TCC Caroline
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TCC Caroline
1 UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CAROLINE SANTOS GRAU DE CONHECIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS QUANTO À MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO NUMA EMPRESA DO RAMO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL DE CAÇADOR. CAÇADOR 2008 2 CAROLINE SANTOS GRAU DE CONHECIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS QUANTO À MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO NUMA EMPRESA DO RAMO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL DE CAÇADOR. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para a obtenção do Título de Bacharel em Administração ministrado pela Universidade do Contestado – Campus Caçador, sob a orientação da Professora Izolema Maria Atolini. CAÇADOR 2008 3 GRAU DE CONHECIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS QUANTO A MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO NUMA EMPRESA DO RAMO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL DE CAÇADOR. CAROLINE SANTOS Este trabalho de Conclusão de Curso foi submetido ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para obtenção do titulo de: Bacharel em Administração E aprovado na sua versão final em ___________. Atendendo as normas da legislação vigente da Universidade do Contestado e Coordenação do Curso de Administração. _________________________ Paulo César de Campos Coordenador do Curso BANCA EXAMINADORA: _________________________ Izolema Maria Atolini _________________________ Clayton Luiz Zanella _________________________ Ana Luisa Pisa Marini 4 Dedico este trabalho a minha filha Thainá, que por tantas vezes tive que abrir mão de estar ao seu lado para cumprir esta fase importante da minha vida. Te amo filhinha. 5 AGRADECIMENTO Agradeço a Deus, por me dar a virtude da persistência para alcançar este objetivo, pelo amor incondicional recebido de minha família, ao meu namorado pelo carinho e paciência a mim dedicado, aos meus grandes amigos que encontrei nesse caminho que foram verdadeiras fontes de animo, aos professores que transmitiram suas experiências e sabedorias e a empresa pela oportunidade. 6 RESUMO Este trabalho teve a premissa de pesquisar o grau de conhecimento dos funcionários em relação à Segurança e Medicina do Trabalho em uma empresa do ramo de automação industrial na cidade de Caçador, abrangendo todos os colaboradores da empresa. Com o objetivo de conhecer o grau de conhecimento dos colaboradores da empresa sob o referido assunto, buscou-se informações pesquisadas em sites na Internet, bibliografia na área de gestão de pessoas e da área de administração. A pesquisa foi realizada através de um questionário aplicado junto a totalidade de colaboradores. Através da análise e interpretação foi possível identificar aspectos associados ao objetivo geral. Através da pesquisa pode-se observar que os colaboradores têm um satisfatório conhecimento em Segurança e Medicina do Trabalho, e mostram-se interessados em participar de Atividades de conscientização e treinamento nesta área. A pesquisa teve satisfação por parte da diretoria da empresa, que estará aprimorando o setor de Segurança e Medicina do Trabalho, sendo que já está confirmada a realização de uma Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), no próximo ano. Pode-se afirmar que através dessas constatações, feitas o presente trabalho teve seu objetivo geral atingido, e será aprimorado o setor de Medicina e Segurança do Trabalho na empresa, através de programas educativos aos seus colaboradores. Palavras-chave: Segurança, Medicina, Acidente. 7 ABSTRACT This work was the premise of searching the degree of knowledge of officials in relation to safety and Occupational Medicine in a company in the sector of industrial automation in the town of Hunter, covering all employees of the company. In order to ascertain the degree of knowledge of employees of the company under this issue, trying to search information on sites on the Internet, literature in the area of managing people and area of administration. The survey was conducted through a questionnaire administered with the whole of employees.Through analysis and interpretation was possible to identify aspects associated with the general objective. Trough the search you can see that employees have a good knowledge of Safety and Occupational Medicine, and are interested in taking part in activities of awareness and training in this area. The research was pleased by the directors of the company, which will be enhancing the security sector and Occupational Medicine, which is already confirmed the holding of an International Week of Prevention of Accidents at Work (SIPAT), next year. You can say that through these findings, made this work was generally achieved their goal, will be improved and the industry of Medicine and workplace safety in the workplace, through education programmes to their employees. Keywords: safety, medicine, accident 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 9 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA.................................................................... 10 1.2 PROBLEMÁTICA....................................................................................... 10 1.3 OBJETIVOS............................................................................................... 11 1.3.1 Objetivo Geral............................................................................................ 11 1.3.2 Objetivos Específicos................................................................................. 