MANEJO DE OBSTRUCAO DAS VIAS AEREAS

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MANEJO DE OBSTRUCAO DAS VIAS AEREAS
MANEJO DE OBSTRUÇÃO DAS
VIAS AEREAS (AIRWAY)
Dr. MACHAVA-HCM
GENERALIDADES
O cuidado ao doente grave constitui o ABCD, com origem em lingua não
portuguesa, mas sim vem de uso das iniciais em Inglês que comparadas com
Português segnifica:
A- Airway-Abertura das vias aéreas com estabilização da coluna
vertebral.
B- Breathing- Boa respiração.
C- Circulation- Circulação com control de hemorragias.
D- Disability- Déficit neurológico.
E- Expose- Exposição com control ambiental
VIAS AÉREAS
A obstrução das vías aéreas: é uma emergencia médica
caraterizada por um quadro sintomática que refleta a diminuição do
passo da corrente respiratório através da laringe.
ETIOLOGIA:
1. CONGENITA
2.
•
•
•
•
ADQUIRIDA
Inflamatório
Infeciosa
Traumaticas
Tumorais
Como reconhecer uma obstrução das vías aéreas
• Observar
• Escutar
• Sentir
OBSERVAÇÃO
• Dispneia Inspiratória: É conhecido como “ VEJO E VÍ˝, no qual durante a
inspiração o peito movimenta-se para fora mas o abdomem o faz para dentro (e
viceversa durante a expiração).
• Tiragem supraesternal, Supraclavicular, Infraclavicular, Infraesternal
(epigástrico) e por ultimo Intercostal.
• Hiperextensão cefálica.
• Estases venosa: caracterizada por cianoses facial e turgência das Jugulares.
• Gotejo nasal em casos graves.
ESCUTAR
• Huélfago (Cornage): É um ruído agudo e intenso
produzido pelo passo forçado da corrente aérea atravéz da laringe.
• Gargarejo: Sugere a presença de líquidos na boca ou nas vías
respiratorias superiores.
• O sibilo expiratorio: É resultado do colapso das vias
respiratorias durante a expiração (exemp. asma)
SENTIR
Uma simple forma de determinar si a obstrução aérea esta presente é sentir a
presença de movimento de ar na boca colocando a cara ou mão a frente
da boca do paciente.
Tratamento de emergência duma obstrução das
vias respiratorias superiores
• Abra a boca da vítima e, com os dedos, remove dentaduras (proteses),
restos de alimentos, sangue, líquidos e outros objectos que possa a estar a
empidir a perfeita respiração
• Posicionar correctamente a cabeça, com o queixo levemente
ereguido, facilita a respiração.
• Levantamento mandibular.
• Perante a suspeita de lesão cervical nunca hiperextender ou
hiperflexionar o pescoço
• Se a vítima estiver inconsciente, devemos colocá-la de lado, para
evitar asfixia e afogamento.
•Respiração boca-boca
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Deitar a vítima de costas.
Reitirar da boca da vítima: dentaduras, restos de alimentos, etc..
Levanta a nuca da vítima e incline a cabeça para trás.
Tampe as narinas com polegar e o indicador e abra a boca da vítima
completamente.
Respire fundo coloque sua boca sobre a da vítima sem deixar ninhuma
abertura ate encher de ar os pulmões da vítima.
Afaste sua boca da boca da vítima e observe a exalação do ar, repita a
operação de 12 a 18 vezes por minuto, uniformimente e sem interrupção.
Ventilar uma vez a cada 5 segundos se o pte for adulto, 4 segundo se é
criança entre 1 á 8 anos e cada 3 segundos entre 0 á 1 ano boca-nariz.
• A inserção dum tubo orofaríngeo (chamado as veces vía de Guedel).
• No caso que seja impossivel a utilização de um tubo orofaringe (ex.
dentes apertados ou trismo…), o uso de um tubo nasofaringe pode
ser útil.
• Intubação endotraqueal ou nasotraqueal.
TRAQUEOSTOMIA
TRAQUEOSTOMIA
• É um meio de contato da traquéia com o meio exterior.
