data e
indicador de estabilidade hemodinâmica, de tensão arteautomático. A função one touch permite a sua utilização
da medição.
Com 120
memórias,rial
informa
a
média
das
3
últimas
medições.
É
calibrável
e
permite
ligação a PC para transferência dos
“mais um passo nahora
prevenção
e controlo
da hiperelevada e de hipertensão. Com 120 memórias, data e
de uma forma fácil, simples e intuitiva. Possui também
valores medidos
para software
tensão e consequentemente
uma melhoria
na específico.
hora da medição, informa também a média das 3 últimas
um visor de grande dimensão e 30 memórias. É calibrável
qualidade de vida de muitos portugueses”.
medições. É calibrável e permite ligação a PC para transe permite ligação a PC para transferência dos valores
Classic Check
ferir as medições efetuadas.
medidos.
a sua utilização de uma forma fácil, simples
Para Aurélio Vieira,
Product
da PiC
Medidor
deManager
tensão arterial
deSobraço, completamente automático. A função one touch permite
DAILY
CHECK
MAMY
CHECK
e intuitiva.
Possuiser
também
um visor de
grande
dimensão e 30 memórias. É calibrável e permite
ligação
a PC para transferência dos valores
lution, “é uma honra
para a marca
reconhecida
Medidor de tensão arterial automático de braço, com
Como o nome indica, este medidor de tensão arterial
medidos.
e recomendada por
esta entidade, através de um
display de grande dimensão e indicador de tensão arterial
automático de braço é especialmente indicado para gráviprotocolo que visa o combate à hipertensão, para o elevada, bem como data e hora da medição. Com 120
das. Apresenta um display de grande dimensão, indicador
Mamy
Check
qual a PiC tem vindo a contribuir com uma maior
memórias, informa a média das 3 últimas medições. É
de hipertensão, 120 memórias com data e hora e a média
Como
o nome indica,
este medidor
tensão arterial
automático
depara
braço
é especialmente indicado para grávidas.
fiabilidade, exatidão
e facilidade
de utilização
dos decalibrável
e permite
ligação a PC
transferência
das 3 últimas medições. É calibrável e possibilita a ligação
Apresenta
um
display
de
grande
dimensão,
indicador
de
hipertensão,
120
memórias
com
data
e hora e a média das 3 últimas medições. É
seus aparelhos”.
dos valores medidos para software específico.
a PC para transferência dos valores medidos.
calibrável e possibilita a ligação a PC para transferência dos valores medidos.
A hipertensão arterial é um reconhecido fator de
risco das doenças cardiovasculares. Em Portugal,
existem cerca de dois milhões de hipertensos.
Destes, só 76,8% tem conhecimento que tem
pressão arterial elevada; apenas 74,9% está medicado e apenas 42,6% estão controlados.
No entanto, a tensão arterial pode ser controlada,
tornando possível a prevenção de doenças cardiovasculares e a melhoria da qualidade de vida dos
26
Para mais informações:
Beatriz Almeida
GCI Braamcamp
212476926
[email protected]
e
www.picsolution.com
www.sphta.org.pt
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
*P
Press-release.indd 26
11/24/2013 10:44:36 PM
AF PIC
CURSOS DE VERÃO
SUMMER SCHOOL
SUMMER SCHOOL DA SOCIEDADE
EUROPEIA DE HIPERTENSÃO 2013
2013 ESH HYPERTENSION
SUMMER SCHOOL
PORTUGAL 21-27 SETEMBRO
Congratulamo-nos com o enorme sucesso do Summer School da
Sociedade Europeia de Hipertensão recentemente organizado pela
SPH em Espinho. Esse sucesso foi claramente reflectido por:
a) um nº record de students (72) provenientes não só da Europa
mas também, por pedido expresso nosso, da América Latina (4 do
Brasil, 1 da Argentina e 1 do México) e de Moçambique,
b) pela 1ª vez foi incluído no programa científico a apresentação
de abstracts pelos students do seu trabalho (antecipadamente solicitámos que enviassem) na forma de poster (17) ou comunicação
oral (12),
c) os rasgados elogios dos membros da faculty, com particular
realce para a Presidente da ESH (Prof. Anna Dominiczak) e
Directora das Actividades Educaionais da ESH (Prof. Renata
Cífková),
d) classificação de excelente em todos os itens (programas científico e social, sala de reuniões, hotel, refeições) do evaluation form
preenchido pelos students,
e) mas principalmente pelo facto que muitos dos students, espontaneamente, tiveram a amável iniciativa de nos virem expressar
pessoalmente a sua opinião sobre a excelente qualidade da reunião
agradecendo efusivamente a oportunidade que tiveram de estar
presentes.
