XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
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XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Novos conhecimentos a respeito do controle das enfermidades dos recém-nascidos INTRODUÇÃO Em bezerras leiteiras, o crescimento adequado na fase pré-desmame e a baixa incidência de doenças, principalmente diarréia e pneumonia, são pré-requisitos para o desempenho ideal após o desmame e contribuem para a lucratividade da operação leiteira. Ambos são amplamente influenciados pela ingestão do colostro e pelo manejo da dieta líquida pré-desmame. O colostro é vital para o bezerro neonato, constituindo fonte de imunoglobulinas, fatores imunes inespecíficos e nutrientes (Weaver et al., 2000). Por outro lado, o colostro pode expor os bezerros a diversos patógenos (Johnson et al., 2007). A pasteurização do colostro reduz a contagem de patógenos, mas pode alterar também a sua composição, principalmente a concentração de IgG (Godden et al., 2006; Indyk et al., 2008). A pasteurização do colostro in loco pelo método rápido a altas temperaturas (HTST; 72°C por 15 segundos) pode levar a redução de 30% da concentração de IgG e gerar viscosidade indesejável (Stabel et al., 2004). Godden et al. (2006) demonstraram redução de 10% da concentração de IgG no colostro de alta qualidade (> 75mg/ml) processado em pasteurizador comercial de 30 litros, a 60°C por 120 minutos (pasteurização lenta a baixas temperaturas, LTLT). A eficácia da pasteurização do colostro a 60°C por 60 minutos na redução da contagem de Salmonella spp., Escherichia coli, Mycoplasma spp., Listeria e Campylobacter spp., com manutenção de viscosidade aceitável, foi demonstrada (Gao et al., 2002; Jones et al., 2004; Elizondo-Salazar et al., 2010). Níveis séricos de proteína total mais elevados em bezerros tratados com colostro pasteurizado (63oC por 30 minutos) do que em bezerros tratados com colostro cru também foram recentemente descritos (Godden et al., 2003). No estudo de Johnson et al. (2007), o tratamento térmico do colostro a 60°C por 60 minutos resultou em contagens inferiores de bactérias, com preservação da concentração de IgG; além disso, observou-se maior eficiência de absorção de IgG e concentrações séricas significantemente mais elevadas de IgG e proteína total às 24 horas de vida nos bezerros tratados com colostro submetido a tratamento térmico em relação a bezerros tratados com colostro cru. A alimentação de bezerros com sucedâneo de leite pode ser dispendiosa, o que faz do emprego de leite pasteurizado não comercializável (leite de descarte) uma alternativa atraente. O leite de descarte inclui o leite de vacas com mastite, o que pode aumentar sobremaneira a contaminação bacteriana. Entretanto, a pasteurização do leite de descarte reduz a contagem bacteriana (Moore et al., 2009). Segundo Stabel et al. (2004), a pasteurização HTST é eficaz na eliminação de Mycobacterium paratuberculosis, Salmonella spp. e Mycoplasma spp. do leite de descarte. Além disso, Godden (2005), demonstrou que bezerros tratados com leite de descarte pasteurizado no período pré-desmame apresentaram desempenho superior (maiores taxas de crescimento e menores taxas de morbidade e mortalidade) ao de bezerros tratados com sucedâneo de leite convencional, além de proporcionar uma vantagem econômica de US$ 0,69/bezerro por dia. Entretanto, o processo de pasteurização pode afetar o valor nutricional do leite devido à desnaturação de proteínas como a lactoferrina, induzida pelo calor. Joslin et al. (2002) demonstraram redução da idade de desmame e melhora do ganho diário médio em bezerros suplementados com lactoferrina. Os sistemas de desinfecção à base de luz ultravioleta (UV) são empregados no tratamento da água e da água residual nos EUA e na Europa (Lindenauer e Darby, 1994; Guo et al., 2009). A luz UV é eficaz contra diversos micro-organismos patogênicos que podem ser encontrados na 1 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos água de bebida (Hijnen et al., 2006); sua capacidade de inativar Staphylococcus aureus no leite (Krishnamurthy et al., 2007) e Listeria monocytogenes no leite cru de cabra (Matak et al., 2005) também foi demonstrada. A luz UV se mostrou capaz de controlar o crescimento de bactérias em tanques de leite frio e leite frio de descarte (Smith et al., 2002). Dentre as possíveis vantagens do tratamento do leite de descarte com luz UV (UVLT), destaca-se o menor gasto de energia em relação aos protocolos padrão de pasteurização por tratamento térmico, uma vez que o leite precisa ser aquecido apenas até a temperatura de fornecimento (aproximadamente 40oC) e não até 71oC (HTST). Portanto, o UVLT poderia ser uma alternativa aos protocolos tradicionais de pasteurização do leite de descarte ou do colostro. Até onde se sabe, o tratamento do colostro e do leite de descarte empregados na alimentação de bezerros leiteiros com luz UV ainda não foi avaliado. Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes tipos de colostro (cru e pasteurizado pelo método LTLT ou tratado com luz UV) e leite de descarte (pasteurizado pelo método HTST ou tratado com luz UV) e dos fatores de risco relacionados sobre a saúde, o crescimento e a capacidade de sobrevivência de bezerros. O efeito do tratamento sobre a bacteriologia do colostro e do leite de descarte também foi avaliado, assim como as concentrações de IgG e lactoferrina. Desenho experimental e coleta de dados O estudo consistiu de um ensaio de campo randomizado. Bezerras Holandesas recémnascidas foram inicialmente alocadas em três grupos de tratamento à base de colostro, conforme o tipo de colostro fornecido (cru, tratado com luz UV e pasteurizado pelo método LTLT; grupos cru, UVLT e LTLT, respectivamente) e em seguida randomizadas em blocos segundo o tipo de colostro fornecido e designadas para dois grupos de tratamento à base de leite de descarte (pasteurizado pelo método HTST ou tratado com luz UV; grupos HTST e UVLT, respectivamente). O colostro foi coletado duas vezes por dia de todas as vacas multíparas recémparidas; o colostro das vacas primíparas não foi utilizado durante o período experimental. O colostro coletado foi agrupado em um pool e em seguida dividido em três partes distintas. Uma terça parte não recebeu nenhum tipo de tratamento e foi engarrafada em jarras de 4 litros e mantida sob refrigeração (1,7 – 3,3oC) até o uso. Outra terça parte foi submetida à pasteurização LTLT (pasteurizador DT-10G Platinum, Dairy Tech Inc., Severance, Colorado), tendo sido submetida a aquecimento a 63oC por 60 minutos, resfriamento rápido, engarrafamento em jarras de 4 litros e refrigeração (1,7 – 3,3oC) até o uso. O colostro restante foi tratado com luz UV, empregando-se o sistema UV Pure (GEA Farm Technologies, Naperville, Illinois) de acordo com as recomendações do fabricante. As jarras contendo os diferentes tipos de colostro foram numeradas e mantidas em um refrigerador próximo à baia maternidade. Os funcionários da baia maternidade foram treinados pela equipe de pesquisadores e monitorados diariamente, tendo sido instruídos a alimentar os bezerros com os diferentes tipos de colostro de acordo com uma tabela aleatória contendo os tratamentos aleatoriamente designados. As manobras associadas ao colostro (obtenção do pool, tratamento, fracionamento e estocagem) foram sempre realizadas por um dos veterinários membros do grupo de pesquisa. Os bezerros neonatos eram transportados duas vezes ao dia da baia maternidade para o bezerreiro, onde passariam os próximos 60 dias. Dentro dos grupos de tratamento à base de colostro, cada bezerro neonato foi designado ao acaso para um dos dois tratamentos à base de leite de descarte (HTST ou UVLT). Os bezerros alocados no grupo de tratamento à base de leite de descarte HTST receberam 6 litros de leite pasteurizado imediatamente antes do fornecimento 2 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos (pasteurizador de leite para bezerros, GoodNature calf milk pasteurizer; Goodnature Products Inc., Orchard Park, New York), duas vezes ao dia. Os bezerros alocados no grupo de tratamento UVLT também receberam 6 litros de leite de descarte duas vezes ao dia, porém tratado com luz UV (Pure system; GEA Farm Technologies, Naperville, Illinois), de acordo com recomendações do fabricante. Uma amostra de sangue foi coletada de todos os bezerros envolvidos no estudo, no terceiro dia de vida; as amostras foram coletadas por punção jugular empregando-se tubo vacutainer de tampa vermelha (Becton Dickinson and Company, Franklin Lakes, NJ). As amostras de sangue foram refrigeradas e transportadas para nosso laboratório em Ithaca, Nova Iorque, onde o soro foi separado mediante centrifugação a 20.000 x g por 20 minutos e armazenado em freezer a -80oC. A saúde dos bezerros foi avaliada semanalmente empregando-se critérios objetivos de apetite, consistência fecal, estado de hidratação, esforço respiratório e comportamento (Berge et al., 2009). O peso corporal dos bezerros foi mensurado empregando-se balança digital (Waypig 15, 62” digital scale; Vittetoe inc., Keota, Iowa), ao nascimento e em seguida semanalmente, até o desmame. RESULTADOS Estatística descritiva O ensaio aqui descrito envolveu 893 bezerros, dos quais 290 foram tratados com colostro UVLT, 318 com colostro pasteurizado LTLT e 285 com colostro cru. Além disso, 458 dos 893 bezerros envolvidos no estudo receberam leite de descarte pasteurizado pelo método HTST, enquanto 435 receberam leite de descarte UVLT. Do total de bezerros, 418 eram nascidos de vacas primíparas, contra 475 nascidos de vacas multíparas; 8% dos bezerros receberam auxílio dos funcionários da baia maternidade durante o parto e a mortalidade durante o período experimental foi de 4,5%. Além disso, 89% dos bezerros nasceram na baia maternidade e 11% no galpão de free-stall destinado às vacas próximas à data prevista do parto (close up). Efeito do tipo de colostro (UVLT, Cru ou LTLT) sobre a concentração de IgG e lactoferrina Ao todo, 281 amostras do pool de colostro foram empregadas nesta análise (94 de colostro LTLT, 91 de colostro cru e 96 de colostro UVLT). As concentrações de IgG no colostro foram de 39,5 e 52,4 e 69,1 (UVLT, LTLT e colostro cru, respectivamente); tanto o tratamento por pasteurização quanto por luz UV (UVLT) causaram redução significante da concentração de IgG (P < 0,001). A concentração de IgG também foi significantemente inferior no colostro UVLT em relação ao colostro pasteurizado (Figura 1). As concentrações de lactoferrina no colostro pasteurizado ou tratado com luz UV foram inferiores à do colostro cru (P < 0,001) (Figura 2). Efeito do tipo de leite de descarte (UVLT ou HTST) sobre a concentração de lactoferrina A concentração de lactoferrina foi significantemente inferior no leite de descarte pasteurizado; não