FACULDADE TECSOMA Pré-projeto de Trabalho de Conclusão de

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FACULDADE TECSOMA Pré-projeto de Trabalho de Conclusão de
FACULDADE TECSOMA
Pré-projeto de Trabalho de Conclusão de Curso
Jéssica Alves Vicente
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA PREVENTIVA, ATRAVÉS DO TREINO DE
PROPRIOCEPÇÃO NA PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
(MMII) EM JOVENS FUTEBOLISTAS.
Paracatu
2013
Jéssica Alves Vicente
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA PREVENTIVA, ATRAVÉS DO TREINO DE
PROPRIOCEPÇÃO NA PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
(MMII) EM JOVENS FUTEBOLISTAS.
Projeto apresentado à disciplina Trabalho de Conclusão
de Curso I do 7º período do curso de fisioterapia da
faculdade Tecsoma.
Profª.: M Sc. Cecília Nascimento
Profª.: M Sc. Michele Faria Lima
Paracatu
2013
SUMÁRIO
1. TEMA ...................................................................................................................... 5
2. HIPÓTESE .............................................................................................................. 5
3. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6
4. JUSTIFICATIVA.................................................................................................... 8
5. OBJETIVOS ........................................................................................................... 9
5.1. Objetivo Geral ...................................................................................................... 9
5.2. Objetivos Específicos ............................................................................................ 9
6. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 10
6.1. Definições de Propriocepção .............................................................................. 10
6.2. Receptores Proprioceptivos ............................................................................... 11
6.2.1. Receptores Musculares ..................................................................................... 12
6.2.1.1. Fuso Muscular .............................................................................................. 12
6.2.1.2. Órgão Tendinoso de Golgi............................................................................ 12
6.2.2. Receptores Articulares ...................................................................................... 13
6.2.2.1. Corpúsculos de Rufini .................................................................................. 13
6.2.2.2. Corpúsculos Paccini ..................................................................................... 14
6.3. Formas de Avaliar a Propriocepção .................................................................. 14
6.3.1. Avaliação da Cinestesia .................................................................................... 15
6.3.2. Avaliação da Sensação de Posição Articular .................................................... 15
6.4. Futebol ................................................................................................................ 16
6.5. Lesões em Adolescentes Praticantes de Futebol ................................................ 17
6.5.1. Mecanismo de Lesões ...................................................................................... 18
6.5.1.1. Lesões por Macrotraumatismos ................................................................... 18
6.5.1.2. Lesões por Microtraumatismos.................................................................... 19
6.6. Principais Lesões em Jovens Futebolistas ......................................................... 19
6.6.1. Entorse de Tornozelo ........................................................................................ 19
6.6.2. Lesões Musculares ........................................................................................... 20
6.7. Incidência das Lesões no Futebol....................................................................... 21
6.8. Principais Fatores de Risco ................................................................................ 22
6.9. Fisioterapia Preventiva no Futebol.................................................................... 22
6.9.1. A Propriocepção na Prevenção de Lesões no Futebol .................................... 24
7. METODOLOGIA ................................................................................................. 33
7.1. Área de Estudo ................................................................................................... 33
7.2. Critério de Exclusão ........................................................................................... 33
7.3. Procedimento Metodológico............................................................................... 33
7.4. Materiais Utilizados ........................................................................................... 34
7.5. Procedimentos para Avaliação da Sensibilidade Proprioceptiva ..................... 34
7.6. Protocolo de Treinamento .................................................................................. 35
8. CRONOGRAMA .................................................................................................. 36
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 37
APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .. 45
APÊNDICE B - AVALIAÇÃO ................................................................................. 47
APÊNDICE C - ENTREVISTA ............................................................................... 48
APÊNDICE D - PROTOCOLO DE TREINAMENTO........................................... 49
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1. TEMA
Benefícios da fisioterapia preventiva, através do treino de propriocepção na prevenção
de lesões em membros inferiores em jovens futebolistas.
2. HIPÓTESE
Se o treino proprioceptivo for capaz de diminuir o índice de lesões em membros
inferiores em jovens atletas, então, ele se tornará um recurso importante a ser utilizado em
equipes de futebol.
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3. INTRODUÇÃO
O futebol possui sua origem ainda desconhecida, porém sabe-se que a sua forma
moderna foi desenvolvida na Inglaterra. Este esporte foi trazido para o Brasil no ano 1894 por
Charles Muller, um brasileiro que estudou na Inglaterra e trouxe consigo a paixão por essa
prática esportiva (CALDAS, 1986; LEONCINI, 2001).
De acordo com Leoncine (2001), inicialmente os futebolistas eram apenas pessoas de
classes econômicas mais elevadas, se transformando em uma ocupação profissional em
grande expansão econômica apenas durante década de 1970.
O jogo caracteriza-se por um esporte coletivo, onde duas equipes compostas por onze
jogadores se enfrentam com a finalidade de marcar gols no campo adversário. Cada atleta
possui uma posição e função preestabelecida. Um jogo de futebol tem aproximadamente
noventa minutos dividido em dois tempos (AMERICAN SPORT, 2000).
No Brasil o esporte está fortemente ligado ás questões culturais, os adeptos são das
mais diferentes idades e níveis sociais (GIGLIO, 2008). A maior parte das crianças e
adolescentes sonham em se tornar grandes atletas, reconhecidos profissionalmente e
economicamente (SOUZA, 2008).
A prática esportiva durante a fase da adolescência é importante para o
desenvolvimento saudável do indivíduo (WEINECK, 2005). Porém, jovens jogadores de
futebol tendem a participar de diferentes competições e treinar por longos períodos de tempo
(VELLOSO; MUNIS; BARBOSA, 2004), acarretando malefícios à saúde, uma vez que,
quando os limites de tolerância ao exercício não são respeitados a atividade pode significar
riscos, atuando negativamente sobre o organismo em crescimento e prejudicando o
desenvolvimento musculoesquelético do indivíduo (PETERSON; RENSTRÖM, 2002;
WEINECK, 2005).
Pode se entender por lesões desportivas qualquer tipo de ocorrência sofrida por um
atleta durante uma competição ou treino, obrigando-o a interromper sua atividade esportiva
(BRITO; SOARES; REBELO, 2009).
Especificamente no futebol a maior incidência de lesões ocorre em membros
inferiores, devido a maior solicitação dos mesmos durante uma partida. No caso dos jovens
atletas as lesões mais comuns são entorses de tornozelo e lesões musculares (MOTA et al.,
2010, RENSTRÖM; LYNCH, 1999).
Boa parte das lesões desportivas ocorre devido a erros durante o treinamento. A
fisioterapia desportiva é uma ciência da saúde que se dedica tanto na reabilitação quanto na
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adoção de medidas preventivas, com intuito de reduzir a ocorrência de lesões. Um treino
preventivo eficaz pode trazer grandes benefícios econômicos, pois muitas lesões
desenvolvidas no futebol necessitam de cuidados médicos e de afastamentos (SILVA et al.,
2005).
O fisioterapeuta deve atuar em conjunto com a equipe técnica, procurando identificar
os fatores de risco para o desenvolvimento de lesões e elaborar um programa de exercícios
que vise à prevenção de ocorrências futuras.
Segundo Pertenson e Reström (2002), para elaboração de um protocolo preventivo em
grupos de jovens atletas é necessário observar as características próprias de cada atleta.
O treino proprioceptivo é habitualmente utilizado em programas de reabilitação e
prevenção no futebol, isso porque proporciona muitas informações sensoriais, permitindo que
o indivíduo perceba em qual posição estão as suas articulações (MENEGHINI et al., 2008).
MENEGHINI e colaboradores (2009), em seu estudo afirmam que a noção da posição
articular é fornecida ao ser humano sem que haja o auxílio da visão e que a propriocepção é
de fundamental importância para o controle motor durante a prática desportiva.
O futebol é um esporte dinâmico onde o atleta necessita realizar mudanças bruscas e
variadas de movimentos. É através da propriocepção que o indivíduo consegue manter a
estabilidade articular durante a realização de movimentos dinâmicos (ARDILA; VILLEGAS
2007).
Assim, a função proprioceptiva é fundamental para um bom desempenho desportivo,
proporcionando melhor nível de execução dos movimentos e melhores habilidades motoras
(PORTELA, 2010).
Segundo Mota e colaboradores (2010), as atividades simples de propriocepção são
capazes de prevenir importantes lesões em jogadores. É um treino prático e rápido, realizado
com pouca frequência semanal, sem sofrer interferência na rotina de treinamentos dos atletas
e programação da comissão técnica.
O presente estudo será realizado com alunos de uma escolinha de futebol, localizada
no município de Paracatu - MG. A equipe escolhida não possuía o serviço de fisioterapia e de
treinos preventivos. A pesquisa tem como principal objetivo avaliar os benefícios
proporcionados por um treino de propriocepção, durante oito semanas em uma equipe de
futebol juvenil.
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4. JUSTIFICATIVA
O futebol é um esporte popular, com participantes de diferentes faixas etárias e níveis
sociais. Devido ao contato entre seus praticantes, podem vir a serem desenvolvidos diversos
tipos de lesões, sobretudo, em membros inferiores, pois são os mais solicitados durante uma
partida. Inúmeros são os fatores predisponentes para o desenvolvimento de lesões em atletas,
entre estes podem ser citados: o nível de competição, a idade, o sexo, o uso inadequado de
equipamentos, a composição corporal, o histórico de lesões anteriores, a estabilidade postural,
o estado nutricional e as condições psicológicas.
Existem poucos estudos acerca de lesões em jovens atletas, mas é sabido que
adolescentes possuem predisposição para desenvolvê-las devido à iniciação ao esporte cada
vez mais cedo e com maior frequência; e também por estarem em fase de crescimento onde há
a diminuição da resistência da cartilagem, o que os torna mais propensos a desenvolver
lesões.