Assim em nome da Direcção da SPH quero reiterar os meus
agradecimentos a todos os que tornaram possível este magnífico
evento, destacando naturalmente os prelectores e os membros
desta e das anteriores Direcções pelo seu apoio incondicional.
Fernando Pinto
Presidente da Sociedade Portuguesa de
Hipertensão & Course Director do ESH
Summer School 2013
28
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
SummerSchool.indd 28
11/13/2013 2:11:12 PM
8º CONGRESSO PORTUGUÊS DE HIPERTENSÃO E RISCO
CARDIOVASCULAR GLOBAL / 8 TH INTERNATIONAL MEETING
ON HYPERTENSION AND GLOBAL CARDIOVASCULAR RISK
Caros Colegas
O 8º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global vai realizar-se em Vilamoura
de 20 a 23 de Fevereiro de 2014.
Caros Colegas
A reuniãoPortuguês
científica anual
da Sociedade
Portuguesa
de Hipertensão
vindo, passe
a imodéstia, a
O 8º Congresso
de Hipertensão
e Risco
Cardiovascular
Global vaitem
realizar-se
em Vilamoura
como de
um2014.
dos congressos mais atractivos do panorama médico nacional (e assumidamente
de 20 aafirmar-se
23 de Fevereiro
também internacional, já que neste ano temos fundadas expectativas de contar com quase meia
centena
de inscrições
colegas de
outros países).
Uma vez mais
desenhado
ser um aespaço
A reunião
científica
anual dade
Sociedade
Portuguesa
de Hipertensão
tem foi
vindo,
passe apara
imodéstia,
ondecomo
possamos
experiências
e anseios,
dificuldades
saberes,(eda
teoria à prática do
afirmar-se
um dospartilhar
congressos
mais atractivos
do panorama
médicoe nacional
assumidamente
seguimento
dos doentes
com patologia
cardio-vascular,
com óbvio destaque
principal
causa de
também
internacional,
já que neste
ano temos
fundadas expectativas
de contarpara
coma quase
meia
Caros
Congressistas
morte
e de incapacidade
no de
nosso
país:
a hipertensão
arterial.
centena
de inscrições
de colegas
outros
países).
Uma vez
mais foi desenhado para ser um espaço
onde
possamos
partilhar
experiências Arterial
e anseios,
e saberes,
da teoria
O 7º
Congresso
de Hipertensão
vaidificuldades
decorrer em
Vilamoura
de 28 àdeprática do
A Direcção
da Sociedade
Portuguesa
de Hipertensão
delegou no
Prof.
Mesquita
a
seguimento
dos
doentes
com
patologia
cardio-vascular,
com
óbvio
destaque
para
a
causaBastos
de
Fevereiro a 3 de Março de 2013 e, pretende-se que seja o encontro paraprincipal
debate
de nosso
presidir
deste evento onde estarão envolvidos
morte eresponsabilidade
de incapacidade no
país:a aComissão
hipertensãoOrganizadora
arterial.
de ideias, de todos os que se dedicam ao estudo do doente com risco cardiovascureconhecidos membros da nossa Sociedade, da Sociedade Europeia de Hipertensão (incluindo a sua
lar Presidente
global, embora
com
um
enfoque especial
na vertente
da hipertensão
arterial.
a Prof.Portuguesa
Anna Dominiczak)
bem como delegou
das Sociedades
Brasileira
e Moçambicana.
A Direcção
da actual,
Sociedade
de Hipertensão
no Prof.
Mesquita
Bastos a
Envolverá
destacados
membros
da
nossa
Sociedade
e
da
Sociedade
Europeia
de
responsabilidade de presidir a Comissão Organizadora deste evento onde estarão envolvidos
Hipertensão
incluindo
otraçado
seuSociedade,
actual
Presidente,
o eProf.
Josep
No seguimento
doda
rumo
nos anos
dando
expressão
aos princípios
estatutários
reconhecidos
membros
nossa
daanteriores
Sociedade
Europeia
deRedon.
