Os negócios do Mundial
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Os negócios do Mundial
IN ATÉ SCR IÇ 20 D ÕE S E JU N HO N720 06 JUNHO 2014 ANO 16 O JORNAL INDEPENDENTE PARA PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO E MARKETING Directora Carla Borges Ferreira Director-adjunto Rui Oliveira Marques ESPECIAL Os negócios do Mundial Quinzenal para assinantes Preço de capa 7a PÁG. 16 ENTREVISTA PÁG. 04 “A pior coisa que podia acontecer a um IAB Portugal era ser uma associação estéril” PUB Bernardo Rodo, presidente da direcção do IAB Portugal, explica os objectivos da representação recém-criada no mercado nacional 01 Capa.indd 1 04-06-2014 20:56:19 02 EDITORIAL FICHA TÉCNICA Fama PROPRIEDADE WORKMEDIA, COMUNICAÇÃO, SA Propriedade & Editor Workmedia, Comunicação, SA Av. Guerra Junqueiro 10 – 6º Esquerdo, 1000-167 Lisboa [email protected] • www.workmedia.pt Conselho de Administração Pedro Corrêa Mendes RUI OLIVEIRA MARQUES, DIRECTOR-ADJUNTO Meios & Publicidade Av. Guerra Junqueiro 10 – 6º Esquerdo, 1000-167 Lisboa Cristiano Ronaldo é uma estrela global ao ponto de nas últimas semanas ter sido até capa da Forbes España, da brasileira Veja e da norte-americana Sports Illustrated. Também por estes dias se passou o mesmo com Hugo Veiga. O criativo português esteve em destaque nos principais sites de publicidade do mundo (para além do New York Times) já que é o responsável, ao lado do brasileiro Diego Machado, pelo novo escritório da network AKQA no Brasil. A dupla criou a campanha Retratos da Real Beleza, desenvolvida pela Ogilvy Brasil para a Dove, que recebeu um grande prémio e 14 leões no ano passado em Cannes. Foram as estrelas de 2013 do maior festival de criatividade do mundo e demonstram como Cannes muda carreiras profissionais. Hugo Veiga também se tornou num exemplo para a nova geração de criativos portugueses, que também olha para o Brasil, não como o país da Copa, mas como um novo mercado de trabalho. As inscrições deste ano dos Cannes Lions, que arrancam a 15 de Junho, exemplificam a transformação pela qual atravessa o mercado publicitário mundial. A competição Cyber cresceu 39 por cento, sendo agora a terceira categoria mais importante, enquanto a de Relações Públicas subiu 43 por cento, a de Branded Content & Entertainment 22 por cento, Mobile 12 por cento, Design 11 por cento e Promoções & Activação 9 por cento. Pelo contrário, nas categorias tradicionais assistiu-se, uma vez mais, à quebra de trabalhos a concurso, como é o caso de Filme (-9 por cento), Imprensa (-12 por cento) ou Rádio (-7 por cento). Pela primeira vez a secção de Outdoor teve mais inscrições do que a de Imprensa. As agências portuguesas, já se sabe, inscreveram menos 31,3 por cento de trabalhos, sinal de que o reajustamento das agências à nova realidade económica ainda não terminou. Mas, nem por isso, o mercado nacional irá prestar este ano menos atenção ao festival de Cannes. Directora Carla Borges Ferreira - 210999812 cbferreira@meios&publicidade.pt Director-adjunto Rui Oliveira Marques 210991833 [email protected] Redacção Pedro Durães 210991549 [email protected] Projecto Gráfico Blug Fotografia Hugo Gamboa João Reis Paginação Rui Camacho (Coordenador) - 210987892 [email protected] Susana Alcântara Publicidade e Venda de Informação (assinaturas) Margarida Magalhães (Directora) - 210994189 [email protected] Graça Dias - 210992242 [email protected] Impressão Fernandes & Terceiro, S.A. - Artes Gráficas Rua Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Peridiocidade Quinzenal, sai às sextas-feiras Registo no ICS nº121 900 Depósito Legal nº 122 044/98 Tiragem: 2500 exemplares Assinatura:120a (anual) Todos os direitos reservados. Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, designadamente comerciais. Membro da VISAPRESS FRASE DA QUINZENA “Ricardo Costa, director do ‘Expresso’ e irmão de António Costa, colocou o seu lugar à disposição junto da administração do Grupo Impresa” Comunicado da Impresa 06 JUNHO 2014 02-03 Editorial.indd 2 04-06-2014 20:58:17 02-03 Editorial.indd 3 04-06-2014 20:58:26 04 ENTREVISTA “A pior coisa que podia acontecer a um IAB Portugal era ser uma associação estéril” PEDRO DURÃES HUGO GAMBOA Bernardo Rodo é o presidente da direcção do IAB Portugal, criado em 2013, que terá este ano a sua estreia depois de um período de bastidores. Na primeira entrevista enquanto responsável do organismo internacional no mercado português, explica os objectivos da associação precisa da força do mercado. Esta força do mercado vem da capacidade de absorver investimento e, neste momento, ele está concentrado nos publishers e nas agências de meios. As outras entidades operam no ecossistema das plataformas digitais e interactivas mas normalmente entram no processo numa segunda fase, que é aquilo que vai acontecer a partir de agora. “Ao contrário do que possa parecer, foi um ano de actividade intensa”. A garantia é dada por Bernardo Rodo, presidente da direcção do Interactive Advertising Bureau - IAB Portugal, em resposta a criticas de que o organismo criado no último ano não fez ainda trabalho visível. “Um ano de silêncio não significa um ano de inactividade, significa um ano de preparação para aquilo que daqui para a frente vai ser a frente visível do IAB”, justifica. Depois de arrancar com 11 sócios fundadores, onde estão representados 90 por cento dos publishers nacionais (incluindo todos os grandes grupos de comunicação social e os gigantes online Google e Microsoft) e dos agrupamentos de compras de meios, a nova fase abre a associação às agências digitais especializadas e às agências criativas. Estão representados também os anunciantes já que a APAN subscreveu o memorando de entendimento que esteve na origem da atribuição da licença para a representação local do IAB. Os órgãos sociais, eleitos para o triénio que vai até 2016, conta com a OMD na presidência da direcção e com a PT na vice-presidência. Cofina, Havas Media e Microsoft são os vogais da direcção. São sócios do IAB a OMG, a Portugal Telecom, a Cofina, a Havas Media, a Microsoft, a Controlinveste, o Google, o Group M, a IPG Mediabrands, a Media Capital, o Público, a Aegis, a Impresa, a Nova Expressão e a Publicis. Meios & Publicidade (M&P): Como é que surge o IAB Portugal? Bernardo Rodo (BR): Surge de uma grande vontade dos stakeholders da indústria que operam na área digital, que neste momento já não é circunscrita aos meios e às agências digitais, envolve as agências de meios, as agências criativas e os meios de uma forma muito generalizada. Houve uma primeira iniciativa que foi talvez prematura no tempo, há cerca de quatro anos, mas que deixou no ar a intenção e a vontade de criar um IAB. Chegou-se à conclusão de que o mercado tinha atingido uma maturidade tal que justificava que Portugal tivesse uma representação local do IAB. Foi uma conjugação de vontades. Nesta primeira fase foi muito circunscrito àquilo que o IAB designa como os agregadores do investimento, porque o IAB, para existir, M&P: Qual o motivo para este hiato entre a primeira tentativa há quatro anos e a criação efectiva do organismo? BR: Tem simplesmente a ver com maturidade do mercado. Em 2009 tínhamos um mercado sofisticado na área digital mas ainda muito compartimentado. Tínhamos meios digitais muito específicos e as agências com as suas unidades digitais, neste momento o digital já é totalmente transversal. Os players digitais já agregam dentro de si todas as valências e não apenas o digital, isto dá uma força maior à iniciativa. Esta maturidade é muito importante porque tem a ver com o timing de criação do IAB na Europa, ou seja, é importante para a atribuição de licença que haja uma representação significativa do mercado e que essa representação venha a ser apoiada de entidades que encerram em si não apenas o digital mas que têm uma amplitude maior. Apesar de tudo, o hiato não foi assim tão grande porque em 2011 foi assinado um memorando de entendimento. Esse memorando deu origem a uma negociação de estatutos. Por isso, estamos a falar de um hiato de pouco mais de um ano e meio, que foi o tempo que se precisou para que o mercado estivesse preparado para perceber quais são os benefícios que um IAB pode trazer. A pior coisa que podia acontecer a um IAB Portugal era ser uma associação estéril que era criada porque existe noutros países. Temos de garantir que este é um IAB com plenos poderes, de representação dos atributos do IAB e do IAB Europa, e para podermos efectivamente representar estas duas associações internacionais tínhamos que estar apetrechados destas capacidades, que pensam estarem reflectidas nos estatutos. M&P: Sem grande actividade visível até agora, não estão a correr o risco de passarem a mensagem de que são essa associação estéril. Como podem evitar essa situação? BR: As associações quando nascem têm um caderno de intenções e actividades. O IAB tem a sua missão muito clara e essa missão passa pela promoção da publicidade e do marketing em plataformas digitais e interactivas. Para isso, o que o IAB faz são actividades de divulgação que visam proteger os interesses desta indústria específica do 06 JUNHO 2014 4-5 - Entrevista.indd 4 04-06-2014 21:31:24 05 digital. Este ano foi muito importante porque foi a ano em que consolidámos o nosso plano de acção, para ter licença para actuar o IAB precisa deste ano de neutralidade porque precisa de assegurar que tem uma estrutura capaz de, quando arrancar, arrancar em plena força. Uma das características da atribuição da licença é precisamente começar em força, ou seja, não podemos ter um nível de visibilidade sem que depois haja já uma estrutura por trás porque vamos ter de representar o IAB em muitas frentes. 2013, ao contrário do que possa parecer, foi de actividade intensa, foi um ano em que tivemos de construir um orçamento, tivemos de preparar a admissão de novos sócios, em que moldes ia ser feita. Foi um ano de criação de relações que são fundamentais na estrutura do IAB com outras associações da indústria. E estes protocolos de cooperação são cruciais para que o IAB possa desenvolver a sua actividade. Portanto, um ano de silêncio não significa um ano de inactividade. M&P: Que protocolos são esses? BR: Além dos protocolos a nível nacional, nomeadamente com o ICAP (Instituto Civil de Autodisciplina da Comunicação Comercial), este ano trabalhámos muito ao nível europeu, para a transcrição para a legislação local das directivas OBA (online behavioral advertising), um processo que está a decorrer em todos os países que pertencem à Comissão Europeia. Se um dos objectivos é proteger a indústria, temos de assegurar que essa transposição das directivas europeias é feita de uma maneira que não perturbe a indústria local, além da divulgação do sector e da emissão de estudos, esta área de lobby junto das entidades europeias é a terceira linha de actividade do IAB. Isto é crucial mas não se faz press releases sobre estas coisas. Ao longo desta não tivemos já também uma comissão de aconselhamento a anunciantes, que ajuda os anunciantes a perceber como é que vão adaptar as suas actividades nomeadamente em áreas muito técnicas e que têm limitações legais. M&P: Houve falta de orçamento? BR: Não há condicionalismos de ordem orçamental, é uma questão de prioridades. De qualquer forma, o IAB tem duas formas de consolidar o seu orçamento, uma são as quotas pagas pelos associados e a outra por angariação de fundos de suporte a actividades públicas do IAB. Nesta fase, como ainda não houve eventos públicos, ainda não foi accionado o segundo mecanismo de angariação de fundos. Neste momento os nossos fundos são as quotas dos associados. Não há restrições orçamentais ao funcionamento do IAB. Por outro lado, apesar de se ter iniciado com 90 por cento de representatividade, quer na área dos publishers quer do lado das agências de meios, permitiu-nos com mais serenidade criar esse plano de actividades, mas que teve de ser aprovado, discutido. Esta é uma associação muito jovem e essa juventude permite-nos também agir com serenidade. Não precisamos de fazer três eventos por ano porque estamos a fazer um trabalho que é mais importante para o futuro do IAB no mercado português do que propriamente um evento. Agora, claro que vamos ter essa componente também, isso está previsto arrancar este ano. M&P: Quando é que está previsto arranque dessa fase mais visível do trabalho do IAB? BR: Está prevista para depois do Verão. Neste 4-5 - Entrevista.indd 5 “Os estudos que existem de repartição do investimento publicitário não têm ainda a profundidade que nós desejamos” momento temos um calendário de media recheado de eventos a nível nacional e achámos que o IAB precisava de algum espaço para respirar e optámos por fazer a primeira iniciativa pública depois do Verão. Não há data definida ainda. O que posso dizer é que vai haver uma iniciativa de grande dimensão, que passa por abrir o IAB ao mercado. M&P: Que tipo de actividades pretendem trazer para o mercado português? BR: De uma maneira mais geral, as actividades do IAB vão passar por conferências de indústria, que de alguma forma lancem questões muito pertinentes e do momento. Seja qual for o tema, a conferência passará por trazer decisores para que o mercado nos possa ouvir e perceber que esse tema é uma prioridade do IAB. Depois há todo o trabalho de back-office que já temos vindo a fazer, como a a publicação de estudos proprietários do IAB para o mercado português, que podem ser análises de comportamentos de consumidor ao nível de plataformas digitais, análise de investimentos, distribuição de investimentos por sector e por meio, e vamos avançar para um cruzamento desse investimento com plataformas que não sejam exclusivamente digitais porque hoje todos os meios são digitais. A televisão, a rádio e a própria imprensa estão a caminhar nesse sentido, pelo que é fundamental que os estudos incluam esses cruzamentos de comportamento multitasking, co-viewing, conteúdos consumidos em second screen, o que vamos fazer é assegurar que esses estudos passam a ter representação do mercado português. M&P: Vão articular-se com os estudos já existentes em Portugal, como o Netscope ou o Media Monitor, que agora introduziu também o investimento digital? BR: Vamos fazer análises com base nos estudos que já existem no mercado português, não vamos criar estudos para coisas que já são estudadas, apenas complementar. Não vamos duplicar estudos já existentes, vamos é criar estudos próprios que acrescentem valor. Os estudos que existem de repartição do investimento publicitário não têm ainda a profundidade que nós desejamos. O IAB tem condições para ir detalhar ainda mais essa fotografia. Fazemos uma leitura qualitativa, com a evolução e distribuição dos shares de investimento ao longo dos anos, um ano em que há mais festivais de música, fusões de empresas, etc., se são crescentes, se estabilizam, é esse tipo de análise que o IAB faz para perceber tendências, movimentos de oportunidade, tendências que estabilizaram ou que são passageiras. M&P: Já têm previsão para quando é que vão publicar o primeiro estudo? BR: Será seguramente ainda em 2014, mas ainda não temos uma data definida. M&P: Ao nível da definição de standards e recomendação de novos formatos de publicidade digital, o IAB Portugal vai também desenvolver trabalho específico para o mercado português? BR: Sim, essa área de definição de standards está tão integrada que penso que já está convencionada pelos associados mesmo antes de o IAB Portugal ter sido criado. Vai fazer parte do nosso trabalho regular emitir pareceres, que vão existir de duas formas: ou são pareceres automáticos, que emitimos pro-activamente para os nossos associados, ou são pareceres que resultam de uma consulta. No ano passado já emitimos dois pareceres que resultaram de consultas directas de anunciantes, mas o objectivo será que eles existam sempre que forem pertinentes, ou seja, não vai haver uma periodicidade estipulada para os emitir mas sempre que se justifiquem e que sejam relevantes e úteis para o mercado. 