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JULHO — SETEMBRO 2014
VOLUME 1, EDIÇÃO 1
BOLETIM
INFORMATIVO USF
GLOBAL
USF Global— Um ano, rumo à Saúde
EDITORIAL DO COORDENADOR
A USF Global cumpre hoje o
Pontos de interesse especiais: seu primeiro aniversário. Foi um
ano de compromissos, de reorganização, de planificação e
estabilidade mas igualmente
de responsabilidade, de consistência e de reflexão. Ultrapassámos várias vicissitudes desde
estruturais a conjunturais mas
reunimos determinação, empreendedorismo e labor que nos
permitem sonhar. Não pretendemos mais do que nos afirmar
como um serviço responsável e
dedicado ao cidadão onde
este encontre e reconheça a
USF Global como um local de
humanização tão necessário
para conforto das suas vulnerabilidades em saúde.
 A USF Global
 Higiene íntima feminina
 Bullying
 Rastreios Oncológicos
 Crítica publicações científicas
 Medicina Tecnológica
A melhoria do atendimento
público aos cidadãos, a construção de proximidades e a
elevação da qualidade dos
serviços prestados serão o garante de que aquele objetivo
possa ser atingido.
Equipa de Profissionais da
USF Global
Nesta edição:
1º aniversário da USF Global
1
Humorístico
7
Eventos científicos
8
Dicionário dos utentes da
Nazaré
9
Palavras de Mestre
9
Apesar de uma equipa pequena procuramos a nossa realização e satisfação pessoal. Mas,
essencialmente, pretendemos
corresponder às expetativas
dos cidadãos e da comunidade.
Todos sabemos que atravessamos um período difícil mas é
precisamente nesta altura que
surge a oportunidade de dar o
melhor com o que dispomos e
com o que, de momento, é possível. E é isto mesmo que nos
guia: procuramos com menos, fazer mais, mais rápido e melhor. Constituem
valores desta USF a confiança, a qualidade, a dedicação, a equidade e a
formação. Será exigência
de cada um de nós saber
e estar à altura de todos
estes predicados.
Porque passamos praticamente um terço da nossa vida no nosso local de
trabalho, torna-se fundamental almejar por condições humanas, estruturais e
logísticas que nos permitam alcançar o êxito para
que, acima de tudo, consigamos ser e fazer os outros felizes.
Porque nada se faz sem
o empenho e a dedicação
de cada um, termino deixando a todos os colegas
da USF um forte abraço
de amizade e gratidão.
Mas este é também o primeiro número do Boletim
da USF Global. É um espaço dedicado a todos os
colegas, não só da USF
Global como a todos os
colaboradores do ACES
Oeste Norte. E igualmente
aberto a todos os que com
ele pretendam colaborar.
A Médicos de Família ou a
futuros especialistas, a
Enfermeiros ou a alunos de
Enfermagem, a Assistentes
Técnicos e a outros Técnicos,
todos têm a oportunidade
de dar os seus contributos
nas mais variadas formas:
artigos científicos, artigos de
opinião, crónicas, divulgação
de eventos ou outras quaisquer que possam contribuir
para uma maior ligação
entre todo o universo de
colaboradores do ACES.
Desta forma ficaremos todos
com a informação e a formação mais facilitada e
mais acessível. Da nossa
parte iremos também dando
conta do que fazemos e do
que perspetivamos fazer.
Por ora a periodicidade
será trimestral. Se o arrojo e
a ambição crescerem poderemos editá-lo mais precocemente mas... como vivendo
em época de incertezas,
exigências e constrangimentos, também nos arrogamos
de, humildemente, agendar
a sua “saída” para... quando sair e se sair. A todos os
que nos lêem agradecemos
o vosso precioso tempo e a
atenção que nos dispensam;
a todos os que connosco
queiram colaborar prestamos o nosso reconhecimento
pela vossa participação e
contributo que em muito nos
honra. A USF Global, no seu
primeiro ano de vida, formula votos de sucesso aos profissionais de todas as unidades funcionais.
Licínio Fialho
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BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
Sabe o que é o bullying ? Saiba mais…
“A aceitação pelos
companheiros é fundamental
para o desenvolvimento da
saúde dos jovens…”
“Este fenómeno sempre
existiu em todos os países e
sociedades…”
“Se não for identificado e
evitado, pode produzir sérios
danos psicológicos... tanto
para as vítimas como para os
agressores. “
E se for consigo?
