Barroso - A Outravoz

Transcrição

Barroso - A Outravoz
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXI, Nº 477
Montalegre, 31.08.2015
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
Pondras em movimento
Em Pondras uma dinâmica Associação que dá
pelo nome de «Pondras em Movimento» brinda os
seus conterrâneos com actividades culturais que
justificam bem o destaque. Além de juntar o povo
à volta das manifestações programadas, contribui
para enaltecer o ânimo barrosão dos seus filhos
espalhados por todo o mundo.
P2
Noticias de
A Malhada em
Paredes do Rio
Histórias de Vidas
Nos nossos dias, os livros surgem às catadupas
como cogumelos. Hoje, trazemos ao conhecimento
dos nossos leitores duas obras sendo que a
primeira, Histórias de Vidas, foi lançada em Lisboa
pela Chiado Editora, é da autoria dum grande
amigo de Barroso, Dr João Soares Tavares e trata de
coisas e vidas de barrosões.
P4
Férias Estragadas
O Dr Manuel Ramos faz uma exaustiva análise
de certos eventos de cariz municipal e, sem
rodeios, conclui que os ditos lhe estragaram as
férias.
Uma Incursão na PIDE no Norte
Enes Gonçalves conclui nesta edição a série
de trabalhos sobre a PIDE no norte do país e, em
particular, nos concelhos de Montalegre e Boticas.
Na próxima edição, este colaborador reaparece
com nova série de textos sob o título “Para a
História da 1.ª República parte II”. Desde já se
chama a atenção para esta nova apresentação
que, estamos certos, irá surpreender sobretudo os
montalegrenses.
P6
FAURECIA
Trata-se duma empresa recentemente criada
em Bragança que vai criar 500 postos de trabalho.
É um exemplo que o Dr António Chaves, como
economista e autor consagrado, mais uma vez, nos
dá a conhecer e que defende que, ao contrário do
que possa parecer, certas políticas seguidas pelos
municípios não trazem quaisquer progressos para a
região.
P7
Os Caminhos de S. Tiago
Para além d’Os Caminhos de S. Tiago que ainda
hoje são uma escola de vida, o Pe Vitor Pereira,
no post scriptm, fala da homenagem prestada ao
Fernando Moura que, segundo ele, não terá tido a
adesão de muita gente, a começar pela Santa Missa
em sua homenagem.
Tem razão o Pe Vitor, no entanto a falta
de pessoas pode ficar a dever-se à deficiente
divulgação do evento. A Câmara terá de rever as
políticas de comunicação que, tal como estão, não
chegam à maior parte dos barrosões.
P11
Muitas foram as manifestações
culturais do verão e, em particular,
do mês de Agosto. De algumas
fizemos o devido relato, de outras
não foi possível. Neste caso,
que nos desculpem os leitores
que supostamente se sintam
defraudados.
Esperamos
que
compreendam que um periódico
local como é o Notícias de Barroso
não tem meios para chegar a todo
o lado.
As festividades do verão são
indicadores de vida da população
de
Barroso
mormente
dos
emigrantes que gostam da terra
natal e por ela são capazes de tudo,
mesmo de sacrifícios se necessário.
Tudo bem.
O que já não se compreende é
que se façam actividades culturais
em aldeias vizinhas nos mesmos dias
e horas. A inevitável consequência
da dispersão das pessoas leva a que
alguns eventos não tenham (nem
podem ter) a devida projecção. E,
deste modo, todos ficamos a perder.
A autarquia através do pelouro
da cultura poderá ter neste capítulo
um papel moralizador.
Francisco Gonçalves com os vinhos MONT’ALEGRE
Francisco Gonçalves, enólogo
formado na UTAD (Vila Real), teve
a ideia inovadora de dar o nome
«Mont’Alegre» a uma produção de
vinhos de montanha. Montalegrense
com raizes em Vilar de Perdizes, faz
jus aos vinhos que antigamente deram
algum nome a esta terra fronteiriça.
Francisco
Gonçalves
propõe-se
apresentar uma marca de vinhos, já no
mercado, oriundos de vinhas do Alto
Douro com o estágio e envelhecimento
na vila de Montalegre.
Com um investimento de cerca
de 300 mil euros, o projecto tem duas
referências: Mont’Alegre Clássico Tinto
2013 e Mont’Alegre Clássico Branco
2014.
Postos à venda em diversos postos,
não só pela marca mas também pela
qualidade e novidade, os vinhos de
Francisco têm sucesso garantido.
O XXVII Concurso Pecuário da Raça Barrosã em Salto
A Associação Nacional dos Criadores
de Gado de Raça Barrosã promoveu, no
Parque Natural do Torrão da Veiga, de
Salto, o XXVII Concurso Pecuário da Raça
Barrosã.
Na mostra estiveram, segundo a
organização, mais de 80 animais e com a
nota particular de se ver, em cada ano que
passa, maior afluência dos produtores do
concelho de Montalegre, o que é sinal de
grande satisfação para todos.
Das terras de Basto e do Minho
continuam a aparecer os melhores
exemplares da raça barrosã mas os de
Salto, este ano, marcaram presença
destacada.
2
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
PONDRAS em Movimento
Actividades de Verão e Noite de Fados
No âmbito do programa de
actividades
desenvolvido
pela
Associação Pondras em Movimento para
o corrente ano, realizou-se no passado
dia 9 de Agosto, a Festa do Emigrante,
evento que já vem de edições anteriores.
O programa consistiu num lanche
convívio, acompanhado de música ao
vivo a cargo do artista Luís Muxima, que
brindou os presentes com variados estilos
e ritmos musicais e muita animação pela
noite dentro (ver fotos).
Na sequência deste, decorreram,
nos dias 10 e 18 de Agosto, mais dois
convívios, com vista à confraternização
dos residentes com os seus familiares
deslocados, reforçando assim laços
sociais e culturais.
O sucesso destes convívios leva
a Associação a querer fazer mais e
melhor. Nesse sentido, já está agendada
mais uma actividade, a Noite de Fados.
Aguardada com muita expectativa,
depois do sucesso da edição 2013,
será no dia 26 de Setembro e tem já
confirmada a presença da incontornável
fadista Cláudia Madur.
Os interessados em obter
mais informações sobre esta
actividade devem contactar a
Associação através do e-mail:
[email protected].
A associação aproveita para
agradecer a todos aqueles que
têm colaborado e contribuído
para o êxito das suas actividades.
Juntos somos mais fortes.
Associação
Movimento
MONTALEGRE
Morreu o escritor Bento da Cruz
por apagar os fogos.
Bento da Cruz nasceu a 22 de Fevereiro de 1925 na aldeia
de Peireses, freguesia da Chã, deste concelho de Montalegre.
Faleceu no Porto, no passado dia 26 de Agosto de 2015 e
foi sepultado na aldeia natal. Licenciado em Medicina pela
Universidade de Coimbra, exerceu nos Pisões como médico
contratado pela HICA, fixando residência no Porto.
Como escritor é autor de uma obra vasta de que
destacamos Planalto em Chamas, Ao longo da Fronteira, Filhas
de Loth, Contos de Gostofrio, Histórias da Vermelhinha, a
Fárria e Prolegómenos (3 volumes).
A sua obra consta em antologias. Foi director do jornal
Correio do Planalto, jornal quinzenário que fundou logo após
o 25 de Abril e se manteve inalterado, no seu formato, durante
40 anos.
A Câmara de Montalegre prestou-lhe muitas e variadas
homenagens.
(Ainda sobre Bento da Cruz ver o texto de Lita Moniz na
P13)
SABUZEDO
Homem aparece morto em casa
Gabinete de Inserção Profissional
Depois de uma curta paragem, está de volta ao
concelho de Montalegre o chamado Gabinete de Inserção
Profissional (GIP). A notícia foi tornada pública na assinatura
de um contrato entre a Câmara Municipal de Montalegre,
representada pelo presidente Orlando Alves, e o Instituto
do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP, IP), no rosto
de Jaime Abreu, diretor do Centro de Emprego e Formação
Profissional do Alto Tâmega. A sessão protocolar ocorreu
no auditório
da biblioteca
municipal onde o
líder da autarquia
começou por
explicar o porquê
desta retoma:
«a paragem
e o regresso
do Gabinete
de Inserção
Profissional
resultam das
orientações
do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Fomos
contemplados com a reinstalação deste gabinete e rejubilamos
com isso». Orlando Alves fala numa mais valia a todos os
níveis: «é mais uma oportunidade de emprego para alguém
que precisa. É também uma oportunidade muito grande para
os jovens que a partir de agora poderão pensar em múltiplas
facetas que vão dispensar a deslocação a Chaves ou a qualquer
outro ponto do nosso país».
Fonte: cm-montalegre
GRALHAS
O fogo atingiu o Larouco
No dia 22, um incêndio começou a lavrar na serra do
Larouco, bem lá no cimo na vertente para Gralhas. Em três
frentes, o fogo alastrou mais na frente leste para os lados de
santo André. Os outros focos não evoluiram muito porque
entretanto o nevoeiro e a noite de sábado para Domingo
carregaravam humidade que dificultou a progressão. No
Domingo, sobretudo à tarde, alguma chuva miudinha acabou
Pondras
em
José Afonso, de 74 anos, solteiro, natural de Padroso e
residente em Sabuzedo, freguesia de Mourilhe, faleceu no dia
20 de Agosto. Descoberto em sua casa, ainda foi transportado
para o Hospital de Chaves mas já sem vida. Ali foi autopsiado.
Segundo informações de pessoas da localidade, José tinha uma
vida de muitas carências e supõe-se que dependente do alcool.
Tinha 74 anos.
SEARA VELHA
P.e Diogo Martins homenageado
O Montalegense Pe António Diogo Martins foi
homenageado pelo povo de Seara Velha por ter completado 25
anos de permanência e aturado trabalho em prol desta terra, do
concelho de Chaves.
A iniciativa que partiu da Junta de Freguesia de Soutelo e
Seara Velha e teve a grande adesão da comunidade local.
Desta forma a comunidade manifestou ao Pe Diogo o seu
profundo sentimento de gratidão e justiça considerando que,
ao longo destes 25 anos, ele através da sua postura alegre
e sempre amiga foi um pilar da comunidade que a todos
conseguiu unir numa fraterna comunhão de sentimentos.
A circunstância foi aproveitada para se inaugurar a Casa
Mortuária de Seara Velha, obra levada a efeito pela Comissão
Fabriqueira da Paróquia que contou com a colaboração da
Junta de Freguesia, da Câmara Municipal de Chaves e dos
habitantes da localidade.
Parabéns ao amigo P.e Diogo cuja homenagem também
engrandece o povo barrosão.
GRIPE - sinal de esperança
A mutação constante do vírus “Influenza”, responsável pela
gripe, faz com que seja necessário tomar uma dose anual da
vacina. Pois bem, a ciência poderá agora ter dado um passo
decisivo para a criação de uma espécie de vacina universal
contra a gripe, adaptada e resistente a todas as mudanças do
vírus.
A revelação foi, dia 24 de Agosto, em duas das mais
prestigiadas revistas de ciência do mundo, a Science e a Nature
medicine.
Autarcas ameçam governo com não pagar a água
A guerra entre autarcas e Governo sobre a reestruturação
do setor das águas agudiza-se. Pela primeira vez, um tribunal
deu ordem de suspensão a um dos processos conduzidos pelo
Governo, nas Águas do Norte.
Desde que o processo de reestruturação do setor começou
que chovem processos em tribunal das autarquias contra o
governo. Sobre as ações principais não há ainda decisões,
mas o recurso de uma das providências cautelares (avançada
por nove municípios) abriu, pela primeira vez, uma brecha no
processo, ao decretar a suspensão da atuação de um dos novos
sistemas.
O governo diz que a decisão é inconsequente porque
a reestruturação está feita, mas há oito municípios que se
recusam agora a pagar a água porque a nova empresa está
(segundo os próprios) impedida de passar faturas.
CORTEJO CELESTIAL
LUIZA LOPES DA COSTA, de 77 anos,
casada com Domingos Gonçalves
Venâncio, natural da freguesia de
Reigoso e residente em Ladrugães,
faleceu no Hospital de Chaves no dia 18
de Agsto.