A fisioterapia preventiva é de grande importância em escolinhas de futebol, uma vez
que por meio delas podem ser diagnosticados os fatores de risco de futuras lesões e assim
preveni-las.
O treino proprioceptivo é habitualmente utilizado na prevenção de lesões, isto porque
é capaz de estimular múltiplos planos de movimento articular com apenas um apoio, o que
amplia a sensação de posição articular e melhora o controle postural minimizando o risco de
lesões em seus praticantes.
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5. OBJETIVOS
5.1. Objetivo Geral
Avaliar os benefícios da fisioterapia preventiva, através do treino de propriocepção em
uma equipe de jovens futebolistas.
5.2. Objetivos Específicos
 Verificar se há melhora na sensação de posição articular dos alunos da escolinha de
futebol do Jóquei Clube de Paracatu, após a aplicação de um protocolo proprioceptivo;
 Avaliar se os alunos da escolinha de futebol do Jóquei Clube de Paracatu possuem
instabilidade ligamentar em membros inferiores;
 Identificar qual segmento corporal é mais acometido por lesões na população
estudada.
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6. REFERENCIAL TEÓRICO
6.1. Definições de Propriocepção
Segundo Francisco (2008), a palavra propriocepção surgiu no latim onde “proprius”
significa “nós próprios”, “que pertence a…” “ou que é propriedade de…” e no verbo
(re)ceptus que significa “ato de receber”.
A propriocepção é uma fonte fundamental de informação sensorial interna que dá ao
ser humano a noção sobre as posições e movimentos das suas articulações em um
determinado ambiente sem o uso da visão, auxiliando o controle motor principalmente nos
esportes (MENEGHINI et al., 2009).
O termo propriocepção foi descrito pela primeira vez em 1906 por Sherington, como
sendo o resultado das respostas aferentes oriundas dos tendões, articulações, músculos e
proprioceptores de tecidos profundos associados. As aferências seriam transmitidas ao sistema
nervoso central para o seu processamento, levando a regulação de reflexos e do controle
motor (LOBATO et al., 2005, LEPORACE; METSAVAHT; SPOSITO, 2009).
Atualmente Carvalho e colaboradores (2010), enfocam que a definição de
propriocepção possui controvérsias na comunidade científica. Todavia, parece existir um
consenso em considerar a propriocepção como a soma da cinestesia e do senso de posição
articular, onde cinestesia é a capacidade de detectar o movimento articular (componente
dinâmico), e o senso de posição articular a consciência da posição da articulação no espaço
(componente estático).
Recentemente foi criada outra definição para a propriocepção, onde ela seria o input
neural cumulativo enviado para o sistema nervoso central pelas terminações nervosas
especializadas chamadas mecanorreceptores. As localizações dos mecanorreceptores são a
pele, ventre muscular, tendões, cápsula articular e ligamentos (PETERSON; RENSTRÖM,
2002).
Alguns neurofisiologistas falam que os receptores vestibulares também fazem parte do
sistema proprioceptivo, isto porque os impulsos do aparelho vestibular distribuem
informações conscientes da localização e dos movimentos da cabeça (MARTIMBIANCO et
al., 2008).
Antes e colaboradores (2009), disseram, em seus estudos, que a propriocepção, é uma
variação especializada da propriedade organoléptica do tato. A propriocepção é a informação
nervosa que vai até o sistema nervoso central a partir de mecanorreceptores localizados nas
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cápsulas articulares, ligamentos, músculos, tendões e pele, envolvendo a identificação sensoreceptora das características de movimento do corpo e dos membros.
6.2. Receptores Proprioceptivos
Foss e Keteyian (2000), descrevem os órgãos sensoriais que estão localizados dentro
dos músculos e articulações como proprioceptores que possuem a função de conduzir
informações sensoriais trazidos dos músculos, tendões, ligamentos e articulações para o
sistema nervoso central.
Os proprioceptores são receptores mecânicos, também denominados como
mecanorreceptores, sua ativação ocorre durante a deformação articular, levando informações
sobre o ângulo e a velocidade do movimento (BACARIN et al., 2004).
Existem dois tipos de impulsos nervosos oriundos destes receptores, onde um é
consciente e o outro inconsciente. Os impulsos inconscientes não despertam sensação e são
utilizados pelo sistema nervoso central para regular a atividade muscular através do reflexo
miotático ou dos centros presentes na atividade motora, em especial no cerebelo. Já os
impulsos proprioceptivos conscientes atingem o córtex cerebral e transmitem ao indivíduo à
possibilidade de percepção corporal (atividades muscular, noção espacial e movimento
articular), sendo o responsável pelo sentido de posição e de cinestesia (MACHADO, 2005).
Para Bacarin e colaboradores (2004), as atividades elétricas são transformadas pelos
proprioceptores em estímulos mecânicos e posteriormente direcionadas aos componentes
neurais das vias aferentes no sistema nervoso central, que irá realizar o processamento e
modulação das respostas motoras nos seus centros de forma consciente ou inconsciente.
A classificação dos receptores é feita quanto à sua localização.
Logo existem:
receptores musculares (músculos, tendões e ligamentos), receptores articulares (presente nas
articulações) e receptores cutâneos (presentes na pele). As estruturas proprioceptivas são: fuso
muscular, órgão tendinoso de Golgi, corpúsculos de Rufini, Pacini, Meissner, Golgi, Mazzoni,
dentre outras. O controle proprioceptivo permite ao indivíduo a melhor eficiência na
utilização dos movimentos corporais com a menor possibilidade de ocorrer lesão
(MARTIMBIANCO et al., 2008).
De acordo com Brito e Soares (2009), os proprioceptores realizam uma função
determinante na capacidade do atleta efetuar de modo seguro, eficiente e tecnicamente
ajustado os mais diferentes gestos desportivos.
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6.2.1. Receptores Musculares
Existem dois diferentes tipos de órgãos sensoriais musculares que são: órgão
tendinoso de Golgi e o fuso muscular (FOSS; KETEYIAN, 2000).
Segundo Martimbianco (2008), vários receptores proprioceptivos estão presentes no
interior dos músculos, como por exemplo, o fuso muscular e o órgão tendinoso de Golgi, além
de alguns receptores localizados nas fáscias musculares.
6.2.1.1. Fuso Muscular
Segundo Wenieck (2005), os fusos musculares são importantes na regulação geral dos
movimentos corporais. Possuindo a função de registrar alterações de comprimento do
músculo e detectar mudança de posição do tronco e extremidades. Ele realiza funções tanto na
motricidade de sustentação, quanto na motricidade voluntária.
Os fusos musculares são mecanorreceptores que possuem complexa estrutura e
localizam-se nas fibras musculares esqueléticas (FRANCISCO, 2008). Já Foss e Keteyian
(2000), dizem que o fuso muscular é o tipo mais abundante de proprioceptor encontrado no
músculo, o seu papel é enviar informações ao sistema nervoso central sobre o grau de
estiramento do músculo onde está localizada. Enquanto Weineck (2005), afirma que eles são
receptores de alongamento menos ativados durante a contração muscular e inervados por via
reflexa no alongamento.
Esse receptor é formado por diversas fibras musculares modificadas chamadas de
fibras intrafusais e fibras extrafusais. Quando estimuladas as extremidades do fuso se
contraem e distendem a região central (FOSS; KETEYIAN, 2000). As fibras musculares
extrafusais são as fibras normais e as fibras especializadas são as intrafusais (CHAVES;
ALBUQUERQUE; MOREIRA, 2002).
Guyton e Hall (2006), afirmam que as fibras intrafusais são menores e não contribuem
para a contração muscular e são estimuladas apenas quando há estiramento da região central.
6.2.1.2. Órgão Tendinoso de Golgi
O órgão tendinoso de Golgi é um receptor sensorial encapsulado, localizado na junção
músculo-tendinosa. Eles enviam informações sobre a tensão do tendão ou a velocidade de
alteração na tensão do músculo (GUYTON; HALL, 2006).
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Ele é um receptor de estiramento, no qual seus receptores sensoriais estão dispostos
em série com o músculo diferente da disposição em paralelo do fuso muscular (BERNE et al.,
2004).
Assim como os fusos musculares o órgão tendinoso de Golgi também é sensível ao
estiramento, porém com menor sensibilidade que o fuso, exigindo maiores estiramentos para
serem ativados (FOSS; KETEYIAN, 2000; BERNE et al., 2004).
A função básica dos órgãos tendinosos de Golgi é de proteção muscular contra
possíveis lesões provocadas por uma excessiva sobrecarga. Isto porque são ativados pelo
estiramento provocado pela contração muscular e após este estiramento é enviada uma
informação ao sistema nervoso central para provocar o relaxamento da musculatura contraída
excessivamente (FOSS; KETEYIAN, 2000).
6.2.2. Receptores Articulares
Os receptores articulares são um dos principais proprioceptores, formados por
terminações livres e pelos corpúsculos de Ruffini, Paccini e Golgi, e relacionam-se com as
sensações de posição e direção do movimento. Estes proprioceptores possuem sensibilidade
às variações de amplitude e velocidade angular e também a pressão intra-articular. Seus
receptores recebem estímulos através da deformação articular, por meio da tração ou
coaptação articular. No interior dos ligamentos, a função destes proprioceptores é de proteger
e informar a posição respectiva do membro e a tensão ligamentar (MARTIMBIANCO et al.,
2008).
Foss e Keteyian (2000), descrevem receptores articulares como receptores que levam
informações ao sistema nervoso central acerca do ângulo articular, da aceleração da
articulação e do grau de deformação produzida pela pressão. Essas informações em conjunto
com as provenientes de outros receptores como, por exemplo, a visão, tato e audição são
utilizados para fornecer as informações sobre a posição do corpo e dos membros, como
também para produzir reflexos automáticos relacionados com a postura.
