usp sim, exclusão não!
Transcrição
usp sim, exclusão não!
Maio / Junho de 2006 Edição Nº 09 A luta dos funcionários USP SIM, EXCLUSÃO NÃO! Em batalha para não ficarem a margem do processo de “Anexação”, os funcionários da Faenquil se mobilizaram buscando apoio da comunidade, da classe política e dos alunos. Eles tentam provar que não são contra a anexação da Faenquil pela USP, mas sim contra o tratamento que estão recebendo do governo no processo. Conheça um pouco mais da luta daqueles que fizeram a Faenquil o que é hoje. PÁGINAS 6 E 7. Cotel... o que acontecerá após a anexação? A qualidade técnica e acadêmica do Colégio Técnico de Lorena é inquestionável, qual será o futuro deste após a anexação da FAENQUIL pela USP? PÁGINA 8. Entrevista Alunos visitamAngra II Um grupo de alunos da Faenquil esteve participando de uma visita técnica às instalações da usina nuclear Angra II.Acompanhados por funcionários da empresa os alunos tiveram acesso a salas de controle e das turbinas e também ao Laboratório de Monitoração Ambiental. Saiba um pouco mais sobre a visita e sobre a usina na PÁGINA 10. Mudança nas regras do estágio A questão do estágio curricular está sendo discutida nesta edição. Veja a carta aberta que a Comissão de Graduação da Faenquil destinou aos alu- nos. Saiba como algumas dessas mudanças podem alterar a sua vida acadêmica e conheça as principais medidas que serão adotadas. PÁGINA 3. Conheça a Professora Cristina Bormio Nunes, docente do DEMAR. Ela realiza pesquisas na área de supercondutividade aplicada, concluiu seu Pós-Doutorado nesta área no ano de 1996, na University of Wisconsin - Madison, U.W., Estados Unidos. Atualmente ela também trabalha com magnetostricção, trabalho que começou a ser desenvolvido em seu segundo Pós-Doutorado realizado na Technische Universitat Wien, TU WIEN, Áustria concluído no ano de 2004. PÁGINA 11. Nesta edição D Flexibilidade é a chave para o mercado de trabalho D Escolha um símbolo para a Engenharia Bioquímica D Moralidade? Bom, mas tá na lei D Diretor fala sobre o processo de incorporação Página 2 EDITORIAL Quem conhece termodinâmica sabe que qualquer mudança de fase irreversível acarreta aumento na entropia do sistema. Estamos numa época profundas mudanças no sistema de nossa instituição e é normal que as pessoas tenham certo medo e até mesmo alguma aversão ao novo. Na última edição publicamos em primeira mão, o acontecimento mais esperado de todos os tempos pela comunidade acadêmica da FAENQUIL. Depois de anos de espera e impasses, o Conselho Universitário (CO) da USP aprovou a anexação. Após este ato, a nossa instituição ganhou a mídia, diversos jornais e TV citaram o fato. Diversos acontecimentos repercutiram em nossa instituição. Tivemos a manifestação dos funcionários em prol da manutenção de seus respectivos empregos após a anexação, cujo lema é "USP sim, Exclusão Não!". É um fato inegável e todos devemos ter consciência que foram estes servidores que mantiveram a FAENQUIL funcionando durante todos estes anos. E a pergunta obvia é: "Seria justo a exclusão destes servidores?". No outro lado da balança temos também uma parte bastante clara, qualquer pessoa só poderá ingressar como funcionário na USP mediante aprovação em concurso público. Para sanar tais dúvidas e desmistificar um pouco as coisas, fomos procurar nosso comandante, o professor João Baptista que nos recebeu e respondeu a algumas perguntas. Quanto aos trâmites do processo de anexação, apesar de aprovado pelo CO da USP, falta ainda a assinatura do nosso querido governador extinguindo a FAENQUIL e transferindo tudo para a USP, todos acharam que esta assinatura viria no dia seguinte e todos se enganaram. Realmente ninguém sabe ou ninguém nos disse porque ele ainda não autografou o tal documento! Ficamos mais uma vez na incerteza e espera... Serão apresentadas também as importantes mudanças propostas pela Comissão de Graduação com o intuito de disciplinar e corrigir atuais distorções que vem ocorrendo durante o estágio curricular. Cobrimos também o Seminário de Iniciação Científica, onde nossos colegas puderam mostrar um pouquinho do que eles andam desenvolvendo nos laboratórios e oficinas da instituição. Vamos falar um pouquinho da Visita a Usina Nuclear de Angra dos Reis... e sobre a participação do pessoal da FAENQUIL no Congresso Brasileiro de Física da Matéria Condensada com diversos trabalhos apresentados. Agora para saber mais só lendo mesmo o jornal de começo ao fim... Expediente EDITOR: Diego Ramos. DIVISÃO JORNALISTICA: Ana Beatriz, Denis Pinheiro, Felipe A. Santos, Larissa Meirelles, prof. Mack, Rodrigo Salazar, e Willian. PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Leandro Jesus de Paula. COLABORADORES: Carlos Alberto Jr e Alfredo Sahade membros do DA 2006, Debora Souza membro do CAEM 2006, Gabriele EI02, Monalisa (jornalista), e os professores João Batista, Romeiro, Silvinho, entre outros. [email protected] CHARGE CRÔNICA Moralidade? Bom, mas tá na lei Até onde o ser humano vai para poder ser grande? Porque não podemos ser muitas vezes sujeitos simples, gorduchos e não tão bonitos, ou então sermos tudo de oposto, ou todas as possíveis combinações das características citadas? Pra que temos sempre que querer ser o mais esperto, o famoso “malandro”, que dá risada dos outros “trouxas” que fazem as coisas do jeito que acreditam ser correto, que nasceram e cresceram ouvindo de seus familiares que cada um tem suas coisas, e que você já tem um parecido meu filho, ou então que se o papai puder te compra um também, ou mesmo aprendendo que não precisamos ter e nem querer TUDO. Tudo isso é lindo na teoria, até que conhecemos a lei!!! A lei muitas vezes nos capacita e nos mostra que existem caminhos, as conhecidas “brechas” que podem nos levar a ser superiores aos nossos colegas “trouxas”, aqueles mesmos dos quais falei acima. É um grupinho, alguns amigos, só os mais “chegados” vão ser do meu time de “espertos”, afinal precisamos ter uma turma de “espertos” pra poder rir dos “trouxas”. Mas o que se pode fazer se está na lei, não é culpa minha, pode apurar, pode julgar, é provável mesmo que quem julgue esteja no meu time. Alguém viu o que o FHC disse no programa do Jô? Se viu já pode saber que pelo menos três já estão no meu time, eu, o juiz e o Fernandão. Mas eu pergunto, se está na lei porque todos não procuram saber e tentam entrar no nosso time, o dos “espertos”? A resposta é simples, é porque ainda existe vergonha no mundo, pelo menos em alguns, podem não ser muitos, mas o que eu fiz nesse texto, de me incluir nesse time de imbecis, mesmo que por um tempo curto, me fez ter nojo de mim mesmo, preciso de uma limpeza, talvez até ligue no PSOL, ainda não sei. Bom, mas mesmo tudo estando tão claro e mesmo parecendo redundante queria terminar com a seguinte pergunta: Pode até ser legal, MAS É MORAL??? Felipe Antunes Santos EM - 2002 Página 3 As mudanças na política de estágio e o seu caráter essencial Segundo o Ministério do Trabalho considera-se estágio curricular as atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e trabalho de seu meio, sendo realizada na comunidade em geral ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob responsabilidade e coordenação da instituição de ensino. Ou seja, o estágio deve ser complementar a formação do aluno e não uma forma de obter mão-de-obra sem a necessidade de arcar com encargos trabalhistas e previdenciários. Existe uma necessidade de se disciplinar as regras de estágio em nossa instituição. Por exemplo, são conhecidos casos de empresas em que um estagiário da Faenquil realiza X horas semanais de estágio e recebe um salário X e dentro desta mesma empresa um estagiário de outra instituição por um número às vezes muito inferior de horas trabalhadas ganha a mesma remuneração. Isto ocorre porque a instituição de origem deste outro estagiário possui uma regra para estágios que é levada a sério e não permite que seus alunos sejam tratados de qualquer forma. Atualmente sobram relatos sobre fatos deste tipo feitos por alunos da Faenquil que tem atuado nas empresas. Quem nunca ouviu falar nas “empresas de estagiários” onde a pessoa que entra sabe que a efetivação é impossível, ou seja, a empresa contrata o estagiário com o caráter único de explorar sua mão-de-obra barata e livre de encargos. A posição adotada pela Comissão de Graduação que esta apresentada nesta carta abaixo visa disciplinar as regras de estágio e adequá-las a realidade atual. As mudanças serão feitas de forma gradativa. As propostas tentarão por fim principalmente a mazelas que vem ocorrendo atualmente, por exemplo, existe o caso de um aluno que terminou as disciplinas no ano de 2004 e até hoje realiza estágio, este é o que podemos chamar de “estagiário profissional”. Estas distorções que vem ocorrendo devem ser corrigidas e este é o começo da discussão que começa com esta carta a seguir. Diego Ramos EM-2002 Carta aberta à direção e às comunidades docente e discente da Faenquil A Comissão de Graduação tem identificado e analisado problemas referentes ao Estágio Curricular na Faenquil. O número excessivo de horas estagiadas pelos alunos dos Cursos de Graduação, além do tempo gasto em transporte, tem contribuído para a queda de seu desempenho escolar. Os benefícios econômicos para o estagiário e para as Empresas que os contratam superam os objetivos de aprendizagem do estágio (responsabilidade social da empresa), o que leva a uma situação de conivência e conveniência por parte das Empresas e da própria Faenquil em não aprimorar essa política de estágio. A regulamentação do Estágio está desprestigiada, pois contratos novos são firmados sem a entrega e aprovação de relatório(s) de estágio(s) anterior (es), os professores não têm condições temporais e materiais de acompanhar efetivamente os estagiários sob sua supervisão e alguns alunos retardam ao máximo a colação de grau para continuar em Empresas na condição de Estagiário. Este último aspecto, em particular, tem levado à formação de um número expressivo de estagiários permanentes ao invés de engenheiros formados, confrontando a função precípua desta IES. A Comissão de Graduação clama pela valorização do Supervisor de Estágio e que a ele sejam dados todos os recursos e meios para desenvolver suas atribuições à altura da qualidade esperada do profissional a ser formado. Frente a esses e outros fatores, a Comissão de Graduação entende que mudanças profundas devam ser feitas quanto à regulamentação do Estágio Curricular e já discutiu várias ações. Essas mudanças, no entanto, implicam em alterações regimentais, dependentes de aprovação final pelo Conselho Estadual de Educação, o que no momento é inviável dado que outros processos estão em análise no referido Conselho. Mesmo assim, adequações mínimas das normas de Estágios que não dependem de alteração regimental estão sendo encaminhadas: a) O desempenho acadêmico passará a fazer parte da avaliação do estágio; b) Contratos novos somente serão firmados ou mantidos mediante a entrega de relatório referen- te ao contrato anterior; c) Alunos que já cumpriram todos os créditos e já têm o número mínimo de horas estagiadas terão suas solicitações de novos estágios ou renovações negadas. Por fim, a CG entende que existe a necessidade de convidar as empresas da região para um encontro, quando poderemos explicar as nossas preocupações e as medidas que estão sendo adotadas. Contribuiremos assim com a função precípua de formar profissionais cada vez melhores, que possam atender às necessidades da sociedade que financia a sua formação. CDG Página 4 CAEM Trote Solidário Membros do CAEM e da Ordem DeMolay Na manhã de domingo dia 25 de março, o CAEM (Centro Acadêmico de Engenharia de Materiais), em parceria inédita com o Capítulo “Baluartes da Luz para a Juventude” da Ordem DeMolay para o Brasil com sede na cidade de Guaratinguetá, realizou uma visita ao asilo Lar São José. Na ocasião, mais de 17 quilos de alimentos foram doados além de um delicioso café da manhã onde foram servidos pães, bolos, biscoitos e sucos. A iniciativa faz parte do tradicional Trote Solidário, que tem se repetido ao longo dos anos de existência do CAEM, desde sua fundação. A atividade vi- A busca pelo conhecimen to é algo inerente ao ser humano desde a sua constituição primária, quando deixou de ser nômade e se tornou gregário, até nos dias de hoje. Nos primórdios o conhecimento era em função da capacidade de confeccionar novos tipos de utensílios para a caça, com a evolução humana o conhecimento não se limitou à lei de sobrevivência, mas sim a vontade de explorar universos ainda obscuros, ou seja, o conhecimento foi se especializando de tal forma que o ser humano foi capaz de atingir a Lua através dele, conhecimento esse chamado de ciência. Os povos antigos, tais como os gregos, preocuparam-se com a origem e com o significado da existência humana, as especulações em torno desse tema formaram um corpo de conhecimento chamado de filosofia. A formulação de um sou entre outras coisas, manter o caráter filantrópico dos projetos empreendidos pelo referido Centro Acadêmico, além de propiciar um ambiente de irreverência e integração para os alunos do curso de Engenharia de Materiais. No total mais de 45 idosos, além de funcionários foram beneficiados. Projetos como este serão bastante explorados pelo CAEM durante todo este ano, e a diretoria está disponível para críticas e sugestões. O CAEM manifesta seu profundo agradecimento ao Capítulo DeMolay pelo apoio. Participe na escolha de um símbolo para o curso de Engenharia Bioquímica Com o intuito de criar um símbolo para o curso de Engenharia Bioquímica, dois alunos do curso criaram dois possíveis logotipos que poderão ser usados como estampa em camisetas, jaquetas ou adesivos. Para isso, estamos realizando uma votação para decidir qual dos dois símbolos será utilizado. Envie um e-mail o quanto antes para smirnoffice- [email protected] dizendo qual dos dois recebe seu voto ou então se nenhum lhe agrada, não esquecendo de constar seus dados no e-mail e que é valido somente para alunos de Bioquímica. Os alunos dos outros cursos que quiserem criar um símbolo para o seu curso entrem em contato com a equipe do Jornal O Engenheiro. Rodolpho Fonseca EB-2005 Mande sua opinião para [email protected] PARTICIPE! Símbolo I Símbolo II Marcelo Rodrigues EM-2002 FUGINDO UM POUCO DA ENGENHARIA Conhecimento acima de