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LIPODISTROFIA: O QUE OS ESPECIALISTAS SUGEREM PARA REDUZIR O PROBLEMA
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Saber Viver
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Saúde
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S
UMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS
ANO 9 Nº 44 – Agosto / 2009 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Voluntários da ONG Pela
Vidda/RJ contribuem para
a boa resposta brasileira
à epidemia do HIV/aids
JOVENS QUEREM PARTICIPAR MAIS DA POLÍTICA PARA O HIV/AIDS
SV_44.QXD:saber viver 32
Saber Viver
Uma publicação gratuita destinada a
pessoas que vivem com o vírus da aids
Saber Viver Comunicação
www.saberviver.org.br
Coordenação editorial: Silvia Chalub
Edição: Flávio Guilherme
Assistente de edição: Ester Machado
Reportagem: Daniela Savaget, Ester
Machado, Paulo Giacomini, Flávio Guilherme
e Isabel Levy
Consultoria lingüística: Leonor Werneck
Ilustrações: Ana Vine
Fotos capa: Gutenberg Brito
Conselho editorial deste número: Eduardo
Barbosa, diretor-adjunto do Departamento de
DST/aids do Ministério da Saúde; George
Gouvea, membro da diretoria do Grupo Pela
Vidda Rio; Gustavo Magalhães, infectologista;
Jean Carlos de Oliveira, diretor do Núcleo de
Articulação com Organizações da Sociedade
Civil do Centro de Referência em HIV/aids de
São Paulo; Karina Ribeiro, infectologista do SAE
Sagrada Família; Márcio Villard, presidente do
Grupo Pela Vidda Rio; Marcos Bello,
fisioterapeuta da clínica Márcio Serra; Marilza
Rodrigues, assistente social da Policlínica
Antônio Ribeiro Neto; Marlete Pereira da Silva,
nutricionista do Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho; Tarcila Peixoto Hofner,
psicóloga do Grupo Vhiver; Valdecir Fernandes
Buzon, presidente do Grupo Vhiver; Willian
Amaral, secretário executivo do Fórum de
ONG/aids - RJ.
Editoração eletrônica:
A 4 Mãos Comunicação e Design
([email protected])
Impressão: Sol Gráfica LTDA
Tiragem: 90.000 exemplares
Agradecimentos especiais: A todas as
pessoas que colaboraram dando seus
depoimentos para as matérias
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É importante
participar
E
ste é um ano muito importante para nós da Saber
Viver. Estamos completando 10 anos de vida. Desde
1999 buscamos cumprir com seriedade a missão
de levar até vocês informações sobre HIV/aids que possam
contribuir para uma melhor qualidade de vida. Acreditamos que a informação é uma ferramenta fundamental para
construirmos o nosso caminho.
O próximo número da Saber Viver será especialmente
dedicado a esses 10 anos, mas a comemoração já começa
nesta edição. Nas páginas 4, 5 e 6 você conhecerá a
história de pessoas que vivem com HIV/aids e atuam dentro de unidades de saúde e ONGs com o objetivo de melhorar o atendimento e contribuir na elaboração e implantação das políticas públicas para a aids.
Este sempre foi o foco da Saber Viver: enfatizar a
necessidade de uma boa relação entre o usuário, os
serviços de saúde e os programas de HIV/aids. A pessoa
que vive com HIV/aids pode e deve ser a protagonista
desta história de luta contra a epidemia de aids. Quer seja
por meio de ONGs, quer seja por sua participação direta.
Se você tem vontade de se engajar no movimento
social do HIV/aids, essa é a hora! Veja na última página
desta revista algumas ONGs, Redes e Fóruns que podem
ser uma boa porta de entrada para o movimento. Mas se
você já for engajado, mande para nós a sua experiência e
compartilhe as suas conquistas com os nossos leitores.
Boa leitura!
Correspondências à redação:
Caixa Postal 15.088 - Rio de Janeiro (RJ)
Cep 20.031-971
[email protected]
SUMÁRIO
PATROCÍNIO:
Alimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Soropositivos atuam no controle do HIV/aids . . . . . . . . 4
Lipodistrofia: saiba como combatê-la . . . . . . . . . . . . . . .7
APOIO:
Raltegravir + darunavir + ritonavir
+ lamivudina + tenofovir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Encontro de jovens lideranças em Curitiba . . . . . . . . . 12
Governo do Estado
de São Paulo
Cartas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Área Útil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
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para se sentir melhor
U
ma alimentação balanceada é fundamental para a saúde e
qualidade de vida de todas as
pessoas e, na batalha contra a
lipodistrofia, a nutrição passa a
ter uma importância ainda
maior. Comer bem e praticar
exercícios físicos podem prevenir os efeitos no corpo que
tanto nos atormentam. Por
isso, preste atenção no que
você come e mexa-se: comece
a mudar seus hábitos!
A nutricionista Marlete
Pereira da Silva, do Hospital
Clementino Fraga Filho no
Rio de Janeiro, aconselha que
sejam feitas de quatro a seis
refeições diárias. “Uma hora
antes de praticar exercícios,
ingerir fontes de carboidratos,
como pão integral, frutas e
granola. Após a atividade,
consumir de novo carboidrato
e fontes de proteína, como
leite, queijo e iogurte”, recomenda. Dessa forma, os exercícios terão um efeito mais
rápido em você.
