Cachorro Vinagre - Criadouro Onça Pintada

Transcrição

Cachorro Vinagre - Criadouro Onça Pintada
Projeto de conservação
Protocolo de manejo do Cachorro Vinagre
Speothos venaticus
E ANEXOS:
Criadouro
Onça Pintada
"I WORKSHOP DO PLANO DE MANEJO BRASILEIRO DO CACHORRO VINAGRE (Speothos venaticus)
II Edição, I Revisão
2005
Editores
Cleyde Angélica Ferreira da Silva Chieregatto
Cecília Pessutti
Valdir de Almeida Ramos Jr.
Mauro Cezar de Almeida
Prefácio
É com imensa satisfação que, neste momento, escrevo estas linhas sobre este plano de manejo. Na verdade, cabe a mim
uma parte pouco trabalhosa e muito prazerosa desta obra. Ela foi cunhada por muitas mãos, que nos últimos anos vêm
armazenando conhecimento sobre o cachorro-do-mato-vinagre em cativeiro
O sucesso de um programa de conservação "ex sitiJ' reside no envolvimento das pessoas que mantêm a espécie, sua
disponibilidade em trabalhar em algo que realmente valha a pena e o exemplo do grupo que se reuniu para escrever
esta obra evidencia bem isso. Há alguns anos atrás, o manejo do cachorro-do-mato-vinagre em cativeiro no Brasil
estava limitado em um zoológico e o programa de conservação da espécie patinava na lama. Entretanto, a entrada de
mais alguns animais em outras instituições brasileiras foi o suficiente para iniciar um movimento das instituições culminando com o controle genealógico dos animais e a somatória de esforços para reerguer a população em cativeiro da
espécie tão reduzida no Brasil
Vários problemas ainda pairam sobre o programa de conservação, em especial o pequeno número de fundadores que
geraram a população brasileira de cativeiro. Mas vemos que o caminho que está sendo traçado é o correto e por mais
obstáculos que se coloquem no caminho, o grupo conseguirá contorná-los.
É muito importante que relatemos o movimento vivido hoje pelos criadouros e zoológicos do Brasil. Esse é um tempo
de mudança, pois passamos por um período na qual as pessoas acreditavam que tendo um casal de determinada
espécie se reproduzindo, estava conservando a mesma. Essa filosofia incorreta fragmentava as ações conservacionistas e isolava os animais em ilhas. Só se admitia permutar um espécime raro em lugar de outro do mesmo "valor". Isso
inviabilizou e entrada de várias instituições em programas de conservação e retardou a execução dos mesmos. Hoje a
conservação parou de ser uma falácia vazia dos administradores e técnicos de zoológicos para ser uma realidade para
várias espécies ameaçadas de extinção no Brasil. Este protocolo de manejo mostra isso com muita propriedade,
evidenciando que o grupo de trabalho vem lidando com a população existente com maestria política e técnica. Somente
dessa forma poderemos fazer algo por uma espécies tão ameaçada e desconhecida como cachorro-do-mato-vinagre.
É necessário que técnicos e administradores entendam cada vez mais que somente a união de esforços poderá gerar programas
de conservação, tanto "ex situ' quanto "in situ" sólidos e viáveis. Instituições isoladas não conseguirão efetivar ações de conservação direta.
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Protocolo de manejo do Cachorro Vinagre\ Speothos venaticus
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O crescimento da massa crítica dos técnicos das instituições que possuem cachorro-do-mato-vinagre em suas coleções gerou
esta obra, que se torna um marco importante no manejo da espécie em cativeiro. Ela será consulta obrigatória para quem quiser
manter e reproduzir esses animais em cativeiro e certamente também para os pesquisadores que se interessarem pelo estudo da
espécie.
Finalmente gosto de parabenizar o grupo envolvido com a edição do protocolo de manejo, pela excelente obra realizada frente
ao plano de manejo do cachorro-do-mato-vinagre.
José Maurício Barbanti Duarte
Agradecimentos
Ao professor Dr. José Maurício Barbanti Duarte que desde o início da formação para o plano de manejo e "studbook"
tem sido um colaborador incansável, nos orientando e incentivando, estando sempre presente no desenvolvimento
dos trabalhos;
À Silvia de Campos Machado Ortolano - Parque E.M. de Americana;
Kátia Cassaro - Fundação Parque Zoológico de São Paulo;
Valéria Socorro Pereira - Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, pelo empenho e formação do grupo;
Aos zootecnistas Carlos Eduardo do P. Saad e Ana Raquel G. F. Bezerra pela valiosa consultoria naárea de nutrição;
A todas as instituições participantes deste programa,
Em particular o Zoológico do Município de São Bernardo do Campo;
À Sociedade de Zoológicos do Brasil;
À Sociedade Paulista de Zoológicos;
Ao extinto Grupo de Estudos de Canídeos em especial à: Cecíllia Pessutti, Maria Emília Santiago, Valdir de Almeida
Ramos Jr.;
À Marina Chrystina Lourenço, Flavya Mendes de Almeida e Gabriella Landau-Remy, pela tradução do texto originalinternacional (inglês/português) e revisão do mesmo;
À Fundação RIOZOO por ter acreditado em nosso trabalho e concretizado a primeira edição deste documento;
À International Paper do Brasil, pelo incentivo ao I Workshop sobre o cachorro-vinagre (Speothos venaticus); e
patrocínio à Segunda edição revisada deste documento;
A todos os participantes do I Workshop do Plano de Manejo do cachorro vinagre que auxiliaram na revisão deste
documento;
Aos palestrantes do I Workshop do Plano de Manejo do cachorro vinagre que disponibilizaram o material de sua
palestras para fazer parte desta publicação;
E a todos que direta ou indiretamente tem contribuído para o desenvolvimento dos trabalhos.
Apoio: INTERNATIONAL PAPER, CENAP/IBAMA, Sociedade Paulista de Zoológicos
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Protocolo de manejo do Cachorro Vinagre\ Speothos venaticus
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Introdução
Este documento foi elaborado com o intuito de integrar as Instituições Brasileiras que desenvolvem trabalhos de
conservação com o cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus) concentrando todas as informações disponíveis
sobre a espécie e orientar outras que queiram ingressar no Plano de Manejo.
Incluímos o texto original em inglês do protocolo Internacional e sua respectiva tradução, revisada, onde incluímos
novas informações, assim como as experiências vividas em algumas Instituições brasileiras para a manutenção, reprodução e manutenção de filhotes em cativeiro.
Gostaríamos de ressaltar que as informações contidas no texto do protocolo internacional foram fundamentadas em
experiências feitas em instituições do exterior.
São dados importantes e devem ser considerados como um ponto de partida para estudos entre nós.
Biologia e dados da área
Biologia
Habitat: dados sobre este assunto são muitos escassos e apenas hipotéticos. De acordo com o que foi pesquisado, os
Cachorros Vinagre são habitantes diurnos de florestas densas, mas também, são encontrados em campos abertos
como savanas (Deutsch, 1983; Husson, 1978). Aparentemente eles preferem lugares úmidos, como margens de rios,
mangues e campos molhados.
Sua dentição sugere uma especialização para uma pesada dieta carnívora (Berta, 1984; Kleiman, 1972), "... embora eles
também possam comer uma variedade de frutas e vegetais" (Biben, 1982).
Os Cachorros Vinagre se alimentam de uma grande variedade de animais (invertebrados e vertebrados aquáticos,
pássaros e pequenos animais terrestres). Eles também são vistos em bando (caça cooperativa), caçando espécies
maiores de presas como pacas (Deutsch, -1983) e veados (Itaipu/Assunção). Seus fortes músculos do pescoço
permitem que os Cachorros Vinagre capturem presas maiores. Isso pode ser notado quando os Cachorros Vinagre
perseguem os veados (Mazama sp) dentro d'água para agarra-lo e puxar-lo para a terra firme.(Zoológico de Assunção).
Os Cachorros Vinagre usam tocas abandonadas para dormir e terem seus filhotes(ex: toca de tatu) (Sanderson, 1948;
Zoológico de Itaipu). Em cativeiro eles mostraram ser canídeos muito ativos e brincalhões. Além de serem excelentes
nadadores e mergulhadores. (Bates, 1944; Vancatova,2000; Zoológico de Assunção).
Manejo em cativeiro
Recinto
Limite (barreiras, cercas, divisas)
Todos os tipos de barreiras são adequados:
cerca de tela de arame (3-4 cm de diâmetro, 2-2.5 mm de grossura);
muros combinados com tela arame;
muros combinados com vidros;
muros com paredes lisas sem pregas;
fosso com água combinado com outra barreira (tela, muro liso ou vidro); Utilização de cercas elétricas.
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Cachorros Vinagre não saltam muito bem, então são usados muros ou vidros de 1,4 m de altura (Zoológico de San
Diego) e/ou fossos secos de 2,0 m de largura e 2,0 a 2,5 m de profundidade (recomendado para áreas acima de 400 m2),
são suficientes para evitar que eles escapem. Telas de arame devem possuir um revestimento interior de 45 graus
negativos a mais.
Para evitar fugas pela escavação da terra, o alicerce deve ter 2,5 metros de profundidade e o fundo revestido de cimento ou alambrado de 0,6 m dentro da terra.
Revestimentos
Observações gerais: os Cachorros Vinagre normalmente se limpam bastante. Seu comportamento é intensificado
quando o introduzimos em novos ambientes ou quando escutam barulhos próximos que não estão acostumados. Em
solos cobertos inadequadamente (especialmente em solos de concreto), podem ocorrer escoriações e arranhaduras.
Interior: é indicado usar uma camada grossa de palha ou turfa e/ou mistura de folhas; paredes com cantos arredondados para melhor higienização, devem ter comedouros e bebedouros que permitam um limpeza adequada, o chão do
cambiamento deve ser cimento liso e recoberto com folhas secas ou palha. Superfícies duras, lisas e muito ásperas
devem ser evitadas.
Exterior: terreno coberto com grama, areia, saibro, terra e folhas secas.
Necessidades e Manutenção
Equipamentos gerais: a manutenção em recintos pouco equipados pode deixar os animais entediados (e consequentemente os visitantes do zoológico). Para evitar esse efeito o recinto adequado deve oferecer:
espaço suficiente para correr;
piscina para nadar e mergulhar;
piso de terra para possibilitar escavações;
lugares elevados para os animais escalarem e descansarem;
cobertura como proteção contra o estresse da chuva e do sol;
troncos ocos, refúgios de pedra, troncos, arbustos, moitas, árvores para se esconderem;
postes verticais para marcação de território.
Tanque: Observações no Zoológico de Itaipu/Assunção mostraram qúe os pais carregam seus filhotes ainda pequenos
para área mais rasa do tanque. Cachorros Vinagres gastam boa quantidade de tempo nos tanques (Bates, 1944),
limpando e comendo suas presas na parte rasa (Frankfurt). A troca de água no tanque deve ser considerada como uma
rotina. A zona de água rasa (0-10 cm de profundidade), a zona para nadar (aproximadamente 40 cm de profundidade)
e a zona de mergulho (no mínimo 80 cm de profundidade): declive gradual do piso do tanque das zonas citadas por cima
6: 3: 1.
Tocas de reprodução: tocas/ refúgios para o descanso e para a procriação são necessárias. Normalmente o grupo todo
dorme na mesma toca. Além disso, tocas para dormir e/ou procriar de 50cm de profundidade x 50 cm de largura x 50
cm de altura são recomendados para o casal com um filhote. Um grupo (matilha) com dois filhotes precisa de uma toca
maior 80 x 80 x 80 cm. É importante que a toca tenha duas aberturas para facilitar o manejo, como por exemplo a
contenção física utilizando-se puça, e permitindo uma limpeza adequada. Nas épocas mais frias do ano é recomendado
o estrado de madeira.
Grupos que tenham uma reprodução intensa, mas também para acalmar as mães nervosas, é recomendada mais opção
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de toca. Podem ocorrer tensões sociais temporárias entre pais e filhos e respectivamente entre mães e filhas durante
o cio da fêmea dominante. Nessa situação uma separação espacial para os animais dormirem foi observada (Frankfurt).
Na parte externa do recinto são necessários dois refúgios caso não seja permitida a entrada dos animais no cambiamento. As entradas desses refúgios devem ser de 0,40m de altura e 0,25 m de largura (para fêmeas grávidas). Uma
entrada protegida é recomendada em refúgios externos e em lugares com vento. Uma moldura de ferro na beira das
tocas de madeira previne danos causados por mordidas. Materiais para forrar a cama (feno, palha, maravalha autoclavada) são aceitos.
Aquecimento dentro do cambiamento: a maioria dos Zoológicos oferece recintos abertos e cobertos com temperaturas entre 12°C e 23°C. Washington mantém com sucesso os Cachorros Vinagre em temperaturas entre 12°C e 15°C.
Apesar disso, recomenda-se manter a temperatura no cambiamento entre 18°C e 20°C durante o dia. É recomendado
abaixar essa temperatura durante a noite porque os indivíduos do grupo dormem todos enrolados uns nos outros. Há
poucos dados sobre a umidade do ar. Obviamente deve-se manter a umidade do ar normal para a saúde dos cachorros
vinagres.
Recinto externo: em climas frios, quando a temperatura está abaixo de -10°C. os Cachorros Vinagres gastam mais
tempo nos abrigos internos Os animais não são incomodados pelo frio (até -5°C) e neve, mas ficam menos tempo fora
dos abrigos com a temperatura abaixo de 0°C. A permanência rápida dos animais jovens e adultos fora dos refúgios
com a temperatura abaixo de 0°C é justificada para a limpeza dos abrigos. Filhotes muito jovens não devem ser expostos a temperaturas extremas.
Recinto interno: 30m2 mais 4 m2 por indivíduo é recomendado.
Recinto externo: 100 m2 , uma área maior seria útil.
Dimensões
Normativa do IBAMA
0 IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, através da Diretoria de Ecossistemas e do Departamento da Vida Silvestre, em 19 de outubro de 1989 estabeleceu a Instrução Normativa N°
001/89-P e IN N° 004 de 04 de março 2002 onde determina os requisitos recomendáveis para a ocupação em jardins
zoológicos.
