XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos

Transcrição

XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Novos conhecimentos a respeito do controle das enfermidades dos recém-nascidos
INTRODUÇÃO
Em bezerras leiteiras, o crescimento adequado na fase pré-desmame e a baixa incidência
de doenças, principalmente diarréia e pneumonia, são pré-requisitos para o desempenho ideal
após o desmame e contribuem para a lucratividade da operação leiteira. Ambos são amplamente
influenciados pela ingestão do colostro e pelo manejo da dieta líquida pré-desmame.
O colostro é vital para o bezerro neonato, constituindo fonte de imunoglobulinas, fatores
imunes inespecíficos e nutrientes (Weaver et al., 2000). Por outro lado, o colostro pode expor os
bezerros a diversos patógenos (Johnson et al., 2007). A pasteurização do colostro reduz a
contagem de patógenos, mas pode alterar também a sua composição, principalmente a
concentração de IgG (Godden et al., 2006; Indyk et al., 2008). A pasteurização do colostro in
loco pelo método rápido a altas temperaturas (HTST; 72°C por 15 segundos) pode levar a
redução de 30% da concentração de IgG e gerar viscosidade indesejável (Stabel et al., 2004).
Godden et al. (2006) demonstraram redução de 10% da concentração de IgG no colostro de alta
qualidade (> 75mg/ml) processado em pasteurizador comercial de 30 litros, a 60°C por 120
minutos (pasteurização lenta a baixas temperaturas, LTLT). A eficácia da pasteurização do
colostro a 60°C por 60 minutos na redução da contagem de Salmonella spp., Escherichia coli,
Mycoplasma spp., Listeria e Campylobacter spp., com manutenção de viscosidade aceitável, foi
demonstrada (Gao et al., 2002; Jones et al., 2004; Elizondo-Salazar et al., 2010). Níveis séricos
de proteína total mais elevados em bezerros tratados com colostro pasteurizado (63oC por 30
minutos) do que em bezerros tratados com colostro cru também foram recentemente descritos
(Godden et al., 2003). No estudo de Johnson et al. (2007), o tratamento térmico do colostro a
60°C por 60 minutos resultou em contagens inferiores de bactérias, com preservação da
concentração de IgG; além disso, observou-se maior eficiência de absorção de IgG e
concentrações séricas significantemente mais elevadas de IgG e proteína total às 24 horas de vida
nos bezerros tratados com colostro submetido a tratamento térmico em relação a bezerros
tratados com colostro cru.
A alimentação de bezerros com sucedâneo de leite pode ser dispendiosa, o que faz do
emprego de leite pasteurizado não comercializável (leite de descarte) uma alternativa atraente. O
leite de descarte inclui o leite de vacas com mastite, o que pode aumentar sobremaneira a
contaminação bacteriana. Entretanto, a pasteurização do leite de descarte reduz a contagem
bacteriana (Moore et al., 2009). Segundo Stabel et al. (2004), a pasteurização HTST é eficaz na
eliminação de Mycobacterium paratuberculosis, Salmonella spp. e Mycoplasma spp. do leite de
descarte. Além disso, Godden (2005), demonstrou que bezerros tratados com leite de descarte
pasteurizado no período pré-desmame apresentaram desempenho superior (maiores taxas de
crescimento e menores taxas de morbidade e mortalidade) ao de bezerros tratados com
sucedâneo de leite convencional, além de proporcionar uma vantagem econômica de US$
0,69/bezerro por dia. Entretanto, o processo de pasteurização pode afetar o valor nutricional do
leite devido à desnaturação de proteínas como a lactoferrina, induzida pelo calor. Joslin et al.
(2002) demonstraram redução da idade de desmame e melhora do ganho diário médio em
bezerros suplementados com lactoferrina.
Os sistemas de desinfecção à base de luz ultravioleta (UV) são empregados no tratamento
da água e da água residual nos EUA e na Europa (Lindenauer e Darby, 1994; Guo et al., 2009).
A luz UV é eficaz contra diversos micro-organismos patogênicos que podem ser encontrados na
1
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
água de bebida (Hijnen et al., 2006); sua capacidade de inativar Staphylococcus aureus no leite
(Krishnamurthy et al., 2007) e Listeria monocytogenes no leite cru de cabra (Matak et al., 2005)
também foi demonstrada. A luz UV se mostrou capaz de controlar o crescimento de bactérias em
tanques de leite frio e leite frio de descarte (Smith et al., 2002). Dentre as possíveis vantagens do
tratamento do leite de descarte com luz UV (UVLT), destaca-se o menor gasto de energia em
relação aos protocolos padrão de pasteurização por tratamento térmico, uma vez que o leite
precisa ser aquecido apenas até a temperatura de fornecimento (aproximadamente 40oC) e não
até 71oC (HTST). Portanto, o UVLT poderia ser uma alternativa aos protocolos tradicionais de
pasteurização do leite de descarte ou do colostro. Até onde se sabe, o tratamento do colostro e do
leite de descarte empregados na alimentação de bezerros leiteiros com luz UV ainda não foi
avaliado.
Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes tipos de colostro (cru e
pasteurizado pelo método LTLT ou tratado com luz UV) e leite de descarte (pasteurizado pelo
método HTST ou tratado com luz UV) e dos fatores de risco relacionados sobre a saúde, o
crescimento e a capacidade de sobrevivência de bezerros. O efeito do tratamento sobre a
bacteriologia do colostro e do leite de descarte também foi avaliado, assim como as
concentrações de IgG e lactoferrina.
Desenho experimental e coleta de dados
O estudo consistiu de um ensaio de campo randomizado. Bezerras Holandesas recémnascidas foram inicialmente alocadas em três grupos de tratamento à base de colostro, conforme
o tipo de colostro fornecido (cru, tratado com luz UV e pasteurizado pelo método LTLT; grupos
cru, UVLT e LTLT, respectivamente) e em seguida randomizadas em blocos segundo o tipo de
colostro fornecido e designadas para dois grupos de tratamento à base de leite de descarte
(pasteurizado pelo método HTST ou tratado com luz UV; grupos HTST e UVLT,
respectivamente). O colostro foi coletado duas vezes por dia de todas as vacas multíparas recémparidas; o colostro das vacas primíparas não foi utilizado durante o período experimental. O
colostro coletado foi agrupado em um pool e em seguida dividido em três partes distintas. Uma
terça parte não recebeu nenhum tipo de tratamento e foi engarrafada em jarras de 4 litros e
mantida sob refrigeração (1,7 – 3,3oC) até o uso. Outra terça parte foi submetida à pasteurização
LTLT (pasteurizador DT-10G Platinum, Dairy Tech Inc., Severance, Colorado), tendo sido
submetida a aquecimento a 63oC por 60 minutos, resfriamento rápido, engarrafamento em jarras
de 4 litros e refrigeração (1,7 – 3,3oC) até o uso. O colostro restante foi tratado com luz UV,
empregando-se o sistema UV Pure (GEA Farm Technologies, Naperville, Illinois) de acordo
com as recomendações do fabricante. As jarras contendo os diferentes tipos de colostro foram
numeradas e mantidas em um refrigerador próximo à baia maternidade. Os funcionários da baia
maternidade foram treinados pela equipe de pesquisadores e monitorados diariamente, tendo sido
instruídos a alimentar os bezerros com os diferentes tipos de colostro de acordo com uma tabela
aleatória contendo os tratamentos aleatoriamente designados. As manobras associadas ao
colostro (obtenção do pool, tratamento, fracionamento e estocagem) foram sempre realizadas por
um dos veterinários membros do grupo de pesquisa.