11 1.4 JUSTIFICATIVA......................................................................................... 11 1.5 ESTRUTURA CAPITULAR........................................................................ 12 2. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................... 14 2.1 ORGANIZAÇÕES...................................................................................... 14 2.2 FATOR HUMANO...................................................................................... 14 2.3 MOTIVAÇÃO HUMANA............................................................................. 15 2.4 A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES SEGUNDO MASLOW............... 16 2.5 CLIMA ORGANIZACIONAL....................................................................... 17 2.6 MEDICINA E SEGUNÇA DO TRABALHO................................................ 18 2.7 NR 21 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL 2.8 NR 9- PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ......... 22 2.9 PREVENÇÃO DE ACIDENTES................................................................. 23 2.10 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS ACIDENTES................................ 24 2.11 DOENÇA OCUPACIONAL........................................................................ 25 2.12 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES...................... 26 2.13 SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES.......................... 29 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................................. 29 3.1 NATUREZA DA PESQUISA...................................................................... 29 3.2 METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................... 29 3.3 UNIVERSO DA PESQUISA....................................................................... 29 3.4 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS.......................................................... 29 3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................. 30 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS......................................... 31 5. CONCLUSÃO............................................................................................ 37 6. REFERÊNCIAS........................................................................................ 38 9 1. INTRODUÇÃO O desempenho das organizações depende do comportamento das pessoas que nelas estão inseridas. A preocupação da empresa com a segurança e saúde de seus funcionários é de extrema importância na estimulação da motivação deles na execução de suas atividades laborais. Já ultrapassamos o tempo em que às organizações desafiavam normas de segurança para alcançar metas de produção, agora à segurança e produtividade fazem parte do mesmo conjunto. Surge à necessidade de identificar qual é o conhecimento que os funcionários já possuem sobre Medicina e Segurança do Trabalho, para com base nesta avaliação implantar novos procedimentos e programas educativos que estimulem a prevenção de acidentes de trabalho e a saúde do trabalhador. 10 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA A pesquisa pretende conhecer o grau de conhecimento dos colaboradores da empresa sobre Medicina e Segurança do Trabalho, a fim de corrigir falhas existentes neste departamento e implantar novos procedimentos, visando o bem estar dos funcionários e com isto benefícios para a organização. O desenvolvimento do Setor de Medicina e Segurança do Trabalho gera melhorias contínuas na preservação da saúde física e mental do empregado, tendo como princípio o aperfeiçoamento, o setor visa continua redução de perdas para o homem e produtividade para a organização. São funções do setor: • Buscar melhoria continua em Medicina e Segurança no Trabalho, tanto no aspecto ocupacional quanto na qualidade de vida, com educação, capacitação e comprometimento dos empregados, envolvendo familiares, empresas parceiras, fornecedores e demais partes interessadas. • Atender os requisitos da legislação vigente de Medicina e Segurança do Trabalho aplicáveis à organização. • Regular as condições de trabalho, identificando riscos à segurança e saúde de cada atividade e seus respectivos controles, além dos equipamentos de proteção individual aplicáveis. 1.2 PROBLEMÁTICA As organizações têm por objetivo produzir resultados para seus sócios, mas para que isso se concretize é necessária uma harmonia entre os procedimentos, recursos físicos e humanos. A organização empenhada em ter colaboradores comprometidos utiliza-se de medidas preventivas, a fim de garantir a segurança no ambiente de trabalho oferecendo bem estar ao colaborador, Segundo o presidente da Associação Brasileira da Qualidade de Vida (ABQV) Alberto José Niituma Ogata “... a tendência é os empresários passarem a entender 11 que cuidar das pessoas e de seu bem estar é um elemento estratégico para as organizações”. Sendo a Qualidade de Vida no Trabalho essencial para qualquer organização que tenha como meta a satisfação, o desenvolvimento e produtividade dos seus funcionários, a pesquisa foca-se no setor de Medicina e Segurança do Trabalho como uma ferramenta de motivação da organização atendendo as necessidades dos trabalhadores no ambiente de trabalho. Com a premissa de que somente se melhora o que se pode medir e, portanto, é necessário medir para melhorar, assim faz-se o questionamento: Qual o grau de conhecimento dos funcionários quanto a Medicina e Segurança do Trabalho? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral • Identificar os procedimentos de Medicina e Segurança do Trabalho já existente na empresa e sugerir novas técnicas. 