A recomendação para o recinto do cachorro-do-mato-vinagre {Speothos venaticus) são:
Área:
30 m2
N° de indivíduos por área :02 (adultos) e máximo de 04 crias Abrigo:
Toca subterrânea (1 m2 ) Tanque:1 m2 e 0,5 profundidade
Área de cambiamento:
2 X 3 m2
Barreira:tela, vidro, fosso com água 3m X 1,5 m e largura 3m
Maternidade:
Piso:
3 m2
" Terra (2m) s/ cimento
Segurança: 11 - Deve-se prender o animal para o tratador entrar no recinto
Observação: Familiar
9,0 m
9,0 m
Os animais cavam muito, é vital para segurança dos animais o alicerce por todos os lados do recinto de no mínimo 2 m
.Com tela no teto também.
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Recomendações do Plano de Manejo
Alimentação
Dieta Básica
Uma dieta básica com uma boa variedade (ratos inteiros, pintos, galinhas, pescoço de galinha, pés de galinha, coelhos
com pele, pombos com penas, filés de peixe (preferencialmente de água doce ou peixe inteiro), ovo cozido, ração de
cachorro de primeira linha, porco e carne de boi, ocasionalmente grandes pedaços de carne com osso) enriquecida com
misturas de minerais e vitaminas e, ração para cães somente como suplemento. Uma dieta adicional com frutas e ovo é
recomendada para evitar problemas digestivos. Oferecer a dieta duas vezes por dia preferencialmente (vide anexo
alimentação e nutrição)
Requerimentos Especiais Dietéticos
É importante, mas nem sempre fácil evitar a obesidade de determinados indivíduos dentro do grupo (ex: fêmea alfa).
Nesses casos isolamento durante a hora das refeições é necessário.
Jejum não é recomendado (somente em casos isolados de obesidade).
Canídeos em fase de gravidez ou amamentação requer aproximadamente duas vezes a quantidade normal de comida
pelo menos até o filhote ter 3 semanas de vida, para ninhadas de 6 ou mais filhotes a alimentação deverá ser triplicada.
Durante a criação dos filhotes mais refeições são recomendadas. Não oferecer alimento vivo e carnes com sangue
durante a gestação.
Método de Alimentação
Pela manhã: alimentação com frutas, legumes e mistura de cereais.
À tarde: proteína animal e alimento vivo.
Água: À vontade
Alimentação e Nutrição de Cachorro Vinagre (Speothos venaticus)
Segundo Beatriz de Mello Beisiegel, do projeto canídeos da USP, o caçhorro-do-mato-vinagre é uma espécie fascinante
dos pontos de vista comportamental e ecologico-evolutivo, por representar uma exceção ao padrão de história de vida
predominante entre os pequenos canídeos, em sua maioria solitários e onívoros, sendo o único dentre eles que caça
cooperativamente e tem uma dieta estritarpente carnívora. Entretanto, muito pouco se sabe sobre seu comportamento e praticamente nada sobre sua ecologia.
No cativeiro, esta espécie tem se adaptado bem a dietas onívoras, ou seja, além de consumir proteínas de origem
animal, aceita bem fontes vegetais, como frutas.
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Planilhas de Alimentação de Zoológicos Brasileiros
Dietas utilizadas para cachorro-do-mato-vinagre:
Parque Ecológico Municipal de Americana
Para 1 animal adulto, diariamente
Cenoura Cozida 50 g
Ração Canina (Bonzo Úmida 100 g
Laranja 50 g
Goiaba 50 g
Carne Bovina (Músculo) 250 g
Vísceras (Fígado, língua, pulmão, coração ou rim
Sardinha com Vísceras 2 unidades
Ovo Cozido 1/2 unidade
50 g
Zoológico Municipal de São Bernardo do Campo
Para 1 animal adulto, diariamente
Carne Bovina (Músculo ou Coração)" 200 g
Banana 140 g
Mamão 70 g
Maçã 60 g
Cenoura 50 g
*A cada 10 dias 20% é fígado de boi.
Fundação Parque Zoológico de São Paulo
Para 1 animal adulto, diariamente
Carne (Músculo) 100g
Sardinha 40g
Pintinhos 100g
Vionate L 1g
Farinha de Osso 1g
Ovo Cozido 1/2 unidade
Banana 100g
Mamão40 g
Maçã40 g
Zoológico de Ilha Solteira
Para 1 animal adulto, diariamente
Pescoço de Frango (5 vezes/semana) 300g
Ratos ou Camundongos (2 vezes por semana) 300g
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Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte
Para 1 animal adulto, diariamente
Ração Canina (25% proteína) Moída*
80g
Banana
180g
Mamão
80g
Coração Bovino
70g
Carne Bovina
60g
Calcário Calcítico
3g
Fosfato Bicálcico
1,5g
*A ração canina moída é misturada a banana para facilitar a aceitação.
Obs: Estas quantidades são superiores às necessidades de manutenção de um animal adulto devido ao fato do casal
estar com um filhote que já está comendo e que, consequentemente, necessita uma quantidade proporcionalmente
maior. Com isso aumentamos a quantidade dos pais para que não haja concorrência com a dieta do filhote. Os animais
ainda recebem ocasionalmente como enriquecimento camundongos ou ratos vivos, peixes vivos (dentro de um
pequeno lago existente no recinto) e grilos. Dentro do trabalho de enriquecimento ainda é utilizada a prática de
esconder pedaços de carne pelo recinto.
Fundação RIOZOO
Dieta de Manutenção: para 1 animal adulto
Ração Canina (25% proteína)
Banana Prata
Mamão
Laranja
Fruta de época (goiaba ou caqui)
Carnes*
Ovo cozido (1 x na semana)
50g
200g
50g
50g
50g
200g
01 unidade
As carnes variam durante a semana em carne bovina, coração bovino, miúdos de frango, sardinha ou manjubinha,
fígado, pintinhos e codornas. Todas as carnes recebem suplementação com carbonato de cálcio e um premix mineral e
vitamínico na proporção de 20g/ Kg de Carne.
Dieta de Reprodução: para 1 animal adulto
Ração Canina Filhotes (30% proteína)
Banana Prata
Mamão
Laranja
Fruta de época (goiaba ou caqui)
Carnes*
Ovo cozido (1 x na semana)
70g
200g
50g
50g
50g
200g
01 unidade
As carnes variam durante a semana em carne bovina, coração bovino, miúdos de frango, sardinha ou manjubinha,
fígado, pintinhos e codornas. Todas as carnes recebem suplementação com carbonato de cálcio e um premix mineral e
vitamínico na proporção de 20g/ Kg de Carne.
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Partição da Energia
A energia não é um nutriente, mas sim uma entidade química que pode ser mensurada. Existem várias formas de
energia: solar,'química, mecânica, elétrica, luminosa, etc. Toda energia pode interconverter-se em outra, mas esta
transformação não se dá com 100% de eficiência, sendo que a única forma de obter 100% de eficiência seria transformando qualquer forma energética em calor.
A energia contida nos alimentos é química (ou potencial), ou seja, é a energia que une os átomos das moléculas orgânicas. Essa energia não pode ser medida diretamente, mas podem ser estimados a partir da oxidação completa dos
alimentos, em aparelhos denominados calorímetros ou bomba calorimétrica. Nestes aparelhos, uma pequena amostra
do alimento é colocada sobre uma resistência elétrica, num recipiente imerso de água, regulados de acordo que, tanto
água, quanto amostra, estejam na mesma temperatura. Quando se passa uma corrente elétrica na resistência, a amostra é oxidada, desprendendo calor e aquecendo a água. A diferença de temperatura antes e depois da oxidação permite
calcular quanto de energia desprendeu-se do alimento. (Nunes, 1995)
Esta energia desprendida da queima total dos alimentos é denominada energia bruta pois não existe nenhuma
indicação se o animal pode aproveitá-la, e quanto pode ser aproveitada.
ENERGIA BRUTA (EB) = Energia desprendida da queima total dos alimentos
ENERGIA DIGESTÍVEL (ED) = Energia Bruta dos alimentos - EB das fezes
ED = (EB do alimento x Quantidade de matéria seca ingerida) - (EB das fezes x quantidade de MS das fezes)
ENERGIA METABOLIZÁVEL (EM) = ED - EB da urina e EB de gases produzidos no trato gastrintestinal e
perdidos para o exterior.
EM = EB dos alimentos - (EB das fezes + EB da urina + EB dos gases da digestão)
ENERGIA LÍQUIDA (EL) = EM - Energia do Incremento Calórico
EL Manutenção = Energia para o metabolismo basal, para a atividade voluntária, para a termoregulação
(manter o corpo frio ou quente).
EL Produtiva = Energia estocada no feto, anexos fetais, no sémen, no crescimento (tecidos), engorda
(gordura), Também considera a energia para trabalho (parte da qual e perdida como calor)
Metabolismo Basal
Toda energia utilizada pelo animal em jejum, descansado e em repouso é transformada em calor liberado do organismo.
Esse processo determina o que se chama metabolismo basal. O metabolismo basal está relacionado com as perdas de
energia radiante através da pele e, portanto, com a superfície corporal. Esta, por sua vez, relaciona-se com o peso vivo.
Difere das necessidades energéticas de mantença porque, nesta, o animal está em atividade normal, mas por definição,
não está produzindo e nem ganhando ou perdendo peso. As necessidades energéticas de mantença são, aproximadamente, o dobro do metabolismo basal.
A relação entre consumo de energia e peso corporal não aumenta linearmente com o aumento de peso, pois que
pequenos animais consomem, em porcentagem do peso vivo, muito mais alimento do que grandes animais (p. ex.: ratos
consomem, para mantença, cerca de 10% de seu peso vivo, enquanto elefantes consomem apenas 0,5%).
Brody e colaboradores, em 1934, encontraram que a produção basal de calor em animais adultos de sangue quente
poderia expressar-se pela equação:
Y = 70,0 Kcal PV°,73
Onde Y = kcal necessárias para a manutenção do metabolismo basal
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Criadouro Conservacionista International Paper
Dieta de Manutenção: para 1 animal adulto
Ração canina 15% proteína
Pescoço de frango
Rim bovino (5 x na semana)
Coração bovino
Fígado bovino (5 x na semana)
Ovo cozido (1x na semana)
Mamão
Maça
Cenoura
70g
50g
50g
lOOg
50g
1/2unidade
50g
50g
50g
Aspectos Nutricionais
Análise Geral
A história evolutiva dos canídeos sugere uma dieta mais onívora na natureza, quando comparados aos felídeos, que por
sua vez são carnívoros restritos. Os canídeos, fisiologicamente e anatomicamente, possuem melhor adaptação e,
consequentemente, maior tolerância a carboidratos na dieta - não possuem amilase salivar mas possuem amilase
pancreática eficiente. De uma forma geral, os canídeos possuem o trato gastrointestinal relativamente curto, sendo o
intestino grosso caracterizado por um pequeno ceco e cólon simples (Stevens e Hume, 1995).
Dos zoológicos que possuem cachorro-do-mato-vinagre e que enviaram suas dietas, percebe-se que a maioria têm
utilizado alimentos vegetais na alimentação diária dessa espécie em cativeiro. A proporção de vegetais nessas dietas
(com base na matéria seca - MS) varia de 0 à aproximadamente 45%. A princípio não existe uma regra para a proporção
de alimentos vegetais, porém, vale lembrar que a maioria das frutas e legumes não possuem uma correta relação
cálcio/fósforo além de níveis muito baixos e as carnes, por sua vez, possuem bons níveis de fósforo mas desprezíveis de
cálcio. Com isso, faz-se necessário suplementar a dieta com cálcio. Das fontes de cálcio disponíveis, o calcário calcítico
(de uso agrícola) é a fonte mais fácil e barata. Dependendo da composição da dieta, outras fontes como farinha de ossos
e fosfato bicálcico podem ser utilizadas, mas não devemos nos esquecer que estaremos acrescentando fósforo
também.
Quando se utiliza uma ração canina de boa qualidade como parte principal da dieta, a suplementação mineral-vitamínica normalmente é desnecessária, uma vez que a ração comercial vem com bons níveis desses elementos e em
proporções adequadas. Exceção se faz para animais que estejam passando por algum tipo de estresse como, por exemplo, convalescença, mudança de ambiente, parasitoses, etc.
Necessidades de Mantença
Energia
Tanto para manutenção, quanto para produção, os animais necessitam primariamente de energia, que será obtida a
partir da oxidação de alguns nutrientes.
Toda substância contendo carbono e hidrogénio pode ser oxidada fornecendo energia, entretanto, nem toda energia
bruta fornecida pela oxidação das substâncias pode ser aproveitada pelos animais. Por exemplo: óleo mineral contem
uma quantidade considerável de energia, nias se fornecermos óleo mineral ao cão, nada será aproveitado, uma vez que
não teremos os processos de absorção. Outras substâncias, mesmo que absorvidas, não poderão ser potencialmente
aproveitadas, por não entrarem nos processos metabólicos normais do animal.
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Protocolo de manejo do Cachorro Vinagre\ Speothos venaticus
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DO CACHORRO VINAGRE (Speothos venaticus) II Edição, I Revisão 2005
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Para facilitar os cálculos:
pVo,75 =Peso metabólico
(p0,75 equivale à raiz quarta do peso elevado ao cubo)
O uso do peso metabólico permite comparações entre animais de pesos e tamanhos diferentes e mesmo entre espécies
diferentes. Embora baseado no dispêndio de energia, o peso metabólico é muito útil nas determinações dos requisitos
nutricionais de todos os nutrientes.
As necessidades energéticas dos canídeos dependem primariamente do tamanho e peso do animal, mas podem variar
com as condições ambientais, a atividade e o estádio fisiológico, entre outros fatores.
Considerando um animal adulto com peso vivo de 7 kg, a dieta com aproximadamente 3800 Kcal de energia metabolizável (EM). Teríamos então, 140 X 7 0,75 = 140 X 4,30 = aproximadamente 600 Kcal de EM, ou seja, o animal em
questão necessita de 600 Kcal/dia de Energia Metabolizável para sua mantença.
Considerando as 3800 Kcal de EM contido na dieta exemplo, o animal vai precisar ingerir:
600/3800 = aproximadamente 160 g da dieta na matéria seca (MS).'