Hipertensão
(incluindo
a sua da
SPH,actual,
firmemente
aquandobem
da como
tomada
posse desta
Direcção,
o Congresso tem como
Presidente
a Prof.reiterados
Anna Dominiczak)
dasdeSociedades
Brasileira
e Moçambicana.
Como
habitualmente,
o Congresso é organizado
pela Sociedade
Portuguesa
objectivo
contribuir significativamente
para a formação
contínua de
todos os de
Médicos, sendo
Hipertensão
que,
à
semelhança
do
ano
anterior,
voltou
a
delegar
no
Dr. Fernando
particularmente
dirigido
aos
colegas
de
Medicina
Geral
e
Familiar,
visto
serem
eles
que lidam
No seguimento do rumo traçado nos anos anteriores e dando expressão aos princípios
estatutários
da com a
Pinto
a responsabilidade
de
liderar
a Comissão
Organizadora
evento. Pretendemos
enormíssima
maioria dos
doentes
hipertensão
e/ou
comDirecção,
risco deste
cardiovascular.
SPH,
firmemente
reiterados
aquando
dacom
tomada
de posse
desta
o Congresso
tem como que
constitua
uma significativamente
oportunidade para,para
através
da partilha
de experiências,
os nossos
objectivo
contribuir
a formação
contínua
de todos osactualizarmos
Médicos, sendo
agilizarmos
as
complementaridades
nossas
actividades
diárias
particularmente
aos
colegas
dedestaque
Medicina especial
Geral e Familiar,
visto serem
eles queclínicas
lidam
com
a com
Vaiconhecimentos
ser, maisdirigido
umaevez,
dado
um
nodas
programa
dos trabalhos,
à parvista a beneficiarmos
cada
vez
mais
os
nossos
doentes
prevenirmos
o aparecimento
enormíssima
maioria
dos doentes
com
hipertensão
e/ou
come,risco
cardiovascular.
Pretendemos
que ou
ticipação
dos colegas
de
Medicina
Geral
e Familiar.
Oidealmente,
Congresso
é-lhes
especialretardarmos
a evolução
das
constitua
uma
oportunidade
para,potenciais
através
da
partilha deconstante
experiências,
actualizarmos
mente
dirigido,
numa perspectiva
de complicações.
actualização
através
do debateosdenossos
conhecimentos
e
agilizarmos
as
complementaridades
das nossas
clínicas
diárias com
ideias, apresentação de casos clínicos e organização
de umactividades
curso prático
de formaComo
vem
sendo
hábito,
para
além
dos
Simpósios
conjuntos
com
membros
da
Sociedade
vista
a
beneficiarmos
cada
vez
mais
os
nossos
doentes
e,
idealmente,
prevenirmos
o
aparecimento
ou de
ção pós-graduada, à imagem e na sequência do que foi feito no último Congresso.Europeia
Hipertensão
e de Sociedades
de complicações.
outros países (Hungria, França, Brasil, Moçambique) teremos espaço
retardarmos
a evolução
das potenciais
para discussão prática de casos clínicos e para abordarmos temas mais ou menos controversos numa
Organizaremos Simpósios conjuntos com destacados membros da Sociedade
perspectiva
formativa,
par com
a revisão teórica
dos grandes
temas da
da Sociedade
área cardio-vascular.
Como vem
sendo hábito,
paraaalém
dos Simpósios
conjuntos
com membros
Europeia deNatural
Europeia
de Hipertensão
eIIIcom
outras
Sociedades
e, esperamos
poder
apresen-em resposta a
destaque
paradeooutros
Curso
Prático
de Formação
Pós-graduada,
organizado
Hipertensão
e detambém
Sociedades
países
(Hungria,
França, Brasil,
Moçambique)
teremos espaço
tardiscussão
os resultados
do
da prevalência
da que
hipertensão
e do
de sal bem
da numa
frequentaram
asconsumo
ediçõescontroversos
prévias,
como para
múltiplas
solicitações
e sugestões
para
prática
de estudo
casos
clínicos
edos
paracolegas
abordarmos
temas mais
ou
menos
população
portuguesa,
da
responsabilidade
da
nossa
Sociedade.
os Cursos
Práticos
Ecografia
queteórica
permitem
maior familiarização
a avaliação Natural
de lesões de
perspectiva
formativa,
a pardecom
a revisão
dos grandes
temas da áreacom
cardio-vascular.