Colesterol e
Triglicérides
Além das mudanças físicas, a lipodistrofia pode provocar o aumento nos níveis de
colesterol e triglicérides. Nesse caso, Marlete aconselha
evitar alimentos ricos em açúcares e gorduras e dar preferência a peixes e frutas. Substitua o açúcar do cafezinho
pelo adoçante e prefira alimentos cozidos e assados.
Lembre! Não é preciso
muito dinheiro para comer
bem. “As pessoas acham que
frutas e verduras são caras.
Entretanto, o importante é
comprá-las no período da safra,
além de serem mais baratas,
são mais nutritivas nesta época.
No caso dos peixes ricos em
ômega 3, que ajudam a reduzir
os triglicérides, há a sardinha,
lembrando que não deve ser
frita”, alerta Marlete. SV
alimentação
Comer bem
sxc.hu (http://www.sxc.hu/)
Sardinha: opção barata e saudável
SARDINHA NA PRESSÃO
Ingredientes
• 1Kg de sardinhas frescas
• 5 tomates cortados em cubos
• 1 pimentão verde cortado em tiras
• 1 cebola cortada em anéis
• 2 dentes de alho amassados
• 1 xícara de azeite ou óleo
• sal a gosto
ano 9 n 44 ago 2009 Saber Viver
Modo de preparo
Tempere as sardinhas com sal. Arrume os ingredientes na panela de pressão: primeiro os tomates,
depois a cebola, o alho, o pimentão e a sardinha. Vá
intercalando e por fim regue com o azeite. Coloque
para cozinhar e quando começar a apitar, abaixe o
fogo. Desligue após dez minutos. Abra a panela
quando estiver fria. Este prato também pode ser feito
em pirex, no forno convencional.
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Você é
o protagonista!
Pessoas que vivem com HIV/aids tomam a frente na hora de
acompanhar e executar políticas para enfrentar a epidemia de aids.
Compreender o diagnóstico e
lutar pelo tratamento”. Ele
lembra que com os avanços,
sobretudo o acesso universal
aos antirretrovirais, as pessoas
passaram a fazer planos em
médio e longo prazo. “Tiveram início, então, as lutas
pelos direitos sociais, o desejo
pela maternidade e a paternidade, enfim, a busca por
novos caminhos”, ressalta.
Magda Fernanda
Comportamento
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Do movimento social para o Ministério da Saúde: Eduardo Barbosa é um
bom exemplo da importância da participação das pessoas vivendo com
HIV/aids na elaboração das políticas públicas
A
o longo de três
décadas, o sucesso do
triângulo estratégico
formado por programas do
governo, Organizações Não
Governamentais (ONGs) e
pessoas vivendo com HIV/
aids consagrou o país como
modelo internacional na luta
contra a epidemia. Entretanto, muita coisa ainda deve
e pode ser feita para melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de
Saúde (SUS).
“O Movimento Social de
Luta contra a Aids entendeu
o quão importante é partici-
4
par do controle social das
políticas públicas”, comemora
Márcio Villard, presidente do
Grupo Pela Vidda/RJ. “Nossa
participação mais efetiva tem
sido no acompanhamento das
políticas de saúde, através dos
Conselhos e das Conferências de Saúde”, conta.
Willian Amaral, secretário
executivo do Fórum de
ONG/Aids-RJ, dá um panorama das mudanças do movimento de aids nas últimas
décadas. “No início, o que
unia as pessoas era a intenção
de encontrar respostas para
uma doença desconhecida.
O exemplo de São
Paulo
“A pessoa vivendo com
HIV/aids é o principal sujeito
nas políticas públicas para a
epidemia. Por isso, o protagonismo é tão importante”,
resume Jean Carlos de Oliveira Dantas, diretor do Núcleo de Articulação com Organizações da Sociedade Civil do
Centro de Referência e
Treinamento em HIV/Aids
(CRT-SP). “Pela militância
social, o soropositivo torna-se o
protagonista de sua história,
atuando na construção,
manutenção e defesa de políticas públicas”, considera.
Segundo Jean, esta articulação é possível através das
reuniões mensais entre usuáSaber Viver ano 9 n 44 ago 2009
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Do movimento para o
governo
da epidemia funcionem”,
reconhece Eduardo.
Novas conquistas
Membro da diretoria do
Pela Vidda/RJ, George Gouveia ressalta que, apesar das
vitórias, o movimento social
passa por dificuldades. “No
início, havia uma abundância
de voluntários. Hoje, os recursos humanos e financeiros
estão mais escassos. Esta realidade exige estratégias alternativas para articulação da
sociedade civil, para que seja
possível garantir os avanços
das últimas décadas e atingir
novos objetivos”, George
desafia.
Eduardo Barbosa acrescenta que, como as necessidades não são mais as mesmas de 20 anos atrás, as ações
também não podem ser
iguais. “A solução para esta
adequação é o diálogo. Por
isso, a participação das pessoas vivendo com HIV/aids
na formulação das políticas
públicas é tão essencial”, sintetiza. SV
Mara Cristina Vilela
Um expoente desta história é o atual diretor-adjunto
do Departamento de DST/
Aids do Ministério da Saúde,
Eduardo Barbosa. Integrante
de movimentos sociais mesmo
antes de descobrir-se soropositivo, Eduardo colaborou para
constituição de diversos centros de discussão e atuação
política, como os Fóruns de
ONG/Aids e a RNP+. “Sentia
que, por ser uma pessoa afetada pela aids, deveria ser protagonista desta história”, conta.