04-06-2014 21:31:28 06 DESTAQUE OPINIÃO Em contagem decrescente O NÚMERO DE INSCRIÇÕES PORTUGUESAS EM CANNES CAIU 31,3 POR CENTO. NEM ASSIM DECRESCE A ATENÇÃO AO QUE SE VAI PASSAR NO PRINCIPAL FESTIVAL DE CRIATIVIDADE DO MUNDO A minha cunhada, o Hugo Veiga e o Donald Gunn JOÃO GOMES DE ALMEIDA, redactor publicitário RUI OLIVEIRA MARQUES As agências portuguesas dão sinais de contracção em Cannes, já que, face a 2013, o número de inscrições caiu 31,3% para as 202 peças a concurso. A presença portuguesa será ainda visível nos jurados. Nuno Jerónimo (O Escritório) integra o júri em Imprensa, Catarina Amorim (M Public Relations) o de Relações Públicas, Miguel Viana (Brandia Central) o de Design e Samuel Godinho (Carat) o de Media. Todas as competições dos Young Lions, para encontrar as duplas mais talentosas do mundo, terão representantes nacionais (ver páginas 8 e 10). Um frente-a-frente entre jurados DOIS JURADOS PORTUGUESES NO FESTIVAL DE CANNES, NUNO JERÓNIMO E CATARINA AMORIM, ACEITARAM OLHAR PARA O ESTADO DA CRIATIVIDADE NACIONAL Meios & Publicidade (M&P): Este é um ano em que os criativos portugueses têm boas ideias para mostrar ao mundo? Nuno Jerónimo: Os criativos portugueses terão muitas, o mercado português tem algumas. Não conheço todas, mas já me cruzei com duas ou três ideias interessantes. Outras hão-de aparecer só para o festival, é sempre assim. Mas genericamente parece-me que temos que ser mais exigentes. Como povo simpático que somos, continuamos a elogiar as ideias medianas uns dos outros e todos os anos somos penalizados por isso nos grandes festivais de criatividade. A somar a isto, com o advento das redes sociais, estou convencido que existe um enorme desperdício de energia na produção de video-cases de acções de marketing e de comunicação banais. Multiplicam-se. Sempre sentimos um certo conforto em fazer coisas «ao estilo» das grandes ideias que vimos anteriormente, mas continuamos a esquecer-nos da grande ideia. Salvo raras excepções, a maioria dos cases nacionais que vejo são demasiado umbiguistas e absolutamente irrelevantes para a maioria das pessoas, o que não nos ajuda a ser mais respeitados enquanto indústria. Catarina Amorim: Tendo em conta a minha percepção do mercado nacional e os trabalhos de outros países que tenho vindo a avaliar, diria que existe por aí muito material de qualidade para mostrar ao mundo a excelente criatividade dos portugueses. Espero que a típica timidez e falta de auto-estima nacional não tenham impedido as agências de Relações Públicas de participar. Principalmente neste ano de crise. Afinal, nós, os portugueses, estamos tão habituados a fazer omeletes sem ovos que podemos considerar essa experiência como uma mais-valia face a outros mercados ditos mais evoluídos… M&P: Na área que vai avaliar, acha que há algum trabalho português que possa chegar a leão? Nuno Jerónimo: Como já referi, não conheço todas. Mas, dentro das que vi, talvez a campanha da ANA Aeroportos seja a que mais me chamou a atenção. Surpreendeu-me a forma como um insight novo trouxe frescura à linha gráfica que vinha sendo usada em campanhas anteriores. E parece-me ter os argumentos certos para este tipo de festival. Catarina Amorim: Estamos na fase de avaliação preliminar durante a qual cada jurado tem acesso a 400 trabalhos na sua área – no meu caso, Relações Públicas - mas que não podem ter sido desenvolvidas nos respectivos países. Por isso não consigo responder a esta pergunta. Mas conhecendo o nosso mercado e as nossas características culturais diria que temos tudo para trazer um leão de Relações Públicas para Portugal M&P: A nível internacional, qual o case da sua área que considera bem conseguido no último ano e que pode ser premiado em Cannes? Nuno Jerónimo: Não consigo destacar apenas um. Lembro-me de vários e sei que vou ser surpreendido por outros. Gostava que alguns fossem portugueses. Catarina Amorim: Dos 400 trabalhos que estou a avaliar nesta fase preliminar, para a definição de short lists, posso dizer que, na minha opinião, as subcategorias mais criativas e bem conseguidas são Charity & Non for Profit e Public Affair & Lobbying. Se bem que existem mercados (que não em Portugal, bem entendido) onde sectores tradicionalmente tão cinzentos como a banca apresentaram trabalhos que rompem com o status quo (espero poder mostrar depois das avaliações estarem concluídas). Nesta área das Relações Públicas, quem tem a visão de não se ficar pelo que “é suposto” ganha muitos pontos de vantagem face aos conservadores. Acho que se pode mesmo dizer que esta área não é para medrosos. Há uns meses estava a passar um fim-de-semana em família e a minha cunhada passou por mim a cantarolar “Dumb aways to die, so many dumb ways to die...”. Eu sorri, depois parei e finalmente fiquei estarrecido: como é que uma miúda, que na altura tinha 14 anos, conhecia esta música? Perguntei-lhe se sabia a música toda. Ela parou, sorriu e com algum sarcasmo soltou um “lá na turma todos sabemos”. Fiquei pasmado e um tanto ou quanto envergonhado. Depois ainda me mostrou fotografias que tinha dos bonequinhos e até o jogo para o smartphone. É incrível. Esta miúda de 14 anos portuguesa tornou-se fã de uma campanha publicitária criada para um metro na Austrália. Não só ela, mas ao que parece muitos outros miúdos portugueses que nunca foram a Melbourne. Será que isto não é eficácia? E se o Metro fosse uma marca com um objectivo comercial? Teria aumentado as vendas com esta campanha? Donald Gunn, fundador do Gunn Report, passou a vida a estudar a relação entre os prémios criativos na publicidade e a eficácia comercial dos mesmos. Desde 1992 que fez vários trabalhos sobre o tema, tendo como principal bitola o Festival de Criatividade de Cannes. Segundo o último destes estudos (The Case for Creativity, IPA and the Gunn Report), ficou provado que em norma os casos que ganham festivais de criatividade são onze vezes mais eficazes do que os que não ganham. Mas será que hoje a função da publicidade ainda é vender alguma coisa? Concordo com o “nosso” Hugo Veiga, que numa entrevista desta semana dizia que a função das agências de publicidade deve ser “a criação de produtos, de plataformas de inovação, de ideias com um impacto positivo na vida das pessoas”. O mundo da publicidade divide-se hoje em três géneros: os novos consumidores (como a minha cunhada) que só respondem a estímulos publicitários criativos e relevantes na sua vida; os profissionais como o Hugo Veiga que têm a ousadia de criar campanhas que saem da mesmice e que por isso ganham prémios; e por fim, aqueles que precisaram que o Donald Gunn fizesse um estudo para acreditarem no que está à vista de todos: os cases que ganham prémios são bons para as marcas. Cada um é livre de trilhar o seu caminho. Mas quando a cabeça não tem juízo, por norma a marca é que paga. 06 JUNHO 2014 6-7 Destaque.indd 6 04-06-2014 21:32:17 6-7 Destaque.indd 7 04-06-2014 21:32:26 08 DESTAQUE CANNES Onde querem estar estes talentos dentro de cinco anos? OS 14 JOVENS TALENTOS QUE VÃO REPRESENTAR PORTUGAL EM CANNES REVELAM O QUE ESPERAM DOS PRÓXIMOS ANOS RUI OLIVEIRA MARQUES Design: Micaela Neto e Patrick Santos “Espero ter ultrapassado vários desafios, com a sensação de dever cumprido face aos meus sonhos e expectativas. Quero continuar a sentir-me realizada com os projectos em que trabalho e sentir que continuo a evoluir. Espero que o meu futuro passe pelos sítios certos e que possa continuar a aprender com as pessoas certas, como tem sido até hoje”, revela Micaela Neto (27 anos), que estudou Design Gráfico pela ESAD das Caldas da Rainha e está na Brandia desde 2008, tendo trabalho para marcas como Vodafone, Yorn, Guerin, Açoreana, Apsi, Opway, Zippy, FIRM, MEI, MO, BES, Brisa, Total. Integra o Young Lions de Design. “Espero continuar a participar em projectos globais com grandes desafios que me façam evoluir cada vez mais, como tem sido no meu percurso na Brandia Central, em projectos como o Euro 2012 e o Euro 2016”, considera Patrick Santos (28 anos), que também estudou Design Gráfico nas Caldas da Rainha, entrou na Brandia no mesmo ano de Micaela Neto, com quem vai fazer dupla em Cannes em Design. Filme: Rui Antunes e Elisabet Gallego “Cinco anos... Portanto é fazer as contas, 24, 25, 26, 27, 28, 29. Arredondando dá 30. Uii. Trinta. Espero mais cabelos brancos e com isso mais charme, para disfarçar as entradas. Espero que a paixão e o crer que tenho nesta profissão esteja ainda mais forte. Espero continuar a levantar-me todos os dias e não pensar que vou trabalhar, mas que vou fazer o que gosto. Espero fazer ainda melhor trabalho, e que esse trabalho seja reconhecido tanto nacional- mente como internacionalmente. Espero ver o meu nome onde hoje leio outros nomes portugueses como o Hugo Veiga, o João Coutinho ou o Miguel Durão. E que, ao lado do meu, haja outros nomes portugueses que me sejam familiares. Espero poder dizer que arrisquei uma carreira fora de Portugal no momento certo, que tudo correu maravilhosamente, e que está a chover em Londres neste exacto momento. Espero já ter subido ao palais de Cannes pelo menos uma vez, que tenha sido por uma daquelas ideias que vai mudar o mundo e que toda a gente vai partilhar no Facebook da altura. Espero continuar a ser feliz”, explica Rui Antunes (24 anos), que está desde 2012 na Ogilvy. No ano passado ficou em segundo lugar nos Young Lions em filme. Agora nos Prémios M&P e no CCP ganhou os primeiros prémios com a campanha Elogios para a Renascença. “Não me imagino muito diferente do que sou hoje. Espero ter a mesma vontade de acordar e ir ter com pessoas maravilhosas que me fazem rir todos os dias. Espero continuar a sentir que saio de casa mas vou ter com a ‘outra’ família. Mas também espero continuar a chatear-me com ela quando dizem: ‘mas não há budget’, ‘ isso é complicado’, ‘mas não pode ser’, ‘mas tem de ser’, ... Espero continuar a sentir que cada briefing é uma oportunidade de criar algo novo, de acordar ‘algo’ dentro das pessoas, espero continuar a sentir que posso fazer diferente e fazer a diferença. Espero continuar a dar saltinhos e a abrir os olhos (tipo em slow motion) de cada vez que temos uma boa ideia. Espero que os nossos marketeers ponham a crise para trás das costas e arrisquem mais. Espero continuar exigente comigo e com os outros. Mas espero que para o bem dos outros comece a falar mais baixo e a dizer menos asneiras”, conta Elisabet Gallego, que se licenciou na Universidade de Aveiro e trabalhou dois anos na indústria de porcelana Porcel. Mudou-se para Lisboa, tirou o Curso de Criatividade Publicitária da Restart e passou pela PonyTale, BAR, Ogilvy (onde ganhou um prata no CCP) e McCann Lisboa, como free lancer, onde ganhou o Young Lions em filme. A representação portuguesa do festival Cannes Lions voltou a escolher os jovens talentos do mercado nacional que vão representar o país nos Young Lions, disputando o título de mais criativos do mundo em várias categorias contra duplas provenientes de todos os continentes. O M&P pediu a estes criativos, designers, consultores e marketeers para partilharem com os nossos leitores os desejos profissionais para os próximos anos. Aqui ficam os testemunhos Imprensa: Tiago Pereira e Nuno Gomes “Em termos profissionais, espero alcançar uma entrevista para o M&P. Onde recordo os cinco anos precedentes, marcados por muita aprendizagem, campanhas memoráveis e respectivamente premiadas. Se não alcançar a entrevista, espero pelo menos o resto”, aponta Tiago Pereira, 24 anos, que é copy na Ogilvy depois de ter passado pela DraftFCB e pela Sumo. Licenciado em Comunicação Empresarial (ISCEM) e a frequenta o mestrado em Publicidade (IADE). “Dentro de cinco anos, ambiciono ter uma criação de leões, há quem tenha de gado, eu quero leões. Já tenho dois pequeninos, agora é só esperar que cresçam e se reproduzam. Resumindo e baralhando, tenciono ganhar um leão de Cannes por ano e um aumento substancial por cada leão, que estes meninos não se alimentam a papas Cerelac”, refere Nuno Gomes, 28 anos, que é director de arte na Ogilvy desde 2012. Licenciado em Marketing e Publicidade (IADE), passou pela The Agency. Acumula ouro em imprensa nos Young Lions referente a 2013 e a este ano. Cyber: Filipe de Carvalho e Inês Lopes “Antevejo dois caminhos possíveis. Num primeiro cenário, continuo a ter ideias, algumas boas, outras, enfim, é melhor não falar nisso. Continuarei a andar de transportes públicos só para poder ouvir as conversas da Dona Joaquina e dos seus joanetes anamórficos. Terei (ou não) briefings de uma só folha, com insights espectaculares e de clientes a que nunca sonharia poder aceder. Conhecerei mais gente interessante, em Portugal e no estrangeiro, de todos os espectros sociais, pessoas cujos apelidos dão nomes a agências. Enfim, daqui a cinco anos não irei com certeza livrar o mundo de doenças, acabar com a fome no planeta ou negociar a paz no Médio Oriente, mas tenho quase a certeza de que terei, pelas minhas contas, mais cinco anos, por isso, coiso. Num segundo cenário, bem, digamos que não pensei bem num segundo cenário, por isso, é bom que o primeiro corra perfeito”, detalha Filipe de Carvalho, que tem 28 anos e é criativo na excentricGrey. Formou-se em Comunicação Social. 