6.2.2.1. Corpúsculos de Rufini
Segundo Foss e Keteyian (2000), o corpúsculo de Rufini é um receptor localizado na
cápsula de tecido conjuntivo e ligamentos dorsais. Já Guyton e Hall (2006), dizem que o
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corpúsculo de Rufini está localizado nas camadas mais profundas da pele, nos tecidos internos
mais profundos e nas cápsulas articulares.
O corpúsculo de Rufini é uma terminação encapsulada multirramificada. Esta
terminação se adapta lentamente, por este motivo é importante para a sinalização do estado
contínuo de deformação do tecido como os sinais de tato e pressão intensa e prolongada
(GUYTON; HALL 2006). Esse receptor responde de uma maneira melhor a movimentos
extremos de uma articulação (BERNE et al., 2004).
Sua função é responder aos estímulos corelacionados com a pressão intra-articular
(FOSS; KETEYIAN, 2000). Os corpúsculos de Rufini localizados nesta região sinalizam o
grau de rotação articular e são ativados em todas as posições articulares mesmo em repouso
(GUYTON; HALL 2006).
6.2.2.2. Corpúsculos Paccini
O corpúsculo de Paccini para Weineck (2005), é um receptor assim como o corpúsculo
de Rufine, localizado na cápsula de tecido conjuntivo e ligamentos dorsais, porém ele está
presente em menor número (FOSS; KETEYIAN, 2000). Pra Guyton e Hall (2006), o tecido
de Paccini se localiza imediatamente abaixo da pele e profundamente nos tecidos da fáscia
muscular.
Berne e colaboradores (2004), Weineck (2005) e Guyton e Hall (2006), chegaram a
um consenso de que os corpúsculos de Paccini são mecanorreceptores de adaptação rápida.
Sua estimulação é feita apenas pela compressão local rápida dos tecidos, porque eles se
adaptam ao estimulo em poucos centésimos de segundo. Logo, são importantes para a
detecção de estímulos mecânicos como a vibração tecidual ou de outras alterações rápidas no
estado mecânico dos tecidos.
6.3. Formas de Avaliar a Propriocepção
De acordo com Leite (2010) e Alonso (2010), a avaliação clínica da propriocepção
pode ser realizada através de duas vias: as aferentes e eferentes. Onde a via aferente é medida
através da medida da cinestesia articular e da sensação de posição articular.
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6.3.1. Avaliação da Cinestesia
Para Foss e Keteyian (2000), a cinestesia é a sensação inconsciente da posição em
que estão localizadas as partes do nosso corpo em relação ao meio ambiente. Ela influência na
manutenção da estabilidade postural (equilíbrio), no controle dos movimentos e na avaliação
da configuração de um objeto que esteja sendo apanhado.
A determinação da cinestesia articular é feita através do limite de detecção do
movimento passivo, dessa forma é a capacidade de detecção do movimento passivo lento
(LETE, 2010). Assim o teste que avalia a cinestesia é o de percepção do limiar de movimento
passivo (CARVALHO et al., 2009).
O teste é realizado com o paciente na posição sentada, olhos vendados, realiza-se o
movimento passivamente e através de vários mecanismos, ou apertar um botão ou parar o
movimento, o paciente deve sinalizar que o movimento iniciou, dependendo do tipo de
medição utilizado, é anotado o tempo que se passou até a detecção do movimento ou o grau
de deslocamento angular (ALONSO et al., 2010).
6.3.2. Avaliação da Sensação de Posição Articular
O senso de posição articular é definido por Lobato e colaboradores (2005), como a
consciência da verdadeira posição do membro ou a habilidade de reproduzir os mesmos
ângulos articulares, ou também, a capacidade de avaliar a posição do membro sem o auxilio
da visão. O senso de posição articular é controlado por mecanismos centrais e periféricos,
com predominância de receptores musculares, tendinosos, articulares e cutâneos.
A sensação de posição articular determina a capacidade do indivíduo de compreender
um determinado ângulo articular, que quando for removido será reproduzido de forma passiva
ou ativa (LETE, 2010). O teste realizado para medir o senso de posição articular é o de
reposicionamento articular (CARVALHO et al., 2009).
O teste de senso de posicionamento é realizado para documentar a habilidade do
indivíduo em reproduzir um ângulo da amplitude de movimento pré-estabelecido (ALONSO
et al., 2010).
Esses testes podem ser realizados com diferentes instrumentos de medição angular,
variando desde recursos computadorizados até a goniométrica tradicional. Em que a
goniométrica tradicional é um método simples, objetivo e barato para avaliar a amplitude de
movimento articular (CARVALHO et al., 2009).
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A realização do teste para medir o ângulo da movimentação articular (extensão e
flexão), é feito utilizando-se o goniômetro fixado no membro inferior do voluntário, na
posição sentada e em uma extremidade, o goniômetro é fixado na parte distal da coxa e a
outra na parte proximal da perna (ANTES et al., 2009).
Esse teste pode ser realizado de forma ativa ou passiva (ALONSO et al., 2011). O
teste ativo é realizado com o individuo sentado olhos vendados e o examinador posiciona por
alguns segundos o membro, retorna a posição inicial e o individuo deve realizar o
reposicionamento ativo do membro inferior (ANTES et al., 2009).
O teste passivo parece com o teste ativo, utiliza-se o mesmo posicionamento do teste
ativo, todavia o examinador coloca o membro em vários ângulos, relata ao paciente em que
ângulo esta sua articulação, espera alguns segundos para que haja o processamento mental,
retorna a posição inicial e em seguida inicia o teste, coloca passivamente a articulação em um
determinado ângulo e solicita ao paciente que relate em que ângulo esta sua articulação
(ALONSO et al., 2010).
6.4. Futebol
O futebol de campo foi trazido para o Brasil por Charles Muller, um brasileiro que
concluiu seus estudos na Inglaterra no ano de 1894 e que trouxe consigo a paixão pelo esporte
no mesmo ano (CALDAS, 1986; LEONCINE, 2001). Este esporte só se transformou em uma
ocupação profissional com grande expansão econômica no país durante década de 1970
(LEONCINE, 2001).
Hoje os adeptos desta modalidade pertencem as mais diferentes idades e níveis sociais,
isto porque o ato de aprender futebol no Brasil faz parte de uma questão cultural, onde as
crianças (principalmente do sexo masculino) desde a mais tenra infância são influenciadas a
praticá-lo (GIGLIO, 2008).
Esta é uma modalidade esportiva complexa, existem jogadores de diversas posições e
funções táticas (BALIKIAN, 2002). Atualmente o esporte exige qualidades físicas
independentes da posição exercida pelo futebolista (SILVA, 2000).
O esporte possui como característica um elevado contato físico, a realização de
movimentos curtos, rápidos e não contínuos (SILVA et al., 2005).
Nele o indivíduo necessita de grande capacidade de aceleração e desaceleração rápida,
alta velocidade de corrida, boa habilidade para saltar, realizar mudanças bruscas de direção e
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força explosiva dos músculos de membros inferiores. Por esses motivos, o futebol é um
esporte onde os seus atletas desenvolvem um alto índice de lesões (BALIKIAN, 2002).
6.5. Lesões em Adolescentes Praticantes de Futebol
Na atualidade o futebol brasileiro proporciona grande reconhecimento financeiro e
profissional, logo, muitos jovens depositam grande expectativa no esporte com objetivo de
possuírem melhores condições econômicas e também como meio de alcançar a fama
(SOUZA, 2008).
Por estes motivos os adolescentes ingressam cada vez mais cedo, com maior
intensidade e frequência a prática desportiva (PETERSON; RESNTÖN, 2002).
O esporte durante a adolescência é muito importante para o desenvolvimento
harmonioso do indivíduo, é um pré - requisito para o bom estado de saúde. Porém, quando os
limites de tolerância ao exercício não são respeitados a atividade pode significar um risco,
atuando negativamente sobre o organismo em crescimento (WEINECK, 2005).
Adolescentes que praticam o futebol tendem a participar de diferentes competições e a
treinar por longos períodos. Sua estrutura osteoarticular ainda está em formação, por isso são
frequentemente vítimas de traumas variados. Por estes motivos, atividades físicas que exigem
maior esforço contínuo devem ser criteriosamente dosadas e cabe aos profissionais da área da
saúde realizar medidas para prevenir ou diagnosticar precocemente estas lesões (VELLOSO;
MUNIS; BARBOSA, 2004).
Passos (2007), afirma que a definição de uma lesão desportiva não é universal, há
vários estudos utilizando diferentes definições e metodologias. Assim, os critérios variam de
investigador para investigador, podendo incluir múltiplos fatores que são desde fatores
fisiológicos, até a incapacidade que determina o afastamento momentâneo da prática
desportiva.
Segundo Giradeles e Soian citado por Almeida (2009), os autores classificam as lesões
ocorridas no futebol de diferentes formas. Elas podem ser classificadas de acordo com a sua
forma em: aguda ou crônica; de acordo com a origem: em primárias e secundárias, de acordo
com a gravidade: em leves, moderadas e graves; e de acordo com a dinâmica: como sendo
lesões intrínsecas e lesões extrínsecas.
Massada (2001) citado por Passos (2007), afirma que uma lesão pode ser descrita
como qualquer problema de ordem física que ocorra em um treino ou jogo, onde haja a
necessidade de apoio médico, impedindo que o jogador contribua com a sua equipe. Uma
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recorrência é uma lesão do mesmo tipo que a anterior, ocorrendo no mesmo local, após o
jogador ter retornado ao trabalho desportivo. As recorrências podem ser precoces (quando
surgem nos primeiros meses após o regresso) ou tardias, após 12 meses.
