Sistemas de Embreagem

Transcrição

Sistemas de Embreagem
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• Servo da embreagem
• Indicador de desgaste do
disco de embreagem
• Manutenção periódica do
sistema de embreagem
Manual de Reparo de
Sistemas de Embreagem
Caminhões e Ônibus
Sachs Aftermarket Center
Colecione os fascículos:
1.
2.
4.
5.
6.
Designação para platôs e discos
Remoção e instalação do conjunto de embreagem
Diagnósticos de avarias
Importância e influência dos sistemas de acionamento
Regulagem dos pedais e sistemas de acionamento
Usinagem do volante do motor
Dimensões para controle dos volantes
Desmontagem e montagem de embreagens
Substituição dos mancais de embreagem
Produtos recomendados para o sistema de embreagem
Sangria dos sistemas hidráulicos
Classe de resistência e torque de parafusos
APROVADAS EM TODAS AS PISTAS NAS MAIS EXTREMAS SITUAÇÕES
As embreagens SACHS são utilizadas nas
mais diversas categorias do automobilismo esportivo: das categorias turismo até
a elite do esporte motor: a Fórmula 1.
Sem mencionar a participação na categoria
mais pesada do automobilismo, a
Fórmula Truck.
O resultado da participação - e vitórias da SACHS em todas as pistas do
automobilismo esportivo, inclusive na
Fórmula 1, onde é a fornecedora oficial
da Escuderia Ferrari, garante a você a
mais alta e apurada tecnologia em
embreagens e amortecedores.
Para a SACHS as pistas de competição
servem como extensão do seu laboratório de desenvolvimento e pesquisa, já
que ali as embreagens são submetidas à
forças extremas.
Quando for trocá-los, troque-os por
SACHS.
Esta marca prova o que promete.
Em qualquer pista!
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1. Apresentação
Este manual aborda detalhes relativos aos reparos das
embreagens dos veículos comerciais.
Assim, procuramos compilar todos os dados, especificações,
etc, abrangendo, inclusive, o diagnóstico de falhas, passando
pelos sistemas de acionamento e suas regulagens, até chegar
ao conjunto da embreagem propriamente dito.
Por outro lado, em nenhum momento tivemos a pretensão de
ensinar qualquer mecânico a trocar embreagens, mas apenas
auxiliá-lo relembrando alguns pontos e municiá-lo com
informações úteis ao seu trabalho.
Todos os dados aqui expostos foram extraídos de materiais
elaborados e publicados pelas montadoras e fabricantes de
peças originais, complementados com a experiência dos
profissionais da SACHS, que fornece a maioria das embreagens
às montadoras brasileiras.
ZF do Brasil Ltda. - Divisão ZF SACHS.
Publicação de propriedade da ZF do Brasil Ltda. - Divisão ZF SACHS.
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização por escrito da proprietária.
As descrições e dados contidos na presente publicação estão sujeitos a alteração sem prévio aviso.
Mecânicos inexperientes, sem treinamento ou não familiarizados com os procedimentos de reparação não
devem executar os serviços descritos neste manual.
A ZF do Brasil Ltda. - Divisão ZF SACHS. não se responsabiliza por danos materiais ou pessoais causados por:
a) inobservância das normas de segurança e das instruções descritas neste manual;
b) não utilização, quando for o caso, das ferramentas especiais e equipamentos apropriados.
Edição nº 01 – Janeiro/2005
1
CAMINHÕES E ÔNIBUS
2. Índice
Fascículo 1
Capítulo
1. Apresentação
2. Índice
3. Designação para platôs e discos
4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem
5. Diagnósticos de avarias
Fascículo 2
6. Importância e influência dos sistemas de acionamento
7. Regulagem dos pedais
8. Regulagem dos sistemas de acionamento
Fascículo 3
9. Servo de embreagem
10. Indicador de desgaste do disco de embreagem
11. Manutenção periódica do sistema de embreagem
Fascículo 4
12. Usinagem do volante do motor
13. Dimensões para controle dos volantes
Fascículo 5
14. Desmontagem e montagem de embreagens
15. Substituição dos mancais de embreagem
Fascículo 6
16. Produtos recomendados para o sistema de embreagem
17. Sangria dos sistemas hidráulicos
18. Classe de resistência e torque de parafusos
O Manual de Reparo de Sistemas de Embreagem para Caminhões e Ônibus é uma publicação da
ZF do Brasil Ltda. - Divisão ZF SACHS.
