GRUB 2

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GRUB 2
O GNU Grub 2 (ou somente GRUB 2) é o gerenciador de boot padrão do Ubuntu desde a
versão 9.10 (Karmic Koala). As principais novidades desta versão em relação a sua
antecessora são:
1.
Suporte a temas
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2.
Customização de menus
3.
Carregamento dinâmico de módulos, acelerando o processo de boot
4.
Suporte a plataformas não X86
5.
Nova estruturação de arquivos de configuração
6.
Permite o boot através de Imagens ISO
7.
E inúmeras outras...
Sem dúvida, de todas essas, uma das funcionalidades mais interessantes da versão 2 é o
suporte ao boot de imagens ISO e é sobre isso que este artigo pretende tratar mais
especificamente. Caso você não tenha entendido bem o que isso pode ser, cabem aqui
algumas explicações rápidas antes de começarmos.
Todo computador ao ser inicializado, executa antes de carregar o sistema operacional, um
programinha chamado Boot Loader, que é responsável justamente pelo carregamento do
sistema. Esse programa fica gravado numa área especial do disco rígido, chamada MBR
(Master Boot Region). Todo sistema operacional, possui um Boot Loader. Em sistemas
Windows, o gerenciador de boot padrão é o Boot Manager (que pode ser acessado apertando
F8 logo após ligar o computador). Já em sistemas Linux, existem inúmeras opções, sendo as
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mais famosas o LiLo (Linux Loader), gerenciador padrão do Slackware, e o GRUB 2, mais
famoso e mais utilizado pela maioria das distros Linux e padrão também no Ubuntu.
Explicado o que é um gerenciador de boot, imagine agora a seguinte situação: Você quer
testar um Live CD da sua distro favorita, o Ubuntu por exemplo, entretanto exatamente naquele
instante você lembra que não possui nenhuma mídia para gravação da ISO ou mesmo um
singelo pendrive.
Antes de queimar um cd com a gravação ou criar um pendrive bootável, tente deixar o grub
fazer o “trabalho sujo para você”. Para isso, tudo que é necessário são os seguintes passos
(como sudo):
1.
Abra o arquivo /etc/grub.d/40_custom e crie uma nova entrada de menu para o grub (essa
versão do grub por padrão altera a antiga forma de customização do menu, onde se devia
alterar o arquivo menu.lst. Ainda criam-se novas entradas de menu através desse método
antigo, entretanto nós não recomendamos).
2.
Crie uma entrada de menu para o grub, colando o código abaixo no arquivo 40_custom:
menuentry "UBUNTU PRECISE PANGOLIM 32BITS" { set
isofile=”/marcio/iso/ubuntu-12.04-desktop-i386.iso” loopback loop (hd0,5)$isofile linux
(loop)/casper/vmlinuz boot=casper iso-scan/filename=(hd0,5)$isofile noprompt noeject initrd
(loop)/casper/initrd.lz }
A primeira linha após a abertura das chaves, cria uma variável que simplesmente indica onde
estará localizada a ISO no hd. A partir daí o grub montará esta ISO através do comando
loopback loop. Note que se você tiver guardado a ISO em um diretório /HOME que seja
separado do restante do sistema (como eu fiz neste exemplo), é necessário indicar para o grub
a partição onde está o arquivo ISO. No caso, se o arquivo ISO está no /HOME e esta partição
ficar localizada em /dev/sda5, a segunda linha dessa entrada ficaria como acima. Já se você
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guardou no diretório /boot a ISO, e este não é separado do restante do sistema, a linha acima
ficaria assim :
set isofile="/boot/iso/ubuntu-12.04-desktop-i386.iso" loopback loop (hd0,1)$isofile
3. Rode o comando update-grub, espere e pronto. Você terminou de configurar o grub para
inicializar a partir de uma imagem ISO. o/
Últimas notícias: Ubuntu vai usar GRUB2 mesmo em sistemas com Secure Boot (via
BR-Linux.org)
"Conforme se aproxima o lançamento das primeiras distribuições que incluirão uma chave
autorizada pela Microsoft para permitir inicialização em máquinas com Secure Boot
configuradas para o Windows 8, vão surgindo mais detalhes e, neste caso, uma meia-volta.
Em junho a Canonical anunciou que, por precaução contra possíveis decorrências da licença,
ia deixar de usar o gerenciador de boot GRUB2 neste contexto, e recorrer ao efiloader da Intel.
A FSF (mantenedora da licença em questão) esclareceu não ser o caso, e agora a Canonical
anunciou que vai voltar atrás, e usar um GRUB2 assinado no Ubuntu 12.10.
E a FSF avisou que gostou da medida. (via omgubuntu.co.uk – “Ubuntu to Use Signed GRUB2
Bootloader for Secure Boot | OMG! Ubuntu!”)"
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