06 JUNHO 2014 8-10 Especial.indd 8 04-06-2014 21:33:25 8-10 Especial.indd 9 04-06-2014 21:33:34 10 DESTAQUE Mandou um currículo para a Excentric, foi parar sem querer à Accenture, mas ainda foi a tempo da entrevista. Uma semana mais tarde, passou a integrar o novo departamento criativo da agência. “Não faço planos a longo prazo, mas certamente continuarei lado a lado com o design, a crescer profissionalmente e a elevar a minha fasquia pessoal”, resume Inês Lopes (27 anos), que estudou Design Multimédia pela Escola Superior de Educação de Coimbra. Em 2009 integrou a Excentric, agora excentricGrey, onde desenvolve projectos na área do webdesign. Marketing: Abdul Karim e Ana Lúcia Correia “O meu sonho profissional é liderar uma área de comunicação/marketing numa empresa de referência nacional ou internacional. Mas os sonhos constroem-se passo a passo. Dentro de cinco anos, espero conseguir abrir mentes, afirmando-me cada vez mais como um profissional inovador e com iniciativa para propor soluções disruptivas. Acredito que o maior desafio, é no entanto, mais ambicioso. Continuar a aprender como profissional e em simultâneo, crescer como ser humano”, indica Abdul Karim (29 anos) que tirou Relações Públicas e Publicidade pelo INP e passou pela AYR Consulting, Nova Expressão e está desde 2010 na EDP como gestor de comunicação de marketing. “Gosto que a minha vida profissional seja um constante desafio. Fortalecer as minhas competências e aprender novos conhecimentos em cada projecto compõem uma energia que me motiva para fazer sempre mais e melhor. Daqui a cinco anos, gostava de poder gerir uma equipa de marketing e comunicação motivada e com a vontade de trazer novas formas de pensar para esta área que tem de estar sempre um passo à frente”, revela Ana Lúcia Correia (27 anos), que tirou Jornalismo (Escola Superior de Comunicação Social) e tem uma pós-graduação em Marketing Management e mestrado em Marketing (ISEG). Estagiou na Lusa mas depois passou pelo marketing da Walt Disney Company Portugal e da Hewlett Packard Portugal. Desde Dezembro 2011 que é gestora de marketing da EDP. RP: Ana Margarida Rosário e Rita Delgado “Quero continuar a aprofundar e alargar os meus conhecimentos, quer na área profissional, quer na área académica. Espero ter alcançado uma posição que me permita liderar uma equipa e CANNES encontrar respostas inovadoras e diferenciadoras para os desafios que me forem colocados. O meu objectivo será, sempre, fazer mais e melhor na área em que escolhi desenvolver a minha carreira”, conta Margarida Rosário (28 anos), que integra a CV&A desde 2009. É licenciada em Comunicação Social pela Católica, iniciou o seu percurso na comunicação de eventos como os Campeonatos do Mundo de Vela Olímpica, em Cascais, o Tróia Portugal Match Cup e a Taça Davis. Esteve no marketing do Troiaresort. “Espero estar a liderar uma equipa de comunicação multi-cultural e coesa, procurando a inovação e o desenvolvimento sustentável da organização onde exercerei funções. Conto ter a meu cargo a gestão de projectos desafiantes, em diferentes geografias, recorrendo às melhores práticas do mercado. A nível académico, espero continuar a aprofundar os meus conhecimentos na área, numa evolução pessoal constante”, refere Rita Delgado (26 anos), que é licenciada em Direito pela Nova de Lisboa e Mestranda em Direito e Gestão pela Nova. Integra a equipa de comunicação financeira da CV&A desde 2010. Media: Carlos Cunha e Filipe Rodrigues “Onde vou estar? Não sei…Sei que vou dar o meu melhor para continuar a evoluir e incrementar os meus conhecimentos nesta empresa, seja em Portugal ou noutro país. Tenho o privilégio de estar na melhor empresa de media a actuar em Portugal, não há melhor sitio para aprender. Esta vitória foi muito importante para mim e quero agradecer a todas as pessoas que me rodeiam e fazem todos os dias crescer”, aponta Carlos “Continuarei a andar de transportes públicos só para poder ouvir as conversas da Dona Joaquina e dos seus joanetes anamórficos” Cunha (23 anos) que concluiu em 2012 Comunicação Social na Católica e está na MEC: Active Engagement. “Em cinco anos espero já ter voltado a Cannes, mas com perspectivas de ganhar Leão de Ouro na categoria de Media”, diz Filipe Rodrigues (25 anos). Licenciado em Publicidade e Marketing na ESCS e com um curso de Criatividade Publicitária na Restart, é media executive na MEC há três anos. Ganhou o segundo lugar em 2012, o terceiro em 2013 e agora o primeiro lugar nos Young Lions de Media. Activação: João Gomes de Almeida “Conto estar em Portugal, mas num mercado diferente. Conto estar num mercado publicitário que criativamente arrisca muito mais, que compete ao mais alto nível nos maiores festivais internacionais de criatividade, onde o razoável não é a bitola, onde em vez de anúncios giros se fazem anúncios verdadeiramente relevantes, onde a meritocracia impera e onde os profissionais se organizam em torno de objectivos comuns. Daqui a cinco anos, como agora, vou estar a trabalhar por tudo isto”, indica João Gomes de Almeida (27 anos), que é copy na BAR e foi distinguido cinco vezes nos Young Lions Portugal, para além de ter sido premiado em vários festivais. Na Argentina fez parte da primeira dupla portuguesa a conseguir chegar a shortlist nos Novos Talentos do El Ojo e em Miami fez parte da primeira dupla a representar Portugal na Maratona de Jovens Criativos do FIAP. João Gomes de Almeida venceu a competição na categoria de Activação no entanto, como a mesma não existe no âmbito dos Young Lions em Cannes, irá apenas deslocar-se à Riviera Francesa para assistir ao festival. Academia: Sara Pinto “Espero continuar a trabalhar em publicidade. Espero ter motivação, gostar cada vez mais daquilo que faço e ter ido a Cannes pelo menos mais duas vezes, absorver o ‘boost anual de motivação’. Terei 28 e, se as regras se mantiverem, será o último ano em que poderei participar em Young Lions. Provavelmente terei uma visão do mercado bastante diferente da que tenho actualmente, já que ainda estou a começar, mas espero estar surpreendida pela positiva e estar segura de que é mesmo nesta área que quero continuar a trabalhar por gosto”, refere Sara Pinto, que está a estagiar na FCB desde Fevereiro, depois de ter estado na Publicis, Zero a Oito e EDP também a estagiar. Está a tirar o curso de Copywriting na Lisbon Ad Aschool. Antes licenciou-se em Publicidade e Marketing na Escola Superior de Comunicação Social. Sara Pinto irá integrar a academia de formação Roger Hatchuel, que decorre em simultâneo com o festival. 06 JUNHO 2014 8-10 Especial.indd 10 04-06-2014 21:33:42 ANÁLISE 11 Audiências de TV de Maio FUTEBOL PERMANECE NO TOP DOS INTERESSES DOS TELESPECTADORES, COM FINAIS EUROPEIAS A BATER RECORDES DE AUDIÊNCIA, NUM MÊS EM QUE RTP1 É O ÚNICO CANAL FREE TO AIR A CRESCER Initiative/Insight Mediabrands A análise de audiências televisivas da Initiative referente ao mês de Maio, revela um cenário de relativa estabilidade entre os canais free to air (FTA), destacando-se o crescimento de 0.8 p.p. da RTP1 face ao mês de Abril. O futebol continua a ‘dar cartas’ em termos de audiências e, num presságio do que pode vir a ser o mês de Junho para a RTP1 com a transmissão em FTA dos jogos da Selecção Nacional na fase final do Campeonato do Mundo de Futebol, a RTP1 colocou dois jogos de futebol no Top 20 de programas deste mês: a final da Taça de Portugal e o jogo de preparação entre Portugal e a Grécia. A RTP1 colocou outros dois programas neste top, também na temática do futebol: a cerimónia de entrega da Taça de Portugal e a entrevista a Luís Filipe Vieira. A SIC transmitiu o programa mais visto do ano até à data, a final da Liga Europa entre o Benfica e o Sevilha, enquanto a TVI transmitiu a final da Champions League, sendo este o segundo programa mais visto do ano. No global do mês, os picos de audiência diária alcançados pelos dois canais como que se compensaram, resultando na manutenção do share de audiência por parte da SIC e num ligeiro decréscimo de 0.2 p.p. no caso da TVI. Na análise do share diário dos canais, são visíveis os crescimentos de audiência nos dias dos jogos de futebol para as diferentes competições, com destaque para a Final da Liga Europa, entre o Sevilha x Benfica, que registou o pico máximo de audiência média até à data, tendo sido visto por mais de 3 milhões de telespectadores e com um share de 66.4%. No total do mês o Pay TV perdeu 0.5 p.p., não obstante o pico registado com as Eleições Europeias. PRODUÇÃO NACIONAL COMPLETA TOP DOMINADO PELO FUTEBOL Excluindo o futebol, que domina este top, destaque para a novela da SIC Sol de Inverno, que continua com uma performance positiva. As Eleições Europeias foram outro tema de destaque, embora com resultados mais discretos no que toca às audiências, acompanhadas através do Jornal das 8 Europeias 2014 da TVI, que ocupou a 11.ª posição no acmulado do mês. AS ESTREIAS DO MÊS O mês de Maio foi forte, não só no futebol, mas também nas estreias de novos programas de entretenimento, nomeada- TOP DE PROGRAMAS ABRIL 2014 SHARE DIÁRIO DE CANAIS SHARE DOS CANAIS VARIAÇÃO EM PONTOS PERCENTUAIS mente Rising Star na TVI e Sabadabadão e O Poder do Amor na SIC. O programa Rising Star foi não só aquele que alcançou uma maior cobertura média, mas também o que conquistou um público mais fiel, traduzido por um indicador de fidelização superior a 100. Este indicador de fidelização revela uma menor performance do programa Sabadabadão com uma menor percentagem de programa visto e com uma menor retenção ao longo do intervalo publicitário. ESTREIAS DE MAIO Elaborado por Initiative/ Insight Mediabrands sobre dados GFK reproduzidos em MMW, Telereport – Mediamonitor Alvo: Ind. 4+ anos; Período da Análise: 01 a 31 de maio de 2014. Top 20 Programas ordenado de acordo com a Audiência Média (.000). 11 Análise.indd 11 04-06-2014 21:34:28 12 ANÁLISE Marcas de cerveja no Facebook NÚMERO DE FÃS NÚMERO DE FÃS A página da Super Bock destaca-se, é a que tem mais fãs das cinco páginas de Facebook portuguesas analisadas. Com um total de 470.962 fãs, tem mais do dobro da Sagres, a sua concorrente que ocupa o segundo lugar deste ranking com 230.891 seguidores. Mantendo alguma distância em relação às marcas nacionais, é a Carlsberg que, com 148.333 fãs, reúne mais seguidores entre as páginas das marcas estrangeiras que são objecto deste estudo. Os fãs das páginas portuguesas da Guinness e da Corona são claramente menos: a cerveja irlandesa conta com 44.401 e a mexicana tem apenas 16.643 pessoas que Análise das cinco páginas portuguesas de marcas portuguesas com mais fãs, segundo o Social Bakers POST PUBLICADOS PELAS FANS PAGES TALKING ABOUT seguem a sua página no nosso país. POSTS PUBLICADOS PELAS FAN PAGES A página mais activa, durante os sete dias da análise, foi a da Sagres, a única que ultrapassa a média de dois posts/dia e soma 15 posts durante o tempo do estudo. Segue-se a Super Bock, que publicou, em média, um post por dia, totalizando sete. Em terceiro lugar, está a Carlsberg com quatro posts na sua página portuguesa. No fim da tabela e sem resultados, tanto Guinness como Corona não registam actividade, têm zero publicações entre 23 e 29 de Maio. TAXA DE RESPOSTA É a Cerveja Sagres que tem a mais elevada taxa de resposta a posts dos utilizadores na sua página, com 47%. Segue-se a Carlsberg, com 33% e, por fim, a Super Bock com apenas 21% nesta métrica que apura a percentagem de posts dos utilizadores que receberam um feedback da marca na sua página. Guinness e Corona não têm resultados de relacionamento uma vez que não registam actividade na página durante a semana do estudo. MÉDIA DE ENGAGEMENT A página da Super Bock lidera mais uma vez, é a que regista a maior taxa média de engagement, com 0,15%. Em segundo lugar, nesta métrica que rela- Análise de páginas portuguesas de Facebook, com o Facebook Pages Performance, ferramenta do Buzzmonitor. Estudo da e.Life realizado entre 23 e 29 de Maio ENGAGEMENT DISTRIBUIÇÃO DE INTERACÇÕES ciona interacções com número de posts e de fãs da página, está a, também portuguesa, Cerveja Sagres com 0,09% seguida pela Carlsberg com 0,02%. Tanto Guinness como Corona, cujas páginas não registam actividade, apresentam resultados nulos para engagement. *Engagement = Interacções (Likes + Shares + Comments nas publicações da página) x 100/ (n.º de posts no período /total de fãs no período). DISTRIBUIÇÃO DE INTERACÇÕES A página da Super Bock ganha em interacções, somou 4.788 reações por parte dos utilizadores entre shares, likes e comments, sendo que os likes representam 85% do total, são 4.077. Há registo de um pico no dia 23 de Maio, data em que a página publica “Uma sexta-feira com casa cheia com Vera Duarte e Andreia Gonçalves”, post acompanhado com uma fotografia de um frigorífico cheio de garrafas de Super Bock, só aí arreacadou 1.257 likes e 265 shares. Em segundo lugar, está a Sagres com 2.978 interacções, a sua página é a que tem a maior percentagem de partilhas dos seus conteúdos, com 17% que correspondem a 509 shares. Das cinco páginas analisadas, a terceira qualificada nesta métrica é a Carlsberg com 1.362 interacções. Guinness e Corona não registam resultados nesta métrica durante o período da análise. 