Com um utente seu?
Com um familiar seu, ou
amigo, ou conhecido?
Preparado(a) para
quebrar o silêncio?
Já lhe aconteceu?
sendo executadas dentro para as crianças envolvide uma relação desigual das, tanto para as vítiO termo “Bullying” deri- de poder.
mas como para os agresva do termo inglês Este fenómeno sempre sores.
“Bully”, que significa existiu em todos os países O contexto de maior
“valentão”, sendo que o e sociedades, no entanto prevalência é o ambiente
bullying pode ser tradu- houve uma mudança na escolar, que é o principal
zido por “intimidação”, maneira de analisar es- micros sistema em que se
ou seja, trata-se de um sas atitudes agressivas – dão as interacções entre
comportamento de ameque até então eram ig- pares, o que não signifiaças e intimidações.
noradas e/ou negligenci- ca que não ocorra nouBULLYING
Segundo Lisboa, Braga
e Ebert (2009, s.p.), o
bullying é “o fenómeno
pelo qual uma criança ou
um adolescente é sistematicamente exposta(o)
a um conjunto de actos
agressivos (directos ou
indirectos), que ocorrem
sem motivação aparente,
mas de forma intencional,
protagonizados por
um(a) ou mais agressor
(es).” No bullying, a vitima possui pouco ou quase nenhum recurso para
evitar a e/ou defenderse da agressão. O que o
distingue de outras formas de agressão é o carácter repetitivo e sistemático, e a intencionalidade de prejudicar alguém que é mais frágil e
que dificilmente se consegue defender ou reverter
a situação. Assim, segundo Neto (2005), o
bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, adoptadas por um
jovem contra outro (s),
causando dor e angústia,
adas – e passaram então
a encarar-se não como
um fenómeno normal e
inofensivo, mas como um
processo que merece ser
observado, pois implica
graves consequências
(emocionais e cognitivas)
para os envolvidos.
O bullying pode significar uma forma de afirmação de poder interpessoal por meio de
agressão, e a diferença
entre este fenómeno e
brincadeiras de crianças
pode ser muito ténue; no
entanto, quando há sofrimento de qualquer um
dos envolvidos, deixa de
se tratar de uma brincadeira, para passar a ser
um fenómeno de bullying,
que necessita de atenção
por parte de pais e professores.
É um processo que ocorre na esfera colectiva,
portanto, é um fenómeno
social pela sua natureza.
Se não for identificado e
evitado, pode produzir
sérios danos psicológicos
tros contextos. Segundo
Neto (2005), a escola é
de grande importância
para as crianças, e os
que não gostam dela
tendem a apresentar
maus desempenhos, comprometimentos físicos e
emocionais à sua saúde e
sentimentos de insatisfação com a vida. A aceitação pelos companheiros é fundamental para o
desenvolvimento da saúde dos jovens, melhorando as suas habilidades
sociais e fortalecendo a
capacidade de reacção
a situações de tensão. É
de salientar que o
bullying não se restringe
a um determinado nível
socioeconómico, faixa
etária específica ou género.
Enf. Luís Amaro
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BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
Higiene íntima da mulher .. Verdades, mitos
Adaptado de Medical News nº 302,
17 março de 2014
monal, emocional e hábitos de higiene. A mulher deve conhecer o seu
corpo, ter noção das mudanças vaginais consideradas fisiológicas,
relacionadas com o uso de contracetivos, frequência do coito, duche
vaginal, uso de pensos diários, desodorizantes vaginais, utilização de
antibióticos.
A flora vaginal é constituída em
95% por Lactobacilus acidophilus,
O estilo de vida da mulher moresponsáveis pelo pH ácido da
derna tem vindo a sofrer modifivagina (3,8 a 4,5), na mulher em
cações nos últimos anos, implicanidade fértil, que evita proliferado alteração de hábitos nem semção de agentes patogénese. O
pre benéficos para a sua saúde e
equilíbrio da flora pode ser afebem-estar. Um exemplo é o uso de
tado por infeções genitais, diaberoupas sintéticas justas que contrites, toma de medicamentos e grabuí para prejudicar, ou até origividez. As infeções mais comumente
nar alguns problemas do foro mais
identificadas quando há desequilíintimo.