GLÓRIA DE JESUS DE MOURA, de
95 anos, viúva de Francisco de Jesus
Batista, natural de Padroso e residente
em Montalegre, faleceu no dia 18 de
Agosto em Chaves, sendo enterrada no
cemitério de Montalegre.
DOMINGOS GIL GONÇALVES DO
ANDRÉ, de 80 anos, casado com
Lucinda Alves Lopes, natural e residente
em Padornelos, faleceu no dia 19 de
Agosto.
JOSÉ FIDALGO, de 82 anos, casado
com Ana Lopes Gonçalves Fidalgo,
natural da freguesia de Paradela e
residente em Ponteira, desta mesma
freguesia, faleceu em 23 de Agosto.
JOSÉ RODRIGUES, de 91 anos, casado
com Maria Júlia Gonçalves Pereira,
natural de Cabeceiras de Basto, e
residente em Salto faleceu no passado
dia 21 de Agosto no Hospital de Chaves.
ALFREDO CORREIA BARROSO DE
AZEVEDO, de 73 anos, casado com
Maria Isabel Borralha Ribeiro, natural
da freguesia de Bucos, Cabeceiras de
Basto, e residente em Salto, concelho
de Montalegre, faleceu no Hospital de
Chaves no dia 22 de Agosto.
DOMINGOS DA SILVA, de 83 anos,
casado com Luisa Lopes Tomé, natural
da freguesia de Reigoso e residente em
Ladrugães, desta freguesia, faleceu no
dia 21 de Agosto 2015.
JOSÉ AFONSO, de 74 anos, solteiro,
natural de Padroso e residente em
Sabuzedo, freguesia de Mourilhe, onde
faleceu no dia 20 de Agosto, sendo
enterrado no cemitério de Mourilhe.
TERESA DE OLIVEIRA TEIXEIRA, de 93
anos, viúva de Adriano Morais Teixeira,
natural de Painzela, cabeceiras de Basto,
e residente em Venda Nova onde foi
sepultada, faleceu no passado dia 24 de
Agosto.
JOÃO BATISTA PEREIRA PIRES, de 76
anos, casado com Glória Pereira Martins,
natural e residente em Vila da Ponte,
faleceu no Hospital de Chaves no dia 26
de Agosto.
GLÓRIA DE JESUS LOPES, de 94 anos,
viúva de Amândio Ildefonso, natural e
residente em Montalegre, faleceu no
Hospital de Chaves no dia 26 de Agosto
2015.
ERMELINDA DA COSTA RODRIGUES,
de 97 anos, viúva de Bernardino
Lourenço, natural e residente em
Cambeses do Rio, faleceu no Hospital de
Chaves, no dia 26 de Agosto.
ARMINDA DA GLÓRIA DE JESUS,
de 92 anos, viúva de Manuel Fernandes
Pinheiro, natural da freguesia de Salvador
do Monte, concelho de Amarante, e
residente em Montalegre, faleceu no
Hospital de Chaves, dia 28 de Agosto.
ARMINDA AFONSO, de 91 anos,
solteira, natural e residente em Friães,
freguesia de Viade de Baixo, faleceu no
Hospital de Chaves no dia 30 de Agosto.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
3
Fusão dos jornais locais: estaria de acordo se...
Barroso da Fonte
Bento Monteiro, pseudónimo
que não consigo identificar,
mas que vem clarificando muita
coisa errada que por cá se passa e
se exerce, descaradamente, sem
que haja consequências para
os seus autores, escreveu neste
mesmo quinzenário de 17 do
corrente, mais de meia página,
com verdades como punhos.
Os pecadilhos que aborda já
vêm de longe e resumem-se
a fundamentalismos bacocos
que seria fácil ultrapassar se
não vingasse o ditado popular:
«quem está com o poder come,
quem não está nem come nem
cheira». Esta prática já vem do
Estado Novo. Mas extremou-se
com os excessos democráticos
ao longo dos quarenta anos
de regime, cada vez mais
corrompido e generalizado.
Na minha longa carreira
de jornalista (a caminho de
63 anos) de militância ativa,
combati muito atrevimento,
incomodei muito político (antes
e depois da revolução de Abril),
denunciei muita pulhice. Já fiz
alguns desses registos no livro
60 anos de jornalismo de causas
e casos (2013). Mas nunca é
excessivo repisar. Porque uma
das maiores virtudes deveria ser
a equidade social. E cada vez
ela ganha mais terreno.
Algumas dessas arbitrariedades
políticas tiveram consequências
imediatas. Cito a denúncia que
fiz no Jornal Notícias de Chaves,
de 9 de Maio de 1970, quando
assinei o artigo: «Procuramse 100 contos». A República
transcreveu esse artigo que
acusava a Câmara de Chaves de
pagar 170 contos por um carro
do lixo, quando esse carro, fora
reconstruido há sete anos. E não
valeria, agora, mais de 70. O
carro recolheu ao armazém, o
negócio foi desfeito e a Câmara
recuperou os 100 contos.
Estávamos no auge do chamado
«fascismo».
Um segundo caso passouse com a Universidade do
Minho. Foi criada por Veiga
Simão, em 1973. O ministério
encomendou o projeto da sua
localização à Profabril que
apontou o Campus universitário
das Taipas, no concelho de
Guimarães. Distava a 17 km da
cidade de Braga. Na altura Braga
era o dormitório de Guimarães e
usufruía da influência dos seus
gestores políticos. A verdade
é que quando tudo estava a
postos para iniciar as obras, de
acordo com o parecer técnico,
eis que as obras começam com
o restauro de um velho edifício
no Largo do Paço, na Rua do
Souto, em Braga. Acabara eu
de chegar a Guimarães, já na
altura como correspondente do
JN, funções que ai prossegui
até 1982. Passei a escrever
semanalmente no Notícias
de Guimarães «os temas ao
acaso». Nesses e noutros jornais
fui aflorando «o assalto» que as
politiquices fizeram à cidade,
onde vivo e da qual vim a ser
Vereador, a tempo inteiro e
deputado Municipal. Durante
doze anos, quer na CM quer na
AM, sempre lutei contra esse
tipo de arbitrariedades. A UM
moveu-me um processo judicial
que levou 6 anos a organizar.
Quando já tinha julgamento
marcado, tive conhecimento de
que o Presidente da Comissão
Instaladora da UM, tinha
(ele) 2 processos, no TIC de
Braga, tão melindrosos que se
encontravam em segredo de
Justiça. Nessa altura e, por esse
motivo, o meu julgamento foi
adiado sine die, isto é, até que
fossem julgados aqueles dois.
Como nunca foram julgados,
aquele que era contra mim
foi arquivado e o julgamento
nunca se fez. Tive pena porque
muitos catedráticos que vieram
a ser, nunca lá teriam chegado.
O tal arguido que me mandou
processar, foi transferido para o
Algarve. E lá morreu.
Já na Câmara de Guimarães e
como responsável dos Serviços
Administrativos e do pessoal
descobri uma fraude que durava
desde 1974 e que já tinha
custado 25 mil contos, atribuídos
a 2 guardas campestres, fictícios,
que eram promovidos, tinham
férias, assistência médica etc.
Descobriu a fraude em 1986.
Três anos depois, dois guardas
florestais que haviam sido
aliciados, foram condenados a
18meses de cadeia, com pena
suspensa. Com denunciante
e representando da Câmara
lesada,
fui
ouvido
em
julgamento. Nesse local, onde
nunca havia estado e nunca mais
estive, pude depor: Senhores
Juízes: estes guardas florestais
não têm culpa dos milhares de
contos deitados fora. Eu gostava
de ver aqui, nos seus lugares, os
responsáveis que, como chefes
e decisores políticos, criaram e
mantiveram tal situação durante
13 anos.
Um desses autarcas ainda
recentemente recebeu uma
comenda
das
mãos
do
Presidente da República.
Se tiver saúde e vida escreverei
tudo isto, em próximos tempos,
para memória futura.
Retomo as afirmações de Bento
O XXVII Concurso Pecuário da Raça Barrosã em Salto
A Associação Nacional dos
segundo a organização, mais
Das terras de Basto e do
Criadores de Gado de Raça
de 80 animais e com a nota
Minho continuam a aparecer
Barrosã promoveu, no Parque
particular de se ver, em cada
Natural do Torrão da Veiga,
ano que passa, maior afluência
de Salto, o XXVII Concurso
dos produtores do concelho de
Pecuário da Raça Barrosã.
Montalegre, o que é sinal de
este ano, marcaram presença
grande satisfação para todos.
destacada.
Na
mostra
estiveram,
os melhores exemplares da
raça barrosã mas os de Salto,
Monteiro exaradas na página 5
da última edição de Notícias de
Barroso.
Tenho moral para o afirmar
publicamente
mesmo
que
continue a figurar na lista negra
pela qual passei muitos anos.
De resto não me dei bem com
o exercício partidário. E, em
2011, desfiliei-me por razões
culturais, do partido pelo qual
fui eleito. Entre 1984 e 2009
assisti a muita injustiça, muita
subjetividade e muita hipocrisia.
Nunca esse partido tinha ou
voltou a ganhar as eleições em
Guimarães.
A experiência que fiz nessa
câmara, com 11 vereadores,
com 14 milhões de contos de
orçamento anual e com uma
oposição verrinosa que apenas
moderou os ímpetos quando
lhe foram distribuídos pelouros,
fez-me ver que a política usa
truques que serve muitos,
mas desagrada a muitos mais.
Percebendo que a impunidade
democrática, em política de
nível rastejante, vale mais do
que todas as boas intenções,
decidi produzir despachos que
vigoraram quatro anos. Dois
deles tiveram a ver com o apoio
a autores e artistas e também
com os critérios de distribuição
de publicidade a jornais, a
associações concelhias e a obras
de raiz. Ninguém contestou. Se
fossem aplicadas pela Câmara
de Montalegre, Bento Monteiro,
não teria razões para escrever
o justo reparo que fez e que
tem a máxima oportunidade.
Nesse artigo, transcreve Bento
Monteiro uma afirmação de
Orlando Alves na última AM:
«não espero nada da imprensa
local, uma vez que os 3 são todos
demasiadamente politizados.
Deveriam fundir-se num só,
onde todas as forças tivessem a
oportunidade de se expressar».
O Presidente da Câmara
reconheceu que os três jornais
do concelho de Montalegre
são todos iguais, dando voz à
opinião partidária que cada um
proclama. O que não disse é
que dois são pagos por aqueles
que o escrevem, o pagam e têm
que o fazer chegar aos seus
leitores. Mas só um e, por sinal,
o mais politizado, recebe toda
a publicidade institucional da
Câmara, subsídios em horas de
crise e colaboração técnica de
funcionários municipais. É essa
a réplica de Bento Monteiro,
o que corresponde àquilo
que sempre se passou com
esse órgão oficioso do partido
que gere a Câmara desde que
Carvalho de Moura perdeu a
presidência. «O que nos deve
preocupar a todos – afirma
Bento Monteiro – é a forma
como os dinheiros públicos são
aplicados e que muitas vezes
favorecem «apenas os nossos».
Como autarca com essa
responsabilidade, deparei-me,
em 1986, com o mesmo tipo
de tratamento na Câmara de
Guimarães, (urbana de 1ª classe
e com dimensão 15 vezes maior).
Em 21 de Abril de 1986 redigi e
ordenei a aplicação imediata:
«no fim de cada ano todos os
cinco jornais do concelho terão
que beneficiar de montantes
aproximados de publicidade
distribuída
pela
Câmara».
Durante 4 anos, essa matéria foi
cumprida rigorosamente e não
houve quaisquer reclamações.
Foi a igualdade de tratamento
que falou mais alto, fossem
de direita, de esquerda ou de
centro. Proceda Montalegre (e
todas as autarquias e governo)
do mesmo modo e acabará com
essa falsa maneira de aplicar a
democracia a todos os cidadãos,
sejam de esquerda, de centro ou
de direita. Em política séria não
vale tudo.
