História da Metrologia no Brasil

Transcrição

História da Metrologia no Brasil
Publicação Trimestral - Ano III - Nº 10 - Agosto de 2015
História da Metrologia no Brasil
Tendo conhecido o general Morin,
representante do governo francês,
em sua primeira viagem a Paris, em
fins de 1871, o Imperador com ele
iniciara uma longa correspondência a
partir de julho de 1872. Para Pedro II,
as relações com Morin representavam
a possibilidade de um contato mais
direto com as notícias científicas da
França e uma fonte de indicações de
professores franceses para a Escola
Politécnica e, posteriormente, para a
Escola de Minas de Ouro Preto.
Desde a primeira carta, Morin trata da
revisão dos padrões pela Comissão de
1872, expondo a tarefa em questão e
sugerindo o envio de dois cientistas
brasileiros
para
participar
dos
trabalhos. Em nova carta, de outubro
de 1872, Morin tocaria em outra
questão importante: sua oposição a
criação de um organismo internacional
responsável pela guarda dos padrões
de medida. Apesar deste fato, Morin
recomenda fortemente a participação
Brasileira na Conferência Diplomática
do Metro. Capanema esteve presente
como representante do governo
Brasileiro nas reuniões de 1873 e no
ano seguinte, o próprio Morin, após
renunciar a representação do governo
francês, passa a exercer a função de
delegado do Brasil.
Apesar de toda oposição a criação de
uma agência internacional, contudo,
não impediu que a Convenção do
Metro, firmada em maio de 1875,
previsse a criação de um Bureau,
mas recomendou a Pedro II que não
ratificasse a Convenção. D. Pedro II de
fato parece ter seguido a sua orientação
e durante a reunião diplomática de
setembro de 1875 o representante
brasileiro comunicaria que o Brasil não
se associaria à Obra Comum.
Esta história, porém, ainda teria outros
desdobramentos. O general Morin, em
finais de 1876 já vivia conflito aberto com
os cientistas do Comitê Internacional
de Pesos e Medidas – CIPM. Este
queria que a responsabilidade pela
confecção dos Padrões ficasse para o
Conservatório, sobretudo para garantir
os direitos das nações que assinaram,
mas não ratificaram a Convenção do
Metro.
Com base nesta situação, o general
Morin advertiu o embaixador brasileiro,
em setembro 1876, que país teria
direito aos novos padrões e sugere
que alguns cientistas deveriam
acompanhar o trabalho do Bureau
Intenacional. Esta tarefa somente
foi concluída em novembro de 1880,
quando o então embaixador brasileiro,
o Visconde de Itajubá, comunicava ao
governo que estavam prontos para o
embarque os padrões brasileiros e que
professor Tresca tinha se oferecido
para a acompanhar a comparação do
padrão brasileiro com os padrões do
BIPM.
É verdade que a não ratificação da
Convenção e o fato de que não se
previra, em nenhum momento, a
criação de uma instituição para a
guarda e conservação dos padrões
indicavam hesitações governamentais
que teriam graves consequências
futuras.
A complexidade do envolvimento do
Imperador D. Pedro II e do círculo de
cientistas ligados a ele na implantação
do sistema métrico não apresentaria
desdobramentos
particularmente
brilhantes nas primeiras décadas
republicanas. A atividade metrológica
que
havia
experimentado
uma
evolução
no
campo
científico,
apresentou na sequência, uma
redução nas atividades de fiscalização
dos municípios importantes.
Quanto ao padrão, peça exemplar,
em sim mesma, do grande esforço,
em termos humanos e financeiros,
do governo imperial, é difícil qualificar
seu destino. Em dezembro de 1907,
o diretor do Observatório Nacional
comunicava o roubo do metro padrão
ao ministro da Viação e Obras Públicas,
Miguel Calmon du Pin e Almeida.
Não havendo nenhum registro de
diligências para sua recuperação.
Estas curiosidades foram extraídas
do Livro Medida Normalização e
Qualidade, capítulo Metrologia no
Império do Brasil, A adoção do Sistema
Métrico. Medida, Normalização e
Qualidade – Aspectos da história da
metrologia no Brasil, por José Luciano
de Mattos Dias.
NESTA EDIÇÃO:
Palavra do Presidente
Página 2
Metrologia Aplicada na Área da Saúde
Página 3
Nivelação Automática e Motorizada de
Balanças de Laboratório
Página 4
Calibração de Manômetros
Página 5
Gestão da Água e Monitoramento Ambiental
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Momentos e Serviços
Página 7
Página 1
PALAVRA DO PRESIDENTE
A atual Diretoria da REMESP está completando um ano
de vida e posso dizer que foi um ano bastante produtivo,
mesmo com as dificuldades que o país vem enfrentando.