brio da flora vaginal são as fúngiA beleza é importante, mas a cas (Candida albicans), as de promulher também deve atribuir im- tozoários (Tricomonas vaginalis) ou
portância à sua higiene genital, as bacterianas (Gardnerella vagiconceito que não é claro e levanta
muitas dúvidas. A higiene íntima
Vários fatores extrínsecos
feminina define-se como o conjunto
podem interferir com o bem
de práticas de asseio da região
-estar genital feminino:
anogenital com o objetivo de a
atividade sexual, tipo de
manter livre de humidade e resía limen ta ção , vestuá rio ,
duos (urina, fezes, ou fluídos). Comestado hormonal, emocional
preende o hábito de cuidados específicos, que deverão contribuir
para a promoção da saúde e bemestar, conforto e segurança, prevenindo e minimizando o risco de infeções. Sabe-se que a maioria das
mulheres terá pelo menos uma infeção vaginal durante a sua vida,
caracterizada por corrimento, pru- nalis). Nestas situações a mulher
rido ou odor.
geralmente queixa-se de um corriVários fatores extrínsecos podem
interferir com o bem-estar genital
feminino: atividade sexual, tipo de
alimentação, vestuário, estado hor-
mento com odor intenso ou fétido,
associado ou não a prurido. As
queixas podem ser apenas referidas a desconforto durante as mic-
ções. Alguns casos as queixas são
idênticas no parceiro sexual, sendo que a relação sexual agrava
as queixas.
A automedicação é o erro
mais comum, sendo geralmente
utilizado sempre o mesmo medicamento, não adequado ao organismo patogénico. O uso errado e
frequente de produtos que alcalinizam a vagina e vulva pode facilitar o aparecimento de dermatoses.
É pois importante e necessário
esclarecer as mulheres sobre como
conseguir uma boa higienização
intima. O produto ideal para higiene intima deve ser compatível
com as mucosas, não deve irritar
nem secar, deve manter o pH ácido, ter ação refrescante e Desodorizante, viscosidade adequada
e detergência suave.
Os produtos disponíveis no mercado dividem-se em: agentes de
limpeza, hidratação, proteção e
facilitação das relações sexuais.
Os sabões comuns possuem boa
detergência produzindo bastante
espuma mas o seu pH alcalino pode danificar a barreira superficial
da pele levando a secura excessiva. Os sabões transparentes
(exemplo glicerina) potenciam secura excessiva e irritação cutânea.
Os sabões cremosos são enriquecidos com agentes humidificantes
que protegem a pele e não interferem tanto com a camada lipídica. Os produtos em barra também
não são indicados porque geralmente são muito abrasivos e compartilhados por toda a família
facilitando a contaminação.
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BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
Higiene íntima da mulher .. Verdades, mitos
corrente para favorecer a remoção mecânica das secreções e com
movimentos que evitem o arrastar
de conteúdo perianal para a região vulvar. Não devem ser utilizados sprays, perfumes, talcos ou
lenços humedecidos.
Os sabonetes íntimos (sólidos) têm
como substancia ativa principal
uma base tensioativa de natureza
aniónica e anfótera, podendo incorporar agentes hidratantes e
reguladores de pH, anti-irritantes,
regeneradores e protetores da
zona vulvar, antipuriginosos e antissético. (Saforelle®)
O uso sistemático de penso higiénico não é recomendado. Mulheres
com excesso de transpiração ou
incontinência urinária devem utilizar pensos higiénicos respiráveis
(sem plástico) ou, preferencialmente, usar vestuário absorvente.
A higiene íntima deve ser realiza- O estabelecimento de rotinas de
da de uma a três vez por dia, não higiene diária é crucial para estar
devendo exceder os 3 minutos pa- sempre cuidada.
ra evitar secagem excessiva do
Dr.ª Inês Rocha
local. Após a lavagem deve existir
cuidado de hidratação, com gel
(Saugella ®) ou creme de base
aquosa (Velastisa V.V. ®) com pH
compatível com a mucosa vaginal.
O gel que produz espuma com a
massagem são geralmente agradáveis e proporcionam uma sensação de frescura. (Velastisa intim ®,
Saugella ®)
Os toalhetes humedecidos são
uteis em algumas situações como
higiene fora de casa, sanitários
públicos, mas o seu uso não deve
ser frequente pois pode remover o
biofilme lipídico da pele.