Levando em conta as proporções dos alimentos, isso significa:
Ração Canina = 0,42X160 = 67,2 g
Banana = 0,30X160 = 48,0 g
Carne Bovina = 0,10X160 = 16,0 g
Coração Bovino = 0,10X160 = 16,0 g
Mamão = 0,05X160 = 8,0 g
Calcário = 0,02X160 = 3,2 g
Fosfato Bicálcico = 0,01 X160 =1,6 g
Passando agora as quantidades para a matéria natural, ou seja, como o animal vai comer, teremos, em valores já
arredondados para facilitar:
Ração Canina = 67,2 / 0,90(teor de MS da ração -> 90%) = 75 g
Banana = 48,0 / 0,21 (teor de MS da banana 21 %) = 230 g
Carne Bovina = 16,0 / 0,29(teor de MS da carne 29%) = 55 g
Coração Bovino = 16,0 / 0,26(teor de MS do coração -> 26%) = 60 g
Mamão = 8,0 / 0,13(teor de MS do mamão -> 13%) = 60 g
Calcário = 3,2 / 0,99(teor de MS do calcário -> 99%) = 3 g
Fosf. Bicálcico = 1,6 / 0,98(teor de matéria seca do Fosf. Bicálcico -> 98%)= 1,5 g
Estas seriam as quantidades totais, estimadas, dos alimentos que o animal deverá ingerir por dia. O ideal é que sefracione em duas vezes ao dia.
Vale lembrar que estas quantidades são uma base para se trabalhar, pois deve haver uma monitoração constante do
peso do animal, interferindo, sempre que necessário, quando o animal estiver com peso acima ou abaixo do desejável.
Gestação e Lactação
Certos cuidados e alimentação adequada são necessários na época reprodutiva para garantir a saúde e bom estado dos
animais e para viabilidade, saúde e crescimento de sua descendência. O ideal é que os animais que vão reproduzir-se
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tenham logo, desde a fase de crescimento, alimentação e manutenção corretas, que se prolonguem durante o seu
desenvolvimento e continuem nos períodos de acasalamento, gestação e lactação.
Antes do cruzamento, tanto a fêmea como o macho, devem estar em excelente estado físico e com peso nem acima nem
abaixo do adequado ao padrão. A nutrição inadequada na fêmea pode levar ao nascimento de filhotes com baixo peso
e ao aumento da mortalidade pré-natal. Por outro lado, o excesso de peso pode levar ao desenvolvimento de fetos
muito grandes e a partos difíceis.
Menos de 30% de crescimento fetal ocorre durante as primeiras semanas de gestação. Ainda que os fetos se desenvolvam muito rapidamente, são pequenos até o último terço da gestação. Assim, nesse período são moderados os aumentos de peso da fêmea e das suas necessidades nutricionais. No terço final da gestação, o peso e tamanho dos fetos
aumenta muito. A partir desse período deve-se aumentar progressivamente a ingestão de alimentos para que, no
momento do parto seu consumo diário seja 25% a 50% superior às suas necessidades normais de manutenção. Seu
peso corporal deverá ter aumentado entre 15% e 25% no momento do parto. Uma fêmea cujo peso ideal é 7-8 Kg
deverá pesar, no final da gestação, entre 9,2 Kg e 10 Kg.
Aspectos Alimentares Práticos durante a Gestação:
1.Oferecer uma dieta digestiva e rica em energia e nutrientes, substituir a ração para cães adultos por ração
para cães filhotes (30%Proteína Bruta) é uma alternativa, lembrando que esta nova ração deve ser adicionada gradativamente como todo "novo" alimento.
2.Não aumentar a ingestão de alimentos logo no início da gestação
3.Sempre que possível, oferecer pequenas porções de alimentos no final da gestação, pelo menos, duas
refeições diárias
4. Aumentar a ingestão de alimentos, * aproximadamente, 1,25 a 1,5 vezes relativamente às necessidades de
manutenção nas últimas semanas
5. As fêmeas não devem ganhar mais que 15%-25% de seu peso corporal ao final da gestação
A consideração mais importante durante a amamentação é a adequada provisão de calorias. Uma alta ingestão
energética permite uma produção de leite suficiente e previne que o animal sofra uma drástica perda de peso. É importante também uma adequada ingestão de água para produção de um volume suficiente de leite. Durante o período de
amamentação a fêmea consumirá 2-3 vezes o que consumiria para suprir suas necessidades de manutenção. Este
aumento também deverá ser gradativo e deverá ser recalculado à medida em que os filhotes começarem a ingerir
alimentos sólidos. A substituição por uma ração de filhotes com 30%PB oferecerá um aporte energético e proteico
maior.
Em geral, a fêmea perde peso durante a amamentação, mas esta perda não deve ser superior a 10% do seu peso normal.
Os suplementos de cálcio ou de qualquer outro mineral durante a gestação não são necessários se a fêmea estiver
consumindo uma dieta comercial bem equilibrada de alta qualidade. Embora as necessidades de cálcio sejam elevadas
durante este período, normalmente o animal obtém os nutrientes de que necessitam através do consumo de maiores
quantidades de sua dieta normal, devidamente balanceada para todos os nutrientes.
Aspectos Alimentares Práticos durante a Lactação
1 .Oferecer uma dieta digestiva e rica em energia e nutrientes, continuando com a ração para filhotes.
2.Sempre que possível, oferecer pequenas porções de alimentos no final da gestação, pelo menos, duas
refeições diárias
3.Aumentar a ingestão de alimentos, aproximadamente, 2-3 vezes relativamente às necessidades de
manutenção nas últimas semanas
4.Reduzir lentamente a quantidade de alimento oferecido à medida que os filhotes forem sendo
desmamados
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Crescimento
Para os filhotes, talvez seja necessário umedecer a ração e misturá-la às frutas para facilitar a aceitação. O alimento
poderá ser fornecido em prato raso e os filhotes devem ter acesso fácil aos alimentos durante o dia. O alimento seco
poderá ser introduzido gradativamente.
Literatura Consultada
BORGES, F.M.O e NUNES, I.J. Nutrição e Manejo de Cães na Saúde e na Doença. Cad. Téc. Esc. Vet. UFMG, n. 23, 103
p., 1998.
NUNES, I.J. Nutrição Animal Básica. Belo Horizonte: Copiadora Breder, 1995. 334 p.
CASE, L.P., CAREY, D.P. E HIRAKAWA, D.A. Nutrição Canina e Felina -Manual para Profissionais. Harcourt Brace de
Espana S.A. Madrid, Espana. 1998. 424p.
NOWAK, R. M. Walker's mammals of the world - 5â edição. 2o volume, The Johns Hopkins University Press. Baltimore
and London, 1991. 1615p.
EWER, R.F. The Carnivores. Cornell University Prèss. Ithaca, New York. 1998. 500p.
KLEIMAN, D.G., ALLEN, M.A., THOMPSON, K.V. e LUMPKIN, S. Wild Mammals in Captivity: Principies and Techniques.
The University of Chicago Press, Chigago. 1996. 639p.
STEVENS, CE. e HUME, I.D. Comparative Phisiology of the Vertebrate Digestive System. 2a ed. Cambridge University
Press. 1996. 400p.
Carlos Eduardo do Prado Saad Zootecnista - M.Sc. Nutrição Animal Doutorando em Nutrição Animal E-mail:
[email protected]
Ana Raquel Gomes Faria Bezerra Zootecnista - M.Sc. Nutrição Animal
Estrutura Social
Estrutura Social Básica
Estrutura para um casal e seus filhotes. A manutenção de grupos familiares com dois filhotes é possível e recomendada.
O desenvolvimento do ciclo sexual das filhas é inibido pela presença da sua mãe. Quando uma fêmea alfa entra no cio
podem ser manifestadas divergências entre mães e filhas, e agressões entre pais e filhos, mas após a fase do ciclo o
grupo volta a viver pacificamente. De acordo com os proprietários da Mulhouse e Frankfurt grupos de até 14 membros
tem convivido por anos sem problemas.
Conflitos (algumas vezes sérios) podem ocorrer quando a fêmea alfa do grupo morre.
Há alguns casos de grupos com duas fêmeas reprodutoras (irmãs), mas a estrutura deste tipo de grupo é muito frágil
podendo ocorrer sérias brigas , então, este tipo de grupo não é recomendado.
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Mudanças nas Estruturas dos Grupos
Introdução de animais selvagens ou com parentesco em outro grupo.
Os Cachorros do Mato Vinagre podem ser introduzidos rapidamente e facilmente com o procedimento de rotina. Os
indivíduos que serão introduzidos devem ficar em áreas para o reconhecimento que permitam aos animais se verem e
farejarem uns aos outros até se reconhecerem. Depois deste primeiro contato, eles devem ficar juntos durante o período diurno e a noite devem ser separados. Normalmente depois de uma semana a introdução é completa. Este manejo
vai depender do comportamento dos animais e da avaliação dos técnicos envolvidos.
Relatos de animaids criados artificialmente
É possível mas leva mais tempo do que no caso de animais criados pelos paises e a personalidade do animal pode
influenciar nas introduções (um animal criado artificialmente no Zoológico de Washington apresentou perseguição ao
rabo, mastigação das patas e auto punição ao ser introduzido a outros Cachorros Vinagre).
No Zoológico de Frankfurt uma fêmea que foi criada artificialmente sempre atacava os machos estranhos. Um rápido
sucesso finalmente foi alcançado com o truque do perfume. Era espirrado nos Cachorros um perfume com forte odor
imediatamente antes de introduzi-los uns aos outros
Por causa do cheiro forte ambos ficavam excitados, começando um comportamento egoísta. Ficaram se cheirando por
meia hora na gaiola. Depois ambos se acalmaram. Nenhuma agressão aconteceu após a introdução desse casal e a
procriação aconteceu com sucesso.
Introdução de Cachorros Vinag re do mesmo sexo
Muitos zoológicos tentaram introduzir fêmeas adultas. Na maioria dos casos a introdução falha por causa da forte
intolerância das fêmeas. Por outro lado, no Zoológico de Oklahoma obteve sucesso na introdução de uma fêmea adulta
e uma fêmea sub-adulta sem a presença de machos em um grupo de espécimes muito velhas (mais de 10 anos). Não é
recomendado a introdução de animais adultos do mesmo sexo.
Enriquecimento Ambiental
Recintos com equipamentos apropriados (ver acima);
Uma "vida familiar completa" com dois filhotes;
Alimento vivo;
Material para cabo de guerra (vara, sacos de juta);
Alimentação espalhada;
Material móvel como varas, galhos, pedaços de árvore, objetos que bóiem e que rolem (batatas não cozidas, materiais
de madeira), materiais mastigáveis para cachorros domésticos etc.
Cachorros vinagres aprendem facilmente a pegar suas presas mortas no fundo do tanque (Wilhelma/Stuttgart) e pegar
comidas vivas (como brotos) nas águas rasas do tanque (Frankfurt).
Cubos de gelo, utilização de mobílias (troncos, poleiros etc), utilizar estímulos olfativos (sangue, urina, fezes, enterrar
comida etc).
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Criação
Acasalamento
Maturidade sexual: em ambos os sexos o comportamento sexual começa a partir do primeiro ano de vida.
A iniciação de comportamentos sexuais em grupos maiores depende não só da maturidade sexual, mas também de
fatores sociais. Em grupos de famílias maiores somente há procriação entre o casal dominante O comportamento
sexual de maturidade dos filhotes parece ser inibido. Os filhotes são "socialmente castrados".
Período de copula: há muitas mudanças físicas e comportamentais durante o período de copulação como inchaço da
vulva, aumento de marcação através do cheiro e o casal passa mais tempo juntos. O longo período de copulação é de 1
a 14 dias, com a média entre 3-7 dias, com mais copulações entre o 3o e 4o dia.
Os Cachorros Vinagre manifestam um ciclo reprodutivo muito instável. Na maioria dos zoológicos o período entre
cada cio é irregular (de 15 a 96 dias). Quando a fêmea é introduzida a um novo macho ela demora de 5 - 26 dias para
entrar no cio.
Ciclo: O Cachorro do Mato Vinagre é poliéstrico não apresentando uma época reprodutiva evidente. A flexibilidade
reprodutiva é indicada principalmente pelos intervalos entre as ninhadas. Fêmeas no período de amamentação voltam
ao período fértil numa média de cinco meses e meio depois do cio anterior. Algumas fêmeas têm duas ninhadas por ano.
Fêmeas que tiveram seus filhotes removidos ou mortos voltam ao ciclo mais rapidamente (numa média de 96 dias) do
que as fêmeas que não tiveram seus filhotes perdidos (numa média de 168 dias).
Gravidez
A gestação dura em média 67 dias (varia de 62-70). A gravidez é facilmente detectada no segundo mês, quando as
fêmeas aumentam de peso.
Nascimento
Sinais físicos do parto que está para acontecer são a dilatação mamária, queda do pelo envolta dos mamilos e aumento
da vagina. Diminuição do apetite, ataques longos e frequentes de escavação, maior parte do tempo dentro do abrigo e
agressividade do macho e da fêmea com os tratadores.
Durante o parto o macho e os filhotes mais velhos não devem serseparados.
Desenvolvimento e cuidados com o filhote
A ninhada pode ser de um a dez filhotes com a média de 2 a 4 filhotes. Filhotes começam a comer comida sólida com
30-40 dias de vida, desmamando completamente com 10 para 18 semanas.
O pai alimenta os filhotes a partir do segundo mês e os filhotes são integrados ao grupo através de brincadeiras com
suas irmãs mais velhas. Há um pequeno risco dos filhotes recém-nascidos serem machucados pelas irmãs mais velhas
quando elas os carregam ou brincam .
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Aleitamento Artificial
Programação das Refeições
A maioria dos zoológicos recomenda ESBILAC, o Zoológico de Washington usa de 6-8% de ESBILAC (no primeiro dia),
12% (2-9 dias)18 % (10 dias até o desmame), o Zoológico de Berlim usa o ESBILAC misturado a carne e a gema de ovo
a partir do 17 dia. O Mulhouse (que usa o MILKDOG) indicou a deficiência de ferro na quinta semana, a próxima ninhada será prevenida com suplementos de ferro desde o começo. É recomendada a Royai canin e leite de cabra, conforme
experiências de criação artificial de filhotes feitas no Brasil.
Influências Comportamentais
Ver capítulo sobre relato de animais criados artificialmente.
Fêmeas criadas artificialmente podem apresentar comportamento nervoso quando se tornam mães. Já os machos
mantêm seu comportamento normal.
Cuidados com os Filhotes
- UTAs;
- Bolsas de água quente;
- Cobertor (importante manter o animal em temperatura constante), o animal deve ser mantido aquecido e
seco;
- Mais de um filhote mantê-los junto;
- Alimentação: primeira semana alimentar de 2 em 2 horas, na terceira semana alimentar de 3 em 3 horas
entre as mamadas, na quarta semana de 4 em 4 horas e na quinta semana iniciar o desmame.
-Estimular e fazer massagem no abdome depois, ou antes, de cada mamada utilizando algodão com água
morna ou algo similar para a defecação dos filhotes.