Estamos convictos que com um trabalho focado no fortalecimento da competência técnica laboratorial os nossos
desafios serão vencidos. A melhoria contínua das nossas
programações de treinamentos e programas de ensaios
de proficiência certamente serão bem reconhecidas pela
nossa comunidade metrológica e desta forma teremos uma
Rede cada vez mais robusta.
Nos últimos meses realizamos muitos encontros, os mais
importantes foram o Simpósio de Metrologia para a Área
da Saúde – METROSAÚDE 2015, realizado no dia 25 de
Junho, na Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas,
em São Paulo e o Workshop de Metrologia para a Gestão
da Qualidade dos Alimentos – METROALIMENTOS 2015,
realizado no dia 09 de Setembro, no Instituto Tecnológico
de Alimentos – ITAL, em Campinas. Ambos os eventos foram marcados pela presença de mais de 130 especialistas
na área.
Os participantes avaliam como positiva a iniciativa e solicitaram a continuidade da discussão dos temas para o próximo ano. O METROSAÚDE já tem dia e local definido, será
realizado no dia 31 de Março de 2016 no Hospital Sírio
Libanês.
O calendário de atividades do segundo semestre foi bastante intenso, no dia 25 de Agosto foi realizado o Workshop
sobre Novas Oportunidades para Laboratórios – Aprovação de Balanças, em parceria com o Sindicato da Indústria
de Balanças, Pesos e Medidas de São Paulo – SIBAPEM
e a Diretoria de Metrologia Legal do Inmetro, onde foram
apresentadas propostas do Inmetro para desenvolver novos laboratórios nos processos de aprovação de modelo,
com o objetivo de dar mais celeridade nos prazos pelo Inmetro.
Ainda em Agosto a REMESP participou da Reunião do Fórum Nacional de Redes Metrológicas em Recife, onde foram discutidos temas relacionados a formação de avaliadores em conjunto com a CGCRE e procedimentos conjuntos
para apresentação de Redes junto aos Órgãos do Governo
Federal.
Fale conosco e fique por dentro de todos nossos eventos,
seja mais um associado e colaborador.
Saudações a todos,
Celso Scaranello
Presidente da REMESP
Patrocinadores desta edição
Expediente
O REMESP INFORMA é uma publicação trimestral editada pela REMESP, dirigida aos associados, e de distribuição gratuita.
Colaboradores:Ana Carolina Calderoni, Celso Scaranello, Jean Albert Bodinaud, Maicon C. Alencar, Newton Ferrerez Bastos, Oswaldo
Rossi Junior e Rafael Morales.
Tiragem: 500 exemplares.
Sugestões ou críticas: [email protected]
Impressão: Gráfica Success Ltda – ME
Página 2
ARTIGO TÉCNICO
METROLOGIA APLICADA NA ÁREA DA SAÚDE
Todos
nós
sabemos da
importância
da metrologia
em todas as
áreas onde
há
necessidades
de
medições.
Exerce fator
primordial
para
assegurar confiabilidade e rastreabilidade
para os equipamentos de medições e
para às medições que executamos. Na
área da saúde, isso não poderia ser diferente.
Quando se torna necessário o diagnóstico de doenças, frequentemente
os médicos nos encaminham para
exames clínicos, de importância crítica para um diagnóstico preciso pelos
mesmos médicos que solicitaram tais
exames.
Frente a isso, onde se aplica a metrologia?
Desde nossa entrada nos consultórios,
a metrologia se faz presente como na
utilização de balanças, do esfigmomanómetro (medidor da pressão arterial).
Para asseguramos a confiabilidade
das medições esses equipamentos de
medição precisam estar calibrados por
laboratórios de calibração que forneçam rastreabilidade das medições aos
SI – Sistema Internacional de Unidades.
O que se dirá, então, de tantos outros
equipamentos utilizados na área da
saúde?
Equipamentos têm cada vez mais desempenho otimizado. Com isso, não
há dúvidas de que a metrologia tem
papel essencial na contribuição, não
somente dessa otimização, mas na
confiabilidade que incrementam às
medições fornecidas por esses equipamentos, na precisão para gerarem
produtos em conformidade com as especificações exigidas.
A metrologia vem em um crescente, com reconhecimento do valor que
agrega aos processos. Tende cada
vez mais a ser incorporada e exigida
no desenvolvimento de tecnologias e
equipamentos.
