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ENDOMETRIOSE PÉLVICA PROFUNDA Andrea Stampini Natal, 06 - 08 maio 2010 ENDOMETRIOSE A endometriose é uma doença predominante no mesênquima pélvico desenvolvimento de tecido endometrial com caracteres glandulares e estromais idênticos aos da cavidade uterina, às vezes associados a fibras musculares, em localizações outras que não o endométrio. Considera-se hoje uma doença multi-sistêmica, pois pode afetar vários órgãos (peritôneo pélvico, trompas, ovários, tecido subcutâneo, mucosa nasal, trato urinário, pulmões, musculatura diafragmática, fígado, intestinos, coração, etc.). É uma doença enigmática, de etiologia incerta, para cuja explicação existem diferentes teorias, embora nenhuma delas permita explicar todos os casos e todas as localizações. O aparecimento de focos endometriais ectópicos é a manifestação final comum de um variado conjunto de fatores causais, cuja interação complexa e dinâmica ao longo do tempo, determina modalidades surpreendentemente variadas da patologia, tanto nas formas de sua evolução natural quanto nas formas de pós-tratamento ENDOMETRIOSI PROFONDA DEEP PELVIC ENDOMETRIOSIS (DPE) E’ LA FORMA PIU’ SEVERA DI MALATTIA ENDOMETRIOSICA COLPISCE 1 DONNA SU 5 AFFETTE DA ENDOMETRIOSI 5 MM OR MORE ENDOMETRIOSIS ONU DATA 2008 14 million in Europe 3 million in Italy IMPIANTI ENDOMETRIOSICI CHE INVADONO LO SPAZIO RETROPERITONEALE PER PIU’ DI 5 MM Koninckx et al.., 1991, 1994 DEFINIZIONE L’endometriosi profonda è caratterizzata da impianti endometriosici che invadono lo spazio retroperitoneale per più di 5 mm (Koninckx et al. Fertil Steril 1991) L’endometriosi del setto retto vaginale è il tipo più severo di endometriosi profonda ed è caratterizzato da una lesione nodulare, circoscritta, costituita da muscolo liscio, tessuto ghiandolare attivo e stroma tra la parete rettale anteriore e la parete vaginale posteriore (Fedele L et al. Am J Obst Gin 2004) ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE CONCEITO - Presença de tecido semelhante ao endométrio (glândulas e estroma) fora da cavidade uterina - Doença estrogênio-dependente ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE INCIDÊNCIA • Acomete aproximadamente 10% de todas as mulheres em idade reprodutiva • 0,5 – 5% das mulheres férteis e 20-40% das mulheres inférteis • Mulher infértil tem 6 a 8 vezes mais chance de ter a doença • Associa-se a outras alterações ginecológicas, por exemplo, malformações e miomas Ozkan et al.,2008 ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE Fatores de Risco -Idade: período reprodutivo – exposição estrogênica -Predisposição genética: incidência elevada em gêmeos idênticos herança poligênica multifatorial -Fatores raciais e socio-econômicos: menor incidência na raça negra -Fatores menstruais e reprodutivos - menarca precoce (menor que 11 anos) - ciclos menstruais curtos (menor que 27 dias) - fluxo menstrual abundante e prolongado - baixa paridade - lactação por curto período de tempo -Fatores antropométricos -Estilo de vida: tabagismo, consumo de álcool e cafeína, exercícios -Exposição a poluentes: dioxina Ozkan et al., 2008 Fisiopatologia da Endometriose • Repetição do sangramento menstrual; • Menstruação Retrograda; • Ativação da aromatase p450 no endométrio eutópico; • Aumento da atividade da aromatase na lesão de endometriose por causa da inflamação e o papel do NFkappaB*; • Inibição da fagocitose pelos macrófagos; • Progressão pela reação inflamatória e novos implantes. Macrófago *Guo SW Gynecol Obstet Invest. 