Recomendações Médico-Veterinárias
Tendo em vista que os trabalhos de prevenção e da própria medicina curativa são bastante dependentes de fatores
particulares e regionalizados, optou-se por uma compilação das principais ocorrências médicas nos zoológicos que
tradicionalmente vem mantendo estes animais. Não há portanto, o objetivo de estabelecer normas e receitas, procurou-se ao invés disto, fornecer subsídios relacionados a experiências vivenciadas, que possam auxiliar o estabelecimento de diagnósticos, planos terapêuticos e programas de prevenção.
Endoparasitas
Acreditamos que os parasitas que infectam os canídeos domésticos e as outras espécies selvagens, podem ser
responsáveis por infecção e doenças também nos cachorros vinagre. Rotineiramente tem sido dentificados:
-
Ancylostoma caninum
Toxocara canis
Trichuris spp
Dipylidium spp
Os princípios ativos utilizados e que vem apresentando bons resultados são Pomoato de Pirantel e Praziquantel,
Mebendazole, Levamizole, Febendazole e Oxifendazole em regimes . e dosagens semelhantes às utilizadas para as
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demais espécies de canídeos domésticos e selvagens.
Ectoparasitas
Embora não tenham sido encontrados com grande frequência, as espécies descritas em infestações dos animais mantidos nos zoológicos foram:
Ctenocephalides felis
Nestes casos, aplicações tópicas de Fipronil e o manejo criterioso do ambiente, com utilização de vassoura de fogo,
troca de utensílios e abrigos, resolveu a situação. Entretanto, surtos de puliciose que acometeram outros carnívoros
selvagens em criadouros e zoológicos do país, inclusive com desenlaces fatais, alertam para o cuidado e para o potencial rico destas infestações sobre a população cativa de cachorros vinagre. Em uma situação que envolveu infestação
importante nos vinagres, além do procedimento descrito foi realizada pulverização do recinto com piretróides
tendo-se alcançado bons resultados na diminuição da carga parasitária ambiental. Desta forma, a vigilância estreita
dos animais e do ambiente deve ser exercida constantemente. Produtos que atuam a médio e longo prazo prevenindo
a infestação como o Lufenuron, foram pouco testados nesta espécie mas vem apresentando bons resultados em outros
carnívoros podendo se colocar como uma alternativa em regiões de alta infestação.
Também se relatou nos últimos anos a ocorrência de miíase sem a identificação da espécie envolvida. Obviamente, o
procedimento terapêutico obedece aos regimes instituídos para as demais espécies.
Doenças Infecciosas
Várias infecções com manifestações clínicas de severidade e localização variadas foram descritas neste grupo de
animais, destacando-se dois surtos que envolveram:
Salmonella spp - Enterite hemorrágica.
Escherichia coli- Enterite hemorrágica.
Neste caso embora tenha ocorrido o isolamento ficou a duvida se outros agentes bacterianos não estariam também
envolvidos.
Antibioticoterapia foi instituída preferencialmente baseada em testes de sensibilidade in vitro. Também diversas
composições de Probióticos vem sendo utilizadas nestas situações com resultados variáveis.
A giardíase, Giardia spp, desencadeando enterites, já foi observada em algumas instituições. Mais uma vez o'tratamento preconizado não difere daqueles utilizados em cães domésticos e em outras espécies de canídeos selvagens onde o
Metronidazol e Secmidazol são amplamente utilizados. Ensaios com a vacina contra a giardíase não foram conduzidos
na espécie. Casos de raiva, cinomose, parvo e coronavirose são relatados na literatura internacional; no país, embora
para algumas delas existam suspeitas, não há descrição de isolamento dos agentes nos cachorros vinagre brasileira.
Imunoprofilaxia
Embora seja um campo bastante desconhecido, particularmente quando relacionado aos nossos animais, o risco
decorrente das doenças infecciosas e a dificuldade no estabelecimento de tratamentos demanda o desenvolvimento e
a utilização de protocolos de imunização. Entretanto, limitações quanto ao conhecimento da susceptibilidade da
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espécie as diversas doenças, da própria fisiopatologia das mesmas e consequentemente da dinâmica da resposta
imune a ser montada, implica em possíveis limitações a eficácia do processo. Neste sentido, a falta de avaliações dos
programas estabelecidos reforça o atual estado de empirismo desta prática.
Atualmente vem se utilizando desde vacinas monovalentes (Cinomose), até outras com antígenos múltiplos
(decavalentes), nos esquemas preconizados para cães domésticos. Reforça-se aqui que não existem estudos sorológicos que comprovem a soroconversão ou mesmo epidemiológicos que atestem a eficácia da utilização destes produtos
nos esquemas estabelecidos. Em decorrência de um trabalho realizado com Lobos Guará em cativeiro no país, a
maioria das instiuições vem adotando a marca Eurican CHP® com aplicações aos 60, 90 e 120 dias de idade e revacinações anuais.
Doenças Degenerativas
O progressivo envelhecimento do plantel traz o aumento na prevalência das doenças degenerativas. As doenças
articulares já vem sendo relatadas e a utilização dos proteoglicanos e antiinflamatórios não esteroidas foram os
tratamentos de escolha.
Contenção Química
Diversas drogas e combinações fazem parte do repertório para a espécie em questão sendo os anestésicos dissociativos os mais utilizados.
* Cloridrato de Quetamina e Cloridrato de Xilazina - 10 a 12 e 0,5a 1 mg por quilograma, respectivamente.
*Cloridrato de Quetamina, Cloridrato de Xilazina e Acepromazina - 10 a 12, 0,6 e 0,02 mg por quilograma,
respectivamente.
*Cloridrato de Quetamina e Diazepan ou Midazolam -10 a 12 e 0,5 a 1,5 mg por quilograma, respectivamente.
*Tiletamina e Zolazepan -5 a 7 mg por quilograma.
Relatos de acidentes devido a contenção química são raros e envolvem uma pneumonia por aspiração, traumatismos
variados e um animal com histórico de episódios convulsivos durante a indução quando da utilização de quetamina e
xilazina.
Procedimentos anestésicos, vem sendo realizados através do emprego de anestésicos voláteis como o Isofluorano e
Halotano, sem que haja qualquer diferença com relação às outras espécies animais.
Além destes o Tartarato de Butorfanol e o Tramadol tem sido utilizado regularmente como analgésicos.
Protocolo de Vacinação Prof. Dr. Adauto L. Veloso
No Brasil, não dispomos de vacinas para canídeos com vírus morto, recomendadas por protocolos internacionais.
Alguns trabalhos e experiências pessoais indicam que vacinas preparadas com vírus vivo modificado, de uso rotineiro
para canídeos domésticos, tem sido utilizadas para animais selvagens e até agora elas tem-se mostrado seguras e
aparentemente imunogênicas.
Atualmente existem no mercado brasileiro diversas marcas com várias frações vacinais, preparadas em uma única
dose. Seu uso deve ser feito com sob estrito controle veterinário com rigorosa observação e registro de eventuais
efeitos colaterais.
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O principal cuidado no uso de vacinas com vírus vivo modificado reside na verificação das células de cultura, especialmente no caso da cinomose e parvovirose . A fração vacinai contra a cinomose deve ser cultivada em ovos embrionados
de galinha (a chamada vacina "avianizada") enquanto que a parvovirose deve ser cultivada em células renais ou hepáticas de cão.
Relacionamos algumas marcas que preenchem os requisitos referidos acima:
a) Eurican® CHPL, Lab.Merial (Cinomose, Hepatite, Parvovirose, Leptospirose)
b) Galaxy® DA2PPvL, Lab. Fort Dodge (Cinomose, Hepatite, Laringotraqueíte, Parainfluenza, Parvovirose,
Leptospirose)
c) Duramune® PC + Galaxy® C, Lab. Fort Dodge Aplicar as duas juntas (Parvovirose, Coronavirose) +
(Cinomose)
d) Nobivac® DHPPi + L , Lab. Intervet (Cinomose, Hepatite, Parvovirose, Parainfluenza, Leptospirose)
e) Canigen® CH(A2)P/L , Lab.Virbac (cinomose, hepatite, adenovirose, parvovirose, leptospirose)
Com base na experiência atual e nas recomendações internacionais, sugere-se o seguinte esquema de vacinação:
Filhotes
1. Cinomose, Hepatite, Parvovirose, Leptospirose (Recomendadas.Demais frações, opcionais)
inicio 6ª semana
reforço 8ª semana
reforço 9ª semana
reforço 12ª semana
Dose anual
2. Raiva (opcional)
Acima de 3 meses
Dose anual
Adultos
1. Cinomose, Hepatite, Parvovirose, Leptospirose (Recomendadas.Demais frações, opcionais).
Dose anual
2. Raiva (opcional)
Dose anual
Colheita de Material Biológico e Exame Clínico
Realizar anualmente pelo menos um exame clínico completo incluindo cavidade oral, hemograma, função hepática e
renal.
Exames parasitológicos com métodos para ovos leves, pesados e protozoários a cada quatro meses.
Colheita de material
Sangue (20 ml)
- Sem anticoagulante (10ml)
Esfregaço
Estoque de soro
Estoque do coágulo
- Com EDTA (5ml)
Hemograma
Estoque de plasma
Estoque leucócitos (DNA)
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Estoque da papa de hemáceas
- Com heparina (5 ml)
Estoque de leucócitos vivos
Estoque da papa de hemáceas
Material para citogenética
Estoque de plasma
-
Pele: Coletar um fragmento de aproximadamente 1 cm2 de pele após tricotomia e assepsia com álcool 70%. O
fragmento deve ser dividido em 5 partes, depositado em criotubos com meio crioprotetor e congelado.
-
Pêlos: Uma quantidade de aproximadamente 100 pelos devem ser arrancados de uma região com pelos curtos
(coletar com luva de procedimento). Depositar em tubo com álcool absoluto. Estocar a temperatura ambiente.
- Esfregaço vaginal: A ser avaliada sua viabilidade.
- Sêmen: A ser avaliada sua possibilidade.
Anualmente junto ao exame clínico realizar colheita e estocagem de soro. Após o hemograma e bioquímicas, fracionar
o material restante em amostras de 0,25 mL congelando em seguida.
Outros Aspectos
Identificação
Marcação (tatuagem) na área interna da coxa;
Implantação do microchip por via subcutânea, na região dorsal entre as escápulas.
Traduzido do original : EEP Husbandry Guidelines for Speothos venaticus / Dr. Rúdiger Dmoch/ EEP Coordinator/ Zoo
Frankfurt
Conservação in situ
Pesquisas ligadas ao cativeiro:
-Proporcionar melhorias na interface de pesquisas cativeiro - vida livre;
-Desenvolvimento de estudos em cativeiro aplicáveis a pesquisas em vida-livre;
-Educação ambiental direcionada à divulgação e informação do público sobre a espécie e seu habitat;
-Elaboração de banco de dados sobre espécimes provenientes da natureza (procedência, biometria, análise
de fezes, aspectos sanitários, etc);
-Depósito de material zoológico (peles, crânios) de animais que vierem a óbito nas instituições mantenedoras concentradas em uma instituição reconhecida a ser definida pelo Comité (com a condicionante do acesso
posterior ao material e às informações obtidas);
-Depósito de amostras biológicas (especialmente material genético) concentrada em uma instituição
credenciada pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético - CGEN e alojadas em locais diferentes como
medida de segurança.
Propostas de estudos em vida livre:
- Elaboração de banco de dados com informações existentes da espécie;
- Identificação de áreas potenciais para ocorrência e conservação da espécie;
- Educação ambiental em locais potenciais para a ocorrência: finalidade de aumentar o reconhecimento da
espécie por moradores locais e pesquisadores; Priorização de pesquisas com a espécie em unidades de
conservação onde existe ocorrência confirmada;
-Divulgação e refinamento de metodologias efetivas nos registros da espécie; Identificação de populações
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através de análise de DNA obtido nas fezes;
-Depósito de material zoológico (peles, carcaças de animais atropelados e resgatados) concentradas em uma
instituição reconhecida a ser definida pelo Comitê (com a condicionante do acesso posterior ao material e às
informações obtidas);
-Incentivo à coleta de material biológico em indivíduos capturados, resgatados, apreendidos e posterior
depósito concentrado em uma instituição credenciada pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético CGEN e alojadas em locais diferentes como medida de segurança.
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TEXTO ORIGINAL:
EEP Husbandry Guidelines for
Speothos venaticus
BIOLOGY AND FIELD DATA
1.1 BIOLOGY
Habitat: Field data are very scarce and only
anecdotal. According to that Bush Dogs are said to
be diurnal inhabitants of forests with thick undergrowth, but also are met in open savannas
(Deutsch, 1983; Husson, 1978). Apparently they
prefer wet biotops, like river banks, mangroves and
wet savannas.
Their dentition suggest specialisation for a heavily
carnivorous diet (Berta, 1984; Kleiman, 1972),
"...although they will eat. a variety of fruits and vegetables as well" (Biben, 1982).
Bush Dogs are reported to feed on a wide variety (aquatic invertebrates and vertebrates, birds and small terrestrial
animals. They are said to be cooperative hunters attacking large sized prey species Hke Pacas (Deutsch, 1983) and
Brocket Deers (Itaipu/Asuncion pers.comm.). Their strong neck muscles enables Bush Dogs to seize these large prey
species. It has been reported that Bush Dogs will pursue Brocket Deers (Mazama spec.) into water to seize and drag
them ashore (Asuncion Zoo, pers. comm.).
Bush Dogs use abandoned underground burrows of e.g. armadillos to sleep and to raise their pups (Sanderson, 1948;
Itaipu Zoo, personal comm.).
In captivity they had proved to be locomotory very active and playful canids. Furthermore they are excellent swimmers
and divers (Bates, 1944; Vancatova, 2000; Zoo of Asuncion).
MANAGEMENT IN CAPTIVITY
2.1) ENCLOSURE
2.1.1) BOUNDARY
All kind of barriers are suitable:
•- wire mesh fence (3-4 cm diameter, 2-2.5 mm strong)
•- walls combined with wire mesh fence
•- walls combined with glass
•- dry moat with masonry wall
•- water moat
Bush Dogs do not jump very well, hence smooth walls or glass fronts of 1,4 m height (San Diego Zoo) and/or dry moats
of 1,2 m width and 1.0m deepth (Winnipeg Zoo) are sufficient as escape protection. Crandall (1964) reported a surprising ability to climb the wire mesh fence to a height of 6 feet. Therefore wire mesh fences should be provided with an
inward-facing 45 degree overhang.
