Anuário de Infraestrutura e Logística do RS 2013

Transcrição

Anuário de Infraestrutura e Logística do RS 2013
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Energia Energy | Transportes Transport | Rodovias Highways | Hidrovias Waterways
Aeroportos Airports | Ferrovias Railways | Saneamento Sanitation | Telefonia Telephones
Resíduos Orgânicos Organic Waste | Irrigação Irrigation | Mineração Mining
A credencial que abre as portas
do mercado internacional para a sua empresa.
O Certificado de Origem On-line FIERGS é mais uma importante inovação
para facilitar as operações internacionais da sua empresa.
A entidade está legalmente habilitada para prestar serviços na área de
Comércio Exterior e coloca à disposição a plataforma de serviços via internet.
Através dessa ferramenta, você pode solicitar a emissão de Certificação de Origem no âmbito Aladi e SGPC (Sistema
Geral de Preferências Comerciais), além do Certificado de Autenticidade do Tabaco e do Certificado de Livre Venda e
Procedência. O Certificado de Origem é um documento que garante vantagens comerciais em preferências tarifárias
negociadas nos acordos comerciais. O principal benefício é a redução ou a isenção do imposto de importação para os
clientes no exterior. A FIERGS ainda possui uma equipe de profissionais capacitada para assessorar o preenchimento
dos documentos, fornecer informações sobre acordos comerciais vigentes e prestar serviços relacionados ao comércio
exterior. Com o Certificado de Origem On-line FIERGS, o mundo fica ainda mais perto de você.
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ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Apoio
O RIO GRANDE DO SUL
AVANÇA COM O APOIO
E OS INVESTIMENTOS
DO GOVERNO DO ESTADO.
Cabe à Secretaria de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul promover o planejamento
e a implantação de políticas e programas, o apoio institucional e técnico de projetos de
infraestrutura e logística, em conjunto com suas vinculadas, visando o desenvolvimento do
Estado. Atuamos nas áreas de rodovias, portos, aeroportos, hidrovias e gás, além do setor
energético com mineração e a energia elétrica. Desta forma, o Governo do Estado busca
promover parcerias, gerando oportunidades, emprego e renda para todos os gaúchos.
Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer)
• R$ 800 milhões investidos no Plano de Obras Rodoviárias 2012-2014, de um total previsto de R$ 2,6 bilhões.
• Financiamento de R$ 900 milhões junto ao Banco Mundial para restaurar rodovias.
• Mais de R$ 30 milhões aplicados na duplicação da ERS-118.
Grupo CEEE
• R$ 1,7 bilhão investidos via programa RS Mais Energia, de um total previsto de R$ 3 bilhões até 2014.
• Contrato assinado de R$ 83 milhões para as obras da Copa.
• R$ 520 milhões do consórcio CEEE-Eletrobras para a linha de transmissão dos parques eólicos gaúchos, que
ligará Paraná ao Rio Grande do Sul.
• Reativado o Comitê de Planejamento Energético do Estado do RS (Copergs).
Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH)
• R$13,6 milhões investidos na recuperação da capacidade hidroviária do Estado.
• Licitação para o balizamento da navegação noturna Porto Alegre/Rio Grande, que reduzirá o tempo dos navios
de carga em até 10 horas, com navegação segura 24 horas.
Porto de Rio Grande (Suprg)
• Investidos R$ 77 milhões no aprofundamento do canal de acesso, dragagem, boias, manutenção dos armazéns
e segurança do porto.
• Licitação de R$ 252 milhões para revitalizar 1.125 metros do Cais do Porto Novo e aprofundar o calado,
permitindo a atracação de navios até 75 mil toneladas.
Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás)
• Mais de R$ 30 milhões investidos para levar gás natural a Guaíba e ampliar a distribuição em Porto Alegre e no
Vale dos Sinos.
• Mais de 10 mil clientes diretos atendidos, somando 100 mil consumidores em 38 municípios.
Companhia Riograndense de Mineração (CRM)
• Investimento de R$ 40 milhões em equipamentos, instalações e recuperação de passivos ambientais.
• Repasse de 26 milhões aos cofres do Estado, fruto da boa gestão da estatal.
Departamento Aeroportuário (DAP)
• Serão investidos R$ 45 milhões nos aeroportos de Passo Fundo, Caxias do Sul, Santo Ângelo e Rio Grande,
visando a modernização e segurança.
• Estão sendo projetados aeroportos regionais em Caxias do Sul e na Região Metropolitana.
Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR)
• Constituída com a missão de administrar as rodovias estaduais, a partir do encerramento dos contratos de
concessões privadas, a EGR tem o compromisso de melhorar as condições da malha viária gaúcha, com mais obras
e redução de tarifas.
editorial
Uma ferramenta
indispensável
E
nquanto o Brasil investe anualmente em infraestrutura pouco mais de 2% do PIB, o que exige uma profusão de pacotes governamentais para tentar crescer
2% ao ano, países como Chile e Colômbia, por exemplo, investem algo entre 5% e 6% do PIB, o que tem lhes valido
taxas de crescimento de 5% ao ano.
Eis aí, em síntese, a importância do setor de infraestrutura,
cujas deficiências, no Brasil, são responsáveis pelos elevados custos logísticos, estimados entre 15% e 18% do PIB. Esse mesmo
retrato do setor, no Brasil, é reproduzido pelo Rio Grande do
Sul. Segundo dados da Agenda 2020, o estado perde mais de
R$ 2,4 bilhões por ano somente devido à falta de uma pista no
Aeroporto Salgado Filho para a operação de aeronaves mais pesadas, sem mencionarmos o fato de que menos de 20% das rodovias estaduais são duplicadas e menos de 50% da capacidade
das hidrovias aptas ao transporte de carga é utilizada.
Nessa linha, nada mais útil do que o lançamento deste ANUÁRIO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA DO RS, por meio do
qual será possível conhecer a verdadeira realidade do estado
nesse importante setor da economia e, ao mesmo tempo, acompanhar a sua evolução em todos os anos.
Nesta publicação são objetos de análise os setores de Energia,
Transportes, Telecomunicações, Saneamento, Irrigação e Resíduos
Sólidos. Além da objetividade e do rigor na apuração de dados,
como apoio às informações este ANUÁRIO inclui quadros, gráficos
e ilustrações para facilitar a compreensão do leitor.
Acreditamos que, dada a seriedade do empreendimento,
conseguimos chegar muito próximos de nosso desafio, que é
o de produzir uma publicação que servirá de ferramenta indispensável não somente para os eventuais interessados em investir no Rio Grande do Sul, mas também para os poderes públicos
empenhados em formar um ambiente cada vez mais propício
ao desenvolvimento econômico e social da sociedade gaúcha.
Os editores
editorial
An indispensable
tool
B
razil invests in infrastructure just over 2% of GDP,
what require a multitude government packages
trying to grow 2% per year, while countries such as
Chile and Colombia, for example, invest something
in between 5% and 6% of GDP what they have hold good taxes
of growth of 5% a year.
Behold, in summary, the importance of the infrastructure
sector whose deficiencies, in Brazil, are responsible for the high
logistics costs, estimated at between 15% and 18% of GDP. This
same picture industry in Brazil, is played by Rio Grande do Sul.
According to the Agenda 2020, the state lost more than R$ 2.4
billion per year only due to the lack of a track in the Salgado
Filho International Airport to heavier aircraft operation, not to
mention the fact that less than 20% of the state highways are
duplicated and less than 50% of the capacity of waterways suitable for the transportation of cargo are used.
In this line, nothing more useful than this YEARBOOK OF
INFRASTRUCTURE AND LOGISTICS OF RS, through which you
can know the true reality of the state in this important sector
of the economy and at the same time, follow their progress in
all years .
In this publication are subject to analysis the Energy, Transport, Telecommunications, Drainage, Irrigation and Solid Waste.
Besides the objectivity and thoroughness investigation on the
as supporting data information this YEARBOOK includes tables,
charts and illustrations to facilitate the reader’s understanding.
We believe that, given the seriousness of the enterprise, we
are closer to our challenge, which is to produce a publication
that will serve us as an indispensable tool, not only for any interested in investing in Rio Grande do Sul, but also for governments committed to form an environment increasingly conducive to economic and social development of society in the State.
The editors
apresentação
Uma referência
qualificada
E
mbora venha se mantendo em quarto lugar entre os
estados com a maior participação percentual (6,7%)
no PIB do país, segundo dados do IBGE, divulgados
em 2011, o Rio Grande do Sul, pouco a pouco, vem
perdendo terreno para outros estados. Em 1970, quando o IBGE
realizou a primeira pesquisa do PIB por regiões e estados, o Rio
Grande do Sul produzia 8,6% de todos os bens e serviços elaborados no Brasil, perdendo apenas para os estados de São Paulo e
Rio de Janeiro. Infelizmente, esse bom desempenho não vem se
repetindo ao longo das últimas décadas. Entre as causas desse
recuo, podemos citar, sobretudo, a dívida pública do Rio Grande
do Sul e, em segundo plano, a infraestrutura — uma das variáveis do chamado Custo Brasil que trava o crescimento.
De fato, o investimento em infraestrutura é decisivo para
o crescimento econômico, mas no Brasil ainda não há um indicador global sobre isso. Há informações sobre os investimentos
da União e das empresas estatais federais no setor, mas esses
dados não estão agrupados de forma sistemática e contabilizados em conjunto com os investimentos realizados pelos estados,
municípios e pelo setor privado. Da mesma forma, carecemos
de publicações com periodicidade anual com o registro de informações de setores importantes da economia.
Nessa linha, a publicação deste ANUÁRIO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA DO RS, com dados sobre a capacidade instalada do estado, nos setores de energia, transportes, saneamento, telecomunicações, irrigação e resíduos sólidos, é de grande
importância. Trata-se de uma referência qualificada sobre a real
condição do setor no RS, por meio da qual será possível, além
de acompanhar o real avanço de nosso estado naquele que é
considerado o fator decisivo para o crescimento econômico, visualizar com maior clareza os desafios que temos pela frente.
Ao longo de suas atividades, o Conselho de Infraestrutura
(Coinfra), da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do
Sul (Fiergs), assumiu a vanguarda na defesa de obras de infraestrutura, imprescindíveis para a economia do estado. E é na condição
de coordenador desse Conselho que saudamos esta publicação,
que, a partir desta edição, passará a circular com periodicidade
anual para melhor acompanhar a expansão do setor.
Ricardo Portella
Coordenador do Conselho de Infraestrutura
(Coinfra), da Federação das Indústrias
do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs)
presentation
A qualified
reference
A
lthough, it has remained in fourth place among the
states with the highest share (6.7%) in the country’s
GDP, according to the IBGE, released in 2011, Rio
Grande do Sul, little by little, is losing ground to
other states. In 1970, when the IBGE conducted the first survey of
GDP by region and state, Rio Grande do Sul produced 8.6% of all
goods and services in Brazil, staying behind only to the states of
São Paulo and Rio de Janeiro. Unfortunately, this good performance is not repeating itself over the past decades. Among the causes
of this decline, we mention especially the debt of Rio Grande do
Sul, in the background, the infrastructure - one of the variables
from the called Brazil cost that hinders growth.
In fact, investment in infrastructure is critical to economic growth, but in Brazil there is still no comprehensive indicator about
it. There is information on the investments of the Union and the
federal state-owned companies in the sector, but these data are
not systematically grouped and counted together with the investments made by states, municipalities and the private sector. Likewise, we lack of publications with annual regularity with the register
of information of important economy sectors.
In this line, the publication of this INFRASTRUCTURE AND LOGISTICS ANNUAL OF RS, with data on the capacity of the state, in
the sectors of energy, transport, sanitation, telecommunications,
irrigation and solid waste, is a great importance. This is a knowledgeable reference about the real condition of the sector in RS,
through which it will be possible, in addition to monitoring the
actual progress of our state in what is considered the decisive factor for economic growth; see more clearly the challenges ahead.
Throughout its activities, the Council of Infrastructure (Coinfra), the Federation of Industries of the State of Rio Grande do Sul
(FIERGS), took the lead in the defense of infrastructure, essential to
the state’s economy. And it’s as coordinator of this Council that we
welcome this publication, from this edition, will circulate an annual basis to better track the expansion of the sector.
Ricardo Portella
Coordinating Council Infrastructure (Coinfra),
the Federation of Industries of the State of
Rio Grande do Sul (FIERGS)
ANUÁRIO DE
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GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
índice
Energia
Energy
Transportes
Transport
Telefonia
Telephones
Saneamento
Sanitation
Produção: M&M Comunicação, Grupo ON de Comunicação e Editora Matita Perê
Direção Geral: Múcio de Castro Filho
Pesquisa, textos e edição: Milton Wells
Gerência Executiva: Cristiano Mielczarski Silva
Projeto Gráfico e Diagramação: Pablo Tavares - MTB/RS 16725
Revisão: Flávio Dotti Cesa
Versão para o Inglês: Marilise Nelsis De La Vega
Fotos: Divulgação
Impressão: Coan Indústria Gráfica
Contato: [email protected]
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ANUÁRIO DE
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Entrevista/Interview
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Caleb de Oliveira, secretário de Infraestrutura e Logística (Seinfra) do RS
Seinfra prevê investimentos
de R$ 6 bilhões até 2014
“São promissores os cenários da infraestrutura do estado”,
afirmou o secretário de Infraestrutura e Logística (Seinfra) do
RS, Caleb de Oliveira, em entrevista exclusiva a este ANUÁRIO.
Titular da Seinfra desde novembro de 2012, quando substituiu
o deputado Beto Albuquerque — que retornou para a Câmara
dos Deputados —, Oliveira garante que até o final do governo Tarso Genro (2011-2014) serão concluídas obras de R$ 2,7
bilhões, por meio do programa RS Mais Estradas, e de mais R$
2 bilhões que fazem parte do RS Mais Energia. Ao total serão
investidos pelo estado cerca de R$ 6 bilhões, até 2014, em rodovias, aeroportos, hidrovias, portos e reforço de energia elétrica.
De acordo com levantamento da Seinfra, somente no setor
rodoviário foram investidos, nos primeiros 24 meses de governo, cerca de R$ 800 milhões que fazem parte do Plano de Obras
Rodoviárias 2012-2014. Os recursos foram garantidos por meio
de financiamentos e do caixa do Tesouro Estadual. Um total de
R$ 600 milhões foi repassado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a pavimentação de
acessos municipais, dos quais seis foram inaugurados, dois estão
concluídos e seis estão em fase final. “São 14 acessos municipais
prontos e 40 em obras, com a expectativa de chegar, em 2014,
com pelo menos 77 dos 104 acessos municipais concluídos e todos os demais em obras”, informou Oliveira.
Ainda no setor rodoviário, em ligações regionais foram concluídas quatro obras: as ligações entre Bom Jesus e Várzea do Cedro,
na ERS-110; entre Não-Me-Toque e Lagoa dos Três Cantos, na ERS332; Santo Ângelo e Catuípe, na ERS-218; e a RSC-472, entre Porto
Lucena e Porto Xavier. Estão em obras a ERS-403, entre Cachoeira e
Rio Pardo; e a ERS-265, que liga São Lourenço a Canguçu.
Outro programa de grande importância para o estado, de
acordo com o secretário, é o chamado Contrato de Recuperação
e Manutenção de Rodovias (Crema), de 2,5 mil quilômetros, que
deverá ser bancado com recursos de R$ 900 milhões, de financiamentos do Banco Mundial. Antes das licitações, que estão
marcadas para o primeiro semestre de 2013, o estado deverá
proceder a um levantamento das rodovias que serão beneficiadas. Os contratos terão a duração de cinco anos.
Também faz parte do Plano de Obras Rodoviárias (2011-2014)
a licitação de contratos de restauro e manutenção exclusivos para
a região da Serra. São 200 quilômetros de obras, com duração de
divulgação
Caleb de Oliveira:
“Estamos
comprometidos
com a execução e
o cumprimento do
cronograma do Plano
de Obras Rodoviárias,
o qual injetará R$ 2,6
bilhões no setor”
cinco anos, com investimento de R$ 140 milhões. Além da Rota do
Sol, serão contempladas as estradas RSC-470, Butiá - São Jerônimo,
ERS-324, Passo Fundo-Casca, e ERS-122, Bom Princípio-Farroupilha.
Duplicações
Uma das prioridades do Plano de Obras Rodoviárias, os
projetos de duplicação de vias estratégicas devem deslanchar em 2013, assegura o titular da Seinfra. Entre eles es-
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tão a ERS-509, em Santa Maria, em licitação; a ERS-324, entre Passo Fundo e Marau, cuja licitação estava prevista para
janeiro; a ERS-453, entre Farroupilha e Bento Gonçalves,
com licitação marcada para maio. Em junho será concluído
o projeto de duplicação da RSC-470, entre Bento Gonçalves
e Carlos Barbosa, que está em processo de federalização. A
ERS-122, entre Farroupilha e São Vendelino; a RS-453, entre Farroupilha e Bento Gonçalves; e a RS-470, entre Bento
Gonçalves e Carlos Barbosa, também devem sair do papel
em 2013, garante o secretário.
Atualmente, estão em andamento a ERS-118, entre Sapucaia e Gravataí, e a ERS-734, entre Cassino e Rio Grande.