Os bezerros neonatos eram transportados duas vezes ao dia da baia maternidade para o
bezerreiro, onde passariam os próximos 60 dias. Dentro dos grupos de tratamento à base de
colostro, cada bezerro neonato foi designado ao acaso para um dos dois tratamentos à base de
leite de descarte (HTST ou UVLT). Os bezerros alocados no grupo de tratamento à base de leite
de descarte HTST receberam 6 litros de leite pasteurizado imediatamente antes do fornecimento
2
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
(pasteurizador de leite para bezerros, GoodNature calf milk pasteurizer; Goodnature Products
Inc., Orchard Park, New York), duas vezes ao dia. Os bezerros alocados no grupo de tratamento
UVLT também receberam 6 litros de leite de descarte duas vezes ao dia, porém tratado com luz
UV (Pure system; GEA Farm Technologies, Naperville, Illinois), de acordo com recomendações
do fabricante.
Uma amostra de sangue foi coletada de todos os bezerros envolvidos no estudo, no
terceiro dia de vida; as amostras foram coletadas por punção jugular empregando-se tubo
vacutainer de tampa vermelha (Becton Dickinson and Company, Franklin Lakes, NJ). As
amostras de sangue foram refrigeradas e transportadas para nosso laboratório em Ithaca, Nova
Iorque, onde o soro foi separado mediante centrifugação a 20.000 x g por 20 minutos e
armazenado em freezer a -80oC. A saúde dos bezerros foi avaliada semanalmente empregando-se
critérios objetivos de apetite, consistência fecal, estado de hidratação, esforço respiratório e
comportamento (Berge et al., 2009). O peso corporal dos bezerros foi mensurado empregando-se
balança digital (Waypig 15, 62” digital scale; Vittetoe inc., Keota, Iowa), ao nascimento e em
seguida semanalmente, até o desmame.
RESULTADOS
Estatística descritiva
O ensaio aqui descrito envolveu 893 bezerros, dos quais 290 foram tratados com colostro
UVLT, 318 com colostro pasteurizado LTLT e 285 com colostro cru. Além disso, 458 dos 893
bezerros envolvidos no estudo receberam leite de descarte pasteurizado pelo método HTST,
enquanto 435 receberam leite de descarte UVLT.
Do total de bezerros, 418 eram nascidos de vacas primíparas, contra 475 nascidos de
vacas multíparas; 8% dos bezerros receberam auxílio dos funcionários da baia maternidade
durante o parto e a mortalidade durante o período experimental foi de 4,5%. Além disso, 89%
dos bezerros nasceram na baia maternidade e 11% no galpão de free-stall destinado às vacas
próximas à data prevista do parto (close up).
Efeito do tipo de colostro (UVLT, Cru ou LTLT) sobre a concentração de IgG e lactoferrina
Ao todo, 281 amostras do pool de colostro foram empregadas nesta análise (94 de
colostro LTLT, 91 de colostro cru e 96 de colostro UVLT). As concentrações de IgG no colostro
foram de 39,5 e 52,4 e 69,1 (UVLT, LTLT e colostro cru, respectivamente); tanto o tratamento
por pasteurização quanto por luz UV (UVLT) causaram redução significante da concentração de
IgG (P < 0,001). A concentração de IgG também foi significantemente inferior no colostro
UVLT em relação ao colostro pasteurizado (Figura 1). As concentrações de lactoferrina no
colostro pasteurizado ou tratado com luz UV foram inferiores à do colostro cru (P < 0,001)
(Figura 2).
Efeito do tipo de leite de descarte (UVLT ou HTST) sobre a concentração de lactoferrina
A concentração de lactoferrina foi significantemente inferior no leite de descarte
pasteurizado; não houve diferenças significantes entre a concentração de lactoferrina no leite de
descarte UVLT ou antes de qualquer tratamento (P < 0,01) (Figura 2).
Efeito do tipo de colostro (UVLT ou LTLT) sobre a redução logarítmica de unidades
formadoras de colônias
Ao todo, 281 amostras do pool de colostro foram empregadas nesta análise (94 de
colostro LTLT, 91 de colostro cru e 96 de colostro UVLT). A pasteurização LTLT foi mais
eficaz na redução da contagem total de colônias (contagem padrão em placas, CPP) e das
unidades formadoras de colônias (UFC) de Escherichia coli, e Streptococcus spp. do que o
3
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
tratamento com luz UV (P < 0,001) (Tabela 1). Entretanto, a redução logarítmica de UFC de
Staphylococcus aureus não diferiu entre o colostro LTLT e o colostro UVLT.
Efeito do tipo de leite de descarte (UVLT ou HTST) sobre a redução logarítmica de unidades
formadoras de colônias
Ao todo, 270 amostras de leite de descarte foram avaliadas antes e depois dos
tratamentos, empregando-se técnicas microbiológicas padrão (CPP) para estimar a contagem
total de colônias e a contagem de UFC de Escherichia coli, Staphylococcus aureus e
Streptococcus spp. Staphylococcus aureus foi um achado relativamente raro, detectado apenas
durante os meses de março e abril, sendo que a redução logarítmica de UFC de Staphylococcus
aureus após os tratamentos UVLT e HTST não diferiu (P = 0,88). Além disso, a redução
logarítmica do número de UFC de Escherichia coli e Streptococcus spp. não diferiu entre os
tratamentos UVLT e HTST. A pasteurização HTST foi mais eficaz na redução da contagem total
de colônias do que o tratamento com luz UV (P < 0,01) (Tabela 2).
Efeito do tipo de colostro sobre a concentração de IgG e proteína total no soro dos bezerros
aos 3 dias de vida
As variáveis mantidas no modelo linear generalizado foram tipo de colostro, quartil de
UFC de Escherichia coli antes do tratamento do colostro, quartil de UFC de Streptococcus spp.
antes do tratamento do colostro, paridade e quartil de peso ao nascimento. A concentração sérica
de IgG aos 3 dias de vida tendeu (P = 0,08) a ser mais elevada nos bezerros tratados com
colostro pasteurizado (LTLT) do que nos tratados com colostro UVLT ou cru (Tabela 3). Os
bezerros nascidos de vacas primíparas também tenderam a apresentar concentrações séricas de
IgG mais elevadas do que os nascidos de vacas multíparas (P = 0,05). Observou-se associação
significante entre a concentração sérica de IgG e os quartis de peso ao nascimento, UFC de
Escherichia coli e UFC de Streptococcus spp. (Tabela 3). O tratamento do colostro não afetou a
concentração sérica de proteína total; as concentrações séricas de proteína total foram de 5,4, 5,7
e 5,8 (P = 0,13) para colostro UVLT, LTLT e cru, respectivamente.
Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a capacidade de sobrevivência dos bezerros
Não foi observada associação significante entre as variáveis tipo de colostro/leite de
descarte e capacidade de sobrevivência; as variáveis foram forçadas no modelo de riscos
proporcionais de Cox. As variáveis independentes paridade da vaca, vaca diagnosticada com
metrite, concentração sérica de IgG do bezerro, quartil de UFC de Escherichia coli antes do
tratamento e quartil de peso ao nascimento mostraram-se significantemente associadas à
capacidade de sobrevivência. Os bezerros nascidos de vacas que desenvolveram metrite após o
parto apresentaram risco 3,3 vezes maior de óbito do que os bezerros nascidos de vacas que não
desenvolveram metrite (P = 0,003). Os bezerros nascidos de vacas multíparas apresentaram risco
2,3 vezes maior de óbito do que os bezerros nascidos de vacas primíparas (P = 0,05). Os bezerros
com peso ao nascimento entre 22 e 37 kg apresentaram risco 5,4 vezes maior de óbito do que os
bezerros com peso ao nascimento entre 38 e 41 kg (P = 0,02). Os bezerros com concentração
sérica de IgG abaixo de 1.250 mg/dl apresentaram risco 2,7 vezes maior de óbito do que os
bezerros com concentração sérica de IgG acima de 1.250 mg/dl (P = 0,01) (Tabela 4).
Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a chance de desenvolver diarreia
Não foi observada associação significante entre as variáveis tipo de colostro/leite de
descarte e chance de desenvolver diarréia; as variáveis foram forçadas o modelo de regressão
logística. A paridade da vaca e o quartil de peso ao nascimento mostraram-se significantemente
associados à chance de desenvolvimento de diarréia; os bezerros situados no quartil de maior
ganho de peso apresentaram o menor risco de desenvolver diarréia, com incidência ajustada de
4
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
diarréia de 35,7%, contra incidência ajustada de 46% nos bezerros situados no quartil de menor
peso (P = 0,01). A chance de desenvolver diarréia foi 1,6 maior nos bezerros nascidos de vacas
multíparas do que nos nascidos de vacas primíparas (P = 0,001) (Tabela 5).
Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a chance de desenvolver pneumonia
Não foi observada associação significante entre as variáveis tipo de colostro/leite de
descarte e chance de desenvolver pneumonia; as variáveis foram forçadas no modelo de
regressão logística. Os bezerros nascidos de vacas que desenvolveram metrite após o parto
apresentaram chance 2,05 maior de desenvolver pneumonia do que os bezerros nascidos de vacas
que não desenvolveram metrite (P = 0,02). Os bezerros nascidos de vacas que apresentaram
retenção de placenta após o parto apresentaram chance 3,80 maior de desenvolver pneumonia do
que os bezerros nascidos de vacas que não apresentaram retenção de placenta após o parto (P =
0,001). A chance de desenvolver pneumonia foi 1,65 maior nos bezerros nascidos de vacas
multíparas do que nos nascidos de vacas primíparas (P = 0,001) (Tabela 6).
Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre o peso corporal semanal (kg)
Não foi observada associação significante entre as variáveis tipo de colostro/leite de
descarte e peso corporal; as variáveis foram forçadas no modelo linear generalizado (Tabela 7).
A variável peso ao nascimento foi empregada como covariável para ajuste do desequilíbrio
potencial entre os diferentes níveis das variáveis categóricas independentes retidas no modelo.
As variáveis independentes quartil de contagem total de colônias (CCP) e quartil de UFC de
Escherichia coli no colostro antes do tratamento, pneumonia, local do parto, concentração sérica
de IgG do bezerro e paridade mostraram-se significantemente associadas com o peso corporal e
foram mantidas no modelo. Os bezerros que desenvolveram pneumonia apresentaram ganho
médio de peso de 54,96 kg ao longo do período experimental, contra 58,06 kg nos bezerros que
não desenvolveram pneumonia (P < 0,001) (Tabela 7). As interações entre pneumonia,
concentração sérica de IgG do bezerro, quartil de contagem total de colônias, quartil de UFC de
Escherichia coli e peso corporal semanal mostraram-se significantes e foram usadas no modelo
(Figuras 3-6).
DISCUSSÃO
O número de UFC no colostro foi reduzido tanto pelo tratamento UVLT quanto pela
pasteurização LTLT. Entretanto, a pasteurização LTLT foi mais eficiente em reduzir a contagem
total de colônias (CPP) e de UFC de Escherichia coli e Streptococcus spp., embora não em
reduzir a contagem de UFC de Staphylococcus aureus. Sabe-se que a luz UV é capaz de inativar
Staphylococcus aureus no leite (Krishnamurthy et al., 2007). Diferenças significantes na redução
logarítmica do número total de colônias também foram observadas entre o tratamento UVLT e a
pasteurização HTST do leite de descarte, com maior eficiência do segundo método. O colostro é
mais espesso do que o leite de descarte (Foley e Otterby, 1978). A composição e consistência do
líquido podem afetar a penetração e a eficiência da luz UV (Lindenauer e Darby, 1994), o que
poderia explicar a menor eficiência do colostro UVLT neste estudo. A fotorreativação (uso de
luz UV próximo e da enzima fotoliase para reparar lesões de DNA) constitui um possível
mecanismo de defesa das bactérias contra a lesão por luz UV, principalmente quando a
quantidade de luz UV não atinge a dose de desinfecção (Tosa e Hirata, 1999; Hijnen et al.,
2006).
O tratamento UVLT e a pasteurização LTLT causaram redução significante da
concentração de IgG no colostro. Os resultados referentes à pasteurização LTLT concordam com
dados publicados por Godden et al. (2003), que mostram redução significante da concentração de
5
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
IgG após pasteurização a 63oC por 30 minutos. Entretanto, em estudo realizado por ElizondoSalazar e Heinrichs (2009) empregando tempo de pasteurização e volume de colostro diferentes,
além de colostro de alta qualidade comprovada, não houve redução significante da concentração
de IgG no colostro. O uso exclusivo de colostro de alta qualidade (concentração de
imunoglobulinas acima de 50 g/L) no estudo citado (Elizondo-Salazar e Heinrichs; 2009),
diferente portanto do estudo aqui descrito, poderia explicar, em parte, a discrepância entre os
resultados.
A concentração sérica de IgG foi mais alta (diferenças com tendência à significância
estatística, P = 0,08) nos bezerros alimentados com colostro tratado por pasteurização LTLT do
que nos que receberam colostro tratado com luz UV ou cru. O pool de colostro pode ter grau
elevado de contaminação por bactérias, que se ligam aos receptores dos enterócitos responsáveis
pela absorção de IgG. Consequentemente, a contaminação bacteriana do colostro pode prejudicar
a absorção de IgG (James e Polan, 1978; Staley e Bush, 1985). Estudos recentes (ElizondoSalazar e Heinrichs; 2009) mostraram níveis mais elevados de IgG sérica em bezerros
alimentados com colostro submetido a tratamento térmico (60oC por 30 minutos) do que em
bezerros alimentados com colostro cru, provavelmente devido à maior absorção de IgG. O
tratamento com luz ultravioleta foi menos eficiente em reduzir a contagem total de colônias
(CPP) e teve maior efeito deletério sobre a concentração de IgG no colostro neste estudo. Isso
poderia explicar a tendência à menor concentração sérica de IgG nos bezerros alocados no grupo
em questão.