“Nestes espaços em que
o controle social existe, a
vivência das pessoas com
HIV/aids influencia diretamente as ações implementadas pelo governo – e isso é
fundamental para que as
estratégias de enfrentamento
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Comportamento
rios dos serviços, representantes da Rede Nacional de
Pessoas Vivendo com HIV/
Aids (RNP+), do Fórum de
ONG/Aids e do Programa de
Aids. Juntos, eles se debruçam sobre pautas pertinentes
ao universo da instituição.
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Jean Carlos do CRT-SP, durante curso de gestores
oferecido a representantes de ONGs
PARTICIPE!
e você quer participar de discussões que podem mudar a sua vida e de outras pessoas, é hora de colocar a mão na massa! Procure uma ONG (veja algumas dicas na
última página) ou ajude a unidade de saúde onde está cadastrado a promover eventos que possam trazer alguma contribuição positiva à vida dos usuários do serviço (veja
o exemplo que registramos na próxima página).
Mas se você já é atuante e tem uma boa história para contar, escreva para nós. Sua
experiência pode fazer parte da revista e encorajar outros leitores.
Escreva para: [email protected] ou para caixa postal 15.088 – Rio de Janeiro
(RJ). Cep: 20.031-971.
S
ano 9 n 44 ago 2009 Saber Viver
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Comportamento
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Atividades integradas
no PAM 13 de Maio
M
uitos pacientes vão aos serviços de
saúde apenas para as consultas e
remédios, e não sabem que em
vários serviços há atividades em andamento.
Foi pensando nessas pessoas que Fabrício
Costa, usuário da Policlínica Antônio Ribeiro
Neto (PAM 13 de Maio) sugeriu, durante
uma reunião do grupo de convivência do
ambulatório, a realização de um evento que
integrasse os usuários do serviço. “As pessoas
desistem de se cuidar quando descobrem que
estão com HIV. A ideia foi ter um dia para
que pudessem se reunir e ter acesso a
Idealizador do evento,
Fabrício Costa oferece
seu trabalho para o
sucesso do encontro
serviços como cabeleireiro, massagem, oficinas e outras atividades”, esclarece.
Assim surgiu o encontro Integração da
Diversidade com H, realizado pela Policlínica
Antônio Ribeiro Neto, em parceria com o
CMS Marcolino Candau, a Associação Interdisciplinar de Aids (ABIA), o Grupo Pela
Vidda Rio, o Grupo Arco Íris de Cidadania
LGBT, o Instituto de Medicina Integral –
UERJ, a Associação Cultural Dias da Cruz, a
2ª Coordenadoria de Assistência Social e a
Gerência do Programa Municipal de
DST/Aids. O evento foi voltado ao público
gay, homens que fazem sexo com homens,
travestis e transexuais, que representa uma
grande parcela dos pacientes do PAM 13 de
Maio.
6
Ester Machado
Discriminação Trans
A transexual Giselle Meireles, coordenadora do Grupo Transrevolução, comemorou a iniciativa. “Aqui fazemos novos contatos, ficamos sabendo de outros eventos e
contribuímos para dar visibilidade à nossa
causa. As transexuais e os travestis são muito
discriminados”.
O evento contou com o apoio da
assistente social da Policlínica. “Sempre
estivemos abertos ao diálogo tanto com
usuários como com as instituições.
Nossa experiência de realizar ações conjuntas facilitou agregar parcerias que logo
aderiram ao evento”, explica Marilza
Rodrigues.
A policlínica oferece ainda atividades
como videoteca, bazar, musicoterapia, festa
junina e passeios. “Um grupo de pacientes
nos ajuda a mobilizar os usuários para as
atividades e ainda contribui com ideias e
ações”, comemora Marilza. SV
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Saúde
Se a
LIPODISTROFIA
chegar...
SAIBA O QUE FAZER PARA EVITAR, RETARDAR
OU REDUZIR AQUELAS MUDANÇAS TÃO INDESEJADAS
A
lipodistrofia é o efeito
colateral dos antirretrovirais que mais
assusta, e que pode levar
algumas pessoas a suspenderem os medicamentos sem
consultar o médico. Um ato
como este prejudica todo o
tratamento, reduzindo as opções de remédios para combater o vírus no futuro. Também por causa da lipodistrofia, há quem se afaste dos
amigos e familiares, com
medo de ser discriminado, ou
por se sentir feio. E tem
ainda aqueles que encaram o
problema e incluem uma boa
alimentação e um pouco de
exercício para retardar, ou
mesmo reduzir, as mudanças
no corpo que tanto tememos.
Se, da noite para o dia, ao
se olhar no espelho você não
reconhece o seu corpo, porque seu bumbum está diminuindo e sua barriga está aumentando, há muitas coisas
que podem ser feitas para
que você se sinta melhor. A
começar pelos exercícios.
“A academia foi uma porta
de escape muito grande,
pois eu estava com
depressão e, a partir do
momento que eu comecei
as atividades, minha
autoestima foi melhorando.