Energia
No setor de energia, a Seinfra registra um investimento de
R$ 704 milhões nas áreas de distribuição e de transmissão da
CEEE, o que deve chegar a um total de R$ 3 bilhões até o final
de 2014. Já as distribuidoras AES Sul e RGE investirão um total
de R$ 1,25 bilhão.
Aeroportos
Em 2013, investimentos de R$ 45 milhões serão aplicados
na rede regional de aeroportos, que inclui as praças de Passo
Fundo, Caxias do Sul, Santo Ângelo e Rio Grande. Além de um
reforço na frota de caminhões de combate a incêndios, serão
contratadas obras para dar maior segurança aos aeroportos.
O executivo também desenvolve dois projetos considerados
fundamentais: a construção de um novo aeroporto para a
região de Caxias do Sul, em Vila Oliva, e outro na Região Metropolitana, que deverá substituir o Aeroporto Salgado Filho.
Superintendência de Portos e Hidrovias
Na SPH está em licitação o balizamento para navegação noturna da hidrovia de Porto Alegre até Rio Grande, o que reduzirá o tempo de deslocamento dos navios de cargas, tornando a
hidrovia mais competitiva, com redução de pelo menos 10 horas
no deslocamento. Isto porque todas as cargas, inclusive as perigosas, poderão viajar à noite ou em condições adversas.
Porto de Rio Grande (Suprg)
Na Superintendência do Porto de Rio Grande já foram investidos R$ 77 milhões em obras como de aprofundamento do
calado do canal de acesso, dragagem, sinalização de boias, manutenção dos armazéns e segurança do porto. Em 2013 serão
investidos R$ 252 milhões na revitalização de 1.125 metros do
cais do Porto Novo e também no aprofundamento do calado de
31 para 40 pés, possibilitando atracação de navios de até 75 mil
Toneladas de Porte Bruto (TPB) e utilização de equipamentos
portuários modernos e de grande capacidade.
Entrevista/Interview
Seinfra plans
to invest
R$ 6 billion
by 2014
“Scenarios of the state’s infrastructure are promising, affirmed
the secretary of infrastructure and
logistics (Seinfra) of RS, Caleb de
Oliveira, in an exclusive interview
to this YEARBOOK. Seinfra’s Holder
since November 2012, when he replaced the deputy Beto Albuquerque - who returned to the House
of Representatives - Oliveira ensures that by the end of the Tarso
Genro’s government (2011-2014),
works of R $ 2.7 billion will be completed through the program RS
more Roads and R$ 2 billion from
part of the RS more Energy Power.
In the totality the state will have
been invested around R$ 6 billion,
on highways, airports, waterways,
ports and reinforcement of electric
energy by 2014.
According to Seinfra’s survey,
in the first 24 months of government, it was invested only in the
road sector about R$ 800 million
that are part of the Highway Works
Plan 2012-2014. The funds were secured through financing and cash
from the State Treasury. A total of
R$ 600 million was repassed by the
National Bank of Economic and
Social Development (BNDES) to
pave municipal hits , which six of
them were already opened, two
of them concluded and six of them
are in the final stages. “They are
14 accesses ready, 14 ready municipal accesses and 40 in municipal
works, in 2014 is expecting to arrive, at least 77 of the 104 municipal
accesses completed and all others
in the works”, informed Oliveira.
ANUÁRIO DE
Entrevista/Interview
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Heitor Müller, presidente da Fiergs
Falta de
investimentos em
transportes afeta
competitividade da
economia gaúcha
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio
Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller, considera a falta de investimentos em infraestrutura, sobretudo nos modais de transporte,
um dos principais entraves da economia gaúcha. Como exemplo, ele cita o fato de a malha rodoviária gaúcha apresentar
apenas 300 quilômetros de estradas duplicadas. Além das deficiências relacionadas às rodovias, falta aproveitamento das vias
férreas e fluviais, o que leva ao aumento dos custos com transporte rodoviário. De acordo com projeções do Banco Mundial,
o custo logístico do Brasil — que engloba transporte, estoque e
armazenagem — chega a 15,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Outras fontes asseguram uma colocação ainda pior, em torno
de 17% do PIB, e no Rio Grande do Sul chegaria a 18% do PIB
estadual. Enquanto isto, o custo logístico nos Estados Unidos é
de 8,5% do PIB”, aponta Müller nesta entrevista. Acompanhe a
seguir os seus principais trechos:
Quais seriam as prioridades do estado em termos de
infraestrutura?
Nós temos algumas questões que são absolutamente flagrantes e outras menos visíveis, mas não menos importantes.
Na questão da logística nos transportes, não há quem deixe de
perceber a falta de duplicação de rodovias e de novas estradas,
na medida em que trafegam cada vez mais veículos em virtude
do aumento da produção agrícola, por hectare plantado, sem
falar na movimentação do setor industrial. Enquanto isso, a
infraestrutura rodoviária permanece estagnada, sem condições
de dar sustentabilidade ao nosso transporte. Nossas empresas
melhoraram seus custos da porteira para dentro, entretanto, na
hora de transportar os nossos produtos vemos um custo exageradamente alto que, segundo alguns especialistas, pode chegar
a 18% do PIB gaúcho. Isso torna visível a falta de investimentos
em transporte rodoviário no Rio Grande do Sul. Já o ferroviário
também se mostra incipiente, sem investimentos, sem falar no
hidroviário, onde nada foi feito.
Há também carências no setor elétrico?
De fato, hoje produzimos apenas 30% da energia que consumimos, com o restante de Itapu. O fato é que não está havendo o aumento de oferta para atender à demanda de consumo
da população e do incremento da indústria. Isso torna crucial
a questão da energia. Temos R$ 2,5 bilhões de novos projetos
de usinas esperando para serem investidos, uma vez que sejam
liberadas as licenças ambientais, sem falar no aproveitamento
do carvão mineral. Além disso, temos 32 bilhões de toneladas
de carvão no Rio Grande do Sul impedidas de serem utilizadas,
apesar de todo o avanço tecnológico nessa área que contribuiu
para reduzir de forma significativa a poluição causada por esse
insumo energético. O resultado disso é o agravamento do risco de apagão. O transporte e a energia, portanto, são os dois
maiores gargalos que percebemos na infraestrutura local.
Mas temos outros problemas...
A começar pelos aeroportos. Além do aeroporto de Porto
Alegre que não consegue avançar em suas obras de ampliação
da pista, os do interior do estado são precários e precisam de
melhorias. O Porto do Rio Grande é outro exemplo. Precisamos
melhorá-lo, investir mais. Já a questão do saneamento nem se
ANUÁRIO DE
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Entrevista/Interview
dudu leal
Heitor Müller:
“Custo
logístico do
estado, de
18% do PIB
estadual,
torna visível
a falta de
investimentos
nos modais de
transporte”
Hemisfério Sul existem as mesmas regras que no Hemisfério Norte.
Mas por que no Hemisfério Norte funciona e no Sul não? — perguntou o jornalista. “É que aqui as instituições não funcionam”,
respondeu o economista. Isso retrata uma realidade que deve ser
mudada. Se há deficiências em estradas com pedágio, a agência
reguladora precisa cobrar das concessionárias. E se a agência não
cobrar, há o TCE e a Assembleia Legislativa. As instituições precisam funcionar. Não podemos abandonar a alternativa das PPPs,
tanto na questão do tratamento de esgotos como em aeroportos,
rodovias ou energia. Aqui no Rio Grande do Sul, lamentavelmente nos dividimos muito em chimangos e maragatos. Quando um
partido político quer fazer alguma coisa, o outro é radicalmente
contra e vice-versa.
Falta continuidade nas políticas públicas?
Entendo que não é uma questão de continuidade. Um dos
últimos momentos que me lembro de um objetivo comum ocorreu nos anos 70, quando foi feito um movimento para atrair o
polo petroquímico de Triunfo, em que todos os partidos pressionaram a União, para que o polo viesse para o Rio Grande do Sul.
Como líder de entidades sou testemunha da falta de uma mobilização em torno de objetivos comuns. Tive várias reuniões com
ministros do governo federal, em Brasília, mas quase sempre desacompanhado. Já no caso do pessoal do Nordeste, eles sempre
compareciam em peso, com senadores, deputados federais. Eles
tomavam conta do gabinete do ministro. Tínhamos que batalhar para conseguir expressar o pleito de nossas entidades; eles
defendiam o interesse deles, o que nós não conseguimos fazer.
fala. Se a Corsan continuar investindo o que investiu na média
dos últimos dez anos, vamos levar mais de 90 anos para chegar
à universalização do setor.
Haveria espaço para a participação do setor privado
nesses investimentos?
Entendo que não podemos abandonar o conceito das parcerias
público-privadas. Se há erros, é preciso ter agências reguladoras
profissionais que realmente façam gestão e cumpram seu papel.
Além disso, temos a Assembleia Legislativa para legislar, temos o
Tribunal de Contas do Estado (TCE). Recentemente assisti a um debate entre um jornalista e um economista, o qual lembrou que no
No caso do fim dos pedágios no estado, como o senhor avalia a criação da EGR que irá administrar os pedágios comunitários?
O deputado João Fischer fez um levantamento em 2012
sobre pedágios comunitários, no qual ficou demonstrado que
a maioria dos recursos foi parar no caixa único. Acredito que
o melhor caminho seria uma renegociação dos contratos de
concessão, com novas exigências e novos valores. O que vejo
de errado nos pedágios que foram implantados no Rio Grande do Sul? Em primeiro lugar o prazo; 15 anos é um tempo
muito pequeno para um contrato dessa natureza. Segundo, os
chamados polos de pedágio. A cobrança de uma tarifa muita
alta para determinado trecho, porque a empresa que explora
aquele pedágio precisa cuidar de uma série de outras estradas
onde não há pedágio. A conclusão a que se chega é que não somos tão solidários assim a ponto de pagar um pouco mais para
ajudar as pessoas que moram no interior e que não têm acesso
ANUÁRIO DE
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Entrevista/Interview
a não ser que paguemos as estradas deles. Por isso, somos contra as tarifas altas cobradas nos pedágios. A solução é eliminar
esse conceito de polo. Precisamos resolver essa questão, porque
o governo do estado não dispõe de recursos para investir em
estradas, é só olhar o orçamento e os investimentos feitos nos
últimos anos. Ou aceitamos recursos privados para investir, ou
não vamos ter estradas no Rio Grande do Sul.
A Fiergs encomendou um projeto chamado Sul Com-
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petitivo, sobre a infraestrutura do estado? Quais as principais conclusões?
O levantamento apontou que as perdas anuais em função do
déficit da infraestrutura na região chegam a R$ 4,3 bilhões. A estimativa é de que se nada for feito, o custo logístico de transportes da Região Sul deverá passar de R$ 30,6 bilhões, registrados em
2010, para R$ 47,8 bilhões em 2020. Esses valores representam a
soma de todos os custos logísticos — frete, pedágio, taxas de terminais — pagos por todos os produtos originados.
Lack of investments in transports affects
competitiveness of Gaucha economy
The president of the Federation of Industries of the
State of Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller, considers the lack of investment in infrastructure, especially in
transportation modes, one of the main impediments of
Gaucha economy. As an example, he cites the fact that
Gaucha road mesh display presents only 300 kilometers
of roads duplicate. In addition to the deficiencies related to highways, it is missing exploitation of the railway
and fluvial ways, what leads to increased costs with road
transport. According to World Bank projections, In accordance with the World Bank projections, the logistics costs
of Brazil - which includes transportation, inventory and
storage - reaches 15.4% of Gross National Product (GDP).
“Other sources assure an even rank worse, around 17% of
GDP, and Rio Grande do Sul would reach 18% of the state
GDP. Meanwhile, the logistics cost in the U.S.A. is 8.5% of
GDP, “says Müller in this interview. Follow below its key
excerpts:
What would be the priorities of the state in terms
of infrastructure?
We have some issues that are absolutely flagrant and
other less visible ones but no less important. On the issue
question of logistics in transport, no one fails to notice the
lack of duplication of highways and new roads to the extent that, there are increasingly vehicles due to the increase of agricultural production per hectare planted, without
speaking about the movement of the industrial sector.
Meanwhile, road infrastructure remains stagnant, unable
to provide sustainability for our transportation. Our companies had improved its costs of the portiere for inside,
however, in the moment to carry our products we see a
high cost that,, according to some experts, can reach 18%
of GDP gaucho. This makes visible the lack of investment
in road transport in Rio Grande do Sul Already the railroad
worker also reveals incipient, without investments, even in
the waterway, where nothing was done.
Are there also shortcomings in the electricity sector?
In fact, today we produce only 30% of the energy we
consume, with the remainder of Itapu. The fact, there is
not an increase in supply to meet consumer demand of
population and increment of the industry consumption,
makes crucial issue of energy. We have R$ 2.5 billion of
new plant projects waiting to be invested, a time that
are set free the ambient licenses, without speaking in the
exploitation of the mineral coal. Moreover, we have 32
billion tons of coal in Rio Grande do Sul prevented from
being used, despite all the technological advances in this
area have contributed to a significant reduction in pollution caused by this energy input. The result is the increased
risk of blackout. The transport and energy, so are the two
major bottlenecks that we see in the local infrastructure.
Fiergs commissioned a project called South Competitive on the infrastructure of the state? What are
the main conclusions?
The survey indicated annual losses due to the deficit of
infrastructure in the region reach R$ 4.3 billion. If It is estimated that nothing is done, the cost of transport logistics
in the South will rise from R$ 30.6 billion, recorded in 2010
to R$ 47.8 billion in 2020. These values represent the sum
of all logistics costs - freights, tolls, and terminal rates - all
paid for the products originated.
Divulgação
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Energia
Energy
ANUÁRIO DE
Energia/Energy
20
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Para o ONS, risco de
apagão é mínimo no RS
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
21
Energia/Energy
Banco de imagens do grupo CEEE
Com uma capacidade de geração de
4.586 MW — soma que inclui somente
as usinas instaladas no território do estado em linha com o sistema interligado
da Região Sul —, o setor elétrico do Rio
Grande do Sul apresenta complexidade
maior do que os demais estados da Federação, devido ao seu elevado número de
usinas de consumo privado.
Do total da energia produzida para
a rede de distribuição, segundo dados do
Organizador Nacional do Sistema (ONS),
2.243 MW são gerados por usinas hidrelétricas; 1.883 MW por termelétricas e
460 MW por eólicas.
Somente a Companhia Estadual de
Energia Elétrica (CEEE)-GT é responsável
por uma potência de 1.252,2 MW. O restante é gerado pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE),
Dona Francisca Energética S/A, Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) e
Centrais Eólicas dos Parques de Osório,
dos Índios e Sangradouro.
Somada à energia transmitida por
meio do Sistema Interligado Nacional
(SIN), a disponibilidade total alcança
6.100 MW. A demanda máxima, que
ocorre nos meses de verão pelo aumento do consumo, deve alcançar, neste ano,
6.440 MW. O recorde histórico, de 5.961
MW, foi registrado às 14h43min do dia
16 de fevereiro de 2012.
Segundo o ONS, não existe ameaça
de desabastecimento no Rio Grande do
Sul, havendo somente momentos críticos
que associados à perda de determinados
elementos da rede elétrica podem levar a
um ponto de interrupção momentânea.
O sistema interligado da Região Sul é
constituído por uma rede de transmissão
de 2.745 quilômetros em 525kV e 10.832
quilômetros em 230kV, que formam a
rede básica, um sistema em 138kV, 88kV
e 69kV com 8.145 quilômetros referente
às demais instalações de transmissão e
ANUÁRIO DE
Energia/Energy
uma rede de distribuição com 12.566 quilômetros nas tensões
de 138kV a 34,5kV.
As empresas Eletrosul, Companhia Paranaense de Energia
(Copel) e CEEE-T são as principais responsáveis pela rede básica, e as empresas Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc),
Copel-D, CEEE-D, AES-Sul e RGE são as principais concessionárias
de distribuição que atendem a Região Sul.
As interligações internacionais constituem característica
marcante da Região Sul, com destaque para as interligações
com a Argentina através da Conversora de Garabi (2100MW)
e da Conversora de Uruguaiana (50MW), a interligação com o
Uruguai por meio da Conversora de Rivera (70MW) e a interligação Copel/Ande por meio de um conversor de 55MW.
A interligação do estado do RS é feita através das linhas de
transmissão em 525 kV:
• Itá – Caxias
• Itá – Gravataí 2
• Itá – Santo Ângelo
• Garabi – Santo Ângelo
• Campos Novos – Gravataí 2
• Campos Novos – Nova Santa Rita
• Caxias – Nova Santa Rita
• Itá – Nova Santa Rita (C2) (A partir de 2014)
• Nova Santa Rita – Povo Novo (2014)
• Povo Novo – Marmeleiro (2014)
• Marmeleiro – Santa Vitória do Palmar (2014)
A energia que chega através das linhas de interligação é escoada para todo o estado por meio das subestações de 525
kV estrategicamente localizadas: Caxias, Gravataí 2, Nova Santa
Rita, Santo Ângelo e Povo Novo (2014).
As linhas de transmissão em 525 quilovolts (kV) Santa Vitória do Palmar – Marmeleiro – Povo Novo foram planejadas, segundo a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para escoar a energia produzida
pelos parques eólicos do extremo sul do Rio Grande do Sul, que serão
conectados às subestações Santa Vitória do Palmar e Marmeleiro.