houve diferenças significantes entre a concentração de lactoferrina no leite de descarte UVLT ou antes de qualquer tratamento (P < 0,01) (Figura 2). Efeito do tipo de colostro (UVLT ou LTLT) sobre a redução logarítmica de unidades formadoras de colônias Ao todo, 281 amostras do pool de colostro foram empregadas nesta análise (94 de colostro LTLT, 91 de colostro cru e 96 de colostro UVLT). A pasteurização LTLT foi mais eficaz na redução da contagem total de colônias (contagem padrão em placas, CPP) e das unidades formadoras de colônias (UFC) de Escherichia coli, e Streptococcus spp. do que o 3 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos tratamento com luz UV (P < 0,001) (Tabela 1). Entretanto, a redução logarítmica de UFC de Staphylococcus aureus não diferiu entre o colostro LTLT e o colostro UVLT. Efeito do tipo de leite de descarte (UVLT ou HTST) sobre a redução logarítmica de unidades formadoras de colônias Ao todo, 270 amostras de leite de descarte foram avaliadas antes e depois dos tratamentos, empregando-se técnicas microbiológicas padrão (CPP) para estimar a contagem total de colônias e a contagem de UFC de Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Streptococcus spp. Staphylococcus aureus foi um achado relativamente raro, detectado apenas durante os meses de março e abril, sendo que a redução logarítmica de UFC de Staphylococcus aureus após os tratamentos UVLT e HTST não diferiu (P = 0,88). Além disso, a redução logarítmica do número de UFC de Escherichia coli e Streptococcus spp. não diferiu entre os tratamentos UVLT e HTST. A pasteurização HTST foi mais eficaz na redução da contagem total de colônias do que o tratamento com luz UV (P < 0,01) (Tabela 2). Efeito do tipo de colostro sobre a concentração de IgG e proteína total no soro dos bezerros aos 3 dias de vida As variáveis mantidas no modelo linear generalizado foram tipo de colostro, quartil de UFC de Escherichia coli antes do tratamento do colostro, quartil de UFC de Streptococcus spp. antes do tratamento do colostro, paridade e quartil de peso ao nascimento. A concentração sérica de IgG aos 3 dias de vida tendeu (P = 0,08) a ser mais elevada nos bezerros tratados com colostro pasteurizado (LTLT) do que nos tratados com colostro UVLT ou cru (Tabela 3). Os bezerros nascidos de vacas primíparas também tenderam a apresentar concentrações séricas de IgG mais elevadas do que os nascidos de vacas multíparas (P = 0,05). Observou-se associação significante entre a concentração sérica de IgG e os quartis de peso ao nascimento, UFC de Escherichia coli e UFC de Streptococcus spp. (Tabela 3). O tratamento do colostro não afetou a concentração sérica de proteína total; as concentrações séricas de proteína total foram de 5,4, 5,7 e 5,8 (P = 0,13) para colostro UVLT, LTLT e cru, respectivamente. Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a capacidade de sobrevivência dos bezerros Não foi observada associação significante entre as variáveis tipo de colostro/leite de descarte e capacidade de sobrevivência; as variáveis foram forçadas no modelo de riscos proporcionais de Cox. As variáveis independentes paridade da vaca, vaca diagnosticada com metrite, concentração sérica de IgG do bezerro, quartil de UFC de Escherichia coli antes do tratamento e quartil de peso ao nascimento mostraram-se significantemente associadas à capacidade de sobrevivência. Os bezerros nascidos de vacas que desenvolveram metrite após o parto apresentaram risco 3,3 vezes maior de óbito do que os bezerros nascidos de vacas que não desenvolveram metrite (P = 0,003). Os bezerros nascidos de vacas multíparas apresentaram risco 2,3 vezes maior de óbito do que os bezerros nascidos de vacas primíparas (P = 0,05). Os bezerros com peso ao nascimento entre 22 e 37 kg apresentaram risco 5,4 vezes maior de óbito do que os bezerros com peso ao nascimento entre 38 e 41 kg (P = 0,02). Os bezerros com concentração sérica de IgG abaixo de 1.250 mg/dl apresentaram risco 2,7 vezes maior de óbito do que os bezerros com concentração sérica de IgG acima de 1.250 mg/dl (P = 0,01) (Tabela 4). Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a chance de desenvolver diarreia Não foi observada associação significante entre as variáveis tipo de colostro/leite de descarte e chance de desenvolver diarréia; as variáveis foram forçadas o modelo de regressão logística. A paridade da vaca e o quartil de peso ao nascimento mostraram-se significantemente associados à chance de desenvolvimento de diarréia; os bezerros situados no quartil de maior ganho de peso apresentaram o menor risco de desenvolver diarréia, com incidência ajustada de 4 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos diarréia de 35,7%, contra incidência ajustada de 46% nos bezerros situados no quartil de menor peso (P = 0,01). A chance de desenvolver diarréia foi 1,6 maior nos bezerros nascidos de vacas multíparas do que nos nascidos de vacas primíparas (P = 0,001) (Tabela 5). Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a chance de desenvolver pneumonia Não foi observada associação significante entre as variáveis tipo de colostro/leite de descarte e chance de desenvolver pneumonia; as variáveis foram forçadas no modelo de regressão logística. Os bezerros nascidos de vacas que desenvolveram metrite após o parto apresentaram chance 2,05 maior de desenvolver pneumonia do que os bezerros nascidos de vacas que não desenvolveram metrite (P = 0,02). Os bezerros nascidos de vacas que apresentaram retenção de placenta após o parto apresentaram chance 3,80 maior de desenvolver pneumonia do que os bezerros nascidos de vacas que não apresentaram retenção de placenta após o parto (P = 0,001). A chance de desenvolver pneumonia foi 1,65 maior nos bezerros nascidos de vacas multíparas do que nos nascidos de vacas primíparas (P = 0,001) (Tabela 6). Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre o peso corporal semanal (kg) Não foi observada associação significante entre as variáveis tipo de colostro/leite de descarte e peso corporal; as variáveis foram forçadas no modelo linear generalizado (Tabela 7). A variável peso ao nascimento foi empregada como covariável para ajuste do desequilíbrio potencial entre os diferentes níveis das variáveis categóricas independentes retidas no modelo. As variáveis independentes quartil de contagem total de colônias (CCP) e quartil de UFC de Escherichia coli no colostro antes do tratamento, pneumonia, local do parto, concentração sérica de IgG do bezerro e paridade mostraram-se significantemente associadas com o peso corporal e foram mantidas no modelo. Os bezerros que desenvolveram pneumonia apresentaram ganho médio de peso de 54,96 kg ao longo do período experimental, contra 58,06 kg nos bezerros que não desenvolveram pneumonia (P < 0,001) (Tabela 7). As interações entre pneumonia, concentração sérica de IgG do bezerro, quartil de contagem total de colônias, quartil de UFC de Escherichia coli e peso corporal semanal mostraram-se significantes e foram usadas no modelo (Figuras 3-6). DISCUSSÃO O número de UFC no colostro foi reduzido tanto pelo tratamento UVLT quanto pela pasteurização LTLT. Entretanto, a pasteurização LTLT foi mais eficiente em reduzir a contagem total de colônias (CPP) e de UFC de Escherichia coli e Streptococcus spp., embora não em reduzir a contagem de UFC de Staphylococcus aureus. Sabe-se que a luz UV é capaz de inativar Staphylococcus aureus no leite (Krishnamurthy et al., 2007). Diferenças significantes na redução logarítmica do número total de colônias também foram observadas entre o tratamento UVLT e a pasteurização HTST do leite de descarte, com maior eficiência do segundo método. O colostro é mais espesso do que o leite de descarte (Foley e Otterby, 1978). A composição e consistência do líquido podem afetar a penetração e a eficiência da luz UV (Lindenauer e Darby, 1994), o que poderia explicar a menor eficiência do colostro UVLT neste estudo. A fotorreativação (uso de luz UV próximo e da enzima fotoliase para reparar lesões de DNA) constitui um possível mecanismo de defesa das bactérias contra a lesão por luz UV, principalmente quando a quantidade de luz UV não atinge a dose de desinfecção (Tosa e Hirata, 1999; Hijnen et al., 2006). O tratamento UVLT e a pasteurização LTLT causaram redução significante da concentração de IgG no colostro. Os resultados referentes à pasteurização LTLT concordam com dados publicados por Godden et al. (2003), que mostram redução significante da concentração de 5 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos IgG após pasteurização a 63oC por 30 minutos. Entretanto, em estudo realizado por ElizondoSalazar e Heinrichs (2009) empregando tempo de pasteurização e volume de colostro diferentes, além de colostro de alta qualidade comprovada, não houve redução significante da concentração de IgG no colostro. O uso exclusivo de colostro de alta qualidade (concentração de imunoglobulinas acima de 50 g/L) no estudo citado (Elizondo-Salazar e Heinrichs; 2009), diferente portanto do estudo aqui descrito, poderia explicar, em parte, a discrepância entre os resultados. A concentração sérica de IgG foi mais alta (diferenças com tendência à significância estatística, P = 0,08) nos bezerros alimentados com colostro tratado por pasteurização LTLT do que nos que receberam colostro tratado com luz UV ou cru. O pool de colostro pode ter grau elevado de contaminação por bactérias, que se ligam aos receptores dos enterócitos responsáveis pela absorção de IgG. Consequentemente, a contaminação bacteriana do colostro pode prejudicar a absorção de IgG (James e Polan, 1978; Staley e Bush, 1985). Estudos recentes (ElizondoSalazar e Heinrichs; 2009) mostraram níveis mais elevados de IgG sérica em bezerros alimentados com colostro submetido a tratamento térmico (60oC por 30 minutos) do que em bezerros alimentados com colostro cru, provavelmente devido à maior absorção de IgG. O tratamento com luz ultravioleta foi menos eficiente em reduzir a contagem total de colônias (CPP) e teve maior efeito deletério sobre a concentração de IgG no colostro neste estudo. Isso poderia explicar a tendência à menor concentração sérica de IgG nos bezerros alocados no grupo em questão. Os bezerros nascidos de vacas primíparas tenderam a apresentar concentrações séricas de IgG mais elevadas do que os nascidos de vacas multíparas (P = 0,05). Tais achados diferem do estudo de Perino (1995), em que a idade da vaca não se mostrou relacionada às concentrações de proteína plasmática e IgG mensuradas 24 horas após o nascimento. Além disso, o estudo aqui descrito revelou relação significante entre peso ao nascimento e concentração sérica de IgG. Os bezerros situados no terceiro quartil de peso ao nascimento (42 a 44 kg) apresentaram as maiores concentrações séricas de IgG, enquanto as menores foram observadas