HISTORIA
• A primeira descrição cirúrgica com sucesso data de 1546, por um
médico italiano, Antonio Musa Brasavola, que operou um paciente
com "abscesso na garganta" .
•
A traqueostomia foi vista como operação perigosa até que Chevalier
Jackson definiu os princípios cirúrgicos do procedimento, os quais
estão em uso até hoje:
• 1799: Geoge Washington morreu de bloqueio das vias aereas
superiores em que poderia se fazer traqueostomia
INDICAÇÕES
• Suas indicações podem serem electivas e
de urgencias, mais estas últimas tem uma
importancia particular para todo o pessoal
médico e paramédico, já que a demora na
sua realização poem em risco a vida, pelo
que todo o médico tem que estar
preparado para practicar com maior
urgencia a fim de garantizar uma vía aérea
permiavel ao paciente.
Traqueostomía electiva
Está Indicada nas situações siguintes:
•
1.- Como complemento duma Laringectomía.
•
2.- Em operações da região maxilofacial, das vías aerodigestivas superiores e do pescoço, quando se
suspeita a possibilidade de que há um compromisso da ventilação atravéz do eixo laringo-traqueal.
•
3.- Em pacientes que vam ser submetidos a tratamento por radiações ionizantes por tumores malignos do
pescoço e das vías aerodigestivas superiores, para evitar os efectos da obstrucção laringo-traqueal
secundaria ao uso de estas radiações.
•
4.- Como vía de administração da ventilação e dos agentes anestésicos durante algumas operações da
cabeça e pescoço, quando não é possivel realizar uma intubação oro ou naso-traqueal, ou para facilitar o
acto cirúrgico.
•
5.- Como alternativa a intubação prolongada, ou para sustituir, nos pacientes que a requerem, para
garantizar sua adequada ventilação por complicações neurológicas ou respiratorias, a fim de evitar as lesões
e estenoses laringotraqueales e para facilitar a limpeza das vías aéreas, diminuir o espaço morto
ventilatorio e melhorar o bem-estar (Necessidade de ventilação assistida prolongada, comas prolongados e
insuficiencia respiratoria severa).
•
6.- Tumores malignos ineoperaveis da orofaringe e pescoço que cursam com a obstrução da laringe.
•
7.- Em pacientes incapazes de tossir eficazmente por esgotamento, depôis de grandes operações ou
traumas, para a limpeza das mucossidades das vías aéreas.
Traqueotomía de urgencia
Tem que realizar com a maior rapidez nos casos siguintes :
• 1.- Feridas penetrantes da laringe e tráquea.
• 2.- Traumatismos máxilo-faciais com obstrucção respiratoria alta.
• 3.- Processos inflamatorios agudos da laringe, orofaringe e pescoço, com compromisso ventilatorio
(Difteria e outras afecções)
• 4.- Obstrucção laríngea por corpos extranhos que não podem ser extraídos de inmediato por
laringoscopia.
• 5.- Colapso da tráquea por osteomalacia ou compresão extrínsica.
• 7.- Obstrucção laríngea por parálisia bilateral das cordas vocais, devido a lesão de ambos nervos
recurrentes laríngeos.
• 8.- Enfisema mediastinal por ferida ou ruptura do árvor traqueobronquial no tórax, para diminuir a
pressão do ar dentro do mesmo, mediante a supressão do mecanismo valvular da glotis.
•
Instrumental
• Em máis de uma ocasião um paciente asfíxiado deve a
vida a realização duma traqueostomía de urgencia com
instrumentos improvizados, tais como uma portacaneta
ou uma agulha grossa, o qual sempre é preferivel a inútil
espera pelos instrumentos adequados. Apenas,
sinalamos o instrumental mínimo necesario para realizar
uma traqueostomía em condições óptimas, quando
existe o tempo requerido para sua preparação sem por
em risco a vida do paciente :
• Cánulas de diferentes calibres, para que se adaptem ao
diámetro da luz traqueal de cada paciente. Se o
propósito da traqueostomía é somente garantizar a
respiração as máis utilizadas e convenientes são as
metálicas de 3 peças, com uma curvatura que
corresponde a um quadrante da circunferencia ou a
quarta parte duma elipse.