Como será desativada a linha de transmissão 138 kV Quinta
– Marmeleiro, a transformação 525/138 kV da Subestação Santa
Vitória do Palmar atenderá as cargas da região. O compensador
Síncrono (usado para garantir o fator de potência da rede) na
Subestação Marmeleiro ajudará na qualidade da energia na região e evitará cortes na ocorrência de distúrbios no sistema. Já a
linha de transmissão Povo Novo – Nova Santa Rita foi planejada
para reforçar o atendimento ao sul do estado num horizonte
de longo prazo. No entanto, com a venda de energia das usinas
eólicas na região, a necessidade foi antecipada para a mesma
data das usinas. A Subestação Povo Novo, além de reforçar o
atendimento às regiões de Pelotas e Rio Grande, permitirá a
conexão de futuras usinas térmicas previstas para a região.
22
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
ONS, blackout
risk is minimal
in RS
With a generating capacity of
4,586 MW - a sum that includes
only installed plants in the territory of the state in line with interconnected system of the South
- The electric sector of Rio Grande
do Sul presents greater complexity
than the other states of the Federation, due to its high number of
plants in private consumption.
From the total energy produced to the distribution network,
according to the National Organizing System (ONS), 2,243 MW
are generated by hydroelectric
plants, 1,883 MW thermal and
460 MW Aeolia Energy.
Only the State company of
Eletric Energy (CEEE) - GT is responsible for 1.252, 2 MW. The
remainder is generated by the
Company of Thermal Generation of Eletric Energy (CGTEE),
Dona Francisca Energetic S/A,
Energy Company Rio das Antas
(Ceran) and the Aeolian Central
offices of the Parks of Osório,
of Índios and Sangradouro. Added to the energy transmitted
by means of National linked
System (SIN), the total availability reaches 6,100MW. The
maximum demand occurs because the increase consumption
on summer time, it must reach
6,440 MW, this year. The historical record, of 5.961 MW, was
registered at 14h 43 min in16th
February of 2012.
According to the ONS, there
is no threat of shortage in Rio
Grande do Sul, there are only critical moments that are associates
to determined lost elements in
the electric net that can lead to a
momentary breakpoint halt.
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Energia/Energy
23
Atendimento
sistêmico do RS
Divulgação ONS
ANUÁRIO DE
24
Energia/Energy
Grupo CEEE investirá
R$ 3,5 bilhões no
período 2013-2015
O Grupo CEEE vai investir cerca de R$ 3,5 bilhões, no período 2013-2015, sendo R$ 2 bilhões
destinados à CEEE-GT (geração e transmissão) e R$
1,5 bilhão à distribuidora CEEE-D. A maior parte
dos recursos será viabilizada pelo governo federal, referente à Conta de Resultados a Compensar
(CRC), o que é resultado de uma batalha jurídica
com a União iniciada em 1992 e transitada em
julgado em 31 de março de 2009. O restante das
aplicações será completado com linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), do Banco Mundial e
da Eletrobrás, que detém 32,23% das ações com
direito a voto e 32,59% das ações totais da geradora e da distribuidora do grupo.
Com esses investimentos, Sergio Dias, presidente
do Grupo CEEE, projeta um novo patamar na qualidade dos serviços até 2014. Parte dos recursos já está
sendo aplicada na construção de 11 subestações de
energia e na instalação de 78 novos alimentadores
em Porto Alegre, que irão tornar as redes mais resistentes e, consequentemente, o sistema de energia
da capital mais confiável. “O investimento, somente
na distribuidora, nos próximos dois anos, supera o
valor de R$ 1 bilhão. Isso vai dar condições para, a
partir de 2014, termos outro patamar de abastecimento”, diz. Para exemplificar, ele cita que em Porto
Alegre, durante 70 anos, foram construídas 14 subestações. “Só nesses próximos anos, vamos construir 11 subestações”, afirma.
O grupo CEEE também participa do Consórcio
Transmissora Sul Litorânea de Energia (TSLE), formado pelas empresas CEEE-GT (Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica)
e Eletrosul (Centrais Elétricas do Sul do Brasil).
A composição acionária da sociedade de propósito específico é composta por 51% da Eletrosul
e 49% da CEEE-GT, responsável pela construção de
um conjunto de obras na região Sul do RS, num investimento de R$ 700 milhões. O lote A (arrematado pelo consórcio CEEE-GT e Eletrosul, no leilão de
junho de 2012) é composto pelos seguintes empreendimentos: Subestações Povo Novo (525/230 kV),
Marmeleiro (525 kV) e Santa Vitória do Palmar
(525/138 kV); Linhas de Transmissão Nova Santa
Rita–Povo Novo (281 km); Povo Novo–Marmeleiro
(154 km), Marmeleiro–Santa Vitória do Palmar (52
km, todas em 525 kV); Seccionamento da linha entre as subestações Camaquã 3–Quinta na Subestação Povo Novo (2 km em 230 kV).
CEEE Group will invest R$ 3.5 billion
in the period of 2013-2015
CEEE group will invest about R$ 3.5 billion from
2013 to 2015, being R$ 2 billion to CEEE-GT (generation and transmission) and R$ 1.5 billion to the distributor CEEE-D. Most of the features will be made
by the federal government, with the remaining
funding lines of National Bank of Social and Economic Development (BNDES), the World Bank and
the Eletrobrás company, which holds 32.23% of the
shares entitled to vote and 32.59% of total shares
of the generating and distribution group.
Part of the funding resources is already being
applied in the construction of 11 energy power
substations and the installation of 78 new feeders
in Porto Alegre, what will make networks more
resilient and, consequently, the power system of
the capital more reliable. “Only in the distributor,
the investment exceeds the value of R$1 billion in
the next two years,. This will give us conditions to
have another level of supply from 2014, says the
president of CEEE, Sérgio Dias.
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Banco de imagens do grupo CEEE
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
25
Energia/Energy
Estatal é a principal
geradora de energia
elétrica no RS
No Rio Grande do Sul, sete
empresas se destacam na área de
geração de energia: a Companhia
Estadual de Energia Elétrica (CEEEGT), a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE),
Companhia Energética do Rio das
Antas (Ceran), Dona Francisca
Energética S.A., Ventos do Sul, EDP
Renováveis Brasil e Eletrosul.
Somada à carga
transmitida por
meio do Sistema
Interligado
Nacional (SIN), a
disponibilidade
total de energia,
no Rio Grande
do Sul, alcança
6.100 MW
CEEE-Geração
Principal fornecedor de energia
no estado, a CEEE-GT opera por
meio dos sistemas Jacuí e Salto, num
total de 909,9 MW. Com participações em outros empreendimentos,
a empresa ampliou sua capacidade
de geração. A UHE Machadinho, de
1.140 MW, situada entre os municípios de Piratuba (SC) e Maximiliano
de Almeida (RS), repassa 63 MW; a
Companhia Energética Rio das Antas (RS) repassa 108 MW; UHE Foz
do Chapecó, localizada entre os municípios de Águas de Chapecó (SC)
e Alpestre (RS), 77 MW; UHE Dona
Francisca (RS), 35 MW, e, a partir de
2021, aproximadamente 58 MW; e
UHE Campos Novos, situada no município do mesmo nome (SC), outros
57,3 MW.
A empresa também detém uma
participação de 1,029 MW, na PCH
Furnas do Segredo (9,8 MW), e de 1
MW, na Usina Termelétrica Piratini (10
MW). Essas parcerias consolidam um
ANUÁRIO DE
26
Energia/Energy
aumento de 37% na capacidade de
geração da CEEE-GT, correspondente
a 342,329 MW. Ao total, a CEEE-GT
opera no estado com uma potência
total de geração de 1.252,229 MW.
Participação
CEEE
Empreendimentos
UHE Dona Francisca
5,00%
UHE Machadinho
6,65%
UHE Campos Novos
6,51%
UHE Monte Claro
30,00%
UHE Castro Alves
30,00%
UHE 14 de Julho 30,00%
UHE Foz do Chapecó (em construção)
9,00%
PCH Furnas do Segredo
10,50%
Os sistemas Jacuí e Salto
As usinas hidrelétricas do Sistema Jacuí (852,4 MW) — Passo Real,
Itaúba e Jacuí — representam 94%
da capacidade instalada da empresa, enquanto o Sistema Salto conta
com cinco usinas, situadas nos municípios de Canela, São Francisco de
Paula e Santa Maria do Herval, totalizando 57,48 MW de capacidade.
A maior usina da CEEE é a UHE Itaúba, no município de
Pinhal Grande, com potência instalada de 500 MW, constituída
por quatro turbinas do tipo Francis com potência de 125 MW
cada e reservatório de 13.800 hectares.
Companhia de Geração Térmica
de Energia Elétrica (CGTEE)
A Eletrobras CGTEE opera por meio das unidades: Usina Termelétrica Presidente Médici (Candiota II), de 446 MW; Usina Termelétrica São Jerônimo, de 20 MW; e Nova Usina Termelétrica
de Porto Alegre (Nutepa), com 24 MW. Em 2007, a Eletrobras
CGTEE iniciou a construção de Candiota III (Fase C). Contando
com a parceria do grupo chinês Citic International Contracting
Inc., a usina opera com uma potência instalada de 350 MW.
Total de capacidade instalada: 840 MW.
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Total do
Empreendimento
Total
CEEE-GT
Pot. Inst.
MW
125
1.140
880
130
130
100
855
9,8
Pot Inst.
MW
6,25
63
57
39
39
30
n.d.
1
Energia
MWm
78
473
378
59
64
50
432
6,1
Dona Francisca Energética S/A
A UHE Dona Francisca opera com 125,0 MW (77,6 MW de
garantia física). Está situada no rio Jacuí entre os municípios de
Agudo do Sul e Nova Palma. É compartilhada por meio de um
consórcio celebrado entre Dona Francisca Energética S/A (Dfesa)
e CEEE. O acionista majoritário da Dfesa é o grupo Gerdau, com
51,82%. Está em operação comercial desde 2001.
Companhia Energética Rio das Antas (Ceran)
O Complexo Energético Rio das Antas é formado pelas usinas hidrelétricas Monte Claro (130 MW), Castro Alves (130 MW)
e 14 de Julho (100 MW). A Ceran tem como investidores a CPFL
— Geração de Energia S.A. (65%), a Companhia de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica — CEEE-GT (30%) e a Desenvix
(5%). Está situada entre os munícipios de Antônio Prado, Bento
Gonçalves, Cotiporã, Flores da Cunha, Nova Pádua, Nova Roma
do Sul e Veranópolis.
State is the main generating
electric energy in RS
In Rio Grande do Sul, seven companies stand out in the
area of power generation: the State Electricity Company
(CEEE-GT), the Company Thermal Generation of Electricity (CGTEE), Power Company Rio das Antas (Ceran), Dona
Francisca Energetic S/A, Ventos do Sul, EDP Renováveis
Brasil and Eletrosul.
The plants CEEE-GT have a total power of 909.9 MW installed itself. Subsidiary of Eletrobras, the Company Thermal Generation of Electricity (CGTEE) operates with an installed capacity
of 840 MW. HPP Dona Francisca holds a 125.0 MW (77.6 MW of
assured energy). The company is formed by shareholders Dona
Francisca Energetic S / A (Dfesa) and CEEE. The Dfesa majority
shareholder is the Gerdau Group with 51.82%.
Already the Energy Complex Rio das Antas, located in the
Northeast region of Rio Grande do Sul, is formed by hydroelectric Monte Claro (130 MW), Castro Alves (130 MW) and 14 July
(100 MW). The Ceran has as investors CPFL - Power Generation
SA (65%), the group CEEE (30%) and Desenvix (5%).
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
27
Energia/Energy
Inês Arigoni
Ventos do Sul,
subsidiária da
Enerfin, do
grupo espanhol
Elecnor, projeta
uma capacidade
instalada de 422
MW de energia
eólica em 2014
Novos parques
ampliam capacidade
de energia eólica no RS
O parque gaúcho de geração de energia eólica deverá receber 984 MW até 2016. Somente neste ano, serão concluídas
obras no total de 269,8 MW das empresas Elecnor/Enerfin, CPFL
Renováveis, Grupo Santander e Oleoplan. Atualmente são as
seguintes as empresas em operação no estado:
Ventos do Sul
A empresa Ventos do Sul, subsidiária da Enerfin, do grupo
espanhol Elecnor, atua no litoral norte do estado com 180 MW
e outros 148 MW em construção. Em leilão realizado em 2011,
foi autorizada a implantar outros 94 MW, o que deve elevar a
sua capacidade instalada para 422 MW, em 2014.
ANUÁRIO DE
Energia/Energy
A empresa instalou-se no Rio Grande do Sul
no final de 2006. O projeto de 150 MW foi contemplado pelo Programa de Incentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Considerado o maior da América Latina, seu parque
eólico é composto de 90 aerogeradores, distribuídos em Sangradouro, Osório e Dos Índios.
A empresa, constituída especificamente para
este fim, tem como sócio majoritário o grupo espanhol Elecnor (com 91% do capital), através de
sua subsidiária Enerfín Enervento. Os 9% restantes pertencem à Wobben Windpower, subsidiária
da alemã Enercon.
EDP Energias do Brasil
A EDP Renováveis Brasil, braço da EDP Energias do Brasil, de capital português, opera em
Cidreira com 70 MW. Detém ainda outros 532
MW de projetos enquadrados no Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) e 462 MW de empreendimentos em
diferentes estágios de desenvolvimento.
Adquirido pela EDP em 17 de março, o empreendimento pertencia à Elebrás Projetos Ltda.,
subsidiária da empresa alemã innoVent Gmbh. O
grupo português EDP é o quarto maior produtor
mundial de energia eólica, com 5.000 MW instalados, a maior parte nos Estados Unidos, Espanha
e Portugal.
Eletrosul
A Eletrosul opera desde maio de 2011 o Complexo Eólico Cerro Chato, com 45 aerogeradores,
com geração de 90 MW. Foram investidos R$ 440
milhões no empreendimento, localizado em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul.
A obra fez parte do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC2) e é o primeiro empreendimento a entrar em operação entre os que foram
contratados pelo primeiro leilão de fontes eólicas, realizado pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) em 2009. Próximo aos parques de
Cerro Chato, a Eletrosul e parceiros estão construindo um segundo complexo, em Livramento,
com 78 MW de capacidade de geração. Outros
dois complexos serão construídos em Santa Vitória do Palmar e Chuí, no litoral Sul do Rio Grande
do Sul, no total de 402 MW.
28
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
RS will
generate
1,812 MW of
wind energy
in 2016
The Gaucho park wind power generation is expected to
receive 984 MW by 2016. Only
this year, Elecnor / Enerfin,
CPFL Renewable, Santander
Group and Oleoplan companies, will have the works completed, totaling 269.8 MW. Actually those are the following
companies that are operating
in the state:
Southern Winds: Subsidiary of Enerfin , the Spanish
group Elecnor, operates on
the northern coast of the state with 180 MW and 148 MW
in other construction. At an
auction held in 2011, was authorized to deploy other 94
MW, which should increase its
installed capacity to 422 MW
in 2014.
EDP Energies of Brazil:
Arm of the EDP Brazil Energies, of Portuguese currency,
operates at Cidreira with70
MW. It still withholds others
532 MW of projects fit in the
Program of Incentive to the
Alternative Sources of Electric
Energy (Proinfa) and 462 MW
of enterprises in different stages of development.
Eletrosul: Since May 2011
it operates the Wind Complex
Cerro Chato, with 45 turbines,
generating 90 MW. We invested R$ 440 million in the venture, located in Santana of Deliverance, in Rio Grande do Sul.
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
29
Energia/Energy
Empreendimentos em construção
PARQUE
POTÊNCIA (MW)
ESTADO
MUNICÍPIO
INVESTIDOR
Previsão
Osório 2
Fazenda Rosário 2
Osório 3
Atlântica I
Atlântica II
Atlântica IV
Atlântica V
Reb Cassino I
Reb Cassino II
Reb Cassino III
Pontal 2B
Parque Eólico dos Índios 2
Corredor do Senandes II
Corredor do Senandes III
Corredor do Senandes IV
Vento Aragano I
Chuí I
Chuí II
Chuí IV
Chuí V
Minuano I
Minuano II
Verace I
Verace II
Verace III
Verace IV
Verace IX
Verace V
Verace VI
Verace VII
Verace VIII
Verace X
Cerro Chato IV
Cerro Chato V
Cerro Chato VI
Cerro dos Trindade
Ibirapuitã I
Parque Eólico dos Índios 3
Força 1
Força 2
Força 3
Pontal 3B
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
RS
Osório
Palmares do Sul
Osório
Palmares do Sul
Palmares do Sul
Palmares do Sul
Palmares do Sul
Rio Grande
Rio Grande
Rio Grande
Viamão
Osório
Rio Grande
Rio Grande
Rio Grande
Rio Grande
Chuí
Chuí
Chuí
Chuí
Chuí
Chuí
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santa Vitória do Palmar
Santana do Livramento
Santana do Livramento
Santana do Livramento
Santana do Livramento
Santana do Livramento
Osório
Palmares do Sul
Palmares do Sul
Palmares do Sul
Viamão
Elecnor / Enerfin
Elecnor / Enerfin
Elecnor / Enerfin
CPFL Renováveis
CPFL Renováveis
CPFL Renováveis
CPFL Renováveis
Grupo Santander Grupo Santander Grupo Santander Oleoplan
Elecnor / Enerfin
Odebrecht
Odebrecht
Odebrecht
Odebrecht
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Eletrosul
Elecnor / Enerfin
Elecnor / Enerfin
Elecnor / Enerfin
Elecnor / Enerfin
Oleoplan
2013
2013
2013
2013
2013
2013
2013
2013
2013
2013
2013
2014
2014
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2014
2014
2016
2016
2016
2016
2016
24,0
20,0
26,0
30,0
30,0
30,0
30,0
24,0
21,0
24,0
10,8
28,0
21,6
27,0
27,0
28,8
24,0
22,0
22,0
30,0
22,0
24,0
20,0
20,0
26,0
30,0
30,0
30,0
18,0
30,0
26,0
28,0
10,0
12,0
30,0
8,0
30,0
22,0
22,0
28,0
22,0
25,6
Grupo CEEE e Governo do Estado,
juntos levando mais
para os gaúchos.