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To prevent escape by digging earth covered outyards need a wire mesh layer in the earth or fences sunken more than
0,6 m into the earth.
2.1.2) SUBSTRATE
General remark: Bush Dogs normally scour a lot. This behavior is intensified by introduction, due to new housing or
unusually noises in the vicinity. On inadequate floor cover (especially on concrete floor but also on sealed concrete
floor) chafing may be quite possible.
Inside: thick layer of mulch or a peat/sand/leaves-mixture; hard, smooth and too rough surfaces are to avoid;
Outside: Grass covered outyards is the best solution.
2.1.3) FURNISHING AND MAINTENANCE
General Furniture. Maintained in a poorly equipped enclosure the animals (and consequently the zoo visitor) will be
bored. To avoid this effect an appropiate enclosure has to offer:
enough space to run
a waterpool to swim and dive
an earth covered floor in the outdoor enclosure to dig
elevated resting places for climbing purposes
Uberdachungen as a protection against solar stress and rain,
an artificial source of heat to keep them outdoors on older days
hollow logs, stone refuges, trunks, living bushes, shrubs, trees to hide
vertical marking posts
Waterpools should be surrounded by a shallow watersection, which will be warmed up by sun in the outdoor enclosure. Observations in Itaipu Zoo/Asuncion showed, that the parents carried away the very young pups from the waterfront. Bush Dogs spent a good deal of time in the pool (Bates, 1944), clean and eat their prey in shallow water (Frankfurt). Bushdogs will easily learn to get their dead food-animals from the ground of deep pools (Wilhelma/Stuttgart) and
to catch live food (like sprouts) from shallow watersections (Frankfurt). A change of the water as regular routine is to
be considered. Shallow water zone (0-10 cm deep), swimming zone (mean depth 40 cm) and diving zone (at max 120 cm
deep): relative portion of zones mentioned above 6:3:1.
Breeding dens. Sleeping/breeding refuge dens are necessary. Usually the whole group sleep in the same den. Therefore
sleeping/breeding dens of at least 0,5 sqm surface and a height of 0,3 m are recommended for a breeding pair with one
litter. A pack with 2 litters needs larger dens (approx. 0,8-1.0 qm). In groups with full grown offspring, but also to calm
down nervous mothers a Second den is recommended. Social tensions between father and sons, respectively mother
and daughters may temporalily arise during the estrus of the dam. In this situation a spatial separation during sleeping
phases were observed (Frankfurt). In the outdoor enclosures 2 refuges are also necessary, if the animals are not
allowed to enter the indoor facilities.
The entrances of the dens should be 0,25 m high and 0,25 m wide (pregnant females!). An entrance with porch is
recommended in outdoor enclosures and at windy places of the indoor cages. A removable dentop is usefull in
controlling the pups development. U-iron at the edges of wooden dens prevent gnawing damages.Bedding material
(hay, straw, cedar chips) will be accepted.
Heating indoor enclosure: Most zoos offer an indoor/outdoor enclosure combination with indoor temperatures
between 12°C and 23°C. Washington maintained BDs successfully at a room temperature of 12°C-15°C.
Nevertheless it is recommended to keep indoor temperatures between 18-20°C in the daytime. It is justified to drop
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the temperature during the night because the member of a pack sleep huddled togehter in the den. There are only a
few data concerning ,air humidity. Obviously the mean ambient humidity seems enough to keep the Bush Dogs in good
health.
Outdoor enclosure: In colder climates Bush Dogs start spending more time at indoor below temperatures of 10°C.
Animals are not bothered by cold (till -5°C) and snow, but spend very little time outdoors below 0°C. Short stays of
older youngs and adults at the outyard below 0°C are justified, if cleaning procedure of the indoor cages makes it
necessary. Pups should not be exposed to temperature extremes.
2.1.4) ENVIRONMENT
The maintenance of Bush Dogs in Carnivore Houses with optical, olfactorial and visual contacts to cats and other
canids doesn't seem to take effect on breeding behavior of Bush Dogs.
2.1.5 DIMENSIONS
Indoor: 20 qm plus 4 qm for each further individual sre recommended.
Outdoor: 100 qm, more area would be beneficial.
2.2 FEEDING
2.2.1 BASIC DIET
Basic diet of a good variety (whole mice, rats, guinea pigs, chicks, chicken, chicken legs.rabbits with fur on, pigeons with
feathers on, fish fillets, heart meat of lamb, pig and beef, occasionally large pieces of meat on the bone,) enriched by
mineral and vitamin mixtures; commercial dog food only as supplement.
An additional diet with fruits/cereals/eggs is recommended to avoid digestive disorder.
Diet of Zoo Frankfurt:
In the morning: 250 g "Bush Dog dumplings". These dumpling are a food mixture consisting of:
•-100 g "Standard food mixture A for Omnivores". (5 % bran, 5 % bruised oats, 3 % bruised wheat, 15 % bruised
maize, 16 % bruised soja, 8 % bruised barley, 16 % skimmed milk powder, 8 %, lucerne flour, 8 % boiled cattle
meat, 8 % meat meal, supplemented by 8 % dry yeast, iron powder and mineral salt mixture, plus 2 g Rovimix
(vitamin mixture):
500 g boiled rice,
500 g lean minced meat,
500 g chopped apples,
500 g chopped carrots,
3 boiled eggs,
200 g Seremil (rusk pup for children),
100 g Ipevet milk (human baby milk),
300 g rolled oats,
5 bananas,
25 ml BOVISERIN (native cattle serum).
In the afternoon: piegeons, guinea pigs, rats and chickens; amount according to animals appetite;
twice a week living trouts and or rats (behavioural enrichment)
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2.2.2
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SPECIAL DIETARY REQUIREMENTS
It is important but not always easy to avoid the obesity of single specimens (e.g. alpha females) within the pack. In these
cases isolation during the feeding time is necessary.
Fasting days are not recommended (only in isolated obese specimens). '
pregnant and lactating canids requires approx. two times the normal account of food by the time her litter is 3 weeks
old, for a litter of six or more pups feeding is to be increase to three.
During rearing pups multiple feedings are recommended.
2.2.3
METHOD OF FEEDING
In the morning feeding of a fruits/legumes/cereals-mixture
In the afternoon animal protein, live feeding,
2.2.4 WATER
ad lib
2.3 SOCIAL STRUCTURE
2.3.1 BASIC SOCIAL STRUCTURE
The basic unit is the pair and its offspring. The maintenance of such a family group with two successive litters is
possible and recommended. Cycling of sexually matured daughters is inhibited in the presence of her mother. When
the alpha female come into estrus minor aggressions between mother and daughters, resp. father and sons may be
displayed, but after the estrous phase the group will settle down peacefully. According to holders like Mulhouse and
Frankfurt packs till 14 members has ben kept together without problems for a lot of years. Conflicts (sometimes
severe) may arise when the alpha female die!
There are some cases with groups with two breeding females (sisters) but this group structure is very fragile and may
result in severe fights and is therefore not recommended.
2.3.2 CHANGING GROUP STRUCTURE
2.3.2.1
Introduction of wildcauqht or parent reared conspecifics
These Bush Dogs can be introduced quickly and easily with the routine procedure: Strange BDs are housed in adjoining
yards and thereby allowed to see and smell each other until they get acquainted. After that the Bush Dogs come
together for brief periods of time. Normally after 2 weeks the introduction is accomplished.
2.3.2.2
Introduction of handreared conspecifics
Is possible but it takes longer than in the case of parent reared Bush Dogs and animal personalities may influence
introductions (one handreared animal in Washington Zoo showed tail chasing, feet chewing and self trauma by
introduced to other Bush Dogs).
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At Frankfurt Zoo one handreared female always attacked the strange males. A quick success was finally achieved with
the "perfume-trick". A strong smelling perfume were sprayed on the Bush Dogs immediately before introducing them.
Due to the strong smell both were excited, starting with a selfcentered behavior. Sniffing at the partner and the cage
took place for half an hour. After that both calmed down. No aggresssion happened after this introduction and this pair
bred successfully..
2.3.2.3
Introduction of Bush Dogs of the same sex
Several zoos tried to introduce adult females. In nearly all of these cases the introductions failed because of strong
intolerance of the females. On the other side Oklahoma Zoo succeeded in introducing subadult and adult females
without male presence and in very old specimens (more than 10 years) of both gender an introduction also may be
successful.
2.3.3 SHARING ENCLOSURE WITH OTHER SPECIES
No information.
2.4 BEHAVIOURAL ENRICHMENT
appropriate furniture of the enclosures (see above)
a „complete family life" with two successive litters
live feedings
material for tug-of-war (twigs, jute bags)
scatter feeding
movable material like twigs, branches, tree-bark, rolling and buoyant objects (unboiled potatoes, wooden material),
commercial chewing material for domestic dogs, etc.
2.5 BREEDING
2.5.1. MATING
Sexual maturity: In both sexes sexual behavior starts in the first year of life. The onset of sexual behavior in larger
groups depends not only on sexual maturation, but also on social factors. In larger family groups normally only the
parents breed. The sexual behavior of the matured offspring appears to be inhibited. The offspring are "socially
castrated".
Oestrus: There are a lot of physical and behavioural changes during oestrus like swollen vulva, increased scent-marking and spending more time together by the male and the female. The length of the copulation period is 1 to 14 days, on
an average 3-7 days with most frequent copulations between day 3 and 4. Bush Dogs manifest a very labile reproductive cycle. In most Zoos interoestrus periods were irregulary (15 to 96 days). When being paired with an unfamiliar
male females came into oestrous within 5 to 26 days.
Cycling: Bush Dogs are no seasonal breeders and show a poly-oestrous type of reproductive cycle. Primiparour
females come into oestrous within 5 to 26 days when being paired with an unfamiliar male. The reproductive flexibility
is further indicated by the interbirth intervals. Lactacting females come back into oestrous an average of 5 1/2 months
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after previous oestrous. Some females gave birth to 2 litters within a year. Females whose pups were removed or died
came back into oestrous sooner (average 96 days) than females who did not loose their young (average 168 days).
2.5.2
PREGNANCY
The gestation lenght is 67 days (62-70). Pregnancy is easily detected in the 2nd month, when the females put on
weight.
2.5.3
BIRTH
Physical signs of imminent birth are mammary enlargement, hairloss around the nipples and vaginal discharge.
Behavioural signs of imminent birth are reduced food intake, frequent and long bouts of digging, spending more time
in the den, aggressiveness of male and female towards keepers.
During birth the male and the older young have not to be separated.
2.5.4
DEVELOPMENT AND CARE OF YOUNG
Litters range from one to ten pups. Pups begin eating solids at day 30 to 40, weaning is completed within 10 to 18
weeks. The father feed the pups from the second month oh and the youngsters are integrated into the natal group by
the social play behaviour of the elder sisters. There is a minimal risk that newborn pups will be hurt by older sisters
through carrying or playing behavior.
2.5.5
HAND-REARING
2.5.5.1 Feeding schedule
Most zoos recommend ESBILAC e.g. Washington with 6-8% Esbilac (day 1), 12% (day 2-9), 18% (day 10 through weaning), Berlin Zoo added to ESBILAC minced meat and egg yolk from day 17. Mulhouse (using MILKDOG) described an
iron deficiency in the 5th week, in the next litter this was prevented by iron supplements from the beginning.
2.5.5.2 Behavioural influences
see chapter 2.3.3.2
Handreared females has turned out as wenig nervose und zuverlassige Mutter.
Handreared males developed normal behaviour.
2.6 VETERINARIAN ASPECTS
2.6.1 VACCINATION
(D=Distemper/H=Hepatis/P=Parvovirosis/L=Leptospirosis/R=Rabies):.
6th week: D/H first dose: killed vaccine
7th week: P first dose: killed vaccine (PARVO CANDUR P)
8th week: D/H second dose: killed vaccine.
9th week: P second dose: killed vacpine (PARVO CANDUR P)
and to be on the safer side:
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12th week: DHLPR first dose: live vaccine
16th week: DHLPR second dose: live vaccine
once a year booster dose (live vaccine)
2.6.4 EXTERNAL PARAISTES
Extremely seldom (e.g. Sarcoptic mange)
2.6.5 BLOOD SAMPLES
For blood sampling venepuncture may suitable be made dorsally using the Vena cephalica or the Vena saphena lateralis. After shaving and disinfection of the local area, stasis is accomplished proximally to the site of puncture. Often veins
collapse after venepuncture. The neddle remains in the vein for some 20-45 seconds. Then, usually blood flow occurs.
If not, the stasis should be reduced slowly. Blood flow is regained when a certain reduction of the inner pressure of the
vein is reached.
2.7. OTHER ASPECTS
2.7.1 IDENTIFICATION
Tattooeing in the thigh area
transplantation of transponder (should be placed between the shoulder blades)
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ANEXO:
Releatos de Criação de Filhotes em
Zoologicos Brasileiros
I -ZOOLOGICO DO MUNICIPIO DE SAO BERNARDO DO CAMPO SP.
No dia 12 de maio de 1999 nasceram 02 filhotes, machos. A femea pariu na oca principal, escavada pelo casal. A
femea a partir do parto praticamente nao saia da toca e se saia nao ficava fora por mais de 40 minutos, sendo que os
filhotes ficavam vocalizando ate ela voltar, sendo assim na maioria das vezes era o macho que levava a comida para
ela. A dieta fornecida a partir do nascimento para os adultos foi duplicada em sua quantidade.
Durante 25 (vinte e cinco dias) os filhotes foram cuidados pelos pais e nunca sairam da toca. Porem no 25° dia , a
chuva de madrugada foi muito forte e amanheceu chovendo e com muito frio. Pela manha o tratador ouviu sons tanto
dos pais quanto dos filhotes na maternidade do recinto, onde tinhamos preparado uma caixa com jornal e panos
deixados la, caso a femea quisesse. Ao chegarmos no local, observamos que os filhotes estavam dentro dessa caixa e
tanto a femea quanto o macho estavam fora da caixa olhando para os filhotes, porem sem se aproximar deles, porem
vocalizando muito. Ficamos observando por duas horas se a femea iria se aproximar dos filhotes e cuidar deles
novamente, porem isso nao aconteceu e entao resolvemos entrar e retirar os filhotes. Os pais se afastaram espontaneamente, nao havendo necessidade de manejo. Os filhotes entao passaram por urn exame clinico e foram aquecidos.