tudo conjunto de pensamentos sobre a origem do homem, seus mistérios, princípios morais formam um outro corpo do conhecimento chamado religião. Ainda na pré-história, o homem deixou marcas de sua sensibilidade nas paredes das cavernas, quando desenhou sua própria figura e a figura da caça, criando uma expressão do conhecimento que denominamos arte. Enfim, arte, religião, filosofia, ciência fazem parte do domínio de conhecimento humano. Hoje o nível de conhecimento é um fator preponderante para avaliar, selecionar, excluir, doutrinar e inserir um homem no âmbito social, mas afinal, o conhecimento pode ser medido?Muitos acreditam que sim, e por isso procu- ram analisar o grau de conhecimento de uma pessoa. Contudo esquecem que o conhecimento pode ser adquirido de várias formas e depende muito da visão de mundo que uma pessoa possui, ou seja, o mundo social e cultural que um indivíduo experimenta ao longo da vida determina e possibilita a construção de um mundo interior capaz facilitar ou dificultar a aquisição de conhecimento. Isso contribui para que o mundo seja habitado por pessoas totalmente diferentes, com seus conceitos, sentimentos, fantasias e sonhos peculiares. Pensando assim não se pode avaliar o grau de conhecimento de uma pessoa, até porque, além dele ser único, ele jamais cessará enquanto houver vida, ampliando ainda mais, chega-se a conclusão de que o homem está sempre se reciclando e essa busca pelo conhecimento torna as pessoas singulares, é o que define cada ser, por isso as pessoas têm fome da sabedoria, para se particularizarem. Aproveitando esse conceito pode-se citar um trecho do livro Grande Sertão: Veredas que expressa de forma rica essa vontade de saber característica dos seres humanos em geral: “O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam”. Larissa Meirelles EQ-2005 Página 5 FUGINDO UM POUCO DA ENGENHARIA Fracassamos: nunca iremos além do óbvio O que aconteceria se alguém dissesse a você que tudo aquilo que você sabe não tem proveito algum? Que a ciência há muito tempo encobre algo controverso? Que o irracional predomina sobre o racional? Que as informações que recebemos são todas manipuladas? Com poucas perguntas podemos gerar um grande debate, onde todos nós estaríamos debaixo do mesmo patamar da ignorância. Por quê? Fracassamos: não conseguimos ir além do óbvio. Somos movidos por sentimentos e barrados por convicções. Somos terminais burros de informação. Aceitamos algumas verdades pelo pré-conhecimento de alguém e nem questionamos mais sua autenticidade. Talvez sejamos meros repetidores. Por isso passamos a fazer perguntas inúteis sobre essa vida e esperamos eternamente por respostas aceitáveis, que nunca virão. Erramos muito mais A palavra responsabilidade, tem mais de um sentido. Assim, uma pessoa responsável por uma área, ou pessoas, é aquela que tem obrigação de tomar as providências necessárias para que os envolvidos cumpram suas obrigações. De outra forma, uma pessoa responsável, em geral, é aquela que sempre cumpre de forma consciente suas diferentes obrigações. Já hábitos são formas de agir que se desenvolvem gradativamente e que passam a fazer parte de nosso dia a dia, podendo ser positivos ou negativos. A Segurança do Trabalho tem ligação direta com responsabilidade e hábitos. Sem normalização e a sua conseqüente aplicação, nunca se terá sucesso em Segurança. Para que normas funcionem, as pessoas precisam ser responsáveis e atender a tudo que lhes for solicitado. Com isto, do que acertamos, e não aprendemos com nossos erros. Perdemos muito tempo observando mais ao nosso redor do que a nós mesmos. Como cientistas, questionamos o que não sabemos, e rejeitamos o que não entendemos. Não conseguimos tirar proveito do avanço da ciência com o avanço da humanidade, então concluo novamente que fracassamos. Veja você mesmo o quanto à ciência evoluiu, e ainda somos o que somos. Há algum proveito nisso? Será que somos idiotas tecnológicos? Não ignoro essa possibilidade. Não ignoro a possibilidade de ser louco. Mas, cientista: conforme a sua sanidade analise esse mundo sensível. Não o ignore. Desintegramos um átomo, mas nunca um preconceito. Valorizamos o ouro, somos ensinados a valorizá-lo, mas não damos valor algum à dignidade humana. Temos mais dó de um cão que passa fome do que um ser humano, como eu e você. Diga-me, cientista: Onde está o real valor dessa vida? Pela lógica, qual a diferença em crer em Deus, em 0!=1, em n0=1, ou no conceito do infinito? O axioma da fé é algo sagrado para ciência? É a ciência alguma religião, onde se crê em idéias e é movida por coisas não provadas? Digam-me, observadores: houve algum vestígio do “avião” que explodiu no ataque de 11 de Setembro, no Pentágono? Se alguém sabe fazer o que é certo, e não faz, pode condenar alguém? Há alguém justo em sua plenitude? A práti- SEGURANÇA Responsabilidade e hábitos conforme a repetitividade deste atendimento, acaba-se criando um hábito altamente positivo e que certamente controlará os riscos envolvidos em nossas atividades. Estranhamente, algumas pessoas julgam que, pela sua posição ou nível cultural, poderiam estar isentas de certas responsabilidades, com conseqüências danosas ao meio que vivem. Esquecem que quanto mais crescemos, sob qualquer sentido, mais responsabilidades temos, principalmente por passarmos a ser responsáveis por pessoas. Felizmente estas posições acabam se modificando quando o meio, como um todo, é treina- do e passa a ter um comportamento diferente, do que se costumava ter antes. É interessante completarmos nosso raciocínio, com um exemplo real vivido por um dos nossos professores numa Universidade da Alemanha. “Ao entrar num laboratório viu uma “doutora” operando um equipamento, orientando-se por uma Instrução de Trabalho (ITr). Por curiosidade, lhe perguntou porque fazia isto, já que conhecia a operação do equipamento. Sua resposta foi franca e rápida. Em primeiro lugar, faço desta maneira por responsabilidade. Se a Universidade exige assim, não poderia ter outro comportamento, principalmente por ca da vida é encontrar soluções para esse mundo falido, de onde jamais sairemos vivos? Racionalize em sua sanidade aquilo que sente cientista. Se é que ainda é capaz de sentir alguma coisa. É você totalmente livre, ou você é resultado de um labirinto de regras regidas por essa sociedade? A ciência racionaliza a natureza, mas seríamos nós incapazes de entender a nossa própria natureza? Como sempre, temos muito mais perguntas que respostas. O debate é grande, mas estamos cegos demais pelas nossas limitações. Como pode um cego expor um ponto de vista sobre um mundo tão visível, mas tão pouco aparente? Ou só aparente, para alguns? A realidade existe mesmo que a ignoremos para o resto das nossas vidas. A verdade: estamos cegos. Pelo óbvio. Sim, cientistas: fracassamos. Carlos Martins – EQ2004 ser uma “doutora”. Em segundo lugar, já que acredito na utilidade do uso de Instruções de Trabalho, estou criando o hábito sadio de sempre agir desta forma. Este fato nos lembra, que uma maneira inteligente de se viver é se aproveitar a experiência dos outros, principalmente dos sabidamente mais desenvolvidos. Assim por que não refletirmos sobre o