2007;63(2):71-97 ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE Sintomatologia A extensão da doença não tem relação com a sintomatologia • dor pélvica, em geral 24 a 48 horas antes da menstruação, diminuindo a seguir • infertilidade • dismenorréia, menorragia, dispareunia • dor lombar Ingamells, 1995 ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE ETIOPATOGENIA • Predisposição genética - irmãs tem 7 X mais chances em relação a mulheres sem história familiar • Menstruação retrógrada – fragmentos do endométrio podem se implantar na superfície peritoneal • Anormalidades do sistema imune e circulatório • Teorias diferentes para entidades diferentes endometriose ovariana x peritoneal x retroperitoneal Ingamells, 1995; Damewood, 1993; Donnez, 1997 ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE Mecanismos Fisiopatológicos - Distorção da anatomia pélvica - Função peritoneal alterada - Função imunológica alterada - Anormalidades endócrinas/ovulatórias - Anômalias na implantação ASRM, 2006 DEFINIZIONE Quali strutture coinvolge più frequentemente? DEFINIZIONE Quali strutture coinvolge più frequentemente? EZIOPATOGENESI “Metaplasia dei residui Mülleriani localizzati nel setto rettovaginale. Queste lesioni sono retroperitoneali e possono estendersi lateralmente o verso la parete rettale anteriore, provocando una periviscerite ” (Nisolle M, Donnez J. Fertil Steril 1997) “Manifestazione di una malattia intraperitoneale con infiltrazione secondaria dello sfondato del Douglas a partenza da una lesione del peritoneo viscerale, che comporta un’obliterazione completa o parziale del cavo del Douglas” (Koninckx PR, Martin DC. Fertil Steril 1992) CLASSIFICAZIONE ADAMYAN ENZIAN I SINTOMI la trasmissione nociciettiva NERVO IPOGASTRICO PLESSO IPOGASTRICO INFERIORE ENDOMETRIOSI E’ LA CAUSA PIU’ COMUNE DI DOLORE PELVICO NELLA DONNA FERTILE DISURIA DOLORE ARTI INFERIORI DISMENORREA GONFIORE ADDOMINALE DISPAREUNIA PROFONDA NAUSEA – VOMITO TENESMO RETTALE DOLORE PELVICO CRONICO TENESMO VESCICALE FEBBRE CEFALEA DISCHEZIA DOLORE DA SEDUTI INFERTILITA’ AIE IRRITABILITA’ - ANSIA DOLORE ED ENDOMETRIOSI PROFONDA INFIAMMAZIONE PELVICA CON ALTERAZIONE DEL SISTEMA IMMUNITARIO TNF IL6 NGF MACROFAGI MASTOCITI ATTIVAZIONE E CRESCITA (“SPROUTING”) DELLE FIBRE NOCICETTIVE PERITONEO ENDOMETRIO DOLORE ED ENDOMETRIOSI PROFONDA NOCICEPTIVE CROSS-TALK DIAGNOSI VISITA TRANS VAGINALE : -Valutazione della presenza di NODULO o ISPESSIMENTO a livello di setto retto vaginale, fornice vaginale, legameno utero sacrale - Legamenti utero sacrali asimmetrici, tesi, ispessiti - La manovra provoca DOLORE DIAGNOSI VISITA TRANS RETTALE : -Valutazione della presenza bombè sulla parete anteriore del retto - valutazione della rigidità del tessuto, della scorrevolezza della mucosa, di eventuale sanguinamento - La manovra provoca DOLORE DIAGNOSI VISITA GINECOLOGICA : Sensibilità 70% Specificità 90% Accuratezza 80% DIAGNOSI VISITA GINECOLOGICA CON SPECULUM: LEGAMENTO UTERO SACRALE FORNICE VAGINALE POSTERIORE DIAGNOSI SONOVAGINOGRAFIA : Ecografia TV con introduzione di soluzione salina in vagina attraverso catetere di tipo Foley Vengono introdotti 60 – 120 ml di fisiologica in vagina, che non fuoriesce grazie al Colpo-pneumo-occluder, a sua volta gonfiato con 40 ml di fisiologica DIAGNOSI SONOVAGINOGRAFIA : La soluzione salina in vagina permette di distendere le pareti vaginali stesse e crea una finestra acustica tra sonda e fornice vaginale posteriore. La lesione si presenta come struttura irregolare ed ipoecogena INFILTRANTE ESOFITICA Sensibilità 65% Specificità 90% Accuratezza 80% A PLACCA MISTA DIAGNOSI RISONANZA MAGNETICA NUCLEARE : - placca ipointensa, composta da tessuto fibroso - nodulo ipointenso - placca ipointensa con formazioni cistiche di tipo emorragico-proteinaceo