Ao comemorar seus 70 anos de história, o Grupo CEEE presenteia o estado do
Rio Grande do Sul com investimentos de aproximadamente 3,5 bilhões* em
infraestrutura energética. Este valor possibilitará a ampliação e reforço de
redes de distribuição e transmissão, a construção e aumento da capacidade
de subestações e, ainda, o incremento na geração de energia produzida nas
usinas da Companhia. É o Governo do Estado e o Grupo CEEE levando mais
energia e desenvolvimento para os gaúchos.
* Investimentos previstos para o biênio 2013/2014
ANUÁRIO DE
32
Energia/Energy
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
AES Sul, CEEE-D e RGE atuam
no setor de distribuição
Desde 1997, a distribuição de energia no Rio Grande do
Sul é operada por três concessionárias: a AES-Sul, responsável pelo suprimento de 118 municípios da Região Metropolitana, do Vale, Central e Fronteira; a CEEE Distribuição,
que atende 72 municípios na Região Metropolitana, Sul,
Litoral Norte e Campanha; e a RGE, que atua em 262 municípios, nas regiões norte e nordeste. Alguns municípios
contam com serviços prestados por cooperativas de eletrificação e pequenas concessionárias independentes, correspondendo a 5,73% do mercado.
divulgação
AES Sul
AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S/A é
uma empresa da AES Brasil, grupo que agrega as
duas empresas geradoras e duas distribuidoras da
AES Corporation no país. A AES Corp., sediada nos
Estados Unidos, é uma companhia global que atua
na área de energia, com negócios de geração e de
distribuição.
Área de concessão: 99.512 km².
Número de clientes residenciais, comerciais, industriais e rurais: 1.208.550. Investimentos (2000 a 2012): R$ 1,3 bilhão.
Previsão para 2013: R$ 260 milhões.
Estrutura:
Número de subestações: 59.
Transformadores para subestações: 91.
Potência instalada em MVA: 1.803 MVA.
Km de linhas de subtransmissão: 2.067 km.
Km de redes de distribuição: 63.368 km.
Número de profissionais: 3.113.
Número de gerências regionais: 2.
Centros de operação de Distribuição: 1.
Atendimento call center 24 horas:
0800 707 7272.
ANUÁRIO DE
34
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
divulgação
Energia/Energy
INFRAESTRUTURA
CEEE-D
A Companhia Estadual de Distribuição de Energia
Elétrica (CEEE-D) é uma empresa de economia mista pertencente ao Grupo CEEE, concessionária dos serviços de
distribuição de energia elétrica na região Sul-Sudeste do
Rio Grande do Sul. Seus acionistas são a CEEE Participações (65,92%), que atua como holding, e a Eletrobras
(32,59%).
Área de concessão: 99.512 km².
Número de clientes residenciais, comerciais, industriais e rurais: 1.534.113. (equivalente a 4 milhões
de consumidores).
Residenciais: 1.292.139
Comerciais: 136.986
Industriais: 13.150
Rurais: 83.626
Investimentos: 2000 a 2012: R$ 1,1 bilhão.
2012: R$ 146,8 milhões.
2013: R$ 600 milhões.
Estrutura
Número de subestações: 52 Subestações (35 são
automatizadas)
Transformadores para subestações: 54.460 transformadores
Potência instalada em MVA: 5.500 MVA
Km de linhas de subtransmissão: 1.838 km (69 kV e 138 kV)
Km de redes de distribuição: 51.963 km de redes instaladas
Número de postes: 800 mil
Número de profissionais: 3.064
Número de gerências regionais: três: Metropolitana (sede Porto Alegre), Litoral Norte (sede Osório) e
Sul (sede em Pelotas), e três Centros Regionais: Campanha (sede em Bagé), Litoral Sul (sede em Rio Grande) e
Centro-Sul (sede em Camaquã)
Centros de operação de Distribuição: Seis: Porto
Alegre, Bagé, Camaquã, Osório, Pelotas e Rio Grande.
Atendimento call center 24 horas: 0800.721.2333.
NA CRM,
A ENERGIA
QUE É PATRIMÔNIO
DOS GAÚCHOS
É GERADA DO MODO
MAIS ATUAL QUE EXISTE:
COM RESPONSABILIDADE
AMBIENTAL.
Através da recuperação das áreas mineradas e do Plano de
Controle Ambiental, a CRM trabalha e investe, minimizando os
impactos ao meio ambiente. Com o incentivo ao desenvolvimento
e à geração de empregos, sempre com foco na sustentabilidade, o
Governo do Estado reforça o seu compromisso com o futuro de
todos os gaúchos.
ANUÁRIO DE
36
Energia/Energy
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
divulgação
RGE
A Rio Grande Energia S.A. (RGE) é uma sociedade por
ações de capital aberto, concessionária do serviço público
de energia elétrica, controlada pela CPFL, grupo composto
pela VBC Energia (Grupo Votorantim, Bradesco e Camargo
Corrêa), pelo Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco
do Brasil (Previ) e pela Bonaire Participações (que reúne os
fundos de pensão Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev).
Área de concessão: 90.718 km².
Número de clientes residenciais, comerciais, industriais e rurais: 1.304.377. Residenciais: 1.030.494, Comerciais: 113.460, Industriais: 16.190 e Rurais: 140.432. Demais
consumidores: 13.491
Investimentos (2003 e 2012): R$ 1,61 bilhão.
2012: R$ 298 milhões.
2013 (previsão): R$ 249 milhões.
2014 (previsão): R$ 260 milhões.
Para o exercício de 2012 a 2014 serão investidos mais R$ 810 mi.
Estrutura:
Número de subestações: 66 subestações. 63 de distribuição e 03 de transmissão.
Transformadores para subestações: 123 equipamentos,
sendo 3 móveis e incluindo transformadores reservas.
Transformadores de distribuição: 80.349
Potência instalada em MVA
2011: 1.760 MVA na distribuição e 117 MVA na transmissão.
2012: na distribuição 1.837 MVA e 167 MVA na transmissão.
Km de linhas de transmissão: 1.756 km
Km de redes de distribuição: 78.251 km
Número de profissionais: 1.570 colaboradores
Número de superintendências: Não há superintendências. Há um diretor-presidente locado em Caxias do Sul, Luís
Henrique Ferreira Pinto.
Centros de operação de Distribuição: localizado em Caxias do Sul.
Centro de Subtransmissão: localizado em Caxias do Sul
Atendimento call center 24 horas: RGE 24 Horas – 0800 970 0900
Perfil do consumo no RS:
Industrial: 37,72%
Residencial: 25,68%
Comercial: 16,84%
Rural: 12,54%
AES –South, CEEE-D and RGE operate in the
distribution sector
Since 1997, the distribution of energy in Rio Grande do
Sul has been operated by three utilities concessionaires: AESSouth, responsible for the supply of 118 municipalities of
the metropolitan area, the valley, central and border; CEEE
Distribution, that serves 72 municipalities in the Region me-
tropolitan, South, and North Coast and Campaign, and RGE
that is operating 262 municipalities in the north and northeast regions. Some municipalities rely on services provided by
electrification cooperatives and small independent concessionaires, corresponding to 5.73% of the market.
ANUÁRIO DE
38
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Transpetro opera 145
km de oleodutos no RS
Geraldo Falcão/Petrobras
Energia/Energy
INFRAESTRUTURA
Terminal
Almirante
Soares Dutra
(Tedut), em
Osório
A Transpetro, subsidiária da Petrobras, possui atualmente 145
quilômetros de oleodutos no Rio Grande do Sul, que representam
em torno de 2% dos 7.179 quilômetros de oleodutos da companhia em todo o Brasil. A empresa é responsável pela operação de
três terminais: Almirante Soares Dutra (Tedut), em Osório; Niterói
(Tenit), em Canoas; e Rio Grande (Terig), em Rio Grande. Por meio
desses terminais, a Petrobras transporta para o estado diesel, gás
liquefeito, óleo combustível e petróleo nacional. A cada ano é movimentado, em média, 1,57 milhão de metros cúbicos de produtos
pela Transpetro para o Rio Grande do Sul.
Transpetro operates 145 km of oil pipelines in RS
Today Transpetro has 145 km of pipelines in Rio Grande do Sul, which means around 2% of the 7179 km pipeline company in Brazil. The company is responsible for the
three terminals operation: Almirante Soares Dutra (Tedut)
in Osório; Niterói (Tenit) in Canoas and Rio Grande (Terig)
in Rio Grande. Petrobras transports through those terminals, diesel, liquefied petroleum gas, fuel oil and domestic
oil for the state. Every year they are moved, on average,
1.57 million cubic meters of products by Transpetro to Rio
Grande do Sul.
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
39
Energia/Energy
Dutovias/Transpetro/RS
ORPISA (Oleoduto Porto de Rio Grande – Refinaria Ipiranga)
Municípios
Rio Grande
Extensão
3 km
Largura
10m
Ligação
Terminal de Rio Grande (Terig) à Refinaria Ipiranga
10”
Petróleo
16”
Diesel / Gasolina
OSCAN (Oleoduto Osório – Canoas)
Municípios
Extensão
Largura
Ligação
16”
22”
16”II
8” (retorno)
16” GASBOL - TBG
Canoas / Cachoeirinha / Gravataí / Glorinha / Santo Antônio / Osório
98 km
22m
Terminal de Tramandaí (Tedut) à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap)
Diesel
Petróleo
Nafta
Diesel / Gasolina
Gás Natural (Canoas e Cachoeir.)
OSCAN MARÍTIMO (Oleoduto Osório – Tramandaí)
Municípios
Osório / Tramandaí
Extensão
6 km
Largura
20m
Ligação
Terminal de Osório ao Farol de Tramandaí
28”
Nafta
34”
Petróleo
ORSUL (Oleoduto Refap – Copesul)
Municípios
Extensão
Largura
Ligação
14”
10” (retorno)
6” 24” TSB
Canoas / Nova Santa Rita / Triunfo
25 km
20m
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) à Copesul
Nafta
Propeno
Retorno
Gás Natural
ORNIT (Oleoduto Refap – Terminal de Niterói)
Municípios
Canoas
Extensão
13 km
Largura
15m
Ligação
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) ao Terminal de Niterói (Tenit)
6”
LCO (Óleo Combustível) / Diesel
16” Sulgás
Gás Natural
ANUÁRIO DE
Energia/Energy
40
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Divulgação
CRM encerrou 2012
com incremento de 31%
na produção de carvão
Mina de Candiota
está localizada na
maior jazida de carvão
mineral do Brasil, a 400
quilômetros ao sul de
Porto Alegre; reservas
passíveis de mineração
a céu aberto são de
1 bilhão de toneladas
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
41
A CRM encerrou o exercício de 2012 com uma produção de carvão de 2,898
milhões de toneladas/ROM (minério bruto produzido no ano, obtido diretamente da mina, sem sofrer qualquer tipo de beneficiamento). Este total representa
um crescimento de 31,27% em comparação ao ano anterior, que alcançou 2,207
milhões de toneladas. O principal cliente da CRM é a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE/ Eletrobras), com consumo de 99% das vendas
totais da empresa.
Em 2012 a CRM investiu cerca de R$ 16,2 milhões, de recursos próprios, na
compra de novos equipamentos e em melhorias nas unidades mineiras. Em 2013,
a empresa vai investir R$ 20 milhões, cuja maior parte será direcionada para a
compra de veículos de grande porte para o transporte de carvão, maquinários e
reformas estruturais nas unidades de Candiota e Minas do Leão.
A confirmação desses recursos depende, sobretudo, da política do governo
federal para o carvão mineral. No caso de a empresa ficar fora dos contemplados
em um possível leilão de energia nova A-5, a CRM deve continuar investindo somente na manutenção de sua capacidade instalada. Caso esteja vinculada a um
novo projeto termelétrico habilitado nesse leilão, deverá investir na expansão de
suas unidades mineiras ou na implantação de uma nova unidade. Estes investimentos devem variar de R$ 20 a 25 milhões/ano, de recursos próprios.
Empresa de economia mista controlada pelo governo do estado do Rio Grande do Sul, a CRM é dona de uma reserva com potencial de 3 bilhões de toneladas
de carvão. Suas unidades mineiras em atividade estão situadas nos municípios de
Minas do Leão e Candiota, com exploração a céu aberto.
Produção em anos anteriores:
2010 – 2.015.205 t/ROM
2009 – 2.013.187 t/ROM
2008 – 1.886.063 t/ROM
2007 – 1.894.849 t/ROM
Mina do Leão I
Situada no município de Minas do Leão, às margens da BR-290, a mina iniciou sua operação em 1963, por meio do poço P1, com 125 metros de profundidade. Os trabalhos no subsolo pararam em 2002 devido, principalmente, aos
altos custos da mineração. Hoje a mina produz a partir da área da Boa Vista,
mina a céu aberto que emprega equipamentos tradicionais de terraplanagem
em seus trabalhos.
Mina do Leão II
Localiza-se no município de Minas do Leão, distante apenas 6 quilômetros ao
norte da Mina do Leão I. A infraestrutura existente no local constitui-se de dois
túneis inclinados de acesso à camada de carvão; seis quilômetros de galerias no
subsolo; silos subterrâneos para carvão; poço de ventilação com 220 metros de
profundidade; prédios com 10.000 m2 de área útil e equipamentos diversos para
a lavra e beneficiamento do carvão.
Mina de Candiota
Fica no município de Candiota, a 400 quilômetros ao sul de Porto Alegre, na
maior jazida de carvão mineral do Brasil. As reservas de carvão a céu aberto, em
profundidades de até 50 metros, alcançam 1 bilhão de toneladas.
Energia/Energy
CRM closed
2012 with a
production
of 2.8 million
tons of coal
The CRM ended 2012 with a
coal production of 2.898 million
tons / ROM, what means Ore
gross production (raw ore produced in the year, as mined, without
undergoing any processing). This
represents an increase of 31.27%
comparing to the previous year,
it reached 2.207 million tons.
The main customer of CRM is the
Thermal Generation of Electricity
Company (CGTEE / Eletrobras),
that gets a consumption of 99%
from the total company sales.
In 2012, CRM invested about
R$ 16.2 million of its own resources, to the purchase of
new equipment and improvements in mining units. In 2013,
the company will invest R$ 20
million, and mostly will be directed towards to the purchase
of large vehicles to transport
coal, machinery and structural
reforms at Candiota and Minas
do Leão units.
Mixed capital company controlled by the state government
of Rio Grande do Sul, CRM owns
a reserve potential of 3 billion
tons of coal. Its units mining activity are located in the municipalities of Minas do Leão and Candiota with open pit mining.
Production in previous years:
2010-2015205 t / ROM
2009-2013187 t / ROM
2008-1886063 t / ROM
2007-1894849 t / ROM
ANUÁRIO DE
Energia/Energy
42
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Sulgás prevê 890
quilômetros de rede
canalizada até 2014
A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) é a empresa responsável pela comercialização e distribuição de gás natural canalizado no estado. Criada em 1993, atua
como uma sociedade de economia mista, tendo como acionistas
o estado do Rio Grande do Sul e a Petrobras Gás S/A. Atualmente, a Sulgás, segundo Roberto Tejadas, diretor-presidente
da empresa, atende clientes em 38 municípios gaúchos. A rede
canalizada, de 577 quilômetros de extensão, está presente em
21 municípios, e em 22 cidades o atendimento é feito por Gás
Natural Comprimido (GNC), transportado por carretas.
A rede de distribuição de gás natural está concentrada na
Região Metropolitana de Porto Alegre, Vale do Sinos e Serra.
O sistema GNC ainda contempla o Vale do Taquari, Vale do Rio
Pardo, Litoral, Planalto, Centro e Sul do estado.
Até o início de dezembro de 2012, a carteira de clientes da Sulgás
contava com 112 indústrias e 302 estabelecimentos comerciais.
Em Porto Alegre, a rede canalizada de distribuição de gás
natural corresponde a 75 quilômetros, o que permite o abastecimento de mais de 10 mil residências, nos seguintes bairros:
Moinhos de Vento, Boa Vista, Chácara das Pedras, Cristo Redentor, Humaitá, Lindóia, Passo d’Areia, Mont’Serrat, Petrópolis,
Bela Vista, Sarandi e Cristal. Atualmente, 82 postos do RS comercializam o GNV, em 29 municípios.