Canula de traqueotomía metálica de 3 peça da esquerda a
dereita são:
- Cánula externa.
- Cánula interna
- Mandril,
• Quando a traqueotomía tem a finalidade de
permitir a ventilação do paciente com um
ventilador mecánico, sustituimos assím o uso de
um tubo oro ou nasotraqueal, as cánulas que se
utilizam, também de diferentes calibres, para
adaptar-se as dimensões da tráquea do paciente,
são de material plástico e estám provistas de um
pequeno balão inflavel externo, de baixa presão,
para lograr a obliteração completa da luz da
tráquea e impedir a fuga dos gases que se
administram. Ademáis, tem também pavelhão no
seu extremo superior, com dois orificios para fixar
a cánula com uma cinta alrededor do pescoço do
paciente.
Cánula plástica que se utiliza para a traqueotomía para a
ventilacção do paciente. Veja o balão de baixa presão e o
fio tubo que se utiliza para sua insuflação
Instrumental e material
•
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•
Bisturí.
- Tizoras : Mayo e Metzembaum.
- 2 pinças de disecção com dentes.
- 6 pinças hemostáticas tipo Kelly ou mosquito.
- Porta agulhas
- 2 separadores de Farabeuf ou similares.
- 2 separadores de garfio ou ganchos de Chevalier Jackson, ou pinças de erina,
para
fixar a tráquea.
- Material de sutura 3-0 : catgut simple e não reabsorvible.
- Equipamento de aspiração central ou portátil.
- Equipamento de electrocirugía.
- Compressas e gazas .
- Pano de campo com buraco.
- Ciringas e agulhas para anestesia local.
- Solução antiséptica.
- Frasco de lindocaina 1 %.
- Cinta de pano (2 tramos de 20 cm cada um nas canulas metalicas ou
improvisar com ligadura).
Preparação pre-operatoria
• Generalmente não é necessaria, ou não há
tempo, para uma preparação pre-operatorio
especial. Se é possivel e necessario deve
rasurar a cara anterior do pescoço para
facilitar a realização da cirurgia.
TECNICA
Posição do paciente.
Triángulo de traqueotomía de Chevalier Jackson.
ExposiçãO de tecido celular subcutáneo
Exposição de fascia cervical superficial.
Visualização de glándula tiroides
Pinçamento de glándula tiroide
Exposição da tráquea
Incisão mediante bisturí da tráquea, por de baixo de 2º anel traqueal
Abertura com pinça curva da tráquea
Tráquea aberta
Colocar a Cánula de traqueotomía
Cuidados post-operatorios
• Estes pacientes, quase mais que qualquer outro, requerem a atenção
permanente de pessoal especializado, deve ter presente que sua vida
depende da vigilancia, ja que ao estar privados da voz não podem pidir
ajuda.
• Ao lado do paciente deve haver um aspirador e uma sonda estéril para
extraer as secreções traqueal cada vez que seja necessario, e impedir que
as mesmas se sequem e obstruiam a cánula, debe ter facilidades para
administração de oxígeno.
• A cánula interior deve retirar-se para sua limpeza pelo menos uma vez
cada hora ou antes, se for necessario.
• Durante os primeiros días de este período se indica antibióticos de amplio
espectro.
• É importante recordar que a estes pacientes não se administram
opiáceos por sua acção depressora sobre o centro respiratorio
Complicações de Traqueostomia
IMEDIATA
Apneia devido a perdida da estimulação hipoxia da respiração.
Hemorragia
Traumatismo cirurgico das estructuras vesinhas tal como: Esofago, nervo laringeo recurrunte e
cúpula pleural.
Neumotorax e Neumomediastino.
Lesão da cartilagem cricoides ( Traqueostomia alta).
MEDIATA
Traqueites e traqueobronquites.
Hemorragia
Atelectasia
Desplassamento da Canula
Obstrucção da canula
Enfisema subcutaneo
Abscesso pulmonar
TARDIA
Fistula Traqueocutanea
Estenose da laringe ou traquea
Granulações traqueal
Traqueomalasia
Fistula Traqueoesofagica.
Decanulação dificultosa
Morte.
Contra-Indicação de Traqueostomia
FIM