Sensibilità 60% Specificità 95% Accuratezza 80% ENDOMETRIOSI PELVICA PROFONDA: GLI OBIETTIVI DIAGNOSI TEMPESTIVA ANAMNESI ACCURATA ESPLORAZIONE PELVICA ECOGRAFIA PELVICA RISONANZA MAGNETICA CLISMA OPACO TRATTAMENTO ADEGUATO IL TRATTAMENTO DI SCELTA DELL’ENDOMETRIOSI PROFONDA E’ LA RADICALE ASPORTAZIONE CHIRURGICA DELLE LESIONI, PREFERIBILMENTE ESEGUITA PER VIA LAPAROSCOPICA US TRANSRETTALE Garry R. 1997; Kenneth R 2005 SCELTA TERAPEUTICA SINTOMI CRITERI MINORI: -ETA’ -PREGRESSI INTERVENTI CHIRURGICI - DIFFUSIONE DELLA MALATTIA DESIDERIO DI PROLE TERAPIA MEDICA PATOLOGIA ESTROGENO DIPENDENTE – LA TERAPIA MEDICA E’ VOLTA A CREARE UNO STATO DI IPOESTROGENISMO TALE DA CAUSARE UNA PROGRESSIVA ATROFIA DELL’ENDOMETRIO ECTOPICO Analoghi del GnRH e add – back teraphy (Tibolone) Danazolo (superato) IUD che rilascia levonorgestrel (Mirena) Combinazioni di estroprogestinici Inibitori aromatasi per via vaginale TERAPIA CHIRURGICA Non esistono attualmente trattamenti medici considerati una valida alternativa terapeutica alla chirurgia Approccio laparoscopico, laparotomico, transvaginale o combinato: asportazione della lesione +/- escissione della parete vaginale resezione discoide della parete rettale anteriore resezione del retto con eventuale colostomia associata HISTERECTOMIA A histerectomia deve ser reservada para casos graves especiais; nestes casos, a ooforectomia deve ser considerada. Deve ser feito histerectomia total, pois pode persistir devido a endometriose no colo ou nos ligamentos útero-sacros. ESHRE Guidelines, setembro 2008. TERAPIA CHIRURGICA FOLLOW UP N F-UP CHIRURGIA PREGNANCY RATE RECIDIVA SINTOMI RECIDIVA MALATTIA Angioni Hum Reprod 2006 31 5 anni Nodulectomia laparoscopica + escissione fornice vaginale posteriore Non nota 30% 0% Chapron Am J Min Inv Gyn 2005 132 3,3 anni Escissione + ev resezione intestinale (laparoscopia 115, laparotomia 17) 53,8% 17,4% Non nota 83 36 mesi Escissione + ev resezione intestinale + ev anastomosi (laparoscopia 21, laparotomia 62) 34% 28% 30,2% Kavallaris Hum Reprod 2003 50 32 mesi Escissione laparoscopica ± vaginale e resezione fornice vaginale post/retto 47% 28% 4% Redwine Fertil Steril 2001 84 5 anni Escissione laparoscopica + ev resezione intestinale 43% 22-34% 20% Possover Obst Gyn 2000 34 16 mesi Resezione intestinale laparoscopica 53% 0% Non nota Coronado Fertil Steril 1990 77 1-9 anni Resezione intestinale laparotomica 39,4% 12% 0% STUDIO Fedele Am J Ob Gyn 2004 CONCLUSIONI L’approccio chirurgico è la scelta gold standard per la terapia dell’endometriosi pelvica. L’ASPORTAZIONE RADICALE DEL TESSUTO PATOLOGICO GARANTISCE IL MIGLIOR SUCCESSO SULLA SINTOMATOLOGIA E SULLE RECIDIVE Non è necessaria la somministrazione di terapia medica adiuvante dopo exeresi chirurgica radicale delle lesioni endometriosiche profonde ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE CONDUTA TERAPÊUTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Tratamento Clínico - Amenorréia medicamentosa: danazol, progestagênios, contraceptivos orais e aGnRH - As evidências indicam que a terapêutica clínica não é eficaz para a infertilidade associada à endometriose - Cochrane 2007(Hughes et al.): 24 ensaios clínicos randomizados - a taxa de gravidez não melhorou após o tratamento clínico em comparação ao placebo ou conduta expectante ( odds ratio: 0,79 x 0,80) ASRM, 2006;Ozkan et al.,2008 ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE CONDUTA TERAPÊUTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Tratamento Cirúrgico - A terapia hormonal pós-operatória tem como objetivo reabsorver eventuais focos residuais, destruir implantes microscópicos e reduzir a disseminação em casos de