Em 2012 foram investidos cerca de R$ 35 milhões e houve a construção de 52 quilômetros de rede. De 2011 a 2014 será aplicado um
total de R$ 200 milhões, para a construção de mais de 320 quilômetros de rede. O consumo médio de gás natural no Rio Grande do Sul,
ao final de 2012, foi de 1,8 milhão de metros cúbicos/dia.
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
43
Energia/Energy
Divulgação
Piped
network of
Sulgás will
reach 890
km by 2014
Em Porto Alegre, a rede canalizada de distribuição de gás natural corresponde a
75 quilômetros, o que permite o abastecimento de mais de 10 mil residências
Histórico de crescimento da rede no RS nos últimos quatro anos
e respectivo volume de investimento
ANO
Rede de Distribuição (km)
Investimento Anual (mil R$)
2012
2011
2010
2009
604
552
515
479
34.792
35.147
19.665
17.354
The Gas Company of
Rio Grande Do Sul state
(Sulgás) is the responsible company for the
commercialization and
canalized distribution
of natural gas in the
state. Created in 1993,
it acts as a society of
mixing economy, and it
has the Rio Grande Do
Sul state and Petrobra’s
Gas S/A as shareholders.
Today Sulgás, according
to Robert Tejadas, director president of the
company, takes care of
customers in 38 cities
gauchas. The canalized
net, 577 kilometers of
extension, is in 21 cities, and 22 cities has
the attendance made
by compressed Natural
Gás (GNC), carried by
carts.
In 2012 was invested about R$ 35 million
and the construction of
52 kilometers of net. In
the period of 2011 and
2014 will be applied a
total of R$ 200 million
to construction of more
than 320 kilometers of
net. The average consumption of natural
gas in Rio Grande Do
Sul, was 1, 8 million of
cubical meters/day by
the end of 2012.
Divulgação
Uma das
maiores obras
do DNIT no RS,
a duplicação
de 88,5 km da
BR-101, entre
Osório e
Torres, teve
um custo
estimado de
R$ 1,1 bilhão
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Transportes
Transport
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
Divulgação
Dependência
de rodovias
no transporte
do RS supera
média nacional
46
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
47
Transportes/Transport
A matriz modal do Rio Grande do Sul possui uma exagerada dependência
do transporte rodoviário pelo critério tonelagem/km por ano, correspondente
a 85,3% desse total, de acordo com o último dado disponível (FIPE-2005/ Rumos
2015- SCP-RS). Esse índice é superior até mesmo à média nacional, cujo transporte depende 68,9% de rodovias.
Com esse nível de dependência, o estado, segundo especialistas, precisa
fazer um esforço redobrado na conservação e duplicação de rodovias, além de
incentivar a multimodalidade. Dessa forma, seria conveniente associar sempre
outro modal no transporte de cargas, o que poderia ser feito com a inclusão de
ferrovias e hidrovias.
Matriz logística do Brasil
Matriz logística do RS
Fonte: FIPE-2005/ Rumos 2015- SCP-RS
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
De acordo com Daniel Lena Souto, relator do modal ferroviário do Comitê de Rotas de Integração da América do Sul
(Crias), a confirmação da ferrovia que ligará o município de Panorama (SP) ao Porto do Rio Grande, por meio da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., deverá proporcionar um
significativo ganho logístico aos produtores gaúchos.
O projeto contempla uma das mais antigas aspirações do setor de logística do RS, no sentido de diminuir a distância da conexão ferroviária entre Região Metropolitana de Porto Alegre
e as regiões produtoras do interior com o Porto do Rio Grande.
Além do envolvimento do estado na expansão da Ferrovia
Norte-Sul até Rio Grande, Lena Souto defende a necessidade
de uma ampla mobilização para que o governo federal aumente os investimentos no setor, sobretudo em novas obras
e no aumento da capacidade de trechos ferroviários de maior
demanda.
Como exemplo de projeto de grande repercussão econômica
no setor, Lena Souto aponta o aumento da capacidade do sistema
ferroviário que ligaria o sul ao sudeste do Rio Grande do Sul. A
obra, segundo ele, aliada à construção do Ramal de Caxias do Sul,
favoreceria o acesso ferroviário do Vale do Taquari à RMPA, além
de possibilitar a integração da região industrial de Caxias do Sul ao
tronco ferroviário existente na região de Estrela.
“Trata-se de um trecho de grande importância que permitiria
o atendimento de demandas de comércio exterior com a Argentina. Além da redução de custos logísticos da região Sudeste, o empreendimento também favoreceria os fluxos de abastecimento de
outros estados da Região Sul do Brasil”, afirmou.
Em relação às hidrovias Miguel Pires, assessor técnico da Associação Brasileira de Terminais Privados (ABTP), de larga experiência no setor, diz que, antes de tudo, é preciso induzir o seu
uso. Segundo ele, uma região que pretende dispor da hidrovia
como fator de competitividade precisa incluir essa meta em um
macroprograma de desenvolvimento. “O fato é que o estado
nunca conseguiu montar o seu modelo de desenvolvimento em
torno da hidrovia, sempre foi em torno de rodovia”, diz. “Se
pegarmos os distritos industriais atuais, vamos ver que não há
nenhum em torno de hidrovia. O único que é vinculado à hidrovia, mas que não foi planejado pelo estado, é o polo petroquímico, de Triunfo.”
“Como consequência da falta de planejamento, o movimento atual nas hidrovias do estado representa apenas 6,5 milhões
de toneladas por ano, considerando o transporte de ida e volta
que é basicamente formado por derivados de petróleo, petroquímicos, fertilizantes, madeira e celulose, enquanto a produção industrial que escoa regularmente quase não utiliza esse
modal”, conclui.
48
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Dependence of
highways in the
transportation
of RS overcomes
national average
The modal matrix of Rio Grande do Sul has
an exaggerated reliance on road transport by the
criterion tonnage / km per year, corresponding
to 85.3% of that total, according to the latest
data available (FIFE-2005/2015 Directions - SCPRS.) This ratio is even higher than the national
average, where 68.9% of transport depends on
highways.
With this level of dependence on, experts say
that the state needs to make a greater effort in
conservation and duplication of roads, besides to
encourage multimodality. Nevertheless, it would
always be associated in another modal freight
transportation, which could be done by including railways and waterways.
According to Daniel Souto Lena, reporter of
the Committee’s railroad routes Integration of
South America (Baby),the confirmation of railway linking the city of Panorama (SP) to the
Port of Rio Grande, through Valec - Engineering
, Construction and SA Railways should provide a
significant logistic gain to producers gauchos.
The project includes one of the oldest aspirations of logistics sector in RS, in order to reduce
the distance of the railway connection between
the Metropolitan Region of Porto Alegre and the
regions inside the Port of Rio Grande.
Related to Miguel Pires waterways, technical
advisor of Brazilian Association of Private Terminals
(ABTP) , with large industry experience, says that,
first of all, we need to induce their use. According
to him, a region that intends to have the waterway
as a competitive factor, must include this goal in a
macro-development program. “The fact is that the
state could never mount its model of development
around the waterway but has always been around
the highway,” he says. “If we take the current industrial districts, we see that there is no waterway
around. The one that is linked to the waterway, but
that was not planned by the state, is the petrochemical complex of Triumph.”
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ANUÁRIO DE
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
INFRAESTRUTURA
Transportes/Transport
52-53
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
Rodovia do
Parque, que
vai ligar Porto
Alegre a
Sapucaia do Sul,
passando por
Esteio e Canoas,
é uma das obras
mais destacadas
do PAC
54
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
55
Transportes/Transport
Divulgação/Consórcio Queiroz Galvão/OAS/Brasília-Guaíba
2015 marcará a
retomada do sistema
rodoviário gaúcho
Ao total, as rodovias estaduais e federais no Rio
Grande do Sul somam 13.291 quilômetros de extensão, segundo dados do Departamento Autônomo
de Estradas de Rodagem (Daer). Somente a autarquia é responsável pela administração de 7.919,65
quilômetros, dos quais 4.792,44 são pavimentados;
126 são duplicados; 1.956,50 são de terra e 1.170,71
estão em obras. As federais somam 5.372,65 quilômetros, incluindo 4.720 de pista simples; 307,5 de rodovias duplicadas e 345 quilômetros em obras. Essa
relação não inclui a soma das rodovias municipais,
que, em 2005, de acordo com o estudo Rumos
2015, foram estimadas em 137.255 quilômetros,
dos quais 699 pavimentados e 136.556 não pavimentados.
Ao longo das últimas décadas, por razões
conjunturais, o Rio Grande do Sul marcou passo
no setor rodoviário. No âmbito estadual, a rigor,
o único destaque foi a obra da BR-453, chamada
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
também de Rota do Sol, que atravessa todo o estado, no sentido leste-oeste, num total de 773 quilômetros.
A rede federal não teve crescimento expressivo. A retomada nos investimentos começou a ocorrer somente em 23 de dezembro de 2004, quando se iniciaram as obras de duplicação da
BR-101, Osório-Torres, no RS, de 99,5 quilômetros de extensão.
A partir de 2005, o Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transporte (DNIT) passa a elevar de forma progressiva seus
investimentos no estado. Em 2007, a unidade regional da autarquia aplicou cerca de R$ 400 milhões — o que foi considerado,
na época, a melhor marca dos últimos 20 anos.
Portanto, há exatamente sete anos o DNIT vem mantendo
uma retomada nos investimentos, com ênfase nas vias de maior
demanda reprimida. Ou seja, na duplicação da BR-101; da BR392, Pelotas-Rio Grande; BR-116, Porto Alegre-Pelotas; e na BR290, Pantano-Eldorado do Sul.
Ao norte do Rio Grande do Sul está em andamento a obra
de implantação de 68 quilômetros da BR-470, entre o povoado de Barracão (divisa do RS com SC) e o município de Lagoa
Vermelha. Seu traçado ligará os dois estados e passará pela serra gaúcha. Dividido em dois lotes, e com um orçamento total
que ultrapassa os R$ 110 milhões, dos quais R$ 73 milhões já
foram investidos desde o início dos trabalhos, o trecho, depois
de pronto, será mais um com importância e posição estratégicas
no cenário regional e estadual.
O projeto total da BR-470 aponta para 800 quilômetros de extensão,
ligando Navegantes (SC) a Camaquã (RS), passando por Bento Gonçalves. Além de um grande corredor, ligando o estado com Santa Catarina,
a obra se constituirá em alternativa à saturada BR-116. Ainda em 2013
serão concluídas as obras da BR-386, entre Tabaí e Estrela, de 34 quilômetros de extensão, e da BR-448, também chamada de Rodovia do Parque,
de 22,4 quilômetros, entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre. A BR-386 é
uma das principais artérias de escoamento de safras agrícolas e atende
cerca de 30% da população do estado, no trajeto entre Iraí, na divisa com
Santa Catarina até Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Já
a BR-448 passará a ser uma alternativa à BR-116, na região de Porto Alegre, hoje saturada com engarrafamentos diários. Todas essas obras serão
executadas no período 2013-2015, com um investimento global de R$ 3
bilhões, com recursos do PAC 1 e do PAC 2.
No âmbito estadual, existe um ambicioso programa de
duplicações e reabilitação da malha estadual, previsto para
o período 2013-2014. Os maiores investimentos estão direcionados para a reabilitação da malha estadual, no total de
R$ 1 bilhão. E em 104 acessos municipais, que irão receber
cerca de R$ 800 milhões. Ao fim e ao cabo de todos esses
investimentos, o Rio Grande do Sul, segundo os especialistas
do setor, deverá situar-se em condição privilegiada, em nível
nacional, no que se refere ao modal rodoviário.
56
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
The new jump
the highway
system of Rio
Grande do Sul
In total, the state and federal
highways in Rio Grande do Sul
have 13,291 km in length, according to the Autonomous Department of Highways (Daer). Only
the municipality is responsible for
the administration of 7919.65 km
of which are paved 4792.44; 126
are duplicated; 1956.50 are land
and 1170.71 are in the works. The
federal highways totaling 5372.65
km, including 4,720 of single lane;
307.5 duplicated highway and 345
km in the works. This ratio does
not include the sum of municipal
roads in 2005, according to the
study Rumos 2015, were estimated
at 137,255 km, of which 699 paved
and 136 556 unpaved.
In 2012, Rio Grande do Sul
was the third state in the country
ranking of funds invested by the
National Department of Transport
Infrastructure (DNIT), construction
and maintenance of highways. In
total, we paid R$ 768 million, which represented a decrease from
the previous year, when the sector
received about R$ 1.1 billion.
At the state level, there is an
ambitious rehabilitation program
duplication and knit state, planned for the period 2013-2014.
Highlights are the investments
about U.S. $ 1 billion in the rehabilitation of the mesh state and $
800 million to works of 104 municipal hits. At the end of all these
investments, Rio Grande do Sul,
according to industry experts, is
expected to be in prime condition,
at the national level with regard
to road transportation.
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
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Transportes/Transport
Investimentos DNIT no RS
Fonte: Superintendência Regional do DNIT no Estado do Rio Grande do Sul
Investimentos Daer no RS
Mapa Rodoviário do RS/RS Highway Map
58-59
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
ERIO LOGÍSTICA
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INFRAESTRUTURA
ANUÁRIO DE
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
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INFRAESTRUTURA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Divulgação
Hidrovias gaúchas
contam com
1.100 km de vias
navegáveis
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
61
Dono de grande potencial aquaviário, em função de uma
geografia favorável composta por rios, lagos e lagoas que atravessam o estado, o Rio Grande do Sul possui 2.154 quilômetros
de vias em condições de serem navegáveis, dos quais são utilizados 1.100, segundo a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq).
A parte mais ativa do sistema hidroviário interior do Rio
Grande do Sul é a bacia do Sudeste, que é integrada pelo complexo lacustre Patos-Guaíba e pelos rios Gravataí, Jacuí, Sinos,
Caí e Taquari. A laguna dos Patos está conectada à Lagoa Mirim
pelo Canal de São Gonçalo, em Pelotas.
A parte menos ativa é aquela que corresponde à bacia do
Sudoeste, formada pelo rio Uruguai e seus afluentes, cuja navegação é prejudicada pela ponte de Uruguaiana, na divisa do
Brasil com a Argentina.
A bacia do Sudeste, além dos denominados portos públicos
— Estrela, Cachoeira do Sul, Porto Alegre e Pelotas —, possui vários terminais privativos, localizados em Taquari, Triunfo, Nova
Santa Rita, Canoas e Guaíba. Por esses terminais são movimentados, anualmente, cerca de 6,5 milhões de toneladas anuais,
que correspondem a mais de 90% do total movimentado na
região hidroviária interior.
São cargas de combustíveis líquidos (8%), produtos agrícolas e fertilizantes (71%), cavacos de madeira (4%), matéria-prima para cimento (4%), celulose (5%) e produtos petroquímicos
líquidos (8%).
Transportes/Transport
São as seguintes as vias navegáveis que compõem as hidrovias do Rio Grande do Sul, de acordo com o serviço de documentação da Marinha:
Rio Jacuí
É o principal curso d’água dentre os formadores da Região Hidrográfica do Guaíba. Suas nascentes têm origem nas
quebradas da Serra do Mar, a 10 quilômetros a leste de Passo
Fundo, a uma altitude de aproximadamente 730 metros. Seu
comprimento total é de 750 quilômetros, dos quais 370 são navegáveis por embarcações de até 2,5 metros de calado. Recebe
a contribuição do Rio Taquari na margem esquerda. Juntamente com os rios Gravataí, Sinos e Caí, forma o Delta do Jacuí, um
conjunto de canais que segue para a Lagoa dos Patos.
Rio Taquari-Antas
Tem suas nascentes nos municípios de Veranópolis, Antônio
Prado, Flores da Cunha e Bento Gonçalves. Possui uma extensão
aproximada de 140 quilômetros e é o principal afluente do Rio
Jacuí. Nasce com a denominação de Rio das Antas até a confluência com o Rio Guaporé, nas imediações da cidade de Muçum,
onde passa a ser chamado de Taquari. A navegação é possível
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
62
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
desde a sua foz no Rio Jacuí, junto à cidade de São Jerônimo,
até o porto de Taquari, distante 86 quilômetros.
Rio Caí
É um dos mais importantes afluentes do Rio Jacuí. É navegável durante todo o ano entre Porto Alegre e São Sebastião do
Caí, numa extensão de 93 quilômetros, com profundidades que
variam de meio metro a quatro metros. O rio é atravessado por
uma ponte ferroviária, próximo ao Polo Petroquímico, e duas
rodoviárias: BR-386 (Nova Santa Rita) e RS-240 (Montenegro).
Rio dos Sinos
Tem suas nascentes no município de Caará, entre 500 e 600
metros de altitude, desembocando no Delta do Jacuí. Também
contribui com a formação do lago Guaíba, num percurso de cerca
de 120 quilômetros. Destes, 44 são navegáveis, com profundidades
entre um e dois metros, ligando Porto Alegre a São Leopoldo.