Costa (2011), em seu estudo disse que os tipos de lesões variam com a idade, elas
podem ser divididas em: entorses, estiramentos, fraturas, rupturas ligamentares, lesões nos
meniscos e contusões, sendo as entorses e as contusões são mais comuns nas camadas jovens.
Veiga, Daher e Morais (2011), em seu estudo destacam que a incidência de lesões é
maior em atletas mais velhos, porém atletas com idade entre 16 a 18 anos apresentam
incidência de lesões similar à de atletas adultos. Alguns tipos de lesões poderiam ter sido
prevenidas através de exercícios apropriados.
Para Perterson e Renström, (2002), os meios utilizados para treinar pessoas adultas
não podem ser aplicados diretamente a jovens e sim adaptados ao seu desenvolvimento. Os
riscos que se pode sofrer permitindo que adolescentes participem de competições são vistos
pelo ângulo fisiológico, psicológico e ortopédico.
6.5.1. Mecanismo de Lesões
As lesões em jogadores de futebol podem surgir por dois diferentes tipos de
mecanismos que são o macrotraumatismos e o microtraumatismos (GONÇALVES, 2000).
6.5.1.1. Lesões por Macrotraumatismos
Essas lesões comuns em atletas são fácies de se identificar e tratar. No futebol, a
incidência desse tipo de lesão é elevada. Como o nome já diz, ela se desenvolve devido um
trauma direto ou indireto. O atleta normalmente relata sentir uma dor súbita com
desenvolvimento de edema (PERTERSON; RENSTRÖM, 2002).
As lesões macrotraumáticas designam um acontecimento específico, onde uma força
significativa é capaz de causar dano efetivo em uma determinada estrutura (GONÇALVES,
2000).
Essas lesões ocorrem normalmente durante a prática desportiva e desencadeiam uma
incapacidade funcional imediata do segmento afetado. As lesões ocorridas por macro
traumatismos comuns em jovens atletas são entorse, contusão e estiramento excessivo
(PORTELA, 2010).
19
6.5.1.2. Lesões por Microtraumatismos
As lesões por micro traumatismos ocorrem a partir da repetição exaustiva de
elementos técnicos da modalidade sem que haja adequados períodos de recuperação e
repouso, ou quando há execução incorreta de certos gestos (PORTELA, 2010).
Essas lesões também podem ser denominadas de lesões por sobrecarga ou lesões por
overuse (PERTERSON; RENSTRÖM, 2002).
Nos jovens atletas este tipo de mecanismo adquire uma importância particular quando
se aumenta de forma repentina o volume e a intensidade do treino numa fase em que o corpo
biológico está em permanentes mudanças (PORTELA, 2010).
Essas lesões são de difícil diagnóstico e tratamento. Elas tornam-se comuns devido à
prática desportiva mais intensa. Normalmente essas lesões têm como causa o excesso de
cargas repetitivas, resultando em lesões microscópicas no sistema músculo esqueléticas
(PERTERSON; RENSTRÖM, 2002).
6.6. Principais Lesões em Jovens Futebolistas
A maioria das lesões desenvolvidas no futebol ocorre em membros inferiores, como as
entorses de tornozelo e as lesões musculares (PERTERSON; RENSTRÖM, 2002).
Em jovens futebolistas as lesões se demonstram menos graves que nos adultos, talvez
porque eles têm menor peso e força muscular. As lesões mais comuns na população jovem
são as entorses de tornozelo e as lesões musculares (RENSTRÖM; LYNCH, 1999,
PERTERSON; RENSTRÖM, 2002, MOTA et al., 2010, COSTA, 2011).
6.6.1. Entorse de Tornozelo
A articulação do tornozelo (talocrural) é uma articulação sinovial em dobradiça,
suportada por um encaixe estruturalmente forte, feito pelos maléolos tibial e fibular
(PERTERSON; RENSTRÖM, 2002).
O tornozelo, junto com a articulação talocalcânea é suportado medialmente pelo
ligamento deltóide (ou ligamento colateral medial) e lateralmente pelos ligamentos talofibular
anterior, talofibular posterior e calcaneofibular (PERTERSON; RENSTRÖM, 2002,
KISNER; COLBY, 2005).
20
Peterson e Renström (2002), classificam a entorse de acordo com o mecanismo ou a
gravidade de lesão. Conforme a classificação sobre o mecanismo de lesão ela pode ser lesão
lateral de tornozelo (ocorre quando há um movimento de inversão excessiva da articulação
tibiotalar) e lesão medial (ocorre em movimentos de eversão da articulação do tornozelo). A
classificação de acordo com a gravidade é dividida em três graus. A entorse grau I ocorre
quando há distensão e a presença de rupturas microscópicas, mínimo edema ou sensibilidade,
perda funcional mínima e sem instabilidade articular. Na entorse grau II há ruptura
microscópica parcial do ligamento, com dor, edema, sensibilidade moderados e instabilidade
articular leve ou moderada. Já na entorse de grau III ocorre ruptura completa do ligamento,
edema, hemorragia, perda de função e grave instabilidade articular.
A entorse de tornozelo é uma lesão ligamentar macro traumática muito comum em
atletas de futebol principalmente com 15 a 35 anos de idade. Ela se caracteriza por um
movimento exagerado da articulação em inversão (grande maioria dos casos) ou eversão. A
lesão está normalmente associada a forças externas, porém também é causada por déficits
proprioceptivos (RENSTRÖM; LYNCH, 1999).
A entorse mais comum ocorre no movimento de inversão, quando o tornozelo está em
extensão leve e resulta em distensão dos ligamentos colaterais laterais. Normalmente o
ligamento talofíbular anterior é o mais afetado (SACCO et al., 2004).
O desenvolvimento de sequelas após lesões ligamentares do tornozelo é muito comum.
Cerca de 10% a 30% dos pacientes com lesões ligamentares laterais desenvolvem sintomas
crônicos. Os sintomas geralmente incluem sinovite ou tendinite persistente, rigidez do
tornozelo, edema, dor, fraqueza muscular e frequentes falseios (RENSTROM; LYNCH,
1999).
6.6.2. Lesões Musculares
Os músculos são estruturas responsáveis por mover os segmentos do corpo, isso se dá
por encurtamento e alongamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas
(PERTERSON; RENSTRÖM, 2002).
As fibras musculares normalmente tem origem em um osso ou tecido conectivo denso
e se inserem a outro osso através de uma inserção tendínea. Existem músculos que atravessam
uma ou mais articulações para gerar movimento (MALONE; MCPOLI; NITZ, 2000).
As lesões musculares são qualquer alteração que promova um mau funcionamento do
músculo, seja ela morfológica ou histoquímica (SANTOS; MEIJIAN, 2012). Os músculos são
21
lesionados com maior frequência durante os movimentos excêntricos, ou seja, quando um
atleta está realizando um chute (TORRES, 2004).
As lesões musculares estão entre as principais lesões desenvolvidas por atletas. Essas
possuem uma lenta recuperação que afasta o atleta dos treinamentos e competições, podendo
desenvolver sequelas e recorrências. E podem ser causadas por contusões, estiramentos ou
lacerações (BARROSO; THIELE, 2011).
É mais frequente a lesão dos músculos posteriores da coxa, os quais durante o chute
estão sendo contraídos sem encurtamentos das fibras. Porém controlam a intensidade e
velocidade do movimento (TORRES, 2004).
Os estiramentos musculares são lesões provocadas pela força tênsil exercida sobre o
músculo, levando a um estiramento excessivo das miofibrilas e, como consequência, a uma
ruptura próxima à junção miotendínea. Essas lesões são tipicamente observadas nos músculos
superficiais que trabalham cruzando duas articulações, como os músculos semitendíneo e
gastrocnêmico, por exemplo, (FERNANDES; PEDRINELLI; HERNANDEZ, 2011).
As contusões musculares são causadas através do trauma de um objeto sobre o grupo
muscular. Nela tanto a pele quanto as camadas mais profundas até a musculatura poderão
sofrer graus variados de lesões (BARROSO; THIELE, 2011).
A ruptura ou laceração muscular é um tipo de lesão causada por trauma grave ou por
objetos penetrantes. Este tipo de lesão forma uma cicatriz fibrosa no tecido muscular,
podendo levar a um quadro de restrição e dor nos movimentos desta musculatura (SANTOS;
MEIJIAN, 2012).
6.7. Incidência das Lesões no Futebol
De acordo com o Relatório Final do Plano de Modernização do Futebol Brasileiro
(2000), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), citado por Leoncine e Silva (2005), o futebol
mundial movimenta, cerca de 250 bilhões de dólares anuais. No Brasil, este esporte possui
quinhentos e oitenta (580) mil participantes em treze (13) mil times que participam de jogos
organizados (esporte formal).
Indivíduos que praticam essa modalidade estão sujeito a desenvolver vários tipos de
lesões. Estima-se que 60% das lesões sofridas neste esporte ocorrem devido a erros de
treinamento como alta intensidade, técnica inadequada de execução e avaliação inadequada
das capacidades e das demandas dos atletas (SILVA et al., 2005).
22
A maior parte destas lesões não são consideradas graves, aproximadamente 70% delas
ocorrem em membros inferiores. Em jovens atletas do sexo masculino as lesões que ocorrem
com maior frequência são entorses de tornozelo e lesões musculares (MOTA et al., 2010,
RENSTRÖM; LYNCH, 1999).
Costa (2011), afirma que majoritariamente as lesões no futebol, ocorrem no membro
inferior, com especial incidência no tornozelo e no joelho. As mesmas têm uma incidência
superior a nível competitivo, sendo o sexo masculino o mais afetado.
No sexo masculino o local mais acometido é o tornozelo. Os mecanismos lesionais
mais comuns ocorrem por contato indireto e a maioria das lesões são entorses, estiramentos e
contusões (PETERSON; RENSTRÖM, 2002).