Os equipamentos
eletromédicos devem ter características tais que tragam essencialmente
segurança para os pacientes, no que
tange ao seu uso quanto às medições
que realizam.
A qualidade é essencial para obtenção
de resultados sobre os quais se decidirá por um ou outro tratamento.
A qualidade deve estar implícita em
todos os processos de qualquer organização, para que seus produtos mais
do que atender às expectativas dos
clientes, as superem. Nesse sentido,
laboratórios clínicos exercem papel
de grande responsabilidade dentro do
sistema de saúde de um país. São eles
que realizam os exames solicitados
em amostras coletadas dos pacientes.
Os exames clínicos permitem que sejam realizados sem serem invasivos,
o que representa um custo menor do
que cirurgias ou qualquer exame invasivo, mas sobretudo em redução dos
riscos ao paciente.
Outro fator que deve ser levado em
consideração é que medições realizadas com rastreabilidade e confiabilidade metrológicas podem ser comparáveis com medições realizadas em
diversos outros países.
Os métodos analíticos
que operam são incontestavelmente
fundamentais; entretanto, sem
o suporte da metrologia
não poderiam ser realizados de forma a assegurar resultados que efetivamente sustentassem
diagnóstico apropriado.
Alinhar o foco no cliente com o foco
do cliente é fator primordial e desafio constante para o crescimento das
empresas, mas, sobretudo, dentro da
área da saúde, é imperativo que pensem no resultado das medições que
seus equipamentos vão proporcionar.
Afinal, mais do que empresários, precisamos pensar que somos potenciais
pacientes
Por: Gilmar José do Valle
Valle & Veiga Associados
Espaço Publicitário
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ARTIGO TÉCNICO PATROCINADO
NIVELAÇÃO AUTOMÁTICA E MOTORIZADA DE BALANÇAS DE LABORATÓRIO
Uma solução altamente alinhada aos laboratórios da indústria farmacêutica
Nota de aplicação
Uma das regras básicas na
hora de manipular balanças
de alta resolução em laboratórios na indústria farmacêutica é que as balanças devem
nivelar-se em qualquer momento. O controle de nivelação e uma possível correção
formam parte de quase todos
os SOP (Standard Operating
Procedures) que descrevem a
execução de um processo que
envolve uma balança de laboratório.
Mas por quê é necessário nivelar uma balança de laboratório? Uma balança de laboratório deve estar sempre
alinhada, de forma que a ação da força sobre o prato da balança esteja paralela à direção da aceleração da gravidade.
Se uma balança não está colocada no sentido horizontal, o
peso colocado sobre ela pode não ser determinado corretamente. Com a ajuda de uma “bolha”, ou seja, um “nível”
integrado na balança, o usuário pode realizar este ajuste
denominado “nivelação”.
O ajuste é uma tarefa que consome tempo e às vezes pode
ser considerada tediosa pelo pessoal de laboratório, especialmente porque o nivelamento rápido exige alguma prática
por parte do operador. Dependendo da posição do operador em relação à balança, nem sempre se pode saber com
precisão se a bolha está posionada exatamente no nível.O
nivelamento exato é essencial para uma balança de laboratório devido a erros provocados durante a utilização. Basta
uma inclinação mínima, por exemplo, ao modificar a posição
da balança na bancada do laboratório (por exemplo após a
limpeza), para gerar erros que podem rapidamente alcançar
a magnitude das tolerâncias admitidas dos pesos de teste
utilizados para calibração. Na pior das hipóteses, tais erros
podem desencadear durante processos de laboratório na
indústria farmacêutica, por exemplo durante a pesagem de
medicamentos ou matérias primas a serem transferidas ao
longo de toda a cadeia do processo, tornam-se inaceitáveis.
Além disso, o controle permanente em setores regulados
deve ir além de uma única nivelação realizada no início de
um dia de trabalho.
A situação acima descrita pede uma solução segura e que
poupe tempo.
Pharma Compliance
Para evitar o nivelamento ótico pelo usuário, foi desenvolvido um sensor que trabalha diretamente com motores de forma a realizar o nivelamento automático da balança. Abaixo
se explica de forma explícita o real benefício desta solução
inovadora.
Com a série de balanças para laboratório Cubis, a Sartorius
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oferece a solução perfeita: o aplicativo“Q-Nível” permite o
monitoramento contínuo com nivelação automática - para
isso basta pressionar um botão.