Rio Gravataí
Nasce na região dos banhados ao norte da Lagoa dos Patos
e desemboca no Delta do Jacuí, contribuindo com a formação
do lago Guaíba. Permite navegação durante todo o ano, até
Gravataí, a 66 quilômetros da foz, de barcos com até 1,5 metro
de calado. Do ponto denominado Passo do Vau, no município
de Santo Antônio da Patrulha, até a foz, o rio tem 39 quilômetros de extensão.
Lago Guaíba
Com cerca de 50 quilômetros de extensão, desenvolve-se entre o Delta do Jacuí, junto a Porto Alegre, e a ponta de Itapuã,
onde tem início a Lagoa dos Patos. É alimentado pelo Delta do
Jacuí, que recebe águas dos rios Jacuí (85%), Sinos (5,3%), Caí
(7,0%) e Gravataí (2,7%). A partir do Guaíba, as águas vão para
a Lagoa dos Patos e, consequentemente, para o Oceano Atlântico. Com calado de 5,1 metros e largura útil de 80 metros, é totalmente navegável. A partir do Guaíba, as águas vão para a Lagoa dos Patos e, consequentemente, para o Oceano Atlântico.
Lagoa dos Patos
É a maior lagoa do Brasil, com 265 quilômetros de comprimento estendidos paralelamente ao Oceano Atlântico. Ao
nordeste, encontra a lagoa do Casamento, e a noroeste, o lago
Guaíba, que faz a transição entre a Lagoa dos Patos e o Delta
do Jacuí. Ao sul, a lagoa comunica-se com o mar no município
de Rio Grande (RS), através do Canal do Norte, e com a Lagoa
Mirim, através do Canal de São Gonçalo. É navegável por embarcações de até 5,1 metros de calado, em praticamente toda a
sua extensão. Possui uma área de 9.800 quilômetros quadrados
e largura média de 33 quilômetros, que se divide entre o Canal
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
63
Transportes/Transport
de São Gonçalo e a Lagoa Mirim.
Portos, intermodalidade e acessos:
Ao longo das hidrovias do Rio Grande do Sul existem quatro
portos organizados e 15 terminais de uso privativo.
Porto de Estrela
O porto é administrado pela Administração do Porto de
Estrela, vinculada à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Dispõe de seis berços, sendo três para operações
de embarque e três para desembarque, distribuídos no cais de
585 metros. O acesso ao porto pode ser feito pelos seguintes
modais:
• Rodoviário: pela RS-453/BR-453, com aproximadamente
270 quilômetros de extensão e boas condições de tráfego. E
BR-386: de 447 quilômetros de extensão e boas condições de
trafegabilidade.
• Ferroviário: pelo ramal de uma das linhas da América Latina Logística (ALL).
Porto de Porto Alegre
Está localizado à esquerda do lago Guaíba, na parte noroeste de Porto Alegre. É administrado pela Superintendência de
Portos e Hidrovias. O acesso ao porto pode ser feito pelos seguintes modais:
• Rodoviário: pelas rodovias BR-116 e BR-290. Esta última,
no sentido leste se conecta a BR-101, em Osório, e para oeste se
estende até a BR-472, próximo à Uruguaiana (RS), na fronteira
com a Argentina.
• Ferroviário: pela América Latina Logística (ALL), malha Sul,
que atinge as fronteiras com a Argentina e o Uruguai. A malha é interligada pelas linhas-tronco Porto Alegre-Uruguaiana
e Tronco-Sul, na direção dos estados de Santa Catarina e São
Paulo.
• Fluvial e lacustre: Lagoa dos Patos e Lago Guaíba.
Porto de Pelotas
Administrado pela SPH, o porto está localizado na região
meridional do estado, em Pelotas, à margem esquerda do canal
de São Gonçalo. O canal de entrada possui 80 metros de largura
e profundidade de 6,5 metros, ao longo do percurso de nove
quilômetros a partir da Lagoa dos Patos. Possui um cais acostável com três berços, com extensão de 500 metros e profundidade de seis metros. São utilizados três armazéns para carga geral
e granéis com capacidade total de 27.000 toneladas. O acesso
ao porto pode ser feito pelos seguintes modais:
• Rodoviário: pela BR-332/BR-471 que interceptam a BR-116,
a qual se conecta à BR- 293, a oito quilômetros de Pelotas.
• Ferroviário: pela América Latina Logística (ALL).
• Fluvial e lacustre: pela Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim, pelo
canal de São Gonçalo e pelo rio Jaguarão.
Waterways
Gaucho move
6.5 million /
tons of cargo
per year
Owner of great potential
waterway, due to a favorable
geography composed of rivers, lakes and ponds that run
through the state, Rio Grande do Sul has 2154 kilometers
of roads in a condition to be
navigable, of which 1,100 are
used, according to the National Waterway Transport (Antaq).
The most active part of the
inland waterway system of the
Rio Grande do Sul is the Southeast basin, which is integrated by lakeside complex PatosGuaiba and rivers Gravataí,
Jacuí, Sinos,Caí and Taquari.
The Patos lagoon is connected
to the Mirim lagoon by Canal
of São Gonçalo, in Pelotas.
The less active part is one
that corresponds to the basin
of Southwest, formed by the
Uruguay River and its tributaries, whose navigation is hampered by Uruguaiana Bridge,
on the border between Brazil
and Argentina.
The southeastern basin,
and the so-called public ports Estrela, Cachoeira do Sul, Porto Alegre and Pelotas - have
several private terminals located in Taquari, Triunfo, Nova
Santa Rita, Canoas and Guaíba. Annualy, these terminals
move about 6, 5 million tons
per year, and they correspond
to over 90% of total busy internal waterway.
Transportes/Transport
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
67
Novos
investimentos
deverão
qualificar o
Porto do Rio
Grande como
concentrador
de cargas e
de linhas de
navegação
Transportes/Transport
Posição
estratégica no
Mercosul é o
maior trunfo
do Porto do
Rio Grande
Vai ficar mais perto o sonho do setor produtivo gaúcho
de tornar o Porto do Rio Grande a principal referência no
transporte de cargas do Mercosul, ou mais precisamente um
Hub Port capaz de atender navegações de longo curso. É
com esse objetivo que a Superintendência do Porto do Rio
Grande (SUPRG) programou uma série de empreendimentos que vão desde a dragagem até a modernização de 1.125
metros de cais do Porto Novo, cujas obras devem se iniciar
ainda em 2013.
Com investimentos de R$ 100 milhões por ano, no período de dez anos, do Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária (PND), o porto, segundo o superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Silva Lopes, vai manter os
mesmos calados nas cotas de que dispõe atualmente. Hoje,
o porto conta com um calado de 18 m no canal externo; 16
m no canal interno (dentro de barra até a Braskem), de 10 m
no Porto Novo e canal de acesso, e de 5,6 m em São José do
Norte e Porto Velho. O valor a ser aplicado também abrange a sinalização e melhorias nas hidrovias.
Além disso, a SUPRG deverá providenciar cinco pontos
de espera ao longo do canal que funcionarão como uma
espécie de carrossel, o que proporcionará maior rapidez
operacional. Hoje, a dificuldade no acesso acarreta graves
restrições, com redução do horário de entrada e saída de
embarcações, o que representa maiores tempos de espera e
ociosidade, provocando aumento nos custos dos fretes ma-
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
rítimos e nas operações portuárias.
Outro investimento de R$ 20 milhões inclui a instalação do
VTMS (Vessel Traffic Management Information System), um sistema de controle e gerenciamento de tráfego de embarcações
semelhante ao de controle de tráfego aéreo. O principal objetivo do sistema VTMS é promover segurança à embarcação nos
portos e zonas costeiras, possibilitando o monitoramento em
tempo real da posição da embarcação, da velocidade da mesma
e ainda outras informações que facilitam e aperfeiçoam o procedimento de atracação.
Ainda em 2013 também serão iniciadas as obras de modernização do Cais do Porto Novo de Rio Grande, com recursos do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com investimentos de R$ 148 milhões, o projeto prevê a reconstrução de
1.125 metros do cais, com execução de nova plataforma portuária, em concreto armado pré-moldado, que avança 11,2 metros
no canal. Ao todo, a área de aproximadamente 13,3 mil metros
quadrados será pavimentada com concreto armado. Somando-se à parte revitalizada, com conclusão da obra, o Porto Novo
passará a contar com 1.575 metros de cais modernizados.
O serviço terá início na extremidade norte do Porto Novo,
adjacente ao berço modernizado, seguindo em direção à extremidade sul, sendo realizadas escavação subaquática, cravação
de estacas e colocação de enrocamento, para posteriormente
ser executada a instalação das lajes. Com isso, o porto poderá
passar a receber navios de grande porte, tipo panamax, de até
228 metros de comprimento, que, no Brasil, são utilizados para
o transporte de petróleo e derivados escuros, com capacidade
para até 650 mil barris.
Movimentação
Em 2012, o Porto do Rio Grande (RS) movimentou um total
de 27.744.975 toneladas de cargas contra 30.483.228 de 2011, o
que representou uma queda em torno de 9%. Em 2010, o volume de carga foi de 27.715.203 toneladas. Na movimentação por
segmento em 2012, o maior percentual foi o de granel sólido,
com 16.914.025 toneladas, contra 19.652.579 toneladas do ano
anterior.
Em relação à carga geral e a granéis líquidos, foram movimentadas 7.098.997 toneladas contra 7.111.980 do ano anterior e 3.731.956 toneladas contra 3.718.669 de 2011, respec-
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INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
tivamente. A movimentação de contêineres em 2012 alcançou
611 mil TEUs, em comparação a 618 mil TEUs de 2011, o que
representou uma queda de 1,1%.
Principais empreendimentos em execução
• Modernização de 1.125 m de cais do Porto Novo;
• Vias internas. Repavimentação de seis novas redes para
drenagem pluvial, rede de serviços com novas vias de eletricidade, lógica e telefonia; e pavimentação de um novo pátio automotivo;
• Dragagem. Um total de R$ 1 bilhão para manutenção de
dragagem, a ser aplicado nos próximos dez anos;
• Levantamentos para homologação do canal aprofundado,
que consiste em modelagem matemática e simulação de manobras em ambiente virtual;
• Elaboração de termo de referência para a contratação de
estudos para o Plano de Expansão Portuária, com vistas à expansão de longo prazo;
• Novo terminal para celulose, cuja movimentação poderá
ser quintuplicada;
• Licitação de obra de recuperação do cais do Porto Velho.
Dados gerais:
O Porto do Rio Grande está localizado no município de Rio
Grande, a 32 graus 7 minutos e 20 segundos de latitude Sul e a
52 graus 05 minutos e 36 segundos de longitude Oeste de Greenwich. É o porto de mar mais meridional do Brasil, localizado
na margem Oeste do Canal do Norte, que é o escoadouro natural de toda a bacia hidrográfica da laguna dos Patos e Lagoa
Mirim.
É o único porto marítimo do estado, dotado de características
naturais privilegiadas, em condições de atender a navegação de
longo curso, que exige boas profundidades.
O porto se interliga a todas as regiões do estado, pela malha rodoferroviária e pelo sistema navegável das lagoas dos
Patos e Mirim, com seus rios tributários. Através das cidades
fronteiriças de Chuí-Chuy, Jaguarão-Rio Branco, Santana do
Livramento-Rivera, o sistema rodoviário do estado se interliga com o Uruguai, além da ligação ferroviária Santana do
Livramento-Rivera.
Com a Argentina, a ligação do modal rodoviário se faz por
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
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Uruguaiana-Paso de los Libres e São Borja-Santo Tomé, e do
modal ferroviário por Uruguaiana-Paso de los Libres. Com os
demais estados do Brasil, o porto está interligado por meio de
Santa Catarina, pelas BRs 116, 101 e 153, e pelas ligações ferroviárias de Marcelino Ramos e Vacaria. Todas as rodovias que
chegam ao Porto do Rio Grande têm pavimentação asfáltica,
boa conservação e estão em estado avançado de duplicação
(BRs 116 e 392). Os ramais ferroviários possuem bitola métrica.
O acesso lacustre, por meio da Lagoa dos Patos, possui profundidade de 6 metros.
Atuação
O Porto do Rio Grande no Brasil é o 2º porto mais importante do país em termos estratégicos ; 2º em movimentação de
contêineres; 3° mais importante em movimentação de cargas e
3º em movimentação de soja.
Calado e Profundidade
O Complexo portuário é dividido em Porto Velho, Porto
Novo e Superporto.
O Porto Velho tem calado de 15 pés (4,5 metros), o Porto
Novo de 31 pés (10 metros) e o Superporto de 48 pés (16 metros).
Instalações e Terminais (públicos/mistos/portos secos)
O Porto Velho atualmente é um terminal pesqueiro com 640
metros.
O Porto Novo, cais público, possui 1.950 metros, com sete
berços de atração.
O Superporto compõe os terminais especializados:
Estação Naval (2), Tecon (3), Dolfins de transbordo (1), Termasa (1), Tergrasa (2), Bianchini (1), Bunge Alimentos (1), Estaleiro Rio Grande (2), Yara (2), Petrobras (2), Braskem (1).
Total: 18 berços de atracação em 10 terminais e 1 base naval
ao longo de 11quilômetros de extensão do canal.
Estrutura do Porto Novo:
- Área total: 50 ha;
- Área pavimentada – pátio com 120 mil m2;
- 110 tomadas para contêiner refrigerado;
- Armazéns – 20 armazéns com 163 mil m2 de área coberta;
- Pátio de veículos com 100 mil m2.
Equipamentos:
- 3 guindastes de 12 t;
- 1 guindaste de 10 t;
- 1 guindaste de 6,3 t;
- 2 guindastes móveis de 104 t e cábrea flutuante.
Capacidade estática: 380 mil t e 8 mil veículos no pátio automotivo
Transportes/Transport
Strategic position
in Mercosul is the
biggest asset of
the Port of Rio
Grande
It will be closer to gaucho productivity
sector to dream of making the Port of Rio
Grande as the main reference in the load
transport of Mercosul, or more precisely a
Hub Port able to meet long-haul voyages.
It is with this objective that the Superintendent of the Port of Rio Grande (SUPRG)
has scheduled a series of projects ranging
from dredging up the modernization of
1,125 meters of quay of Porto Novo, whose
works should start in 2013 yet.
in the period of 10 years, with investments of R$ 100 million a year, , from the
National Program of port dredging and
hydroways (PND), the port, according to
superintendent of the Rio Grande port,
Dirceu Silva Lopes, goes to keep the same
ones depths on quotas that make use currently. Today, the harbor has a depth of
18m in the outer channel, 16 m in the inner channel (inside bar to Braskem), 10 m
in Porto Novo and access channel, and 5.6
in São José do Norte and Porto Velho. The
amount to be applied also covers signaling
and improvements in the waterways.
Even in 2013 will also be launched
the modern works to the new Quayside
of Rio Grande, with funds from the Growth Acceleration Program (PAC). With investments of R $ 148 million, the project
includes reconstruction of 1,125 meters
from the pier, with implementation of
new port platform, reinforced concrete precast, advancing 11.2 meters in the
channel. Altogether, the area of approximately 13.3 million square feet will be
paved with concrete. Adding to the revitalized party, with completion of the
work, Porto Novo will have 1575 meters
of modern quay.
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
70
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Polo naval offshore
do Rio Grande tem
carteira de contratos
de R$ 9 bilhões
Os trabalhos do Consórcio Quip S.A., formado em 2005, pelas empresas Queiroz
Galvão, Ultratec e IESA, para a construção da plataforma de produção offshore P-53,
do tipo Unidade de Produção Flutuante (FPU), foram o estopim da criação do polo
naval offshore do Rio Grande. As descobertas em águas profundas, o pré-sal, modificaram os investimentos da Petrobras, levando a estatal a reformular seus planos, o
que resultou na construção do primeiro dique seco da América Latina para reparo e
construção de plataformas offshore. A licitação para a sua construção foi vencida em
2006 pelo Estaleiro Rio Grande (ERG1) do grupo WTorre. Instalado no município de Rio
Grande, o empreendimento — berço da P-55 e de mais oito cascos para a exploração
na camada pré-sal — foi concluído em dezembro de 2009, com investimentos de R$
840 milhões.
Em junho de 2010, a Engevix e a Funcef (Fundo dos Empregados da Caixa Econômica Federal) assumiram o ERG1, dando continuidade à obra do ERG2, voltado para
construção de navios supply boat (destinados à prospecção e produção de petróleo e
gás) e de embarcações convencionais para o transporte de minérios.
Hoje estão em operação os estaleiros da Engevix/Ecovix e Quip S/A, com contratos
de R$ 9 bilhões. O estaleiro EBR (Estaleiros do Brasil), a ser construído no município de
São José do Norte, está planejado para a montagem de duas novas plataformas marítimas e construção de embarcações de apoio à exploração de petróleo: P-74 e P-76. Já
o Estaleiro Wilson Sons está sendo implantado para a construção de até quatro embarcações dos tipos PSV e AHTS8 por ano.
A implantação de um polo naval e offshore em Rio Grande partiu de uma decisão
do governo federal de reativar a indústria naval em um primeiro momento e, em um
segundo, descentralizá-la do centro do país. Nesse sentido, o Porto do Rio Grande
ofereceu área disponível para a realização do empreendimento, na medida em que a
demanda exigiria instalações dentro de sítio portuário. Contribuiu para a escolha de
Rio Grande o fato de que o distrito industrial retroportuário do município dispunha
de área livre para o desenvolvimento da indústria a montante necessário para atender às demandas dos estaleiros. Como efeito do polo naval, pelo menos 40 empresas
instalaram-se em Rio Grande, incluindo fornecedoras tradicionais da Petrobras, as que
migraram de suas atividades a fim de se engajarem nesse mercado e outras que redirecionaram suas atividades para as demandas locais.