Receberam soro glicosado via oral e depois foi oferecido 25 ml de leite " Mother's helper" para filhotes. Eles apresentaram muita dificuldade de pegar no bico da mamadeira ( da mesma marca do leite) . Foram mantidos em uma caixa de
transporte onde foi colocado no piso uma bolsa de borracha com agua quente e sobre ela uma toalha. ,
As mamadas foram feitas de 02 e 02 horas ate as 19 horas, durante 07 dias. Constatado a erupgao de alguns dentes.
Em todas as mamadas eles apresentaram dificuldade em adaptar-se ao bico da mamadeira, sendo usados varios tipos
de bicos.
Mantiveram o peso inicial porem nao ganhavam peso com o passar dos dias. No 31° dia seguindo uma tabela do "
National Zoo" , tentamos alimentacao solida e oferecemos 40 gramas de banana e 40 gramas de mamao picados no
lugar da segunda mamada e eles aceitaram bem, comendo sozinhos. A partir dai intercalamos uma mamada e uma
alimentacao a-base de frutas ( banana, laranja, mamao), sendo tres mamadas e tres refeicoes ao dia durante sete dias.
Na semana seguinte em uma das refeicoes acrescentamos uma colher de sopa ( 50 gramas) de racao umida para caes
e eles aceitaram bem. No 40° dia de vida dos filhotes, retiramos o leite e oferecemos apenas alimentagao solida e
agua, sendo que a agua foi rejeitada por ambos inicialmente. No 45° dia introduzimos pedacos e carne, sendo bem
aceito. Quando completaram cinco meses e meio comegaram a receber alimentacao duas vezes ao dia. Importante
salientar que a partir da introducao de alimento solido houve ganho de peso progressivo
II- PARQUE ZOOLOGICO MUNICIPAL DE AMERICANA SP.
No dia 04 de julho de 1999 nasceram 04 filhotes , sendo 02 femeas e 02 machos. Apos 10 dias do nascimento houve
forte chuva, que inundou a toca e deixando os animais em perigo. Nesta ocasiao a femea retirou 03 filhotes da toca,
restando 01 , que foi socorrido ha tempo pelo tratador responsavel pelo setor. Neste dia contatamos os tecnicos do
Zoologico de Sao Bernardo do Campo, que estavam com os seus filhotes recem-nascidos, uma vez que ela havia
trocado de toca.
Acreditamos que como meio de protegao a cria, a femea utilizou-se de uma nova toca, ja que a primeira havia sido
inundada, nao abandonando em momento algum os filhotes, fato que nos levou a assistir na manutencao dos mesmos
com os pais.
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Protocolo de manejo do Cachorro Vinagre\ Speothos venaticus
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No dia 20 de junho ocorreu outra forte chuva, a femea novamente se mostrou cuidadosa com a cria, transferindo seus
filhotes para o cambiamento que havia sido forrado com capim seco e jornal, onde perrrianeceram fechados por 05
dias. Nesse periodo a femea demonstrou interesse em abrir uma nova toca na area de terra do cambiamento.
Com 15 dias os filhotes ja aceitavam a mesma alimentagao dos pais e ja estavam com os olhos abertos.
Foi decidido uma nova mudanga dos animais para o cambiamento do recinto vazio por apresentar maior espago e ser
mais ensolarado. Devem ressaltar de que este manejo foi realizado sem que houvesse necessidade de captura, sendo
apenas aberto o corredor de servigo. Eles espontaneamente se mudaram para o novo local.
Apos 33 dias foram devolvidos ao recinto de exposigao o qual foi previamente higienizado, sendo lavado com "Biocid"
desinfetado com vassoura de fogo.
Aos 49 dias os filhotes foram pesados, variando seu peso entre 1,1 a 1,5 kg e tambem vermifugados com "Endal Plus"
na dose de 1/4 de comprimido por filhote e 01 comprimido por adulto. A dose de reforgo foi dada 15 dias apos.
Aos 67 dias o peso variava entre 1,65 e 1,9 kg e aos 110 dias, entre 2,6 e 3,0 kg. Durante todo esse tempo o que mais
chamou a atengao foi o comportamento do macho adulto perante a cria, levando alimento para dentro da toca e
dando para a Femea que se ocupava com os cuidados dos filhotes. Fora da toca, o mais curioso foi que o macho "
montava".na femea para que ela deitasse e amamentasse seus filhotes. Quando os filhotes ja estavam aceitando
alimento, por varias vezes foi visto que quando eles iam"para dentro da toca o macho levava o alimento ate la. Esses
comportamentos mostraram a importancia do macho na criaçao destes animais.
Ill - Relato do nascimento de Cachorro do Mato Vinagre na Fundacao RIOZOO - RJ.
Em 22 de setembro de 2000, chegou a RIOZOO urn casal de Cachorro do Mato Vinagre (Speothos venaticus)
proveniente do zoologico de Americana - Sao Paulo, nascidos em 03 de abril do mesmo ano. Sete meses apos a
chegada ao Rio, foi observada a tentativa de copula dos animais no recinto de exposigao e a partir desta data a dieta
foi duplicada e sempre dividida em duas refeigoes diarias (manha e tarde).
A alimentagao foi oferecida em bandejas e os itens foram cortados em pequenos pedagos para facilitar a ingestao
pelos filhotes. A partir da quarta semana de vida foi oferecido alimento recem abatido (codornas, ratos e pintos) para
os adultos e observamos que os filhotes ficavam bastante interessados com as sobras
Apos 69 dias a partir da tentativa de copula, em 03 de setembro de 2001, pela manha por volta das 10:00h, a femea
(Antonio) pariu quatro filhotes dentro de um oco de arvore e logo apos os transferiu para a toca. O macho (Joaquim)
nao foi separado do grupo, observamos que ele levava alimento para a femea e participava ativamente dos cuidados
com os recem nascidos.
No dia 5 de setembro de 2001, observou-se que a femea cuidava de apenas tres filhotes. O quarto filhote nao foi mais
visto. O boletim meteorologico indicava chuva e queda de temperatura e como prevengao foi colocada uma caixa de
madeira com "maravalha" (lascas de madeira) no seu interior, e o casal prontamente transferiu os tres filhotes para a
caixa.
A parte da frente do recinto que e em tela foi fechada por compensados de madeira, afim de isolar o publico e
proporcionar uma maior tranquilidade para os animais. A rotina de limpeza do recinto tambem foi alterada os
tratadores entravam no recinto apenas de dois em dois dias. O recinto possui um pequeno tahque e a quantidade de
agua foi reduzida ate inicio de novembro.
Todas as vezes que manejamos os filhotes para pesagem e fotografia, os pais sempre vocalizavam muito e as vezes se
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mostraram bastante agressivos. Ja os filhotes ficavam relativamente calmos, menos o Miguel (C) que ficava muito
estressado e vocalizava muito.
No dia 17 de setembro, foi observado o sexo dos filhotes e a partir desta data os animais eram pesados e fotografados
semanalmente durante dois meses (Tabela a seguir):
Data
Maria (A)
Tom (B)
Miguel (C)
17/09*
400g
400g
400g
24/09
400g
470g
500g
02/10
600g
700g
700g
09/10
800g
900g
900g
16/10
950g
1,000g
1,050g
23/10
1.250g
1,250g
1,300g
06/11
1,750g
1,800g
1,900g
16/11
2,100g
2,200g
2,300g
*Neste dia a pesola usada nao foi muito precisa, pois a femea e visivelmente menor do que os outros dois.
Com 21 dias de idade os filhotes ja estavam com os olhos completamente abertos e uma semana depois ja estavam'
para fora da caixa andando pelo recinto, sempre seguindo os pais.
No dia 16 de novembro os filhotes foram vacinados com a primeira dose da vacina de Eurican CHPL ® Merial e
vermifugados com Endal plus, com reforco apos 15 dias. No dia 16 de dezembro com a segunda dose da vacina e no
dia 16 de Janeiro de 2002 a terceira dose e mais a vacina anti-rabica.
Por recomendacao do piano de manejo, dois meses apos o nascimento dos filhotes o macho adulto (pai) foi separado,
pois o casal nao deve mais procriar neste momento.
LISTA DE ZOOLOGICOS E CRIADOUROS COLABORADORES:
ZOOLOGICO DO MUNICIPIO DE SAO BERNARDO DO CAMPO
PARQUE ESTORIL - RUA PORTUGAL, S/N°
ESTORIL - SAO BERNARDO DO CAMPO - SP. CEP: 09831 - 000
(0_11) 4354-9318
FONE: (0_11)4354 -9087
FAX:
E-MAIL: zoo@asatnet .
FUNDAÇAO ZOO-BOTANICA DE BELO HORIZONTE
AV. OTACILIO NEGRAO DE LIMA , 8000 -pampulha - belo horizonte - mg.
cep: 31365 - 450 tone: (0_ 31) 277- 7100
fax: (0_31) 277-7258 EMAIL: [email protected]
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FUNDAQAO RIOZOO
PARQUE DA QUINTA DA BOA VISTA , S/N° SAO CRISTOVAO - RIO DE JANEIRO - RJ. CEP: 20940 -020 FONE:
(0_21) 2569 - 2024
FAX: (0_21) 2569 - 7547
EMAIL: [email protected]
FUNDAQAO PARQUE ZOOLOGICO DE SAO PAULO
AV. MIGUEL STEFANO, 44241 AGUA FUNDA - SAO PAULO - SP. CEP; 04301 - 905 FONE : (0_11) 276-0811
FAX: (0_11) 276 - 0564
EMAIL: [email protected]
PARQUE ECOLOGICO MUNICIPAL DE AMERICANA
AV. BRASIL, 2525 AMERICANA - SP.
CEP: 13465 - 00 FONE: (0_19) 460 - 2075
FAX: (0_19) 460 -2075
ZOOLOGICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO
AV. FERNANDO CORREIA, S/N° COXIPO-CUIABA-MT.
CEP: 78060 - 900 FONE: (0_65) 315 - 8007
FAX: (0_65) 361 - 1119
PARQUE ZOOLOGICO DE ILHA SOLTEIRA*
AV. BRASIL NORTE S/N° ILHA SOLTEIRA-sp. CEP: 15378-000 FONE: (0_18) 762 -2916
CRIADOURO CONSERVACIONISTA INTERNATIONAL PAPER
PARQUE FLORESTAL SAO MARCELO RODOVIA SP 340 KM 171 MOGI GUAQU-SP CEP: 13849-970 FONE: (0_19)
3861 8730
FAX: (0_19) 3861 3263 E-MAIL: [email protected]
CRIADOURO LUCIANO DO VALLE SABOIA
R. JOAO GUILHERME GUIMARAES 1169 - CURITIBA - PR CEP 80 520-280 FONE: (0_41) 338 6828 OU (0_41)
9119 24 54
CRIADOURO TOCA DA RAPOSA - HARAS AJF
RODOVIA REGIS BITTENCOURT - KM 323 - JUQUITIBA - SP CEP 06950-000 FONE: 4681 28 54
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ANEXO:
I Workshop do Plano de Manejo do
Cachorro Vinagre (Speothos venaticus)
Patrocínio:
INTERNATIONAL PAPER, CENAP/IBAMA, Sociedade de Zoológicos do Brasil, Sociedade Paulista de Zoológicos.
Zoologicos participantes:
Zoologico de Sao Bernardo do Campo - Sao Bernando do Campo, SP
Zoologico Municipal de Mogi Mirim - Mogi Mirim, SP
Zoologico de Cuiaba - Cuiaba, SP
Zoologico de llha Solteira - llha Solteira, SP
Parque Zoologico Municipal Quinzinho de Barros - Sorocaba, SP
Fundacao Riozoo - Rio de Janeiro, RJ
Fundaçao Parque Zoologico de Sao Paulo - Sao Paulo, SP
Parque Ecologico de Americana - Americana, SP
Parque Ecologico de Leme - Leme, SP
Saint Louis Zoo
Criadouros participantes:
Criadouro Conservacionista da International-Paper - Mogi Guagu, SP
Criadouro Conservacionista Toca da Raposa - Sao Paulo, SP.
Outras instituicoes participantes:
International Paper do Brasil
Universidade Estadual Paulista UNESP campus de Rio Claro
Universidade Estadual Paulista UNESP campus de Botucatu
Universidade Estadual Paulista UNESP campus de Jaboticabal
Universidade de Sao Paulo
DEPRN
CENAP / IBAMA
COFAU / IBAMA
IUCN
Tecnicos Convidados:
Rose Lilian Gasparini Morato
R. Joao Soares do Amaral 112 - Atibaia - SP CEP 12941-600 Cenap/lbama e-mail: [email protected]
Joao Carlos Tancredi
Av Brasil 2525 - Jd Ipiranga - Americana - SP CEP 13 465 - 000 Parque Ecologico de Americana e- mail:
[email protected]
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Helio Jorge da Cunha
COFAU / IBAMA- Coordenagao de Protecao de Especies da Fauna e- mail: [email protected]
Jose Eduardo Peixoto
Av. Taufic Nassif Mansur, 12 - Leme - SP CEP 13610 - 000 Parque Ecologico de Leme E-mail: [email protected]
Cecilia Pessutti
R. Teodoro Kaisel 883 - Sorocaba - SP CEP 18021-020 Parque Zoologico Municipal Quinzinho de Barros E-mail:
[email protected]
Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira
R. Teodoro Kaisel 883 - Sorocaba - SP CEP 18021-020 Parque Zoologico Municipal Quinzinho de Barros e-mail:
[email protected]
Valdir de Almeida Ramos Junior
R. do Jequitiba 01/701 Bloco 01 Gavea - Rio de Janeiro - RJ CEP 22470 110 Fundagao Riozoo e-mail [email protected]
Viviane Aparecida Rachid Garcia
R. Porto Rico 143 - Barcelona - Sorocaba - SP CEP 18026-040 Criadouro Toca da Rapousa Email: [email protected]
Claudia T. Schaumann
Av. Prof. Lucas de Assuncao 139 - Sao Paulo -SP CEP 05 591 - 060 DEPRN e-mail: [email protected]
Gabriella Landau Remy
R. do Jequitiba 01 apto 701 bloco 1 Gavea - Rio de Janeiro - RJ CEP 22470-110 Fundagao Rio zoo e.mail:
[email protected]
Rogerio Cunha de Paula
R. Lamartine Fagunde 92 - Atibaia - SP CEP 12 941 - 250 Cenap/lbama e-mail: [email protected]
Ligia Souza Lima Silveira da Mota
R. Capitao Jose Paes de Almeida, 1453 - Bairro Alto Botucatu, SP CEP 18601-060 Universidade Estadual Paulista
e-mail: [email protected]
Gian Franco I. Marino
Rua Vereador Simoes Ferreira Alves - Mogi Mirim - SP CEP 13 801 - 525 Jd. Primavera Zoologico Municipal de Mogi
Mirim e- mail: [email protected]
Luciana Ribeiro
Rua Vereador Simoes Ferreira Alves - Mogi Mirim - SP CEP 13 801 - 525 Jd. Primavera Zoologico Municipal de Mogi
Mirim e- mail: [email protected]
Regina Fonseca
Rua Alcantarila n9 87 Apt9 91 - Vila Andrade - Sao Paulo - SP CEP 0571717 Criadouro Toca da Raposa e- mail:
[email protected]
Cristina Helena Alves
Av. Mato Grosso, n9 177 - Cuiaba - MT CEP 78 005 003 Fone: 65 623 1890 Fax 65 615 8870 Zoologico de Cuiaba
e- mail: [email protected]
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Rodrigo Ribeiro de Mendonca
Av. Brasil Norte S/n9 - llha Solteira - SP CEP 15385-000 Fone/Fax: (018) 3742 2916 ; Zoologico de llha Solteira email: zoologico® proietonet.com.br
Lucio de Oliveira e Souza
Av. Brasil Norte S/n9 - llha Solteira, SP Fone/Fax: (018) 3742 2916 Zoologico de llha Solteira e- mail: zoologico®
proietonet.com.br
Sandra Helena Ramiro Correa
Av. Nove de Julho, 1510, apt9 203 - Bela Vista - Sao Paulo - SP CEP 01312-001 Fone/Fax: (011)5073-0811 r.2130
Fundagao Parque Zoologico de Sao Paulo, e- mail: [email protected]
Mara Cristina Marques
Av. Miguel Estefano, 4241 - Sao Paulo - SP CEP 04301-905 Fundaçao Parque Zoologico de Sao Paulo, e- mail:
[email protected]