4
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
Histórias de Vidas
No dia 20 de Junho, em
para agradecer o gesto de
escrever e a divulgar a nossa
era um homem satisfeito não
execução quase perfeita das
Lisboa, teve lugar o lançamento
solidariedade (Ver foto). O livro,
terra e também por me ver
só pelo número de pessoas
músicas escolhidas.
da obra «Histórias de Vidas»
entre outras histórias, conta a
rodeado
ilustres
presentes no acto mas também
do Dr João Soares Tavares,
vida e obra de João Rodrigues
barrosões como foi o caso
por, dentre elas, ter alguns
especial ao Manuel Martins,
investigador apaixonado pelo
Cabrilho, o herói de 500
do Dr Domingos Lucas, Dr.
transmontanos
quem
vendanovense a residir em
norte e em especial pela nossa
ignorado pelos portugueses.
Artur Couto e Manuel Ferreira
o livro tem o seu particular
Lisboa, pela divulgação feita
terra de Barroso. A reunião
Editado pela Chiado Editora,
Martins. O tempo que é sempre
interesse.
porque
nas redes sociais. Deste modo,
decorreu no «Desassosego Bar
uma
prestigiadas
escasso e sobretudo na capital
a apresentação do livro foi
deu a conhecer a iniciativa a
e Café Livraria», na Rua de S.
editoras de Portugal, vai agora
ainda deu para uns minutos de
antecedida por um momento
outras pessoas que tiveram a
Bento.
correr mundo.
conversa e troca de opiniões
musical a cargo dum dos
adequada informação sobre o
com estes amigos barrosões de
seus netos o qual, apesar de
evento.
gema.
muito
No acto estiveram outros
amigos
barrosões
radicados
na capital a quem aproveito
das
mais
Gostei de lá estar para
acompanhar um ilustre amigo
de
Barroso
que
voltou
a
de
alguns
O Dr João Soares Tavares
para
Também
jovem,
mostrou
Um
agradecimento
um
CM
certo domínio sobre a viola e
Fotos do Dr Jaime Esteves
EXTRATO
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada no dia 31 de agosto de 2015, na Conservatória dos
Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo de Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Adjunta da Conservadora, em exercício de funções notariais, exarada a folhas 31 e seguintes do livro 982-A, ANTÓNIO
MARIA MACHADO BERNARDINO e mulher LUÍSA DIAS, casados em comunhão geral, ele natural da freguesia
e concelho de Esposende e ela natural da freguesia de Negrões, deste concelho, onde residem na Rua da Corga da
Cruz, n.º 2, declararam:
Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na freguesia de Negrões, concelho de
Montalegre:
- Prédio urbano situado em Serrães, no lugar de Negrões, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar, com
a superfície coberta de vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Ana Fernandes, sul e poente com E.D.P. e
do o nascente com o caminho público, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 329.
Que, apesar de pesquisas efetuadas, desconhecem se o imóvel alguma vez esteve inscrito na matriz rústica, encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na respetiva matriz
em nome da justificante mulher.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua
posse em mil novecentos e sessenta e seis, ano em que o adquiriram, por compra meramente verbal à então Hidroelétrica do Cávado, S.A.R.L.
Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, procedendo à sua conservação e restauração,
lá guardando os seus haveres, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado e sem qualquer tipo de oposição, há mais
de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o
direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo
no registo predial.
Cartório Notarial de Montalegre, 31 de agosto de 2015
O 1.º Ajudante,
(Assinatura ilegível)
Conta: :
Emol: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €
São: vinte e três euros
Registado sob o n.º 500
Notícias de Barroso, n.º 477, de 31 de agosto de 2015
Reapresentação do livro
José Miranda já tinha feito uma
primeira apresentação deste livro na
feira do livro de Montalegre, com o título
Esta obra relata a vida difícil que um
militar tem quando destacado em zonas
operacionais, com foi o caso da Guiné.
Estiveram presentes
O
senhor
da
presidente
CMM
Orlando
Alves, o Presidente da
Assembleia
Municipal
Dr. Fernando Rodrigues e
o Presidente da Junta de
Freguesia Aníbal Ferreira
que no uso da palavra
enalteceram as iniciativas
do autor incentivando-o a
continuar.
mas achou que o devia reapresentar
no salão da sede da junta da freguesia
de Ferral, junto dos seus amigos e
conterrâneos. É a terceira publicação
que o autor faz. É um trabalho saudável
e importante que deve ser realçado.
No final foi servido ou
lanche volante aos presentes.
Parabéns ao José Maria Alves
(Surreira)
Manuel Afonso Machado
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
5
Política municipal vista de fora
FÉRIAS ESTRAGADAS
Tal como há dias em que
não se pode sair de casa, assim
há anos em que não se pode
passar férias em Barroso. Ainda
o mês de agosto ia a meio e já
eu, olhando para trás, dei as
minhas férias por estragadas
e irrecuperáveis. Montalegre
tem cada vez menos encanto
para mim, sobretudo no mês
de agosto por haver ruído a
mais; e quanto mais observo
a política local, menos prazer
tenho em visitar Montalegre.
Era preferível alhear-me da
política local, como faz quase
toda a gente, para ter paz e
sossego, pelo menos durante
as férias. Mas como gosto de
contribuir para uma sociedade
melhor…
Entre os muitos desencantos
que arruinaram as minhas férias
grandes, refiro três episódios: a
Comenda da Ordem do [Des]
mérito atribuída a Fernando
Rodrigues; a II Semana do
Barrosão, em Salto, que devia
antes ser chamada a “Semana
do Barrosinho”; e o livro de
José Miranda Alves que tem
por título “Passagem por uma
guerra inútil”, mas que eu acho
que devia ser antes “Memórias
de um soldado poltrão”.
Mas vamos por partes.
1.º Desencanto: “A
COMENDA DA ORDEM
DO [DES]MÉRITO”
Cavaco Silva outorgou
a Fernando Rodrigues uma
comenda de mérito municipal
e ele aceitou-a. Confesso
que não esperava tal coisa do
PR pelas seguintes razões: F.
Rodrigues não deixou obra de
qualidade. Não é que não tenha
feito obra, porque qualquer
pessoa (até um rústico e um
inapto) faz obra se lhe derem
um orçamento anual de quase
30 milhões de euros. Qualquer
um com esse dinheiro espalha
muito alcatrão, faz muita
terra fresca e ergue muito
pardieiro, só que não é obra
de qualidade; não é obra que
trespasse gerações, não é obra
relevante e sustentável e que
leve à fixação de pessoas.
Fernando Rodrigues fez
muita obra porque lhe foi dado
muito dinheiro, mas é obra com
pouca qualidade; e também
estourou muito dinheiro: ponte
no monte, casa do ParqueNacional em Paradela, o
monstro do Multiusos equipado
com
cozinhas,
piscinas,
variante à Vila onde não passa
ninguém, Pista automóvel,
os dois Parques do Cávado
quando não tem gente para
meter num… No seu tempo o
concelho perdeu 17,4% das
pessoas (3.º pior resultado do
e comezainas para cima de
33 mil euros. Só o cantor M.
Carreira levou 19.557 euros,
mas depois temos os restantes
12 (doze) grupos musicais:
Grupo do Jogo do Pau; Os
Corajosos; Grupo de Cantares
de Salto; Cantares ao desafio Fernando de Bagulhão e Adão
Moura; Rapazões da Venda
Nova; Grupo de Cavaquinhos
da Raposeira; Amigos da
Sobreposta; Rancho Folclórico
de Beça (Boticas); Rancho
Folclórico da Venda Nova;
Rancho Dr. Gonçalo Sampaio
“Três episódios arruinaram as minhas férias
de verão: a Comenda da Ordem do [Des]mérito
atribuída a Fernando Rodrigues; a II Semana do
Barrosinho, em Salto; e o livro de José Miranda
Alves que devia ter por título “Memórias de um
soldado poltrão”.
país) por década; e agarrou-se
ao poder sem escrúpulos. Ora
nada disto é “mérito”, nem nada
disto merece reconhecimento
público. Isto é “desmérito”, isto
são factos.
Tal como eu não esperava
que, oferecendo Cavaco a
comenda, Fernando Rodrigues
a aceitasse, já que dizia do PR
“cobras e lagartos”. Ao apertar
a mão e esboçar um sorriso
ao Presidente não foi coerente
com o seu passado. Uma coisa
é certa: F. Rodrigues nunca
daria a Cavaco um pine ou um
simples crachá, muito menos
uma comenda!
2.º DESENCANTO:
“II SEMANA DO
BARROSINHO”
Pelo segundo ano, foi
festejada em Salto a Semana
do
Barrosão.
Pretende-se
valorizar o gado barrosão e
consciencializar as mentes
para o valor deste gado e
desta carne. Até aqui, estou
de acordo. No entanto, tudo
não passou de uma grande
festa com muito divertimento
(Braga); Tuna Universitária
do Minho, Bomboémia; e
Tun’ao Minho; depois temos
os lanches para convidados e
para o povo, depois temos os
confrades da carne barrosã,
depois temos a chega de bois,
etc… Como festarola, foi bom,
e “deixou satisfeito o edil”, mas
(para citar Bento Monteiro)
o que ficou depois da festa?
Praticamente nada.
Todavia, o que importava
era encontrar novos e melhores
mercados para o escoamento
da carne, e não foram
encontrados; o que importava
era saber como vamos produzir
mais carne, já que há (sem
dúvida) condições para isso;
o que importava era indagar
como é possível valorizar essa
carne de qualidade que está ao
preço da carne importada e da
que tem pouca qualidade; o
que importava era saber como
mudamos a mentalidade do
talhante que diz: “não vendo
dessa carne porque não rende
nada” ou do lavrador que diz:
“não quero desse gado porque
as crias parecem cabras”. Estes
problemas nucleares passaram
ao lado do encontro. Em
contrapartida sobrou ruído e
forrobodó.
Assim sendo, a Semana do
Barrosão não passou de mais
uma grande festarola e serve
sobretudo para antecipar as
festas concelhias do mês de
agosto para a segunda quinzena
de julho.
3.º Desencanto: “De
ferral a Madina do Boé:
MEMÓRIAS DE UM
SOLDADO poltrão”
Li o livro de José Miranda
Alves de nome “Passagem por
uma guerra inútil”. De uma
forma simples, sincera e em
“estilo chão”, ele descreve a
sua passagem como militar
pela Guerra Colonial na Guiné.
Há bastantes memórias da
Guerra escritas por oficiais,
mas escasseiam as memórias
escritas pelos praças. Por isso, o
livro é meritório e o argumento
sobre a Guerra Colonial foi bem
escolhido. Apesar de já terem
passado 50 anos, o autor ainda
se lembra de muitas coisas.
O seu livro dá-nos a visão
do soldado raso no teatro
de guerra, que é a visão de
um homem contrariado, de
um anti-herói e sem orgulho
nacional que, com a sua
ida à tropa e à guerra, está
simplesmente a fazer um frete
à pátria. É também a visão
do soldado pouco generoso,
que está a borrifar-se para a
pátria e para a História, que
diz que “não tem nada a ver
com aquilo”, que é “uma
guerra inútil”, que a tropa é
um “martírio”, que está sempre
pronto a desistir e que só entra
em combate se for empurrado
ou corrido a pontapé. A falta de
heroísmo é flagrante.
É a visão do homem aldeão
que nada sabe de História, de
geopolítica, da conquista de
Ceuta, do Infante D. Henrique,
dos Descobrimentos, do tratado
de Tordesilhas, da colonização
do Brasil e dos Bandeirantes, do
génio português, da expansão
da língua portuguesa no
mundo, dos óbvios benefícios
da colonização para os povos
tribais e da troca de culturas.
Enfim, o soldado que não se
revê no seio da história de
Portugal e na etapa final da
gesta dos Descobrimentos.
É um soldado mais
emocional do que racional,
pícaro, sempre contrariado e
contestatário. Depois, vem a
choradeira no momento da
partida e da chegada, o medo
de que o paquete de transporte
das tropas afunde; é o soldado
que, qual presidiário, conta os
meses intermináveis da tropa e
regista-os na colher do rancho:
1 risco = 1 mês; quando a
colher foi entregue nos adidos
em Lisboa tinha 21 riscos. A
única coisa que o faz feliz é a
licença à aldeia e as tainadas no
quartel. Tirando isso, é tudo um
castigo e um grande pesadelo.