Um sensor especialmente desenvolvido, assim como motores integrados, dispensa uma inspeção visual pelo operador.
Nos últimos anos, tem-se observado na indústria farmacêutica uma tendência clara na melhoria da proteção de operadores e de produtos. Nos laboratórios, há uma crescente
utilização de cabines de segurança, bancadas especiais
para pesagem de segurança, ou câmaras com luvas. Os trabalhos com medicamentos e composições de matéria cada
vez mais eficazes, bem como novas regras e disposições,
tais como por exemplo o sistema Europeu REACH para a
regulamentação dos produtos químicos (Registo, Avaliação,
Autorização e Restrição de Produtos Químicos) incentivam
esta tendência. Por isso é necessário trabalhar cada vez
mais frequentemente em salas limpas e esterilizadas.
Nestes locais é necessário trabalhar com roupas de proteção, isto é, além do uso de macacões e salas esterilizadas,
se utilizam óculos especiais e luvas. Muitas vezes, até mesmo duas camadas de luvas. Obviamente, o uso de luvas
duplas torna problemática a nivelação manual; girar os pés
de apoio da balança com os dedos torna-se difícil. Deve-se notar também que ao girar os apoios nívelação com os
dedos, as luvas são submetidas ao estresse mecânico e
podem ser danificadas.
Nestes casos, a nívelação automático na tela de toque constitui uma solução com vantagens evidentes para o operador.
Os benefícios para o usuário são ainda mais evidentes caso
a balança seja utilizada em uma área contaminada ou que
requerem o uso de dispositivos de proteção acima. Um
problema adicional é a visibilidade do nível, o usuário deve
olhar através dos óculos de proteção e da câmara de segurança feita de plexi glass, o que torna difícil a visualização.
Neste caso, pode se tornar impossível o controle com precisão da posição da bolha no nível. A “visão parcial” traduz o
ajuste de nível e, portanto, um nivelamento incorreto devido
a uma diferença entre a bolha e a lente. As piores condições
em questão de ergonomia e funcionalidade para o controle
de nível e nivelação manual ocorre quando a balança de
Laboratório é usada dentro de uma câmara de segurança
com luvas.
Por isso, na verdade, só existe uma solução aceitável para
estes requisitos: ele é chamado de “Q-Level”, e permite
nivelação motorizada automática pressionando uma tecla
quando a balança de laboratório detectar de forma autônoma, que não está corretamente nivelada.
Para maiores informações, contate:
Sartorius do Brasil
Tel. 011 4362 8900
[email protected]
ARTIGO TÉCNICO PATROCINADO
CALIBRAÇÃO DE MANÔMETROS: SEGURANÇA E QUALIDADE
EM RELAÇÃO À TEMPERATURA.
Quando um instrumento é utilizado a temperaturas diferentes de 20 oC, torna-se necessário conhecer a influência da
temperatura para correta seleção ou correção dos instrumentos. Também na seleção de padrões para calibração
em campo na área de pressão este binômio é fundamental
pois pode ser o dominante na incerteza da medição.
A Norma brasileira ABNT 14105 citada como referência
para a maioria dos laboratórios acreditados, apesar do
nome “Manômetros com sensor de elemento elástico...”, no
item 1.3 diz que se aplica a “manômetros com indicadores
analógicos”, faltando então no Brasil uma norma para manômetros eletromecânicos, com ou sem indicador. Esta norma, apresenta que a temperatura adequada para calibração
é 20 ± 2 oC. Faz recomendação de uso para faixa de pressão e coloca valores limites para três tipos de sensores e
estabelece que o instrumento deve suportar, sem perdas de
suas características construtivas, temperaturas ambiente e
do fluido do processo de -20°C a +60°C. e apresenta que a
variação da indicação causada pelo efeito da temperatura
não deve exceder o valor percentual conforme a seguinte
fórmula:
• Para manômetros com tubo Bourdon:
± 0,04 x (t2 – t1), em % da faixa nominal;
• Para manômetros com cápsula:
± 0,06 x (t2 – t1), em % da faixa nominal;
• Para manômetros com diafragma:
± 0,08 x (t2 – t1), em % da faixa nominal.
A preocupação com
possíveis falhas nos
processos onde os
manômetros são utilizados, em situações
cada vez mais críticas, fez com que fosse desenvolvido este
trabalho, buscando
os mais diversos tipos de manômetros
e diversos fabricantes, para verificar
as condições dos
mesmos nas diversas temperaturas em
que poderiam estar
sendo utilizados. Os
ensaios preliminares
foram
conduzidos imagens térmica do sitema
em três temperaturas: 20°C, 40°C e 60°C, sendo avaliado o fator de correção
médio para cada caso.