06 JUNHO 2014 12 - Analise.indd 12 04-06-2014 21:35:03 7 a 11 Julho e 14 a 18 Julho DOS 10 AOS 15 ANOS Uma semana a aprender enquanto se divertem! SEL E STA B A Semanas de ateliers criativos 5 DIAS, 5 TEMAS MÚSICA + FOTOGRAFIA + VÍDEO + ANIMAÇÃO + VIDEOJOGOS As férias estão quase, quase à porta e é altura de aproveitar o tempo livre! Na Restart temos 5 dias com 5 temas diferentes, para que os jovens possam aprender enquanto brincam. Este Verão, ofereça-lhes competências úteis para o seu futuro. +info 21 360 94 50 ou WWW.RESTART.PT 12 - Analise.indd 13 04-06-2014 21:35:03 14 PRÉMIOS PRÉMIOS COMUNICAÇÃO Prémios Comunicação M&P Os M&P volta a premiar a excelência na comunicação. A concurso teremos 37 categorias, repartidas por nove grandes áreas, que abrangem os principais sectores da Comunicação Moda & Beleza Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para os sectores da moda, beleza ou lifestyle, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Política Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para partidos ou líderes partidários, a nível nacional ou local, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Produtos de Grande Consumo Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para produtos de grande consumo, incluindo alimentação e bebidas, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Saúde & Bem-estar Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para o sector da saúde e bem-estar, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. TI, Media & Telecomunicações Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para os sectores de TI, media ou telecomunicações, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Categorias Prémios Comunicação M&P Sectores de Actividade Ambiente & Energia Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações na área do ambiente energia, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. B-to-B Nesta categoria vamos premiar as melhores acções produzidas para negócios B-to-B, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Associações e Sector Público Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para associações, órgão de governo/administração ou empresas públicas, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Cultura & Entretenimento Nesta categoria vamos premiar os melhores projectos para os sectores da cultura e entretenimento, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Automóvel & Transportes Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para o sector automóvel e de transportes, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Desporto Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas na área desportiva, seja para clubes ou modalidades, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Banca & Finanças Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para a banca e sector financeiro, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Internet e E-commerce Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para negócios assentes na internet ou no e-commerce, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Viagens & Turismo Nesta categoria vamos premiar as melhores aplicações produzidas para o sector de viagens e turismo, podendo estas ser veiculadas através de diferentes suportes. Os resultados serão decisivos para a avaliação. Digital Blogue Nesta categoria vamos distinguir o melhor blogue individual ou empresarial, que se forma sistemática e sustentada contribua para o conhecimento de uma empresa ou área de actividade. Redes Sociais A presença das marcas/empresas nas redes sociais é já quase obrigatória. No entanto é também um risco. A gestão da comunicação nos social media e o engagement gerado serão os principais pontos a avaliar nesta categoria. Site Cada vez mais os sites das marcas/empresas constituem a forma mais massificada de fornecerem informação ao grande público. Nesta categoria vamos premiar o melhor site, tendo em conta a informação que contém, navegabilidade e layout. Aplicação para smartphone Nesta categoria vamos premiar as melhores apps para smartphone, tendo em conta a sua mais-valia 06 JUNHO 2014 14-15 Premios.indd 14 04-06-2014 21:18:44 15 para o utilizador, navegabilidade e layout. Aplicação para tablet Nesta categoria vamos premiar as melhores apps para tablet, tendo em conta a sua mais-valia para o utilizador, navegabilidade e layout. Social Engagement Nesta categoria vamos distinguir as melhores campanhas/acções de social engagement. Os resultados gerados serão fundamentais na avaliação. Campanha de Comunicação Integrada Nesta categoria vamos premiar as melhores acções/campanhas que conjuguem paid media, earned media e owned media. Eventos Interno Os eventos internos podem fazer a diferença numa companhia. Nesta categoria vamos eleger os melhores eventos destinados a colaboradores/ quadros organizados no período em análise. Empresarial Os eventos para clientes e fornecedores podem fazer a diferença na forma como uma empresa é percepcionada e são um importante meio de networking. Nesta categoria vamos premiar o melhor evento destinado a parceiros comercias levado a cabo no período em análise. Grande Público Os eventos para o grande publico são uma oportunidade importante para as marcas/empresas se posicionarem junto dos diferentes públicos. Assim, pretendemos nesta categoria premiar a forma mais original/impactante com que as marcas/empresas tiram partidos destes momentos. Comunicação Interna Publicação Interna/Institucional As publicações para públicos internos e fornecedores são um importante veículo de comunicação para as empresas. Assim, nesta categoria vamos premiar a melhor publicação. Conteúdos e grafismo são os dois principais aspectos a ter em conta na avaliação. Corporate TV ou WebTV Os canais de tv ou web tv são uma ferramenta de comunicação cada vez mais utilizada pelas grandes empresas. Nesta categoria vamos eleger o melhor canal corporate disponibilizado pelas empresas para os seus colaboradores/fornecedores. Acção de Motivação As acções de motivação assumem especial relevância em momentos difíceis da vida das organizações. Nesta categoria vamos eleger a melhor acção de motivação destinada aos colaboradores das empresas. Intranet Nesta categoria pretendemos distinguir a melhor rede impulsionada pelas empresas para a partilha de informação entre os seus colaboradores. situação de crise nas empresas. Quando tal acontece, é necessário agir com rapidez e precisão de modo a anular os eventuais danos. Nesta categoria vamos distinguir as acções mais eficazes para resolver uma situação de crise. Reputação Gestão de Reputação A reputação de uma instituição ou marca é um caminho que se constrói. Nesta categoria vamos distinguir o conjunto de acções levados acabo por uma empresa/consultora para a agregação de valor à imagem de determinada empresa ou marca. Responsabilidade Social Acção Acção de responsabilidade social protagonizada por uma consultora ou empresa. Campanha ou Evento Campanha ou evento de responsabilidade social levada a cabo por uma empresa ou assumida por uma consultora. Francisco Viana Grupo CGD Nuno Carvalho A Padaria Portuguesa Paulo Padrão BES João Trincheiras Grupo BMW Public Affairs António Cunha Vaz CV&A Public Affairs As acções de Public Affairs, nomeadamente o lobby – reconhecido como actividade por exemplo no Parlamento Europeu – estão a ser cada vez mais assumidas e levadas a cabo de forma mais profissional e transparente em Portugal. Nesta categoria pretendemos distinguir a melhor acção ou campanha de Public Affairs levada a cabo em território nacional ou, no exterior, envolvendo empresas portuguesas. Media Press kit A imaginação é o limite quando se trata da elaboração de um press kit. Nesta categoria vamos distinguir a melhor peça de comunicação enviada para os órgão de comunicação social, tendo em conta a sua originalidade e também os resultados alcançados. Evento para os media Para além dos eventos para o grande público ou para clientes e fornecedores as empresas/agências investem também na organização de eventos/ conferências de imprensa destinadas aos órgãos de comunicação social. Nesta categoria vamos distinguir o evento/conferência mais criativo levado a cabo no período em análise, tendo em conta tanto a sua organização como os resultados obtidos. José Manuel Costa GCI Miguel Moreira Rato M Public Relations Salvador da Cunha Grupo Lift André Macedo Dinheiro Vivo David Dinis Observador Grande Prémio Este prémio será atribuído àquela que for considerada a melhor campanha/acção inscrita na segunda edição dos Prémios Comunicação M&P. Agência do Ano A agência do Ano será aquela que somar mais prémios na segunda edição dos Prémios Comunicação M&P. Gestão de Crise A Empresa do Ano será aquela que somar mais prémios na segunda edição dos Prémios Comunicação M&P. 14-15 Premios.indd 15 Catarina Oliveira Fernandes Sonae Empresa Responsável Acção de responsabilidade social impulsionada por uma empresa ou fundação e que envolva os seus colaboradores, através, a título de exemplo da cedência de tempo. Newsletter Interna Nesta categoria vamos premiar a melhor newsletter produzida com carácter de regularidade por uma empresa e distribuída aos seus colaboradores. Gestão de Crise As mais diversas razões podem provocar uma Jurados Empresa do Ano Pedro Ribeiro Rádio Comercial Paula Gustavo Olho Azul 04-06-2014 21:18:57 16 ESPECIAL Marcas à boleia da selecção O Mundial de Futebol arranca na próxima semana e as marcas patrocinadoras da selecção das Quinas têm em marcha as suas estratégias de comunicação para apanharem a boleia dos craques e fazer golo no top of mind dos consumidores PEDRO DURÃES através das receitas dos JSC, contribuem para a coesão social no país. A campanha Direito a Sonhar será exibida durante todo o percurso da selecção nacional durante o Mundial 2014 com presença em televisão, rádio, imprensa, exteriores e online. A produção esteve a cargo da Ministérios dos Filmes, com pós-produção da Íngreme e sonorização da Ameba. Mostrar que Portugal é Mundial A energética é patrocinadora da selecção nacional desde 1999 e tem no currículo da associação às competições internacionais de futebol campanhas como a do hino “Menos ais” no Euro 2004 em Portugal ou a da vuvuzela no Mundial de 2010 na África do Sul. Este ano, é a vez da campanha Portugal é Mundial, com criatividade assinada pela JWT. “Todos ao Brasil” foi o mote para a primeira fase da campanha de comunicação, cujo planeamento de meios a cargo da Carat engloba uma vertente institucional e uma vertente promocional, através da qual a marca irá garantir a presença de uma claque composta por 30 dos seus clientes no primeiro jogo da selecção, contra a Alemanha, em Salvador da Baía, no próximo dia 12. Numa segunda fase será lançada este mês a promoção “Dê a volta ao mundo por Portugal”, em que os clientes que efectuem compras de valor igual ou superior a 30 euros nos postos de abastecimento da Galp Energia ficarão habilitados a vários prémios. Para lá dos materiais de campanha, a Galp Energia será, mais uma vez, a responsável pela decoração exterior do autocarro oficial da selecção, que contará em ambos os lados com a frase “Somos muito mais que 10 milhões”. “As campanhas de activação do patrocínio à selecção portuguesa de futebol foram o instrumento decisivo para a construção do posicionamento da marca em Portugal e construção dos seus valores, como inovação, ambição, orgulho nacional”, sublinhava recentemente a marca em declarações prestadas ao M&P. Sobre volumes de investimento em comunicação no âmbito deste Mundial, a Galp Energia não divulga mas fonte oficial da marca garante que “não será muito diferente dos valores da última campanha (Euro 2012)”. A comunicação da marca cessará com a eliminação da selecção nacional. A entrada da Santa Casa “Quando aposta em Portugal ganhamos todos” é a assinatura da nova campanha dos Jogos Santa Casa, patrocinadores da selecção nacional, para apoiar a equipa no Mundial. Com o claim “Apostamos em si para apoiar Portugal”, a campanha criada pela Havas Worldwide Lisboa associa as estrelas do futebol e os feitos da selecção nacional ao trabalho desenvolvido diariamente por todos os heróis anónimos que, A estreia da Meo no lugar da TMN A PT é patrocinadora da selecção nacional desde 1998, durante vários anos sob a égide da marca de telecomunicações móveis TMN, que agora foi descontinuada, motivo por que, pela primeira vez, a selecção das Quinas contará com o patrocínio da Meo. “A associação ao desporto nacional, com destaque para o futebol, constitui um dos pilares mais importantes da estratégia de patrocínios da PT. O apoio à selecção nacional de futebol prende-se com a vontade de, por um lado, promover externamente o país e, por outro, de associar emocionalmente a marca a uma causa que une naturalmente todos os portugueses”, justifica a marca, que considera que “é, definitivamente, uma aposta ganha, tanto pela associação a valores nacionais, como pelo próprio retorno mensurável do investimento ao longo dos últimos cerca de 15 anos”. Segundo fonte da marca, o Meo vai ter como principal acção o patrocínio do Futebol Park no Marquês de Pombal. “Neste espaço serão distribuídas bandeiras de Portugal/Meo nos jogos da selecção nacional e haverá um espaço específico para tatuagens/face painting com o M do Meo com as cores da bandeira portuguesa, ou com as bandeiras das equipas em campo”, adianta a marca, acrescentando que, está no ar uma campanha em parceria com a Samsung, de lançamento no smartphone Samsung Galaxy S5 – edição Galaxy Eleven exclusiva para o Meo com capa extra do Cristiano Ronaldo e acesso