nosso comportamento perante a algumas normas de segurança já aplicadas em outros países e mesmo no Brasil em empresas mais experientes? Porque não nos esforçarmos para criarmos hábitos positivos, não só para a nossa própria segurança, como também e, quem sabe, principalmente, para através de nossos exemplos, influenciarmos positivamente os que nos cercam?. GSMT-CIPA Página 6 USP X FAENQUIL A luta dos funcionários para não ficar a margem do processo de “Anexação” Em seu jornal a USP diz que ganha um “legado de excelência construído em 4 décadas de dedicação”, muito interessante essa afirmação, mas essa excelência não brota nos verdes campos, é fruto do suor de pessoas que trabalharam e trabalham nela, todos contribuíram de alguma forma para o que a Faenquil é hoje, desde ilustríssimo doutor ao mais simples funcionário. Devemos ter cuidado e não querer a anexação a qualquer custo, pois a USP não é a 8ª maravilha do mundo e a Faenquil não é uma faculdade qualquer, e prova isso com sua qualidade de ensino e pesquisa, temos que avaliar a questão para não perdemos o que ha de bom! Faenquil uma instituição publica A Faenquil foi fundada em 1969, por força de Lei Municipal, como uma Faculdade Municipal. Desde então, todas as atividades da Faenquil foram direta ou indiretamente financiadas por verbas públicas e seus funcionários sempre exerceram esta função pública. No momento da estadualização da Faenquil ocorreu uma grande mobilização publica, que obteve apoio político para que a mesma se concretiza-se, mas naquele momento era questão de vida ou morte para nossa instituição, diferentemente de hoje, que é uma ques- tão de possibilidade de crescimento para a mesma. A iniciativa desta vez partiu do governo e não da comunidade a partir de seu plano diretor, que tem por objetivo a “anexação’ das três faculdades isoladas (Faenquil, Famema e Famerp). Por vários motivos a USP se demonstrou interessada pela Faenquil, mas um ponto crucial é que ela é a única a não possuir divida, é uma instituição que precisa de zero de investimento para continuar funcionando. USP sim, exclusão não! Os funcionários estão desde do processo envolvidos com o processo e nem sempre suas ações foram bem recebidas por parte dos alunos, ainda hoje alguns acreditam que os funcionários são contra a “anexação”, para sanar este problema eles lançaram o slogan “USP SIM, EXCLUSÃO NÃO!” e se filiaram ao Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP), de acordo com Cláudio Roberto Cardoso, representante técnico-administrativo na Congregação e membro do Movimento USP SIM, EXCLUSÃO NÃO, essas ações provam o interesse dos funcionários na concretização do processo “demos um golpe de misericórdia naqueles que insistiam em dizer que o nosso trabalho era contra a USP. Se estivéssemos trabalhando contra a passagem para a USP iríamos querer Funcionários da Faenquil fazem manifestação durante o Conselho Universitário da USP Funcionários durante manifestação na praça central de Lorena, em dia que paralisaram os trabalhos pagar 1% de nosso salário ao SINTUSP?” Para Cláudio a falta de informação e a disseminação de informações erradas gera um certo conflito entre funcionários e alunos “existe é um grau muito forte de desinformação e isso leva os desinformados a acreditarem em tudo que lhe dizem. Infelizmente, por má fé, disseminam-se as falsas informações e essas crescem.” Ele também se mostra interessado a reverter a situação “Tive a oportunidade de esclarecer muitas coisas aos representantes do DA e do Grêmio e, inclusive, me coloquei a disposição deles para, se quisessem, discutir isso tudo com os alunos numa Assembléia Geral. Até o momento não fui procurado para isso.” A idéia básica do movimento é bem descrita no slogan, os funcionários em sua maioria quer a “anexação” da faculdade, mas sem excluir aqueles que a fizeram o que é hoje. A obrigatoriedade de os funcionários da Faenquil passar por um concurso é questionável, afinal todos eles são funcionários públicos e ter que provar que são capazes de exercer uma função que já exercem há uma média de 25 anos, chega a ser uma afronta. Segundo Cláudio o governo fez uma manobra para ex- cluir os funcionários, “o processo que, inicialmente, falava em “INCORPORAÇÃO” da Faenquil pela USP, passou a ser tratado como EXTINÇÃO DA FAENQUIL e transferência de seu patrimônio e cursos para a USP, se fosse feita a incorporação, seria como um todo, inclusive os funcionários. Isto totalmente amparado pelo principio da sucessividade entre empresas, previsto na CLT”. Todos temos interesse por uma faculdade melhor, é nela que passamos uma das melhores fases de nossa vida, mas o que para nós é uma fase para os funcionários é uma vida! A maioria dos funcionários viram ela se transformar ao longo do tempo, e tornaram possível essa transformação, a história de grande parte dos funcionários se confunde, ou mesmo funde, com a da faculdade. E agora eles se vêem sendo excluídos de algo que ajudaram a construir! Uma questão cabivel neste momento é, como os alunos iriam reagir se fossem obrigados a se submeter as provas da Fuvest? Você que esta no final da faculdade qual seria as suas chances disputando vaga com 2 c o n t i n u a Página 7 quem esta saindo de um cursinho num vestibular? Não seria facil certo? Não que sejamos menos capazes a questão que focamos nossos estudos. Imagine agora os funcionários que trabalham aqui a anos, como seria disputar uma vaga com quem acabou de sair do ensino médio? Um concurso não selecionará pessoas mais capacitadas do que as que temos hoje trabalhando na Faenquil, a experiência e seu comprometimento com a faculdade fazem a diferença na qualidade de seu trabalho, mas não na hora de um concurso! Segundo Cláudio os funcionários são contra a criação de um quadro em extinção, “traria uma desmotivação generalizada, pois jamais teremos chance de progressão, o que refletiria diretamente na qualidade da instituição. E não é isso que quere- mos para a Faenquil. Mesmo que ela seja extinta, para nós ela jamais deixará de existir. Não se extingue uma história de vida assim através de um decreto.” Se aqueles que fazem parte de nossa instituição não reconhecerem sua história e quem a construiu como grandes, quem irá reconhecer, os frutos do trabalho a USP está querendo colher, mas e quem os plantou e cultivou? Ações dos funcionários e suas conquistas Desde o inicio do processo, os funcionários vem atuando junto a classe política e sociedade em geral para levar informações e tentar sensibilizar as autoridades quanto a sua situação. No dia 21 de março foram à USP e na ocasião da reunião do Conselho Universitário, já com o apoio e participação direta do SINTUSP, organi- zarão uma grande manifestação, nesta ocasião conseguiram um fato inédito, três pessoas extra Conselho Universitário entraram no mesmo, os representantes dos funcionários puderam ser ouvidos manifestaram seu ponto de vista sobre o processo aos Conselheiros. O resultado desta luta foi aprovação da manutenção do Cotel por 4 anos e a promessa que os funcionários da Faenquil terão o mesmo tratamento dos funcionários da USP (mas sem um registro oficial na questão dos funcionários). Um colégio de qualidade comprovada