Os resultados foram muito diferentes entre diversos fabricantes com os mesmos tipos de instrumento, chegando a
dependências de temperatura entre 0,026% . °C-¹ e 0,47 % .
°C-¹ para manômetros analógicos e de 0,004 % . °C-¹ a 0,30
% . °C-¹ para manômetros digitais.
Pode-se observar a partir destes dados que existem falhas
quanto à especificação da faixa de trabalho e da variação
dos valores de pressão indicados em função da variação da
temperatura.
Para o desenvolvimento deste trabalho foi construído um
dispositivo onde foi possível manter a referência a 20 C ±
1 °C e mudar a temperatura do instrumento sob ensaio nas
temperaturas de 20 °C ± 1 °C, 40 °C ± 1 °C e 60 °C ± 1 °C.
As medições foram efetuadas no mesmo sentido para todas
as temperaturas e os valores utilizados para compor a dependência da temperatura foram as diferenças ente as medições nas 3 temperaturas. Com este procedimento, pode-se eliminar as incertezas advindas do padrão e também a
incerteza referente a histerese, visto que as medições foram
efetuadas em um só sentido.
Também foi tomado o cuidado de utilizar um padrão com
resolução suficiente para não impactar nos resultados.
Como a calibração efetuada nas instalações de clientes tem
variações que podem superar as condições da calibração
do padrão utilizado como referência, torna-se necessário
a investigação da dependência da temperatura do padrão
pois ela pode ser a fonte dominante da incerteza da medição. Mesmo dentro de um laboratório, se as condições
ambientais forem diferentes das condições da calibração do
padrão, pode-se ter influências elevadas nas medições, aumentando significativamente a incerteza.
Visomes Comercial Metrológica Ltda
Tel.: (11) 5662-9911
[email protected]
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ARTIGO TÉCNICO
O 2º Congresso Internacional RESAG 2015 - “Gestão da Água e Monitoramento Ambiental” será realizado em Aracaju - SE de 09 a 11 de dezembro de 2015, e se constituirá em um marco na história recente da Rede de Saneamento e
Abastecimento de Água-Resag, tanto no campo do conhecimento científico como no tecnológico. http://www.resag.org.
br/congressoresag2015/
A realização do Congresso é uma parceria das Redes de Saneamento e Abastecimento de Água/Rede Metrológica do
Estado de São Paulo e de Monitoramento Ambiental/Instituto de Tecnologia e Pesquisa, ambas do Ministério de Ciência
Tecnologia e Inovação, e do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe.
Serão tratados temas referentes ao planejamento e execução de políticas públicas relacionados com diversos aspectos
relacionados com a qualidade, recursos hídricos, fornecimento e disponibilização da água e monitoramento ambiental,
propiciando um panorama rico à troca de conhecimento e de experiências, em nível global.
Indubitavelmente, são assuntos importantes para o dia-a-dia do cidadão, já que questões ambientais como a hídrica,
embora tenham sido consideradas importantes, nestes últimos tempos tornaram-se absurdamente importantes - face à
escassez e falta de planejamento adequado com recursos naturais.
Sob a perspectiva da abordagem das questões de interesse do setor produtivo e industrial e desafios ao micro, pequeno e
médio empresário, o congresso possibilitará que estes entes da cadeia produtiva apresentem e avaliem as necessidades
dos segmentos setoriais e se preparem para possíveis mudanças que sejam requeridas em seus produtos e serviços.
Questões relacionadas com programas governamentais, em especial o novo modelo do Sibratec, assim como os recursos e ferramentas necessárias ao fortalecimento da base laboratorial brasileira, para a emissão de resultados analíticos
confiáveis serão temas de destaque, que contarão com renomados especialistas nacionais e internacionais em sua apresentação.