Eu comecei uma nova vida
aqui”. Laura
Laura buscou a ajuda de
uma ONG em Belo Horizonte e encontrou o projeto
DE CARA PARA A VIDA – ECOS
A ONG ECOS, Comunicação em
Sexualidade, de São Paulo,
realiza um trabalho com
mulheres soropositivas voltado para a autoimagem. Através
de oficinas de fotografias, comandadas por Evelyn Ruman,
o projeto busca fortalecer a
autoestima com uma nova forma de se olhar. A imagem ao
lado é fruto deste trabalho de
parceria entre a fotógrafa e a
mulher fotografada
Evelyn Ruman
ano 9 n 44 ago 2009 Saber Viver
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Posithivo, do Grupo Vivher. Lá
ela faz diversas atividades gratuitas, como musculação e
dança e já começou a perceber as melhoras.
“A ideia do projeto é fazer
com que o indivíduo se reconheça e se aceite. É preciso
que ele encare a sociedade e
veja que, além do HIV, além
da lipodistrofia, existe um
mundo lá fora esperando por
ele”, afirma o Presidente do
Grupo Vhiver, Valdecir Fernandes Buzon.
Encarando o espelho
Para a psicóloga do grupo,
Tarcila Peixoto Hofner, a
lipodistrofia está completamente relacionada à questão
da autoimagem. “Nós já tivemos usuários que se trancaram dentro de casa por
causa da perda de gordura no
rosto. Por isso é preciso trabalhar o gostar de si, o con-
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Daniela Savaget
Saúde
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Valdecir montou a academia do
Grupo Vivher em Belo
Horizonte/MG para estimular a
prática de exercícios em
portadores do HIV
seguir se ver no espelho. Se a
pessoa não está se olhando
no espelho, é sinal de que
existe algum problema ali”,
afirma. Uma das pessoas que
frequenta o projeto Posithivo,
do grupo Vivher, é Vitor.
“De repente, o meu espelho
quebrou. Ficou todo partido
no chão. Com o tempo,
porém, eu descobri que podia
juntar os caquinhos e formar
um espelho novo. Eu construí
uma imagem nova”. Vítor
Ao praticar atividades físicas, além de ganhar massa
muscular ou perder alguns
quilinhos, a pessoa se sente
mais motivada. “O indivíduo
se sente mais bonito e começa
a se recolocar no meio social.
Ele melhora a sua capacidade
de ser mais feliz”, afirma
Valdecir.
O fisioterapeuta Marcos
Bello, da Clínica Márcio Serra, no Rio de Janeiro, concorda. Para ele, não existe
uma receita pronta quanto
aos exercícios que combatem
a lipodistrofia. Porém, exercícios aeróbicos (caminhada,
bicicleta, dança) e de resistência (musculação) devem
ser praticados pelo menos três
OFICINA CORPO, ARTE E AÇÃO – ABIA
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Daniela Savaget
Na Associação Brasileira Interdisciplinar
de Aids, ABIA, no Rio de Janeiro, as
segundas e terças-feiras são destinadas
às artes plásticas e às atividades do corpo,
voltadas para o público homossexual. “O
projeto tenta minorar problemas como
baixa autoestima e trabalha alguns
aspectos físicos. Embora não seja uma
academia de ginástica especificamente,
oferecemos atividades como pilates e
relaxamento”, explica Ricardo Sales
Mölnar, um dos responsáveis pelo projeto.
O também idealizador da oficina, Marclei
Guimarães, afirma que o objetivo é
proporcionar a ‘reapropriação’ do corpo.
Ricardo e Marclei: idealizadores do projeto
“O foco não é o corpo medicalizado, que
fica à disposição do saber médico, mas o
corpo como fonte de prazer, de inspiração,
de cuidado e de amor”, conclui.
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Comer bem e
saudável
A nutrição balanceada
não pode ficar de fora no combate à lipodistrofia. Além de
fornecer a energia necessária
para as atividades físicas, ajuda a reduzir os níveis de triglicérides e colesterol. As dietas
devem ser específicas para
cada pessoa, mas há dicas que
servem para todos: comer frutas e verduras à vontade, reduzir o sal e o açúcar, fazer de
4 a 6 refeições por dia, e beber
bastante água. ONGs, como
o grupo Vhiver, e alguns
serviços de saúde oferecem
consultas com nutricionistas.
“Eu vim para o grupo Vivher
indicado pela psicóloga do
Hospital Eduardo de Menezes. Com o acompanhamento
da nutricionista e a academia
meu equilíbrio melhorou e eu
reduzi os meus triglicérides.
Eu ganhei massa muscular e
minha condição de vida como
um todo também melhorou”.
Sérgio
Troca de
medicamentos
Há situações em que a
lipodistrofia pode ser combatida com a troca de medicamentos. É o que diz a infectologista Karina Ribeiro, do
SAE Sagrada Família, em
Belo Horizonte.
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“Todos os medicamentos
podem causar lipodistrofia,
somados a fatores genéticos,
idade, sexo, tempo de uso de
antirretrovirais e época de
início de tratamento (quanto
menor o valor de células
CD4 no início do tratamento, maior a chance de
desenvolver lipodistrofia).
No entanto, alguns medicamentos desencadeiam mais
rápido a lipodistrofia do que
outros, e, se a substituição
for feita sem prejuízo ao tratamento, pode-se indicar a
troca”, afirma.