órgãos-alvo.
destaque
também para o III Curso Prático de Formação Pós-graduada, organizado em resposta a
Mais uma
vez e, apesar
da crise
económica
que nos perturba
e porprévias,
vezes bem
nos inibe,
múltiplas
solicitações
e sugestões
dos colegas
que frequentaram
as edições
como para
vamos
ter
uma
presença
e
um
apoio
importantes
da
Indústria
Farmacêutica,
Numa
altura
em
que
somos
confrontados
com
aumento
crescente
de
preocupações
financeiras,
os Cursos Práticos de Ecografia que permitem maior familiarização com a avaliação deque
lesões
de não
torna
possível
cumprir
nossos
de actualização
científica.
podemos
deixar
de terosem
contaobjectivos
as evidências
científicas, consubstanciadas
nas Guidelines das
órgãos-alvo.
Sociedades Científicas, pelo que as recentes actualizações destas merecerão amplo debate com vista
àaltura
sua integração
nadelinear
nossa
prática
clínica
diária.
em que somos
confrontados
com
aumento para
crescente
financeiras,
não
Numa
É nosso
objectivo,
a melhor
estratégia
tratardeospreocupações
nossos doentes
e,
podemos
deixarimportante,
de ter em conta
as evidências
científicas,
consubstanciadas
Guidelines
ainda mais
prevenir
a ocorrência
de eventos
que tenham nas
relação
mais das
palavra
de com
apreço
o relevante
da Indústria
Farmacêutica
de Equipamentos
Sociedades
Científicas,
pelo que
as recentes
destas
merecerão
amploedebate
com vista que
ou Uma
menos
directa
os para
factores
de actualizações
riscoapoio
da nossa
população.
mesmo nos
difíceisclínica
da actual
conjuntura sócio-económica, permite que prossigamos o nosso
à sua integração
natempos
nossa prática
diária.
desiderato
formação
continuada
e actualização científica.
Todos
juntosdefaremos
um
bom Congresso.
Uma palavra de apreço para o relevante apoio da Indústria Farmacêutica e de Equipamentos que
juntos faremos
bom Congresso.
mesmoTodos
nos tempos
difíceis um
da actual
conjuntura sócio-económica, permite que prossigamos o nosso
Até Vilamoura.
desiderato de formação continuada e actualização científica.
Aguardo por todos em Vilamoura.
José Nazaré
Todos juntos faremos um bom Congresso.
PORTUGUÊS
DE
SÃO
H IPoECaRrdTiovEasN
cular Global
e Risc
ETING
IONAL ME
ON
ION
Y P E R T E N Su l a r R i s k
th
AT
8 INTERN
Hn d G l o b a l C a r d i o v a s c
a
vereiro
20 a 23 Fe
Tivoli Marina
2014 Vilamoura
PROGRAMA
PRELIMINAR
SOCIEDADE
DE
PORTUGUESA ÃO
HIPERTENS
Portuguese Society
of Hypertension
g.pt
www.sphta.or
Presidente da SPH
Fernando Pinto
Presidente da SPH
Aguardo por todos em Vilamoura.
03
8ºcongresso.indd 29
O
8º CONGRESS
03
Fernando Pinto
Presidente da SPH
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
29
11/13/2013 2:11:24 PM
8º CONGRESSO PORTUGUÊS DE HIPERTENSÃO E RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL
8 TH INTERNATIONAL MEETING ON HYPERTENSION AND GLOBAL CARDIOVASCULAR RISK
PROGRAMA PRELIMINAR/PRELIMINARY PROGRAM