seria extinto! Outras coisas como esta podem vir acontecer caso se aceite a USP a qualquer preço. Depois da reunião do Conselho os funcionários fizeram uma mobilização de impacto, em que após Assembléia Geral paralisaram os trabalhos por 24 horas e trabalharam em prol do esclarecimento do processo e em busca do apoio da comunidade lorenense e dos alunos a suas reivindicações. As ações se concentraram na praça principal de Lorena, mas também ocorreu breves esclarecimentos em sala de aula. Desta mobilização saiu um abaixo-assinado de apoio a suas reivindicações, que deverá ser entregue em mãos ao Governador do Estado. No momento, trabalhão junto a classe política para conseguirmos uma audiência com o Governador, a fim de esclarecer a ele a situação e entregar o abaixo-assinado de apoio. E paralelamente, acompanham a tramitação do processo, que está em fase de assinatura do decreto por parte do Governador. Denis Pinheiro EI - 2002 Diretor fala sobre o processo de incorporação A equipe do Jornal O Engenheiro conversou com o professor João Baptista a respeito dos próximos passos do processo de incorporação de nossa instituição pela USP. Veja a seguir: Qual a situação dos funcionários da FAENQUIL após a incorporação pela USP? Com a votação do Conselho Universitário da USP e a assinatura do decreto pelo governador a FAENQUIL deixará de existir como instituição. Com isso haveria um prazo para se elaborar um convênio onde deverá ser detalhada a forma de prestação de serviço dos atuais servidores da FAENQUIL à USP. Este convênio é que vai ditar as regras de prestação de serviço. Nele deverá estar bem detalhado que os servidores da extinta FAENQUIL irão prestar serviço a USP em Lorena, explicitando que a função a ser exercida por este será a mesma exercida na instituição extinta. Não acredito que exista a possibilidade de transferências. Pois continuaríamos vinculados a Secretaria de Ciência Tecnologia e Turismo – SCTT, prestando serviço à USP, com isso ela teria ônus com esta mão-de-obra. Portanto, nem para a USP seria interessante pedir a transferência de algum funcionário, pois a partir do momento que isto ocorre, ela teria que repô-lo, pagando-o com seu orçamento. Se a possibilidade de transferências é remota. Porque existe este temor por parte dos funcionários? É difícil o servidor acreditar nesta proposta. Pois estou dizendo isto, mas não está formalizado em documento nenhum. Esta é uma visão administrativa. A USP luta por este acréscimo na sua parcela do ICMS há vários anos e não irá gasta-lo facilmente. O risco de transferências existe, não sei mencionar quanto é, mas existe sendo este o mínimo possível. Como será realizado o convênio entre a SCTT e a USP para a manutenção dos servidores? As procuradoras da USP juntamente com a procuradora da SCTT, já estão trabalhando neste convênio. E a FAENQUIL criou uma comissão formada por dois docentes e dois técnicos administrativos para acompanhar a elaboração deste convênio. A informação mais recente é que existe uma pequena minuta que também esta paralisada em espera pela confirmação do decreto do governador. Obtive uma informação hoje, onde a reitora da USP manifestou seu interesse pelo estabelecimento deste convênio. Quais os próximos passos do processo de incorporação? O que ocorrerá na estrutura organizacional da extinta FAENQUIL após a assinatura do decreto pelo governador? A partir da assinatura do decreto deverá ser criado um conselho administrativo. Este conselho é composto por membros da USP e da instituição extinta, provavelmente o presidente do conselho será da USP, pois é ele quem responderá pelo campus de Lorena perante a USP. A proposta que a reitora da USP tem é que para cada representante da USP neste conselho administrativo haja também um representante da extinta FAENQUIL, de forma que sempre haja paridade. Esta é uma proposta muito boa durante este período de transição. Como ficarão as regras e os procedimentos legais dentro da FAENQUIL, por exemplo, como ficará o procedimento de matrícula para o próximo semestre? Cada campus da USP pode possuir o seu regimento, desde que esteja de acordo com o estatuto da universidade. No caso o nosso regimento poderá exigir apenas algumas adaptações que por ventura venham contradizer o estatuto da USP. E o vestibular será realizado pela FUVEST este ano? Para realizar o vestibular pela VUNESP como foi feito até o ano passado, já devia estar nos preparando em questões de recursos e informações para abastecer a VUNESP. Como o CO aprovou a incorporação no dia 21, a chance de o vestibular sair pela FUVEST é muito grande, mas ela ainda não começou a trabalhar neste tema pois, aguarda a assinatura do decreto. A FUVEST começa a trabalhar agora em maio, provavelmente e tudo deve estar pronto para a realização do vestibular por esta. Diego Ramos EM-02 Felipe Antunes EM-02 Página 8 USP X FAENQUIL A manutenção do COTEL A princípio não estava prevista a anexação do Colégio Técnico de Lorena – COTEL à USP. Graças a mobilização de alguns funcionários e professores que foram até São Paulo acompanhar a votação da anexação pelo Conselho Universitário (CO) da USP, a manutenção do COTEL será possível, mesmo após a anexação. O fato dessas pessoas da comunidade da FAENQUIL conseguirem entrar na reunião do CO e terem o direito de falar, foi um fato tido como histórico. COTEL O Colégio Técnico de Lorena –COTEL está vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo. Esta é uma instituição de Ensino Médio e Habilitação Profissional de Técnico em Química. Os fundamentos das atividades do Cotel estão contidos no seu regimento. O 1º entrou em vigor no ano de 1993, no início de seu fundamento e vigência. Em janeiro de 1999 o novo Regimento Escolar foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação e em 1º de outubro de 2002 foi publicada a aprovação do Plano de Curso de habilitação Profissional de Técnico em Química apresentado pelo Cotel, vinculado a Faenquil. Ao longo destes anos o Cotel vem promovendo a formação integral do aluno, pessoal e profissional, por meio de um ensino de qualidade, buscando formar cidadãos responsáveis, críticos e com sólida preparação técnica e acadêmica, de forma a permitir a continuidade de seus estudos no curso superior e seu ingresso no mercado de trabalho, assim como na sociedade. A necessidade e importância do Colégio se dá pela localização estratégica da cidade de Lorena que está situada entre as três regiões importantes dos estados brasileiros, que passam por um acentuado crescimento econômico industrial em seus estados: Vale do Paraíba (São Paulo), Sul Fluminense (Rio de Janeiro) e Sul de Minas (Minas Gerais). Considerando apenas a região do Vale do Paraíba existem cerca de 420 empresas na área de química e muitas outras que, embora não atuem em segmentos correlatos ao da química, necessitam de profissionais qualificados e habilitados em técnico-química para trabalharem nos processos produtivos e controles de qualidade de suas matérias-primas e produtos finais. Nestes últimos quatro anos, o Colégio Técnico de Lorena formou ao todo 240 alunos, sendo que 143 somente no ensino médio e 93 no curso técnico profissionalizante em Química, e tem se