São seis fascículos, publicados em seqüência, formando um conjunto único depois de completo. Em cada
fascículo um ou mais assuntos são abordados de forma direta, clara e ilustrada.
É importante ressaltar que, devido ao constante desenvolvimento e lançamento de novas tecnologias
relacionadas ao tema, nem todos os assuntos puderam ser abordados em detalhes.
A tônica dos seis fascículos reunidos é fornecer, de maneira resumida, as principais e mais importantes
informações sobre os sistemas de embreagens em caminhões e ônibus.
No caso de haver a necessidade de conhecer um dos temas abordados nos fascículos com maior profundidade,
acione o Call Center SACHS pelo 0800 19 44 77.
A ligação é gratuita e técnicos preparados estarão aguardando sua ligação para auxiliá-lo.
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9. Servo de embreagem
Introdução
Este módulo trata do sistema de acionamento hidropneumático.
O sistema em pauta é constituido por um servo mecanismo de atuação hidráulica e
pneumática, destinado a diminuir o esforço do condutor para acionar o pedal da
embreagem.
Além disso, possibilita uma operação suave e precisa do sistema de embreagem.
Geralmente é aplicada em veículos cujas embreagens exigem uma força de
debreagem bastante elevada.
Funcionamento do servo
1. Corpo hidráulico
8. Válvula pneumática
2. Êmbolo hidráulico
9. Êmbolo de comando hidráulico
3. Retentor do êmbolo pneumático
10. Diafragma
4. Coifa
11. Corpo intermediário
5. Haste de articulação
12. Câmara hidráulica
6. Válvula de descarga pneumática
13. Mola de pré-carga
7. Corpo da válvula pneumática
14. Corpo pneumático
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9. Servo de embreagem (cont.)
Debreagem
Ao se aplicar o pedal da embreagem, este aciona o cilindro mestre, gerando uma
pressão hidráulica que atua diretamente atrás do êmbolo hidráulico, que por sua
vez comunica-se com a câmara hidráulica. Esta pressão atua sobre o diafragma que
empurra o êmbolo de comando contra a válvula pneumática e esta, ao ser
deslocada, permite a entrada do ar comprimido, ligado através da conexão para
dentro do corpo pneumático, auxiliando o acionamento da embreagem e
produzindo a debreagem.
Obviamente, para que não haja vazamento, na região frontal da válvula
pneumática há uma vedação que impede a descarga e/ou vazamento do ar.
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9. Servo de embreagem (cont.)
Posição de pressão constante
Quando se aplica parcialmente o pedal ou se pretende um acoplamento parcial da
embreagem, há um momento em que as pressões hidráulica e pneumática são
igualadas e a válvula de pneumática faz seu retentor tocar em sua sede, vedando a
entrada do ar e ao mesmo tempo, forçada pela pressão hidráulica, a válvula de
comando hidráulico mantém vedada a descarga do ar – o sistema entra em
equilíbrio.
Este fenômeno é o que permite aplicação e/ou desaplicação parcial da embreagem,
bem como possibilita ao condutor do veículo regular o acoplamento da embreagem
segundo sua vontade.
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9. Servo de embreagem (cont.)
Desaplicação do pedal
Quando o pedal da embreagem é desaplicado há um alívio da pressão hidráulica e a
mola do êmbolo de comando hidráulico o empurra para traz, contra o diafragma,
abrindo a passagem de ar entre este e a válvula pneumática, permitindo que o ar
escape para a atmosfera através da válvula de descarga.
Neste caso a embreagem passa a ficar completamente acoplada.
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9. Servo de embreagem (cont.)
Ajuste do servo
Este servo não requer qualquer regulagem a não
ser que seja do tipo que possua o dispositivo
indicador de desgaste do disco da embreagem.
A regulagem é feita somente no próprio
indicador de desgaste conforme instrução
abaixo e com o sistema montado no veículo.