20
FEVEREIRO
FEBRUARY
QUINTA-FEIRA THURSDAY
13:00
ABERTURA DO SECRETARIADO
SECRETARY OPENING
14:30
COMUNICAÇÕES ORAIS / CARTAZES
ORAL / POSTER SESSION
17:00
CURSO DE PÓS GRADUÇÃO EM HTA - SESSÃO 1
POST GRADUATION COURSE ON HTN - 1ST SESSION
ar
bolismo
- Efeitos Secundários da Terapêutica Anti-hipertensora e Follow-up do
Hipertenso Medicado
- Side Effects Of Antihypertensive Medication And Follow- Up of the Treated
Hypertensive Patient
17:00
MINI-CONFERÊNCIAS
MINI-CONFERENCES
-10 Anos de Summer School Portugesa
10 Years of Portuguese Summerschool
- HTA no Idoso
HTA In The Elderly
- A Anunciar
To Be Announced
- A Anunciar
To Be Announced
êutica
18:00
SESSÃO SOLENE DE ABERTURA
OPENING CERIMONY
18:30
CONFERÊNCIA INAUGURAL
INAUGURAL LECTURE
19:00
SIMPÓSIO SATÉLITE
SATELLITE SYMPOSIUM
20:00
PORTO DE HONRA
WELCOME PORTO-WINE COKTAIL
APAH)
MA)
07
30
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
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11/13/2013 2:11:24 PM
21
FEVEREIRO
FEBRUARY
SEXT
SEXTA-FEIRA FRIDAY
08:00
COMUNICAÇÕES ORAIS / CARTAZES
ORAL / POSTER SESSION
14:30
SIMP
SATE
09:00
MESA REDONDA
ROUND TABLE
15:30
SESS
MAG
15:30
CURS
- HTA e Cérebro
- Hypertension and Brain
10:30
Coffee Break
11:00
MESA REDONDA
ROUND TABLE
- Cas
- Clin
- HTA Resistente
- Resistant Hypertension
11:00
13:00
Coffe
17:30
CON
LECT
-OP
- The
CURSO DE PÓS GRADUÇÃO EM HTA - SESSÃO 2
POST GRADUATION COURSE ON HTN - 2ND SESSION
- Como Avaliar HTA Secundária a Doença Parenquimatosa Renal
ou a Estenose Renal
- How to Evaluate Secondary Hypertension due to Renal Hypertension
or to Renal Artery Stenosis
12:00
17:00
17:30
-AH
Ar
SIMPÓSIO SATÉLITE
SATELLITE SYMPOSIUM
18:00
Almoço | Lunch
08
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
8ºcongresso.indd 31
CON
LECT
31
11/13/2013 2:11:25 PM
SIMP
SATE
8º CONGRESSO PORTUGUÊS DE HIPERTENSÃO E RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL
8 TH INTERNATIONAL MEETING ON HYPERTENSION AND GLOBAL CARDIOVASCULAR RISK
PROGRAMA PRELIMINAR/PRELIMINARY PROGRAM
20 a 23 Fevereiro
Marina
2014 Tivoli
Vilamoura
SEXTA-FEIRA FRIDAY
14:30
SIMPÓSIO SATÉLITE
SATELLITE SYMPOSIUM
15:30
SESSÃO MAGNA SPH-APMGF
MAGNA SESSION SPH-APMGF
15:30
CURSO NÚCLEO DE INTERNOS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE HTA-NISPH
- Casos Clínicos Interativos: HTA no Doente Complexo
- Clinical Cases in the Complex Hypertensive Patient
17:00
Coffee Break
17:30
CONFERÊNCIA
LECTURE
- O Papel da Automedição da PA
- The Role of Home Boold Pressure
17:30
ion
CONFERÊNCIA
LECTURE
- A HTA na Mulher
Arterial Hypertension in Women
18:00
SIMPÓSIO SATÉLITE
SATELLITE SYMPOSIUM
09
32
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
8ºcongresso.indd 32
11/13/2013 2:11:25 PM
22
FEVEREIRO
FEBRUARY
SÁBADO SATURDAY
SÁBA
08:00
COMUNICAÇÕES ORAIS / CARTAZES
ORAL / POSTER SESSION?