firmado como ótimo centro de capacitação de profissionais técnicos em Química e como colégio de ensino médio pelo oferecimento de curso de 2º grau de qualidade e público. Dentre os pontos que podem ser destacado estão: “Prêmio Construindo a Nação – Projeto: Solidariedade não tem Idade”, destaque do Vale do Paraíba no Enem de 2005, entre as escolas públicas e particulares e pelo Projeto Fapesp – Bolsa de Iniciação Científica Júnior – Premiação: CRQ IV Região de 2005, na categoria “Química de Nível Médio. Trabalho: Perspectiva de Reuso, Redução de Consumo e Tratamento de Águas em Indústrias e na Agricultura”. O reconhecimento que o Cotel adquiriu, também se faz presente no setor industrial e é levado em conta pelas empresas que estão conveniadas ao Cotel para estágio como: BASF-Guaratinguetá, OXITENO-Tremembé, PETROBRÁS-São José dos Campos, MONSAN-TO- São José dos Campos, Maxion- Sistema Automotivo Ltda, Cruzeiro, etc. Rodrigo Salazar EB-20002 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Viver Vou viver, Na promessa que te faço, Na pressa, de pairar, Nos olhos de uma ave, Vou conhecer, Escapar, Voar, Sob teus braços, Sem ter laços, Construir, Meu ninho, No berço do mundo, Respirar esse ar puro, Cheio de promessas, Ater-me, No bater das assas, Na liberdade, Na minha própria verdade, Um querer, Pulsante, Um vôo rasante, Sob a dor do mundo, Desbravar, Abafar, A vontade de viver. S U D O K U Sudoku O objetivo do jogo é completar todos os quadrados utilizando números de 1 a 9. Para completá-los, seguiremos a seguinte regra: Não podem haver números repetidos nas linhas horizontais e verticais, assim como nos quadrados grandes. R e s p o s t a s Página 9 PESQUISA O Seminário de Iniciação Científica No dia 3 de maio ocorreu o Seminário de Iniciação Científica dos Alunos da FAENQUIL, durante todo o período diurno foi possível ver o que vem sendo pesquisado e desenvolvido nos laboratórios e oficinas da instituição. A apresentação dos trabalhos foi na forma oral tendo cada aluno cerca de quinze minutos para apresentar e restando cinco para possíveis perguntas. Os trabalhos foram alocados de acordo com o departamento em que este foi desenvolvido. O Seminário de Iniciação Científica é uma grande oportunidade para a divulgação entre os alunos da pesquisa científica e pode também servir como um instrumento para despertar o interesse de novos alunos pela área acadêmica. Aluna apresentando seu trabalho desenvolvido no Departamento de Engenharia Bioquímica Caio apresentando seu trabalho desenvolvido no Departamento de Engenharia Química Manuela apresentando seu trabalho desenvolvido no Departamento de Engenharia de Materiais XXIX Encontro Nacional de Física da Matéria Condensada Mais uma vez a FAENQUIL fez forte presença no congresso de Física da Matéria Condensada realizado, este ano, em São Lourenço, MG, do dia 09 até o dia 13 de maio. O ENFMC é apenas um dos vários encontros de Física que são realizados no Brasil, justamente por abranger apenas uma parte das pesquisas em Física, a área pode também ser chamada de Física do estado sólido. Como já tradicional, a FAENQUIL destacou-se pelos excelentes e muito elogiados trabalhos do Departamento de Materiais (DEMAR) na área de supercondutividade, fazendo-se observar, outra vez, como uma das principais potências na área do Brasil. Este ano a SBF (Sociedade Brasileira de Física) deu um suporte mais acentuado no que diz respeito à alimentação e entretenimento do que no ano passado quando o congresso foi Alunos do curso de Engenharia de Materiais no XXIX ENFMC realizado em Santos, porém houveram alguns problemas com determinadas salas de seminários que possuíam um isolamento acústico precário, muitas vezes prejudicando que a audição fosse bem absorvida, o que nos dava a impressão, em alguns momentos, do improviso nas instalações das salas. O balanço do congresso foi positivo, a interação com outras Universidades do Brasil e do mundo possibilitando futuras parcerias foi muito interessante, bem como pôde-se tomar conhecimento do que estão fazendo por ai, e até mesmo o trabalho que a própria FAENQUIL vem fazendo quanto ao reconhecimento e a qualidade. Felipe Antunes Santos 02M018 Página 10 Diego Ramos EM-2002 Você sabia que a quantidade recebida de radiação de um televisor é de 0,03 mSv/ano e a quantidade recebida da Usina Nuclear por uma pessoa que vive cerca de 1 Km dela é de 0,05 mSv/ano? Visita a Usina Nuclear de Angra dos Reis Vista parcial do complexo de Angra dos Reis. No destaque, aluno da FAENQUIL em visita ao Centro de Informações da Usina de Angra O impacto ambiental gerado por uma usina nuclear A construção da Usina de Angra 1 foi precedida de estudos ambientais, iniciados em 1969, que foram muito além dos pré-requisitos que prevaleciam na ocasião para o licenciamento de outras instalações industriais. A abrangência e a profundidade dos estudos ambientais preparados em apoio ao licenciamento de Angra 1 constituíram-se, portanto, em fato inédito no país. Muito embora estes estudos não tenham seguido o mesmo formalismo, o seu conteúdo e extensão não só atenderia plenamente os atuais requisitos estabelecidos para a confecção do Relatório de Impacto do Meio Ambiente (RIMA) como ainda apresen- Diagrama esquemático da Usina Nuclear A visita técnica é uma forma de ampliar os horizontes do aluno, propiciando a ele vivenciar experiências e situações novas, que muitas vezes jamais poderiam ter acontecido dentro de uma sala de aula comum. No dia 12 de abril deste ano, o professor Alexandre E. S. Visconti levou um grupo de alunos da FAENQUIL para conhecer a Usina Nuclear de Angra dos Reis. O começo da visita foi no Centro de Informações onde foram apresentados diversos dados relativos à geração de energia nuclear no Brasil e no Mundo. A energia nuclear participa com 2,9% na matriz energética nacional com uma produção de 1966MW produzidos. Um dos motivos para a escolha de Angra como sede para a construção das usinas foi a proximidade dos grandes centros consumidores. O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo, os elementos combustíveis, são produzidos em Resende – RJ. As usinas nucleares brasileiras operam com o reator do tipo PWR (Pressurized Water Reactor) sendo o mais usado mundialmente. Este tipo de reator é reconhecido universalmente como o mais seguro. O projeto, construção e a operação das usinas de Angra obedecem aos mais elevados padrões de segurança, nacionais e internacionais. Os técnicos da usina são treinados em um simulador nas mais diversas condições de operação. tam outras informações além das exigidas. Os estudos em questão abordaram os mais diversos aspectos, entre os quais ressaltamos: demografia e características sócio-econômicas da região, topografia, geologia, sismologia e hidrologia, meteorologia e caminho crítico da cadeia alimentar. Estes estudos, iniciados na fase pré-operacional, tiveram seqüência com os programas de monitoração radiológica e ambiental durante a fase de operação, abrangendo medidas nas áreas marinha e em volta da Usina. Estes estudos serviram de base também para o licenciamento ambiental de Angra 2, sendo complementados com informações adicionais solicitadas pelo IBAMA e