1.3.2 Objetivos Específicos • Levantar, junto à bibliografia, conceituação da temática Medicina e Segurança do Trabalho; • Sugerir a implantação de programas educativos. 1.4 JUSTIFICATIVA As pessoas precisam estar motivadas no seu ambiente de trabalho isso influencia na sua produtividade e qualidade de vida, pois passam em torno de oito 12 horas por dia durante pelo menos trinta e cinco anos da vida no ambiente de trabalho, pessoas felizes trabalham felizes. Assim faz-se necessário identificar e implantar novas técnicas que aprimorem o setor de Medicina e Segurança do Trabalho da organização. Este setor vem se tornando cada vez mais uma preocupação para as empresas, devido à ligação que existe entre condições adequadas de trabalho, o desempenho das pessoas e conseqüente contribuição para a responsabilidade social da organização. A empresa deve estar atenta às necessidades desta área e também deve estar sempre buscando receber um feed back dos funcionários, para identificar as falhas e desenvolver soluções e melhorias. As empresas procuram estabelecer alguns métodos para divulgar, ensinar os funcionários como se prevenir de problemas causados por falta de atenção, descuido, falta de treinamento, enfim, elaboram projetos que visam demonstrar cuidados básicos, se bem implementados podem reduzir os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais e aliviar a tensão que o funcionário pode vir a ter durante a jornada de trabalho. Em um processo de auto conhecimento, as sondagens de opinião interna são uma importante ferramenta para detectar a percepção dos funcionários sobre os fatores intervenientes à Medicina e Segurança do Trabalho. A Segurança do Trabalho começa no trabalhador, daí a necessidade de informá-lo através de cursos, palestras e textos elucidativos. 1.5 ESTRUTURA CAPITULAR No primeiro capítulo foi desenvolvida uma introdução sobre o trabalho o qual teve como meta desenvolver uma pesquisa no setor de Medicina e Segurança do Trabalho. O presente trabalho teve como objetivo geral desenvolver uma pesquisa de avaliação do conhecimento sobre Medicina e Segurança do Trabalho com os funcionários de uma empresa do ramo de automação industrial na cidade de Caçador, abrangendo os colaboradores da empresa em todos os setores, e teve como objetivos específicos efetuar uma Pesquisa da Temática Medicina e Segurança do Trabalho, elaborar uma pesquisa sobre o conhecimento do assunto 13 com os funcionários, analisar e interpretar os resultados, para sugerir a implantação de programas educativos sobre o tema. O segundo capítulo refere-se à fundamentação teórica, apontando assuntos relacionados ao tema do trabalho. Definindo Organizações e Clima Organizacional, o Fator Humano dentro das Organizações e sua Motivação, Medicina e Segurança do Trabalho, suas ferramentas e ações, identificando que a preocupação da organização quanto à segurança e saúde do trabalhador é um ponto relevante na sua motivação no trabalho. No terceiro capítulo foram relacionados os procedimentos metodológicos usados para a realização da pesquisa, a qual atingiu quantitativos e qualitativos e o método da pesquisa utilizado foi através de pesquisa bibliográfica e de opinião. A totalidade de funcionários contribuiu para esta pesquisa. A técnica de coleta de dados utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi através da aplicação de questionários, os quais foram distribuídos aos funcionários. No quarto capítulo foram feitas as análises e interpretações dos dados. Depois da coleta da pesquisa os dados do questionário foram analisados de forma interpretativa, em seguida os dados gerados foram tabulados com ferramentas estatísticas e em planilhas eletrônicas do Excel, originando gráficos, e como resultado da pesquisa, foi descrito cada pergunta que compôs o questionário, apresentado gráficos dos resultados, bem como comentários explicativos e cada questão, para facilitar a interpretação e chegar-se ao Grau de conhecimento dos colaboradores sobre Medicina e Segurança do Trabalho da referida empresa. Para concluir, foi identificado através da análise e interpretação, os resultados, que é necessário uma maior conscientização dos colaboradores sobre o assunto e foi sugerida a implantação uma SIPAT, a ginástica laboral e um calendário de atividades de conscientização e treinamento do setor. 14 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 ORGANIZAÇÕES Para Chiavenato (1994, p. 23) o ser humano é eminentemente social: ele não vive isoladamente, mas em continua interação com seus semelhantes. Nas interações humanas, ambas as partes envolvem-se mutuamente, uma influenciando a atitude que a outra irá tomar, e vice-versa. Devido as suas limitações individuais, os seres humanos são obrigados a cooperarem uns com os outros, formando organizações para alcançar certos objetivos que a ação individual isolada não conseguiria alcançar. Em sentido geral organização é o modo como se organiza um sistema. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações. Em Administração organização tem dois sentidos: a) Grupo de indivíduos associados com um objetivo comum. b) Modo como foi estruturado, dividido e seqüenciado o trabalho. Segundo Montana (2003, p. 170) organizar é o processo de reunir recursos físicos e humanos essenciais à consecução dos objetivos de uma empresa. Uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam intangíveis para uma pessoa. Uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas, equipamentos e recursos financeiros. A organização é então o resultado da combinação de todos estes elementos orientados a um objetivo comum. Organizar compreende atribuir responsabilidades às pessoas e atividades aos órgãos (unidades administrativas). 