Em último caso
Como último recurso,
existem as cirurgias reparadoras, disponibilizadas pelo
SUS, para as lipodistrofias
moderadas ou graves (ver
box ao lado). Caso você
perceba que está com alterações no seu corpo devido à
lipodistrofia, procure ajuda
de um profissional de saúde:
ele poderá indicar a melhor
forma de lidar com o problema. Participar de grupos
de apoio também pode contribuir para resgatar a autoestima e facilitar a reintegração
social.
Na última página da
revista, você encontra o contato das ONGs citadas nesta
matéria. SV
Saúde
vezes por semana. “A atividade física é importante para
qualquer pessoa não importa
que tenha ou não uma doença”, comenta.
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Tratamentos reparadores
•
•
•
•
•
•
•
•
Preenchimento facial com polimetilmetacrilato (PMMA)
Lipoaspiração da giba
Lipoaspiração da parede abdominal
Lipoaspiração do dorso
Redução da mama
Reconstrução glútea com prótese de silicone
Preenchimento perianal com gordura ou PMMA
Tratamento de ginecomastia
Critérios exigidos para a realização das cirurgias
• Diagnóstico de HIV/aids e lipodistrofia devido ao uso de
antirretroviral.
• Em tratamento antirretroviral há pelo menos 12 meses.
• Não respondem ou não podem realizar mudança na
terapia antirretroviral.
• Ausência de manifestações clínicas sugestivas de
imunodeficiência nos últimos seis meses.
• CD4 maior que 200 cel/mm3 (exceto para lipodistrofia
facial) e carga viral estável.
No site www.saberviver.org.br, estão listados os locais
onde o SUS oferece cirurgias reparadoras
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passo a passo
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raltegravir + darunavir
+ ritonavir + lamivudina
+ tenofovir
RESPEITAR A DOSAGEM E O HORÁRIO DESSA
COMBINAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA O TRATAMENTO.
O
raltegravir é o mais novo medica- recomendação atual é que faça parte de uma
mento incluído pelo Ministério da combinação com um inibidor de protease,
Saúde na lista de antirretrovirais dis- reforçado pelo ritonavir (aquele da geladeira).
tribuídos gratuitamente e é recomendado ape“O raltegravir, com outros medicamentos,
nas àqueles pacientes que já apresenconsegue reduzir a carga viral, e aumentaram múltiplas falhas em combitar o CD4, controlando a
nações anteriores. Quem está
infecção novamente”, afirma
Raltegravir
usando o raltegravir preGustavo.
1 comprimido de 12 em
cisou fazer o teste de
Além de ser bas12 horas
genotipagem* e possui
tante potente contra o
Darunavir
poucos medicamentos
HIV, o raltegravir não
2 comprimidos de 12 em 12 horas
ainda com atividade
apresenta efeitos
contra o HIV. Por
colaterais significaRitonavir
isso, a tomada correta
tivos e em estudos
1 comprimido de 12 em 12 horas
e em horas certas
recentes tem se
desta combinação
revelado benéfico
Lamivudina
deve ser tratada pelo
também na redução
2 comprimidos por dia
paciente como prioridos níveis de colesterol
dade, uma vez que, se
dos pacientes.
Tenofovir
houver nova falha, o
1 comprimido por dia
paciente não terá muitas
Tomar após refeição
opções de tratamento, até a
Ao todo você tomará 11
chegada de novos antirretrovirais.
comprimidos: sete pela manhã e qua“O raltegravir deve ser tomado 1 compri- tro à noite. “É uma combinação um pouco
mido de 12/12 h em horários bem certos. Não complexa pela quantidade de comprimidos,
pode ser de manhã e à noite na hora que quiser. por isso, o paciente pode fazer uma tabela lisTem que ser de 12 em 12 horas! O paciente tando a hora e os medicamentos a serem tomaque não seguir à risca essa recomendação pode dos, para não se confundir. Lembre-se que esta
acabar sem opções de tratamento no futuro”, combinação é para pessoas que não têm
alerta o infectologista Gustavo Magalhães.
muitas outras opções de tratamento, o que faz
com que a adesão correta seja fundamental
para o sucesso da terapia”, afirma Gustavo.
Controlando a infecção
Como o darunavir/ritonavir deve ser
O raltegravir é um inibidor de integrase,
uma nova classe de antirretrovirais. A tomado após as refeições, sugerimos que as
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* GENOTIPAGEM
O exame de genotipagem verifica a
resistência do HIV aos antirretrovirais
em uso ou já usados anteriormente, auxiliando o médico na escolha dos
medicamentos mais eficazes para o
paciente.
passo a passo
pessoas nesta combinação tomem todos os
comprimidos da primeira tomada após o café
da manhã e os da segunda tomada após o jantar, nunca ultrapassando o intervalo de 12
horas entre as duas tomadas.
Recomenda-se também que o paciente
faça exames regulares para observar as funções
renais (rins) e hepáticas (fígado), uma vez que
os medicamentos podem alterar o funcionamento desses órgãos.
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8 horas da manhã
Após tomar o café da manhã, Silvio
toma 1 comprimido de raltegravir,
2 comprimidos de darunavir, 1
comprimido de ritonavir,
2 comprimidos de lamivudina e 1
comprimido de tenofovir.