Também, serão tratadas perspectivas sobre gestão e eficácia de atuação em rede, cuja análise deverá ser feita em relação
aos seus usuários e beneficiários, e ao impacto que se espera provocar com os produtos tecnológicos gerados. O Congresso está estruturado em painéis, abrangendo o seguinte temário:
Painel 1: POLÍTICAS, GESTÃO AMBIENTAL E RECURSOS HÍDRICOS
Painel 2: MEIO AMBIENTE, RIO SÃO FRANCISCO, PLATAFORMA CONTINENTAL E SANEAMENTO EM SERGIPE
Painel 3: INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS EM TRATAMENTO DE ÁGUA E EFLUENTES
Painel 4: O SISTEMA BRASILEIRO DE TECNOLOGIA EM APOIO À COMPETITIVIDADE NACIONAL
Painel 5: NORMALIZAÇÃO NA GESTÃO DA ÁGUA, SAÚDE E IMPACTOS AMBIENTAIS
Painel 6: GESTÃO DE REDES DE TECNOLOGIA: EXPERIÊNCIA E TENDÊNCIA INTERNACIONAL
Painel 7: QUALIDADE DA ÁGUA NA AGRICULTURA
Painel 8: O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE
Painel 9: QUALIDADE EM MEDIÇÕES: DA TEORIA À PRÁTICA
Painel 10: ENSAIOS DE PROFICIÊNCIA E MATERIAIS DE REFERÊNCIA CERTIFICADOS
Painel 11: POTABILIDADE E SEGURANÇA DA ÁGUA
Painel 11: POTABILIDADE E SEGURANÇA DA ÁGUA
Painel 12: TRABALHOS TÉCNICOS PREMIADOS
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MOMENTOS REMESP
A Rede Metrológica do Estado de São Paulo – Remesp realizou a 5ª Edição do Simpósio de Metrologia na Área da
Saúde – Metrosaúde. O evento busca contribuir para que
os especialistas do setor da saúde, como biomédicos, engenheiros clínicos, profissionais de enfermagem, operadores
de equipamentos odonto-médico-hospitalares e profissionais de laboratórios metrológicos, atualizem os seus conhecimentos obre gestão metrológica.
Além de contribuir para o conhecimento em normas e regulamentos técnicos, processos de avaliação da conformidade, ensaios de proficiência e gestão de riscos.
Outro evento realizado pela Remesp foi o Metroalimenos,
em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos ITAL, em Campinas.
O Metroalimentos visa promover a integração de ações
entre o setor produtivo, órgãos oficiais regulamentadores,
institutos de pesquisa, área acadêmica e outras instituições
afins.
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Página 7
O caminho trilhado pela REMESP nestes anos de
atuação em prol do fortalecimento e disseminação
da metrologia no Estado de São Paulo mostra um
futuro promissor.
SERVIÇOS OFERECIDOS PELA REMESP
Programas de Capacitação Profissional
A REMESP oferece treinamentos conduzidos por especialistas renomados e tem como objetivo cada vez mais proporcionar a qualificação técnica de profissionais atuantes na
área metrológica e da qualidade.
A REMESP também ministra Treinamento In Company de
acordo com as necessidades da sua empresa. Solicite uma
proposta pelo e-mail: [email protected].
Programas de Ensaios de Proficiência
Estes programas agregam valores nos processos de reconhecimento da competência laboratorial e também geram
retorno financeiro dos serviços oferecidos pelos laboratórios.
Os Programas de Ensaios de Proficiência da Remesp são
registrados na Base de dados EPTIS
http://www.eptis.bam.de/php/eptis/index_results1.php
Seja um patrocinador do Remesp Informa
O REMESP Informa está em sua nona edição e tem como
objetivo divulgar artigos técnicos, eventos, informações
importantes e novidades a todos os Metrologistas e
envolvidos com a Metrologia.
Sendo trimestral e com uma tiragem de 500 exemplares,
será distribuído aos participantes de cursos, aos nossos
parceiros, enviado por correio a todos os Associados
REMESP e distribuído amplamente em formato eletrônico.
TREINAMENTOS REMESP
CURSOS REMESP
Cálculo de Incerteza de Medições
Cálculo da Incerteza de Medição de Peças e
Dispositivos de Controle em Máquina Tridimensional
Calibração de Instrumentos de Tempo Frequência
Interpretação de Certificados de Calibração e de
Materiais de Referência Certificado (MRC)
Metrologia Avançada
Estatística Aplicada a Laboratórios
Cálculos de Incertezas nas Calibrações da Grandeza
Temperatura
Implantação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 17025
Detecção de micro-organismos patogênicos presentes
em Água pela técnica de PCR – Teórico/Prático
Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a
saúde - ABNT NBR ISO 14971:2009
Interpretação de Certificados e Relatórios de Calibração
Cálculo de Incerteza dos Resultados de Medição II
Avançado - PARCERIA MITUTOYO
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Reconhecimento da Competência Técnica
para seu laboratório pelo e-mail:
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Bela Vista - CEP: 01310-300
São Paulo - SP
Tel.: (11) 3283-1073
[email protected]

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