a conteúdos exclusivos. Além disso, a nível digital, a Meo terá uma app disponível no Meo Interactivo com os conteúdos do Especial Mundial do Sapo. Sagres com Paulo Bento Sagres é praticamente sinónimo de selecção nacional. A marca de cerveja da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas é patrocinadora oficial da equipa das Quinas há mais de duas décadas. “Para o Mundial 2014 a nossa presença será reforçada através de uma campanha mobilizadora para que todos os portugueses se unam em redor da nossa selecção e a apoiem, em casa com os amigos, nas esplanadas e restaurantes ou nos Estádios Sagres”, apontava recentemente ao M&P Raul Simão, responsável de marketing da Sagres. O investimento da marca em comunicação no âmbito do Mundial e em futebol de uma forma geral para este ronda os 12 milhões de euros. “O investimento está em linha com as anteriores campanhas, porque o nosso apoio à selecção nacional é um pilar chave na comunicação de Sagres e junto dos nossos consumidores”, justificava o responsável. O resultado é um projecto de comunicação com uma campanha de publicidade protagonizada por Paulo Bento em que o seleccionador nacional apresenta as tácticas para mobilizar os adeptos portugueses no apoio à Selecção. “Onde quer que estejam, puxem por nós” e “Orgulhem-se das nossas cores, cubram tudo de vermelho e verde” são algumas das mensagens. A campanha, criada pela BAR, está presente em televisão, rádio, outdoor e internet, com filme produzido pela Krypton e realização de Augusto Fraga, que assina também o spot de apoio à selecção rival da Alemanha de uma marca de cerveja germânica (ver páginas 20 e 21). Uma selecção gourmet com a quinta do Continente É este o mote lançado pela campanha criada pela Fuel para o Continente, que enquanto patrocinador da selecção das Quinas tem vindo a oferecer descontos de 50 por cento em cartão na compra de bilhetes para os jogos de preparação, como foi o caso do último em que os escolhidos de Paulo Bento defrontarão no Estádio Nacional os gregos do português 06 JUNHO 2014 16-18 Especial.indd 16 04-06-2014 21:35:49 16-18 Especial.indd 17 04-06-2014 21:35:53 18 ESPECIAL Fernando Santos. Para promover esta forma de apoio, a marca da Sonae lançou a campanha Quinta da Selecção, protagonizada pelos internacionais portugueses Bruno Alves, João Moutinho e Rui Patrício, surgindo ainda o cantor Tony Carreira, que será mais uma vez o cabeça de cartaz do Mega Pic Nic que terá lugar na Avenida da Liberdade no próximo dia 21 de Junho, cuja promoção alude também ao Mundial, com o claim “Os melhores do campo estão à sua espera”. OPINIÃO #1 #3 #2 #4 Os 5 melhores anúncios do Mundial no Brasil #5 JORGE TEIXEIRA criativo português a trabalhar no Brasil O projecto da Coca-Cola na Ilha do Corvo Além das campanhas das marcas patrocinadoras da selecção portuguesa, há uma campanha que se destaca pela originalidade e que tem Portugal como palco, mais concretamente os Açores e especificamente cada um dos habitantes da Ilha do Corvo. Falamos do projecto de comunicação da Coca-Cola idealizado pela Grand Unione e concretizado pela argentina Del Campo Saatchi&Saatchi. O novo anúncio da Coca-Cola a pensar no Mundial de Futebol tem como palco e protagonista a ilha açoriana do Corvo e os seus 398 habitantes, com o ex-internacional português Pauleta a distribuir latas de Coca-Cola personalizadas a cada um dos corvinos e a organizar um jogo de futebol numa ilha com apenas 17m2, sem campo nem equipa de futebol. O objectivo passa por implementar na ilha um plano de fomento à actividade física e de mostrar que a ilha do Corvo é o posto avançado do apoio português, ao estar mais perto do Brasil do que qualquer outro lugar do continente. A Coca-Cola irá acompanhar a forma como os corvinos vibram com o Campeonato do Mundo FIFA 2014 emitindo online para todo o mundo já que, além dos anúncios em televisão, será divulgado um documentário sobre toda a história, com a assinatura da agência portuguesa The Grand Union. #1. Golo Sagrado Imaginem que uma marca portuguesa tinha a ideia, a audácia e o poder de plantar cevada no Estádio Nacional para daí produzir uma cerveja que realmente nascesse do solo sagrado da Selecção. Esta história existe no Brasil. E como tudo o que é do Brasil, existe numa escala muitíssimo maior. A Brahma, patrocinadora da Selecção Canarinha, realizou este golpe de marketing na Granja Comary, que é, desde os anos 80, o centro de treinos da selecção. Uma campanha tão 360 que meteu agricultura, desenvolvimento de produto, packaging, design, digital, RP, TV, imprensa, direct, viral, sponsoring, product placement, testemonial, distribuição… mas, principalmente, um irrepreensível storytelling. O facto de se poder beber, por “apenas” R$9,99 / €3.30, uma cerveja que veio do solo onde os heróis também nascem é algo de muito apetecível para o fã de futebol. Um feito enorme, que também tem os seus detractores: apareceram recentemente algumas vozes dizendo que tudo é “uma enganação”, que a quantidade de cevada produzida versus a quantidade de cerveja… Pobres pessoas que não sabem o valor de uma metáfora. #2. Brasil x Argentina O Mundial pretendia ser o maior evento que o Brasil jamais realizou para promover o país e o seu turismo. Só houve um problema: os brasileiros. Cada acção que o Governo brasileiro ou a Embratur (empresa que promove o Turismo brasileiro no mundo) realizava, era imediata e fortemente atacada (nas redes sociais, em artigos de opinião, nas ruas...) pelos movimentos contestatários. É neste contexto que se revela a inteligência deste filme: não fala que o Brasil é lindo, maravilhoso, um paraíso na Terra, nem fala que o Brasil está moderno, uma potência económica mundial. Estas verdades podem ser e são atacáveis. O filme fala sim do “jeito brasileiro” de ser. Fala que o principal bem deste país é o seu povo, a sua maneira de ser. Fala de ser feliz. E acho que é isso que alemães, japoneses, suecos ou portugueses desejam ter nas suas férias. #3. Brasil x Argentina A rivalidade destes dois países é igual dentro das quatro linhas do campo ou da TV. Uma lição para as marcas, marqueteiros e criativos que se queixam que a FIFA impõe muitas regras para se falar do Mundial. Nada do que aqui se mostra ou diz é contrário às leis do patrocínio FIFA. #4. Há vida para além da Copa? Netflix na Copa? É claro! Você pode ver os filmes e séries da Netflix onde quiser: na copa, na cozinha, na sala, no quarto… a piadinha é juvenil, quase infame, mas dá voz aos que não não ligam ou que não aguentam o overload de futebol do Mundial. #5. O Jinglinho Animadinho Chega o Mundial e todas as grandes marcas do Brasil fazem um jingle, um videoclipe do jingle… e está pronta a campanha! Como estamos em 2014, essas fantasias verde-amarelas ganharam também uma hashtag que depois ninguém sabe muito bem para que servem, mas fica moderno. De todos esses jingles costumeiros (e são muitos), este da Coca-Cola que celebra a vinda da taça para o Brasil, é o mais forte, mais musical (Gaby Amarantos e Monobloco) e mais brasileiro – muito mais que o jingle oficial da FIFA, por exemplo. 06 JUNHO 2014 16-18 Especial.indd 18 04-06-2014 21:36:03 16-18 Especial.indd 19 04-06-2014 21:36:11 20 ESPECIAL Há empresas e profissionais portugueses entre os craques PEDRO DURÃES mente alto”. “Todos os nove hotéis Pestana no Brasil estão associados ao Mundial de uma forma ou outra: como sede local da FIFA ou de várias equipas, mas também com grupos e clientes individuais que vêm participar no evento”, resume. Pestana de Copacabana vai ser a casa da Budweiser O sector hoteleiro será um dos mais beneficiados com o Mundial brasileiro, com várias cadeias portuguesas a tirar partido da oportunidade ao alojar algumas das selecções presentes na competição. Em destaque surge a cadeia hoteleira Pestana, que, além de ser emprestar um hotel para quartel da FIFA, vai ver a sua unidade em Copacabana transformar-se no Bud Hotel durante o período do Mundial de Futebol no Brasil. Enquanto patrocinadora oficial da Copa, a marca de cerveja vai montar um quartel-general com a designação Bud Hotel, onde ficarão alojados os executivos do grupo durante todo o tempo do evento. “Como patrocinador da Copa, a Budweiser precisava de um hotel numa localização única, capaz de hospedar convidados VIP de todo o mundo e realizar um ritmo intenso de eventos inesquecíveis durante toda a Copa. O Pestana Rio Atlântica reúne todas estas condições extraordinárias”, explica ao M&P Pedro Reimão, administrador do grupo Pestana para o Brasil. Além de hospedar os executivos, o conceito Budweiser Hotel by Pestana será palco ainda de uma série de iniciativas como espectáculos e apresentações de DJ. Para isso, o Pestana de Copacabana vai ser totalmente decorado com materiais alusivos à marca e será instalado um ecrã LED gigante na fachada do prédio que transmitirá os jogos para quem estiver na praia de Copacabana. “Vamos transformar a fachada num mega ecrã que passará os jogos mas também conteúdos Budweiser e Pestana, e o nosso deck bar na cobertura, uma das melhores vistas sobre Copacabana, vai receber e transformar-se no palco das celebridades internacionais de primeira linha”, refere o responsável. O terraço do hotel receberá festas todos os dias, de segunda a sábado, e aos domingos será promovida uma pool party. “Serão 350 convidados por dia com atracções internacionais incríveis como Fat Boy Slim e Nicky Reomero”, adianta um porta-voz da marca, revelando que haverá inclusivamente uma festa da Playboy internacional. “De momento é tudo o que podemos revelar mas haverá muitas mais surpresas que iremos divulgando”, conclui Pedro Reimão, preferindo não adiantar o investimento envolvido no projecto. Sobre o impacto que o grupo espera que o Mundial no Brasil tenha no volume de negócios, o responsável assegura apenas que “o impacto é muito positivo, pela envergadura do evento de que estamos a falar o impacto é obvia- Há um português a apoiar a selecção da Alemanha A cerveja alemã Bitburguer lançou um anúncio de apoio à selecção alemã no âmbito do Mundial, onde a equipa defrontará Portugal logo no jogo inaugural. O anúncio tem realização do português Augusto Fraga. O spot conta com todas as grandes estrelas da selecção alemã, incluindo o treinador Joachim Löw, o capitão Philipp Lahm e o avançado Thomas Müller e foi filmado em três cidades (Munique, Estugarda e Cidade do Cabo). Ao M&P, o realizador da Krypton confessa que “o facto de Portugal ser um dos adversários (conhecemos os adversários da Alemanha durante filmagem) acabou por ser divertido e um factor irónico que acabou por criar cumplicidades entre mim e a equipa criativa. Passou a ser uma piada recorrente”. Mas Augusto Fraga traça a linha: “Enquanto trabalhei com a selecção alemã fui alemão, da mesma forma que sou espanhol agora que estou a trabalhar num anúncio para a Adidas com a selecção espanhola. Para mim, as nossas crenças pessoais, nacionalidades e egos devem ficar sempre do lado de fora da porta do estúdio de filmagem.” No entanto, assegura, “fora do set sou português e incondicional apoiante da nossa selecção”. O realizador conta que foi escolhido pela produtora Tempomedia e pela agência alemã Jung Von Matt, uma das agências mais premiadas da Alemanha. “Desde há anos que trabalho no mercado internacional, mas este anúncio para a marca Bitburger foi uma das maiores produções em que participei. A minha experiência com grandes estrelas mundiais de desporto foi, provavelmente, um dos factores que foi tido em conta para que fosse convidado a realizar este anúncio”, explica. Sobre o anúncio, Augusto Fraga conta que “estabelece uma relação entre os adeptos e a sua selecção, em que 80 milhões de pessoas se transformam numa equipa”. “Durante o filme vemos os adeptos que se preparam para a grande final e como os jogadores lutam no campo. Vemos a todas as grandes estrelas da selecção alemã. Trabalhei directamente com a equipa criativa da Jung von Matt de Hamburgo, numa relação muito próxima e construtiva. A produtora Tempomedia foi incansável em criar um dos mais impressionantes O M&P apresenta um conjunto de projectos em torno do Mundial que tem dedo português, desde um realizador que trabalhou para a selecção rival da Alemanha à empresa de Vizela que produz os cachecóis oficiais das 32 selecções em prova desenhos de produção em que trabalhei, filmados durante cinco dias e em três cidades”, sendo que as imagens dos adeptos foram captadas na Cidade do Cabo e em Estugarda. Uma curiosidade: “Todas as sequências dos jogadores foram filmadas em estúdio, sendo o estádio totalmente criado em pós-produção”, revela o realizador. A app onde pode acompanhar todos os resultados do Mundial Resultados em tempo real de mais de 300 ligas de futebol por todo o mundo. Numa frase é isto que oferece a LiveSoccer, uma aplicação mobile criada pela empresa portuguesa Present Technologies, que, à boleia do Mundial no Brasil, acaba de lançar uma nova edição da aplicação dedicada ao Campeonato do Mundo. “A par das mais de 300 ligas que a LiveSoccer já tinha, temos agora uma secção específica para o Mundial, que tem não só os calendários de jogos, equipas, jogadores e estatísticas associadas, como também notícias relativas ao Mundial”, explica ao M&P Victor Batista, responsável pelo projecto e co-fundador da empresa. O responsável refere que “assim como fazem para os seus clubes favoritos, também com selecções nacionais os utilizadores podem escolher as suas selecções favoritas e desse modo receber notificações em tempo real dos jogos dessas equipas, seja o aviso de que o jogo está a começar, golos, faltas, cartões amarelos, vermelhos, etc.”