Os bezerros nascidos de vacas primíparas tenderam a apresentar concentrações séricas de
IgG mais elevadas do que os nascidos de vacas multíparas (P = 0,05). Tais achados diferem do
estudo de Perino (1995), em que a idade da vaca não se mostrou relacionada às concentrações de
proteína plasmática e IgG mensuradas 24 horas após o nascimento. Além disso, o estudo aqui
descrito revelou relação significante entre peso ao nascimento e concentração sérica de IgG. Os
bezerros situados no terceiro quartil de peso ao nascimento (42 a 44 kg) apresentaram as maiores
concentrações séricas de IgG, enquanto as menores foram observadas nos bezerros situados no
primeiro quartil de peso ao nascimento (22 a 37 kg). É provável que os bezerros situados no
primeiro quartil de peso ao nascimento fossem imaturos, o que poderia ter relação com a menor
capacidade intestinal de absorção de IgG. Entretanto, outros estudos (Perino, 1995; Jones et al.,
2004) falharam em demonstrar relação entre peso ao nascimento e concentração sérica de IgG.
Neste estudo, a pasteurização HTST teve efeito negativo sobre a concentração de
lactoferrina no leite de descarte. A desnaturação e a alteração da conformação da lactoferrina
bovina mediante exposição às temperaturas de pasteurização foram previamente relatadas
(Kulmyrzaev et al., 2005; Schwarcz et al., 2008). Lakritz et al., (2000) descreveram
concentrações inferiores de lactoferrina em bezerros tratados com colostro pasteurizado, em
relação a bezerros tratados com colostro cru. Por outro lado, o tratamento UVLT não pareceu
afetar a concentração de lactoferrina no leite de descarte.
Neste estudo, o tipo de colostro e leite de descarte não afetou o ganho de peso, a
incidência de pneumonia e diarréia, ou a capacidade de sobrevivência dos bezerros até o
desmame. A pneumonia foi o fator que mais influenciou o ganho de peso; os bezerros que
apresentaram pneumonia eram em média 3,1 kg mais leves ao desmame do que os não afetados.
Dados semelhantes foram apresentados por Virtala et al. (1996), que relataram relação entre
pneumonia comprovada e tratada e redução de 66g no ganho diário médio; segundo os mesmos
autores, a falha na transferência de imunidade passiva levou a uma redução da ordem de 48 g do
ganho diário médio ao longo do 1º mês de vida do bezerro. Em nosso estudo, também
6
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
observamos redução significante do peso ao desmame em resposta à falha na transferência de
imunidade passiva.
O tipo de colostro e leite de descarte não afetou a incidência de pneumonia. Entretanto,
observações interessantes relativas aos possíveis fatores de risco para pneumonia foram
compiladas. Os bezerros nascidos de vacas multíparas ou de vacas que desenvolveram metrite ou
retenção de placenta após o parto apresentaram maior risco de pneumonia antes do desmame.
Perez et al. (1990) também relataram menor predisposição à pneumonia em bezerros nascidos de
vacas primíparas. Segundo Lundborg et al. (2003), a morbidade da vaca durante o período final
da gestação e a retenção de placenta guardam relação com o risco relativo de pneumonia nos
bezerros; o risco relativo de desenvolvimento de pneumonia foi maior em bezerros nascidos de
vacas que apresentaram alguma enfermidade entre 280 e 50 dias antes do parto e de vacas que
apresentaram retenção de placenta do que em bezerros nascidos de vacas sadias.
Sabe-se que o período de transição introduz desafios imunológicos importantes para a
vaca e que a ocorrência de metrite e retenção de placenta em geral resultam do
comprometimento da função imune (Kimura et al., 2002; Hammon et al., 2006). O balanço
energético negativo grave (caracterizado pela elevação das concentrações sanguíneas de ácidos
graxos não esterificados e beta-hidroxibutirato), o maior estresse oxidativo (resultante da maior
produção e íons oxigênio, radicais livres e hidroperoxidases lipídicas) e a depleção de
micronutrientes importantes podem influenciar o estado imunossupressivo da vaca de transição
(Sordillo et al., 2009). Fatores relacionados à imunossupressão poderiam, através da circulação,
afetar também o feto, com comprometimento futuro da função imune do bezerro; portanto,
quanto maior o estresse metabólico sofrido pela vaca no final da gestação, maior a
susceptibilidade da cria a doenças como a pneumonia.
O tipo de colostro e leite de descarte também não afetou a incidência de diarréia.
Entretanto, a paridade da vaca, o parto assistido e o peso do bezerro ao nascimento foram
identificados como fatores de risco para a diarréia antes do desmame. Neste estudo, os bezerros
nascidos de vacas primíparas apresentaram concentrações séricas de IgG mais elevadas, o que,
em parte, poderia explicar a menor incidência de diarréia observada nos mesmos. Os bezerros
nascidos de vacas que necessitaram de auxílio durante o parto mostraram-se mais susceptíveis à
diarréia antes do desmame. Analogamente, Lombard et al. (2007) relataram maior chance de
transtornos digestivos em bezerras nascidas de vacas acometidas de distocia leve ou grave.
Assim como Berge et al. (2009), observamos associação entre baixo peso ao nascimento e maior
incidência de diarréia. Segundo Berge et al (2009), a maior incidência de diarréia poderia refletir
o fornecimento de maior quantidade de leite em relação ao peso corporal para bezerros de baixo
peso, levando a maior produção fecal comparativamente a bezerros mais pesados.
A capacidade de sobrevivência dos bezerros também não foi afetada pelo tipo de colostro
ou leite de descarte. Por outro lado, demonstramos que a concentração sérica de IgG, o peso do
bezerro ao nascimento e a ocorrência de metrite na vaca afetam a capacidade de sobrevivência
do bezerro até o desmame. A falha na transferência de imunidade passiva já foi descrita como
um fator de risco importante para a mortalidade pré-desmame em bezerros (Donovan et al.,
1998; Berge et al., 2009). Neste estudo, os bezerros nascidos de vacas que desenvolveram
metrite mostraram-se mais susceptíveis à pneumonia, o que poderia explicar a associação
observada entre metrite da vaca e capacidade de sobrevivência do bezerro.
CONCLUSÃO
7
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Concentrações significantemente mais elevadas de IgG foram observadas no colostro cru
em relação ao colostro LTLT e UVLT, tendo as menores concentrações sido documentadas no
colostro UVLT. Os teores de lactoferrina no colostro e no leite de descarte também foram
afetados pelo tratamento, à exceção da falta de efeito do tratamento UVLT sobre o teor de
lactoferrina do leite de descarte. A pasteurização do colostro e do leite de descarte foi mais eficaz
do que o tratamento UVLT na redução da contagem padrão de bactérias aeróbicas. Entretanto,
não houve associação entre tipo de colostro ou leite de descarte e capacidade de sobrevivência,
incidência de diarréia, incidência de pneumonia ou ganho de peso dos bezerros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Berge, A. C. B., T. E. Besser, D. A. Moore and W. M. Sischo. 2009. Evaluation of the effects of
oral colostrum supplementation during the first fourteen days on the health and performance
of preweaned calves. J. Dairy Sci. 92:286-295.