nos bezerros situados no primeiro quartil de peso ao nascimento (22 a 37 kg). É provável que os bezerros situados no primeiro quartil de peso ao nascimento fossem imaturos, o que poderia ter relação com a menor capacidade intestinal de absorção de IgG. Entretanto, outros estudos (Perino, 1995; Jones et al., 2004) falharam em demonstrar relação entre peso ao nascimento e concentração sérica de IgG. Neste estudo, a pasteurização HTST teve efeito negativo sobre a concentração de lactoferrina no leite de descarte. A desnaturação e a alteração da conformação da lactoferrina bovina mediante exposição às temperaturas de pasteurização foram previamente relatadas (Kulmyrzaev et al., 2005; Schwarcz et al., 2008). Lakritz et al., (2000) descreveram concentrações inferiores de lactoferrina em bezerros tratados com colostro pasteurizado, em relação a bezerros tratados com colostro cru. Por outro lado, o tratamento UVLT não pareceu afetar a concentração de lactoferrina no leite de descarte. Neste estudo, o tipo de colostro e leite de descarte não afetou o ganho de peso, a incidência de pneumonia e diarréia, ou a capacidade de sobrevivência dos bezerros até o desmame. A pneumonia foi o fator que mais influenciou o ganho de peso; os bezerros que apresentaram pneumonia eram em média 3,1 kg mais leves ao desmame do que os não afetados. Dados semelhantes foram apresentados por Virtala et al. (1996), que relataram relação entre pneumonia comprovada e tratada e redução de 66g no ganho diário médio; segundo os mesmos autores, a falha na transferência de imunidade passiva levou a uma redução da ordem de 48 g do ganho diário médio ao longo do 1º mês de vida do bezerro. Em nosso estudo, também 6 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos observamos redução significante do peso ao desmame em resposta à falha na transferência de imunidade passiva. O tipo de colostro e leite de descarte não afetou a incidência de pneumonia. Entretanto, observações interessantes relativas aos possíveis fatores de risco para pneumonia foram compiladas. Os bezerros nascidos de vacas multíparas ou de vacas que desenvolveram metrite ou retenção de placenta após o parto apresentaram maior risco de pneumonia antes do desmame. Perez et al. (1990) também relataram menor predisposição à pneumonia em bezerros nascidos de vacas primíparas. Segundo Lundborg et al. (2003), a morbidade da vaca durante o período final da gestação e a retenção de placenta guardam relação com o risco relativo de pneumonia nos bezerros; o risco relativo de desenvolvimento de pneumonia foi maior em bezerros nascidos de vacas que apresentaram alguma enfermidade entre 280 e 50 dias antes do parto e de vacas que apresentaram retenção de placenta do que em bezerros nascidos de vacas sadias. Sabe-se que o período de transição introduz desafios imunológicos importantes para a vaca e que a ocorrência de metrite e retenção de placenta em geral resultam do comprometimento da função imune (Kimura et al., 2002; Hammon et al., 2006). O balanço energético negativo grave (caracterizado pela elevação das concentrações sanguíneas de ácidos graxos não esterificados e beta-hidroxibutirato), o maior estresse oxidativo (resultante da maior produção e íons oxigênio, radicais livres e hidroperoxidases lipídicas) e a depleção de micronutrientes importantes podem influenciar o estado imunossupressivo da vaca de transição (Sordillo et al., 2009). Fatores relacionados à imunossupressão poderiam, através da circulação, afetar também o feto, com comprometimento futuro da função imune do bezerro; portanto, quanto maior o estresse metabólico sofrido pela vaca no final da gestação, maior a susceptibilidade da cria a doenças como a pneumonia. O tipo de colostro e leite de descarte também não afetou a incidência de diarréia. Entretanto, a paridade da vaca, o parto assistido e o peso do bezerro ao nascimento foram identificados como fatores de risco para a diarréia antes do desmame. Neste estudo, os bezerros nascidos de vacas primíparas apresentaram concentrações séricas de IgG mais elevadas, o que, em parte, poderia explicar a menor incidência de diarréia observada nos mesmos. Os bezerros nascidos de vacas que necessitaram de auxílio durante o parto mostraram-se mais susceptíveis à diarréia antes do desmame. Analogamente, Lombard et al. (2007) relataram maior chance de transtornos digestivos em bezerras nascidas de vacas acometidas de distocia leve ou grave. Assim como Berge et al. (2009), observamos associação entre baixo peso ao nascimento e maior incidência de diarréia. Segundo Berge et al (2009), a maior incidência de diarréia poderia refletir o fornecimento de maior quantidade de leite em relação ao peso corporal para bezerros de baixo peso, levando a maior produção fecal comparativamente a bezerros mais pesados. A capacidade de sobrevivência dos bezerros também não foi afetada pelo tipo de colostro ou leite de descarte. Por outro lado, demonstramos que a concentração sérica de IgG, o peso do bezerro ao nascimento e a ocorrência de metrite na vaca afetam a capacidade de sobrevivência do bezerro até o desmame. A falha na transferência de imunidade passiva já foi descrita como um fator de risco importante para a mortalidade pré-desmame em bezerros (Donovan et al., 1998; Berge et al., 2009). Neste estudo, os bezerros nascidos de vacas que desenvolveram metrite mostraram-se mais susceptíveis à pneumonia, o que poderia