. Até aqui disponível em inglês, a nova edição especial da app para o Mundial conta com novas línguas: português de Portugal, português do Brasil e espanhol, que vão a partir de agora estar disponíveis para todos os utilizadores. “Para além disso, estamos ainda a preparar uma nova versão que vamos lançar ainda antes do Mundial e que irá ter novas features mais orientadas para o social, como a possibilidade de os utilizadores poderem comentar em qualquer jogo”, adianta Victor Batista, revelando ainda estar “a ultimar uma versão de LiveSoccer para wearables que estamos a tentar ter pronta antes ainda do Mundial e que será bastante interessante mas não podemos de momento avançar muito mais sobre a sua funcionalidade”. A LiveSoccer está presentes nas lojas Google Play, Samsung App Store, Aptoide, GetJar e Opera com downloads que “andam à volta dos 25 mil em menos de um mês, isto sem investimento em marketing para além da nossa presença nas redes sociais e na landing page livesoccer.io”. “Temos publicidade na app e é dessa forma que pretendemos, de momento, 06 JUNHO 2014 20-21 Especial.indd 20 04-06-2014 21:36:46 21 rentabilizar o projecto”, refere Victor Batista. A app é gratuita. A empresa que activa o mobile da Vivo no Mundial A empresa portuguesa Mobyd, especializada em marketing e publicidade mobile, será responsável pela activação mobile da campanha #Tamoconectado da operadora brasileira Vivo, que arranca na próxima segunda-feira. Com criatividade desenvolvida pela agência brasileira Africa, a campanha tem como principal objectivo reforçar a proximidade e intimidade dos clientes da Vivo com a selecção brasileira de futebol, sendo que durante o Mundial 2014, antes e após os jogos da equipa brasileira, as pessoas que se registem no site da campanha receberão chamadas, mensagens e vídeos personalizados do técnico da selecção e dos jogadores David Luiz, Bernard e Hulk, comentando em tempo real os acontecimentos. Para lançamento da campanha, a Vivo realizou um vídeo com Scolari numa das lojas da operadora e alguns clientes tiveram a oportunidade de dizer ao seleccionador o que pensam sobre a sua selecção. O vídeo, colocado online há apenas alguns dias, já tem quase um milhão e meio de visualizações. Para a activação mobile desta campanha, a portuguesa Mobyd disponibiliza ferramentas de targeting para que a campanha impacte apenas clientes da Vivo que tenham smartphone e tablet, prevendo-se que atinja mais de dois mil sites mobile e aplicações. “Começámos a trabalhar com a Africa no segundo semestre de 2012 e a activação mobile da campanha Vivo é a continuidade do trabalho desenvolvido com essa agência, que vai mais além da gestão, planeamento e optimização de meios mobile, aproveitando também o nosso know-how em mobile marketing e advertising para a definição da estratégia mobile”, conta ao M&P Samuel Portugal, chief operations officer da Mobyd. A empresa portuguesa pretende crescer 100% este ano no mercado brasileiro, que representa já 35% da facturação do grupo YDigital Media & Mobyd, prevendo ainda aumentar para o dobro a equipa de colaboradores no Brasil, onde a empresa portuguesa acaba de concretizar uma parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM). “Neste momento temos uma equipa de cinco pessoas no escritório de São Paulo, mas de acordo com o crescimento previsto e indicadores do primeiro trimestre acreditamos que até final do ano teremos 10 pessoas”, refere Samuel Portugal, explicando que “o aumento do volume de negócios é resultante em primeiro lugar do aumento do mercado, neste momento já existem mais de 30 mil milhões de smartphones no Brasil e este número irá certamente aumentar bastante até ao final do ano. Em segundo lugar, temos esses objectivos pelos resultados do reforço do investimento de actuais clientes e de novos clientes também motivados pelo lançamento de novos formatos (motion ads, weather ads), fruto da nossa parceria com a empresa californiana de tecnologias Adtile”. O portfólio da empresa neste 20-21 Especial.indd 21 mercado conta com marcas como a Sky, Buscapé, Vivo, Unilever, Claro, Banco BMG, ESPM e a Editora Abril, Editora Globo, Net, através das agências Africa, Age Isobar, Fbiz da WPP, Cubo CC e Ogilvy. De Vizela para o pescoço de adeptos das 32 selecções Todos os adeptos das selecções presentes na fase final do Campeonato do Mundo que optem por material oficial da FIFA, vão certamente ter no pescoço ou erguer no estádio cachecóis produzidos no Norte de Portugal, mais concretamente em Vizela. É que a 4-Teams, empresa daquela cidade, é responsável pela produção dos cachecóis oficiais das 32 selecções com licença oficial da FIFA, além de outros materiais. “Os cachecóis são o core business mas também produzimos outros artigos de merchandising em grande escala como por exemplo bandeiras, gorros, bonés, galhardetes, t-shirts, pólos, buzinas, etc.”, acrescenta Pedro Santos, managing director da empresa da 4-Teams. E quais são as selecções com mais procura? “Claro que as quantidades variam muito em função do poder de compra de cada país envolvido e também com a própria capacidade de vencerem a prova. As que mais vendem são a Alemanha, Espanha, Inglaterra, França, Brasil e Portugal por esta ordem”, adianta o responsável, que, sobre o impacto do Mundial no volume de negócios da empresa de Vizela, revela que “só com o Mundial serão mais de um milhão de euros”. Além deste trabalho para o Mundial, a empresa portuguesa trabalha clubes de topo da Europa. “Trabalhamos com quase todos os grandes clubes da velha Europa e também com a empresa detentora das licenças da Liga dos Campeões e da Liga Europa, pelo que todos os cachecóis oficiais dessas competições saem da nossa produção”, conta Pedro Santos, cuja empresa produz para emblemas como o do Manchester City ou Real Madrid, caso em que o nível de trabalho aumentou com a conquista da Décima. “Estamos a produzir directamente para a empresa que detém as licenças do Real Madrid e para a Adidas, que é a marca que equipa o Real Madrid. Só para eles, no espaço de quatro dias, produzimos 10 mil cachecóis La Décima”, conta. Um criativo que dá cartas em Bruxelas Lourenço Cunha Ferreira é um criativo português a viver entre Lisboa e Bruxelas, onde trabalha na agência de publicidade Armando Testa Brussels como creative manager, depois de passagens pela Lowe New York e Santa Comunicação. Não está a trabalhar em nenhuma campanha relacionada com o Mundial de Futebol do Brasil mas está nestas páginas por mérito de um projecto pessoal ligado que respira futebol mundial e faz coincidir o seu lançamento oficial com o período de arranque da Copa. Trata-se do projecto Kampion Card Game, que à primeira vista podia parecer apenas um jogo de cartas de futebol, mas é na verdade, mais do que isso, um projecto de design à escala global. “É uma colaboração entre artistas, centrada no futebol. Na sua essência é um baralho de cartas, mas em vez de quatro naipes do ás ao rei, temos jogadores de futebol, cada um criado por um ilustrador, fruto do seu talento, imaginação e amor pelo desporto-rei”, explica ao M&P Lourenço Cunha Ferreira. O projecto, conta, “começou como uma brincadeira, inspirado numas cartas do género que tinha sobre Fórmula 1. Daí até ter a ideia de fazer o mesmo com futebol foi um curto salto”. “Maior salto foi o de tornar a ideia numa colaboração, com cada ilustrador a fazer a sua carta”, solução que, confessa o criativo, “partiu da minha falta de budget para alocar ao projecto, que me levou a ser engenhoso e arranjar esta alternativa. E, no fim de contas, a alternativa acabou por se revelar a principal mais-valia do projecto. Acaba por corresponder a um bom princípio da publicidade: uma ideia simpática pode ser extrapolada com uma execução excelente”. Sobre como é feita a escolha dos artistas, Lourenço Cunha Ferreira refere que “o critério é unicamente talento, se a qualidade empregue na carta for boa, esta entra no projecto. No início era eu que andava à caça, pesquisando portfólios que me impressionassem, hoje em dia é ao contrário, sou contactado por artistas que querem entrar. Segundo a minha última actualização, já entregaram cartas 146 ilustradores de 56 países, abrangendo os seis continentes. E este número só tende a crescer”, assegura. Actualmente, o jogo pode ser descarregado gratuitamente online em PDF e impresso por cada utilizador. Mas o objectivo passa por lançar uma versão comercial, sendo que o criativo lança no próximo dia 10 de Junho uma plataforma de crowdfunding para conseguir o investimento necessário para o efeito. “Estou concentrado em espalhar a palavra e em experimentar o fenómeno do crowdfunding. Tenho noção de que ainda temos poucos fãs, mas isso não invalida a experiência e os meus planos para o futuro, que se prendem com a expansão da marca”, adianta, sublinhando que a versão gratuita nunca irá desaparecer mesmo com o lançamento da versão comercial. “O princípio do projecto requer que se mantenha a versão digital do jogo gratuita, para uso pessoal. No entanto, um baralho profissional traz inúmeras vantagens, dura muito mais tempo, dá mais gozo jogar e as ilustrações ganham outra vida. Optei por avançar por estes dois eixos e deixar que o público escolha”, afirma. Relativamente ao investimento necessário, “dadas as quantidades mínimas de produção, precisamos de um investimento de 7.500 euros O primeiro objectivo era garantir a viabilidade do projecto. Caso tenhamos muito sucesso, a partir de 35 mil euros conseguimos não só produzir as cartas, como garantir que o material é 100 por cento plástico, obtendo uma qualidade idêntica às cartas utilizadas pelo World Poker Tour, por exemplo”, adianta. Questionado sobre se pondera a criação de um baralho com edição especial a pensar no Mundial, Lourenço Cunha Ferreira não exclui a hipótese mas com olhos postos já no próximo Mundial. “Por razões de timing o próprio projecto estará associado ao Mundial, dado que o crowdfunding vai decorrer em paralelo com o evento. Mas em termos logísticos é impossível criar um baralho dedicado ao mesmo. Quem sabe em 2018...”. 04-06-2014 21:36:50 22 ESPECIAL O Mundial na TV FUTEBOL É NORMALMENTE SINÓNIMO DE PICOS DE AUDIÊNCIA E QUEM TEM OS DIREITOS DE TRANSMISSÃO DOS JOGOS FIGURA INVARIAVELMENTE NOS RANKINGS DE PROGRAMAS MAIS VISTOS DO ANO. DEPOIS HÁ OS QUE CAPITALIZAM O POSSÍVEL COM PROGRAMAS E RUBRICAS EM TORNO DO TEMA. COM MUNDIAL À PORTA, VÁRIOS CANAIS ALINHAM ESTRATÉGIAS PEDRO DURÃES Dentro de menos de uma semana, a selecção nacional entra em campo para defrontar a Alemanha e dar o pontapé de saída para a participação portuguesa no Campeonato do Mundo de Futebol, disputado no Brasil. Deste lado do Atlàntico, serão milhões a apoiar a equipa das Quinas e a engrossar o share de audiência da RTP. A estação pública assegurou os direitos de transmissão dos jogos do Mundial em sinal aberto, cedendo apenas resumos aos generalistas privados SIC e TVI e ao CM TV no cabo. Para capitalizar o investimento realizado, a aposta da RTP passa por preencher a grelha de programação do canal com conteúdos em torno do Mundial durante os meses de Junho e Julho, uma aposta que se estende às rádios do grupo e à internet. “A operação conjunta levada a cabo pela RTP nas suas plataformas televisão, rádio e internet é o grande destaque, para além do prato forte que é obviamente a transmissão dos jogos e toda a programação que procura seguir a par e passo o campeonato do mundo”, refere ao M&P Luís Marinho, director-geral de informação da estação pública, sublinhando que “os jogos serão transmitidos na RTP, relatados na Antena 1 (jogos de Portugal) e na Rádio Mundial e podem ser também acompanhados pelo site do mundial”, que passará os jogos que serão transmitidos na RTP1 em directo, via live streaming numa área especial. Questionado sobre a realização de outras iniciativas para além dos programas previstos nas grelhas de programação, Luís Marinho não entra em detalhes mas garante que “a RTP quer e vai estar junto das pessoas”. “Vamos dar e acompanhar a festa do futebol no Brasil e em Portugal. Mas não só. No Brasil, para além do acompanhamento da vivencia do dia-a-dia de tudo o que se relaciona com o futebol, iremos também mostrar o outro Brasil, o país que vive à margem do futebol”, adianta. “Em Portugal, no Fun Park no Parque Eduardo VII acompanharemos as incidências que se vivem cá com o que se passa do outro lado do Atlântico”, acrescenta. Ao nível da grelha de programação, serão quatro Para capitalizar o investimento realizado, a aposta da RTP passa por preencher a grelha de programação com conteúdos em torno do Mundial, uma aposta que se estende às rádios do grupo e à internet 06 JUNHO 2014 22-24 Especial.indd 22 04-06-2014 21:37:26 23 as principais apostas da estação pública: Soccer Cities, Copa Aleixo, A Copa é Nossa e Mundial Somos Nós (título ainda por definir). O primeiro será um programa de lifestyle e desporto que apresentará sempre uma entrevista a uma figura do futebol que vai guiando o telespectador pela cidade onde vive, mostrando os seus locais favoritos, como será o caso de Deco no Rio de Janeiro ou de Bruno Alves em Istambul. Copa Aleixo é um magazine televisivo ficcionado em que as personagens de animação Bruno Aleixo (que se estreou na SIC Radical), Homem do Bussaco, Busto, Renato Alexandre e um novo comentador discutem as valências e trivialidades das selecções que disputarão o Mundial. O programa a Copa é Nossa contará com sketches de humor com Herman José e Luís Franco Bastos, enquanto o Mundial Somos Nós, que será desenvolvido em dois formatos, um para televisão e outro para rádio, terá também conteúdos deste último e será emitido todos os dias de jogos do Mundial em horário late night com apresentação de Inês Gonçalves. Será um magazine diário de entretenimento e informação desportiva que contará com a presença de convidados em estúdio. Além destes programas, nos dias de jogos da selecção portuguesa, o Mundial Somos Nós terá emissão especial a partir do Fun Park no Parque Eduardo VII. As apostas dos privados Do lado da estação de Carnaxide, fonte oficial do canal assegura que “o Mundial no Brasil marcará a informação SIC durante mais de um mês”, sendo que “as notícias, as reportagens, os comentários, toda a informação sobre o acontecimento desportivo do ano vai ter especial destaque nos noticiários da SIC, nas edições e programas desportivos da SIC Notícias e no site informativo da estação”. Segundo