ANUÁRIO DE
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
71
Transportes/Transport
Infraero investirá
um total de R$ 144
milhões em novo
terminal com
capacidade de 100 mil
toneladas/ano
Volume total de investimentos:
R$ 3,5 bilhões
Previsão de novos investimentos:
- EBR : R$ 550 milhões
- Wilson Sons: US$ 140 milhões
Empresas que atuam no polo:
- Engevix (ERG)
- QUIP
- Construções offshore
Volume da carteira de contratos do polo naval atual:
US$ 9 bilhões
Divulgação
INFRAESTRUTURA
Polo naval
offshore of Rio
Grande has
contracts portfolio
of R$ 9 billion
The consortium work of Consortium
Quip SA, formed in 2005, by Queiroz
Galvão, Ultratec and IESA, to the construction of offshore production platform P-53, the type Floating Production Unit (FPU), sparked the creation of
polo naval offshore of Rio Grande. The
deepwater discoveries in pre-salt, modified Petrobras investments, leading
the state to redesign their plans, which
resulted in the construction of the first
Latin American drydock for repair and
construction of offshore platforms. The
licitation to its construction was won in
2006 by the Rio Grande Shipyard (ERG1)
group WTorre. Installed in Rio Grande,
the enterprise - birthplace of P-55 and
eight hulls to explore in the pre-salt
layer, was completed in December 2009,
with investments of R$ 840 million.
In June 2010, the Engevix and Funcef
(Deep of the Employees of the Federal
government saving bank) assumed the
ERG1, giving continuity to the works of
the ERG2, turned toward construction
of ships supplyboat (destined to the
prospection and production of oil and
gas) and of conventional boats for the
ore transport.
Today Engevix / Ecovix Quip and S /
A shipyards are operating contracts with
R$ 9 billion. EBR Shipyard (Shipyards of
Brazil) to be constructed in the city of São
Jose do Norte is planned for the assembly
of two new maritime platforms and construction of boats of support to the oil exploration: P-74 and P-76. Already the Shipyard Wilson Sounds is being implanted
for the construction of up to four boats of
types PSV and AHTS8 per year.
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
72
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Divulgação
Salgado Filho inaugura novo
terminal de cargas em 2014
agrícolas e para informática. Com investimentos de R$ 144
O Aeroporto Salgado Filho é o terceiro aeroporto brasileiro
milhões, o Salgado Filho passará a contar, a partir de agosto
em número de passageiros internacionais transportados, ficande 2014, com um novo terminal de logística e carga, com cado atrás apenas dos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e
pacidade de 100 mil toneladas/ano.
do Galeão, no Rio de Janeiro. Em 2012, o número de passageiPrevista para ser concluída antes da Copa
ros (embarque e desembarque) totalizou
2014,
a obra de ampliação da pista do aero8.261.461, contra 7.834.352 do ano anteMovimento
porto Salgado Filho tem 920 metros. Estimarior. O número de pousos e decolagens
Ano
Movimento (Passageiros)
da em cerca de R$ 1 bilhão, ainda não tem
alcançou 96.694, contra 90.703, de 2011.
2003
2.880.680
data de início dos trabalhos. Em 2012, os
Possui dois terminais para embar2004
3.215.545
passageiros em voos domésticos totalizaram
que de passageiros e um terminal de
2005
3.521.204
7.606.507, contra 7.266.372 do ano anterior.
logística e cargas. Com capacidade para
2006
3.846.508
Os passageiros de voos internacionais totali37 mil toneladas/ano (importação/ex2007
4.444.748
zaram 654.848, contra 567.980 de 2011.
portação e carga nacional), é o sétimo
2008
4.931.464
no ranking dos estados no transporte
2009
5.607.703
Aeroportos administrados pela Inde mercadorias. Entre os principais itens
2010
6.676.216
fraero no RS:
exportados destacam-se armas e com2011
7.836.074
Bagé
ponentes de informática. Entre os im2012
8.261.355
O Aeroporto Internacional Comanportados, componentes para máquinas
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
73
Transportes/Transport
dante Gustavo Kraemer está localizado na zona rural de Bagé,
a 60 km do Uruguai e a 380 km de Porto Alegre. Não opera voos
comerciais regulares de passageiros.
Pelotas
O Aeroporto de Pelotas é hoje a principal porta para as aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) que demandam a base
brasileira da Antártida. Possui também voos regulares com
destino a Porto Alegre e Rio Grande. Mantendo seu status de
internacionalização, é frequentado por aeronaves da aviação
executiva e agrícola.
Aeroporto Internacional Rubem Berta de Uruguaiana
Localizada na fronteira com Paso de los Libres, na Argentina, Uruguaiana é considerada o maior porto seco da América
Latina, por sua posição estratégica junto aos países que compõem o bloco econômico do Mercosul. O Aeroporto Internacional Rubem Berta, no entanto, não opera nenhum voo regional
comercial regular. Com mais de 700 mil m2 de área construída,
este é o maior aeroporto do interior do Estado do Rio Grande
do Sul.
Aeroportos administrados pela Seinfra:
O Rio Grande do Sul, por meio do Departamento Aeroportuário da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra), administra mediante concessão federal dez aeroportos, operadores
Movimentação de cargas (exportação e importação)
2009
2010
2011
2012
2012
Importação (ton)
6.116
-38,1%
12.619
106,3%
10.323
-18,2%
9.384
-32,2%
8.261.355
Exportação (ton)
5.683
-10,7%
7.717
35,8%
7.615
-1,3%
7.405
-6,9%
de linhas aéreas regulares, da aviação geral e executiva – Caxias
do Sul, Rio Grande, Santo Ângelo, Passo Fundo, Santa Rosa, Torres, Erechim, Carazinho, Ijuí e Vacaria Novo, mantendo com os
municípios-sede, exceto Rio Grande e Vacaria Novo, acordos de
cooperação na gestão.
Os demais aeródromos públicos do estado, que são considerados de importância local e complementares, são administrados pelos municípios, por meio de convênios com o Comando da Aeronáutica, em que o estado atua como interveniente
técnico.
Rede Aeroportuária
1 - Aeroporto nacional:
Caxias do Sul (sítio atual/novo sítio);
2 - Aeroportos regionais:
Passo Fundo, Rio Grande, Santa Maria, Santana do Livramento (novo sítio) e Vacaria (novo sítio);
3 - Aeroporto metropolitano:
Eldorado do Sul;
4 - Aeroportos turísticos:
Capão da Canoa /Tramandaí (novo sítio), Região das Hortênsias (novo sítio), Santo Ângelo e Torres;
5 - Aeroportos locais:
Alegrete Novo, Cachoeira do Sul, Erechim, Horizontina, Ijuí, Novo
Hamburgo (novo sítio), Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, São Borja;
6 - Aeroportos complementares:
Belém Novo, Caçapava do Sul, Campo Novo, Carazinho,
Guaporé, Itaqui, Jaguarão, Mostardas, Nova Jacuí, Palmeira das
Missões, Panambi (novo sítio), Santa Vitória do Palmar, Santiago, São Gabriel, São Lourenço do Sul e São Miguel das Missões.
Salgado Filho will have new cargo terminal in 2014
Salgado Filho Airport is the third Brazilian airport by
number of international passengers carried, being only
behind Sao Paulo Guarulhos and Rio de Janeiro Galeão
airports. In 2012 the number of passengers (boarding and
alighting) reached 8,261 .461 against 7,834,352 from the
previous year. The number of takeoffs and landings reached 96,694 against 90,703 in 2011.
It has two terminals for boarding and one logistics and
cargo terminal. With capacity of 37,000 tons / year (import /
export and domestic cargo) is the seventh in the ranking of
states in goods transport. Among the main items exported
stand out weapons and computer components. Among the
imported ones are the components for agricultural machinery and computers. With investments of R $ 144 million,
Salgado Filho will count with a new logistics terminal loading capacity of 100 thousand tons / year by August 2014.
Expected to be completed before the 2014 World Cup,
the work of Salgado Filho expansion runway in 920 meters is estimated at about R$1 billion and there is not a
starting date to the work.
ANUÁRIO DE
Divulgação
Transportes/Transport
74
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
América Latina
Logística investe
anualmente entre
R$ 80 milhões e
R$ 100 milhões
no aumento de
capacidade da
malha ferroviária
no RS
75
Transportes/Transport
Malha
ferroviária do
RS é controlada
por uma única
empresa
Concedida para a iniciativa privada em 1997, a malha ferroviária do Rio Grande
do Sul passou a ser administrada pela empresa América Latina Logística do Brasil S.A.
(ALL), com sede em Curitiba. Ao final de 2012, a ALL operava 3,1 mil quilômetros de
ferrovias no estado. Suas linhas-tronco são: Cruz Alta a Rio Grande (1.000 quilômetros)
e Vacaria a Esteio (350 quilômetros) e a Esteio a Uruguaiana (800 quilômetros). As
principais rotas são: Cruz Alta a Rio Grande (safra de soja e trigo com 4 pares de trens/
dia na safra), Tronco Sul (Esteio a Vacaria com três pares trens/dia) e corredor Esteio a
Uruguaiana (três pares trens/dia).
Somente no Rio Grande do Sul, a ALL investe anualmente entre R$ 80 milhões
e R$ 100 milhões, recursos aplicados no aumento de capacidade da malha. As traders
A – Linha tronco Porto Alegre – Uruguaiana
B – Linha tronco General Luz – Lages
C – Linha tronco S. Maria – Marcelino Ramos
D – Linha Cacequi – Rio Grande
E – Linha Roca Sales – Passo Fundo
F – Entroncamento – Livramento
G– Ligação Santiago – Santo Ângelo
H – Ramal de Santa Rosa
I– Ramal de São Borja 302
J – Ramal Industrial
K – Ramal de Estrela
L – Ramal de Caxias do Sul (Ativo Trem Turístico Bento Gonçalves - Carlos Barbosa)
Total:
Suspenso
685
394
510
472
157
156
221
179
------
8
13
68
3.165
Desativado
685
394
142
472
157
------
------
179
302
8
13
20
2070
Total
------
------
368
-----
-----
156
221
71
160
-----
13
48
1095
Ativo
-----------------------------------------------160
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
76
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Divulgação
de commodities agrícolas e cooperativas são os clientes
tradicionais de ferrovia que transporta grandes volumes de cargas a granel, como soja, trigo, milho, fertilizantes e arroz. O transporte de produtos industrializados pela ALL vem crescendo substancialmente no RS
em setores como frigorificados, siderúrgicos, petroquímicos, papel e celulose, materiais de embalagens, combustíveis, construção civil, alimentos, madeira, polietileno, entre outros.
Transporta em média 500 vagões/dia e apresenta
um crescimento médio de 15% ao ano. Ao todo, a ALL
gera mais de mil empregos diretos, além de 2,5 mil indiretos no RS. Em 2012, a empresa completou 15 anos de
concessão, cujo encerramento ocorrerá em 2027. A malha ferroviária da ALL abrange uma área responsável
por aproximadamente 65% do PIB do Mercosul, onde
estão localizados sete dos portos mais ativos do Brasil
e da Argentina, por meio dos quais aproximadamente
78% de todas as exportações de grãos da América do
Sul são embarcadas anualmente.
Terminais:
Porto Alegre: próprio;
Cruz Alta: em parceria com as empresas Bianchini,
Bunge, Cotrimaio e Termasa, dentre outras;
Passo Fundo: em parceria com a Pradozen e BS Bios;
Cacequi: em parceria com a Câmera Agroalimentos;
Uruguaiana: terminal alfandegado;
Esteio: terminal de produtos frigorificados em Esteio,
em parceria com a Standard; Vacaria: primeiro terminal
intermodal da região Nordeste, construído em parceria
com a Pradozen Comércio, Serviços e Transportes.
Railway RS is controlled by a single company
Granted to the private sector in 1997, the railway network of the Rio Grande do Sul began to be administered by the company America Latina Logistica SA of Brazil
(ALL), headquartered in Curitiba. At the end of 2012, ALL
operated 3100 km of railways in the state. Its trunk lines
are: Cruz Alta to Rio Grande (1000 km) and Vacaria to Esteio (350 km from Esteio to Uruguaiana (800 km).’s Main
routes are: Cruz Alta to Rio Grande (soybean harvest and
wheat with 4 pairs trains / day in season), Tronco Sul (Esteio to Vacaria with three pairs trains / day) and Esteio to
Uruguaiana (three pairs trains / day).
Only in Rio Grande do Sul, ALL invests between
R$80 million and R$100 million whose funds are invested to increase the mesh capacity. The commodity
traders and agricultural cooperatives are the traditional customers of the railroad that transports large
volumes of bulk cargoes, such as soy, wheat, corn, rice
and fertilizers. The transport of manufactured products by ALL has grown substantially in RS in sectors
such as meats, steel, petrochemical, pulp and paper,
packaging materials, fuel, construction, food, wood,
polyethylene, among others.
ANUÁRIO DE
Transportes/Transport
78
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
A Empresa de
Trens Urbanos de
Porto Alegre S.A.
(Trensurb) foi criada
em 1980 e iniciou
sua operação
comercial em 1985
Trensurb passará a
operar com 43,4 km
até o final de 2013
A Linha 1 da Trensurb conta, no momento, com 39 quilômetros de extensão e 19 estações, do centro de Porto Alegre
(Estação Mercado) até o bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo (Estação Santo Afonso). Até o final de 2013 devem entrar
em operação mais três estações em Novo Hamburgo (Industrial,
Fenac e Novo Hamburgo), levando o metrô até o centro do mu-
nicípio e estendendo a linha a um total de 43,4 quilômetros.
As obras de expansão do metrô, que estão sendo tocadas pelo
Consórcio Nova Via — constituído pelas empresas Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Toniolo/Busnello e T’Trans —, concluíram, em
março de 2013, 96,14% de execução física. O prazo contratual para a
conclusão dos trabalhos se encerra em 31 de agosto de 2013.
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
79
Transportes/Transport
Divulgação
Total de passageiros
transportados pela Trensurb:
2010
2011
2012
48.685.321
50.980.063
51.930.877
Média por dia útil
2010
160.946
2011
170.567
2012 172.635
Total de investimentos
2010
R$ 305.310.284
2011
R$ 255.538.385
2012 R$ 438.565.169
Fonte: Trensurb
Aeromóvel entra
em operação
em junho
Antes do final de junho de 2013 entrará em operação a primeira linha da tecnologia aeromóvel em operação comercial no mundo, para a interligação da Estação
Aeroporto da Trensurb ao Terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O projeto foi desenvolvido no
Brasil e usa tecnologia 100% nacional. O trajeto de 998
metros, com duas estações de embarque, será percorrido
em 90 segundos. A linha contará com dois veículos – um
com capacidade para 150 passageiros, outro para 300 –,
que estarão em funcionamento conforme a demanda
do período. O empreendimento foi orçado em R$ 33,8
milhões.
Desenvolvido pelo grupo Coester, de São
Leopoldo (RS), o aeromóvel é um meio
de transporte automatizado, em
via elevada, que utiliza veículos
leves, não motorizados, com
estruturas de sustentação.
Sua propulsão é pneumática – o ar é soprado por ventiladores industriais de alta
eficiência energética, por
meio de um duto localizado dentro da via elevada.
O vento empurra uma aleta
(semelhante a uma vela de
barco) fixada por uma haste ao
veículo, que se movimenta sobre
rodas de aço em trilhos.
Trensurb will
operate at 43.4 km
by the end of 2013
Line 1 of Trensurb has 39 km length and
19 stations, from Porto Alegre dowtown
(Market Station) to Santo Afonso district in
Novo Hamburgo (Santo Afonso Station). By
the end of 2013 three more stations shall
come into operation in Novo Hamburgo (Industrial, Fenac and Novo Hamburgo), taking
the subway to downtown and extending the
line to a total of 43.4 kilometers.
The works of subway expanding is being
played by Nova Via Consortium that is constituted of Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Toniolo / Busnello and T’TRANS companies – which will have concluded 96.14%
of physical implementation by march 2013.
The contractual deadline for the works conclusion locks up in August 31, 2013.
Air train goes into operation in June
Before the end of June, 2013 the first line
of airmobile technology in commercial operation in the world will come into operation,
interconnecting the Trensurb Airport Station
to Terminal 1 of Salgado Filho International
Airport. The project was developed in Brazil
using 100% national technology.
The path 998 metros with two filling
stations will be covered in 90 seconds.
The line will have two cars - one with
a capacity of 150 passengers, the other
for 300 - which will be in operation according to demand of the period. The
project was budgeted at R$33.8 million.
Developed by the group Coester, São Leopoldo (RS), the Air train is a way of automatized transport, in saw high, which
uses light vehicles, not motorized with
support structures. Its propulsion is pneumatic air blown by industrial fans of high
energy and efficiency, by means of a located duct inside of the high way. The wind
pushes a wing (similar to a boat candle)
settled by a connecting rod to the vehicle, that moves on wheels on steel rails.
PORTO DO RIO GRANDE.
