OS TRAJES DO RANCHO DO ALCOA ALUSIVOS À LOUÇA DE

Transcrição

OS TRAJES DO RANCHO DO ALCOA ALUSIVOS À LOUÇA DE
exposição
OS TRAJES DO
RANCHO DO ALCOA
ALUSIVOS À LOUÇA
DE ALCOBAÇA
museu raul da bernarda
edição Câmara Municipal de Alcobaça
» Os 16 pares primitivos do Rancho do Alcoa, 1939
- ced. Ângela Pedrosa de Carvalho Martins Peniche
» Rancho do Alcoa e grupo infantil "Os Serraninhos", 1943
- ced. Gabriela e João Trindade
[Capa] » Representação da peça "Por
Alcobaça" pelo Grupo Cénico do
Rancho do Alcoa, 1947 - ced. Gabriela e
João Trindade
exposição
OS TRAJES DO RANCHO DO ALCOA
ALUSIVOS À LOUÇA DE ALCOBAÇA
INAUGURAÇÃO: 20 AGOSTO 2010
museu raul da bernarda
Espólio do "Rancho Do Alcoa"
doado à Câmara Municipal de
Alcobaça em 20 de Agosto de 2010
Projecto Museológico
Jorge Pereira de Sampaio
Textos
Paulo Jorge Marques Inácio
Jorge Pereira de Sampaio
Luís Peres Pereira
Coordenação
Bruno Ribeiro Letra
Alberto Guerreiro
Fernando Mendes Castanheira
Silvino do Rosário Pires
Pesquisa
Luís Peres Pereira
Selecção de Peças
Jorge Pereira de Sampaio
Fernando Mendes Castanheira
Silvino do Rosário Pires
Montagem da Exposição
Ana Mafalda Caetano
Jorge Pereira de Sampaio
Luís Peres Pereira
Ângela Pedrosa Martins Peniche
Luísa Marta Calapez
Fernando Mendes castanheira
Silvino do Rosário Pires
Design
Ana Alves
Jorge Pereira de Sampaio
Execução e Montagem de Placas,
Painéis e Vitrines
DL - Publicidade
Serviços de Carpintaria, Pintura,
Limpeza
D.O.M.A. (Departamento de Obras
Municipais e Ambiente) Câmara
Municipal de Alcobaça
Edição
Câmara Municipal de Alcobaça
AGRADECIMENTOS
Gabriela Ferrão
João Trindade
Fernando Mendes Castanheira
Silvino do Rosário Pires
Ângela Pedrosa Martins Peniche
Luísa Marta Calapez
Maria Ângela Costa
António Melo
óscar Oliveira
António Pimenta
José Dionísio
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA
CÂMARA MUNICIPAL DE
ALCOBAÇA
A memória do Concelho está aqui bem presente.
Da Faiança à Etnografia, este Museu pretende
ser um primeiro passo para se transformar num
futuro espaço que confira orgulho à nossa identidade.
Aqui homenageamos nomes que se afirmaram
na História do Concelho como Raul da
Bernarda, Mercedes, Carlos Campeão, Firmino
Ferreira de Almeida e Ernesto de Almeida.
Sem eles, e sem aqueles que durante décadas
foram “guardiões da nossa memória”, este dia,
20 de Agosto de 2010, seria um dia mais pobre.
O Município de Alcobaça agradece a todos os
que contribuíram para que este Museu seja uma
realidade "viva".
Paulo Jorge Marques Inácio
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOBAÇA
OS TRAJES DO RANCHO DO ALCOA
ALUSIVOS À LOUÇA DE ALCOBAÇA,
UM ESPÓLIO NO MUSEU RAUL DA BERNARDA
A Raul da Bernarda & F.os Lda. é a
mais antiga fábrica de louça de
Alcobaça. Fundada em 1875 por José
dos Reis, oriundo de Coimbra, traz no
seu inicio louça utilitária e decorativa,
na tradição e gosto do que então se produzia nessa cidade, linha que vem a ser
seguida por Manuel Ferreira da
Bernarda, seu novo proprietário, a partir de 1900. Ao longo das décadas de
1930 e 1940, já sob administração de
seu filho, Raul da Bernarda, por esta
fábrica passaram excelentes pintores
cerâmicos - é o tempo da "louça artística de Alcobaça".
Em 1943 e em 1947, por iniciativa do
"Rancho do Alcoa", o seu Grupo
Cénico levou à cena as peças "Art.º 456
do Código Penal" e "Por Alcobaça" nas
quais era feito um retrato transversal da
então vila. Um dos quadros desta
"revista à portuguesa" era alusivo às
louças artísticas, tendo sido os seus
vestidos pintados por alguns dos mais
notáveis artistas da pintura cerâmica
desta terra: José Salvador, Luís
Salvador, José Eduardo Serafim, José
Luís Gonçalves, António José Mendes e
Mário Tanqueiro. A maioria destes
notáveis artistas estiveram ligados a
esta fábrica e ao brilho da sua produção.