Donovan, G. A., I. R. Dohoo, D. M. Montgomery and F. L. Bennett. 1998. Associations between
passive immunity and morbidity and mortality in dairy heifers in Florida, USA. Prev. Vet.
Med. 34:31-46.
Elizondo-Salazar, J. A. and A. J. Heinrichs. 2009. Feeding heat-treated colostrum or unheated
colostrum with two different bacterial concentrations to neonatal dairy calves. J. Dairy Sci.
92:4565-4571.
Elizondo-Salazar, J. A., B. M. Jayarao and A. J. Heinrichs. 2010. Effect of heat treatment of
bovine colostrum on bacterial counts, viscosity, and immunoglobulin G concentration. J.
Dairy Sci. 93:961-967.
Foley, J. A. and D. E. Otterby. 1978. Availability, storage, treatment, composition, and feeding
value of surplus colostrum: A review. J. Dairy Sci. 61:1033-1060.
Gao, A., L. Mutharia, S. Chen, K. Rahn and J. Odumeru. 2002. Effect of pasteurization on
survival of mycobacterium paratuberculosis in milk. J. Dairy Sci. 85:3198-3205.
Godden, S. M., S. Smith, J. M. Feirtag, L. R. Green, S. J. Wells and J. P. Fetrow. 2003. Effect of
on-farm commercial batch pasteurization of colostrum on colostrum and serum
immunoglobulin concentrations in dairy calves. J. Dairy Sci. 86:1503-1512.
Godden, S. 2005. Economic analysis of feeding pasteurized nonsaleable milk versus
conventional milk replacer to dairy calves. Journal of the American Veterinary Medical
Association. - 1547.
Godden, S., S. McMartin, J. Feirtag, J. Stabel, R. Bey, S. Goyal, L. Metzger, J. Fetrow, S. Wells
and H. Chester-Jones. 2006. Heat-treatment of bovine colostrum. II: Effects of heating
duration on pathogen viability and immunoglobulin G. J. Dairy Sci. 89:3476-3483.
Guo, M., H. Hu, J. R. Bolton and M. G. El-Din. 2009. Comparison of low- and medium-pressure
ultraviolet lamps: Photoreactivation of Escherichia coli and total coliforms in secondary
effluents of municipal wastewater treatment plants. Water Res. 43:815-821.
Hammon, D. S., I. M. Evjen, T. R. Dhiman, J. P. Goff and J. L. Walters. 2006. Neutrophil
function and energy status in Holstein cows with uterine health disorders. Vet. Immunol.
Immunopathol. 113:21-29.
Hijnen, W. A. M., E. F. Beerendonk and G. J. Medema. 2006. Inactivation credit of UV radiation
for viruses, bacteria and protozoan oocysts in water: A review. Water Res. 40:3-22.
Indyk, H. E., J. W. Williams and H. A. Patel. 2008. Analysis of denaturation of bovine IgG by
heat and high pressure using an optical biosensor. Int. Dairy J. 18:359-366.
8
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
James, R. E. and C. E. Polan. 1978. Effect of orally administered duodenal fluid on serum
proteins in neonatal calves. J. Dairy Sci. 61:1444-1449.
Johnson, J. L., S. M. Godden, T. Molitor, T. Ames and D. Hagman. 2007. Effects of feeding
heat-treated colostrum on passive transfer of immune and nutritional parameters in neonatal
dairy calves. J. Dairy Sci. 90:5189-5198.
Jones, C. M., R. E. James, J. D. Quigley III and M. L. McGilliard. 2004. Influence of pooled
colostrum or colostrum replacement on IgG and evaluation of animal plasma in milk
replacer. J. Dairy Sci. 87:1806-1814.
Joslin, R. S., P. S. Erickson, H. M. Santoro, N. L. Whitehouse, C. G. Schwab and J. J. Rejman.
2002. Lactoferrin supplementation to dairy calves. J. Dairy Sci. 85:1237-1242.
Kimura, K., J. P. Goff, M. E. Kehrli Jr. and T. A. Reinhardt. 2002. Decreased neutrophil function
as a cause of retained placenta in dairy cattle. J. Dairy Sci. 85:544-550.
Krishnamurthy, K., A. Demirci and J. M. Irudayaraj. 2007. Inactivation of Staphylococcus
aureus in milk using flow-through pulsed UV-light treatment system. J. Food Sci. 72:M233M239.
Kulmyrzaev, A.A., D. Levieux, and E. Dufour. 2005. Front-face fluorescence spectroscopy
allows the characterization of mild heat treatments applied to milk. Relations with the
denaturation of milk proteins. J. Agric. Food Chem. 53:502-507.
Lakritz, J., J. W. Tyler, D. E. Hostetler, A. E. Marsh, D. M. Weaver, J. M. Holle, B. J. Steevens,
and J. L. Denbigh. 2000. Effects of pasteurization of colostrum on subsequent serum
lactoferrin concentration and neutrophil superoxide production in calves. Am. J. Vet. Res.
61: 1021-1025.
Lindenauer, K. G. and J. L. Darby. 1994. Ultraviolet disinfection of wastewater: Effect of dose
on subsequent photoreactivation. Water Res. 28:805-817.
Lombard, J. E., F. B. Garry, S. M. Tomlinson, and L. P. Garber. 2007. Impacts of dystocia on
health and survival of dairy calves. J. Dairy Sci. 90:1751–1760.
Lundborg, G. K., P. A. Oltenacu, D. O. Maizon, E. C. Svensson and P. G. A. Liberg. 2003. Damrelated effects on heart girth at birth, morbidity and growth rate from birth to 90 days of age
in Swedish dairy calves. Prev. Vet. Med. 60:175-190.
Matak, K. E., J. J. Churey, R. W. Worobo, S. S. Sumner, E. Hovingh, C. R. Hackney and M. D.
Pierson. 2005. Efficacy of UV light for the reduction of Listeria monocytogenes in goat's
milk. J. Food Prot. 68:2212-2216.
Moore, D. A., J. Taylor, M. L. Hartman and W. M. Sischo. 2009. Quality assessments of waste
milk at a calf ranch. J. Dairy Sci. 92:3503-3509.
Perez, E., J. P. T. M. Noordhuizen, L. A. van Wuijkhuise and E. N. Stassen. 1990. Management
factors related to calf morbidity and mortality rates. Livest. Prod. Sci. 25:79-93.
Perino, L. J. 1995. Effects of various risk factors on plasma protein and serum immunoglobulin
concentrations of calves at postpartum hours 10 and 24. Am. J. Vet. Res. 56:1144.
Schwarcz W. S., L. Carnelocce1, J. L. Silva, A. C. Oliveira and R. B. Goncalves. 2008.