explicar a associação observada entre metrite da vaca e capacidade de sobrevivência do bezerro. CONCLUSÃO 7 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Concentrações significantemente mais elevadas de IgG foram observadas no colostro cru em relação ao colostro LTLT e UVLT, tendo as menores concentrações sido documentadas no colostro UVLT. Os teores de lactoferrina no colostro e no leite de descarte também foram afetados pelo tratamento, à exceção da falta de efeito do tratamento UVLT sobre o teor de lactoferrina do leite de descarte. A pasteurização do colostro e do leite de descarte foi mais eficaz do que o tratamento UVLT na redução da contagem padrão de bactérias aeróbicas. Entretanto, não houve associação entre tipo de colostro ou leite de descarte e capacidade de sobrevivência, incidência de diarréia, incidência de pneumonia ou ganho de peso dos bezerros. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Berge, A. C. B., T. E. Besser, D. A. Moore and W. M. Sischo. 2009. Evaluation of the effects of oral colostrum supplementation during the first fourteen days on the health and performance of preweaned calves. J. Dairy Sci. 92:286-295. Donovan, G. A., I. R. Dohoo, D. M. Montgomery and F. L. Bennett. 1998. Associations between passive immunity and morbidity and mortality in dairy heifers in Florida, USA. Prev. Vet. Med. 34:31-46. 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Journal of Veterinary Internal Medicine. 14:569-577. 10 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Tabela 1: Redução logarítmica de unidades formadoras de colônias após o tratamento do colostro com luz ultravioleta (UVLT) ou pasteurização lenta a baixas temperaturas (LTLT). A redução logarítmica média por mês de estudo e o respectivo desvio-padrão encontram-se descritos, assim como a redução logarítmica média ao longo do todo o período experimental e o respectivo desvio-padrão. CPP2 E. coli3 Mês UVLT6 LTLT7 Fevereiro 2,7(0,1) 2,7 (0,1) Março 2,2(2,5) Abril S. aureus4 Streptococcus spp.5 UVLT LTLT UVLT LTLT UVLT LTLT 3,4 (2,2) 1,5 (2,0) 2,7 (1,3) 0,3 (1,1) 0,3 (1,1) 0,2 (1,4) 1,2 (2,9) 1,8(0,5) 3,5 (1,9) 1,3 (1,9) 2,9 (3,1) 0,3 (1,1) 0,3 (1,1) 2,9 (2,5) 3,0 (2,5) Maio 1,3 (0,5) 3,1 (1,1) 1,7 (0,7) 5,7 (1,7) 0,2 (0,9) 0,2 (0,9) 2,1 (2,2) 2,3 (2,4) Junho 1,6 (0,4) 3,3 (0,9) 2,3 (1,5) 5,3 (2,5) 0,2 (0,8) 0,2 (0,8) 2,7 (1,6) 3,6 (2,3) Julho 1,7 (0,4) 3,2 (0,7) 2,7 (2,1) 4,6 (3,0) 0,5 (1,2) 0,5 (1,2) 3,3 (1,3) 3,5 (1,5) Agosto 1,7 (0,4) 3,7 (1,3) 2,7 (2,2) 4,4 (3,0) 0,5 (1,3) 0,5 (1,3) 3,4 (1,3) 3,9 (1,6) 1,5 (0,3) 4,7 (2,1) 3,0 (2,1) 5,3 (2,3) 1,3 (1,8) 1,3 (1,8) 2,9 (1,6) 4,5 (1,9) Setembro Média (D.P.) 1 a b a b a a a 1,7 (1,0) 3,5 (1,5) 2,2 (1,9) 4,5 (2,7) 0,4 (1,2) 0,4 (1,2) 2,5 (1,9) 3,1b (2,3) a, b = letras sobrescritas diferentes na mesma coluna indicam valor de P inferior a 0,05 Média (D.P.) = redução logarítmica média de unidades formadoras de colônia após a pasteurização, e respectivo desvio padrão 2 CPP = técnica de contagem padrão em placa de ágar para determinação do número de bactérias aeróbicas. EMD, Chemicals Inc. 3 E. coli = detecção e contagem de Escherichia coli usando meio cromogênico - CHROMagarTM E. coli 4 S. aureus = detecção e contagem de Staphylococcus aureus usando meio cromogênico CHROMagarTM Staph aureus 5 Streptococcus spp. = detecção e contagem de Streptococcus spp. usando meio cromogênico CHROMagarTM StrepB 6 UVLT = tratamento com luz ultravioleta 7 LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas 1 11 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Tabela 2: Redução logarítmica de unidades formadoras de colônias após o tratamento do leite de descarte com luz ultravioleta (UVLT) ou pasteurização rápida a altas temperaturas (HTST). A redução logarítmica média por mês de estudo e o respectivo desvio-padrão encontram-se descritos, assim como a redução logarítmica média ao longo do todo o período experimental e o respectivo desvio-padrão CPP2 Mês UVLT6 7 Fevereiro 5,3 (0,5) Março E. coli3 UVLT HTST 4,9 (0,6) 2,5 (1,6) 2,4 (1,3) 5,4 (1,7) 5,8 (0,8) 2,5 (1,8) 2,6 (1,9) Abril 3,8 (1,7) 4,8 (1,3) 2,4 (1,9) 2,3 (2,3) Maio 3,4 (1,7) 5,0 (0,9) 2,1 (1,8) Junho 3,0 (1,6) 4,8 (1,5) Julho 2,9 (1,4) Agosto Streptococcus spp.5 UVLT HTST UVLT HTST 0,2 (0,8) 0,2 (0,9) 2,3 (2,6) 2,3 (2,4) 0,2 (0,8) 3,0 (2,0) 3,4 (2,0) 1,4 (1,9) 2,5 (2,2) 2,9 (2,3) 1,2 (1,7) 0,9 (1,6) 1,7 (2,2) 2,3 (2,3) 5,2 (0,3) 0,9 (1,6) 0,0 (0,0) 1,5 (2,1) 1,5 (2,0) 3,0 (1,7) 5,2 (0,4) 1,3 (1,7) 0,0 (0,0) 1,3 (2,0) 1,9 (2,0) Setembro 2,0 (1,2) 5,3 (1,7) 1,3 (1,2) 0,6 (1,4) 1,5 (2,2) 2,5 (2,5) Outubro 2,2 (1,6) 5,6 (0,5) 1,9 (1,6) 1,4 (1,9) 2,1 (2,4) 1,6 (2,3) Novembro 1,8 (0,5) 5,6 (0,4) 1,7 (1,8) 1,5 (2,1) 2,6 (2,4) 2,9 (2,7) a HTST S. aureus4 b a a a a a Média (D.P.) 3,3 (1,8) 5,2 (1,1) 1,7 (1,7) 1,2 (1,8) 0,2 (0,8) 0,2 (0,8) 2,0 (2,2) 2,4a (2,3) ab = letras sobrescritas diferentes na mesma coluna indicam valor de P inferior a 0,01 Média (D.P.) = redução logarítmica média de unidades formadoras de colônia após a pasteurização, e respectivo desvio padrão 2 CPP = técnica de contagem padrão em placa de ágar para determinação do número de bactérias aeróbicas. EMD, Chemicals Inc. 3 E. coli = detecção e contagem de Escherichia coli usando meio cromogênico - CHROMagarTM E. coli 4 S. aureus = detecção e contagem de Staphylococcus aureus usando meio cromogênico CHROMagarTM Staph aureus 5 Streptococcus spp. = detecção e contagem de Streptococcus