09:00
SYMPOSIUM "3ÈMES RENCONTRES FRANCO-LUSITANIENNES"
"3RD PORTUGUESE-FRENCH MEETING" SYMPOSIUM
09:00
CURSO NÚCLEO DE INTERNOS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE HTA-NISPH
Coffee Break
11:00
SIMPÓSIO ESH-SPH
ESH-PSH SYMPOSIUM
11:00
SIMP
SATE
15:30
SIMP
POR
- HTA
- HTN
- Como Orientar uma Consulta de Hipertensão: Abordagem Estruturada
do Doente e Recurso a Ferramentas para Estratificação de Risco
- How to Manage a Hypertensive Consultation: The Aproach of the Patient
and the Use of Tools to Stratify the Cardiovascular Risk
10:30
14:30
15:30
-AD
- Sex
17:00
Coffe
17:30
CON
LECT
CURSO DE PÓS GRADUÇÃO EM HTA - SESSÃO 3
POST GRADUATION COURSE ON HTN - 3RD SESSION
A HT
Whit
- HTA e Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono
- HYPERTENSION and Sleep Apneia Sindrome
12:00
13:00
18:00
SIMP
BRAZ
19:00
ASS
PSH
20:30
JANT
GALA
SIMPÓSIO SATÉLITE
SATELLITE SYMPOSIUM
Almoço | Lunch
10
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
8ºcongresso.indd 33
MES
ROU
33
11/13/2013 2:11:25 PM
8º CONGRESSO PORTUGUÊS DE HIPERTENSÃO E RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL
8 TH INTERNATIONAL MEETING ON HYPERTENSION AND GLOBAL CARDIOVASCULAR RISK
PROGRAMA PRELIMINAR/PRELIMINARY PROGRAM
20 a 23 Fevereiro
Marina
2014 Tivoli
Vilamoura
SÁBADO SATURDAY
14:30
SIMPÓSIO SATÉLITE
SATELLITE SYMPOSIUM
15:30
SIMPÓSIO LUSO-HÚNGARO
PORTUGUESE-HUNGARIAN SYMPOSIUM
- HTA em Portugal e na Hungria
- HTN in Portugal and in Hungary
E HTA-NISPH
urada
15:30
e Patient
MESA REDONDA
ROUND TABLE
- A Disfunção Erectil como Marcador de Risco Cardiovascular
- Sexual Disfunction - A Marker of Cardiovascular Risk
17:00
Coffee Break
17:30
CONFERÊNCIA
LECTURE
A HTA da Bata Branca, HTA Mascarada
White Coat Hypertension, Masked Hypertension
18:00
SIMPÓSIO BRASIL-MOÇAMBIQUE-PORTUGAL
BRAZIL-MOZAMBIQUE-PORTUGAL SYMPOSIUM
19:00
ASSEMBLEIA GERAL DA SPH
PSH GENERAL ASSEMBLY
20:30
JANTAR DE ENCERRAMENTO
GALA DINNER
11
34
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
8ºcongresso.indd 34
11/13/2013 2:11:25 PM
23
NORM
PARA
FEVEREIRO
FEBRUARY
09:00
DOMINGO SUNDAY
Também dispo
CURSO DE PÓS GRADUÇÃO EM HTA - SESSÃO 4
POST GRADUATION COURSE ON HTN - 4TH SESSION
01 - A data limit
02 - A submissã
03 - Serão admi
04 - Todos os re
científicos
identificar n
05 - Os resumos
previamen
06 - Os resumos
e conclusõ
07 - Todas as ab
08 - Em local pr
09 - Toda a com
de e-mail d
(qualquer i
10 - O autor que
Se o primei
solicitar que
Sociedade P
para o ende
11 - Não há sup
digital (slide
do início da
12 - A apresenta
minutos de
13 - A apresenta
discussão.
14 - No momen
todos os ca
- Como Utilizar Normas de Orientação Clínica e Guidelines da Sociedade
Europeia de Hipertensão
- How to Use Portuguese Standards of Hypertension and the European
Guidelines of Hypertension
10:00
A ANUNCIAR
TO BE ANNOUNCED
11:00
Coffee Break
11:30
"HIGHLIGTS" DO CONGRESSO
12:00
CONFERÊNCIA DO PRESIDENTE DA SPH
PRESIDENT'S LECTURE
12:30
ENCERRAMENTO E ENTREGA DOS PRÉMIOS
CLOSING AND AWARDS
TÍTULO: de
NOME DOS
lugar - não
INSTITUIÇÃ
E-MAIL: ga
MODO DE A
TEMAS: ide
pretende in
Medicina Tr
Coração & V
TEXTO: lim
15 - A Comissão
16 - O primeiro
ou recusa d
apresentaçã
12
NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
8ºcongresso.indd 35
35
11/13/2013 2:11:26 PM
8º CONGRESSO PORTUGUÊS DE HIPERTENSÃO E RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL
8 TH INTERNATIONAL MEETING ON HYPERTENSION AND GLOBAL CARDIOVASCULAR RISK
PROGRAMA PRELIMINAR/PRELIMINARY PROGRAM
8º CONGRESSO PORTUGUÊS DE
HIPERTENSÃO
NORMAS
PARA RESUMOS
e Risco Cardiovascular Global
8 t h I N T E R N AT I O N A L M E E T I N G O N
HYPERTENSION
and Global Cardiovascular Risk
20 a 23 Fevereiro
Marina
Vilamoura
2014 Tivoli
Também disponíveis no site www.sphta.org.pt
01 - A data limite para o envio dos resumos é 31 de Dezembro de 2013 até às 23h59 .