6.8. Principais Fatores de Risco
A ocorrência de lesões esportivas são comuns em qualquer programa de treinamento, e
a incidência das mesmas pode estar relacionada com diferentes fatores de risco. Existem os
fatores de risco intrínsecos congênitos, muitas vezes incontroláveis, e aqueles resultantes de
fatores extrínsecos adquiridos por aspectos ambientais, como situações de treinamento e
estrutura médica de atendimento (AREANA; CARAZZATO, 2007).
Os fatores de risco intrínsecos são características individuais que podem deixar o atleta
vulnerável ao desenvolvimento de lesões. Alguns exemplos são: idade, sexo, histórico de
lesões prévias, capacidades físicas desenvolvidas e presença de alterações biomecânicas
(SILVA et al., 2005).
Os fatores de risco extrínsecos são aqueles originados externamente, mas que agem
sobre o corpo humano, como por exemplo, a condição do gramado, regras do jogo,
quantidade e tipo de treinamento, erros nos gestos técnicos, opções de treino inadequadas,
tempo e formas de recuperação do esforço não eficazes e uso inadequado de calçado e
equipamento de proteção (SILVA et al., 2005, PORTELA, 2010, GONÇALVES, 2000).
6.9. Fisioterapia Preventiva no Futebol
Na área desportiva a fisioterapia dedica-se não apenas a reabilitação do atleta, mas
também, à adoção de medidas preventivas, a fim de reduzir a ocorrência de lesões.
Lembrando que a prevenção é de fundamental importância do ponto de vista socioeconômico,
23
porque muitas das lesões desenvolvidas neste esporte necessitam de cuidados médicos
intensos, algumas vezes com períodos variáveis de afastamento (SILVA et al., 2005).
Todos os desportistas estão expostos ao risco de contrair lesões, e no futebol não é
diferente, sendo importante conhecer esse risco para, se possível evitá-los e controlá-los.
Deste modo toda a estrutura de um clube, desde atletas, treinadores, departamento médico e
departamento diretivo, devem cooperar entre si para que seja elaborado um plano de
promoção e prevenção de lesões efetivo (ALMEIDA, 2009).
O planejamento feito durante a pré-temporada é fundamental para a prevenção de
lesões futuras. Nesta altura é de extrema importância o nível físico dos atletas, com pouca
utilização do aspecto táctico (COSTA, 2011).
O perigo da lesão tem aumentado não somente entre atletas de competição, que são
caracterizados por superar continuamente seus limites, mas também nos esportes praticados
popularmente. Esses últimos, praticados em escolas, como um hobby ou recreação, mostra um
aumento no risco e frequência das lesões (TORRES, 2004).
O fisioterapeuta é um profissional da área de saúde que atua diretamente na prevenção
de lesões em futebolistas, isso ocorre através da identificação e dos fatores de risco que
revelam se o atleta é susceptível a desenvolver determinadas lesões (SILVA et al., 2005).
Nascimento e Takanashi (2012), afirmam que existe um alto índice de lesões em
atletas no futebol devido diversos fatores. A fisioterapia atua através da elaboração de
programas preventivos, juntamente com o preparador físico, buscando a melhora do
desempenho físico e o bem-estar geral desses atletas.
A fisioterapia esportiva é de fundamental importância para os atletas e para os clubes.
Todos os atletas deveriam submeter-se a uma avaliação específica, principalmente visando à
prevenção de lesões e assim conseguindo um resultado final importante para o desempenho
do esporte específico, sempre partindo do princípio da individualidade biológica e de uma
avaliação minuciosa de cada caso (SILVA, 2005).
De acordo com Silva (2000), no futebol o fisioterapeuta trabalha em equipe passando
informações constantes à comissão técnica sobre as condições funcionais dos jogadores;
realizando avaliações sistemáticas dos atletas; acompanhando longitudinalmente as
adaptações funcionais em decorrência do treinamento e realizando a capacidade de
investigação e reflexão sobre diversos aspectos do futebol.
Existem ainda poucas pesquisas sobre o tratamento preventivo em jovens futebolistas.
Tal fato não parece ser muito compreensível porque o jovem atleta se encontra em uma etapa
muito importante da sua preparação e formação (SEABRA; MAIA; GARGANTA, 2001).
24
O processo de prevenção pode ser dividido em fases, primeiramente, a extensão do
problema de dano de esporte deve ser identificada e descrita; secundariamente, os fatores e
mecanismos que influenciam na ocorrência dos danos também são explicitados isto é seguido
pela introdução de estratégias preventivas, e então, retornando para a primeira fase, o ciclo é
completado (SILVA et al., 2005).
Para elaboração de um protocolo preventivo em futebolistas é necessário observar
quais são as características próprias de cada atleta, principalmente nos atletas em formação,
onde uma prática inadequada é potencialmente prejudicial para o desenvolvimento músculo
esquelético do individuo (MOTA et al., 2010).
Uma prevenção de lesões eficaz necessita preconizar a identificação dos fatores de
risco através de uma avaliação diagnóstica. A melhor maneira para que isso ocorra é através
da realização de treinos periódicos, abrangendo como áreas-chave de intervenção os treinos
neuromusculares, flexibilidade e de proprioceptividade (PASSOS, 2007). Costa (2011),
concorda com o autor anterior e acrescenta que os fatores de risco presentes na população
devem ser identificados precocemente visando à prevenção objetiva destas lesões. Caso
tenham ocorrido lesões prévias, as mesmas se transformam em um fator de risco maior e o
regresso.
Segundo Costa (2011), o futebol é um esporte que valoriza a heterogeneidade. Logo,
cada medida implementada deve ter em conta as características próprias de cada atleta,
especialmente em escalões de formação, onde uma prática inadequada é potencialmente
prejudicial para o desenvolvimento musculoesquelético.
São necessários mais estudos para se identificar até que ponto, os programas de treino
que confirmaram a redução de lesões em atletas seniores são aplicáveis aos escalões jovens,
podem-se delinear estratégias que sensibilizem e eduquem jogadores jovens. Para isso, estes,
devem ter a capacidade de entender e aceitar que a equipe técnica, incluindo o fisioterapeuta é
qualificada para programar as melhores abordagens para treinos e jogos (CARVALHO,
2009).
6.9.1. A Propriocepção na Prevenção de Lesões no Futebol
Durante a prática do futebol é necessário à realização de mudanças variadas de
movimentos; normalmente essas mudanças inesperadas ocorrem a cada seis segundos
(COHEN, 1997).
25
As informações sobre o grau de modificação mecânica das estruturas articulares
captadas pelos mecanorreceptores são enviadas ao sistema nervoso central, sendo
processadas, auxiliando na detecção do movimento e no conhecimento da posição da
articulação no espaço (FOSS; KETEYIAN, 2000).
A propriocepção é formada por informações e mecanismos que contribuem para a
estabilidade articular e para diversas sensações conscientes (FOSS; KETEYIAN, 2000). Os
proprioceptores são estruturas base dessa capacidade e desempenham um papel determinante
para o atleta efetuar de forma segura, eficiente e tecnicamente ajustada os diferentes gestos
desportivos (BRITO; SOARES; REBELO, 2009).
A propriocepção está relacionada com a consciência postural, onde informações dadas
ao sistema nervoso através de vias aferentes que indicam o grau de tensão muscular, grau de
alongamento muscular e posição do corpo são captadas por mecanorreceptores presentes nas
articulações (MARTIMBIANCO et al., 2008).
Segundo Souza e colaboradores (2006), em condições normais, o equilíbrio postural se
faz pela integração de impulsos sensoriais visuais, vestibulares e proprioceptivos nos centros
superiores do sistema nervoso central, ativando, o sinergismo muscular apropriado para a
execução da atividade desejada. Os proprioceptores articulares demonstraram papel
importante na percepção de posição articular, no aumento da atividade motora, e na evolução
clínica de indivíduos com instabilidade funcional.
Através da propriocepção o indivíduo consegue manter a estabilidade articular durante
movimentos dinâmicos, logo ela proporciona o controle de movimento desejado e
estabilidade articular (ARDILA; VILLEGAS 2007).
A função proprioceptiva é fundamental para um bom desempenho desportivo, porque
melhora o nível de execução dos movimentos e as habilidades motoras. Indivíduos com
déficits nestas características tendem a possuir menor rendimento desportivo (PORTELA,
2010).
Exercícios de condicionamento neuromuscular e treinamento proprioceptivo podem
ser utilizados como meio para a prevenção de lesões desportivas (BALDAÇO et al., 2010).
Existe evidência de que o treino reduz a incidência significativa de algumas lesões
(DOMINGUES; COIMBRA, 2008).
O risco de se desenvolver lesões existe em todas as práticas desportivas
(DOMINGUES; COIMBRA, 2008). Em modalidades com aquisições técnicas elevadas como
o futebol, o desafio sistemático dos atletas, passa por dominar as suas próprias ações. Logo a
função proprioceptiva é fundamental no desempenho desportivo, porque proporciona ao atleta
26
a evolução para níveis de execução mais elaborados e suportar a emergência de novas
habilidades motoras, sendo que a quebra dessa função representa diminuição do rendimento
desportivo (PORTELA, 2010).
A capacidade proprioceptiva do indivíduo pode ser alterada negativamente em
situações de lesões ou de fadiga muscular, causando maior risco para desenvolvimento de
alterações posturais, quedas e no surgimento de novas lesões por instabilidade articular
(ANJOS, 2011).
Pesquisas relacionando a fadiga ao desequilíbrio em jogadores de futebol ainda são
escassas, porém pode-se afirmar que a fadiga imposta durante uma partida de futebol afeta o
equilíbrio estático em jogadores de futebol (GOMES et al., 2013).