spp. usando meio cromogênico CHROMagarTM StrepB 6 UVLT = tratamento com luz ultravioleta 7 HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas 1 12 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Tabela 3: Médias dos Quadrados Mínimos (MQM) e respectivos intervalos de confiança de 95% da concentração sérica de IgG dos bezerros (unidades) de acordo com as diferentes variáveis categóricas incluídas na análise de variância. O sangue foi coletado por punção jugular no terceiro dia de vida e o soro obtido por centrifugação dentro de 6 h após a coleta MQM (95% I.C.), IgG sérica1 Valor de P Tipo de colostro E. coli U.F.C/ml5 Streptococcus spp. U.F.C/ml6 Paridade da Vaca Quartis de peso ao nascimento (Kg) Cru2 2.249,7 (2060,3 – 2438,8) LTLT3 2.310,2 (2.132,1 – 2.488,3) UVLT4 2.039,3 (1.853,3 – 2.225,2) < 3.000 1.819,4 (1.602,6 – 2.036,3) 3.000 – 60.000 2.343,6 (2.143,5 – 2.543,8) 60.001 – 10.000.000 2.265,9 (1.943,6 – 2.588,3) > 10.000.000 2.369,7 (2.180,6 – 2.558,8) < 3000 2.246,4 (2.031,2 – 2.461,5) 3.000 – 120.000 2.469,8 (2.247,1 – 2.692,5) 120.001 – 1.800.000 2.027,5 (1.821,0 – 2.234,1) >1.800.000 2.055,0 (1.807,3 – 2.302,8) primípara 2.306,3 (2.146,6 – 2.466,0) multípara 2.093,0 (1.941,1 – 2.245,0) 22 – 37 1.932,0 (1.719,3 – 2.145,8) 38 – 41 2.331.8 (2.117,2 – 2.546,5) 42 – 44 2.389.9 (2.170,6 – 2.609,2) 0,08 0,001 0,02 0,05 0,001 45 - 59 2.145.0 (1.937,3 – 2.352,7) MQM (95% I.C.) de IgG sérica = Média dos Quadrados Mínimos (MQM); IgG sérica dosada no terceiro dia de vida dos bezerros 2 Cru = colostro cru 3 LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas. 4 UVLT = tratamento com luz ultravioleta. 5 E. coli U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Escherichia coli cultivada antes do tratamento/pasteurização do colostro 6 Streptococcus spp. U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Streptococcus sp. cultivado antes do tratamento/pasteurização do colostro 1 13 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Tabela 4: Análise de sobrevivência pelo modelo de riscos proporcionais de Cox, avaliando o efeito de diversos fatores de risco para capacidade de sobrevivência do bezerro nos primeiros 60 dias de vida (do nascimento ao desmame) Mortalidade Razão de Valor de % risco P 1 LTLT 3,8 1,2 2 Tipo de colostro Cru 3,2 1,3 0,85 3 UVLT 2,8 Reff. UVLT 4,2 1,9 Tipo de leite de descarte 0,10 4 HTST 2,4 Reff. primípara 1,9 Reff. Paridade da Vaca 0,05 multípara 4,4 2,3 Sim 9,5 3,3 Vaca diagnosticada com metrite 0,003 Não 2,4 Reff. 5,4 2,7 Níveis séricos de IgG do bezerro < 1.250 0,01 5 (mg/dl) ≥ 1.250 2,0 Reff. < 3.000 2,3 1,1 3.000 – 60.000 6,2 3,5 E. coli U.F.C/ml6 0,05 60.001 – 2,9 2,0 10.000.000 > 10,000,000 1,8 Reff. 22 – 37 6,5 5,4 38 – 41 1,4 Reff. Quartis de peso ao nascimento 0,02 (Kg) 42 – 44 2,6 2,7 45 - 59 2,3 1,5 1 LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas (colostro) 2 Cru = colostro cru 3 UVLT = tratamento com luz ultravioleta 4 HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas (leite de descarte) 5 Concentração sérica de IgG do bezerro (mg/dl) = IgG < 1.250 mg/dl (falha na transferência de imunidade passiva) ou IgG ≥ 1.250 mg/dl 6 E. coli U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Escherichia coli cultivada antes do tratamento/pasteurização do colostro 14 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Tabela 5: Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a chance de desenvolvimento de diarreia analisada por regressão logística multivariada Razão de Probabilidade Valor de chances ajustada % P ajustada Cru1 42,8 1,4 2 Tipo de colostro UVLT 40,2 1,1 0,17 3 LTLT 36,7 Reff. 4 HTST 38,6 1,0 Tipo de leite de descarte 0,82 UVLT 37,1 Reff. Sim 46,3 1,6 Parto assistido 0,05 Não 37,0 Reff. primípara 32,1 Reff. Paridade da vaca 0,001 multípara 43,2 1,6 22 – 37 46,0 1,8 38 – 41 44,5 1,6 Quartis de peso ao 0,01 nascimento (Kg) 42 – 44 40,1 1,3 45 - 59 35,7 Reff. 1 Cru = colostro cru 2 UVLT = tratamento com luz ultravioleta 3 LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas 4 HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas 15 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Tabela 6: Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a chance de desenvolvimento de pneumonia analisada por regressão logística multivariada Razão de Probabilidade Valor de chances ajustada % P ajustada Raw1 12,3 1,55 2 Tipo de colostro UVLT 9,0 1,16 0,29 3 LTLT 8,6 Reff. 4 HTST 9,2 Reff. Tipo de leite de descarte 0,43 UVLT 10,7 1,20 Sim 20,9 2,05 Vaca diagnosticada com 0,02 metrite Não 8,4 Reff. Sim 36,4 3,80 Vaca diagnosticada com < 0,001 retenção de placenta Não 8,5 Reff. primípara 7,2 Reff. Paridade da vaca 0,04 multípara 12,3 1,65 < 3.000 13,1 2,30 3.000 – 60.000 11,5 1,97 E. coli U.F.C/ml5 0,05 60.001 – 10.000.000 11,8 1,98 > 10.000.000 6,1 Reff. 1 Cru = colostro cru 2 UVLT = tratamento com luz ultravioleta 3 LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas 4 HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas 5 E. coli U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Escherichia coli cultivada antes do tratamento/pasteurização do colostro 16 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Tabela 7: Médias dos Quadrados Mínimos (MQM) e respectivos intervalos de confiança de 95% do peso do bezerro de acordo com as diferentes variáveis categóricas incluídas na análise de variância. O peso foi quantificado