Nota: A construção da pedaleira dos veículos
que possuem sistema de acionamento com servo
hidropneumático difere dos que dispõe de
sistema hidráulico puro no que tange a ângulos,
regulagem das molas de dupla ação e
necessitam de molas de retorno do pedal.
Indicador de desgaste
1. Cilindro hidroservopneumático
2. Porca de trava
3. Haste indicadora de desgaste
4. Tampa de proteção
5. Indicador
6. Anel de vedação da tampa
7. Parafuso oco de regulagem
A = Posição da haste indicando disco novo
B = Posição da haste indicando o desgaste do
disco
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9. Servo de embreagem (cont.)
Ajuste do indicador de desgaste
Certifique-se de que o sistema esteja corretamente sangrado, que o conjunto pedal
da embreagem corretamente regulado – ver “Regulagem dos pedais” – e que o
disco de embreagem seja novo.
• Acione a embreagem pelo menos 3 vezes para acomodar o sistema.
• Remova a capa protetora (4) com cuidado para não quebrar o corpo plástico do
indicador (5).
• Solte a porca (2) e ajuste o parafuso oco (7) de modo que o topo da haste (3)
faceie/tangencie o topo do parafuso oco (7), conforme indicado na figura –
“Posição disco novo”. Durante o ajuste, o pedal da embreagem deve estar em
repouso.
• Aperte a porca (2) e reinstale a capa protetora (4).
Nota: Caso o servo em uso tenha que ser substituído, sem que o disco seja
trocado, a profundidade da haste deverá ser medida e o indicador do novo servo,
regulado com a mesma medida do que foi substituído.
Intercambialidade
O cilindro hidropneumático com indicador de desgaste pode substituir o anterior,
porém o contrário não é recomendável.
Nota 1: Como para o ajuste do indicador de desgaste do disco de embreagem o
parâmetro é a condição de “disco de embreagem novo”, recomendamos que a
instalação deste novo cilindro do servo seja feita quando da substituição do disco da
embreagem.
Nota 2: No momento da reparação do servo, é possível modificar o servo sem
indicador de desgaste e instalar o indicador, sendo necessário, para tanto, que se
utilize várias peças do novo modelo.
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9. Servo de embreagem (cont.)
Veículos
Scania e Volvo
Princípio de funcionamento
Ao acionar o pedal da embreagem a pressão hidráulica aumenta movimentando com isso o êmbolo de reação (3) na direção da
seta. Com este movimento é fechado primeiramente a sede superior da válvula de controle (4a) e em seguida o orifício de
descarga de ar (6).
Aumentando o deslocamento do êmbolo de reação, a válvula de controle afasta-se de sua sede inferior (4b) permitindo a
entrada de ar comprimido para a câmara pneumática (5). O êmbolo (7) desloca-se na direção da seta branca. À medida que a
haste do êmbolo (2) se desloca, o fluído hidráulico ocupa o espaço extra (10) e a pressão hidráulica é reduzida progressivamente
até corresponder à posição em que se encontra o pedal da embreagem.
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9. Servo de embreagem (cont.)
Veículos
Mercedes Benz
A redução da pressão hidráulica permite que a pressão de ar retorne a válvula de controle à sua sede fechando a entrada de ar.
As pressões estão agora estabilizadas e o êmbolo do cilindro e o êmbolo de reação permanecerão nestas posições até haver
alteração na pressão hidráulica.
Ao reduzir-se a pressão hidráulica, a mola de pressão (11) retorna o êmbolo de reação abrindo a sede superior da válvula de
controle (4a), bem como o orifício de descarga (6).
Assim, o ar pode sair de câmara pneumática
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9. Servo de embreagem (cont.)
Veículos
Scania e Volvo
Válvula indicadora
À medida que o(s) disco(s) de fricção se desgasta(m), a alavanca do garfo da embreagem gradualmente posiciona-se mais para
trás levando consigo o êmbolo (7) mais para o fundo do cilindro (1). Eventualmente, o êmbolo recua o bastante para acionar o
êmbolo da válvula indicadora (8). A arruela de latão (9) é então forçada contra seu batente, entortando-se e travando a válvula
na posição aberta. Assim sendo, o ar da câmara pneumática (5) pode sair para atmosfera não havendo então mais a ação do
servo.