15 2.2 FATOR HUMANO Existem diversos fundamentos teóricos relativos à importância do fator humano na organização. Verificamos que uma organização deve satisfazer as necessidades dos funcionários que nela estão inseridos, devendo preocupar-se com vários pontos, entre quais evidenciamos medicina e segurança do trabalho, agregando valor ao trabalho e gerando maior competitividade para a empresa. (...) a menos que o próprio emprego seja satisfatório, a menos que se criem oportunidades na situação de trabalho, que permitam fazer dele próprio uma diversão, jamais lograremos conseguir que o pessoal dirija voluntariamente seus esforços em prol dos objetivos organizacionais. (Rodrigues, 1995, p. 44) 2.3 MOTIVAÇÃO HUMANA Dentre os fatores internos que influenciam o comportamento das pessoas, dá-se atenção à motivação. Não é possível compreender o comportamento das pessoas sem um mínimo conhecimento da motivação das pessoas. É difícil definir exatamente o conceito de motivação, uma vez que tem sido utilizado com diferentes sentidos. Para Chiavenato (1994, p. 65) motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão um comportamento especifico. As pessoas precisam de um impulso para a ação, cabe à empresa provocar um estímulo que pode ser gerado nos processos da organização. As necessidades variam de um indivíduo para outro, bem como produzindo diferentes padrões de comportamento, os valores sociais são diferentes, as capacidades para atingir os objetivos. O quadro a seguir mostra um modelo básico de motivação para todas as pessoas, onde o resultado poderá variar indefinidamente, pois depende da 16 percepção do estímulo, das necessidades e da cognição de cada pessoa. A motivação das pessoas depende basicamente dessas três variáveis. A PESSOA Estímulo (causa) Necessidade (desejo) Tensão Desconforto Comportamento Objetivo Fonte: Chiavenato (1994, p. 26). 2.4 A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES SEGUNDO MASLOW Maslow formulou uma teoria da motivação com base no conceito de hierarquia de necessidades que influenciam o comportamento humano, Maslow concebeu essa hierarquia pelo fato de o homem ser uma criatura que expande suas necessidades no decorrer da vida. À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas, outras mais elevadas assumem o predomínio do seu comportamento. Segundo Maslow as necessidades humanas estão dispostas em uma hierarquia, a saber: a) Necessidades fisiológicas (ar, comida, repouso, abrigo, etc.); b) Necessidades de segurança (proteção contra o perigo ou privação); c) Necessidades sociais (amizade, inclusão em grupos, etc.); d) Necessidades de estima (reputação, reconhecimentos, auto-respeito, amor, etc.); e) Necessidades de auto-realização (realização do potencial, utilização plena dos talentos individuais, etc) Essa hierarquia de necessidades apresenta uma configuração piramidal: 17 Fonte: Rodrigues (1999, p 36) 2.5 CLIMA ORGANIZACIONAL Os seres humanos estão continuamente envolvidos no ajustamento a uma variedade de situações, no sentido de satisfazer suas necessidades e manter o equilíbrio emocional. Isto pode ser definido como um estado de ajustamento. Tal ajustamento não se refere somente a satisfação das necessidades fisiológicas e de segurança, mas também à satisfação das necessidades de pertencer a um grupo social de estima, e de auto-realização. É a frustração dessas necessidades que causa muitos problemas de ajustamento. Como a satisfação dessas necessidades superiores depende muito de outras pessoas, particularmente daquelas que estão em posições de autoridade, torna-se importante para a administração compreender a natureza do ajustamento e do desajustamento das pessoas. O ajustamento, como a inteligência ou aptidões, vária de uma pessoa para outra e dentro de um mesmo individuo de um momento para outro. Um bom ajustamento denota “saúde mental”. Uma das maneiras de definir saúde mental é descrever as características de pessoas mentalmente sadias: • Sentem-se bem consigo mesma; • Sentem-se bem em relação às outras pessoas; e 18 • São capazes de enfrentar por si as demandas da vida. O clima organizacional está intimamente relacionado com o grau de motivação de seus participantes. Quando há elevada motivação entre os membros, o clima motivacional se eleva e se traduz em relações de satisfação, de animação, interesse, colaboração etc. Todavia, quando há baixa motivação entre os membros, seja por frustração ou barreiras à satisfação das necessidades, o clima organizacional tende a abaixar-se, caracterizando-se por estados de depressão, desinteresse, apatia, insatisfação. (Chiavenato, 1994, p. 77) O clima organizacional refere-se ao ambiente interno existente entre os membros da organização. O termo clima organizacional refere-se especificamente às propriedades motivacionais do ambiente organizacional, ou seja, àqueles aspectos que a organização, que levam a provocação de diferentes espécies de motivação nos seus participantes. Assim, o clima organizacional é favorável quando propicia satisfação das necessidades pessoais dos participantes e elevação moral. É desfavorável quando proporciona a frustração daquelas necessidades. Pode-se dizer que o clima organizacional influencia o estado motivacional das pessoas e é por ele influenciado. 2.6 MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO Os programas de Medicina e Segurança do Trabalho constituem algumas das atividades paralelas importantes para manutenção das condições físicas e psicológicas do pessoal. Medicina e Segurança do Trabalho constituem uma das principais bases para a preservação da força de trabalho adequada, ou seja, duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados. Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saúde, a saúde é um estado completo de bem estar físico, mental e social que não consiste somente na ausência de doença ou enfermidade. 19 Medicina e Segurança do Trabalho são atividades relacionadas que se tornam essenciais na produtividade e na moral dos colaboradores. Segurança do Trabalho é um grupo de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, aplicadas para prevenir acidentes, acabando com condições inseguras do ambiente de trabalho e orientando as pessoas sobre práticas preventivas. educação dos operários, chefes, capatazes, gerentes, indicando os perigos existentes e ensinando como evitá-los, constante estado de alerta contra os riscos existentes na fábrica, estudos e observações dos novos processos ou materiais a sem utilizados (Baptista, 1998, p. 15) Para o desenvolvimento satisfatório do trabalho é indispensável o emprego de serviços de segurança, estabelecendo normas e procedimentos, colocando em prática os recursos possíveis para conseguir a prevenção de acidentes de trabalho. Acidente de trabalho é todo aquele que se verifique pelo exercício do trabalho, provocando, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que determine a morte, e perda total ou parcial, permanentemente ou temporária da capacidade de trabalho (Dela Coleta, 1989, p 18) A prevenção é alcançada por um trabalho de equipe, seguindo medidas de segurança, cada setor é responsável pelos assuntos de segurança de sua área, tendo um órgão de segurança para assessorar sobre o assunto. Não se deve confundir o órgão de segurança da organização, com a CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. A CIPA é uma imposição legal da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Nas organizações onde existam as duas embora trabalhem em conjunto, com o mesmo objetivo, CIPA e órgão de segurança devem ser chamados por seus verdadeiros nomes e merecer a devida distinção. À CIPA cabe apontar os atos inseguros dos trabalhadores e as condições de segurança. Enfim, deve fiscalizar o que já existe. Já o órgão de segurança aponta soluções. A CIPA tem especial importância nos programas de segurança da pequena e media indústria. Nas grandes seu conceito evoluiu: os membros da CIPA auxiliam os supervisores e chefes nos assuntos de segurança (Chiavenato, 2002, p 438) Um plano de segurança envolve necessariamente os seguintes requisitos: a) a segurança em si é uma responsabilidade de linha e uma função do responsável pelo setor, face sua especialização; b) as condições de trabalho, o ramo de atividade, o tamanho, a localização da empresa etc. determinam os meios materiais preventivos; c) a segurança não deve ficar restrita somente à área de produção, os escritórios, depósitos etc. também oferecem riscos cujas implicações afetam a empresa toda; 20 d) o problema de segurança envolve necessariamente a adaptação do homem ao trabalho, adaptação do trabalho ao homem, além de fatores sóciopsicológicos, razão pela qual certas organizações vinculam a segurança ao órgão de Recursos Humanos; e) a segurança do trabalho em certas organizações pode mobilizar elementos para o treinamento e doutrinação de técnicos e operários, controle de cumprimento de normas de segurança, simulação de acidentes, inspeção periódica dos equipamentos de combate a incêndios, primeiros socorros; e a escolha, aquisição e distribuição de uma série de peças de roupagem do pessoal(óculos de segurança, luvas, macacões, botas, etc.), em determinadas áreas da organização; f) é interessante a aplicação dos seguintes princípios: • Apoio ativo da administração, compreendendo: manutenção de um programa de segurança completo e intensivo, discussão, com a supervisão, em reuniões periódicas, dos resultados alcançados pelos supervisores; e tomada de medidas exigidas para melhorar as condições de trabalho. Baseados nesse apoio, os supervisores devem agir para que os subordinados trabalhem com segurança e produzam sem acidentes. • Manutenção de pessoal dedicado exclusivamente à segurança. • Instruções de segurança para cada trabalho. • Instruções de segurança para empregados novos. Estas devem ser dadas pelos supervisores que podem fazê-lo com perfeito conhecimento de causa, no local de trabalho. As instruções gerais ficam a cargo da seção de segurança. • Execução do programa de segurança por intermédio da supervisão. Todos têm responsabilidades definidas no programa, porém, os supervisores assumem responsabilidades especiais. São os homenschave da indústria, particularmente na prevenção de acidentes. • Integração de todos os empregados no espírito de segurança. A prevenção de acidentes é trabalho de equipe, principalmente no que tange à disseminação do espírito prevencionista. Todos os meios de divulgação devem ser usados e encaminhados, utilizando-se dos 21 métodos mais recomendáveis para aceitação e assimilação pelos empregados. • Extensão do programa de segurança fora da empresa. Visa à segurança do homem em qualquer lugar ou em qualquer atividade e à eliminação das conseqüências dos acidentes verificados fora do trabalho, que são semelhantes, em extensão e profundidade, aos ocorridos na indústria. O quadro de Segurança e Medicina do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. O SESMT está estabelecido no artigo 162 da Consolidação das Leis do Trabalho e é regulado pela NR 4. Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Portaria n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 – Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V do Titulo II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. As normas Regulamentadoras – NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos e de administração direta ou indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. NR 4 – As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. NR 6 – Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento. 22 2.7 NR 7-PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL Estabelece a obrigatoriedade a elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Este trabalho é feito por uma empresa especializada contratada pela empresa e dentro do seu desenvolvimento deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. 2.8 NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS. Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Para o desenvolvimento do programa deverá incluir as seguintes etapas: a) antecipação e reconhecimento dos riscos; b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; e) monitoramento da exposição aos riscos 23 f) registro e divulgação dos dados. 2.9 PREVENÇÃO DE ACIDENTES Existem várias definições para acidente. Um grupo de consultores da Organização Mundial da Saúde definiu como “um fato não premeditado do qual resulta num dano considerável”. Baptista cita em seu livro ”O National Safety Council define-o como “uma ocorrência numa série de fatos que, em geral e sem intenção, produz lesão corporal, morte ou dano material”. Baptista lembra que “essas definições caracterizam-se por considerar o acidente sempre um fato súbito, inesperado, imprevisto e não premeditado e desejado; e ainda como causador de dano considerável, embora não especifique, se trata de dano econômico ou de dano físico às pessoas”. A segurança busca minimizar os acidentes de trabalho. Podemos conceituar a acidente de trabalho como decorrente do trabalho, provocando, direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença que determine a morte, a perda total ou parcial permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. A palavra acidente já significa ato imprevisto, perfeitamente evitável na maioria dos casos. As estatísticas de acidentes de trabalho, por lei, englobam também os acidentes de trajeto, ou seja, aqueles que ocorrem no trajeto do empregado de sua casa para a organização, e vice-versa. Os acidentes de trabalho classificam-se em: Acidentes sem afastamento: após o acidente, o empregado continua trabalhando. Esse tipo de acidente não é considerado nos cálculos dos coeficientes de freqüência e de gravidade, embora deva ser investigado e anotado em relatório, além de exposto nas estatísticas mensais. Acidentes com afastamento. São aqueles que podem resultar em: a) Incapacidade temporária que é a perda total da capacidade para o trabalho durante o dia do acidente ou que se prolongue por período menor que um ano. No retorno, o empregado assume sua função sem redução da capacidade. Em caso de acidente sem afastamento, onde ocorra agravamento da lesão, que determine o afastamento, o acidente receberá nova designação, isto é, será 24 considerado acidente com afastamento, e o período de afastamento será iniciado no dia em que se constatou o agravamento da lesão. Neste caso, será mencionado no relatório do acidente e no relatório do mês. b) Incapacidade permanente parcial é a redução permanente e parcial da capacidade para o trabalho, ocorrida no mesmo dia ou que se prolongue por período menor que um ano, é geralmente motivada por: • perda de qualquer membro ou parte do mesmo; • redução da função de qualquer membro ou parte o mesmo • perda da visão ou redução funcional de um olho; • perda da audição ou redução funcional de um ouvido; e • quaisquer lesões orgânicas, perturbações funcionais ou psíquicas que resultem, na opinião do médico, em redução de menos de três quartos da capacidade de trabalho. c) Incapacidade total permanente é a perda total, em caráter permanente, da capacidade de trabalho, geralmente motivada por: • perda da visão de ambos os olhos; • perda da visão de um olho com redução, em mais da metade, da visão do outro; • perda anatômica ou impotência funcional de mais de um membro de suas partes essenciais (mão e pé); • perda da visão de um olho, simultânea à perda anatômica ou impotência funcional de uma das mãos ou de um pé; • perda da audição de ambos os ouvidos ou; ainda, redução, em mais da metade, de sua função; • quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais psíquicas, permanentes, que ocasionem, sob opinião médica, a perda de três quartos ou mais da capacidade para o trabalho. d) Morte 25 2.10 Identificação das causas dos acidentes A maior parte dos acidentes é provocada por causas que podem ser identificadas e removidas, para que não continuem provocando novos acidentes. Baptista em sua obra define de acordo com a American Association, as principais causas dos acidentes: • O agente é definido como o objeto ou a substancia (a máquina, o local, o equipamento que poderia ser adequadamente protegido) diretamente relacionado com a lesão como a prensa, a mesa, o martelo, a banheira, etc. • A parte do agente é aquela que está estreitamente associada ou relacionada com a lesão, como o volante da prensa, o pé da mesa, o cabo de martelo, o piso da banheira, etc. • A condição insegura é a condição física ou mecânica, existente no local, na máquina, no equipamento ou na instalação (que poderia ter sido protegida ou corrigida) e que leva à ocorrência do acidente, assim como piso escorregadio, oleoso, molhado, com saliência ou buraco, máquina desprovida de proteção ou com polias e partes móveis desprotegidas, instalação elétrica com fios descascados; motores sem fio terra, iluminação deficiente ou inadequada. • O tipo do acidente é a forma ou o modo de contato entre o agente do acidente e o acidentado, ou, ainda, o resultado desse contato como as batidas, tombos, escorregões, choques, etc. • O ato inseguro é a violação de procedimento aceito como seguro, ou seja, deixar de usar equipamento de proteção individual, distrair-se ou conversar durante serviço, fumar em área proibida, lubrificar ou limpar máquina em movimento. • O fator pessoal de insegurança é qualquer característica, deficiência ou alteração mental, psíquica ou física – acidental ou permanente que permite o ato inseguro. São problemas como visão defeituosa, fadiga 26 ou intoxicação, problemas do lar, desconhecimento das normas e regras de segurança. 