Isto porque a fadiga é capaz de diminuir a capacidade de propriocepção a partir de
esforços extenuantes, levando a diminuição de percepção da posição articular (RIBEIRO;
OLIVEIRA, 2008). Logo, esse procedimento pode ser um possível mecanismo para as
alterações do equilíbrio em situações de fadiga em atletas de futebol (GOMES et al., 2013).
Barroso e Thiele (2011), também afirmam que a propriocepção humana pode ser
deteriorada pela fadiga e acrescentam dizendo que teoricamente isso se torna uma das causas
para a diminuição das respostas motoras.
Ribeiro e colaboradores (2008), concordam com os autores anteriores e ainda resaltam
que devido ao fato da fadiga muscular altera negativamente a propriocepção e o controle
postural há consequentemente um aumento na possibilidade de ocorrência de lesões. Nos
esportes, a propriocepção pode ser alterada por um período agudo de exercício, de maneira
que mudanças transitórias no controle neuromuscular podem, posteriormente, exacerbar o
risco de lesão.
De acordo com Silvestre e Lima (2008), o comprometimento do sistema
proprioceptivo leva a um déficit na estabilização articular neuromuscular, que pode contribuir
para a ocorrência de lesões como distensão excessiva das cápsulas e ligamentos articulares e,
consequentemente, para a desestabilização postural. Em futebolistas, o déficit proprioceptivo
é observado principalmente nas lesões articulares de tornozelo, causados por mecanismos
comuns como a entorse ou por contusões em traumas diretos por outro adversário.
Estudos também revelam que a existência de déficits na propriocepção podem ocorrer
devido, principalmente, a lesões cápsulo-ligamentares e musculoesqueléticas decorrentes de
traumas, entorses e fraturas (BONFIM; PACCOLA, 2000), provavelmente resultar em
alterações do “input” neural oriundos dos mecanorreceptores localizados nos ligamentos,
27
articulações, tendões e músculos, capaz de influenciar o controle da postura, tônus muscular e
programas de ação motora (RIBEIRO; OLIVEIRA, 2008).
Esses déficits nos mecanismos proprioceptivos estão associados a um declínio do
desempenho funcional, predispondo o atleta ao desenvolvimento de lesões ou a recorrência da
mesma (BALDAÇO et al., 2010).
Carvalho e colaboradores (2009), concordam com os autores anteriores e também
dizem que déficits proprioceptivos predispõem ao desenvolvimento de distúrbios
musculoesqueléticos por alterar o controle dos movimentos e impor estresse anormal nos
tecidos relacionados.
Souza e colaboradores (2010), também concordam com os outros autores e afirmam
que há existência de alguma perturbação do sistema proprioceptivo se torna um fator
importante para a ocorrência de instabilidade articular e perda de desempenho funcional,
principalmente em atletas. Porém, ainda existem lacunas na literatura com relação aos
métodos de avaliação da propriocepção, assim como as medidas de intervenção
fisioterapêutica e a sua aplicação preventiva mais eficiente.
Alguns tipos de lesões que ocorrem durante o desporto podem ter sua incidência
reduzida através de exercícios apropriados como, por exemplo, os exercícios de
condicionamento proprioceptivos (SOUZA et al., 2010).
Programas de treinamento proprioceptivo têm sido bastante utilizados no meio
esportivo tanto na prevenção, como na reabilitação das lesões (BALDAÇO et al, 2010). Há
uma concordância entre as afirmações dos autores anteriores e a de Antes e colaboradores
(2009), porém o presente autor acrescenta dizendo que devido ao fato de proporcionar uma
maior estabilidade dinâmica (caracterizada pela capacidade de retomar uma posição após uma
alteração), os programas de exercícios proprioceptivos são indicados tanto para a manutenção
do equilíbrio quanto para a prevenção de lesões.
O uso do treino proprioceptivo demonstra eficiência na prevenção de lesões em
diferentes estudos, por proporcionar maior proteção articular e muscular dos membros
inferiores. A prevenção se mostra eficiente em reduzir o número de lesões por temporada ou
reduzir o tempo de afastamento dos atletas (MONTENEGRO, 2012). Grandes clubes
europeus há muito tempo utilizam no seu treinamento algumas medidas com objetivo de
prevenir futuras lesões (PASSOS, 2007).
Uma pessoa que possui boas respostas proprioceptivas tem a maior capacidade dos
segmentos corporais em perceber por si próprio sua posição (ângulo) no espaço e a velocidade
28
de modificação de seu esquema motor, logo a incidência de lesões em uma população bem
treinada provavelmente será menor (MOTA et al., 2010).
Esta explanação tem sido confirmada na literatura por meio da idéia de que o risco de
lesão no esporte está associado a parâmetros de propriocepção, controle neuromuscular,
flexibilidade, habilidades, força e equilíbrio. Assim, estratégias de prevenção são
primariamente recomendadas e aplicadas para modificar estes fatores de risco (MOTA et al.,
2010).
Galeazzi (2010), afirmam que o treino proprioceptivo proporciona maior estabilidade
articular durante os movimentos desportivos, podendo reduzir a incidência de lesões,
melhorar os gestos desportivos, com isso ele pode melhorar a eficiência técnica e a economia
do movimento.
Montenegro (2012), em sua revisão de literatura observou que uso do treinamento
proprioceptivo é eficiente em diferentes estudos para a prevenção de lesões, por trazer maior
proteção articular e muscular dos membros inferiores. Mesmo que não se possa impedir que a
lesão ocorra devido aos diferentes mecanismos que geram lesões, a prevenção se torna
eficiente em reduzir o número de lesões por temporada ou reduzir o tempo de afastamento do
atleta.
Lopes (2008), diz que o treino proprioceptivo pode ser utilizado na prevenção do
surgimento de lesões além de ser eficiente na prevenção de recorrência das mesmas. Todavia
ele resalta a importância durante a prevenção de recorrências, porque esse treino tem
mostrado bons resultados, por estar direcionado para uma estruturação da zona lesionada,
fortalecendo novamente os músculos e ligamentos, consequentemente fortalecendo a
proprioceptividade das estruturas danificadas, permitindo ao sistema nervoso central uma
resposta mais rápida frente aos vários estímulos.
Não existe na literatura divergências com relação à importância do treino
proprioceptivo no esporte. Há evidência de que o treino seja eficiente na prevenção de lesões
como a entorse de tornozelo. Logo, o treino proprioceptivo é indispensável na abordagem
terapêutica, principalmente na prevenção de lesões que causem instabilidades (RESENDE;
SOUZA, 2012).
O treino proprioceptivo tem demonstrado eficiência na prevenção de lesões de
ligamento cruzado anterior em futebolistas. O programa de prevenção de lesões. Esse
treinamento deve procurar enfatizar sempre a adoção da técnica ajustada na execução das
habilidades (BRITO; SOARES; REBELO, 2009).
29
Há um consenso entre os autores em relação à importância do treinamento
proprioceptivo na prevenção de lesões em MMII (SOUZA et al., 2010). Resende e Souza
(2012), concordam com os autores anteriores e resaltam que apesar de haver consenso sobre a
importância do treinamento proprioceptivo na abordagem preventiva e conservadora de lesões
desportivas, mais estudos devem ser realizados para se encontrar qual treino proprioceptivo é
mais eficaz.
No Brasil a maior parte dos treinos proprioceptivos são realizados para recuperar a
musculatura lesionada. Poucos profissionais utilizam o treino como forma de prevenção.
Existem poucos estudos revelando a importância do treino proprioceptivo na prevenção de
lesões em atletas, porém os estudos existentes revelam que os resultados são cada vez mais
relevantes, pois demonstram uma significativa diminuição de lesões em MMII na população
estudada. Deve-se resaltar a importância do treino ser direcionado a modalidades específica
para que os resultados se mostrem mais eficientes (SILVA, 2011).
Programas de treino baseados em equilíbrio e propriocepção devem ser incorporados
em equipes de futebol, objetivando que os atletas possuam melhor resposta articular frente os
exercícios dinâmicos realizados durante uma prática desportiva, prevenido assim o
desenvolvimento de lesões desportivas e as suas complicações (COSTA, 2011).
Infelizmente muitos atletas profissionais e principalmente de categorias amadores não
possuem conhecimento acerca dos benefícios que o treino proprioceptivo proporciona. Isto
pode sugerir uma falta de atenção e interesse sobre a importância da utilização destes tipos de
exercícios na prevenção e no tratamento de lesões por parte dos atletas e da equipe de
profissionais que fazem parte desses clubes no contexto esportivo do futebol (VIEIRA;
SIQUEIRA; SILVA, 2009).
Souza e colaboradores (2010), ao final do seu estudo ressaltam a existência de
diversos métodos clínicos para o treinamento proprioceptivo, como um ponto positivo no
processo de prevenção devido a grande variedade de gestos atléticos.
O treino proprioceptivo tem vindo a assumir um papel decisivo como fator integrante
dos programas de prevenção de lesões no futebol (BRITO; SOARES; REBELO, 2009).
O sistema proprioceptivo pode condicionar-se através de exercícios específicos para
responder com maior eficácia de forma a melhorar a força, a coordenação motora, o equilíbrio
e tempo de reação a determinadas situações (CONDUTA, 2012).
Estes exercícios baseiam-se em situações onde a variabilidade e a instabilidade são
dois fatores constantes, pelo que se sugere que decorram em superfícies móveis, com
30
diferentes graus de dureza, com apoio unipodal e ainda com e sem referências visuais
(BRITO; SOARES; REBELO, 2009).
Segundo Passos (2007), esse tipo de treino tem como base a ativação de grupos
musculares, tendões, ligamentos e cápsulas articulares, tendo especial preponderância em um
programa de aquecimento antes de um jogo ou treino, visando à estabilização das estruturas
envolvidas e o melhoramento do controle postural.