Luis Paulo Fedullo
R. do Jequitiba 01/701 Bloco 01 Gavea - Rio de Janeiro -RJ CEP 22470 110 Fundagao Riozoo.
Denis Cristiano Briani
Av. 64-A, n9 664 - jardim America - Rio Claro - SP Universidade Estadual Paulista e-mail: [email protected]
Thais de Lima Carvalho
Endereco: Rua Lincoln Vaz, 444 - Botucatu- SP CEP 18608-080 Universidade Estadual Paulista E-mail: ';
document.write( '' ); document.write( addy_text76509 ); document.write( '<\/a>' ); //--> Telefone: (14) 97261141 ou
(14) 38144971
Andre Ricardo Ferreira
Enderego: Rua jose alexandre filho, 811 centro - Itaporanga - SP CEP 18480-000 Universidade Estadual Paulista
E-mail: '; document.write( '' ); document.write( addy_text94800 ); document.write( '<\/a>' ); //--> Telefone: (015) 3565
1341 / 9713 7536
Mauro Cezar de Almeida
Rodovia Sp 340 Km 171 Mogi Guagu - SP CEP 13840-970 International Paper do Brasil. : e- mail: [email protected]
Doraci Milani
Rodovia Sp 340 Km 171 Mogi Guagu - SP CEP 13840-970 International Paper do Brasil. e- mail: [email protected]
Marianna Riciardi Curi
Rodovia Sp 340 Km 171 Mogi Guagu - SP CEP 13840-970 International Paper do Brasil. e- mail: marianna.curi
@ipaperbr.com
Joel Fogo
Rodovia Sp 340 Km 171 Mogi Guagu - SP CEP 13840-970 Chamflora Agroflorestal Mogi Guagu
Palestrantes convidados:
Onildo Joao Marini Filho
COFAU / IBAMA - Coordenagao de Protegao de Especies da Fauna e- mail: onildo.marini-fi[email protected]
Cleyde Angelica Ferreira da Silva Chieregatto
R. Portugal s/n - B. Estoril - R. Grande - S. B. Campo - SP CEP 09831 - 000 Zoologico de Sao Bernardo do Campo
e-mail: [email protected]
Jose Mauricio Barbanti Duarte
Via de Acesso Paulo Donato Catellane s/n - Jaboticabal -SP CEP 14884-900 Universidade Estadual Paulista e-mail:
barbanti @
Ariela Priscila Setzer
Universidade de Sao Paulo Tel: 9762 2368 / 11 - 5182 37 87 e-mail: [email protected]
Guaracy Tadeu Rocha
Rua Nossa Senhora de Fatima, 601 - Vila Antartica - Botucatu - SP CEP18608-540 Universidade Estadual Paulista
e-mail: [email protected]
Karen DeMatteo
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Saint Louis Zoo; Research Departmente - 1 Government Drive - St. Louis MO 63110 Saint Louis Zoo - IUCN e- mail:
[email protected]
Programacao do Workshop
Data :
07, 08, 09/11/2003 Local : Parque Florestal Sao Marcelo, Rodovia SP 340 Km 171, Mogi Guagu - SP
07/11
14:00 hs: Recepgao dos participantes e entrega de material 14:30 - 15:30: Abertura
15:35 - 16:30: Piano de Manejo do Cachorro Vinagre ( Speothos venaticus ) -Cleyde A . F. S. Chieregatto 16:30
-16:50: Coffee-break
16:50 - 18:05: Distribuigao geografica do cachorro-vinagre - Karen De matteo 19:45: Coquetel
08/11
9:00 - 10:15: Resultado preliminares do levantamento da Distribuigao Geografica do Cachorro vinagre realizado pela
IUCN - Karen De Matteo 10:20 - 10:45: Coffee-break
10:50 - 12:05: Situagao da Populagao do Cachorro vinagre em cativeiro - Prof. Dr. Jose Mauricio Barbanti Duarte
12:10 -13:45: Almogo
14:00 - 15:10: Dados preliminares do Projeto : Caracterizagao citogenetica , molecular e bioquimica de exemplares
de Speothos venaticus ( Canidae-Mammalia:Carnfvora) - Prof. Dr. Guaracy Tadeu Rocha
15:15 -16:25: Procedimentos anatomo patologicos aplicados ao Piano de Manejo do Cachorro vinagre - Prof. Dra
Ariela Priscila Setzer
16:30 -16:40: Coffee-break
16:40-17:10: Problemas para a implantagao do Piano de manejo - Cleyde A . F. S. Chieregatto
17:15 - 20:00: Divisao dos grupos de trabalho por temas e desenvolvjmento do trabalho dos grupos : Revisao do
Protocolo de Manejo do Cachorro-vinagre (rpmcv) 20:10: Jantar
09/11
8:30 - 9:20: Visita tecnica ao Criadouro Conservacionista
09:25 - 10:30: Fechamento dos trabalhos : Apresentagao dos grupos RPMCV
10:30 - 10:45: Coffee-break
10:50 - 12:30: Apresentagao dos grupos RPMCV
12:35 - 12:50: Encerramento
13:00: Almogo
Resumos de palestras ministradas
"Procedimentos anatomo patologicos aplicados ao Plano de Manejo do Cachorro Vinagre"
Profª Drª Ariela Priscila Setzer - Universidade de Sao Paulo
IMPORTANCIA DO EXAME ANATOMO PATOLOGICO
*Conhecer as patologias e identificar a causa da morte
*Conhecer o normal
IMPORTANCIA DO EXAME HISTOPATOLOGICO
*Conhecer a histologia normal
*Permite urn diagnostico mais apurado
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BANCO DE TECIDOS
*Como montar
*lmportancia
*orgaos normais e com alteracoes
ATUAÇAO DO PATOLOGISTA NO PLANO DE MANEJO
*Necropsia
*Citologia
*Histopatol6gico
*Auxilio na interpretacao de laudos
NECROPSIA
*Conservagao da carcaca (congelamento impossibilita exame histopatologico)
*Deslocamento do palotogista (animal frescp/resfriado)
*Deslocamento do animal (resfriado)
*Histórico clínico!!
*Exame externo (dentes, pelagem, condicao nutricional, ectoparasitas, ferimentos)
*Exame interno (depositos de gordura, presenca de liquidos cavitarios, lesoes, conteudo estomacal)
*Descriçao das lesões (localizacao, tamanho, cor, consistencia.formato)
*Documetaçao fotografica
CITOLOGIA
*Punçao aspirativa/esfregaço
*Decalque
*Envio de laminas coradas ou não
*Documentação fotográfica
*Coloraçao: Panótico, Diff Quick
HISTOPATOLÓGICO
*Biópsia e necrópsia
*Colheita do material (tamanho de no maximo 1 cm3, acondicionamento em formol 10%)
*Colheita para banco de tecidos e exame histopatológico
*Histórico clínico e dados da necrópsia (descriçao das lesões e suspeita da causa da morte)
*Biópsia - descriçao da lesão
*Documentação fotográfica
Tamanho e acondicionamento dos fragmentos
COLHEITA DE MATERIAL DURANTE A NECROPSIA
'Sangue cardíaco para cultura
'Swab
'Fezes
'Urina
"Conteúdo estomacal
'Parasitas
'Derrames cavitários
'Fragmentos de órgãos (histopatológico, banco de tecidos e congelamento)
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INTERPRETAÇÃO DE LAUDOS
'Exame realizado por outro profissional
'Discussão dos resultados
NECROPSIA COSMÉTICA
'Preservação do esqueleto/pele
'Necessidade de examinar todos os órgãos
KIT PARA NECROPSIA
'Instrumentos
'álcool 70%
'formol
'hemocult
'recipiente estéri
'frasco para fragmentos para histopatológico
'frasco para banco de tecidos
'fonte de fogo
*swab
'lâminas para citologia/exame de fezes direto
'agulhas e seringas
* ficha de necropsia
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ANEXO:
Situação da população de cahorro-vinagre em cativeiro
no Brasil: o gerenciamento de um sistema de contribuição
igualitária de fundadores
Prof. Dr. José Maurício Barbanti Duarte
Setor de Animais Silvestres / Depto. de Zootecnia - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP/Jaboticabal - Deer Specialist Group / IUCN - [email protected]
Funções do sistema de contribuição igualitária de fundadores
-Evitar incidência de seleção na população cativa
-Manutenção das frequências alélicas originais
-Manutenção de uma população que represente as populações naturais da espécie e mantenha seu "vigor" para
futuros programas de translocação ou reintrodução
Obs.: Esse programa não leva em consideração os índices de endogamia nem a manutenção da heterozigozidade,
portanto cruzamentos consanguíneos podem ser priorizados para aumento de representatividade de alguns
fundadores.
Animais
Fundadores
atuais
215
054
046
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E ANEXOS: "I WORKSHOP DO PLANO DE MANEJO BRASILEIRO
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Contribuição dos fundadores para a população cativa de Speothos venaticus no Brasil
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E ANEXOS: "I WORKSHOP DO PLANO DE MANEJO BRASILEIRO
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ANEXO:
Preliminary Results from the IUCN Speothos
venaticus Distribution and Status Survey
Karen E. DeMatteo - Saint Louis Zoo - St. Louis MO, USA - Saint Louis University - St. Louis MO, USA
INTRODUCTION
In September 2001, the World Conservation Union's Canid Specialist Group (IUCN CSG) hosted the Canid Biology
and Conservation Conference in Oxford, England. Discussions at this meeting concluded it was not possible to
re-evaluate the IUCN Red Listing of Appendix I - Vulnerable for Speothos due to the lack of basic species-specific
information. Instead, a comprehensive conservation strategy for Speothos would require an understanding of both
their status and distribution in-situ and their basic ecological needs. While there is interest among researchers in
understanding the basic socio-ecology of Speothos there have been no intensive studies conducted yet. The current
Speothos distribution is based on a combination of direct (opportunistic sightings and museum specimens) and
indirect (tracks, scats, and interviews) evidence but lacks the status of Speothos within each location. Gaining insight
into determining current status and distribution of Speothos relative to its ecological needs requires: 1) a updated
map with previously unrecorded locations, 2) addition of status in-situ, 3) correction for location year, 4) current
state (e.g., intact, altered) of habitat for recorded locations, and 5) correlation with various bioclimatic variables.
In January 2003, the Speothos venaticus Status and Distribution Survey, supported by the South American regional
section of the IUCN CSG, was created in an effort to address these issues. The IUCN Speothos Survey was translated
from English to both Spanish and Portuguese in an effort to maximize the number of people that would be able to
directly respond to the Survey. In order to minimize variation among distribution responses, the Survey included a
distribution table requesting locations, year, and associated habitat, as well as maps of the countries within Speothos'
historical distribution. The Survey was sent to > 100 people working in or having an association with the area covered
by this distribution and included: field researchers, non-government organizations, government organizations,
conservation organizations, museums, and universities. In addition, the entire survey in all three languages was made
available on the IUCN CSG website (www.canids.org/speothosvenaticus). Based on the limited publications and
information known on the basic biology of Speothos the response relative to the status (n = 21) and distribution (n =
34) was relatively high.
The Survey was composed of 12 sections that were aimed at addressing the maximum amount of information about
Speothos in the most concise way possible: 1) species-specific local names, 2) distribution, 3) occurrence and
abundance, 4) past and future field studies, 5) habitat, diet, and reproduction, 6) mortality, disease, and competition,
7) livestock losses, 8) public perception, 9) conservation measures taken in country, 10) proposed conservation
measures, 11) references, and 12) additional comments from respondent. This Survey detail allowed for a number of
different analyses: 1) current status of Speothos in-situ, 2) potential threats, 3) knowledge on basic biology of
Speothos, 4) research efforts/interest in-situ, 5) government perception, 6) legal protection, and 7) distribution of
Speothos.
DISTRIBUTION
The Speothos Database, which contains;the results of the IUCN Survey, additional museum records, and scientific
literature, was created in order to evaluate its distribution. The Database contains both direct and indirect Speothos
evidence for twelve countries in Meso-America: Argentina, Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, French Guiana,
Guyana, Panama, Paraguay, Peru, Suriname, and Venezuela. The Database contains 390 locations with mapping
coordinates (longitude/latitude or UTM) recorded between the dates of 1834 and 2003. Of the 390 locations, 381
(98%) indicate Speothos presence and 9 (2%) indicate Speothos absence. These 390 locations can be subdivided into
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Protocolo de manejo do Cachorro Vinagre\ Speothos venaticus
E ANEXOS: "I WORKSHOP DO PLANO DE MANEJO BRASILEIRO
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two accuracy levels, estimated and exact.