8 horas da noite
Depois do jantar, já em
casa, Silvio toma
1 comprimido de
raltegravir, 2
comprimidos de
darunavir e1
comprimido de
ritonavir.
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Encontro
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Jovens
lideranças
Paulo Giacomini
Adolescentes e jovens contribuem para o
controle nacional do HIV/aids
Kleber Mendes da RNAJVHA discursa na mesa de abertura do evento ao lado de
Mariângela Simão, do Ministério da Saúde.
O
s jovens têm a capacidade de mudar o
mundo. Em relação
ao HIV/aids, podem trazer
muitas novas ideias. O IV
Encontro Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com
HIV/Aids (ENAJVHA), realizado de 9 a 12 de julho de
2009 em Curitiba, foi um
grande espaço para jovens de
todo o país apresentarem suas
ideias para a política de controle do HIV/aids. Eles foram
ouvidos por governos, por
Fóruns e Redes de ONGs e
pessoas vivendo com HIV/aids,
como a RNP+Brasil, e por
organismos internacionais.
Durante 4 dias, cerca de
100 jovens participaram de
inúmeras atividades. Foram
dias de muito contato entre
pessoas com experiências
diferentes, mas que tinham
em comum a vontade de participar das decisões na área do
HIV/aids. A diretora do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde, Mariângela
Simão, falou, na abertura, da
importância da nova geração
cobrar políticas públicas de
apoio a adolescentes e jovens
que vivem com HIV, “pois a
missão deste Departamento é
construir políticas para pessoas
que vivem com HIV/aids”.
Vontade de mudar
O coordenador geral da
Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com
HIV/aids (RNAJVHA), Kleber
Mendes, convidou as pessoas a
refletirem sobre a adolescência
e a juventude que vive com
HIV/aids. “Não queremos ser
BOLSA-FORMAÇÃO PARA 27 JOVENS
Jovens com HIV/aids de todo o Brasil participam de um processo seletivo para escolher 27
jovens que receberão uma formação em liderança em HIV/aids. Durante onze meses, eles
atuarão nas coordenações estaduais, nos serviços de saúde e nas instâncias de controle
social da política como Conselhos de Saúde e ONGs. O projeto é uma parceria do Departamento de DST/Aids com a Pact Brasil e agências das Nações Unidas e garante uma bolsa
de iniciação profissional no valor de R$ 472 mensais. “Espera-se que o maior conhecimento
sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e das políticas públicas em HIV/aids
possa contribuir para a melhoria dos cenários nacional e local da Saúde. A formação
possibilita ainda que no futuro eles possam ocupar espaços de controle social, em especial
no SUS, e também de gestão governamental”, afirma em nota o Departamento de DST/Aids
do Ministério da Saúde.
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Saber Viver ano 9 n 44 ago 2009
9/1/09
10:11 AM
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Encontro
Paulo Giacomini
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Elton, Kleber, Andréia, Oséias e Micaela, das Redes regionais de jovens, participam da mesa “Eu, tu, nós e a Rede”
assistidos, queremos ser
sujeitos das nossas histórias e
não sujeitados pelo HIV/aids;
vários jovens foram proibidos
de vir neste evento, temos de
refletir essa situação, queremos mudar, trabalhar juntos e
sermos parceiros”. O encontro
mostrou que a rede de jovens
com HIV/aids está fortalecida
e “disposta a pautar ações afirmativas que garantam que
todos nós teremos direito a ter
direitos”, disse Kleber da RNAJVHA.
A plenária do encontro
aprovou uma carta de reivindicações estabelecendo objetivos
e metas. Entre eles, romper
com os processos de tutelamento que regem os movimentos. “Queremos ter Autonomia, para que nossas escolhas sejam respeitadas e referendadas; queremos Respeito,
Trabalho, Saúde, Seguridade
Social e principalmente o
reconhecimento de que somos
PESSOAS, sujeitos da nossa
própria história”. A íntegra da
carta pode ser acessada no site
da
RNP+
Brasil
(www.rnpvha.org.br).
ano 9 n 44 ago 2009 Saber Viver
“
“
“
“
O PRIMEIRO DIA é uma coisa de louco. Você revê
amigos, conhece novas pessoas e ouve os
palestrantes nas mesas. No segundo e no
terceiro dia, o bicho pega, porque, quando você está num
encontro, assume um compromisso com você, com a
organização e com os jovens do seu estado. E no quarto e
último dia é bolada uma carta com coisas que você e seu
estado precisam.” Deivid, 17 anos, Floripa, SC
O PRIMEIRO DIA ERA COMO se eu saísse da
minha realidade e estivesse indo para outra, com
pessoas diferentes, mas com o mesmo objetivo, a
busca de um lugar sem preconceito. Já no segundo dia
teve uma relação mais harmônica, as pessoas se
envolveram mais. No terceiro dia, o ambiente se tornou
muito mais agradável, porque todos já se conheciam.”
Pedro, 17 anos, Brasília, DF
NA ESCOLA É IMPORTANTE FALAR de prevenção, mesmo que a família e os professores
tenham resistência. Os jovens criam vários preconceitos e
estigmas em relação à pessoa vivendo com HIV. A aids não
vai me impedir de continuar minha luta! Eu sou uma
pessoa única, e no conjunto de diferenças devemos nos
unir para ganhar mais espaço.” J.R, 15 anos, Manaus, AM.