Conformational changes in bovine lactoferrin induced by slow or fast temperature increases.
Biol. Chem. 389:1137–1142.
Smith W.L., M.C. Lagunas Solar and J.S. Cullori. 2002. Use of pulsed ultraviolet laser light for
the cold pasteurization of bovine milk. J. Food Prot. 65:1480-1482. An. Health Res. Rev. 10:
53–63.
Sordillo L. M., G. A. Contreras and S. L. Aitken. 2009. Metabolic factors affecting the
inflammatory response of periparturient dairy cows.
9
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Stabel, J. R., S. Hurd, L. Calvente and R. F. Rosenbusch. 2004. Destruction of Mycobacterium
paratuberculosis, Salmonella spp., and Mycoplasma spp. in raw milk by a commercial onfarm high-temperature, short-time pasteurizer. J. Dairy Sci. 87:2177-2183.
Staley, T. E. and L. J. Bush. 1985. Receptor mechanisms of the neonatal intestine and their
relationship to immunoglobulin absorption and disease. J. Dairy Sci. 68:184-205.
Tosa, K. and T. Hirata. 1999. Photoreactivation of enterohemorrhagic Escherichia coli following
UV disinfection. Water Res. 33:361-366.
Virtala, A. -. K., G. D. Mechor, Y. T. Gröhn and H. N. Erb. 1996. The effect of calfhood
diseases on growth of female dairy calves during the first 3 months of life in New York
State. J. Dairy Sci. 79:1040-1049.
Weaver, D. M., J. W. Tyler, D. C. VanMetre, D. E. Hostetler and G. M. Barrington. 2000.
Passive transfer of colostral immunoglobulins in calves. Journal of Veterinary Internal
Medicine. 14:569-577.
10
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Tabela 1: Redução logarítmica de unidades formadoras de colônias após o tratamento do
colostro com luz ultravioleta (UVLT) ou pasteurização lenta a baixas temperaturas (LTLT). A
redução logarítmica média por mês de estudo e o respectivo desvio-padrão encontram-se
descritos, assim como a redução logarítmica média ao longo do todo o período experimental e o
respectivo desvio-padrão.
CPP2
E. coli3
Mês
UVLT6
LTLT7
Fevereiro
2,7(0,1)
2,7 (0,1)
Março
2,2(2,5)
Abril
S. aureus4
Streptococcus spp.5
UVLT
LTLT
UVLT
LTLT
UVLT
LTLT
3,4 (2,2)
1,5 (2,0)
2,7 (1,3)
0,3 (1,1)
0,3 (1,1)
0,2 (1,4)
1,2 (2,9)
1,8(0,5)
3,5 (1,9)
1,3 (1,9)
2,9 (3,1)
0,3 (1,1)
0,3 (1,1)
2,9 (2,5)
3,0 (2,5)
Maio
1,3 (0,5)
3,1 (1,1)
1,7 (0,7)
5,7 (1,7)
0,2 (0,9)
0,2 (0,9)
2,1 (2,2)
2,3 (2,4)
Junho
1,6 (0,4)
3,3 (0,9)
2,3 (1,5)
5,3 (2,5)
0,2 (0,8)
0,2 (0,8)
2,7 (1,6)
3,6 (2,3)
Julho
1,7 (0,4)
3,2 (0,7)
2,7 (2,1)
4,6 (3,0)
0,5 (1,2)
0,5 (1,2)
3,3 (1,3)
3,5 (1,5)
Agosto
1,7 (0,4)
3,7 (1,3)
2,7 (2,2)
4,4 (3,0)
0,5 (1,3)
0,5 (1,3)
3,4 (1,3)
3,9 (1,6)
1,5 (0,3)
4,7 (2,1)
3,0 (2,1)
5,3 (2,3)
1,3 (1,8)
1,3 (1,8)
2,9 (1,6)
4,5 (1,9)
Setembro
Média (D.P.)
1
a
b
a
b
a
a
a
1,7 (1,0) 3,5 (1,5) 2,2 (1,9) 4,5 (2,7) 0,4 (1,2) 0,4 (1,2) 2,5 (1,9) 3,1b (2,3)
a, b
= letras sobrescritas diferentes na mesma coluna indicam valor de P inferior a 0,05
Média (D.P.) = redução logarítmica média de unidades formadoras de colônia após a
pasteurização, e respectivo desvio padrão
2
CPP = técnica de contagem padrão em placa de ágar para determinação do número de bactérias
aeróbicas. EMD, Chemicals Inc.
3
E. coli = detecção e contagem de Escherichia coli usando meio cromogênico - CHROMagarTM
E. coli
4
S. aureus = detecção e contagem de Staphylococcus aureus usando meio cromogênico CHROMagarTM Staph aureus
5
Streptococcus spp. = detecção e contagem de Streptococcus spp. usando meio cromogênico CHROMagarTM StrepB
6
UVLT = tratamento com luz ultravioleta
7
LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas
1
11
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Tabela 2: Redução logarítmica de unidades formadoras de colônias após o tratamento do leite de
descarte com luz ultravioleta (UVLT) ou pasteurização rápida a altas temperaturas (HTST). A
redução logarítmica média por mês de estudo e o respectivo desvio-padrão encontram-se
descritos, assim como a redução logarítmica média ao longo do todo o período experimental e o
respectivo desvio-padrão
CPP2
Mês
UVLT6
7
Fevereiro
5,3 (0,5)
Março
E. coli3
UVLT
HTST
4,9 (0,6)
2,5 (1,6)
2,4 (1,3)
5,4 (1,7)
5,8 (0,8)
2,5 (1,8)
2,6 (1,9)
Abril
3,8 (1,7)
4,8 (1,3)
2,4 (1,9)
2,3 (2,3)
Maio
3,4 (1,7)
5,0 (0,9)
2,1 (1,8)
Junho
3,0 (1,6)
4,8 (1,5)
Julho
2,9 (1,4)
Agosto
Streptococcus spp.5
UVLT
HTST
UVLT
HTST
0,2 (0,8)
0,2 (0,9)
2,3 (2,6)
2,3 (2,4)
0,2 (0,8)
3,0 (2,0)
3,4 (2,0)
1,4 (1,9)
2,5 (2,2)
2,9 (2,3)
1,2 (1,7)
0,9 (1,6)
1,7 (2,2)
2,3 (2,3)
5,2 (0,3)
0,9 (1,6)
0,0 (0,0)
1,5 (2,1)
1,5 (2,0)
3,0 (1,7)
5,2 (0,4)
1,3 (1,7)
0,0 (0,0)
1,3 (2,0)
1,9 (2,0)
Setembro
2,0 (1,2)
5,3 (1,7)
1,3 (1,2)
0,6 (1,4)
1,5 (2,2)
2,5 (2,5)
Outubro
2,2 (1,6)
5,6 (0,5)
1,9 (1,6)
1,4 (1,9)
2,1 (2,4)
1,6 (2,3)
Novembro
1,8 (0,5)
5,6 (0,4)
1,7 (1,8)
1,5 (2,1)
2,6 (2,4)
2,9 (2,7)
a
HTST
S. aureus4
b
a
a
a
a
a
Média (D.P.) 3,3 (1,8) 5,2 (1,1) 1,7 (1,7) 1,2 (1,8) 0,2 (0,8) 0,2 (0,8) 2,0 (2,2) 2,4a (2,3)
ab
= letras sobrescritas diferentes na mesma coluna indicam valor de P inferior a 0,01
Média (D.P.) = redução logarítmica média de unidades formadoras de colônia após a
pasteurização, e respectivo desvio padrão
2
CPP = técnica de contagem padrão em placa de ágar para determinação do número de bactérias
aeróbicas. EMD, Chemicals Inc.