O "Rancho do Alcoa" actuou pela
primeira vez em Agosto de 1939, tendo
como mentores Mercedes e Carlos
Campeão, Firmo de Almeida e Ernesto
de Almeida. Ao longo de cerca de vinte
anos, a maioria das famílias alcobacenses tiveram filhos seus neste Rancho
ou nos "Serraninhos", o seu componente infantil. Para além da sua actividade como Rancho, mantinham um
Grupo Cénico, tendo levado à cena
variadas peças originais, resultantes de
um tempo em que a população
comungava de objectivos comuns.
No dia Primeiro de Dezembro de 2000,
em cerimónia presidida pelo Chefe de
Estado, Jorge Sampaio, foi inaugurado
o Museu da Raul da Bernarda & F.os,
Lda.. A 20 de Agosto de 2010, já extinta a fábrica, é reaberto este espaço
museológico agora propriedade da
Câmara Municipal de Alcobaça. Numa
feliz coincidência, mais de meio século
depois de terem sido criados, são de
novo apresentados ao público, neste
mesmo espaço, estas obras primas
exclusivas em tecido metaforizando as
louças artísticas que sempre levaram
Alcobaça além fronteiras.
A reabertura deste espaço museológico,
com esta exposição, revela uma preocupação fundamental com uma Memória
cultural e um Passado que nos ilumina
e ensina.
JORGE PEREIRA
DE
SAMPAIO
RANCHO DO ALCOA: FACTOS E MEMÓRIAS
O Rancho do Alcoa foi idealizado por
Joaquim Pedrosa Silvério de Carvalho,
Ernesto Joaquim Coelho e Gilberto
Magalhães Coutinho, e, desde a primeira
hora, foi artisticamente dirigido por
Mercedes Penteado Campeão e Carlos
Pereira Campeão. Primitivamente constituído por dezasseis pares, onde Alzira
Branca da Silva, Cândida da Luz
Gonçalves, Eulália do Rosário Serrano,
Georgina Lopes, Ilda do Rosário
Serrano, Joaquina Longina Coelho,
Lucena Pacheco Pinho Barqueiro, Maria
Alzira da Silva Carolino, Maria Cácia
Mendes de Figueiredo, Maria Cândida
Alexandre, Maria Capitolina Lúcio
Carvalho, Maria do Carmo Barnabé,
Maria do Céu Monteiro, Maria Evangelina Ventura, Maria Fernanda O. dos
Santos e Matilde Costa Marreiros
Sampaio constituíam os elementos femininos. Por sua vez, Acácio Coelho,
Antero Maria Coutinho, António
Alexandre, António Luís Ventura,
António Rafael, Carlos Alberto Soares,
Damião Vicente Raimundo, Ernesto
Joaquim Coelho, Joaquim Pedrosa
Silvério de Carvalho, José Couto Pinho,
José da Conceição Gonçalves, José Dias
dos Santos Pombo, José Pedro Coelho,
Gilberto Magalhães Coutinho, Miguel
Rodrigues Coelho e Orlando Pedrosa
Silvério de Carvalho formavam os elementos masculinos.
A primeira Comissão Orientadora era
composta por António Joaquim
Moreira, José Sanches da Silva, Joaquim
Silvestre Ceiça e os irmãos Ernesto e
Firmo Ferreira de Almeida. Contudo,
vêm a ser estes dois últimos a acompanhar continuamente o percurso do
grupo, que se estreia a 17 de Agosto de
1939, no Parque General Carmona,
inserido no programa dos Festejos da
Vila. A primeira exibição recolhe elogios
do Diário de Noticias que relata que
"…perante uma assistência de cerca de
5000 pessoas. Executou lindos bailados
e canções populares que foram muito
aplaudidas. Este número do programa
acusou grande impressão pela forma
como o Rancho se apresentou: vestidos
com trajes verdadeiramente atraentes e
perfeito na execução do seu originalíssimo reportório."
Será esta a tónica predominante nos
seus vinte anos de existência, actuando
em muitas vilas e cidades de Portugal,
participando em muitas festas de
beneficência, festas populares e, definitivamente, servindo frequentemente como
Embai-xadores da Cultura Alcobacense.
Assim se sucede na sua primeira saída, a
Tomar, em 1940, inserida nas
Comemorações
Centenárias
na
Província da Estrema-dura, que mereceu
o seguinte testemunho do jornal
"República": "(…)
nunca visitou
Tomar um rancho que de perto se
igualasse ao de Alcobaça." Igualmente
memoráveis foram duas deslocações a
Lisboa, uma delas no Coliseu dos
Recreios e a outra, integrando a comitiva representativa do Distrito de Leiria
no Cortejo dos Santos Populares, em
1952.