2.11 DOENÇA OCUPACIONAL Doença ocupacional é a designação de várias doenças que causam alterações na saúde do trabalhador, provocadas por fatores relacionados com o ambiente de trabalho. Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem proteção compatível com o risco envolvido. Esta proteção pode ser na forma de Equipamento de Proteção Individual. 2.12 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Regida pela Lei n.º 6.514 de 22/12/77 e regulamentada pela NR-5 do Ministério do Trabalho, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA foi aprovada pela portaria n.º 3.214 de 08/06/76, publicada no D.O U de 22/12/94 e modificada em 15/05/95. A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador. De acordo com o Ministério do Trabalho, devem constituir a CIPA os representantes do empregador e dos empregados. Atribuições da CIPA: a) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa e riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMET (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho); 27 b) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; c) Participar da implementação e do controle de qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; d) Realizar, periodicamente, verificação nos ambientes e condições de trabalho visando a identificações de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; e) Realizar a cada reunião, a avaliação do cumprimento de metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; f) Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho. g) Participar, com o SESMT, onde houver, das condições promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionado à segurança e saúde dos trabalhadores; h) Requerer aos SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde se considere risco grave e eminente à segurança e saúde dos trabalhadores; i) Colaborar no desenvolvimento e implantação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho j) Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordo e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; k) Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; l) Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; m) Requisitar à empresa cópias das CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) emitidas; n) Promover anualmente, em conjunto com a SESMT, onde houver a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho); 28 2.13 SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SIPAT) A Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho - SIPAT foi instituída pela portaria 3.214, em 1978, que criou as Normas Regulamentadoras (NR), dando o primeiro texto para a NR-05. Essa NR trata, especificamente, da regulamentação do funcionamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). O objetivo era o de permitir um programa livre de regras, tendo como única preocupação a instrução à prevenção dos infortúnios laborais. A SIPAT, hoje, continua sendo uma campanha de cunho obrigatório, que deve ser realizada pela CIPA, a cada gestão, não importando qual o mês de realização. 29 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 NATUREZA DA PESQUISA Na pesquisa foram levantados pressupostos sobre Medicina e Segurança do Trabalho e adotada a pesquisa qualitativa. 3.2 METODOLOGIA DA PESQUISA Os métodos compreendidos para o desenvolvimento de tal pesquisa foram de caráter bibliográfico, descritivo, exploratório, documental e pesquisa de opinião. 3.3 UNIVERSO DA PESQUISA A pesquisa foi realizada no período de Março à Junho de 2008, em uma empresa do ramo de automação industrial que se localiza em Caçador/SC, e que conta atualmente com 40 pessoas entre direção e funcionários. 3.4 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS A coleta de dados aconteceu na própria empresa, junto com a diretoria e seus funcionários através de pesquisa de opinião, bibliográfica, descritiva, exploratória e documental. 30 3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS As informações coletadas foram selecionadas para o desenvolvimento da pesquisa, foram analisadas e posteriormente interpretadas objetivando sugestões para o aprimoramento do Setor de Segurança e Medicina do Trabalho na empresa. 31 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO Foi identificado na empresa pesquisada que o setor de Medicina e Segurança do Trabalho já existe na empresa e é assessorado por uma empresa parceira terceirizada, mas as suas ações são apenas de obrigações legais que a empresa deve cumprir. Não são desenvolvidos programas educativos que envolvam as equipes de trabalho, os treinamentos limitam-se às exigências legais. Não há um cronograma de atividades do setor, mas a empresa possuiu recursos físicos e humanos para aprimorar esta área. Foi aplicado um questionário a todos os colaboradores da empresa, onde se obteve a identificação do grau de conhecimentos deles sobre Medicina e Segurança do Trabalho. a) Setor de trabalho: A d m in is tra tiv o E n g e n h a r ia 6 ,9 0 % M a n u te n ç ã o 4 4 ,8 3 % 2 0 ,6 8 % C o m e rc ia l 2 7 ,5 9 % Foi identificado que 44,83% dos colaboradores atuam no setor de Manutenção, 6,90% no setor de Engenharia, 20,68% no setor de Administrativo e 27,59% no Comercial. 