3
E. coli = detecção e contagem de Escherichia coli usando meio cromogênico - CHROMagarTM
E. coli
4
S. aureus = detecção e contagem de Staphylococcus aureus usando meio cromogênico CHROMagarTM Staph aureus
5
Streptococcus spp. = detecção e contagem de Streptococcus spp. usando meio cromogênico CHROMagarTM StrepB
6
UVLT = tratamento com luz ultravioleta
7
HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas
1
12
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Tabela 3: Médias dos Quadrados Mínimos (MQM) e respectivos intervalos de confiança de 95%
da concentração sérica de IgG dos bezerros (unidades) de acordo com as diferentes variáveis
categóricas incluídas na análise de variância. O sangue foi coletado por punção jugular no
terceiro dia de vida e o soro obtido por centrifugação dentro de 6 h após a coleta
MQM (95% I.C.), IgG sérica1 Valor de P
Tipo de colostro
E. coli U.F.C/ml5
Streptococcus spp. U.F.C/ml6
Paridade da Vaca
Quartis de peso ao nascimento
(Kg)
Cru2
2.249,7 (2060,3 – 2438,8)
LTLT3
2.310,2 (2.132,1 – 2.488,3)
UVLT4
2.039,3 (1.853,3 – 2.225,2)
< 3.000
1.819,4 (1.602,6 – 2.036,3)
3.000 – 60.000
2.343,6 (2.143,5 – 2.543,8)
60.001 – 10.000.000
2.265,9 (1.943,6 – 2.588,3)
> 10.000.000
2.369,7 (2.180,6 – 2.558,8)
< 3000
2.246,4 (2.031,2 – 2.461,5)
3.000 – 120.000
2.469,8 (2.247,1 – 2.692,5)
120.001 – 1.800.000
2.027,5 (1.821,0 – 2.234,1)
>1.800.000
2.055,0 (1.807,3 – 2.302,8)
primípara
2.306,3 (2.146,6 – 2.466,0)
multípara
2.093,0 (1.941,1 – 2.245,0)
22 – 37
1.932,0 (1.719,3 – 2.145,8)
38 – 41
2.331.8 (2.117,2 – 2.546,5)
42 – 44
2.389.9 (2.170,6 – 2.609,2)
0,08
0,001
0,02
0,05
0,001
45 - 59
2.145.0 (1.937,3 – 2.352,7)
MQM (95% I.C.) de IgG sérica = Média dos Quadrados Mínimos (MQM); IgG sérica dosada no
terceiro dia de vida dos bezerros
2
Cru = colostro cru
3
LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas.
4
UVLT = tratamento com luz ultravioleta.
5
E. coli U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Escherichia coli cultivada
antes do tratamento/pasteurização do colostro
6
Streptococcus spp. U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Streptococcus
sp. cultivado antes do tratamento/pasteurização do colostro
1
13
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Tabela 4: Análise de sobrevivência pelo modelo de riscos proporcionais de Cox, avaliando o
efeito de diversos fatores de risco para capacidade de sobrevivência do bezerro nos primeiros 60
dias de vida (do nascimento ao desmame)
Mortalidade
Razão de
Valor de
%
risco
P
1
LTLT
3,8
1,2
2
Tipo de colostro
Cru
3,2
1,3
0,85
3
UVLT
2,8
Reff.
UVLT
4,2
1,9
Tipo de leite de descarte
0,10
4
HTST
2,4
Reff.
primípara
1,9
Reff.
Paridade da Vaca
0,05
multípara
4,4
2,3
Sim
9,5
3,3
Vaca diagnosticada com metrite
0,003
Não
2,4
Reff.
5,4
2,7
Níveis séricos de IgG do bezerro < 1.250
0,01
5
(mg/dl)
≥ 1.250
2,0
Reff.
< 3.000
2,3
1,1
3.000 – 60.000
6,2
3,5
E. coli U.F.C/ml6
0,05
60.001
–
2,9
2,0
10.000.000
> 10,000,000
1,8
Reff.
22 – 37
6,5
5,4
38 – 41
1,4
Reff.
Quartis de peso ao nascimento
0,02
(Kg)
42 – 44
2,6
2,7
45 - 59
2,3
1,5
1
LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas (colostro)
2
Cru = colostro cru
3
UVLT = tratamento com luz ultravioleta
4
HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas (leite de descarte)
5
Concentração sérica de IgG do bezerro (mg/dl) = IgG < 1.250 mg/dl (falha na transferência de
imunidade passiva) ou IgG ≥ 1.250 mg/dl
6
E. coli U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Escherichia coli cultivada
antes do tratamento/pasteurização do colostro
14
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Tabela 5: Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a chance de desenvolvimento de
diarreia analisada por regressão logística multivariada
Razão de
Probabilidade
Valor de
chances
ajustada %
P
ajustada
Cru1
42,8
1,4
2
Tipo de colostro
UVLT
40,2
1,1
0,17
3
LTLT
36,7
Reff.
4
HTST
38,6
1,0
Tipo de leite de descarte
0,82
UVLT
37,1
Reff.
Sim
46,3
1,6
Parto assistido
0,05
Não
37,0
Reff.
primípara
32,1
Reff.
Paridade da vaca
0,001
multípara
43,2
1,6
22 – 37
46,0
1,8
38 – 41
44,5
1,6
Quartis de peso ao
0,01
nascimento (Kg)
42 – 44
40,1
1,3
45 - 59
35,7
Reff.
1
Cru = colostro cru
2
UVLT = tratamento com luz ultravioleta
3
LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas
4
HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas
15
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Tabela 6: Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a chance de desenvolvimento de
pneumonia analisada por regressão logística multivariada
Razão de
Probabilidade
Valor de
chances
ajustada %
P
ajustada
Raw1
12,3
1,55
2
Tipo de colostro
UVLT
9,0
1,16
0,29
3
LTLT
8,6
Reff.
4
HTST
9,2
Reff.
Tipo de leite de descarte
0,43
UVLT
10,7
1,20
Sim
20,9
2,05
Vaca diagnosticada com
0,02
metrite
Não
8,4
Reff.
Sim
36,4
3,80
Vaca diagnosticada com
< 0,001
retenção de placenta
Não
8,5
Reff.
primípara
7,2
Reff.
Paridade da vaca
0,04
multípara
12,3
1,65
< 3.000
13,1
2,30
3.000 – 60.000
11,5
1,97
E. coli U.F.C/ml5
0,05
60.001 – 10.000.000
11,8
1,98
> 10.000.000
6,1
Reff.