E o heroísmo onde está?
Bem, há heroísmo, mas é
quando, encurralado, tem de
lutar para salvar a pele e para
escapar à fúria do morteiro 82
dos “Turras”. Sobre o heroísmo,
o autor é claro: “o meu
objectivo era defender a minha
vida e não a pátria ou aquela
terra”. Imagino a dificuldade
que os militares profissionais
teriam em lidar com esta tropa
fandanga que, para avançar
para o combate, tinha de ser
corrida a pontapé!
Portugal
nunca
pôde
prescindir, desde os alvores da
nacionalidade, do recrutamento
popular, mas lendo este livro
vejo como é melhor haver
tropas profissionais, dedicadas,
corajosas mas não temerários
e que não seja preciso, na
altura do combate, corrê-las à
biqueirada.
Falta-me
tempo
para
desenvolver duas ideias com
as quais não concordo: a ideia
de que a Guerra Colonial era
uma guerra inútil não era óbvia
nos anos sessenta em Portugal;
também a ideia de que há
guerra colonial porque não há
democracia é falsa se olharmos
para as principais potências
europeias do tempo e até de
hoje.
MANUEL RAMOS
cont. P7
6
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
VILAR DE PERDIZES
UM PARÁGRAFO
XXIX Congresso de
Medicina Popular
Um Parágrafo # 56 – Paciência
Vamos falando baixinho, sussurrando nos cantos mais escuros da
alma, dizendo que é necessário ter paciência. Tentamos convencernos da virtuosidade da mesma e dos patamares de excelência para
onde seremos transportados, ao conseguirmos adquiri-la. Esperamos
pacientemente, pois então. Esperamos ter a virtuosa bênção da
paciência, trazida pela tão desejada pachorra que, fleumaticamente,
nos transporta a um estado de indiferença perante o decorrer dos dias.
Somos pacientes, afinal de contas... Sabemos esperar e, ardentemente,
desejamos ser virtuosos. Pelo menos na paciência conseguiremos
almejar a ter alguma virtude. Quanto mais não seja, essa mesma
que nos faz desesperar por tentar esperar na impaciência de um
desejo que, invariavelmente, parece nunca mais chegar. Esperemos
pacientemente... então! Esperemos que a paciência não se esgote
antes mesmo de ele chegar para nos tornar pessoas ainda melhores
e plenas de paciência. Sejamos pacientes e observemos os moldes
em que a paciência se vai tornando no inferno que nos consome,
personificado num vazio completo de pacientes impaciências,
tornadas familiares pelos dias iguais que se somam às intermináveis
semanas que, num ápice, se convertem na despaciência de estar
permanentemente impaciente... por não ter paciência.
No próximo fim de semana, de 4 a 6 de Setembro, Vilar de Perdizes terá o Congresso
de Medicina Popular que tem o apoio da Câmara Municipal e da Associação da Defsa do
Património de Vilar de Perdizes..
O Congresso tem início às 15 horas do dia 4 com a inauguração, seguida de debates na
Casa do Povo de Vilar sobre «a transmissão da sabedoria popular» (16 horas) e «as artes do
curar» (21 horas). Pelas 23H30 terá lugar a Rota do Contrabando.
No sábado, dia 5, realiza-se um «workshop» designado por «Cozinhar com Urtigas»
a cargo de Martin Alvarez. Haverá ainda uma visita guiada pela aldeia, debates e a
apresentação do livro «Inverno Mágico II» de António Tizo.
João Nuno Gusmão
No Domingo, para além de mais debates à volta do misticismo e do oculto, o
Congresso conclui com uma confraternização entre os participantes.
Uma Incursão da PIDE no Norte de Portugal
(Continua do número anterior)
------------------Arnaldo Marques Mateus,
solteiro, alfaiate, 28 anos,
residente em Boticas, natural
de Codeçoso, Boticas.
Preso pela PIDE em 30-11952.
No interrogatório policial
disse
ter
sido
aliciado
por José Luís Monteiro,
proprietário de uma pensão
em Boticas, conhecido por
“Margarido”, que o apresentou
a um funcionário do Partido
Comunista, que lhe entregou
propaganda. A partir daí passou
a distribuí-la pelos membros da
Célula composta por: Albino
da Silva, José Luís Monteiro e
António Monteiro. Em seguida
passou a ser contactado por
outro funcionário e depois por
um terceiro, que a certa altura
deixou de aparecer.
Disse também que se
deslocava a Montalegre para
entregar propaganda (Avante,
Militante, etc.) ao Germinal
Alves Vieira.
Silva, Albertino Mendes, Dr.
comunista, mas simpatizante
suspensão de todos os direitos
Disse desconhecer a data
João António Landeiro Borges,
anarcossindicalista.
políticos por 5 anos, imposto
em que José Luís Monteiro
António Monteiro, Elísio Pereira
Júlio Pereira Mesquita nega
emigrou para o Brasil.
Brites, Florêncio Pinto Teixeira,
que tenha cometido os crimes
acréscimos
que,
Ilídio Alves Gomes, Joaquim
de que vem acusado.
libertados entre 5-6-1954 e 26-
depois de deixar de receber
da Silva Sequeira, Dr. João José
propaganda
último
Canavarro, Francisco Ribeiro
foram
funcionário, a passou a receber
Fonseca, Albino Olímpio Pinto
provados para os seguintes
Augusto Gaspar e Salvador
do Albino da Silva.
Salgado, Hirondino dos Santos
réus:
Pereira
Mais
Das
mostradas,
informou
do
que
lhe
foram
reconheceu
a
Isaías, Francisco Augusto Neves
e outros, disseram:
Lidos os quesitos, estes
considerados
Maria
Odete
não
de justiça 1000 escudos e
legais.
Foram
7-1954.
Dois
dos
réus,
Amália,
Carlos
sofreram
Gonçalves
penas muito mais pesadas, já
Lopes, Albertino Mendes, Dr.
porque eram portadores de
fotografia de Carlos Augusto
1º Negam a prática dos
António João Landeiro Borges,
um cadastro complicado, já
Gaspar, o último funcionário
crimes que lhes são imputados;
Júlio Pereira Mesquita, Elísio
porque os crimes de que eram
2º Que jamais estiveram
Pereira Pinto Teixeira, Manuel
acusados eram considerados
Fernandes,
mais graves.
com quem contactou.
filiados no PCP.
Landeiro
O Julgamento
Borges
acrescentou que recebeu o
funcionário
Ribeiro
Fonseca e Raúl dos Santos.
A
quem
interessar:
o
10 Réus, cerca de um
nomearam
sua casa por cortesia. Que é
terço, ficaram absolvidos e
retirei estas informações, é o
advogado e prepararam a defesa
democrata, adversário da atual
foram libertados, os restantes
do julgamento efetuado no 1º
a apresentar no julgamento que
situação política e que não tem
17 foram condenados a penas
Juízo Criminal do Porto em 30-
veio a efetuar-se no 1º Juízo
afinidades com o PCP.
réus
Criminal do Porto 3m 30-111953.
No
julgamento,
processo
judicial
do
qual
muito semelhantes. Para as não
11-1953, várias vezes referido
Arnaldo Marques Mateus e
mencionar todas, indico uma
no texto.
José Mendes dos Santos Ferreira
só sentença que reproduz a
confirmam
realidade das condenações:
as
contestando a acusação que
feitas na PIDE.
lhes fez o Agente do Ministério
Manuel
Público, os réus Albino da
Partido
Francisco
em
Os
do
Soares,
Alexandre Vieira
disseque
declarações
- 6 Meses de prisão a
Fernandes
nunca
foi
MAPC
Encontra-se depositado no
Arquivo Distrital do Porto e à
disposição do público.
cumprir na Cadeia de Caxias,
multa
de
2000
escudos,
José Enes Gonçalves
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
7
POLITICAMENTE FALANDO!...
POLITICAMENTE FALANDO
- Incêndio no Larouco…
Um Crime sem Perdão…
Tal
como
nos
anos
anteriores,
neste
verão
voltamos a assistir ao flagelo
dos incêndios um pouco por
todo o país, aos quais Barroso,
para mal dos nossos pecados,
não escapou à regra. Mais
uma vez assistimos ao queimar
da nossa floresta!… Depois
dos pinheirais das “touças”
de Meixedo, situadas algures
naquela que vulgarmente é
conhecida pela Serra da Lagôa,
seguiu-se-lhe o hediondo crime
perpetrado contra o Larouco,
que dizimou parte significativa
da sua flora, transformando-o
num manto de carvão que
demorará anos a apagar e a
recuperar espécies que pelas
circunstâncias foram obrigadas
a procurar outros locais de
refúgio e sobrevivência.
Perante
tão
hediondo
crime, será pois legitimo
perguntar a quem de direito,
que politica está a ser seguida
na prevenção e combate aos
incêndios, para que de uma vez
por todas os montes deixem de
continuar a arder da forma que
ardem, e ao “belo prazer” de
um conjunto de energúmenos,
cuja única intenção é o lucro
ou pura malvadez.
Gastam-se
“rios
de
dinheiro” em planificação, em
políticas de prevenção, mas
os resultados, designadamente
nestas “terras abandonadas”
de Barroso que o Poder
Central resolveu esquecer, são
praticamente nulos. Raramente
se ouve falar na detenção e
julgamento da bandinagem
que não hesita em levar por
diante as suas intenções, e
quando assim é, o crime acaba
por compensar…
Posto isto, não será tempo
de atacar o problema pela
prevenção,
aproveitando
grande parte do investimento
que é feito no combate aos
incêndios, e empregar esses
recursos,
apostando
num
sistema de vigilância via
satélite, usando as novas
tecnologias?!...
Em tempo de eleições,
o debate deve ser por isso
reaberto e recentrado do lado
do ordenamento, da prevenção
e do investimento contra a
desertificação e sobretudo falar
menos, mas melhor. Há quantos
anos se fala deste assunto?!...
Quantos estudos e projectos já
foram realizados?!... Quantos
cadernos bonitos estão nas
gavetas dos Ministérios, e
quantos seminários e reuniões
com mesas floridas já se
fizeram?!... Quanto dinheiro o
país já investiu nesta área de
investigação e da ciência ao
serviço da floresta?!... E quais
os resultados?!... E que floresta
temos?!...
É pois sobre tudo isto que
é preciso reflectir, sob pena
de continuarmos a sentir a
revolta de ver depauperado
um património que é de todos
nós, e cujo último exemplo
é o “nosso Larouco”, que
energúmenos
resolveram
destruir neste último mês de
Agosto. Se nada fôr feito,
todo esse vasto património
natural continuará à mercê dos
algozes e com consequências
imprevisíveis a nível ambiental
e económico para o país.
Chegou
a
hora
do
conhecimento produzido nos
gabinetes ser transportado
para o terreno. A rede viária
florestal, as faixas de protecção
dos aglomerados urbanos, o
ordenamento e a diversidade
das espécies florestais e a
limpeza das bermas, não
se fazem no conforto dos
gabinetes.
Trabalho
real,
objectivo e concreto na floresta,
é tudo o que precisamos!...
Quanto aos criminosos, cadeia
com eles…
Este é pois o novo paradigma
que precisamos abraçar!... Sem
calculismos, sem interesses e
sem acusações…
Multinacional que atua na
produção de componentes para
a indústria automóvel assinou,
a meados do mês de julho,
com a AICEP, um protocolo
de investimento de 45 milhões
de euros. Propõe-se abrir 500
novos postos de trabalho ao
longo dos próximos três anos.