02 - A submissão faz-se unicamente por via electrónica (Internet), através do site da SPHTA.
03 - Serão admitidos trabalhos sob 2 formas de apresentação: Comunicações Orais e Posters.
04 - Todos os resumos apresentados serão submetidos a apreciação anónima por revisores
científicos (referees), pelo que não poderão conter no seu texto referências que permitam
identificar nem os autores, nem o serviço/hospital de origem.
05 - Os resumos só poderão apresentar material original, não publicado ou apresentado
previamente à realização do Congresso.
06 - Os resumos deverão ser informativos, concisos, contendo objectivos, métodos, resultado
e conclusões.
07 - Todas as abreviaturas deverão ser definidas quando apresentadas pela primeira vez.
08 - Em local próprio deverá ser identificado o autor que fará a apresentação da comunicação oral.
09 - Toda a comunicação com os autores se fará por via electrónica (e-mail), pelo que o endereço
de e-mail do autor responsável pela apresentação deverá ser comunicado obrigatoriamente
(qualquer incorrecção na ortografia do mesmo será da responsabilidade dos autores).
10 - O autor que fará a apresentação deverá estar inscrito no Evento a que se refere o trabalho.
Se o primeiro autor/autor que apresenta for um interno complementar, o mesmo pode
solicitar que a sua inscrição e/ou alojamento no Congresso sejam assegurados pela
Sociedade Portuguesa de Hipertensão (enviando e-mail dirigido ao Presidente do Congresso
para o endereço: [email protected])
11 - Não há suporte em papel, todas as comunicações são exclusivamente apresentadas sob forma
digital (slides powerpoint), que deverão ser entregues no slide desk pelo menos 1 horas antes
do início da sessão.
12 - A apresentação sob a forma de Comunicação Oral não poderá ultrapassar os 8 minutos + 2
minutos de discussão.
13 - A apresentação sob a forma de Poster não poderá ultrapassar os 4 minutos + 1 minuto de
discussão.
14 - No momento da submissão electrónica dos resumos deverão ser obrigatoriamente preenchidos
todos os campos previstos, nomeadamente:
edade
pean
TÍTULO: deverá estar em maiúsculas.
NOME DOS AUTORES: o nome do que fará a apresentação deverá estar indicado em primeiro
lugar - não indicar títulos ou cargos
INSTITUIÇÃO: hospital e serviço - único lugar onde poderá figurar esta informação.
E-MAIL: garantir que seja um contacto que efectivamente funcione. TELEFONE/TELEMÓVEL
MODO DE APRESENTAÇÃO - PREFERIDO: oral ou poster.
TEMAS: identificar, de entre os indicados pela Comissão Científica, qual o tema em que
pretende incluir a apresentação (Epidemiologia, Ensaios Clínicos, Investigação Fundamental &
Medicina Translaccional, Hipertensão em populações especiais, Terapêutica, HTA Secundária,
Coração & Vasos, Rim, Cérebro, Risco Cardiovascular, Outros)
TEXTO: limitado a 2000 caracteres para a comunicação oral e poster.
15 - A Comissão Científica reserva-se o direito de selecção e da forma de apresentação.
16 - O primeiro autor será informado, via e-mail, em data a informar brevemente, da aceitação
ou recusa do trabalho apresentado, bem como da forma, dia, hora, local e moderadores da
apresentação, em caso de aceitação.
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PRESIDENTE DO CONGRESSO
Dr. Fernando Pinto
COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente
Prof. Mesquita Bastos
Tesoureiro
Dra. Luísa Moreira
Vogais
Dra. Clarinda Neves
Dr. J. C. Marinho
Dr. Pedro Cunha
Dr. Pedro Damião
Dra. Raquel Ferreira
Dr. Rasiklal Ranchhod
Dr. Tiago Adrega
Dra. Vitória Cunha
SOCIEDADE
PORTUGUESA DE
HIPERTENSÃO
Portuguese Society of Hypertension
www.sphta.org.pt
COMISSÃO CIENTIFICA
Prof. Agostinho Monteiro
Prof. Albertino Damasceno
Prof. Alberto Zancheti
Prof. Anna Dominiczak
Prof. António Coca
Dr. António Jara
Dr. Carvalho Rodrigues
Dra. Cristina Alcântara
Prof. Csaba Farsang
Dr. Fernando Pinto
Dr. J. C. Marinho
Dra. Joana Campina
Dr. João Maldonado
Dr. João Saavedra
Prof. Jorge Cotter
Prof. Jorge Polónia
Dr. José Alberto Silva
Prof. José Braz Nogueira
AGÊNCIA OFICIAL
Viagens Abreu S.A.