CADA UM SABE QUAL É O MOMENTO para falar
para seus parceiros, afinal a responsabilidade
pela prevenção é de ambos, não é exclusiva de quem
vive com HIV. Meu nome não é AIDS, meu nome é
CAMILA!” Camila, 22 anos, Belo Horizonte, MG.
13
namoro
comportamento
ou amizade
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9/1/09
Namoro ou Amizade
ALAGOAS
Soro positivo saudável, 54 anos,
7,70m, 75kg. Procuro homens heteros,
ativos e bem dotados de todo o Brasil e
exterior para amizade e uma palavra
amiga. Tel: (82) 3375-7433 ou Caixa
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Busco também trocar experiências
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anos, moreno, 1,72m, 79kg, trabalhador, solteiro, sem filhos. Soropositivo
há 2 anos, estou aqui para aprender e
ensinar as coisas boas da vida.
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Salvador – BA – CEP: 40020-970 ou
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Santos
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anos, cabelos e olhos castanhos. Sou
muito feliz com a vida. Contato: (75)
9117-8376 (das 9h às 22h) – Fátima
10:11 AM
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saudável, discreto, 1,73m, 66kg, olhos
verdes, cabelos e barba grisalhos.
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evangélicas, para relacionamento ou
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evangélico, moreno, cabelos crespos,
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soropositivo há 6 anos. Gosto de música, cantar, tocar, ler, escrever. Sou
romântico e mais caseiro. Tels: (31)
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Gerais. Tel: (31) 9357-2279 – Victor
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homens acima de 45 anos, de preferência do DF. Quero relacionamento sincero e duradouro. Tel: (61) 8599-9414 Jane
14
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ou Cx postal, 031 – RJ – CEP: 20010974 – Dado
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67kg, discreto, assimtomático, passivo e
ativo. Busco homens que procuram um
relacionamento sério, discreto e que seja
ativo e passivo. Contato somente com
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ou passivo/versátil. Sou carinhoso e
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curtam fidelidade e compromisso sério.
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seguir essa jornada comigo? Contato:
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Tenho 39 anos, moreno, 1,73m, 83Kg,
passivo, discreto, trabalhador honesto,
simples, não busco aventuras. Procuro
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simples, honesto, trabalhador e do RJ
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sexo para amizade ou algo mais.
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sua sombra. Tenho 52 anos. Você de 30
a 60 anos pode me escrever. Caixa
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Saber Viver ano 9 n 44 ago 2009
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9/1/09
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1,67m, 73kg, olhos castanhos. Desejo
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46 anos. Sou carinhosa e meiga. Tel:
(11) 7580-0376 – Simone
Tenho 39 anos, sou mulata clara, tenho
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me corresponder com homem entre 36 e
46 anos. Sou carinhosa e meiga. Tel:
(11) 7580-0376 – Simone
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Gostaria de me corresponder com mulheres de todo o Brasil para uma
amizade sincera ou algo mais. Tel: (11)
2837-0423 ou [email protected] – Benedito
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coração.
E-mail:
[email protected] – Alex
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1,70m e 69kg. Gostaria de me corresponder com mulheres que residam em
São Paulo para um relacionamento
sério. Tel: (11) 4102-6081 – Francisco
ano 9 n 44 ago 2009 Saber Viver
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Paulista, aposentado, 47 anos, branco,178m, 60kg, uso óculos, grisalho,
soropositivo há 17 anos, kardecista.
Procuro alguém do mesmo sexo. Email: [email protected]
ou Orkut. Sou mais família.
“Escorpiano carente”. Procuro pessoas de mesmo sexo para relacionamento sério. Tenho 43 anos, 1,73m,
70kg, discreto, boa aparência, assintomático. Fotos serão bem-vindas.
Responderei a todos. Tel: (14) 30114335 – Valdo
comportamento
namoro
ou amizade
Sou negro, 1,70m, 33 anos. Gostaria
de me corresponder com mulheres
para amizade ou algo mais sério. Tels:
(21) 9163-1776 / 3362-2328 ou cartas
para Av. Urânio, Qd. 16 / Lt. 06 Coelho da Rocha – São João de Meriti
– RJ - CEP: 25550-340
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Moreno claro, 39 anos, 1,70m e 68kg.
Quero me relacionar com travestis de
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Brasil para uma sincera amizade ou
para compromisso. Tel: (11) 7095-5105
– Bruno
Tenho 51 anos, estabilizado, assintomático. Procuro mulheres de até 35
anos, magras, para compromisso sério.
Moro em uma chácara em Iguape, lugar
lindo. Procuro uma mulher para vivermos juntos e nos ajudarmos mutuamente. Sou totalmente de bem com a
vida.
Contatos:
Msn:
[email protected]
/
tel:
(13)9611-3118 / Caixa postal 171 CEP 11920-000 – Luiz
Tenho 31 anos e estou em regime semiaberto, mas me considero reabilitado
dos meus erros. Sou muito sincero e simpático. Procuro uma mulher que queira
um relacionamento sério, sem preconceitos, pois me sinto sozinho e carente.