Um dos importantes clientes
da Faurecia é a Citroen
Constitui
um
fator
primordial de criação de
emprego na região. Sem
emprego não há fixação de
pessoas, nem desenvolvimento
social e económico. Esta
unidade fabril instalada no
nordeste transmontano é uma
das seis do grupo Faurécia a
funcionar em Portugal. Tem
uma faturação anual de 315
milhões de euros e espera
também duplicar esse valor
dentro de três anos. É uma das
maiores fornecedoras mundiais
de equipamentos automóveis e,
segundo o presidente da Câmara
de Bragança, hoje “nove em
cada dez produtos vendidos
no concelho são produzidos
pela Faurecia”. A Câmara
comprometeu-se a estabelecer
uma linha de transportes
urbanos tendo em consideração
a expansão da empresa situada
no limite da cidade e construir
acessos externos à nova unidade
que vai ocupar uma área de dez
mil metros quadrados.
Não se conhecem as
facilidades concedidas por
Portugal, como é usual nestes
casos mas foram certamente as
necessárias para vencer a corrida
com outra unidade do mesmo
grupo, situada na República
Checa. A empresa mãe atua
em quatro grandes áreas de
negócio: a Faurecia é um dos
maiores fornecedores mundiais
de equipamentos automóveis,
com quatro áreas de negócio:
assentos, instrumentos, cockpits,
catalisadores (escapes) e capas
de assentos. Entre os principais
clientes estão a Mercedes,
Jaguar, Land Rover, Citroën ou
Seat.
O concelho e indiretamente
todo o Distrito de Bragança
está a receber fortes impulsos
para um novo horizonte de
desenvolvimento sustentável.
Além da Faurecia surge
agora a oportunidade de aceder
a uma importante linha de
TGV em construção, com uma
paragem prevista em Puebla
de Sanábria que colocará
tranquilamente a população
local em contato com os
grandes centros de Espanha e
da Europa.
O Fundo de Fomento
de
Exportação,
depois
transformado em ICEP, Instituto
Português de Exportação, a que
juntaram mais recentemente
a Agência de captação de
investimentos, deu origem à
designação do atual AICEP. Foi o
meu primeiro local de trabalho,
quando terminei a licenciatura
em Economia. Era um instituto
público de excelência onde
70% dos colaboradores tinham
uma licenciatura e a média de
idade dos colaboradores andava
pelos 29 anos, quando ocorreu
do 25 de Abril de 1974.
Trabalhei lá perto sete
anos amealhando uma útil
experiência sobre os negócios
internacionais
que
depois
integrei no ensino superior, a
que me dediquei durante vinte
e cinco anos.
Participei
ativamente
nas primeiras negociações
que
conduziram
ao
restabelecimento das relações
diplomáticas com a União
Indiana e recordo-me de como
eles nos olhavam complacentes
quando nós exprimíamos as
nossas inquietações quanto
à resolução dos problemas
sociais e económicos surgidos
na sequência do 25 de Abril de
1974. Durante um dos almoços
um dos representantes da India
perguntou ao elemento sentado
ao meu lado.
- Quantas pessoas vivem
atualmente em Portugal?
- Dez milhões respondeu,
prontamente.
Com um sorriso e alguma
condescendência, disse para o
meu colega:
- Dez milhões? Mas isso
representa apenas o aumento
anual da população da Índia!...
Nesses e nos anos seguintes
dispus-me a ajudar Barroso a
procurar novas oportunidades
para o seu desenvolvimento,
explicando, por exemplo, até à
exaustão o seu posicionamento
favorável à atração de empresas
fabricantes de componentes
colossos da indústria automóvel
francesa, tinham as suas linhas
de montagem bem perto das
nossas barbas. A Renault na
zona de Vigo e a Peujot na
Província de Leão. Os parques
empresariais construídos pelos
espanhóis rapidamente ficaram
a romper pelas costuras e
os ao norte no Minho, perto
da fronteira, registaram o
mesmo impulso, tendo em
conta as diferenças nos custos
do trabalho entre Portugal e
Espanha. Dei conta de tudo isso
aos nossos autarcas, defendi
essa iniciativa até à exaustão,
mas não valeu de nada. E o
que mais me confrange é que
a situação de emprego em
Montalegre é cada vez mais
dramática e ninguém se dá ou
se quer dar à atenção de que o
assunto merece, delapidandose em contrapartida, recursos
inestimáveis em ações de
propaganda política e de
notoriedade, sem qualquer
reflexo visível na melhoria do
acesso ao emprego por parte da
população local.
Domingos Chaves
(Texto escrito segundo o
antigo acordo ortográfico)
FAURECIA, uma empresa multinacional duplica a produção
e vai criar 500 novos postos de trabalho em Bragança
8
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
Salto
A Recriação da Malhada em Paredes do Rio
Paredes do Rio, uma das
aldeias mais típicas do concelho
de Montalegre, através do
dinamismo
da
Associação
Social e Cultural de Paredes
do Rio (ASCPR), todos os anos,
tem vindo a fazer a Malhada,
tal qual se fazia nas terrras de
Barroso e Trás-os-Montes antes
da revolução provocada pelas
máquinas que aconteceu a
meados do século passado.
Em Paredes, nos primeiros
dias de Agosto, altura própria da
malhada do centeio, acontece
um espectáculo digno do maior
apreço. Ali se pode ver um
retrato fiel de como se faziam
as malhadas antigamente. Com
malhos puxados por homens
perfilados frente a frente que, em
passos lentos, batem a palha pra
dela saltar o grão. Se a eira não
é coberta de bosta de vaca, não
falta o panal para suster o grão,
e após o batimento da palha,
engaçar e juntar a palha em
molhos, aprveitar a lguma para
os colmos, varrer a eira, juntar e
ensacar o centeio, etc. etc.
Penso que, em poucas
localidades do país, se fará
uma malhada nestes moldes.
E é interessante ver que alguns
jovens já aprenderam a “virar” o
malho, seguindo o exemplo de
José Carlos Moura, presidente
da referida associação local,
que, este ano, alinhou ao lado
dos mais antigos a puxar com
todo o acerto.
Parece, no entanto, que não
lhe é dada a importância de que
o espectáculo se reveste. Não
faltou gente em Paredes, é certo
mas penso que justifica outras
atenções por parte de quem
gere as actividades culturais do
município.
Também não deixa de ser
caricato que, nesse mesmo dia
e em aldeias situadas na mesma
zona do concelho, se realizem
outras actividades culturais
igualmente
apoiadas
pela
Câmara Municipal. Ao contrário
do que devia acontecer, parece
que o individualismo e a
indepedência das aldeias se está
a incentivar. Isto não pode ser.
É certo que as pessoas
são livres de realizar os
seus projectos de acordo
com o que determinam as
respectivas associaçãoes, mas
o município deverá pensar
numa normativa e regulamentar
essas manifestações sobretudo
quando elas são objecto de
algum apoio por parte do
município.
Se assim não for, os eventos
não terã a projecção esperada e
as pessoas começam a desistir
e perdem as aldeias e perde o
concelho.
Foi nesta mesma perspectiva
que falámos com José Carlos
Moura que muito se tem
empenhado na valorização de
Paredes e que se pode orgulhar
de ter grande apoio de toda a
gente da terra.
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10
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA
ANA RITA FERNANDES SÁ – CHAVES
EXTRATO
Certifico para efeito de publicação que, por escritura outorgada hoje, na Conservatória dos
Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na
Avenida Pedro Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 12-B, a fls. 58 e seguintes, JOÃO
GONÇALVES FERNANDES, natural da freguesia de Santo André, concelho de Montalegre, onde residem na rua da Encruzilhada, casado
com Maryline da Silva Antunes em comunhão de adquiridos e por ela devidamente autorizado para a prática deste acto, declara:
Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis, ambos situados no lugar de Travessa, freguesia
de Santo André, concelho de Montalegre:
UM - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar
do norte com Deolinda Gonçalves Paulino, nascente com estrada municipal, sul com João Vaz Damião e poente com caminho, inscrito na
respectiva matriz sob o artigo 2502.
DOIS - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do
norte com António Santos Damião, nascente com estrada municipal, sul com João Pires Barros e poente com caminho, inscrito na respectiva
matriz sob o artigo 2503.
Estes prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.
Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse, por
volta do ano de mil novecentos e noventa e três, ano em que os adquiriu, ainda no estado de solteiro, por compra meramente verbal que
deles fez, o identificado sob o número um, a António Santos Damião, viúvo, já falecido, residente que foi no lugar de Ribeirão, freguesia
de Antas, concelho de Vila Nova de Famalicão e o identificado sob o número dois, a João Vaz Damião, viúvo, já falecido, residente que foi
na referida freguesia de Santo André.
Que desconhece os segundos ante possuidores dos prédios, bem como a proveniência dos artigos, devido à antiguidade das transmissões.
Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém, sempre tem usado e fruído os prédios, cultivando-os, colhendo os seus
frutos, usufruindo dos rendimentos por eles proporcionados, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração
com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o
que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os prédios
por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.
Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais
Está conforme.
Chaves, 18 de Agosto de 2015.
A notária,
A colaboradora, por delegação de poderes, nos termos do n.º1 do art. 8
do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto, pela notária
USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.
Barros Fernandes, exarada a folhas 16 e seguintes do livro 982-A, ACÁCIO RUA e mulher
MARIA JÚLIA GONÇALVES DA COSTA, casados em comunhão geral, naturais da freguesia
da Chã, deste concelho, onde residem no lugar de Castanheira, na Rua Direita, n.º 50, declararam:
Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na freguesia da Chã,
concelho de Montalegre:
- Prédio rústico situado em TORGUEDA, composto de palheiro, com a área de quarenta metros
quadrados, a confrontar do norte com Manuel Pinto, sul com José Gonçalves da Costa e do nascente
e poente com o caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8527.
Que este prédio estava inscrito na matriz antes do ano de mil novecentos e noventa e sete sob o
artigo 5933, encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e
está inscrito na respetiva matriz em nome do justificante marido.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio,
mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e setenta e nove, ano em que o adquiriram por partilha
meramente verbal por óbito de seus sogros e pais João Gonçalves da Costa e Izabel Gonçalves da
Costa, residentes que foram no mencionado lugar de Torgueda.
Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, lá guardando os utensílios
e as alfaias agrícolas, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração
com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado e sem
qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública,
pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por
Está conforme.
Cartório Notarial de Montalegre, 18 de agosto de 2015
O 1.º Ajudante,
£ Ana Maria Domingues Fernandes Tomaz – 282/1
£ Sandra Cristina Ribeiro Fernandes – 282/2
Conta/recibo registada sob o n.º
Notícias de Barroso, n.º 477, de 31 de Agosto de 2015
(Assinatura ilegível)
Conta: Artigos:
“
Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €
São: vinte e três euros
Registado sob o n.º 436
AGRADECIMENTO
GLÓRIA DE JESUS DE MOURA
(95 anos)
A família de GLÓRIA DE JESUS DE MOURA vem por este único meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à última morada no cemitério
de Montalegre e participaram na Missa de 7.º Dia, e ainda a aquelas que, não podendo estar presentes,
duma ou doutra forma se lhes dirigiram a manifestar a sua solidariedade e o seu pesar.
A todos MUITO OBRIGADO!
A Família
Barroso
Noticias de
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Notícias de Barroso, n.º 477, de 31 de agosto de 2015
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
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Os Caminhos de S. Tiago
Pe Vítor Pereira
Os caminhos que vão
dar a Santiago de Compostela
estão outra vez na moda e
não param de ter peregrinos
estoicos e obstinados todos os
dias, de diferentes identidades
e organizações e com as mais
variadas motivações. Convém
percebermos um pouco como
é que estes míticos e afamados
caminhos nasceram e com que
espírito os devemos percorrer.
Em primeiro lugar, no
respeito pela verdade histórica,
vale a pena lembrar que
dificilmente o Apóstolo S. Tiago
terá estado em Compostela
ou terá andado a evangelizar
a Hispânia. Não há nenhum
documento da Igreja que o
comprove, nem qualquer outro
documento histórico fidedigno
que o ateste. S. Tiago terá ficado
por Jerusalém e arredores,
sendo o primeiro apóstolo a
sofrer o martírio em nome da fé
BOTICAS
Festa da Sra da Livração
Boticas acolheu, no dia
15 de agosto, os milhares de
romeiros que se deslocaram
até à vila barrosã para assistir à
grandiosa procissão das festas
de concelho, o momento mais
importante das festividades em
Honra de Nossa Senhora da
Livração.
cristã, como tão bem a liturgia
nos ensina. A sua viagem pela
Hispânia foi uma «invenção».