consolidadas no EIA/ RIMA. Os dados e as análises dos resultados são periodicamente consolidados em relatórios específicos, os quais são encaminhados aos órgãos licenciadores e fiscalizadores (CNEN, IBAMA e FEEMA), não se tendo registrado, até o presente, impacto mensurável sobre o meio ambiente da região circunvizinha à usina. As únicas variações observadas foram a diminuição da diversidade das algas pardas e o aumento na população de moluscos no ponto de coleta mais próximo da descarga de efluentes líquidos da usina (aproximadamente 200 m) e são devidas ao incremento térmico causado por estes afluentes. É importante observar ainda que uma usina nuclear é a que causa menos impacto ambiental pois, no caso das hidroelétricas é necessário alagar milhares de hectares de terras férteis e desalojar as populações ribeirinhas para a construção dos reservatórios; e, no caso das usinas térmicas convencionais,ocorre a liberação de gás carbônico, gás sulfúrico e outros poluentes que causam o efeito estufa e a chuva ácida. Página 11 ENTREVISTA Professora Cristina Bormio Nunes A professora Cristina Bormio Nunes graduou-se em física pela UNICAMP. Em seguida fez mestrado e doutorado na mesma instituição. Destacase em seus trabalhos a grande quantidade de participações em congressos no exterior. Conhe- ça então um pouco da história dela, que em vários momentos se mistura com a história da própria instituição. A senhora graduou-se em física em 1983 na UNICAMP. Quando surgiu seu interesse pela pesquisa acadêmica? Normalmente os alunos do curso de física são conduzidos para a área acadêmica. Poucos colegas meus foram atuar na indústria, a maioria seguiu para a área de pesquisa ou docência em colégios e faculdades. Durante minha graduação já fazia iniciação científica com o Professor Dr. Daltro Garcia Pinatti desde 1981. O meu ingresso na área de pesquisa acadêmica foi então uma seqüência da iniciação sendo ele posteriormente, meu orientador no mestrado e doutorado. O que motivou esta mudança de área em seu segundo Pós-Doutorado? Primeiramente era preciso compatibilizar a minha ida com a do meu esposo o Prof. Carlos A. Nunes. Ele tinha um contato com o Prof. Peter Rogl em Viena na Universidade de Viena, com quem tinha interesse em trabalhar. Em Viena eu conhecia a Profa Reiko Sato Turtelli que foi professora no Instituto de Física da UNICAMP na época que eu fazia mestrado e atualmente trabalha na Universidade Técnica de Viena junto com seu esposo Prof. Roland Groessinger. Na verdade eu encontrei a Reiko e o Roland em uma conferencia internacional que ocorreu em Recife no ano de 2000 e ela me convidou para trabalhar com eles. Eles trabalham na área de magnetismo. Havia possibilidade de trabalhar também com Supercondutividade com alguns colegas do Roland. Porém, os trabalhos em Supercondutividade são em Ciência básica e eu prefiro a área aplicada. Assim, fui trabalhar com materiais magnéticos, ligas de Ferro, que apresentam altos valores de magnetostricção e tem aplicação prioritariamente em sensores e atuadores. bre Supercondutividade e também uma outra chamada Propriedades Elétricas e Magnéticas. Já fui coordenadora do Programa de Pós Graduação em Engenharia de Materiais por dois mandatos e também fui presidente da Comissão de Pós Graduação – COPG da FAENQUIL. O que motivou sua vinda para esta instituição em Lorena? Em que ano isto ocorreu? Naquela época em 1983, o complexo Faenquil era denominado FTI onde era desenvolvido o projeto Pró-Álcool e havia o projeto Nióbio desenvolvido pelo grupo do Professor Pinatti. Então basicamente foi ele quem me trouxe para Lorena para ajudar na implantação da pósgraduação em e Engenharia de Materiais e desenvolver o material supercondutor, tema da minha tese de doutorado que estava em andamento. A proposta era produzir a liga supercondutora, deforma-la e fabricar fios. Qual o foi proposta inovadora do ponto de vista científico que desenvolvimento pela senhora durante o doutorado? No meu trabalho de doutorado, o objetivo era o desenvolvimento de um trabalho completamente experimental. Mas eu não consegui trefilar os fios. Na época a então FTI comprou parte do equipamento necessário, mas não foi possível. Então tentei trefilar o material na antiga empresa Furukawa aqui em Lorena e não consegui. No meio do meu doutorado, o professor Pinatti me enviou para a Alemanha, pois sempre tive interesse por física teórica. Trabalhei com o professor Ernest Helmut Brandt e desenvolvi um modelo para Simulação de Aprisionamento de Vórtices em Supercondutores. O ensino no DEMAR começou primeiramente com o programa de Pós-Graduação. Qual o foi à participação da senhora na implementação deste programa? Quando cheguei em Lorena, eu não havia concluído meu doutorado ainda, cheguei em 1988 e conclui meu doutorado em janeiro de 1993. Eu ajudei principalmente na elaboração das ementas das disciplinas. Somente após a defesa da minha tese de doutorado é que entrei para o programa de Pós Graduação, orientando uma aluna. Na verdade acho que fui a primeira pessoa a pedir bolsa FAPESP para um aluno de Pós Graduação neste programa. No regimento anterior havia uma disciplina obrigatória chamada Métodos Matemáticos para Engenharia que eu ministrei esta disciplina muitas vezes. Também ministrei algumas disciplinas específicas so- Como docente qual maior dificuldade que a senhora observa durante o ensino da física? Quais são as medidas usadas para contornar estas dificuldades? Parece-me que no ensino médio a Físca, assim como a Matemática que é um ferramenta importante para a Física, muitas vezes não é ministrada adequadamente e os alunos criam uma certa aversão a elas. Eu tento desmistificar, mostrando que é uma matéria como outra qualquer. A física envolve a questão da conceituação e do raciocínio elaborado. É necessário que o aluno aprenda a raciocinar e não apenas decorar os conceitos. Atualmente este problema vem sendo tratado por algumas escolas, principalmente da rede de ensino particular, onde o conteúdo é dado dentro do contexto da vida cotidiana e a interdisciplinaridade amplia os horizontes do aluno. Qual a sua maior motivação para participar de congressos e publicar seus trabalhos principalmente no exterior? No Brasil o único congresso que geralmente participo é o Congresso da Física da Matéria Condensada, onde a maioria dos meus colegas de outras instituições atua. O congresso no exterior é muito interessante para você ver o que as a comunidade científica de sua área está fazendo ao redor do mundo. Nestes congressos pode-se ver o que está sendo desenvolvido em primeira mão, muitas vezes o que está sendo mostrado ainda nem foi publicado. O congresso internacional também é muito importante para a contatos e colaborações. Por exemplos, eu conheço um pesquisador do estado norte-americano de Ohio que eu conheci num congresso. Em uma época ele estava precisando de tubos de nióbio e eu possuía este Professora Cristina material e lhe enviei. Eles me ofereceram em troca a possibilidade de realização de medidas em equipamentos que não temos aqui. Além disto abre a possibilidade de envio de alunos para realização de doutorados e pós-doutorados nestes laboratórios, melhorando a