Sou moreno, olhos castanhos e signo de
capricórnio. As interessadas podem escrever para Estrada de Iperó – Tatuí, km
5,5 – B. Hortoflorestal – Bela Vista – Ala
de Progressão (Box 4) – Iperó / SP –
CEP: 18560-000. – Ronaldo
Sou moreno claro, 66 anos, 63kg, cabelos castanhos, 1,70m, boa aparência
e estou bem fisicamente. Sou aposentado e trabalho como autônomo, tenho a
vida financeira razoável. Gostaria de
conhecer uma mulher entre 40 e 50
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um grande amor. Sou evangélico e divertido. Contato: (11) 3782-8277 /
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15
SV_44.QXD:saber viver 32
9/1/09
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BAHIA
RNP+ Núcleo Bahia
Rua J.J SEABRA, 116
Baixa do Sapateiro - Salvador - BA
CEP: 40025-001
[email protected]
[email protected]
CEARÁ
Gapa – CE
Rua Castro e Silva, 121/ sala 305
Fortaleza - CE - CEP: 60030-010
(85) 3253-4159
MINAS GERAIS
Grupo Vhiver
Av. Bernardo Monteiro, 1477
Funcionários - Belo Horizonte - MG
(31) 3271-8310
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Centro de Convivência Cazuza
Av. Brasil, 60
Jardim Casa Branca - Betim - MG
(31) 3531-5533
[email protected]
PARANÁ
Grupo Amigos
Rua João Zaleski, 635
Vila Lindóia - Curitiba - PR
CEP: 81010-080
(41) 3346-5651
[email protected]
RIO DE JANEIRO
Fórum ONG/AIDS do Rio de Janeiro
Av. General Justo, 275 - bl. 01 / sala
203/A - Rio de Janeiro - RJ
(21) 2544-2866 / 2517
3293 CEDUS
[email protected]
www.forumongaidsrj.org.br
Associação Brasileira
Interdisciplinar de Aids – ABIA
Av. Pres. Vargas, 446/13º andar
Centro - Rio de Janeiro - RJ
(21) 2223-1040
www.abiaaids.org.br
Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT
Rua Monte Alegre, 167
Santa Teresa - Rio de Janeiro - RJ
(21) 2222-7286 / 2215-0844
A
10:11 AM
Page 16
Grupo Pela Vidda Rio
Av. Rio Branco, 135/709
Centro - Rio de Janeiro - RJ
(21) 2518-3993 / 2518-1997
[email protected]
RNP+ Núcleo Médio Paraíba
Rua Prefeito Bulcão Viana, 45
Jardim Boa Vista
Barra Mansa - RJ
CEP: 27350-200
(24) 3323-5283
SÃO PAULO
Fórum das ONG/AIDS de São Paulo
Av. São João, 324 - 7º and - sala 701
Centro - São Paulo - SP
(11) 3334- 0704 / 3331- 1284
[email protected]
www.forumaidssp.org.br
ECOS - Comunicação
em sexualidade
Rua Araújo, 124/2º andar
Vila Buarque - São Paulo - SP
(11) 3255-1238
[email protected]
GIV – Grupo de Incentivo à Vida
Rua Capitão Cavalcante, 145
Vila Mariana - São Paulo - SP
(11) 5084-0255 / 5084-7465
[email protected]
SERGIPE
Gapa – SE
Rua Espírito Santo, 85
Aracajú - SE
CEP: 49010-520
(79) 3214-2414 / 3212-0950
[email protected]
BRASIL
Rede Nacional de Pessoas Vivendo
com HIV/aids
www.rnpvha.org.br
REDE NACIONAL DE
ADOLESCENTES E JOVENS
VIVENDO COM HIV/AIDS (RNAJVHA)
REPRESENTANTES REGIONAIS
Porto Alegre e Santa Catarina
Rua Manduca Rodrigues Nº 692
Centro - Pelotas - RS
Cep: 96020-320
[email protected]
S ABER V IVER
Paraná
Rua: José Loureiro Nª 12/ 1004
Centro - Curitiba - PR
CEP: 80.010-000
(41) 3353-8017
[email protected]
Minas Gerais e Espírito Santo
Rua Deusdalma Nº 221
Nova Gameleira
Belo Horizonte - MG
CEP 30510-390
[email protected]
São Paulo e Rio de Janeiro
Rua Capitão Cavalcanti 145
Vila Mariana - São Paulo - SP
CEP 04017-000
[email protected]
Centro Oeste
Rua SNF 02 QD. 1A LT. 1 À4
Setor Norte Ferroviário
Goiânia - GO
CEP: 74.063.450
(62) 3213-2233
[email protected]
Nordeste
Rua Com. Gomes Costa, 39
Barris - Salvador - BA
CEP:40070-120. Salvador - BA
(71) 3328-9207/ (71) 3328-9206
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Rua 15, 302 - alvorada II
Manaus - AM
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O Grupo Pela Vidda Niterói iniciou novas
ações voltadas para adolescentes
vivendo com HIV e aids,além de atividades lúdicas para crianças nos
espaços das brinquedotecas. Há oficinas de corpo, dança, mídia e ativismo e
visitas a unidades de saúde que trabalham com jovens soropositivos. Mais
informações, entre em contato com o
Pela Vidda Niterói.
Rua Visconde de Itaboraí, 66
Ponta da Areia - Niterói - RJ
(21) 2722-0067
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