S. Jerónimo (séculos IV e V)
deixou o rastilho: expressou nos
seus escritos que a Hispânia foi
evangelizada por um apóstolo. Se
assim foi, ao longo dos tempos,
foi ganhando força a convicção
de que o túmulo desse apóstolo
estaria algures num lugar
desconhecido da Hispânia. Mas
como criar o «facto»? Recorreuse ao estratagema habitual:
criou-se e divulgou-se uma lenda
ou um fenómeno espantoso. No
século IX (820-30), um eremita
chamado Paio contou que, numa
certa noite, viu umas estrelas ou
umas luminárias a arder sobre
um bosque (Compostela). Outros
fiéis confirmaram que também
viram o mesmo. O então
Bispo da Galiza, Teodomiro,
deu crédito ao testemunho do
eremita e dos fiéis e resolveu ele
mesmo inteirar-se do assunto e
desvendar o mistério. Dirigiu-se
à zona densa do bosque, onde
descobriu um pequeno oratório.
Não teve a menor dúvida que se
tratava do túmulo do Apóstolo
S. Tiago. Mandou construir no
local uma Igreja (mais tarde até
o bispo ali estabeleceu a sua
residência), que foi dotada de
privilégios régios pelo rei das
Astúrias, região a que a Galiza
estava anexada, Afonso II,
também ele convencido que se
tratava de um facto com marcas
de autenticidade. Assim nascia
o culto hispânico de S. Tiago,
centro de uma das peregrinações
mais concorridas da história do
Cristianismo. Uma rede de vias
e caminhos, tanto terrestre como
marítima, foi construída para que
peregrinos de todo o mundo,
cada vez em maior número,
sobretudo da França, país mais
povoado da época, pudessem vir
tocar as relíquias do apóstolo ou
pedir ou agradecer alguma graça
ao apóstolo.
Sabiamente instrumentalizado por bispos e reis, o culto jacobeu (culto de Santiago) teve duas
grandes finalidades: fortalecer a
fé dos cristãos hispânicos, «enraizada» no ensino e «abençoada» por um dos apóstolos mais
importantes de Jesus, no combate contra a investida do islão pela
Península Ibérica, investida que
teve o seu início em 711, e retirar do isolamento e alfabetizar
a região hispânica, então pouco
civilizada, que tinha grandes territórios semisselvagens, incultos,
rudes, ecléticos, cheios de contradições e de desordem cultural
e social. Para o poder político, o
culto a S. Tiago foi uma bênção
vinda do céu, que, como motor
agregador e unificador, serviu
para se reconstruir a Hispânia e
se criar unidade e consistência
social, cultural e religiosa. Grande intervenção neste campo teve
o monaquismo cluniacense (Ordem de Cluny, mais tarde também a Ordem de Cister), nascido
no século X, desde cedo detentor de grande respeito e prestígio,
que gozava da simpatia dos reis
hispânicos (Astúrias e Leão), estabelecendo-se em zonas nevrálgicas dos caminhos, assim como
da Hispânia.
Hoje, como sempre, os
caminhos de S. Tiago são uma
escola de vida e uma ação que
possibilita o encontro com a
vida, consigo mesmo, com os
outros e com Deus. Segundo
os peregrinos, são muitas as
motivações, umas mais nobres
do que outras, que os levam
a calcorrear estes caminhos
históricos e míticos: libertação
do peso do quotidiano, testar os
limites, solidariedade e atenção
aos outros, aprender que se
pode viver com sobriedade,
contemplação e encontro com
Deus através da natureza,
desporto e aventura, busca de
Deus e aprofundamento da fé.
Se esta última é a motivação
que nos leva a Santiago de
Compostela, tão importante
como o ir até lá, é depois a
viagem de regresso, porque
seremos pessoas diferentes,
mais humanas e mais maduras,
cristãos mais autênticos e
comprometidos, seres humanos
mais polidos e solidários. Oxalá
PS - No dia 13 de
Agosto, realizou-se uma justa
homenagem ao Senhor Fernando
Moura ou Fernando do Barracão,
como era mais conhecido. Do
programa constou: uma missa
de memória na capela do
Senhor da Piedade, colocação
de uma lápide comemorativa
e de reconhecimento junto
ao chegódromo e à noite,
segundo percebi, um jantar de
homenagem.
Honestamente,
fiquei
surpreendido
pela
presença de pessoas na missa:
estiveram presentes os filhos, a
autarquia e mais alguns amigos.
Talvez aí 30 a 40 pessoas. Se numa
homenagem consta a missa, esta
é o momento mais importante
da homenagem, para além de
qualquer lápide ou palavras
bonitas ao jantar. Julgo que
os momentos da homenagem
foram bem divulgados pela
Associação Boi do Povo e a hora
não era despropositada. Houve
uma grande falha dos amigos
do Senhor Fernando Moura e
adeptos das chegas de bois em
geral, que muito lhe devem. Da
minha parte, como arcipreste,
só me resta concluir que missas
em homenagens é para acabar.
Ao Domingo, na missa, cabem lá
todas as memórias dos falecidos.
Grupo Musical Albatroz e do
conceituado artista da música
popular portuguesa, José
Malhoa. Por último, teve lugar
o tão aguardado espetáculo
pirotécnico.
No domingo, foi a vez de
subir ao palco o grupo musical
“Minhotos Marotos”, que
proporcionou, através do seu
reportório de música popular, às
centenas de pessoas presentes.
região do país.
O concurso contou com a
participação de cerca de meia
centena de exemplares da raça,
que foram avaliados pelo juiz do
CPC, Luís Catalan, coadjuvado
pelo comissário João Silvino,
também do CPC, e pelo médico
veterinário do município, João
Paulo Costa.
Pedro Moura, criador de
cão de gado transmontano,
afirmou que “a paixão por estes
animais surgiu já há alguns
anos, quando decidi arranjar
um cão para ter em casa. Tive
conhecimento da existência
desta raça, consegui ter um
exemplar e desde aí comecei a
fazer criação”.
Depois das exibições e
da avaliação do júri foram
entregues os prémios a cada um
dos vencedores das categorias
do concurso. A atribuição
dos prémios ficou a cargo do
Vice-presidente da Autarquia,
Guilherme Pires, e da Vereadora
Maria do Céu Fernandes.
Esta edição do concurso
ficou, ainda, marcada pela
doação de dois exemplares da
raça (macho e fêmea), feita pela
ACCGT ao Boticas Parque –
Natureza e Biodiversidade.
associou-se à iniciativa, atuando
gratuitamente.
Aproveitando a época do
ano, em que os emigrantes
regressam à terra, foram
muitos os que fizeram a sua
contribuição para a Associação
Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Boticas (AHBVB),
através do pagamento simbólico
de 5 euros de entrada.
A iniciativa serviu
também para aproximar os
bombeiros da população local,
sensibilizando-a para o papel
importante que estes homens
e mulheres têm na sociedade,
arriscando, muitas vezes, a
própria vida em prol dos outros.
O Presidente da AHBVB,
Fernando Queiroga referiu que,
“é importante que as pessoas se
associem a esta causa e apoiem
os bombeiros, só assim se torna
possível reforçar e melhorar
a qualidade dos serviços que
prestamos à população do
concelho de Boticas”.
O Comandante dos BVB,
Carlos Gomes, agradeceu o
facto de muitas pessoas terem
contribuído para esta causa
e aproveitou o momento
para fazer um apelo, “temos
um corpo de bombeiros
relativamente jovem mas toda
a ajuda é bem-vinda, por
isso, quem quiser e assim o
pretender, não hesite em fazer
parte desta família”.
II Concurso de Cão de
Gado Transmontano
Esta é uma das procissões
mais importantes da região
pela fé e devoção dos milhares
de fiéis que participam no
imponente cortejo. Este ano,
desfilaram pelas ruas da vila
30 andores, abrilhantados com
flores naturais e com os santos
padroeiros de todas as freguesias
do concelho botiquense.
A acompanhar a procissão
esteve a tradicional Cavalaria da
GNR, a Fanfarra dos Bombeiros
Voluntários de Vila do Conde, a
Banda Musical de Vila Verde da
Raia, a Banda Musical Flaviense
“Os Pardais”, a Banda Musical
de Pinheiro da Bemposta, a
Banda Musical de Lousada,
Escuteiros e Bombeiros
Voluntários de Boticas.
A animação da noite
de sábado ficou a cargo do
A Praça do Município
acolheu, no passado dia 12
de agosto, a segunda edição
do Concurso de Cão de Gado
Transmontano. A iniciativa,
organizada pelo Município de
Boticas, que conta com o apoio
da Associação de Criadores de
Cão de Gado Transmontano
(ACCGT), do Clube Português
de Canicultura (CPC) e da
Trás-os-Vet - Sociedade de
Medicina Veterinária, tem como
principal objetivo a preservação
e divulgação do Cão de Gado
Transmontano, raça originária
da zona nordeste de Trás-osMontes e que é considerada
património genético desta
Bombeiros Voluntários de
Boticas organizaram baile
solidário
O recinto do quartel do
Bombeiros Voluntários de
Boticas (BVB) foi, no dia 5
de agosto, palco de um baile
solidário de angariação de
fundos para a corporação local.
O grupo musical Costa Verde
muitos
peregrinos
possam
experimentar esta graça de Deus.
12
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
Cartas dos Leitores
Carta do Director aos
assinantes do Estrangeiro
Nas férias deste verão, alguns
assinantes, principalmente dos
USA, deixaram queixas de que
recebiam 4 a 5 jornais durante
todo o ano. Ora bem, isto não
pode acontecer, razão que leva
o Director do jornal a dirigir-se
a esses assinantes nos seguintes
termos:
O jornal é metido pela
Gráfica nos Correios portugueses
logo após a impressão. Em
trânsito demora 4 a 5 dias para
a Europa e entre 10 a 15 para o
Resto do mundo, nos termos do
contrato. Pode haver atrasos que,
quando acontecem, dão origem a
protestos da nossa parte.
As queixas apresentadas por
alguns assinantes poderão ser da
responsabilidade dos correios
da residência dos assinantes.
Este jornal tem dois assinantes
nos USA (Ludlow e Bridgeport,
este também colaborador) que
nos acusam por mail a recepção
do jornal e recebem-no todos
os quinze (15) dias. Ora bem,
se a direcção está certa, talvez
fosse bem os senhores assinantes
questionarem os carteiros daí
sobre a falta dos jornais.
Felicidades e cumprimentos
amigos,
Carvalho de Moura, director
porque perdemos um amigo da
nossa querida nação, chamada
Barroso. Que venham outros
com o mesmo sentido de gosto
pela nossa terra e que se juntem
a nós no esforco constante para
levarmos a nossa terra mais
longe. Fazendo assim, um dia
quando partirmos, deixaremos
a nossa terra melhor do que a
encontramos.
Forte abraço.
---~~~ ---~~~ ---~~
Toronto, ON ca 26 Agosto
Morte do Dr Bento da Cruz
Sr. Director
Pena pela noticia da morte
do Dr. Bento da Cruz. Barroso
disse adeus a um grande amigo
da Terra. Ele deixou marca.
Embora nao simpatizasse nada
com a ideologia politica dele,
tenho a dizer que todos os
Barrosoes devem estar de luto
Joe Pinto CFP Certified
Financial Planner
Senior Investment Advisor
Pinto Wealth Management
--- ~~~ --- ~~~
Algés, 17 de Agosto 2015
votos de boas férias, bem como o
facto de me incluir no grupo de
colaboradores do NB. Senti-me
feliz!
Parabéns pelas referências
elogiosas ao “nosso” Notícias
de
Barroso. Aproveito
a
oportunidade para o felicitar pelo
artigo “Uma história pessoal....
que pode ser contada”, por três
motivos:
- partilhou com os seus
leitores uma “estória privada”
exemplar;
- pelo estímulo que isso
pode representar para os jovens
barrosões;
- pelo amor que revela pelas
terras de Barroso.