semanalmente, do nascimento até o desmame, totalizando oito semanas MQM (95% I.C.), Valor peso do bezerro de P 56,56 (55,88 – Cru1 57,24) 56,41 (55,74 Tipo de colostro LTLT2 0,86 57,08) 56,56 (55,87 UVLT3 57,24) 56,58 (55,96 – UVLT 57,20) Tipo de leite de descarte 0,5 56,43 (55,79 – 4 HTST 57,07) 57,19 (56,39 – < 3.000 58,00) 57,10 (56,41 3.000 – 60.000 57,78) 5 E. coli U.F.C/ml 0,003 60.001 – 56,31 (55,55 10.000.000 57,06) 55,44 (54,64 > 10.000.000 56,24) 57,19 (56,39 – < 2.800.000 58,00) 2.800.001 – 57,10 (56,41 – 14.000.000 57,78) CPP U.F.C/ml6 0,0002 14.000.001 – 56,31 (55,56 – 22.000.000 57,06) 55,44 (54,64 – >22.000.000 56,24) 54,96 (54,00 – Sim 55,92) Pneumonia <0,0001 58,06 (57,63 – Não 58,49) 57,05 (56,56 – Baia maternidade 57,54) Local do parto 0,007 Baia de free-stall 55,97 (55,10 – (vacas secas) 56,83) 56,09 (55,45 – < 1.250 56,72) Concentração sérica de IgG do bezerro 0,05 7 (mg/dl) 56,93 (56,30 – ≥ 1.250 57,56) 56,18 (55,51 – Paridade da vaca primípara 0,01 56,84) 17 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos multípara 56,84 (56,24 – 57,45) Peso ao nascimento <0,0001 Pneumonia*semana Vide figura 3 <0,0001 Concentração sérica de IgG do bezerro* Vide figura 4 <0,0001 semana CPP*semana Vide figura 5 <0,0001 Escherichia coli*semana Vide figura 6 <0,0001 1 Cru = colostro cru 2 LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas 3 UVLT = tratamento com luz ultravioleta 4 HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas 5 E. coli U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Escherichia coli cultivada antes da aplicação de qualquer tratamento ao colostro 6 CPP = técnica de contagem padrão em placa de ágar para determinação do número de bactérias aeróbicas. EMD, Chemicals Inc. 7 Concentração sérica de IgG do bezerro (mg/dl) = IgG < 1.250 mg/dl (falha na transferência de imunidade passiva) ou IgG ≥ 1.250 mg/dl 18 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Figura 1: Concentrações médias de IgG no colostro e respectivos intervalos de confiança de 95% de acordo com os diferentes tipos de colostro; pasteurização lenta a baixas temperaturas (LTLT), colostro cru (Cru) e tratamento com luz ultravioleta (UVLT). As concentrações médias de IgG no colostro foram de 52,4 mg/ml (35 – 44), 69,1 mg/ml (64 – 74) e 39,5 mg/ml (35 – 44) para o colostro LTLT, Cru e UVLT, respectivamente (valor de P – < 0,001). Na figura Vertical = IgG do colostro mg/ml Horizontal = LTLT CRU UVLT 80 Colostrum IgG mg/ml 70 60 50 40 30 20 10 0 LTLT RAW UVLT 19 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Figura 2: Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a concentração de lactoferrina (µg/ml). Resultados apresentados na forma de teores médios de lactoferrina e respectivos intervalos de confiança de 95%. Na figura Vertical = concentração de lactoferrina (µg/ml) Horizontal = Cru UVLT HTST/LTLT Leite de descarte Colostro 20 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Figura 3. Médias dos quadrados mínimos semanais de peso corporal (kg), do dia do nascimento até o desmame. A linha cinza escuro representa os bezerros diagnosticados com pneumonia e a linha cinza claro representa os bezerros sadios. Os erros padrão das médias estão indicados na forma de barras de erros. 21 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Figura 4. Médias dos quadrados mínimos semanais de peso corporal (kg), do dia do nascimento até o desmame. A linha cinza claro representa os bezerros com falha na transferência de imunidade passiva (IgG sérica < 1.250 mg/dl) e a linha cinza escuro representa os bezerros sem falha na transferência de imunidade passiva. Os erros padrão das médias estão indicados na forma de barras de erros. 22 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Figura 5. Médias dos quadrados mínimos semanais de peso corporal (kg), do dia do nascimento até o desmame. As linhas representam os quartis de contagem total de bactérias (UFC/ml) no leite de descarte antes da pasteurização ou tratamento com luz ultravioleta (UVLT). A linha preta cheia representa o primeiro quartil da contagem total de bactérias (abaixo de 2.800.000 UFC/ml); a linha cinza pontilhada representa o segundo quartil da contagem total de bactérias (entre 2.801.000 e 14.000.000 UFC/ml); a linha cinza tracejada representa o terceiro quartil da contagem total de bactérias (entre 14.001.000 e 22.000.000 UFC/ml) e a linha cinza cheia representa o quarto quartil da contagem total de bactérias (acima de 22.001.000 UFC/ml). Os erros padrão das médias estão indicados na forma de barras de erros. 23 XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos Figura 6. Médias dos quadrados mínimos semanais de peso corporal (kg), do dia do nascimento até o desmame. As linhas representam os quartis de contagem total de Escherichia coli (UFC/ml) no leite de descarte antes de qualquer tratamento. A linha preta cheia representa o primeiro quartil da contagem de bactérias (abaixo de 3.000 UFC/ml); a linha cinza pontilhada representa o segundo quartil da contagem de bactérias (entre 3.000 e 60.000 UFC/ml); a linha cinza tracejada representa o terceiro quartil da contagem de bactérias (entre 60.001 e 10.000.000 UFC/ml) e a linha cinza cheia representa o quarto quartil da contagem de bactérias (acima de 10.000.000 UFC/ml). Os erros padrão das médias estão indicados na forma de barras de erros. 24
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