Através do ritmo das suas danças, do
seu vasto reportório e dos seus trajes
coloridos (em rosa, azul, verde, lilás e
amarelo), era imenso o impacto.
Abrindo habitualmente as actuações
com a tradicional "Marcha do Alcoa",
com letra de Eurico Araújo Rosa e musicado por José Sanches da Silva,
seguiam-se muitas ou-tras que ficavam
facilmente no ouvido de quem as escutava: "Alcôa que passa", "Alcobaça",
"Amor",
"Cantares
de
Junho",
"Cantigas
ao
meu
amor",
"Camponesa","Corridinho do Algarve",
"Do Norte a Alcobaça", "Espinhos",
"Formosa Alcobaça", "Haja alegria", "Já
lá vai no Ribeirinho", "Manhãs de
Abril", "Marcha das Rosas","Meu
Portugal", "Minha Terra", "Memórias
do Alcoa", "Mocidade tomai conta",
"Morena", "Murmúrios do Alcoa", "No
Arraial","Nosso Vira", "O teu vira",
"Os teus olhos", "Papoilas e malmequeres","Teus Olhos", "Tricanas",
"Rosas de Alcobaça", "Rosmaninho","
Salero", "Vira Alcobacense","Vira de
Alcobaça", "Vira da discussão", "Vira do
Alcoa" e "Vira de Portugal".
Os acompanhamentos musicais foram
fruto do contributo do denominado
Grupo Alcobacense de Amadores de
Música, composto por Adelino dos
Santos André, Ângelo de Matos Ferreira
Pinheiro, António da Conceição Almeida,
António José dos Santos Inácio,
Bernardino dos Santos Belo, Clauvide
Marques de Sousa, Eduardo dos Santos
Belo, Francisco Trindade Rodrigues, João
Carvalho, João da Silva, Joaquim dos
Santos Calçada, José Monteiro de
Assunção Santos, Joaquim Pereira da
Assunção, José da Silva, José Teodoro de
Sousa, Luís Domingues Lopes, Mário
Cardoso Pires, Mercedes Penteado
Campeão e Ricardo da Conceição Abreu.
Entre ao autores das letras, estão Acácio
S. Morais, António Luís Ventura,
Augusto Rodolfo Jorge, Artur Pêra,
Eurico Araújo Rosa, Firmo de Almeida,
Joaquim Pedrosa de Carvalho, José
Martins, Levy Bensabat, Manuel Câncio
Reis, Mário Monteiro, Miguel Costa e
Octaviano Sá. À composição musical
estão ligados, entre outros, António
Gomes, Augusto Rodolfo Jorge, Gomes
de Freitas, João Pinto Magalhães, J.
Pleno, José Traqueia Bracourt, José
Sanches da Silva, José Martins,
Lamartine Tino, Levy Bensabat, Manuel
Augusto Lisboa, Manuel Câncio Reis e
M. Eliseu.
Quanto aos seus cenários, muitos tiveram como autores os irmãos Álvaro,
Mário e José da Costa Tanqueiro e
António da Cruz Falcão Martins.
Um ano após a criação do Rancho do
Alcoa surge o Rancho Infantil "Os
Serraninhos". Composto por crianças de
5 a 10 anos de idade, vestidas rigorosamente com trajes regionais de serranos,
obtem muito sucesso nas suas exibições,
tanto pela graciosidade, como pelo rigoroso ritmo das suas danças. O seu
reportório incluía "Aldeias Portuguesas", "Fandango", "Mágoas", "MilhoRei", "Mocidade" e "Alegria", "Pastorinhos","Verde-Gaio", "Vira do Alcoa",
"S. João" e "Serraninhos". Estrearam-se
a 15 de Setembro de 1940, no Parque
General Carmona.