Com votos de boas férias para
si e família, sou com um abraço,
Jerónimo Pamplona
Sr. Director
Parabéns ao Notícias de
Barroso
--- ~~~ --- ~~
Braga, 20 de Agosto
Quartel da GNR da Venda
Nova
Faço votos que esteja bem na
companhia de todos os familiares.
Nós cá vamos andando, graças a
Deus. Gostava que publicasse
esta minha carta que não é
para ofender ninguém, mas
queria saber uma coisa. O nosso
presidente da Câmara, numa
reunião com o povo da Venda
Nova que é a minha terra, disse,
segundo me contaram que tinha
uma carta do Comandante de
Vila Real. Eu pergunto, como é
que o Comandante de Vila Real
se lembrou de escrever essa carta.
Não teria sido encomenda feita
à medida de alguém que anda
muito empenhado em levar tudo
para Salto?
É só isto que eu gostaria de
saber. E gostava que publicasse
esta carta no nosso jornal.
Bem haja por tudo.
Sr. Director
António de Sousa C. Antunes
Estimado amigo, agradeço os
EXTRATO
Certifico para efeito de publicação que, por escritura outorgada hoje, na Conservatória dos Registos Civil, Predial
e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 18
e seguintes do livro 982-A, MARIANA DA GRAÇA DIAS RODRIGUES GONÇALVES e marido ANTÓNIO
AFONSO GONÇALVES, casados em comunhão geral, naturais da freguesia de Viade de Baixo, deste concelho,
onde residem na Rua da Engenheira, n.º 9, no lugar de Parafita, freguesia de Viade de Baixo e Fervidelas, deste
concelho, declararam:
Que são donos, com exclusão de outrém, dos seguintes bens imóveis situados na União das Freguesias de Viade
de Baixo e Fervidelas, concelho de Montalegre:
- Um: Prédio rústico situado na QUELHA, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e dez
metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, sul com Teresa Dias Barroso, nascente com herdeiros de Maria
Gonçalvesa Cirurgião e do poente com herdeiros de José Alves Pinto, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6034,
que corresponde ao artigo 4575 da Freguesia de Viade Baixo (Extinta).
- Dois: Prédio rústico situado na QUELHA, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quarenta
metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, sul com Teresa Dias Barroso, nascente com João Luís Alves
Pinto e do poente com António Alves Pinto, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6033, que corresponde ao artigo
4574 da freguesia de Viade de Baixo (Extinta).
Que, apesar de pesquisas efetuadas, não foi possível obter os artigos matriciais antes do ano mil novecentos
e noventa e sete, encontrando-se ambos os prédios ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de
Montalegre.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a
sua posse em mil novecentos e noventa e quatro, ano em que os adquiriram por compra meramente verbal a Maria da
Livração Dias Pinto, solteira, maior, residente no Canadá.
Que desde essa data, sempre têm usado e fruído os indicados prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos,
pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos
donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à
posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob
os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.
Está conforme.
Cartório Notarial de Montalegre, 20 de agosto de 2015
O Ajudante,
(Assinatura ilegível)
Conta: Artigos:
“
Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €
São: vinte e três euros
Registado sob o n.º 445
Notícias de Barroso, n.º 477, de 31 de agosto de 2015
JUSTIFICAÇÃO
CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura outorgada no dia dezassete de agosto de dois mil e
quinze, exarada a folhas doze e seguintes, do livro de notas número cento e sessenta e quatro -A, do cartório da notária
AIDA MANUELA ROCHA DE SOUSA, em Braga, JOSÉ DE MOURA RODRIGUES, NIF 157 440 699 e mulher,
MARIA RODRIGUES ALVES, NIF 202 420 787, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da
extinta freguesia de Mourilhe, onde residem no lugar de Sabuzedo, atual freguesia de Cambeses do Rio, Donões e
Mourilhe, concelho de Montalegre, DECLARAM que, são com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores,
do prédio urbano composto de casa de morada de rés do chão e primeiro andar, destinado a habitação, com a área de
noventa metros quadrados, situado no lugar de Sabuzedo, extinta freguesia de Mourilhe, atual freguesia de Cambeses
do Rio, Donões e Mourilhe, concelho de Montalegre, a confrontar do norte e nascente com Joaquim Martins, do sul
e poente com caminho, não descrito na conservatória do registo predial de Montalegre, inscrito na matriz da extinta
freguesia sob o artigo 223 e na atual matriz sob o artigo 738, com o valor patrimonial tributário para efeitos de imt/
is de € 15.390,00, ao qual atribuem igual valor, para efeitos deste ato. Que o referido imóvel veio à sua posse, por
compra meramente verbal que feita por seus pais e sogros, Domingos Rodrigues, em nome de quem se encontra
inscrito na matriz e mulher, Isabel Alves de Mendes Moura, por volta do ano de mil novecentos e setenta e seis, em
data que não podem precisar, não chegando todavia a realizar-se a projetada escritura de compra. Que assim não
dispõem de título para efetuar o registo do referido prédio na conservatória, embora sempre tenham estado há mais
de vinte anos, na detenção e fruição do mesmo. Estas detenção e fruição foram adquiridas e mantidas sem violência,
e exercidas sem interrupção ou qualquer oposição ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poderem ser
conhecidas por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-las. Esta posse, assim mantida e exercida, foi-o
sempre em seu próprio nome e interesse e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de
todas as utilidades do prédio, designadamente, fazendo obras de reconstrução e conservação, habitando-o, retirando
dele todas as utilidades e pagando os respetivos impostos. É assim tal posse pacífica, pública e contínua e dura há mais
de vinte anos, facultando-lhe a aquisição do direito de propriedade do dito prédio por USUCAPIÃO, que invocam,
direito que não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial normal.Nestes termos, e não tendo
qualquer outra possibilidade de levar o seu direito a registo, vêm justificá-lo, nos termos legais.
Está conforme com o original, Braga, 17 de agosto de 2015.
A Notária,
Conta: Fac 2015001/1299
Notícias de Barroso, n.º 477, de 31.08.2015
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
13
Bento da Cruz, um
Nobre Barrosão
Lita Moniz
Morre Dr. Bento Cruz, um
nobre barrosão, um homem de
vasta cultura, de larga visão,
médico e escritor. A formação
acadêmica exigida para se chegar
ao título de doutor era um longo
caminho que passava por um
conhecimento profundo nas
demais áreas do saber.
Dr. Bento Cruz não fugiu
à regra: feitos os estudos das
primeiras letras em Peirezes, uma
aldeia modesta, sua terra natal,
onde viveu até aos quinze anos.
Seus pais não mediam sacrifícios
para que os filhos homens
frequentassem um Seminário na
esperança de virem a ter um filho
padre.
Assim Bento Cruz deixa a
sua pacata aldeia de Peirezes e
vai para uma escola claustrual de
Singeverga criada e administrada
por monges beneditinos. Ali
passa grande parte da juventude.
A disciplina beneditina,
tenho por mim, que não Lhe
era pesada demais, pois tinha
a contrapartida de se aprimorar
nos estudos clássicos, chegando
mesmo a ser diretor literário das
revistas estudantis “ O Colégio e
Claustrália”.
Entre leituras e aprendizagens
advindas dos grandes clássicos ,
não foi difícil concluir o curso de
seminarista.
Muitos filhos de Barroso
iam para os seminários por ser
a melhor opção para levarem
avante os seus sonhos de virem a
ser alguém na vida.
Com ele não foi diferente, sai
do seminário e dois anos depois
ingressa no curso de medicina na
Universidade de Coimbra.
A vida de médico passa
por Souselas no Concelho de
Coimbra, mas claro que Barroso
era o seu destino. Ali prestou
muitos
serviços
médicos,
praticando clínica geral e
estomatologia em seu consultório
na aldeia de Pisões. Ali se andava
a construir uma das maiores
barragens do país e sua presença
ajudou muitos trabalhadores que
a andavam a construir.
Como médico percorria
toda a região de Barroso. A seu
modo era um beneditino a ajudar
os pobres a quem curava sem
cobrar nada e ainda oferecia
medicamentos gratuitamente.
Existem muitos testemunhos
desses.
Ali naquela terra longe de
tudo que pudesse minimizar o
sofrimento daquela gente sofrida
era o Dr. Bento Cruz, e mais um
ou dois médicos a curar e salvar
vidas.
A par deste trabalho havia
outro não menos significativo, era
escritor, senhor de muito saber.
Cada lançamento de um
livro seu era uma festa na vila
de Montalegre. Patrono da
escola secundária Bento Cruz,
de Montalegre. Na portaria
deste estabelecimento de ensino
secundário em sua homenagem
se encontra uma placa de
mármore com a inscrição que
deixa claro quanto o médico e
escritor Dr. Bento Cruz amava
esta região:
“ O Barroso é um Paraíso,
o único ou um dos poucos que
ainda existem à face da Terra”.
Fundou o jornal “Correio do
Planalto” suas crônicas e artigos
na sua maioria têm como tema
principal histórias rurais, a vida
simples e sofrida daquela gente
humilde que não tinha com
quem contar, gente cuja única
saída era o mar.
Com este artigo presto mais
uma homenagem póstuma ao
médico, que com paciência
beneditina ajudou, curou, salvou
muitas vidas .
Como escritor mostrou ao
mundo aquela região, as belezas
naturais daquela terra fronteiriça,
o modo de ser e de viver daquela
gente brava, altaneira, que à
semelhança dos carvalhos, a
árvore que mais simboliza esta
região, não se verga diante das
dificuldades da vida.
Para quem quiser conhecer
melhor este nobre escritor
barrosão indico as obras:
Hemoptise,
sob
o
pseudônimo de Sabiel Truta,
1959, Planato em Chamas, 1963,
Ao Longo da Fonteira, 1964,
Filhas de Loth, 1967, Contos
de Gostofrio, 1973, O Lobo
Guerrilheiro, 1980, Planalto do
Gostofrio,1992, Histórias da
Vermelhinha, l991, Histórias de
lana-Caprina, 1994, O Retábulo
das Virgens Loucas, 1996, A
Loba, 1999, A lenda de Hiran
e Belkiss de 2005 e A Fárria, de
2010, (comemoração de 50 anos
de vida literária).
Dos Estados Unidos
Artesãos de Barroso aqui Radicados
Tiramos o chapéu aos
artesãos daquela região que por
cá vivem, pela originalidade e
perfeição com que efectuam os
artefactos inerentes às Terras de
Barroso, com principal incidência
nas alfaias agrícolas com as quais
aprenderam a lidar no amanho das
terras, tais como carros de bois,
arados e também outros motivos
inclluindo bares, santuários, etc.,
como documentam as fotos.
Estes utensílios de lavoura,
muito embora usados hoje em
muito menor escala, nunca
perdem o seu valor porque são e
serão sempre muito apreciados
por quem os observa mais
detalhadamente, graças à sua
perfeição e ao modo como se
identificam com a região em
causa.
MEL DO LAROUCO
O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso
Apicultor nº 110796
J. A. Carvalho de Moura
Rua Miguel Torga, nº 492
5470-211MONTALEGRE
Tels: +351 91 452 1740 e 276
412 285
Fax: +351 276 512 281
Mail:
carvalhodemoura@
sapo.pt
Alguns destes artigos marcam
presença na Festa anual dos
naturais de Codeçoso, cujo orago
é S. Nicolau, onde o jovem mais
novo de todos, José Rosa, tem
mostrado toda a sua habilidade e
talento pelo material que produz e
o mesmo se pode dizer de outros
artistas, José António Esteves,
também de Codeçoso e Francisco
Teixeira, de Montalegre. Há ainda
outro executante destes trabalhos
que, segundo sabemos, vive em
Codeçoso, sr. Joaquim Seara, e
que, na refrida Festa, tinha exposto
um carro de bois de execução
perfeita.
Quem se quiser inteirar-se
dum sem número de artefactos,
é só fazer uma visita à casa dos
três mestres desta arte e ficarão
deslumbrados com a perfeição e
variedade dos trabalhos.
Ocupar os tempos livres nesta
arte é o que eles fazem. Cremos
nós que não será tanto pela
rentabilidade mas antes por uma
enorme paixão e amor à terras
barrosãs donde vieram.