endometriomas rotos - Não se comprovou aumento da taxa de fertilidade - ESHRE: tratamento pós-operatório com aGnRH ou danazol não é mais efetivo que a conduta expectante após a cirurgia (grau A de recomenda ção, nível de evidência 1b) ASRM, 2006;Ozkan et al.,2008 ENDOMETRIOSE DIFUSA FORMAS LOCALIZADA ENDOMETRIOSE SINTOMAS DISMENORRÉIA DISPAREUNIA INFERTILIDADE localização ENDOMETRIOSE LOCALIZAÇÕES INCOMUNS • COLO UTERINO • SEPTO RETOVAGINAL • PAREDE ABDOMINAL • PAREDE VESICAL • TRATO GASTRINTESTINAL • PULMÃO E PLEURA • PELE • RETROPERITÔNIO • DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: • 1. doença inflamatória pélvica aguda e crônica • 2. apendicite. • Diagnóstico de certeza • A endometriose só pode ser confirmada por meio de observação • direta, através da laparoscopia ou de uma laparotomia, associada à • biópsia das áreas de endométrio ectópico. ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE 25-50% das mulheres inférteis apresentam endometriose e 30-50% das mulheres com endometriose são inférteis. Glass RH, 1986 Mulheres com endometriose tem 20 vezes mais risco de apresentar infertilidade do que as que não têm endometriose. Strathy et al, 1982. TRATAMENTO DA DOR Tratamento cirúrgico: REMOÇÃO DAS LESÕES Remoção completa das lesões por excisão, coagulação ou vaporização leva a redução dos sintomas. Evidência nível 1A Recomendação A 90% das pacientes ficam assintomáticas por 12 meses. A redução dos sintomas pode persistir por 24 meses. Nenhuma técnica de laser é superior a outra. ESHRE Guidelines, setembro 2008. ENDOMETRIOSE Sintomatologia FREQÜENTE: dor pélvica crônica dismenorréia dispareunia tumor pélvico disfunção menstrual infertilidade RARO: disfunção hormonal hemoptise tumor inguinal tumor umbilical abdômen agudo hematúria disúria Abordagem Terapêutica TRATAMENTO CIRÚRGICO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DESEJO DE GRAVIDEZ TRATAMENTO EXPECTANTE INDUÇÃO PROGRAMADA DA OVULAÇÃO INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL FERTILIZAÇAO IN VITRO ENDOMETRIOSE E IMPACTO REPRODUTIVO ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE Mecanismos Fisiopatológicos - Distorção da anatomia pélvica - Função peritoneal alterada - Função imunológica alterada - Anormalidades endócrinas/ovulatórias - Anômalias na implantação ASRM, 2006 ENDOMETRIOSE SINONÍMIA OVÁRIO ENDOMETRIOMA OU CISTO ENDOMETRIÓIDE MIOMÉTRIO ADENOMIOSE OUTROS LOCAIS FOCO DE ENDOMETRIOSE DCR 2006 ENDOMETRIOSE CONCLUSÕES - A ULTRA-SONOGRAFIA É O PRINCIPAL MÉTODO DE TRIAGEM - A RM É IMPORTANTE NA ADENOMIOSE - A VIDEOLAPAROSCOPIA É O MÉTODO PADRÃO OURO DCR 2006 TRATAMENTO DA DOR Tratamento cirúrgico: REMOÇÃO DAS LESÕES Remoção completa das lesões por excisão, coagulação ou vaporização leva a redução dos sintomas. Evidência nível 1A Recomendação A 90% das pacientes ficam assintomáticas por 12 meses. A redução dos sintomas pode persistir por 24 meses. Nenhuma técnica de laser é superior a outra. ESHRE Guidelines, setembro 2008. USO CONTÍNUO DE ANTICONCEPCIONAL COMBINADO ORAL (ACO) Qualquer ACO de baixa dose, usado continuamente (para induzir amenorréia) pode ser efetivo no manejo da endometriose. 60 a 95% das pacientes relatam melhora da dismenorréia e da dor pélvica. Depois de uma recorrência de 17-18% no primeiro ano de uso, observa-se 5-10% de recorrência. Os ACOs são mais baratos que as outras modalidades hormonais e podem ajudar no manejo da endometriose com potencial de benefício de longa duração. ESHRE Guidelines, setembro 2008. “A endometriose permanece um enigma na prática ginecológica”. “Muitas teorias e nenhuma conclusão E a doença dos enigmas”
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