Para Costa (2011), um treino de equilíbrio proprioceptivo baseia-se na ativação
adequada de grupos musculares, tendões, ligamentos e cápsulas articulares. O uso de placas
oscilatórias durante este treino tem a capacidade de reduzir o número de lesões nos membros
inferiores.
Antes e colaboradores (2009), dizem que esse treino é capaz de proporcionar uma
maior estabilidade dinâmica, que é caracterizada pela capacidade de retomar a uma posição
após uma alteração. Esse programa de exercícios é indicado tanto para a manutenção do
equilíbrio quanto para a prevenção de lesões.
Plentz (2008), afirma que o treino proprioceptivo aplicado por um curto período de
tempo, com pouca frequência semanal é eficiente para diminuição da incidência de lesões
musculo esqueléticas em MMII, quando se utiliza um protocolo de exercícios buscando o
aprimoramento do nível proprioceptivo dos atletas, submetendo-os a desequilíbrios oferecidos
por instrumentos que sejam instáveis.
Brito, Soares e Rebelo (2009), destacam que o treino proprioceptivo é um treino
prático, rápido e que não necessita da utilização de equipamentos de alto custo se tornando
um fator importante em programas de prevenção de lesões no futebol. Eles ainda sugerem que
esse treino devera ser composto por três sessões de treino por semana, com duração de 15 a
30 minutos por sessão. Antes de cada sessão de treino, propõe-se a realização de um
aquecimento dinâmico, que incorpore movimentos específicos da modalidade, realizados a
baixa intensidade para melhor preparar o organismo para as exigências do treino.
Mota e colaboradores (2010), realizaram um estudo mostrando que o treino
proprioceptivo é eficaz na prevenção de lesões em MMII durante uma temporada competitiva.
Eles ainda destacam que intervenções pequenas e de baixo custo, podem aumentar e melhorar
a participação dos atletas durante uma temporada.
Cumps e colaboradores (2007), em seu estudo observaram que a implementação de
um programa de treinamento proprioceptivo resulta em efeitos benefícios na prevenção de
entorses de tornozelo em atletas. Eles relatam que a complexidade dos exercícios deve evoluir
ao longo das semanas, iniciando o treinamento com exercícios mais simples e com maior
31
facilidade para serem executados, normalmente sem a utilização de equipamentos e
terminando o protocolo utilizando exercícios melhor elaborados e com maior grau de
dificuldade na sua realização.
Atividades simples de propriocepção podem prevenir importantes lesões em
jogadores, sem que haja necessidade de muita frequência semanal e tempos mínimos de
sessões que não interferem na rotina de treinamentos dos atletas, nem na programação da
comissão técnica (MOTA et al., 2010).
Baldaço e colaboradores (2010), concordam com afirmação de que os exercícios
proprioceptivos devem possuir diferentes graus de dificuldade, onde o atleta só deve evoluir
para a etapa posterior quando os exercícios anteriores se tornarem de fácil execução. Para o
autor esse treinamento é um método efetivo para melhorar o equilíbrio e a estabilidade
postural e também na prevenção de lesões corporais dos praticantes. Estes exercícios podem
ser realizados de diferentes formas utilizando vários tipos de equipamento ou até mesmo sem
a necessidade de nenhum recurso externo, na posição unipodal ou bipodal e ainda com e sem
a referência visual.
Galeazzi (2010), também concorda que o treino proprioceptivo deve ser progressivo
evoluindo de exercícios mais simples, para exercícios de alta complexidade e que existem
vários métodos de se realizá-los. O autor ainda afirma que um protocolo de exercício aplicado
por um período de 10 semanas é eficiente para a melhora da coordenação neuromuscular e da
estabilidade articular em atletas.
Botelhos e Bonfim (2012), ao final do seu estudo também chegaram à conclusão de
que o treino proprioceptivo deve possuir evolução gradativa no grau de dificuldade dos
exercícios. Eles acrescentam dizendo o treinamento sensório-motor é eficaz para a melhora do
controle postural do indivíduo e que esses exercícios podem possuir o acréscimo de
informações adicionais como, por exemplo, a tira subpatelar, maximizando estes efeitos
benéficos.
O treinamento proprioceptivo realizado de maneira controlada e progressiva gera
adaptações sensório-motoras adequadas para estimular a capacidade e confiança do atleta. Os
mecanismos de propriocepção envolvem tanto vias conscientes como vias inconscientes.
Desta maneira, os exercícios prescritos devem conter tanto estímulos conscientes, para
estimular a cognição, assim como alterações repentinas e inesperadas na posição articular,
para iniciar a atividade reflexa da musculatura. Os exercícios prescritos devem envolver
equilíbrio em superfícies instáveis, enquanto o indivíduo realiza atividades funcionais
(LEPORACE; METSAVAHT; SPOSITO, 2009).
32
Portela (2010), ressalta que vários estudos afirmam a importância do treino
proprioceptivo realizado em superfícies instáveis, porém existem controvérsias com relação à
direção e volume de treinamento, quais os aparelhos de instabilidade usados, quais testes
devem ser realizados antes e após a aplicação do protocolo de treinamento e características
específicas das amostras. Porém há um consenso na literatura com relação à eficiência dos
exercícios realizados em diferentes superfícies instáveis para o equilíbrio, estabilidade e
oscilação postural. O autor também concorda com a afirmação de que o protocolo de
treinamento deve conter diversos exercícios que devem variar em relação ao grau de
dificuldade no decore do treinamento.
33
7. METODOLOGIA
Este estudo se enquadra no paradigma quantitativo, com tipo de estudo experimental
pré e pós sem grupo controle. Cervo, Bervian e Silva (2007), descrevem que estudos dessa
categoria têm como característica manipular diretamente as variáveis relacionadas com o
objetivo de estudo.
Inicialmente será realizada uma pesquisa bibliográfica sobre as principais causas de
lesões no esporte, sobre a relação entre os adolescentes e o futebol, sobre os benefícios do
treino proprioceptivo para prevenção de lesões desportivas e sobre a fisioterapia preventiva no
desporto.
7.1. Área de Estudo
A amostra será composta por adolescentes do sexo masculinos nascidos entre os anos
de 1996 a 1997, praticantes de futebol na escolinha do Jóquei Clube de Paracatu MG. Os
atletas participarão da pesquisa mediante a assinatura do treinador responsável de um Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (apêndice A) elaborado pela autora seguindo as
exigências do capitulo IV do conselho nacional de saúde, resolução 196/96 (BRASIL, 2012),
autorizando a participação da equipe no estudo. Esses jovens atletas praticam a modalidade
três vezes por semana com duração aproximada de duas horas cada treino.
7.2. Critério de Exclusão
Serão considerados para perda amostral os seguintes fatores: pessoas nascidas em anos
inferiores a 1997 e superiores há 1996 anos, incidência de lesões em MMII durante que
impossibilite a aplicação do programa preventivo proprioceptivo, estar em reabilitação de
alguma lesão prévia, três faltas consecutivas não justificadas e abandono do programa de
exercícios.
7.3. Procedimento Metodológico
Será elaborada uma avaliação (apêndice B) contendo uma anamnese, uma avaliação
dos dados antropométricos, antecedentes pessoais, testes de compressão de Apley, teste de
raspagem da patela, teste de Thompson, teste de estresse em valgo, teste de estresses em varo,
34
teste de Instabilidade medial, teste de Lewin-Gaenslen, teste de Tredelenburg e teste de
Gaveta anterior e posterior (em joelho e tornozelo).
Para verificar a sensibilidade proprioceptiva será realizado o teste de sensação de
posição articular, em cadeia cinética aberta, na posição de 60° em ambos os membros.
Também será aplicada uma entrevista (apêndice C) sugerida nos estudos de Plentz
(2008) e Palacio (2009), para obtenção de informações referentes à dominância do membro
inferior, histórico de lesões, tipo de lesão mais comum, os mecanismos do trauma, a posição
mais acometida por lesões e qual segmento corporal é mais afetado.
O grupo será avaliado no momento inicial, prévio a realização do protocolo de
exercícios proprioceptivos, e novamente após a conclusão do protocolo, que terá duração de
oito semanas.
7.4. Materiais Utilizados
Para obtenção dos dados antropométricos serão utilizados fita métrica marcada em
centímetros, balança e calculadora científica.
Para a realização da avaliação da sensação de posição articular serão utilizados fita
adesiva, dois goniômetros e venda para os olhos.
Os exercícios proprioceptivos serão utilizados com auxílio de colchonetes, cama
elástica, terrenos irregulares, cones e bambolês.
7.5. Procedimentos para Avaliação da Sensibilidade Proprioceptiva
O teste utilizado para avaliar a propriocepção dos indivíduos neste estudo será o de
sensação de posição articular ativo. Para realização do mesmo utilizaremos o goniômetro
tradicional.
Durante o teste o indivíduo permanecerá na posição sentada, com os olhos vendados.
O examinador irá posicionar o membro do indivíduo na posição de 60° de flexão por alguns
segundos e retorna a posição inicial, posteriormente o atleta terá que realizar o
reposicionamento ativo do membro inferior e esse reposicionamento será medido.
35
7.6. Protocolo de Treinamento
O protocolo de treinamento (apêndice D), sugerido nos estudos de Lopes (2008),
Plentz (2008), Ardila, Portela (2010) e Baldaço (2010) será realizado durante oito semanas,
duas vezes por semana, com duração aproximada de 20 a 30 minutos.
Os exercícios serão realizados com os indivíduos sem calçados. O protocolo será
composto por quatro fases, cada fase terá a duração aproximada de quatro sessões, o
indivíduo só passará para fase seguinte quando a fase anterior se tornar de fácil execução.