Av. dos Aliados, 207
4000-067 Porto
Telf. :+351 22 2043570
Fax: +351 22 2043693
e-mail: [email protected]
Prof. José Carmona
Dr. José Nazaré
Prof. Krzysztof Narkiewicz
Prof. Luís Martins
Dra Luisa Moreira
Dra. Maria João Lima
Dr. Mariano Pego
Prof. Mesquita Bastos
Dra. Paula Alcântara
Prof. Peter Nilson
Prof. Peter Sleight
Prof. Ramon C Hermida
Dr. Rasiklal Ranchold
Prof. Serap Erdine
Prof. Stéphane Laurent
Dra. Teresa Rodrigues
Dr. Vitor Paixão Dias
Dr. Vítor Ramalhinho
SECRETARIADO EXECUTIVO
Veranatura – Conference Organizers
Rua Augusto Macedo, 12-D Escritório - 2
1600-503 Lisboa
Telfs. +351 21 7120778
Fax +351 21 7120204
e-mail: [email protected]
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AGENDA 2013
CONGRES S O S NAC IO NA IS E I N T ERNAC IO NAIS 2013
NACIONAIS
I N T ERNACIONAIS
7 º C o n g re s s o Po r t u g u ês d e
H ip e r t e n s ão e Ris c o
C ardio v as c u lar
2 8 Fe ve re i ro a 3 Ma rço 2013
C e ntro d e C ongre s so s do Al gar ve
V i l a m o u r a Ma r i no te l - Al gar ve
ACC - A m er ic a n Col lege of
C a rd iolog y Meet ing
9 a 11 de Març o 2013
S. Fr ancisco - EUA
A SH - A m er ic a n S ociet y of
Hy per ten sion Meet ing
15 a 18 de Maio 2013
S. Fr ancisco - EUA
XX V I I C o n g re s s o Po r t ug uês d e
Ne f ro lo g ia
1 0 a 1 3 Ab r i l 2 0 1 3
C e ntro d e C ongre s so s do Al gar ve
V i l a m o u r a Ma r i no te l - Al gar ve
PORTO
S. FRANCISCO
XXX IV C o n g re s s o Po r t ug uês d e
C ardio lo g ia
2 8 a 3 0 Ab r i l 2 0 1 3
C e ntro d e C ongre s so s do Al gar ve
V i l a m o u r a Ma r i no te l - Al gar ve
ESC - Europea n S ociet y of
C a rd iolog y C ong res s
31 Agost o a 4 S e te mb ro 2013
Amest erdão - H ola nd a
1 9 º C o n g re s s o Nac io na l d e
M e dic in a In t e r n a
22 a 25 Maio 2013
C e ntro d e C ongre s so s do Al gar ve
V i l a m o u r a Ma r i no te l - Al gar ve
VILAMOURA
X I I Jo r n adas de C ardiolog ia d a
M e dic in a Familiar de Aveiro
No r t e
1 0 e 1 1 d e O u tu b ro d e 2013
H o te l S o l ve rd e - E sp i nho
ESH - Europea n S ociet y of
Hy per ten sion Cong res s
14 a 18 de Ju nho 2013
Mil ão - It ál ia
EA SD - European As s ociat ion
f or the S t ud y of D iabet es
23 a 27 S et embro 2013
Barcel ona - E spa nha
AMESTERDÃO
A HA - A m er ic an Hear t of
C a rd iolog y Meet ing
16 a 20 de No vemb ro 2013
Dal l as - E UA
2 6 Jo r n adas de C ardiolog ia d a
U n idade de C ardio lo g ia d o Hos p it al E g as M o n iz
1 1 e 1 2 d e O u tu b ro d e 2013
H o te l V i l a G a l é Óp e r a - Lisboa
X IV J o r n adas de H ip er ten são
A r t e r ial e Ris c o C ard io va sc ula r
de M at o s in h o s
1 5 e 1 6 d e No ve m b ro d e 2013
H o te l S h e r a ton - Po r to
COIMBRA
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NOVA IORQUE
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