capacitação dos pesquisadores brasileiros. A senhora mantém algum tipo de cooperação com instituições nacionais? Eu tenho com a UNICAMP, dentro da Faculdade de Engenharia Mecânica e Materiais a colaboração do Professor Rubens Caram. No Instituto de Física da UNICAMP tenho a colaboração de dois professores na parte de medidas de magnetização, Sergio Gama e Adelino Coelho. No Rio de Janeiro na UFRJ também mantenho cooperação com o Professor Luis Ghivelder e meu aluno Marcelo Tirelli já realizou medidas magnéticas no Instituto de Física da USP no laboratório do Prof. Nei de Oliveira. Quais são as características que a senhora busca em um aluno de iniciação científica? A primeira coisa que procuro é a iniciativa e comprometimento com o compromisso assumido. O aluno deve ter bom relacionamento com as pessoas, pois o trabalho experimental envolve o relacionamento com técnicos e outros colegas. Acho que os melhores alunos também devem ser privilegiados, porém este não é o requisito decisivo na escolha de um aluno. Quais são os alunos (as) que a senhora orienta atualmente? Atualmente tenho sob minha orientação em nível de doutorado o aluno Marcelo Alexandre Tirelli, no mestrado oriento o aluno Cláudio Teodoro dos Santos e possuo dois alunos de iniciação científica que são o Alex Belarmino Reis e Lucas Campos Teixeira. Diego Ramos EM-2002 Página 12 MERCADO DE TRABALHO Flexibilidade é a chave para abrir as portas do mercado de trabalho Flexibilidade, formação diversificada e qualificação. Essas são as palavras de ordem para o engenheiro químico que pretende se inserir no mercado de trabalho atual. Esta é a opinião de Ivancy Moreira Miguel, graduado em Engenharia Química pela Faenquil em 1989, mestre em Engenharia de Materiais pelo DEMAR. Professor da Faculdade de Pindamonhangaba há quatro anos e, atualmente, doutorando pela UNESP em Engenharia Mecânica e doutorando em Educação pela USP, na área de avaliação em Instituições de Ensino Superior, Ivancy acredita que o novo engenheiro químico deve ter condições para atuar em diferentes segmentos profissionais. “As profissões tradicionais estão sucumbindo. O mercado de trabalho está muito mais competitivo e requer diversificação de conhecimentos”, afirma ele. Para o professor, um caminho bastante promissor é a carreira acadêmica. Segundo ele, com as novas exigências do mercado, as A Fapi emprega atualmente 6 ex-alunos da faequil universidades necessitam cada vez mais de professores altamente especializados. “A especialização por meio de cursos de mestrado e doutorado é importante, mas o profissional deve ter cuidado para não se limitar na área de concentração da linha de pesquisa desenvolvida na pós-graduação”. Ivancy destaca que atualmente o que se valoriza é a especialização aliada à flexibilidade e a uma visão ampla das diversas áreas de conhecimento. Esta flexibilidade diz respeito, principalmente, às constantes mudanças do mundo globalizado e às solicitações do mercado de trabalho. “O que era imprescindível, muitas vezes já não é mais. Por outro lado, o que não era tão importante, hoje pode decidir uma contratação ou a permanência num ambiente de trabalho”, res- Trabalho: meio de sobrevivência ou meio de evolução? Você já deve ter sido abordado com perguntas do tipo: “O que você faz para sobreviver?”, “qual o seu ganha-pão?” etc. Muitas vezes, somos até questionados desde criança com essas mesmas perguntas, dia após dia, feitas pelos nossos pais, tios, avós. Vale notar que essas perguntas já trazem embutidas uma idéia que provavelmente se tornou uma crença íntima em nosso interior: a crença de que o trabalho é meramente um meio de sobrevivência, um fardo que precisamos carregar para prolongar a nossa existência. Será mesmo? Esta crença pode influenciar na escolha da profissão de muitos jovens, que motivados apenas pelo medo e insegurança, procuram uma carreira baseada apenas em sua remuneração e ganhos materiais, distanciando-se cada vez mais das verdadeiras metas interiores do seu Ser. Outras pessoas até estão em carreiras que foram escolhidas em um momento de lucidez de sua essência mais pura, porém acabaram por mudar o foco de seu objetivo e vêem um trabalho como um fardo. Quão motivado você se sente numa segunda-feira ou no primeiro dia de trabalho após alguns dias de descanso? Já começa a semana ansioso pela sexta-feira? Vale refletir como você encara seu trabalho. Por outro lado, temos a opção de ter ou encarar o nosso trabalho como um meio de evolução em todos os sentidos. Podemos aprender a cada minuto com nosso trabalho, como por exemplo: a relacionarmos melhor com nossos colegas, a superar desafios com maneiras cada vez mais criativas, a conscientizar as pessoas de sua força interior, a agir com mais tranqüilidade, a aprender uma forma melhor de ajudar a huma- nidade etc. Será que vale realmente à pena viver grande parte da nossa vida fazendo ou encarando nosso trabalho como algo que não gostaríamos de estar fazendo? Algo que não nos dá prazer, aprendizagem e auto-desenvolvimento? Antes de já ir mudando de trabalho, tentado a agir por impulso emocional, é sensato descobrir quais são as vantagens e desvantagens que ele lhe proporciona e refletir sobre o que pesa mais. Muitas vezes, o trabalho já oferece ótimas oportunidades de evolução integral e apenas não conseguimos enxergálo, pois olhamos apenas para seus defeitos. Se mesmo assim você não está completamente satisfeito com seu trabalho, ou não conseguiu harmonizá-lo com suas metas e valores interiores, pode ser um momento para refletir se deve continuar inves- salta o professor. Ele acredita que o profissional que, ao fim do curso de graduação, tenha essa visão mais ampla e abrangente, encontrará maiores oportunidades, inclusive no Vale do Paraíba. “Além do mercado das indústrias, essa região possui um mercado aberto na área acadêmica e na prestação de consultoria”. Para ele, explorar este mercado cada vez mais promissor deve ser seriamente considerado pelos engenheiros químicos em formação. FAPI A Faculdade de Pindamonhangaba oferece cursos para graduação em Administração, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia, Pedagogia e Sistemas de Informação e vários cursos de especialização e pósgraduação. A instituição conta atualmente com 6 ex-alunos da Faenquil em seu quadro de funcionários e representa mais uma opção de atuação profissional para o aluno que queira de permanecer no meio acadêmico. Leandro J. de Paula EI-2005 tindo nele. Elaborar um plano de ação com metas para a mudança é algo que poderá ajudá-lo(a) muito. Muito mais importante que o plano é saber quais são seus valores interiores para poder definir suas metas. E depois, procurar algo que esteja realmente congruente com seus pensamentos e sentimentos. A certeza de estar fazendo algo de acordo com seu Ser Essencial e com aquilo que você veio aprender e compartilhar é algo que lhe proporcionará imensa satisfação e motivação. Lembre-se que a resposta para cada pergunta contida neste artigo só poderá ser respondida por uma pessoa: VOCÊ! Texto de Saulo Fong Adaptação de Gabriel Monfredini Andrade ex-aluno do curso de Engenharia Materiais, atualmente trabalha na Companhia Brasileira de Alumínio