36
8. CRONOGRAMA
ATIVIDADES
Pesquisa bibliográfica
Confecção do projeto
Entrega do projeto
1ª avaliação
Aplicação protocolo de tratamento
2ª avaliação
Análise de dados
Confecção do TCC
Entrega e apresentação do TCC
Correção entrega definitiva
Período: Fevereiro a dezembro de 2013
F M A M J J A S O N D
X X X X X X X X X X
X X
X
X
X X X
X
X X X
X X X X
X
X
37
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45
APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)
Eu,_________________________________________,
RG______________________,
abaixo qualificado (a), DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui
devidamente esclarecido sobre a participação dos atletas da categoria juvenil cujo sou
responsável, no projeto de pesquisa intitulado: Benefícios da fisioterapia preventiva,
através do treino de propriocepção na prevenção de lesões em membros inferiores em
jovens futebolistas, desenvolvido pela aluna Jéssica Alves Vicente, do curso de Bacharelado
em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, Paracatu- MG, quanto aos seguintes aspectos:
O futebol é uma modalidade esportiva de contato onde seus praticantes podem
desenvolver vários tipos de lesões. Os adolescentes tem maior predisposição ao
desenvolvimento destas lesões devido à imaturidade do seu sistema músculo esquelético
como também por iniciar cada vez mais cedo e com maior frequência a prática deste esporte.
A fisioterapia preventiva é de grande importância em escolinhas de futebol porque
através dela pode ser diagnosticado o risco de futuras lesões e assim preveni-las. No futebol
não se pode prever os acontecimentos e ações durante uma partida, exigindo que o atleta
esteja preparado para reagir aos mais diferentes estímulos, da maneira mais eficiente possível.
O treino proprioceptivo é utilizado na prevenção de lesões porque ele faz com que às
respostas articulares frente a esses estímulos sejam mais rápidas e eficientes.
O estudo não ocasiona nenhum desconforto ou risco. Os benefícios que esperamos são
diminuir a incidência de lesões em membros inferiores e quantificar quais são os maiores
fatores de risco para o desenvolvimento das mesmas.
Você tem garantido o seu direito de não aceitar a participação nesta pesquisa ou de
retirar sua permissão, a qualquer momento, sem nenhum tipo de prejuízo ou retaliação, pela
sua decisão. È garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na
pesquisa. Os dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de
publicação e produção para o grau de bacharelado em fisioterapia.
DECLARO, igualmente, que convenientemente esclarecido pelo pesquisador e por ter
entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.
Paracatu,________________________________________ de 2013.
46
QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Objeto da pesquisa
Nome: ......................................................................................................................
RG.: ........................ Data de Nascimento: ......./......./.............. Sexo: M ( ) F ( )
Endereço: .................................................................................................. nº .........
Bairro: ................................................................... Cidade: ....................................
CEP: .......................................................... Tel.: .....................................................
____________________________________________
Assinatura do responsável
Declaração do pesquisador
DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no Capítulo IV da
resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e
esclarecido do declarante acima qualificado para a realização desta pesquisa.
Paracatu, _____________ de 1013.
______________________________________________
Jéssica Alves Vicente
47
APÊNDICE B - AVALIAÇÃO
Nome_________________________________________________________________
Idade____________
Data
de
nascimento
___/___/__
Sexo___________________
Endereço___________________________________Cidade______________________
Telefone________________________________ Data da avaliação ____/_____/______
Antecedentes pessoais ____________________________________________________
Uso de medicamentos____________________________________________________
Exame físico:
Estatura_________ Peso________ Pressão Arterial _____ Frequência Cardíaca_______
Frequência Respiratória __________Temperatura ___________ IMC_______________
Trofismo ___________ Tônus____________ Membro dominante_________________
Testes:
Teste de gaveta anterior do joelho: __________________________________________
Teste de gaveta posterior do joelho:__________________________________________
Teste de Raspagem da Patela: ______________________________________________
Teste de Thompson: ______________________________________________________
Estresse em valgo: _______________________________________________________
Estresses em varo: _______________________________________________________
Teste de gaveta posterior do tornozelo:_______________________________________
Teste de gaveta anterior do tornozelo: ________________________________________
Teste de instabilidade Medial:______________________________________________
Sensação de posição articular MMIID:_______________________________________
Sensação de posição articular MMIIE:________________________________________
48
APÊNDICE C - ENTREVISTA
Nome___________________________________ Idade__________________________
1- Em qual posição você joga?______________________________________________
2- Há quanto tempo você treina?____________________________________________
3- Você sente algum tipo de dor ou desconforto nos membros inferiores?
( ) sim ( ) não
4- A dor é em qual membro? ( ) direito ( ) esquerdo
5- Ela exista há quanto tempo?______________________________________________
6- Você já sofreu algum tipo de lesão nos membros inferiores? ( ) sim ( ) não
7- Qual foi o tipo de lesão sofrida?___________________________________________
8- Qual foi o local da lesão?
9- Qual foi o lado afetado
10- Onde ocorreu o trauma?
Joelho ( )
Virilha ( )
( ) direito
( ) esquerdo
( ) jogo
( ) treino
Tornozelo( )
Coxa( )
11- Como foi tratada essa lesão? ( ) repouso ( ) com fisioterapia ( ) com uso de medicamentos
( ) sem tratamento ( ) cirurgias ( ) outros
13- Como Ocorreu a Lesão: ( ) Choque com adversário? ( ) Mudança de direção?( )
Realização de passe? ( ) Salto? ( ) Rotação? ( ) condução de bola? ( ) Outras?
49
APÊNDICE D - PROTOCOLO DE TREINAMENTO
Exercícios grau um:
 O atleta deve caminhar sobre uma linha de 10 metros desenhada no chão. Com um pé
em frente ao outro;
 Será realizada caminhada com a distância de 10 metros sobre diferentes planos
intercalados (colchonetes, piso, campo gramado e travesseiros), utilizando os
seguintes apoios: calcanhar, ponta dos pés e bordas lateral e medial dos pés;
 Será realizado deslocamentos rápidos com saltos e obstáculos em campo gramado
(durante 20 segundos);
 Os atletas realisaram arrancada, corrida e parada sem resistência em campo gramado
(durante 10 repetições);
 Os atletas deverão manter o equilíbrio unipodal, em campo gramado (durante 15
segundos com cada membro);
 Serão realizados saltos sobre a superfície de um colchonete durante 1 minuto;
 Os atletas deverão alternar entre saltar em apoio unipodal para frente e para trás, de
um lado para o outro. Saltar o mais rápido e energicamente possível. (exercício de 2
séries de 30 segundos).
Exercícios grau dois:
 Com apoio unipodal, o atleta deve passar objetos para o companheiro de trás, girando
apenas o tronco, sustentando-se primeiro com a perna direita e depois com a esquerda;
 O atleta deve alternar entre saltar na cama elástica para frente e para trás, de um lado
para o outro. Saltar o mais rápido e energicamente possível. (exercício de 2 series de
30 segundos);
 Na posição unipodal, em campo gramado, o atleta deve lançar a bola para o
companheiro durante 30 segundos.
 Os atletas devem executar um total de 10 agachamentos por série com braços à frente
e o apoio de um pé só; a outra perna permane em flexão de quadril e joelho.
 Em equilíbrio unipodal, o atleta deve manter a perna contralateral estendidas, tronco
flexionado e braços abertos em campos gramado (durante 15 segundos);
50
 Será realizado equilíbrio unipodal, em colchonetes (movimento de flexo-extensão de
joelhos);
 O atleta deve permanecer em equilíbrio unipodal, na cama elástica;
 Em dupla, os atletas devem ficar em equilíbrio unipodal, onde um companheiro tenta
desequilibra o outro.
Exercícios grau três:
 Em apoio bipodal e joelhos flexionados, os atletas devem buscar manter o equilíbrio
na cama elástica;
 Os atletas devem permanecer na posição unipodal, com a perna contralateral
estendida, tronco flexionado, procurando realizar movimentos alternados com os
braços. O exercício será realizado em campos gramados, com duração de 15 segundos
em cada membro.
 Será realizado movimento de abdução máxima dos quadris durante 30 segundos;
 O atleta executa um agachamento com os braços à frente e com o apoio de um pé só
sobre a cama elástica (evolução: execução com olhos fechados);
 O participante deve pular na cama elástica e realizar deslocamentos laterais, para
frente e para trás;
 O atleta deve permanecer em equilíbrio bipodal, salto e aterrissar em equilíbrio
unipodal (em campo gramado, evolução colchonete);
 Com apoio unipodal, o atleta passa objetos para trás, girando apenas o tronco,
sustentando-se primeiro com a perna direita e depois com a esquerda em cama
elástica.
 O atleta deve realizar um agachamento e flexionar e estender o membro contralateral
(durante10 repetições).
Exercícios grau quatro:
 Usando a cama elástica, em apoio unipodal, o atleta com os olhos fechados, deve
tentar manter o equilíbrio enquanto desenhava um círculo em um local pré-definido;
 Será realizada marcha sobre diferentes apoios (cama elástica, gramados, colchonetes e
demarcação no chão);
51
 O atleta deve pular em uma cama elástica, fazendo passes laterais (evolução: troca dos
passes por "cabeceio" na bola);
 O atleta deve pular na cama elástica tentando aparar a bola jogada pelos
pesquisadores.
 O atleta deve realizar saltos com aterrissagem em equilíbrio unipodal sobre a cama
elástica (durante 15 repetições);
 Devem-se realizar desvios laterais sobre a cama elástica.
 O atleta deve realizar movimentos de dorsiflexão em posição unipodal com apoio
apenas no antepé sobre uma escada;
 Flexão do joelho unilateral, extensão do quadril oposto e leve flexão. O atleta deve
manter na posição durante 15 segundos (sobre a cama elástica).