(Lactacyd ®, Saforelle ®, Saugella ®)
Os sabonetes líquidos íntimos são
produtos a base de acido latico e
têm como objetivo manter o pH
mais próximo do ideal para o desenvolvimento e manutenção das
células da pele. São recomendados para uso externo e não para
lavagens vaginais, nem para tratamento de infeções ou inflamações. (Lactacyd ®, Saforelle ®).
Além da escolha do produto de
limpeza é importante a técnica: a
lavagem deve ser feita com água
Continua na página seguinte
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BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
Rastreio Oncológico
O cancro é uma das doenças com maior incidência em Portugal e responsável por um elevado número
de mortos. O reconhecimento dos sinais de alerta e um rápido diagnóstico numa fase inicial potenciam
exponencialmente as probabilidades de sucesso no tratamento. A consciencialização e participação do
utente na prevenção e deteção precoce são fundamentais.
Rastreio do cancro do
colo do útero
Rastreio do cancro da
mama
Rastreio do cancro do
Colon e do Recto
O Programa de Rastreio de
Cancro do colo do útero é dirigido a mulheres com idades compreendidas entre os 25 e os 64
anos e deve ser realizado pelo
menos de 3 em 3 anos ou de
acordo com a indicação clínica.
Trata-se de um exame (citologia)
indolor e eficaz na deteção de
células anormais do colo uterino
que podem vir a resultar em
cancro se não tratadas.
O Programa de Rastreio de
Cancro da Mama é dirigido a
mulheres assintomáticas (que não
apresentam sintomas) com idades compreendidas entre os 45
e os 69 anos devendo ser realizada mamografia a cada dois
anos.
A USF Global tem vindo a
implementar o rastreio do
cancro colorectal a todos os
seus utentes com idades
compreendidas entre os 50
os 74 anos, baseado no
exame na pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF)
ou pela endoscopia digestiva baixa.
Apesar da divulgação e convocação das utentes da USF Global para realização do rastreio,
constatamos uma certa renitência
em aderirem ao programa, o
que nos deixa preocupados com
as possíveis consequências.
Em 2013 aquando do inicio da
actividade enquanto USF, apresentávamos uma taxa de 37,8%
de mulheres com idades entre os
25 e os 60 anos com colpocitologia atualizada. Com uma meta
para 2013 de 45% de mulheres
a rastrear, em Dezembro de
2013 obtivemos uma taxa de
46,5% de mulheres rastreadas.
Este ano, e bianualmente, as
utentes em idade de rastreio
receberam uma carta de convocatória para se dirigirem, ou
foram pela primeira vez, à Unidade Móvel de Rastreio de
Cancro, que esteve junto do
Centro de Saúde da Nazaré.
Também aconselhamos a realização mensal do auto-exame
da mama para despiste de alterações. Durante este procedimento a mulher poderá detectar
alterações de coloração, de tamanho, da forma das mamas,
podendo ainda despistar a existência de feridas, nódulos e corrimento mamilar. Qualquer alteração detectada na mama, mamilo e axila ou se dúvida aconselhamos melhor esclarecimento
com o médico de família.
No ano de 2013, a unidade cresceu de 15,34%
de utentes, entre os [50-75[
anos, com RCCR efectuado
e em Dezembro de 2013
obtivemos um resultado de
30,33% de utentes com rastreio, sendo que a meta
contratualizada era de
25%.
É fundamental que todos
os profissionais de saúde
veiculem uma politica de
auto-responsabilização dos
utentes pela sua saúde e
aproveitem as oportunidades oferecidas pela USF.
Enf.ª Aldina Santos
Página 6
C
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
Leitura crítica de publicações científicas
om o aumento exponencial de trabalhos publicados, muito se tem escrito sobre como deve
ser feita a leitura de um artigo cientifico. Assim, fazendo uma revisão do que os especialista nesta área indicam como orientações de leitura de trabalhos científicos, pareceu-nos importante transmitir de forma sucinta
os pontos-chave encontrados.
Q
uando lemos um artigo, o
principal objectivo é perceber a
contribuição científica que o autor
pretende dar.