1
Cru = colostro cru
2
UVLT = tratamento com luz ultravioleta
3
LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas
4
HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas
5
E. coli U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Escherichia coli cultivada
antes do tratamento/pasteurização do colostro
16
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Tabela 7: Médias dos Quadrados Mínimos (MQM) e respectivos intervalos de confiança de 95%
do peso do bezerro de acordo com as diferentes variáveis categóricas incluídas na análise de
variância. O peso foi quantificado semanalmente, do nascimento até o desmame, totalizando oito
semanas
MQM (95% I.C.),
Valor
peso do bezerro
de P
56,56
(55,88
–
Cru1
57,24)
56,41
(55,74 Tipo de colostro
LTLT2
0,86
57,08)
56,56 (55,87 UVLT3
57,24)
56,58 (55,96 –
UVLT
57,20)
Tipo de leite de descarte
0,5
56,43
(55,79 –
4
HTST
57,07)
57,19 (56,39 –
< 3.000
58,00)
57,10 (56,41 3.000 – 60.000
57,78)
5
E. coli U.F.C/ml
0,003
60.001
–
56,31 (55,55 10.000.000
57,06)
55,44 (54,64 > 10.000.000
56,24)
57,19 (56,39 –
< 2.800.000
58,00)
2.800.001
–
57,10 (56,41 –
14.000.000
57,78)
CPP U.F.C/ml6
0,0002
14.000.001 –
56,31 (55,56 –
22.000.000
57,06)
55,44 (54,64 –
>22.000.000
56,24)
54,96 (54,00 –
Sim
55,92)
Pneumonia
<0,0001
58,06 (57,63 –
Não
58,49)
57,05 (56,56 –
Baia maternidade
57,54)
Local do parto
0,007
Baia de free-stall
55,97 (55,10 –
(vacas secas)
56,83)
56,09 (55,45 –
< 1.250
56,72)
Concentração sérica de IgG do bezerro
0,05
7
(mg/dl)
56,93 (56,30 –
≥ 1.250
57,56)
56,18 (55,51 –
Paridade da vaca
primípara
0,01
56,84)
17
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
multípara
56,84 (56,24 –
57,45)
Peso ao nascimento
<0,0001
Pneumonia*semana
Vide figura 3
<0,0001
Concentração sérica de IgG do bezerro*
Vide figura 4
<0,0001
semana
CPP*semana
Vide figura 5
<0,0001
Escherichia coli*semana
Vide figura 6
<0,0001
1
Cru = colostro cru
2
LTLT = pasteurização lenta a baixas temperaturas
3
UVLT = tratamento com luz ultravioleta
4
HTST = pasteurização rápida a altas temperaturas
5
E. coli U.F.C/ml = quartis de unidades formadoras de colônia para Escherichia coli cultivada
antes da aplicação de qualquer tratamento ao colostro
6
CPP = técnica de contagem padrão em placa de ágar para determinação do número de bactérias
aeróbicas. EMD, Chemicals Inc.
7
Concentração sérica de IgG do bezerro (mg/dl) = IgG < 1.250 mg/dl (falha na transferência de
imunidade passiva) ou IgG ≥ 1.250 mg/dl
18
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Figura 1: Concentrações médias de IgG no colostro e respectivos intervalos de confiança de
95% de acordo com os diferentes tipos de colostro; pasteurização lenta a baixas temperaturas
(LTLT), colostro cru (Cru) e tratamento com luz ultravioleta (UVLT). As concentrações médias
de IgG no colostro foram de 52,4 mg/ml (35 – 44), 69,1 mg/ml (64 – 74) e 39,5 mg/ml (35 – 44)
para o colostro LTLT, Cru e UVLT, respectivamente (valor de P – < 0,001).
Na figura
Vertical = IgG do colostro mg/ml
Horizontal = LTLT CRU UVLT
80
Colostrum IgG mg/ml
70
60
50
40
30
20
10
0
LTLT
RAW
UVLT
19
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Figura 2: Efeito do tipo de colostro e leite de descarte sobre a concentração de lactoferrina
(µg/ml). Resultados apresentados na forma de teores médios de lactoferrina e respectivos
intervalos de confiança de 95%.
Na figura
Vertical = concentração de lactoferrina (µg/ml)
Horizontal = Cru
UVLT
HTST/LTLT
Leite de descarte
Colostro
20
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Figura 3. Médias dos quadrados mínimos semanais de peso corporal (kg), do dia do nascimento
até o desmame. A linha cinza escuro representa os bezerros diagnosticados com pneumonia e a
linha cinza claro representa os bezerros sadios. Os erros padrão das médias estão indicados na
forma de barras de erros.
21
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Figura 4. Médias dos quadrados mínimos semanais de peso corporal (kg), do dia do nascimento
até o desmame. A linha cinza claro representa os bezerros com falha na transferência de
imunidade passiva (IgG sérica < 1.250 mg/dl) e a linha cinza escuro representa os bezerros sem
falha na transferência de imunidade passiva. Os erros padrão das médias estão indicados na
forma de barras de erros.
22
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Figura 5. Médias dos quadrados mínimos semanais de peso corporal (kg), do dia do nascimento
até o desmame. As linhas representam os quartis de contagem total de bactérias (UFC/ml) no
leite de descarte antes da pasteurização ou tratamento com luz ultravioleta (UVLT). A linha preta
cheia representa o primeiro quartil da contagem total de bactérias (abaixo de 2.800.000 UFC/ml);
a linha cinza pontilhada representa o segundo quartil da contagem total de bactérias (entre
2.801.000 e 14.000.000 UFC/ml); a linha cinza tracejada representa o terceiro quartil da
contagem total de bactérias (entre 14.001.000 e 22.000.000 UFC/ml) e a linha cinza cheia
representa o quarto quartil da contagem total de bactérias (acima de 22.001.000 UFC/ml). Os
erros padrão das médias estão indicados na forma de barras de erros.
23
XIX Curso Novos Enfoques Na Produção e Reprodução de Bovinos
Figura 6. Médias dos quadrados mínimos semanais de peso corporal (kg), do dia do nascimento
até o desmame. As linhas representam os quartis de contagem total de Escherichia coli (UFC/ml)
no leite de descarte antes de qualquer tratamento. A linha preta cheia representa o primeiro
quartil da contagem de bactérias (abaixo de 3.000 UFC/ml); a linha cinza pontilhada representa o
segundo quartil da contagem de bactérias (entre 3.000 e 60.000 UFC/ml); a linha cinza tracejada
representa o terceiro quartil da contagem de bactérias (entre 60.001 e 10.000.000 UFC/ml) e a
linha cinza cheia representa o quarto quartil da contagem de bactérias (acima de 10.000.000
UFC/ml). Os erros padrão das médias estão indicados na forma de barras de erros.
24

Documentos relacionados

152 - Efeito do estresse de pré parto na absorção

152 - Efeito do estresse de pré parto na absorção eficiência aparente da absorção de IgG alterou de <10% to >25% em bezerros Holandeses alimentados do mesmo colostro em tempos similares após o nascimento e em conformidade com o peso corporal. Entã...

Leia mais