o canal da Imprensa, “boa parte da redacção, incluindo os correspondentes internacionais, está mobilizada para a operação Brasil 2014”. Será uma equipa de sete profissionais composta por Nuno Luz, Filipa Pereira, Nuno Pereira, Fernando Silva, Franco Santos, Hugo Neves e Ricardo Tenreiro, aos quais se junta a correspondente da estação no Brasil, Ivani Flora. “Os enviados especiais da SIC vão ter como principal missão acompanhar a par e passo a seleção portuguesa, no centro de estágio, em Campinas, e nas cidades dos jogos, e retratar, em directo e em reportagem, os acontecimentos mais importantes relacionados com o Mundial”, adianta a estação. Ao nível da programação especial a pensar na Copa, a SIC promete reforçar a sua oferta de informação desportiva. Além do Diário do Mundial e dos habituais espaços como o Jornal de Desporto, e os programas semanais Dia Seguinte, Tempo Extra e Play-Off, haverá de 1 de Junho a 15 de Julho, a rubrica Golos de Portugal, “onde os telespectadores da SIC Notícias podem recordar os golos marcados pela selecção nas fases finais dos Mundiais (1966-2010), cujos direitos a estação acabou de adquirir”, adianta fonte oficial da estação de Carnaxide. No ar estão já os programas A caminho do Mundial, uma série de 30 episódios sobre as equipas, os jogadores, os estádios, tecnologias, e Futebol made in Brasil, série de 33 programas sobre a paixão do futebol em exibição na SIC e na SIC Notícias. Outro ponto forte da aposta da SIC no Mundial reveste-se de uma parceria estabelecida com a estação brasileira Globo, que fará uma cobertura intensiva da Copa (ver mais à frente). “A SIC e a Globo estabeleceram uma parceria que prevê a troca de reportagens sobre o campeonato. A Globo prepara-se para fazer a maior cobertura de sempre de um evento desportivo, mais de 2 mil profissionais estão envolvidos na operação”, refere fonte da estação, revelando que “parte desse trabalho jornalístico pode assim ser visto nos espaços informativos da SIC e da SIC Notícias, o mesmo podendo acontecer com as reportagens da SIC seleccionadas para serem emitidas nos canais da rede Globo”. A aposta da estação de Queluz vai passar pelos reforços dos conteúdos dos programas Prolongamento, à segunda-feira, Maisfutebol à sexta-feira e Contragolpe, ao domingo à noite, que “dedicam especial atenção a tudo o que se vai passar nesta Copa do Brasil e asseguram a análise detalhada à actuação da equipa portuguesa”, adianta fonte oficial da estação, referindo que “as opiniões únicas de todos os nossos comentadores desportivos ganham também maior protagonismo, através de uma participação mais frequente em antena”. “Diariamente, as nossas equipas de jornalistas, em Portugal ou no Brasil, vão trazer a actualização dos principais destaques do dia nas Noticias das 14h, das 19h e na 25ª Hora”, refere a mesma fonte. A novidade em grelha do lado de Queluz vai para um novo Maisfutebol Extra à terça-feira. Do lado do canal desportivo Sport TV, esta volta a ser a única televisão em Portugal a transmitir todos os 64 jogos do Campeonato do Mundo FIFA 2014, dos quais 28 jogos serão transmitidos em exclusivo. “A importância deste conteúdo premium também se reflecte na inovação que a Sport TV tenta sempre implementar. Durante o Campeonato do Mundo, a Sport TV vai utilizar as suas plataformas online e multiscreen para oferecer um conjunto diversificado de informação e conteúdos adicionais aos seus subscritores”, adiantava em declarações recentes ao M&P fonte oficial da estação. Assim, o 22-24 Especial.indd 23 04-06-2014 21:37:26 24 ESPECIAL canal por subscrição oferecerá aos seus clientes “a cobertura integral de todo o campeonato com principal destaque para a cobertura da selecção nacional”, através de “um canal dedicado 24 horas por dia ao campeonato do Mundo FIFA 2014, sendo que , para além da transmissão dos 64 jogos, a Sport TV vai preparar uma vasta programação dedicada à competição com programas variados que vão desde as entrevistas ao entretenimento, dando especial atenção à informação. No total estão previstas cerca de 1000 horas de emissão da programação dedicada ao Campeonato do Mundo FIFA 2014”. “A cobertura e a programação da estação vai envolver toda a empresa. A redacção da Sport TV vai estar praticamente toda envolvida no trabalho dedicado a este que é o maior evento do mundo, havendo necessariamente uma equipa dedicada à produção e acompanhamento no Brasil”, adiantava a estação, assegurando um “reforço da equipa de comentadores, um leque de especialistas especificamente para comentar os jogos da competição e os programas asso- ciados (ex-jogadores, treinadores entre outros)”. Fonte oficial da estação adianta que “durante o Campeonato do Mundo, a Sport TV vai ter um canal prioritariamente dedicado 24 horas por dia e utilizará as suas plataformas online e multiscreen para oferecer um conjunto diversificado de informação e conteúdos adicionais aos seus subscritores”. Além da cobertura, a estação destaca o programa Mundial Brazuca, um espaço de informação dedicado ao Campeonato do Mundo com notícias diárias da competição, dos intervenientes e das várias selecções, que será transmitido diariamente até ao final da competição. “A Sport TV irá desenvolver ainda várias acções com os seus subscritores que envolverão, entre outras, a deslocação para assistirem ao vivo a um jogo da nossa selecção no Brasil”, revela a mesma fonte. Há ainda a Bola TV, que apresentará um reforço diário dos espaços informativos com a presença de duas equipas destacadas no Brasil (Carlos Mozer, José Manuel Freitas, Pedro Mendonça e André Oliveira). Além disso, o canal do diário O Mundial vai sair à rua UM MUNDIAL NO BRASIL É PARA SER VISTO NA RUA, ACOTOVELADO POR MILHARES DE PESSOAS A PUXAR PELA SELECÇÃO. GRUPOS DE MEDIA E MARCAS JUNTAM-SE PARA LEVAR A COPA PARA FORA DE CASA. SAIBA OS PRINCIPAIS LOCAIS NA CAPITAL PARA IR GRITAR POR RONALDO E COMPANHIA PEDRO DURÃES Lugar de excelência para eventos desta natureza, o Parque Eduardo VII não podia deixar de contar com um espaço dedicado ao Mundial de Futebol de 2014. É lá que estará implementado, entre os dias 12 de Junho e 13 de Julho, o espaço oficial de apoio à selecção nacional durante o campeonato do mundo. Organizado pela Cofina, grupo que detém o desportivo Record, o Futebol Park vai ser o evento público de visionamento do Mundial de Futebol e de apoio à selecção, com entrada gratuita, e onde haverá lugar para uma área de visionamento dos jogos do Mundial em ecrã gigante, uma área de actividades para crianças e famílias e ainda uma área de lazer e gastronomia. O espaço tem o alto patrocínio da FPF e da CML, contando com o patrocínio de todos os sponsors oficiais da selecção das Quinas: Sagres, Continente, Jogos Santa Casa, Meo e BES. Além disso, o evento terá o apoio media da RTP, que fará a partir deste espaço emissões especiais do programa Mundial Somos Nós, apresentado por Inês Gonçalves, nos dias dos jogos da selecção. Além da Cofina, também a Controlinveste Conteúdos aposta em levar o Mundial para fora de portas. Assim, numa parceria entre o grupo que detém entre outros títulos o DN, JN, O Jogo e TSF, e o banco BIC, vão ser recriados dois “estádios” ao ar livre para assistir aos jogos. Localizados no Terreiro do Paço e no Cais de Gaia, os “estádios”, onde é possível assistir aos jogos em directo e sem pagar bilhete, contarão nos principais jogos com um painel especial de comentadores em directo das marcas de comunicação social envolvidas no evento. Os jogos serão transmitidos sempre em ecrã gigante, dando sempre prioridade aos jogos da selecção portuguesa. Fora de qualquer grupo de comunicação, a Time Out Lisboa é o outro meio a apostar num espaço para ver o Mundial na capital, tirando partido do recém-inaugurado Mercado da Ribeira Time Out. “O Mundial de Futebol vem aí e gostávamos de ter um espaço onde pudéssemos ter uma zona de qualidade para as pessoas verem o futebol”, adiantava na última edição do M&P João Cepeda. Vontade que vai mesmo avançar, confirmou Ana Alcobia, directora de marketing do título. Segundo a responsável, haverá uma zona da praça de restauração reservada para o efeito durante o período do Mundial, onde serão transmitidos todos os jogos e não apenas os da selecção nacional em ecrã gigante. “Promete-se essencialmente sermos o espaço que irá reunir um ecrã gigante com a melhor oferta lisboeta”, garante Ana Alcobia. Sobre a possibilidade de terem algum tipo de iniciativa especial em dias de jogos da selecção portuguesa, a responsável diz que não haverá “nada de especial”, mas “apenas acreditar que os momentos depois das 17h e antes das 23h sejam sempre de enorme comemoração ou preparação”. Questionada sobre o envolvimento de marcas na iniciativa, Ana Alcobia não pôde confirmar até à data de fecho desta edição mas afirma que o espaço “vai certamente ter uma marca associada”. desportivo do grupo Vicra Desportiva vai organizar nos dias dos jogos da selecção portuguesa na fase de grupos três galas no Casino do Estoril, dias 16 e 26 de Junho às 16h e dia 22 de Junho às 21h. Estes eventos contarão com a presença dos comentadores Vítor Manuel, José Eduardo, Rui Águas, Diamantino Miranda, Diogo Luís, Luís Vidigal e Carlos Pereira, bem como um espectáculo de Fernando Pereira. Além dos tradicionais canais generalistas e desportivos, a aposta no Mundial passa também pelo canal de entretenimento das Produções Fictícias. O Canal Q estreou esta semana uma nova rúbrica no programa Inferno. Copa Q é um espaço onde Joana Marques, guionista e apresentadora do Altos e Baixos, faz uma análise “ao que verdadeiramente interessa no Mundial de 2014”. “O nome diz tudo, ou não fosse Copa Q, um trocadilho entre a Copa (Mundial) e a copa do soutien. É uma rubrica sobre futebol mas é muito mais do que isso, já que a liberdade para falar sobre diversos temas será um dos motes desta Copa Q”, adiantava o canal em nota de imprensa. Canais com sotaque canarinho Como não podia deixar de ser, já que este não é simplesmente um Mundial mas sim uma Copa, os canais brasileiros a emitir nos operadores de televisão por subscrição portugueses também prepararam uma grelha de programação feita a pensar no evento. É o caso do canal Globo Premium, que conta com reportagens especiais inteiramente dedicadas às selecções e aos craques que vão disputar o Mundial de Futebol nos programas Jornal Hoje, Jornal da Globo, Bom Dia Brasil e Globo Esporte. O Jornal Hoje exibe a série Os Visitantes, 13 episódios cada um deles gravado num dos países que está na Copa do Mundo em que um grupo de repórteres vai mostrar as diferenças e semelhanças culturais destas nações com o Brasil, além da sua paixão pelo futebol. O Jornal da Globo passa a série A Selecção e os Craques para mostrar o perfil de algumas das principais selecções e jogadores mais importantes. Já o Bom Dia Brasil entra no espírito da Copa do Mundo com a série O Brasil, Espelho do Mundo, em que o repórter Guilherme Pereira descobre histórias de estrangeiros que moram no Brasil e que são de países que vão disputar a Copa. Por fim, o Globo Esporte apresenta a rúbrica Fanáticos por Copa. “Jogando em casa, numa Copa do Mundo e sabendo a paixão que todos os brasileiros têm por futebol, a única coisa que podemos garantir é que ninguém vai fazer uma cobertura melhor que a Globo”, prometia, em declarações recentes ao M&P, Ricardo Pereira, director da Globo Portugal. “A Globo detém os direitos exclusivos para a cobertura do Mundial do Brasil e, como tal, está a preparar uma operação especial, com uma cobertura jornalística permanente e a transmissão de vários especiais ao longo de todo o evento”, referia na altura. Do lado da TV Record, Belmira Branco, coordenadora de marketing do canal no mercado português, garantiu ao M&P que “a TV Record no Brasil estará certamente numa posição privilegiada para proporcionar uma cobertura diferenciada, com conteúdos exclusivos, que, a nível europeu, terão reflexo na programação e nas redes sociais da TV Record Europa”. 