32 b) Sabe o que é Medicina e Segurança do Trabalho? Não 13,79% Sim 86,21% Responderam que sabem o que é Medicina e Segurança do Trabalho 86,21% dos colaboradores, sendo que 13,79% não sabem o que é. c) Já identificou na empresa ações do setor de Medicina e Segurança do Trabalho? Não 24,13% Sim 75,87% Já haviam identificado na empresa ações do Setor de Medicina e Segurança do Trabalho 75,87% dos colaboradores e 24,13% não identificaram. d) Sabe o que é Equipamento de Proteção Individual? 33 Sim 100% A totalidade (100%) dos colaboradores respondeu que sabem o que é Equipamento de Proteção Individual. f) Recebeu treinamento para uso de Equipamento de Proteção Individual? Não 37,93% Sim 62,07% 62,97% dos colaboradores responderam que recebem treinamento e 37,93% não receberam. g) Sabe o que é Comissão Interna de Prevenção de Acidentes? 34 Não 10,34% Sim 89,66% 89,66% responderam que sabem o que é Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e 10,34% não sabem. g) Sabe o que é Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho? Não 27,58% Sim 72,42% 72,42% dos funcionários sabem o que é a Semana Interna de Prevenção de Acidentes e 27,58% não sabem. h) As normas de segurança beneficiam: 35 100% Ambos 100% dos colaboradores responderam que as regras de segurança beneficiam a empresa e os funcionários i) A segurança do trabalho é responsabilidade somente da empresa? Não 100% Todos os funcionários (100%) responderam que a Segurança do Trabalho não é somente responsabilidade da empresa. j) O acidente de trabalho pode ocorrer fora da empresa? 36 Não 3,44% Sim 96,56% Responderam que sim 96,56% dos trabalhadores e 3,44% responderam que o acidente de trabalho não pode ocorrer fora da empresa. k) Uma das principais causas dos acidentes de trabalho são: a imprudência/distração/violação de procedimento aceito como seguro. Não 3,44% Sim 96,56% 96,56% dos trabalhadores concordam que as principais causas dos acidentes de trabalho são: a imprudência/distração/violação de procedimento aceito como seguro e 3,44% responderam não. Verificou-se que aproximadamente metade (44,83%) dos colaboradores da empresa atua no setor de manutenção, sendo que o restante está dividido entre os setores administrativo, comercial e de engenharia. O setor de manutenção, devido às atividades praticadas é o que tem maior ocorrência de acidente de trabalho. 37 A maioria (86,21%) dos colaboradores sabe o que é Medicina e Segurança do Trabalho e uma quantidade menor (75,87%), informou que já identificou ações do setor na empresa. Todos os funcionários sabem o que é Equipamento de Proteção Individual (EPI), mas uma parcela (37,93%) dos funcionários respondeu que não recebeu treinamento para uso dos equipamentos. Questionados sobre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), apenas 10,34% não sabem o que ela é, sobre a Semana Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho este índice aumentou para 27,58% que não sabem o que é. A totalidade de funcionários tem consciência que as regras de segurança beneficiam a empresa e os funcionários, e que a Segurança do Trabalho não é somente responsabilidade da empresa, mas do conjunto. E 96,56 dos colaboradores sabem que o acidente de trabalho pode ocorrer também fora da empresa e mesma quantidade de funcionários concorda que as principais causas dos acidentes de trabalho são: a imprudência, e a distração ou violação de procedimento aceito como seguro. 38 5. CONCLUSÃO Este trabalho foi realizado com o objetivo de promover um levantamento do grau de conhecimento sobre Medicina e Segurança do Trabalho dos funcionários de uma empresa do ramo de automação industrial de Caçador. Para atingir este objetivo procurou-se informações, adquiridas em livros, internet e na empresa terceirizada que presta assessoria na área de Medicina e Segurança do Trabalho para a empresa pesquisada, e também com a administração da empresa. A pesquisa foi efetuada por meio de um questionário aplicado a todos os colaboradores da empresa. Através da pesquisa pode-se perceber que em geral os colaboradores da empresa tem um grau de satisfatório conhecimento sobre o assunto abordado e mostram-se interessados em participar de atividades de conscientização e treinamento nesta área. A motivação não é algo que possa ser dado ao ser humano, mas a aplicação de atividades e técnicas que podem a estimular traz benefícios para a organização, pois terá funcionários mais comprometidos, e realizados, por observar que a empresa preocupa-se com sua saúde e bem estar. Esta pesquisa foi acolhida de forma positiva pela diretoria da empresa, sendo sugerido: - Realização da SIPAT anual. - Desenvolvimento de um calendário com atividades de conscientização e treinamento. - Implantação da ginástica laboral. 39 6. REFERÊNCIAS BAPTISTA, Hilton. Higiene e Segurança do Trabalho. Rio de Janeiro. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, 1998. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. São Paulo. Atlas, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo. Atlas, 1994 DELA COLETA, Jose Augusto. Acidentes de Trabalho. São Paulo. Atlas, 1989 FARAH, O. E, Cavalcanti. Criação e Administração. São Paulo. Érica, 1992. MONTANA, Patrick J. Administração. São Paulo. Saraiva, 2003. OGATA Alberto J. Niituma. Disponível em: (http://www.abqv.org.br/noticias48.php) acesso em 05 de maio de 2008. RODRIGUES, Marcus. Qualidade de Vida no Trabalho. São Paulo. Vozes, 1995. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Manuais de Legislação, Lei nº. 6.514 de 22/12/1977. São Paulo. Atlas, 2000.