Ler um artigo deve ser um processo crítico, não devendo por isso assumir-se que os autores estão sempre correctos. A leitura crítica implica colocar questões adequadas. Se
os autores tentam resolver um problema, devemos perceber se será
um problema pertinente, se existem
soluções simples que os autores não
consideraram e quais são as limitações das soluções que apresentam
(mesmo as que os autores poderão
não ter percebido ou admitido). Devemos perceber também se as considerações que os autores fazem
são adequadas, bem como se a organização do artigo é clara e justificada. Quando são apresentados
dados, devemos perceber se foram
reunidos os dados correctos, se foram interpretados de forma correcta e se outros dados seriam mais
consistentes.
leitura crítica deve ser feita de forma construtiva, o que muitas vezes
se torna ainda mais difícil. Assim,
devemos perceber quais são as boas ideias a retirar do artigo, se essas ideias têm outras aplicações ou
extensões que os autores podem
não ter pensado, se podem ser generalizadas e se existem melhorias
que podiam ter sido feitas com significado prático importante.
uma resposta a uma questão específica. Se depois de ler uma vez o
artigo, tentarmos sumarizá-lo numa
ou duas frases e o conseguirmos
fazer, é sinónimo de que percebemos a questão inicial e a resposta
final. Uma vez que conseguimos
perceber a ideia chave, podemos
depois reler com mais detalhe e
perceber outros pormenores incluídos.
De destacar que podemos pensar
também se poderíamos começar a
fazer investigação a partir do artigo lido e nesse caso qual seria o
próximo passo.
Resumir o artigo é uma forma de
tentar determinar a sua contribuição
científica. No entanto, para realmente aferir o seu mérito científico,
torna-se necessário comparar o artiFazer notas em caso necessário go a outros trabalhos na mesma
pode ser um ponto muito importan- área.
te. O número de artigos lidos não
É importante referir que as contripermite fazê-lo em todos, no entan- buições cientificas podem tomar váto muitas vezes pode ser importante rias formas. Alguns artigos oferecem
escrever tópicos nas margens ou ideias novas, outros implementam
sublinhar pontos-chave, como por ideias e/ou mostram a forma como
exemplo dados mais importantes ou funcionam, outros ainda reúnem váquestões mais controversas, o que rias ideias dispersas no mesmo traajuda sobretudo quando existe mais balho.
tarde necessidade de o rever.
Dr.ª Raquel Osório
Quase todos os bons artigos de
Não devemos esquecer-nos que a investigação tentam proporcionar
Boas Leituras
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VOLUME 1, EDIÇÃO 1
Humorísticas
negócios de família...
O sujeito chega no consultório
do psiquiatra e desabafa:
- Doutor, preciso da sua ajuda!
Acho que tou a ficar maluco! Já
lá vão três noites que não
consigo dormir de tanta
preocupação!
- E qual o motivo de sua
preocupação?
- Dinheiro, doutor!
- Ah! Mas é muito fácil. É só o senhor
parar de pensar no assunto. Outro dia
esteve aqui um
camarada que também não conseguia
dormir por causa das dívidas que tinha
contraído com o tio.
Disse-lhe que o tio é que deveria ficar
preocupado, já que tinha dinheiro pra
receber.
Daí em diante, ele passou a dormir
tranquilo!
- Pois é, doutor, era o meu sobrinho!
No hospital...
O dono do hospital, ansioso,
pergunta ao medico que
acabou de internar uma
nova paciente:
- E entao, que tal a paciente
do 208?
- humm...bem gerida a coisa,
pode render uns 5 mil euros
por mes...
remédios...
O medico da uma bronca no paciente:
– Nao estou a perceber “qual e a sua”... Voce passa a vida a
pedir remedios pra dormir, mas nao sai daquela boate perto
da sua casa!
– O senhor nao entendeu mesmo... Os remedios sao pra minha
mulher!
Dieta milagrosa...
- Doutor, como eu faço para emagrecer?
- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para a direita e da direita
para a esquerda.
- Quantas vezes, doutor?
- Todas as vezes que te oferecerem comida.
Como dar más notícias à esposa
Uma senhora chega ao hospital e
pergunta:
– Doutor, sou a mulher do Ze, que
sofreu um acidente. Como ele esta?
– Bem, da cintura para baixo, ele
nao teve nem um arranhao.
– Poxa, que alegria! E da cintura
para cima?
– Nao sei. Ainda nao trouxeram
essa parte.
(psico)terapias...
O psiquiatra incentiva o paciente:
- Pode me contar desde o princípio...
- Muito bem, doutor! No princípio...
eu criei o ceu e a terra...
maluquinho...
O sujeito vai ao psiquiatra e queixa-se:
- Doutor! A minha mulher diz que sou maluco só porque eu gosto de mortadela!