Parabéns!
José Rodrigues, Bridgeport, CT
USA
14
Barroso
Noticias de
31 de Agosto de 2015
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou
Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de
emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua
disponibilização e a sua publicação.
NomedoCentrodeEmprego
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SANTAMARIAMAIOR/CHAVES
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588582506
CONTRATOATERMOPOR6MESES(ATEMPOCOMPLETO)
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588577383
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SANTAMARIAMAIOR/CHAVES
CABELEIREIROEBARBEIRO
588582492
CONTRATOATERMOPOR3MESES(ATEMPOCOMPLETO)
MOTORISTADEVEICULOSPESADOSDE
MERCADORIAS
ENCARREGADODELIMPEZA
ESTETICISTA
588591286
CONTRATOATERMOINCERTO
VILAPOUCADEAGUIAR
588591331
CONTRATOATERMOINCERTO
VILAPOUCADEAGUIAR
588591323
GOVERNANTEDOMÉSTICO
VIDAGO/CHAVES
CONTRATOATERMOPOR12MESES(ATEMPOCOMPLETO)
MONTALEGRE
588591310
CONTRATOATERMOINCERTO
SERAPICOS/VALPAÇOS
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588591073
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CERVA/RIBEIRADEPENA
AGRICULTORETRABALHADORQUALIFICADODA
AGRICULTURAPRODUÇÃOANIMALECOMBINADOS
588591494
CONTRATOATERMOPOR12MESES(ATEMPOCOMPLETO)
CANEDO/RIBEIRADEPENA
Informações úteis
SOS – Número nacional Protecção à Floresta
Protecção Civil
Câmara Municipal de Boticas
Câmara Municipal de Montalegre
Junta de Freguesia de Boticas
Junta de Freguesia de Montalegre
Junta de Freguesia de Salto
Bombeiros Voluntários de Boticas
Bombeiros Voluntários de Montalegre
Bombeiros Voluntários de Salto
GNR de Boticas
GNR de Montalegre
GNR de Venda Nova
Centro de Saúde de Boticas
Centro de Saúde de Montalegre
Extensão de Saúde de Cabril
Extensão de Saúde de Covelães
Extensão de saúde de Ferral
Extensão de Saúde de Salto
Extensão de Saúde de Solveira
Extensão de Saúde de Tourém
Extensão de Saúde de Venda Nova
Extensão de saúde de Viade de Baixo
Extensão de saúde de Vilar de Perdizes
Hospital Distrital de Chaves
112
117
118
276 410 200
276 510 200
276 410 200
276 512 831
253 750 082
276 415 291
276 512 301
253 659 444
276 510 540
276 510 300
253 659 490
276 410 140
276 510 160
253 652 152
276 536 164
253 659 419
253 659 283
276 536 183
276 579 163
253 659 243
276 556 130
276 536 169
276 300 900
1
Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas
Agrupamento de Escolas de Montalegre
Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso
Escola Profissional de Chaves
Centro de Formação Profissional de Chaves
Tribunal Judicial de Boticas
Tribunal Judicial de Montalegre
Instituto de Emprego de Chaves
Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso
ADRAT (Chaves)
ACISAT (Chaves) Direcção Regional de Agricultura (Chaves)
EDP – Electricidade de Portugal
Cruz Vermelha Portuguesa Boticas
Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre
APAV – Apoio à Vítima
SOS – Criança
SOS – Grávidas
SOS – Deixe de Fumar SOS – Voz Amiga
Linha SIDA
Intoxicações
NOTÍCIAS DE BARROSO NOTÍCIAS DE BARROSO
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
276 415 245
276 510 240
253 659 000
276 340 420
276 340 290
276 510 520
276 090 000
276 340 330
276 340 660
276 340 920
276 332 579
276 334 359
276 333 225
276 410 200
276 518 050
707 200 077
800 202 651
800 201 139
808 208 888
800 202 669
800 266 666
808 250 143
91 4521 740
276 512 285
276 512 442
31 de Agosto de 2015
DESPORTO
FUTEBOL
Taça de Portugal
O CDC Montalegre, como
vencedor da Taça Distrital de
Vila Real, vai participar na
prova nacional da Taça de
Portugal. De acordo com o
sorteio realizado, no próximo
Domingo, joga com o grupo
Vitorino de Piães, de Ponte de
Lima.
Os pupilos de Zé Manuel Viage
que continua como treinador
já preparam a época desde há
tempos a esta parte.
Da equipa e dos seus
responsáveis, sua constituição e
projectos para a presente época
de 2015/2016, o NB tratará na
próxima edição.
FUTSAL
Caiu o pano à decima edição do
torneio de futsal de Montalegre.
Depois do jogo que apurou
o terceiro classificado (Pedra
Mole/Vilar de Perdizes), a
glória recaiu na “Pastelaria
Carreira da Lebre” que levou
para Boticas o troféu mais
desejado. A perder ao intervalo,
o conjunto vencedor, sob a
batuta do conhecido Davide
Barroso
Noticias de
15
Moura, mudou por completo o
cariz do jogo na segunda parte.
Porém, foi a dupla infelicidade
do guarda-redes opositor que
catapultou os novos campeões
para o triunfo. Antes, as
(15 golos) como conquistou o
reconhecimento para o melhor
atleta do torneio, prémio que
repete o que sucedeu em 2010.
Um veredicto justo da
organização que não teve
Treinador: Marcelo Marques
ELECTRO CAVA: Luís Gomes
(1); Mentiras (69); Tiago Guedes
(6); Hugo (3); Toyota (9); Manuel
(11); Pisco (8); Branco (12); Paje
(10); Carlitos (5) e Fisgas (2).
Lebre) - 15 golos
Melhor Guarda-Redes: Hélder
Coimbra (Pedra Mole/Vilar de
Perdizes)
Equipa “fair-play”: F. Meixedo/
Padornelos
dificuldades foram muitas.
A defender o título, a equipa
da Electro Cava mostrou mais
tranquilidade nos primeiros
vinte minutos. Branco espalhava
classe, apesar de perdulário. Do
outro lado, era a autoridade de
Davide Moura que impunha lei.
Um jogador com escola que
não surpreendeu ao arrecadar
os principais prémios da noite.
Com efeito, não só somou
o título de melhor marcador
dificuldade em eleger a classe
do atleta.
Registe-se que o Torneio
de 2015 teve 12 equipas
participantes.
PASTELARIA CARREIRA
DA LEBRE: João Ferreira (1);
Marcelo Marques (2); Miguel
Tomaz (3); Davide Moura (4);
André Alves (5); Bruno Sousa
(6); Luis Rodrigues (CAP) (7);
Paulo Alves (8) Luís Sousa (10) e
João Alves (11).
Treinadores: Nélson.
Resultado Final: 3-1
Golos: 0-1 Pisco; 1-1 André
Alves; 2-1 Luís Rodrigues e 3-1
Davide Moura.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
PRÉMIOS
Melhor Jogador: Davide Moura
(Pastelaria Carreira da Lebre)
Melhor Marcador: Davide
Moura (Pastelaria Carreira da
1.º PASTELARIA CARREIRA DA
LEBRE (CAMPEÃO) - 1.250€ +
Troféu
2.º Electro Cava - 650€ + Troféu
3.º Pedra Mole/Vilar de Perdizes
- 350€ + Troféu
4.º F. Meixedo/Padornelos –
Troféu
Fonte: cm-montalegre
TOURÉM/RANDÍN
V Grande Prémio de Atletismo do “Encontro Tourém/Randin”
A cada ano, a corrida que estreita
laços entre os povos transfronteiriços
de Tourém e Randin está a ganhar
escala e notoriedade. Exemplo disto
mesmo são os lugares de pódio
onde aparecem atletas do Sport
Lisboa e Benfica e do Desportivo
da Corunha. O presidente do
município de Montalegre, Orlando
Alves, considera que «estes
encontros de convívio, intercâmbio
institucional e aprofundamento da
amizade entre estes povos, servem,
também, para despertar entusiasmo
para a competição». Já no final,
David Teixeira, vice-presidente da
Câmara Municipal de Montalegre,
enalteceu «a capacidade da
organização».
No entender do número dois
da edilidade, é bom «sentir esta
rivalidade sadia entre atletas galegos
e portugueses». A presença de um
atleta do Benfica foi «uma grande
surpresa» e «uma prova do saber
receber e estar» afirmou David
Teixeira. Na mesma linha referiu
que deste contacto poderá resultar
«a realização de alguns estágios
para os atletas que começam a
reconhecer as condições que temos
para o desenvolvimento de aptidões
na alta competição, abrindo assim,
novas oportunidades». Em nome
da organização, Victor Castro
explicou que se trata de «uma prova
supercultural» sendo «essencial que
esse cariz se mantenha e alicerce e
que seja autofinanciada através dos
patrocinadores». O “tiro de partida”
foi dado por Paulo Barroso que
continua na organização. No final
mostrou-se feliz e emocionado com
a evolução da iniciativa, referindo
que houve «muita gente» e onde foi
batido «outro recorde».
Fonte: cm-montalegre
Barroso
Noticias de
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Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €
Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
As Chegas de Bois e os Bois Campeões de Barroso
Findo o mês de Agosto, as terras Chegas
de Bois fazem uma pausa que pode estenderse até ao dia de Ano Novo. É altura para
se fazer um balanço da época. Para tal,
conversámos com Nuno Duarte, presidente
da Associação «O Boi do Povo», que nesta
qualidade e também como proprietário
de bois barrosos e cruzados, nos deu a sua
opinião.
Recordamos ainda que Nuno Duarte em
pareceria com José Carlos e seu pai, Toninho
Duarte, tem por si o facto de ter tido bois
campeões de nomeada tal como o «Caipira»
que deu muitas alegrias aos montalegrenses
e a outros seus amigos.
Refira-se que a Associação «O Boi do
Povo» tem 270 associados pagantes e explora
o Campo das Chegas do Senhor da Piedade
que é propriedade da Junta de Freguesia
de Montalegre a quem paga de aluguer
1.000 euros por ano. A Câmara Municipal
comparticipa no Torneio das Chegas de Bois
Barrosos com um subsídio cuja finalidade é
incentivar a criação da nossa raça autóctone.
Nuno, que balanço fazes da época de
verão no que toca às Chegas de Bois?
Eu acho que o balanço foi bastante
positivo porque houve Chegas espectaculares.
O Torneio deste ano correu lindamente, para
mim foi dos melhores de sempre. Depois, a
Associação esteve à frente da homenagem
que era devida ao sr. Fernando. Agora, sabe,
por vezes as coisas não correm como a gente
gostava que corressem.
Não te parece que as Chegas estão
a perder credibilidade junto das pessoas
por causa dessa teimosia em se fazerem
várias Chegas num mesmo dia?
Sim, há Chegas a mais, mas também
não se pode proibir os donos dos bois
de programarem Chegas, nos dias e
horas que eles entendem. Repare que
a Associação não se interessa que haja
outros organizadores, até é bom que
haja. Agora concordo que fazer três
Chegas em três campos diferentes tem
os seus custos que para muitos são
insuportáveis. E as bilheteiras baixam
nas vendas. Agora como acabar com
isto? É complicado porque os donos dos
bois querem aproveitar os emigrantes
para ver se fazem algum dinheiro.
O “Cabano” do Horácio de Medeiros (Chã)
O Nuno dizes que o balanço é
positivo, mas na Chega do dia da Festa
do Sr. da Piedade ouvimos críticas muito
duras não só por causa das Chegas que
foram sob o fraco mas também por
causa de não se respeitarem os horários.
Não tivemos sorte com as Chegas
do dia da Festa de Montalegre. É um
facto. A Associação teve o cuidado
de apresentar lá os dois melhores bois
cruzados que afinal liaram pouco,
depois os barrosos estiveram pior. As
pessoas que se queixaram têm razões
para tal, mas nós vamos tentar fazer algo
para melhorar as Chegas. A Associação
tem de ver melhor estas situações.
O barroso do Joge Miguel, do Amial (Salto)
O boi de Maria Rosa Alves de Paredes (Salto)
O “Xerife” do António de Bagulhão (Salto)

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