O principal porto do Mercosul.
Conheça mais o Porto do Rio Grande e veja todas
as vantagens de investir em um grande porto.
www.portoriogrande.com.br
O Porto do Rio Grande é um grande propulsor do desenvolvimento gaúcho
e tem importância estratégica para o crescimento do comércio exterior
brasileiro. Com 18 metros de profundidade no canal externo e 16 metros no
canal interno, o Porto marítimo do Rio Grande do Sul possui localização
geográfica privilegiada e condições de grande expansão de sua infraestrutura.
Oferecendo serviços ágeis e de qualidade, é um dos portos mais importantes do
continente americano, sendo o principal porto do Mercosul. A distribuição
e diversificação de suas malhas modais é outro grande atrativo, garantindo
redução de custos e aumento de eficiência logística.
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Telefonia
Telephones
ANUÁRIO DE
Telefonia/Telephones
84
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Estado é o oitavo no
ranking de telefonia
móvel no país
Ao final de 2012, o Brasil contabilizou um total de 262 milhões
de telefones móveis. Com 15.527.256 acessos em operação e densidade de 1,4 acesso por habitante, o Rio Grande do Sul ficou no
oitavo lugar no ranking dos estados no segmento. Com 40,99%
do mercado, a Vivo é a operadora líder no estado em telefonia
móvel, seguida pela Claro, com 30,15%; Tim, 13,95%; e Oi, com
14,91%.
Em 2010, a Vivo atendia 402 municípios, em 2011 esse número subiu para 407. Em dezembro de 2012, a Vivo operava em 409
municípios do RS, correspondendo a 97,73% da população. Em
junho de 2010, a Vivo estava com 60 municípios cobertos com 3G.
Em seis meses, no final do ano de 2010, esse número cresceu para
155 municípios. E em 2012, alcançou 391 municípios.
Segunda colocada no mercado, a Claro, em 2010, atendia 374
municípios, em 2011 esse número manteve-se inalterado, chegando a 375 municípios em 2012, com 98,6% da população urbana
atendida. No final de 2012, a empresa operava com 3G em 82,7%
da população de 136 municípios.
Com 295 municípios atendidos, ao final de 2012 a Tim ultrapassou o número de 2 milhões de clientes.
Em 2012, a Oi investiu R$ 331 milhões no Rio Grande do Sul,
com um crescimento de 46% em comparação ao ano anterior. A
companhia chegou com sinal 2G a 399 municípios e a cobertura
3G foi ampliada para mais 33 cidades, perfazendo um total de 78
cidades gaúchas atendidas. Em dezembro de 2012, a empresa possuía no Rio Grande do Sul 1,6 milhão de clientes na telefonia fixa,
número idêntico ao do ano anterior.
A GVT, chamada operadora espelho de telefonia fixa, está presente no Rio Grande do Sul desde o início das operações da empresa, em 2000, quando tinha aproximadamente 63 mil acessos instalados em oito municípios. Atualmente, a empresa está presente em
24 municípios com cerca de 840 mil acessos instalados. No final do
ano passado, a GVT contava com uma média de um acesso instalado
para cada grupo de 12 habitantes no Rio Grande do Sul. Segundo a
Anatel, em dezembro de 2012, o RS contava com 2.658.391 acessos
fixos instalados, diante de 2.631.328 do ano anterior. Em serviço havia
1.637.314 acessos individuais, contra 1.675.121 de 2011.
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
85
Telefonia/Telephones
Divulgação
State is
eighth in
the ranking
of mobile
telephony
in the
country
In the end of 2012, Brazil counted a total of 262
million mobiles. Rio Grande Do Sul was the eighth in
ranking of the states in the
segment, with 15.527.256
accesses in operation and
density of 1, 4 accesses for
each inhabitant. With 40,
99% of the market, Vivo is
the leader operator mobile telephony in the state,
behind it comes Claro, with
30, 15%; Tim, 13.95%; e Oi,
with 14, 91%.
Landline telephony, in December of 2012, Oi, the main
company of the sector in the
state, it has 1, 6 million of
customers, identical number
from the previous year.
GVT, called mirror in landline telephony, is present
in 24 cities with about 840
thousand installed accesses. According to Anatel, in
December 2012, the RS had
2,658,391 fixed lines installed in front of 2,631,328 the
previous year. In service was
1,637,314 against 1,675,121
individual access 2011. With
a density of 14.8 accesses in
service per 100 inhabitants,
the state is fifth in the national rankings for fixed telephony.
Divulgação
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
GRANDE DO SUL | 2013
Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Saneamento
Sanitation
ANUÁRIO DE
Saneamento/Sanitation
88
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Estação de
Tratamento de
Esgotos (ETE) da
Corsan, de Passo
Fundo, tem área
de 18 mil hectares
Corsan investirá
R$ 2,8 bilhões no
período 2013-2015
ANUÁRIO DE
INFRAESTRUTURA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
89
Saneamento/Sanitation
de sustentabilidade econômica e capacidade de
A Corsan (Companhia Riograndense de Saneapagamento dos usuários. Até o fechamento desta
mento) prevê para o período 2013-2015 um investiedição, a companhia ainda não havia anunciado os
mento total de R$ 4 bilhões, com recursos dos PACs
consórcios vencedores. Por meio desse projeto, de
1 e 2 e geração própria de caixa, segundo o seu
acordo com o executivo, a situação atual do saneapresidente, Arnaldo Dutra. Mais de 80% da verba
mento no Rio Grande do Sul seria amplamente moserão destinados para obras de esgotamento sanidificada, além de fortalecer a própria Corsan.
tário, com o restante para reforços no sistema de
Hoje, o tratamento de esgotos corresponde,
abastecimento de água potável. Atualmente, estão
em média, no Rio Grande do Sul, a apenas 19%,
em andamento obras de cerca de R$ 1 bilhão com
enquanto o aceitável, serecursos do PAC 1. A partir da
gundo a ONU, seria de 85%.
conclusão do plano de obras,
Evolução da rede de esgotos
“Com investimentos que susegundo Dutra, a Corsan deAno
Total (m)
peram cerca de R$ 5 bilhões,
verá duplicar o número de
2012
1.788.203m
a serem bancados com capital
ligações de esgotamento sa2011
1.845.315m
próprio das empresas e de finitário, atingindo um total de
2010
1.845.315m
nanciamentos, seria possível
450 mil.
2009
1.912.507m
alcançar a marca recomenEm paralelo aos investi2008
1.863.731m
dada pela ONU”, diz Dutra.
mentos com recursos dos PACs
2007
1.860.000m
“Hoje, apenas com a geração
1 e 2 começa a se desenhar,
2006
1.749.000m
anual de R$ 250 milhões da
de acordo com Dutra, uma
Fonte: Dedop/Sumop e na Suplag
companhia, além dos PACs 1 e
nova alternativa de investi2, não temos como universamento em saneamento. Com
lizar o esgotamento sanitário
esse objetivo, foi aberto, no
Evolução da rede de água
no estado.”
segundo semestre de 2011,
Ano
Total (m)
Atualmente, a Corsan abasvia edital público, o Procedi2004
7.623.688
tece cerca de 7 milhões de hamento de Manifestação de
2005
7.625.364
bitantes e atende 325 dos 497
Interesse (PMI), com vistas a
2006
7.959.709
municípios do Rio Grande do
parcerias público-privadas de
2007
15.590.789
Sul. A Companhia produz em
esgotamento sanitário em di2008
17.883.110
média em torno de 42 bilhões
versos municípios. Em agosto
2009
24.060.851
de litros de água por mês e
de 2012, a companhia rece2010
23.592.693
conta com 5.286 funcionários.
beu as propostas de empresas
2011
24.071.216
No ano passado, a receita bruta
que incluem modelagens de
2012
24.090.197
Fonte: Dedop/Sumop e na Suplag
alcançou R$ 1,7 bilhão.
gestão alinhadas ao conceito
Corsan will invest R$ 4 billion in
the period 2013-2015
Corsan (Riograndense Company of Sanitation) provides for the period 2013-2015 an investment of R$ 4
billion, coming from resources of CAP I and II and its
own cashier generation, according to its president Arnaldo Dutra. More than 80% from those monetary funds will be destined to sewage works and the remaining
20 % for reinforcements in the system of potable water
supply. Currently, works about R$ 1 billion are in progress with resources from CAP 1. From the conclusion
of the works plan, Corsan will have duplicated the number of sanitary sewage links, reaching a total of 450
thousand, according to Dutra.
Nowadays, the Corsan supplies about seven million
inhabitants and takes care of 325 of the 497 cities of Rio
Grande Do Sul. The Company produces on average about
42 billion liters of water a month and counts on 5.286
employees. Last year, the gross revenue reached R$ 1, 7
billion.
ANUÁRIO DE
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Saneamento/Sanitation
INFRAESTRUTURA
ERIO LOGÍSTICA
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Rio Grande do Sul Infrastructure And Logistics Annual 2013
Sem considerar
a lavoura de
arroz que utiliza
o sistema de
inundação, as
lavouras de
sequeiro: milho,
soja, feijão,
fumo e outras,
cujas áreas estão
ao redor de
5,5 milhões de
hectares, contam
com menos de 2%
de irrigação
Irrigação no RS
ainda é insuficiente
Apesar da frequência de estiagens, causadas pela má distribuição de chuvas na primavera e verão, o Rio Grande do
Sul tem uma média de regime anual de chuvas muito bom,
ao redor de 1.600 mm/ano, o que permite armazenamento
de água e o uso na agricultura. Entretanto, segundo José
Enoir Daniel, assistente técnico estadual de irrigação e mecanização agrícola da Emater/RS/Ascar, a utilização de irrigação
ainda é extremamente baixa no Rio Grande no Sul. Não
considerando a lavoura de arroz que utiliza o sistema de
inundação e obtém a maior produtividade do Brasil, as lavouras de sequeiro: milho, soja, feijão, fumo e outras, cujas
áreas estão ao redor de 5,5 milhões de hectares, contam
com menos de 2% de irrigação. São apenas 80 mil ha irrigados com o uso de pivô, 20 mil ha por outros tipos de
aspersão e 5 mil ha por gotejamento.
“A evolução dos investimentos em irrigação tem sido lenta, apesar dos esforços que vêm sendo realizados”, diz Daniel. E acrescenta: “A irrigação atua verdadeiramente como
um seguro agrícola para o produtor rural, o que garante
também ao estado maior estabilidade do retorno econômico
proveniente da atividade agrícola”.
Irrigação no RS
Área/Hectare Sistema
1 milhão
Inundação
80 mil
Pivô central
20 mil
Aspersão
5 mil
Gotejamento
Produto
Arroz
Milho (80%), Soja
Pastagens, Horticultura
Fruticultura e Horticultura
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Saneamento/Sanitation
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RS é o sexto do
ranking na produção
de resíduos
Irrigation in
the RS is still
insufficient
Despite of frequency of
droughts, caused by poor distribution of rainfall in spring
and summer, Rio Grande do
Sul has an annual average
rainfall regime very good,
around 1,600 mm / year, which allows water storage and
the use in agriculture. However, according José Enoir Daniel, technical assistant state
of irrigation and agricultural
mechanization Emater / RS /
Ascar, the use of irrigation
is still extremely low in Rio
Grande do Sul Not considering the rice farming that
uses the flooding system and
gets the biggest productivity
of Brazil, the dry land farming: maize, soy, beans, tobacco and others, whose areas are around of 5, 5 million
hectares count on less than
2% of irrigation. They are
only 80 a thousand ha irrigated with the use of pivot,
20 a thousand ha for other
types of aspersion and five a
thousand ha for dripping.
Em 2011 (último dado disponível), o
Rio Grande do Sul, sexto lugar no ranking
dos estados em produção de resíduos
por tonelada, gerou 8.036 toneladas/dia
de resíduos sólidos urbanos. Desse total,
7.457 toneladas foram coletadas, correspondendo a 0,816 k/habitante dia. Foram destinadas a aterros sanitários 5.224
toneladas/dia, o equivalente a 70% dos
resíduos sólidos coletados. Outras 1.295
toneladas foram direcionadas para aterros controlados (17,4%), enquanto os lixões receberam 938 toneladas, segundo
dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
De acordo com a Fundação Estadual de
Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul
(Fepam), o estado conta atualmente com
344 aterros sanitários (69,15% dos municípios), 128 aterros controlados (25,81%) e
12 lixões (2,42% dos municípios).
O aterro sanitário é a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos. O
diferencial dele é a responsabilidade com
que se trata o lixo a ser armazenado no
local. Tudo é pensado, preparado e operado de maneira racional para evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente
— desde a escolha da área até a preparação do terreno, operação, determinação de vida útil e recuperação da área
após o seu encerramento. Trata-se de um
projeto arrojado de engenharia. Aterro
controlado faz parte de uma categoria
intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente, ele é uma célula
próxima ao lixão, que foi remediada, ou
seja, que recebeu cobertura de grama e
argila. Os lixões são depósitos de lixo a
céu aberto. São uma área de disposição
final de resíduos sólidos sem nenhuma
preparação anterior do solo. Nesses locais, não há sistema de tratamento de
efluentes líquidos – o chorume (líquido
que escorre do lixo, fruto da decomposição da matéria orgânica). Em consequência disso, esse líquido penetra pela terra,
com substâncias contaminantes para o
solo e para o lençol freático.
RS is the sixth ranking in waste
In 2011 (latest data available),
Rio Grande do Sul, sixth place in
the ranking of states in waste
per ton produced 8036 tons / day
of MSW. Of this total, 7,457 tons
were collected, corresponding to
0.816 k / inhabitant day. We destined for landfills 5224 tons per day,
equivalent to 70% of solid waste
collected. Other 1295 tons were
directed to landfills (17.4%), whi-
le the landfill received 938 tons,
according to the Brazilian Association of Public Cleaning and Special
Waste (ABRELPE).
According to the State Foundation of Environmental Protection
of Rio Grande do Sul (Fepam), now
the state has 344 embankments
(69.15% municipalities), 128 controlled landfills (25.81%) and 12
dumpsters (2 42% municipalities).
ANUÁRIO DE
94
Saneamento/Sanitation
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Obra do DMAE
contribui para
melhoria do IDH
da Capital
Atualmente, 100% da população de Porto Alegre são abastecidos com água tratada e 87,7% dispõem do serviço de coleta
de esgoto. De acordo com o Departamento Municipal de Água
e Esgotos (Dmae), órgão responsável pela captação, tratamento
e distribuição de água, coleta e tratamento do esgoto sanitário
(cloacal) em Porto Alegre, os residentes em loteamentos irregulares, áreas de risco ou zonas de preservação ambiental são
atendidos pelo serviço gratuito de caminhões-pipa.
A capacidade de tratamento de esgotos da cidade é de até
27%, o que deverá elevar-se para 77% a partir da conclusão do
Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), previsto para este ano.
Com o Pisa, no qual foram investidos R$ 586 milhões,
serão atendidas diretamente 800 mil pessoas, mas indiretamente toda a população de Porto Alegre será beneficiada
com a retomada da balneabilidade do lago Guaíba e com o
tratamento do esgoto cloacal, pelo sistema terciário, melho-
rando a qualidade de vida e a proteção do ambiente.
O que muda com o Pisa:
• Ampliação da rede coletora de esgoto da cidade, de 1.460
quilômetros para 1.600 quilômetros.
• Melhorias no sistema de abastecimento de água de Porto Alegre, com a redução do uso de químicos para tratar a água bruta.
• Aumento de 30 hectares de áreas de proteção ambiental e
lazer nas regiões de abrangência do Projeto.
• Aumento de 10% no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese), medido pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) na Capital.
• Melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da
população diretamente beneficiada.
• Melhoria nas habitações da população que vive às margens do arroio Cavalhada.
Work of DMAE helps to improve
the IDH of the Capital
Nowadays 100% of Porto Alegre population is supplied with treated water and 87.7% have the service of
sewer collection. According to The Department of Municipal Water and Sewage (DMAE), the body responsible for
the collection, treatment and distribution of water, collection and treatment of sewage (SVL) in Porto Alegre, resi-
dents in subdivisions, areas of risk or conservation areas
environment are serviced by free shuttle trucks and by the
gratuitous service of truck-pipe.
The treatment capacity of the city’s sewage is up to 27%,
it will rise 77% from the conclusion of the Integrated Social
Environmental project (Pisa), scheduled for this year.
www.al.rs.gov.br
AGRONEGÓCIO ,
F O N T E D E
CRESCIMENTO
P A R A O R S .
A agricultura é fonte de sustento
para o homem do campo. Ela
impacta toda a cadeia de negócios
de nosso Estado. Produzindo
alimentos para todos os gaúchos,
o setor é frequentemente
prejudicado por secas e estiagens.
Para combater esse cenário,
criamos, na Assembleia Legislativa,
uma lei que ajuda a amenizar o
problema. Além de instituir a
Política Estadual de Combate,
Prevenção e Administração das
Consequências Ocasionadas pela
Seca e Estiagem no Estado, a Lei
também criou um Fundo Estadual,
que reúne e canaliza recursos para
contornar os efeitos causados aos
agricultores e à nossa sociedade
como um todo. A Assembleia
trabalha para a construção do
futuro do Rio Grande do Sul.
Lei: 12.488/2006
HISTÓRIA DAS LEIS

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