O doutor responde:
- Mas isso não faz o menor sentido! Eu também adoro "MORTADELA"!!
E o paciente:
- Pois é, pois é!!! Então vamos lá pra casa ver a minha coleção! Eu já tenho mais
de "TRE-ZEN-TAS!!
votação...
Um homem vai ao medico e diz:
- Doutor, quero fazer uma vasectomia.
O medico adverte:
- Essa e uma decisao muito seria. O senhor ja consultou a sua mulher e seus filhos?
- Claro que sim, doutor. Os que sao favoraveis
venceram por 19 a 2!
Consultório..ou domicílio...
Alta madrugada e o telefone toca
na casa do medico. O medico, sonolento, atende o telefone.
- Alo...
- Doutor, quanto e que o senhor
cobra por uma consulta na casa
do paciente?
- Duzentos euros.
- E por uma consulta no seu consultorio?
- Cem euros.
- Ta bem, atao encontramo-nos
daqui a meia hora la no seu consultorio.
Página 8
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL
Medicina informática vs Medicina centrada no utente
E
a médicos e enfermeiros?
sta rubrica aborda
e abordará nas próximas edições os desafios
impostos pela inovação
tecnológica na prática
clínica diária.
Sem dúvida, de positivo
destacam-se: os registos
legíveis, a maior facilidade de consulta dos
registos, maior facilidade em prescrever (com
simples clicks em vez da
escrita manual), os dados administrativos do
utente disponíveis.
E o que nos é exigido:
Quantas plataformas informáticas diferentes estão
a ser usadas? E que variam
de unidade para unidade;
e na mesma unidade, ausência de transmissão de
dados e registos efectuados pelos profissionais de
sectores
diferentes...resultado...duplicação
de trabalho.
15 minutos predomina ser entre o Méd./Enf e o computador.
E que mais nos exigem? Indicadores...olhem os BI. ”se não
clicar aqui...ali e ali”, por melhor cuidado que tenha na
realidade prestado ao utente,
“não clicou, não está bem vigiado...não atingiu indicador”
Susana Santos
E que mais implica? Muita
atenção e dedicação à máquina dos registos: o computador. E o utente? Espera, a sua vez, de poder
entrar na relação que em
EVENTOS CIENTÍFICOS 2014
Evento
Area
Datas
Medicina Geral/
Cuidados Primários
De 02 a 05 Julho
Open Day Wonca International Classification Committee
MGF/CSP
De 6 a 11 de Setembro
Wonca International Classification Committee, FCM-UNL
MGF/CSP
6 de Setembro
Outra
De 02 a 03 Outubro
Medicina Geral
De 24 a 25 Outubro
6º Congresso Português do Cancro do Pulmão
Oncologia
De 09 a 11 Outubro
15.º Congresso Nacional de Pediatria
Pediatria
De 15 a 18 Outubro
X Congresso Nacional de Psiquiatria
Psiquiatria
De 13 a 14 Novembro
Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Hematologia
2014
Outra
De 20 a 22 Novembro
Escola de Outono da APMGF-2014
MGF
De 20 a 22 Novembro
19.ª Conferência WONCA Europa
4º Congresso Nacional de Saúde Pública
13ºEncontro Nacional de Internos e Jovens Médicos de Família
VOLUME 1, EDIÇÃO 1
O DICIONARIO DOS UTENTES
Dôtora, eu nã durmo
...afoga-se-me
Página 9
Aah Dôtora, tô xeia
da dôres na coluna
vertical !!!
a garganta, depois o
coração pára de bater
...e as dores...parece
um cão a quemer-me
per dentre… qué iste
ó Dôtora?
Dôtora, venho buscar uma cardencial
pro especialista do autoringo
Aah Dôtora, o cardiologista
diz qu´ê tanho uma ratimia
cardícula...
Dr.ª Lídia Esgaio Carepa
PALAVRAS DE MESTRE
“Comece por fazer que é necessário, depois o que é possível, e de repente estará a fazer o impossível”
São Francisco de Assis
(1182-1226)
FICHA TECNICA
USF Global
Caixins
Colaboradores nesta Edição: Licínio Fialho, Lídia
Carepa, Inês Rocha, Helena Isabel Fernandes,
Aldina Santos, Luís Amaro, Raquel Osório, Susana
Santos
2450-125 Nazaré
Telefone: 262 569 120
Fax: 262 561 938
[email protected]
Publicação trimestral