Para além das danças e cantares, os elementos de ambos os ranchos também se
dedicaram à representação, tendo sido
criado para o efeito o "Grupo Cénico do
Rancho do Alcoa". Ao longo dos tempos
representaram várias peças, muitas das
quais escritas por Firmo Almeida:
"Intrigas do Bairro" (1940), "A Bruxa"
(1941), "Os Sinos de Corneville" (1942),
"Artigo 456.º do Código Penal" (1943),
"Boas Novas de Joaninha" (1944),
"Nem mesmo por um Anúncio" (1946),
"Por Alcobaça" (1947), "D. Beltrão de
Figueirôa", "O primeiro beijo", "Os
Dois Nenés" (1952), etc…
O entusiasmo levou à integração de outros alcobacenses, mais tarde: Ângela
Suzete Pedrosa de Carvalho, Arlete
Bento da Conceição, Brígida da
Conceição Bento, Cândida da Luz
Gonçalves, Celeste Carvalho, Celeste
Mendes Pina Cabral, Dulce de Sousa
Monteiro, Esmeralda Coelho, Eulália
Lopes Morais, Euprépia Matias Leão,
Felicidade Bento, Fernanda Menuncio
dos Santos, Fernanda Sacadura,
Fernanda Salvador, Idalina de Jesus
Adrião, Ilda da Conceição, Ilda Lopes
Coutinho, Ilda Sacadura, Lídia de Jesus
Adrião, Lídia Salvador Coelho, Lucinda
da Conceição Marques, Maria Aline
Gomes
Pedrosa,
Maria
Amália
Gambino, Maria Amélia Fazenda, Maria
Ângela de Carvalho Lúcio, Maria
Augusta, Maria Cacilda Lemos Pereira,
Mara Capitolina do Laço, Maria do
Carmo Santos, Maria do Céu Morgado
Dinis, Maria Edwiges Faracho, Maria
Emília Baptista, Maria Emília Carvalho,
Maria Emília Ribeiro, Maria Fernanda
Duarte, Maria Fernanda Rainho, Maria
Fernanda Rosa Belo, Maria Georgina
Duarte, Maria Ivone Sequeira Nunes,
Maria Joaquina, Maria Judite Alexandre
Carolino, Maria Judite Rodrigues
Santos, Maria Judite Veríssimo Iglésias,
Maria Júlia Mendes Salvador, Maria
Júlia Rodrigues Santos, Maria Júlia
Veríssimo, Maria de Lourdes Jorge
Pereira, Maria de Lourdes Morgado
Dinis, Maria Lourdes dos Santos, Maria
Luísa Ventura, Maria Teresa da
Conceição, Maria Valente da Silva, Olga
Marques dos Santos, Palmira da
Conceição Gomes, Palmira Salvador de
Campos Olivença, Ulpidia Marques,
Virgínia Salvado Coelho, Adelino
Serrano de Sousa e Silva, Afonso Pereira
Santos, Afonso Rodrigues Pimentel,
Aníbal Alexandre Carolino, Aníbal
Lopes, António Baptista Sequeira
Gambino, António Eduardo Monteiro
Santos, Arnaldo de Campos Olivença,
Augusto Coelho Semião, Augusto
Marreiros, Carlos Alberto Rodrigues,
Fernando Alexandre Carolino, Fernando
Catarino Lisboa, Fernando Castanheira
Mendes, Floripo Coelho, Francisco
Alberto Coelho dos Santos, Francisco
Mafra de Sousa, João Augusto Coelho,
João Luís Sampaio, João Maria da Silva,
João de Oliveira Lisboa, João Pereira
Pombo, João Zeferino Carreira, Joaquim
Acácio dos Santos Coelho, Joaquim
Alexandre Carolino, Joaquim Canha de
Carolino da Silva, Joaquim Pedro
Coelho, Joaquim Rodrigues Monteiro,
José António Crespo, José Fazenda
Lopo, José Ferreira Salvador, José Luís
Gonçalves, José Luís Neto, José
Morgado Catarino, Luís Cidrak Stoffel,
Luís Ferreira Salvador, Mário Germano
Martins da Silva, Mário Pereira Leal,
Óscar Morgado Catarino, Óscar
Zeferino da Silva, Rogério dos Santos
André, Silvino do Rosário Pires, Sílvio
Lemas Pereira e Victor Quaresma de
Oliveira.
Assim, durante vinte anos, o "Rancho do
Alcoa", "Os Serraninhos" e o "Grupo
Cénico" actuam e espelham uma visão
cultural muito vincada no tempo - a
exaltação dos valores, costumes e
tradições regionais. As letras, as marchas, os reportórios, os trajes, os diálogos teatrais, etc., tinham sempre esta
ideia presente. Exemplo disso são as
peças teatrais "Artigo 456.ª do Código
Penal" e "Por Alcobaça" que, fielmente,
conseguem retratar esta localidade em
meados da década de 1940, época onde
as loiças, as frutas, as chitas, os cafés, os
restaurantes, os jornais, as instituições e
associações locais imperam, funcionando
como atractivos culturais e deixando
boas recordações a todos a quem a visitasse, A Bem de Alcobaça.
Luís Afonso Peres Pereira
» Grupo de crianças que tomaram parte na Récita
"Intrigas no Bairro", 11 Agosto 1940
- ced. Gabriela e João Trindade
» Grupo Infantil "Os Serraninhos", década de 1940
- ced. Gabriela e João Trindade
[Páginas centrais] » Rancho do Alcoa com
Mercedes e Carlos Campeão, Ernesto de Almeida
e Firmo de Almeida, década de 1940 - ced. Ângela
Pedrosa de Carvalho Martins Peniche
[Contra capa] » Peça de louça de Alcobaça pintada por José Salvador dedicada ao Rancho do
Alcoa

Documentos relacionados