06 JUNHO 2013 22-24 Especial.indd 24 04-06-2014 21:37:28 22-24 Especial.indd 25 04-06-2014 21:37:31 26 ESPECIAL “Nada ficará para a História” O descontentamento social, a comunicação ligada à Copa e os portugueses no Brasil, segundo Edson Athayde RUI OLIVEIRA MARQUES contrastes, de contradições e de muita gente. Daí toda a enorme ansiedade com o momento económico e o mal-estar pela questão de ser contra ou a favor do mundial não impediram casas cheias e de gente compenetrada a querer ver e aprender coisas novas. É como se o presente, por mais complicado que seja, não fosse uma interferência no projecto de futuro dos brasileiros. M&P: O descontentamento é mesmo real? Ou é exagero dos media? EA: É real e aumenta de dia para dia. Claro que não são 200 milhões de pessoas descontentes de igual forma, na mesma hora, pelas mesmas coisas. O brasileiro está mais perdido e desesperançado do que raivoso. Só uns 10 por cento é que querem sair com paus e pedras para fazer bagunça. O problema é que esses 10 por cento são uns 20 milhões. Dá para, pelo menos, complicar a vida dos outros 180 milhões. Nas últimas semanas Edson Athayde percorreu as principais cidades brasileiras para apresentar os seus três livros, que ficaram disponíveis no país. Trata-se das obras Jonas Vai Morrer, romance escrito no âmbito de uma residência literária em Guimarães 2012, A Publicidade Segundo o Meu Tio Olavo, sobre o seu percurso enquanto publicitário, e O Erro da Reta, crónicas de viagem disponíveis em app para iPad. O M&P quis saber como Edson Athayde encontrou o seu país natal. Meios & Publicidade (M&P): Como sentiu o pulsar do país durante a apresentação dos seus livros? Edson Athayde (EA): O Brasil é uma terra de M&P: A comunicação das marcas associada ao Mundial está de alguma forma a reflectir essas contradições ou está totalmente alheada? EA: Está alheada e medrosa. Há muitas coisas promocionais no ar e pouca coisa institucional. É quase tudo meia boca, mais ou menos, sem graça, sem alma. As marcas patrocinadoras oficiais dão a cara, coitadas, porque são obrigadas. As outras, desconversam. Ninguém quer construir um diálogo inteligente e adulto com o consumidor. Ninguém quer ser apanhado para Cristo no meio de um protesto. M&P: Há alguma comunicação de uma marca, a propósito do Mundial, que tenha achado bem conseguida ou que se tenha destacado? EA: Nada ficará para a História. A coisa mais limpinha é a promoção institucional da Rede Globo. É um jingle simpático, com gente feliz e mais nada, mas está correcto. O Banco Itaú fez um copy paste. Há um filme engraçado do site de ofertas Bom Negócio, protagonizado pelo Maradona. M&P: E o mercado da publicidade? Está a passar por um bom momento? Há boas oportunidades para os criativos portugueses? EA: O Brasil é um mercado interessante para quem tiver já muita experiência mas que esteja entre os 30 e os 40 anos. As melhores oportunidades aparecem fora do eixo Rio-São Paulo. A concorrência é grande. A pessoa tem que ter alguma reserva financeira para ganhar pouco no começo e tem que ter a situação da sua legalização bem encaminhada. Repetindo, o Brasil é um país muito grande, com muita gente e que atrai mão-de-obra do mundo inteiro. Nenhuma porta vai abrir-se facilmente, mas ainda é um país que absorve mão-de-obra estrangeira. As possibilidade de progressões de carreira existem, requerem é paciência e muito, muito, muito trabalho. M&P: Os portugueses ainda são vistos de uma forma caricaturada por parte significativa dos brasileiros? Ou a percepção do país está a mudar? EA: O português da piada é o português da piada. É lá que ele mora. Nenhum brasileiro está a espera que ele apareça na sua vida, na sua empresa. Os portugueses são vistos como europeus, gente que vive num continente rico, desenvolvido, motivo de admiração e de inveja. Tem até um muito rico e muito bonito: o Cristiano Ronaldo. Não existe lá muita informação sobre o país, mas é um bom começo. Se perguntar sobre os franceses a coisa não vai ser muito diferente. Basta trocar o Cristiano pela Torre Eiffel. Portugal tem que parar com essa mania de se achar menor porque as pessoas não conhecem muito a sua História e a sua cultura. Isso não impede nada. O negócio é ir em frente, até mesmo naquele país que os portugueses acham que é feito só de samba, futebol e bunda. 06 JUNHO 2014 26-27.indd 26 04-06-2014 21:24:47 26-27.indd 27 04-06-2014 21:24:50 28 ESPECIAL Selecção nacional puxa pelas audiências O Brasil prepara-se para receber a fase final do Campeonato do Mundo de Futebol, a partir de 12 de Junho. Por cá, a transmissão dos principais jogos em canal aberto será assegurada pela RTP1, que volta a garantir os direitos de transmissão, desta vez em exclusivo em canal aberto, depois de em 2010 ter partilhado estes direitos com a SIC. Do lado dos adeptos, as expectativas em torno de uma boa campanha da nossa selecção são elevadas. Do lado das marcas, a expectativa é a de que a permanência da equipa portuguesa em competição ao longo da prova, se traduza em audiências e visibilidade acrescida. Nos campeonatos do mundo de 2006 e 2010 foi notório o interesse acrescido que os portugueses foram tendo pelos jogos da selecção nacional ao longo da prova, esperando-se que tal volte a acontecer neste campeonato. Em 2006, o derradeiro jogo, em que a selecção nacional foi derrotada pela França nas meias-finais, foi o jogo mais visto, com uma audiência média superior a 3 milhões e meio de portugueses e um share impressionante de 83%. Em 2010, ficámo-nos pelos oitavos de final, num jogo que perdemos com nuestros hermanos com uma audiência média de superior a 2,7 milhões, tendo sido também este, o jogo mais visto desse campeonato. As audiências televisivas dos jogos transmitidos em canal aberto nos dois últimos campeonatos do mundo geraram resultados globais bastante diferentes, não só devido ao diferente número de jogos em que participou a selecção nacional (7 em 2006 e 4 em 2010), mas também devido aos diferentes horários de transmissão (mais favoráveis em 2006) e em função do número total de jogos transmitidos em canal aberto em cada uma das provas: 14 em 2006 e 46 em 2010. Assim, ainda que a audiência média acumulada de todos os jogos transmitidos em FTA, tenha sido claramente inferior em 2006 face a 2010 (31 milhões vs 40 milhões de indivíduos – inclui duplicações entre jogos), no que concerne à média da audiência média dos jogos transmitidos, a situação inverte-se. Em 2006, em média cada jogo registou uma audiência de 2,2 milhões de indivíduos, tendo Portugal participado em metade dos 14 jogos transmitidos pela SIC. Em 2010 foram apenas 875 mil os que, em média, assistiram a cada um dos 46 jogos transmitidos pela RTP1 e pela SIC. Muitos destes jogos foram transmitidos em horários pouco favoráveis ao visionamento no lar (horário laboral) e entre equipas menos ‘apelativas’, o que justifica o valor mais baixo da audiência média por jogo. Este ano, a RTP1 transmitirá 36 jogos, cujo resultado em termos de audiências, claramente dependerá da evolução da selecção nacional ao longo da prova. As audiências da prova deste ano, tal como as de 2010, serão afectadas pelo período de transmissão, com várias partidas às 17 horas (ainda período laboral) e às 23 horas (horário As transmissões em período laboral poderão potenciar o visionamento dos jogos através das plataformas móveis, que deverá aumentar face ao Mundial 2010 tardio, já fora do pico do prime-time). O Mundial das plataformas móveis As transmissões em período laboral poderão potenciar o visionamento dos jogos através das plataformas móveis, que deverá aumentar face ao Mundial 2010, em função da maior acessibilidade da rede wi-fi e dos pacotes de dados disponibilizados pelas operadoras. De acordo com o TGI@Marktest, 48,2% dos Initiative analisa as provas anteriores, o impacto nas audiência e prepara o acompanhamento do evento portugueses entre os 15 e os 64 anos utilizam um smartphone e 18% têm um tablet. A utilização destes devices deverá também potenciar o buzz online em torno dos jogos e da participação da equipa portuguesa. O futebol é um fenómeno de emoções, favorecendo a partilha e discussão online. De acordo com os dados retirados da plataforma SME da Marktest, desde o início de Fevereiro foram detectados mais de 19 mil posts nas redes sociais: 65% são referentes a RSS Feeds, 20% a Facebook, 9% Twitter e 6% blogues. A tendência do volume de posts é crescente e tende a intensificar-se com o arranque do evento. O jogo amigável com os Camarões, a divulgação da música oficial do evento e mais recentemente, a concentração em Óbidos de preparação para o jogo com a Grécia, geraram picos de conversação. As equipas mais vistas Analisando as equipas mais vistas em 2006 e 2010, sem surpresa Portugal lidera ambos os rankings. Nas posições seguintes encontram-se as equipas que entraram em confronto directo PERFORMANCE DO JOGO MAIS VISTO AUDIÊNCIA MÉDIA DOS JOGOS BUZZ ONLINE DIÁRIO 06 JUNHO 2014 28-30 AUDIENCIAS.indd 28 04-06-2014 21:26:59 29 com a equipa nacional, ou que progrediram até às fases decisivas da prova, beneficiando assim deste interesse acrescido. França e Espanha, que ocupam as segundas posições em cada um dos anos respectivamente, foram vistas em sinal aberto no confronto com a selecção nacional e na final de cada uma das provas. A squadra azzurra, apesar de não ter jogado com Portugal, beneficiou da transmissão da meia-final com a Alemanha e da final com a França. A partir de 12 de Junho, a Initiative irá fazer a cobertura do Campeonato do Mundo de Futebol, com relatórios diários com as audiências dos jogos e com o ranking dos jogos e das equipas mais vistas. Disponível em http://worldcup.mbww.pt. AUDIÊNCIA MÉDIA DOS JOGOS POR EQUIPA NO MUNDIAL 2006 Desde Fevereiro foram detectados mais de 19 mil posts nas redes sociais: 65% são referentes a RSS Feeds, 20% a Facebook, 9% Twitter e 6% blogues AUDIÊNCIA MÉDIA DOS JOGOS POR EQUIPA NO MUNDIAL 2010 FELIPPE MOTTA esteve na BBDO Portugal dois anos e agora, de volta ao Brasil, trabalha na Heads O grito preso no peito O porteiro da pensão estava confiante, tanto que não poupou nas provocações sobre o jogo. Por coincidência, estava em Santiago de Compostela, na final da Copa das Confederações de 2013. Subi para o meu quarto e liguei a televisão. A tensão 28-30 AUDIENCIAS.indd 29 pairava no ar. A final entre Brasil e Espanha acontecia no Maracanã. Já no começo do jogo, o Fred marcou o primeiro golo e abriu o placar a favor da seleção canarinha. Confesso: não tive coragem de comemorar. Eu estava sozinho, no meio da claque adversária. Achei prudente ficar calado. E o silêncio era a única coisa que se ouvia naquele momento. Ainda no primeiro tempo, o Neymar surge numa jogada brilhante e marca mais um golo. Desta vez, não resisti. Ainda que contido, escapou por entre os meus lábios um grito: “Golo!”. No segundo tempo, o silêncio incomodava ainda mais. Eu estava tenso, mas a seleção brasileira continuava a dominar o jogo. E não tardou para que o Fred marcasse o terceiro golo brasileiro. Pronto, era só o que faltava: um grito estoirou no meu peito. E através da janela da pensão gritei: “É três a zero poooooorrrra!”. Algumas ofensas contra o Brasil e contra os brasileiros foram ouvidas. Mas, o mais importante, eu estava de alma lavada. O que é que isso tem a ver com a Copa do Mundo? Respondo: tudo. É exactamente assim que sinto o clima por aqui. Desde que voltei ao Brasil, no final de 2013, ninguém teve coragem de soltar o grito. O país não está em festa. Por mais que os media estejam a veicular muitas mensagens optimistas, ainda assim, ninguém sabe ao certo como vai ser esta Copa do Mundo. Os brasileiros não aguentam mais viver num país onde falta educação, saúde, transportes e até comida. Parece que o povo do país do futebol tem outras prioridades. Nos media fica claro como a publicidade ignora a realidade. Para as empresas, que precisam vender, a Copa do Mundo já está a acontecer há muito tempo. O Felipão, o Neymar, o Ronaldo e até o Pelé estão omnipresentes. Na TV, rádio, revistas, jornais, internet, nas embalagens de produtos, no ponto de venda, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eles vendem de tudo: de refrigerantes a fiambre, de carros a champô. Eles estão tão presentes no meu dia a dia que não estranharia se um deles aparecesse lá em casa para tomar uma cerveja comigo. Mas só se fosse a do patrocinador, claro. Neste ambiente pré-copa, mais da metade das mensagens publicitárias estão ligadas direta ou indiretamente ao futebol. A repetição e a falta de criatividade estão por todo lado. Principalmente nos anúncios com tons quentes e nas cores verde e amarelo que estão por todo lado. O cliente com dinheiro usa o técnico da seleção, alguns jogadores, cenas abertas de multidão pela cidade, ou tudo isso ao mesmo tempo. O cliente que está sem dinheiro usa jogadores esquecidos, exemplos de superação e planos mais fechados de pessoas a comemorar. O mundo inteiro está de olhos postos no Brasil e eu realmente não faço ideia do que vai ser desta Copa do Mundo. Tudo o que sei é que não quero que acabe como o porteiro da pensão, que no dia seguinte estava lá para fazer o meu check-out. De cabeça baixa, não teve coragem de trocar uma única palavra comigo. Parecia que ainda estava com um grito preso no peito. 04-06-2014 21:26:59 28-30 AUDIENCIAS.indd 30 04-06-2014 21:27:06 ÚLTIMA NEWSLETTER RANKING DE POSTS FACEBOOK DE 19 DE MAIO A 1 DE JUNHO 2014 21/05 Rita Nabais vai para Lidl e # Marca 1 Likes 8618 Mariana Luz à frente da Ogilvy PR Mensagem do post Data Partilhas/ Comentários [Oliveira da Serra] Café, Bica, Garoto, em chávena fria ou quente, com açúcar, ou sem… são inúmeros os seus fãs! Quantos temos por aqui? Se gosta, faça “Like”. 20 Mai 248 / 370 Imagem 31 31 21/05 Querido Mudei a Casa vai para a TVI 22/05 Comunicação das Europeias a cargo da Ogilvy PR 2 8583 #FordMustang #90Minutes (com link) 23 Mai 797 / 161 22/05 House of Cards é o próximo trunfo da SIC 3 4 5 6 Vida de cão. 4948 Decorámos os 4 camarins dos The Rolling Stones no Rock in Rio Lisboa, e ficaram lindos!!! Imaginem se conseguimos tornar estes contentores em espaços tão inspiracionais o que podemos fazer nas nossas casas... 3690 [smart Portugal] Tudo a condizer ou novos contrastes: a escolha é dos fãs. Que visual gostarias de aplicar à célula de segurança tridion do smart BRABUS fan edition? Clica no número do teu favorito... 3543 23/05 Ano do Design Português decorre 22 Mai 1545 / 51 “Não há propriamente maus jornalistas, 27 Mai 218 / 76 há jornalistas que trabalham em meios 19 Mai 126 / 208 que os levam a privilegiar o mau 21 Mai 73 / 84 modo de fazer jornalismo” 5451 entre Junho e Maio de 2015 24/05 Portugueses R2 considerados agência europeia de design do ano 26/05 SIC Caras chega a Angola e a Moçambique 26/05 Torke+CC começa a trabalhar Olá Entre no mundo Lidl e descubra as nossas novidades! 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Até dia 8 junho, se instalares a app e fizeres um carregamento igual ou superior a... 27 Mai 81 / 51 14 2197 Há quem diga que até o teu cão já deu mais toques ao Anselmo do que tu. Se não queres passar por fraquinho, está na hora de ires aqui... 20 Mai 34 / 135 2099 Estes pezinhos “chutaram” a sua barriga durante 9 meses! Faça “GOSTO” se sorria com cada pontapé. 15 02/06 Hugo Veiga vai dirigir AKQA Brasil 02/06 CM TV chega a Angola e Moçambique 02/06 Rebranding da Seguro Directo vale ouro à Interbrand 03/06 Burda vai chegar ao Brasil 26 Mai 19 / 27 Fonte: Social Media Explorer/Marktest – Dados obtidos às 12:00 do dia 2 de Junho. Este Ranking tem como base o número de likes nos posts (o melhor de cada marca), tendo sido considerados todos os posts colocados pelas marcas nas suas páginas de Facebook no período referido. Não em Agosto 04/06 A selecção do Twitter é comandada por Cristiano Ronaldo inclui as marcas da área da media (televisões, jornais, rádios, etc...), organizações desportivas e eventos (festivais e afins). 06 JUNHO 2014 31 ULTIMA.indd 31 04-06-2014 21:28:23 31 ULTIMA.indd 32 04-06-2014 21:28:33