Nota: Não disponível para os
veículos Scania
A haste do êmbolo (2) e a câmara hidráulica (10) funcionam então como um cilindro hidráulico comum para movimentar a
alavanca do garfo da embreagem. Sem a ação servo é exigido muito mais esforço para acionar o pedal, indicando assim ao
motorista, que é necessário substituir o(s) disco(s) de fricção.
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CAMINHÕES E ÔNIBUS
10. Indicador de desgaste do disco de embreagem
(Chassi e Ônibus)
Veículos
Mercedes Benz
O indicador de desgaste (1) é um dispositivo que
deve ser verificado periódicamente e mostra o nível
de desgaste do disco sem que seja necessário
desmontar o conjunto para verificar.
Quando na posição de repouso, o dente (b) estiver
alinhado com a face (2) da haste do cilindro
hidráulico ou com a ranhura (2) da alavanca de
acionamento do garfo da embreagem, significa que
o disco da embreagem atingiu o limite máximo de
desgaste devendo, portanto ser substituído.
Após a instalação do disco novo, ajustar o indicador
de desgaste de forma que o dente (a) fique
coincidindo com o ponto (2) da haste do servo ou
cilindro receptor.
Nota: Modelos mais modernos saem de fábrica
com o indicador de desgaste instalado diretamente
no servo da embreagem.
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11. Manutenção periódica do sistema de embreagem
Veículos
Todos
Conforme recomendação da Mercedes-Benz, segundo os diversos planos de
manutenção sugerimos executar periódicamente os seguintes serviços:
Lubrificação do mancal
Graxas Recomendadas: UNIMOLY GLP2 ou MOLIKOTE LONGTERM 2
Nota: Nos veículos mais novos, são utilizados rolamentos que dispensam o
uso de graxa – ver “substituição dos rolamentos de embreagem”.
Verificação do
desgaste do disco
Nota: Verificar detalhes em
“Regulagens dos Sistemas de
Acionamento”
Nível de fluído
Verificar o nível de fluído. Caso o fluído
esteja abaixo da marca Min., verificar a
estanqueidade do sistema antes de
completar o nível.
Usar somente fluídos recomendados.
Nota: Ver fluídos recomendados no
capítulo de “Produtos Recomendados
para o Sistema de Embreagem”.
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11. Manutenção periódica do sistema de embreagem (cont.)
Veículos
Todos
Drenar o sistema pneumático
Deslocar lateralmente ou comprimir a haste da válvula de drenagem de cada um
dos reservatórios de ar, até que saia por completo toda a àgua condensada.
Nota1: Nos veículos equipados com válvula de drenagem automática ou com
secador, não tem porque haver àgua condensada nos depósitos, mas é admissível
que apareça um pouco de umidade ao abrir a válvula de drenagem.
Nota 2: A presença de óleo indica problemas com o compressor e a àgua em
excesso indica problemas na válvula de drenagem automática ou no secador.
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11. Manutenção periódica do sistema de embreagem (cont.)
Veículos
Todos
Substituição do fluído (a cada ano)
A substituição periódica é necessária porque o fluído de freio é uma substância
orgânica que se altera com o tempo, pelo efeito de temperatura e também porque é
higroscópico, ou seja, absorve umidade do ar.
Tais fatores levam à degeneração do mesmo.
1) Conectar a tampa do dispositivo de sangria;
2) Regular a pressão de serviço do aparelho de sangria para 1 bar;
3) Retirar o guarda-pó do parafuso de sangria e conectar uma mangueira
transparente para coletar o fluído.
4) Soltar o parafuso de sangria e manter aberto até que o novo fluído de freio
comece a sair, sem borbulhas de ar.
5) Fechar o parafuso de sangria, retirar a mangueira e colocar o guarda-pó.
6) Acionar o sistema várias vezes para se certificar de que não há mais ar no sistema.
Nota: Antes dos procedimentos acima, desconectar a tubulação de fluído do servo
ou do cilindro secundário e passar ar no sistema afim de eliminar todo o fluído velho
e impurezas do sistema.
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DDG: 0800 19.4477 • Tel.: +55 (11) 4341.2100 • Fax: +55 (011) 4341.2187
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