Estimated locations were those records which had no exact coordinates for Speothos provided. For estimated point
locations, coordinates were assigned based on information available from CALLE (www.calle.com/world), NIMA
(www.nima.mil/gns/html), published maps, and the web. For estimated area locations (e.g., states, reserves), coordinates were assigned based on a central location within the boundary of the area (e.g., state, reserve) as determined
from the published maps or web. Due to the imprecision in these coordinates indicating the exact location where
Speothos is present or absent, these locations were used only when examining the historical versus current Speothos
distribution. A total of-135 (35%) out of the 390 total coordinates were estimated locations. Nine (7%) of these 135
estimated locations were locations where Speothos was reported as absent. Exact locations were those records
which had a specific set of coordinates (latitude/longitude or UTM) provided. A total of 255 (65%) out of the 390
total coordinates correspond to exact locations and were used to model the distribution of Speothos relative to
various ecological (e.g., forest type, altered habitat) and climatic features (e.g., temperature).
Historical versus Current Distribution
A distribution map provides researchers, government, and other organizations a quick reference for where Speothos
is currently found and how its range overlaps with other taxonomic groups. All 390 reported locations, both estimated and exact, were used in this analysis. The 390 locations were divided by year in order to examine the relative
changes in reported locations over time and minimize error with changes in habitat availability over time: 33 (8.5%)
between 1834 and 1979, 21 (5%) between 1980 and 1989, 174 (44.5%) between 1990 and 2003, and 163 (42%) with
no reported year.
Ecological Niche Modeling
Ecological niche modeling allows insight into a species' direct (e.g. Speothos physiological limits) and indirect (e.g.,
prey's physiological limits) requirements. The outcomes of the modeling can be used to: 1) focus ecological research
efforts, 2) locate areas needing present/absent surveys, and 3) prioritize areas needing protection. When using
locations in modeling it is important that the year the data was recorded is accounted for, as ecological and climatic
features have a time factor corresponding to when the data was recorded. When year is examined in the 255 exact
locations relative to the databases that will be used in the Modeling, four categories result: 1) 3% between 1834 and
1979, 2) 8% between 1980 and 1989, 3) 57% between 1990 and 2003, and 4) 32% with no year provided.
Methods - Seasonal Land Coverage Regions: Two global land cover databases were used: 1) South American land
cover characteristics database (http://edcdaac.usgs.gov/glcc/sa_int.html) and 2) North American land cover characteristics database (http://edcdaac.usgs.gov/glcc/na_int.html). Both databases were set to use the seasonal land
coverage region legend which corresponds to 166 different regions of intact and fragmented natural habitat and/or
cropland. Both databases contained 1-km2 resolution based on a 1-km Advanced Very High Resolution Radiometer
(AVHRR) data over a 12-month period, April 1992 through March 1993. With tnis high resolution, each of the land
coverage regions is sub-divided into 1;km2 areas. In order to not bias the data in ecological niche modeling, each area
is counted a single time no matter how many Speothos locations are reported there.
From the total 255 exact Speothos locations, 141 unique 1-km areas were identified. These 141 Speothos-speclftc
areas were determined to be associated with 46 of the potential 166 seasonal land coverage regions. These 46
regions can be summarized as follows: 52% moist forest, 2% dry forest or chaco, 1% shrubland with grassland, 6%
shrubland, 4% fragmented forest with shrub or grassland, 7% savanna or grassland, 1% caatinga, and 27% altered
habitat and/or cropland.
It is this last category which is most interesting and requires special attention in future ecological field studies with
Speothos.
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E ANEXOS: "I WORKSHOP DO PLANO DE MANEJO BRASILEIRO
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Methods - Bioclimatic Data: The original climatic data was obtained from the Worldclim database which is based on
30 years of temperature (9C) and precipitation (mm) measurements taken at a 1-km2 resolution for central and
South America (http://bnhm.berkeley.edu/gisdata). From this database, 20 bioclimatic variables (11 temperature and
9 precipitation), which could be used in bioclimatic modeling of the Speothos data, were generated. Each of these
variables had a total range associated with it (e.g., annual mean temperature = -12.8 - 30.2 9C). A Speoffros-specific
range was generated by determining the bioclimatic variation associated with the exact locations (e.g., 13.3 - 27.6 9C
).
A conservative approach was taken when examining this species-specific range by applying a modeling correction to
the range in order to indicate the extremes. This correction eliminated the upper 5% and the lower 5% of the
species-specific range to result in a Speothos bioclimatic modeling range (e.g., annual mean temperature = 19.1 - 27.0
9C).
The 11 calculated temperature bioclimatic variables were: 1) annual mean temperature (T1), 2) mean diurnal range
(T2), 3) hottest month mean maximum temperature (T3), 4) coldest month mean maximum temperature (T4), 5)
annual temperature range (T5 = T3 - T4), 6) Isothermality (T6 = T2/T5), 7) standard deviation of monthly temperature
(T7), 8) wettest quarter mean temperature (T8), 9) driest quarter mean temperature (3 month) (T9), 10) warmest
quarter mean temperature (3 months) (T10), and 11) coldest quarter mean temperature (3 months) (T11). Five of
these variables (T1, T5, T7, T10, and T11) were chosen for the ecological niche modeling as they are typically
associated with affecting the niche of a species.
The nine precipitation bioclimatic variables were: 1) annual mean precipitation (P1), 2) precipitation of the wettest
month (P2), 3) precipitation of the driest month (P3), 4) annual precipitation range (P4 = P3 - P2), 5) precipitation of
the wettest quarter (3 months) (P5), 6) precipitation of the driest quarter (3 months) (P6), 7) precipitation of the
warmest quarter (3 months) (P7), 8) precipitation of the coldest quarter (3 months) (P8), and 9) coefficient of
variation of the monthly precipitation (P9). Four of these variables (P1, P5, P6, and P9) were chosen for the ecological
#niche modeling as they are typically associated with affecting the niche of a species.
Analysis of this data is incomplete at this point but this set of figures for both precipitation and temperature demonstrates the initial analysis. It appears from the variables that were examined in this analysis, that there is more
variation on where the precipitation versus temperature extremes were located for Speothos. It is important to
remember that while these climatic variables may not directly impact the distribution of Speothos, they may have an
indirect impact by influencing the distribution of their prey.
Summary
The final modeling for Speothos will not examine these seasonal land coverage and bioclimatic variables independent
of each other but examine how they may act together to influence the distribution of Speothos. In addition, the final
model will include several other analyses of the data including: 1) examine how preliminary ecological niche models
change when year is accounted for (i.e., 1990 through 2003 only), 2) examine exact locations relative to proximity of
water, 3) examine locations in altered habitat relative to the location of intact habitat, 4) examine locations relative to
prey density, and 5) test the various ecological niche models.
Conclusions
These preliminary analyses determined: T) that while the majority of the Speothos evidence is within intact moist
forest, a large percentage (27%) is within altered habitat and/or cropland, 2) precipitation and temperature are good
bioclimatic variables to use in predicting suitable Speothos regions, 3) these preliminary models provide a conservative estimate of suitable Speothos regions based on the available data, 4) the ecological niche model will continue to
evolve as more exact Speothos locations are identified, and 5) ecological niche modeling can be used to direct
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research and conservation efforts with Speothos.
Observation Techniques for Speothos venaticus in the Wild
Our knowledge of the biology and behavior of the bush dog has been gained primarily through research on captive
animals. Basic information on the distribution, habitat requirements, and socioecology of the bush dog in the wild is
limited. Development of a conservation strategy for this species is dependent on additional field research, but this
small, elusive, and potentially nomadic canid is difficult to observe and study in the wild. One of the most obvious
questions currently asked by researchers about Speothos is "Where are they?". In the last several years, I have
worked on two'techniques addressing this and related questions for Speothos. The first is the development of a
technique to reliably attract Speothos for trapping. The second is the testing of radio collars for use in the wild.
The development of a technique to reliably attract Speothos for trapping was based on two aspects of their behavior:
1) their vocalizations, and 1) the importance of urine. First, Speothos has a wide range of vocalizations used in both
short-distance and long-distance communication.
In a captive test with vocalization playbacks, Speothos housed individually typically responded to playbacks with long
calls; whereas, those housed in pairs or groups responded with short calls. The latter also showed increased activity
levels including more frequent social contact (e.g., nuzzling) and urine-marking behaviors. Second, Speothos utilize a
variety of postures (e.g., handstand in female, 1809 leg-tilt in males, straddle marking in both sexes) to deposit urine.
In Speothos, urine-marking frequency is not related to dominance. Instead, urine is an important communication tool
with Speothos both before and after pair bond formation.
The attraction technique was tested in the Mbaracayu Reserve in Paraguay in both 2000 and 2001. The field trials
used Speothos vocalizations as a long-distance lure and urine from captive animals at the Saint Louis Zoo as a
short-distance lure. The study used tracking stations versus traps to determine response to the technique. This study
indicates that the combination of taped long calls and the deposition of conspecific urine may be the most fruitful
technique to lure bush dogs to a capture site. The call may serve to lure the bush dog to a general area while urine
marks may serve to bring the animal to the actual trap location. Developing a number of variations of this technique
may prove useful in reducing habituation effects and enhancing the researcher's ability to lure and trap bush dogs.
Potential modifications include replacing Speothos urine with urine from prey species and including prey distress
calls. In general, this technique is an inexpensive method for either determining presence/absence of Speothos or
trapping/marking individuals.
The second technique involved determining a safe, effective, and reliable radio collar design for bush dogs. That is,
while the bush dog is built to life in the forest, its morphology makes fitting the bush dog with a radio tracking device a
potential safety challenge. Additional challenges are found in the density of low-lying forest vegetation in areas it
lives, its use of burrows for sleeping and hunting, and the fact that it is highly social. Under a controlled captive
situation at the Saint Louis Zoo, radio collars from Advanced Telemetry Systems, Inc. (Isanti Minnesota, USA) were
tested with five adult Speothos, two male-female pairs and one male housed with a female. Modifications to the type
of closure, antenna position, and transmitter size were made to optimize the safety and effectiveness with Speothos.
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ANEXO:
Caracterização molecular de exemplares de
Speothos venaticus (Canidae-Mammalia:Carnívora)
Profª Drª Lígia Souza Lima Silveira da Mota - Unesp / Botucatu
O cachorro vinagre (Speothos venaticus) é encontrado em florestas e áreas de savana úmida do Brasil, Colômbia,
Peru, Venezuela, Guianas, Paraguai, Argentina e Bolívia. A maioria das organizações ligadas a conservação da
natureza está preocupada com a situação delicada em que se encontra essa espécie, pois a mesma encontra-se em
processo de extinção devido às queimadas, desflorestamento e à ocupação humana de seus habitats. Uma das
providências tomadas no sentido de impedir a extinção tem sido a captura e manutenção de animais em zoológicos e,
segundo o Comité Nacional do Cachorro Vinagre, no Brasil têm-sa apenas 28 animais em cativeiro. Este processo
deve ser acompanhado de alguns requisitos como o manejo adequado a fim de se evitar a endogamia, pois a prática
desta, pode levar ao surgimento de características indesejáveis, determinadas por alelos recessivos, para a espécie.
Uma das maneiras mais utilizadas de se controlar a endogamia é o estabelecimento do fingerprinting molecular dos
indivíduos, pois este permite a predição de casos de endogamia. Marcadores moleculares do tipo microssatélites são,
entre os marcadores, o mais utilizado para este fim devido ao alto polimorfismo e a codominância nesse tipo de locos.
A principal restrição para o emprego desse marcador tem sido o alto custo para seu desenvolvimento. Uma alternativa é o uso de primers para locos de microssatélites desenvolvido para outras espécies. O objetivo deste projeto será
de avaliar a transferabilidade de marcadores microssatélites do cão doméstico (Canis familiaris) para outra espécie
de canídeo, o cachorro vinagre (Speothos venaticus) com o intuito de poder fazer uma análise de parentesco desses
animais por meio de marcadores microssatélites.
Linhas de Ação da Coordenação de Proteção de Espécies da Fauna - COFAU
Onildo João Marini Filho
Coordenador de Proteção das Espécies da Fauna - COFAU - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA
SCEN - Av. L4 Norte - Ed. Sede do IBAMA, Bloco B, subsolo - Cx. Postal n9 09.870 - 70.818-900 - Brasília/DF - Tel.
(61)3161215
As linhas de ação da COFAU estão definidas no Regimento Interno do IBAMA. Entre elas estão:
Promover a elaboração e atualização da Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (Art. 54,
inciso XII).
Elaborar e coordenar a implementação das estratégias de conservação e manejo de espécies ameaçadas de extinção,
mediante orientação, supervisão, avaliação, controle e monitoramento das atividades executadas pelas unidades
descentralizadas (Art. 54, incisos IV e X}.
Incentivar e subsidiar a participação institucional em órgãos colegiados, técnicos e científicos, voltados para a
elaboração de estratégias de conservação e manejo das espécies da fauna, na natureza e em cativeiro, implementando as ações pertinentes (Art. 54, inciso XI).
Controlar (mediante a aprovação de projetos) e monitorar o acesso e o uso da fauna ameaçada de extinção com
finalidade científica (Art. 54, inciso IX). I
Controlar (mediante a aprovação de projetos) e monitorar as ações afetas à fauna ameaçada de extinção desenvolvi-
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Protocolo de manejo do Cachorro Vinagre\ Speothos venaticus
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das no âmbito de empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental (Art. 54, inciso IX).
Implementar os acordos e tratados internacionais relativos à fauna dos quais o Brasil é signatário e interlocução com
os setores pertinentes. Para se atingir o objetivo de conservação das espécies ameaçadas de extinção, a COFAU atua
através de seu Programa de Recuperação de Espécies Ameaçadas. Este pode ser dividido em duas fases.
Fase 1 - Etapa preparatória: inclui a homologação da lista de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção;
montagem de um banco de dados sobre as espécies, o qual está no Regimento Interno como "promover a elaboração,
a implantação, a implementação e a manutenção de sistemas de informação para a proteção dos recursos faunísticos"
Art 54, inciso XIII; Preparação de mapas de distribuição das espécies; Identificação das principais ameaças
Fase 2 - Implementação das ações de conservação: inclui reuniões preparatórias para o Workshop nacional de
elaboração da lista; reuniões de Comités e Grupos de Trabalho - GTs criados para "orientar a elaboração e a execução
de planos de proteção e manejo das espécies" (Art. 54, inciso V); definição de ações para o licenciamento ambiental
relacionado à fauna ameaçada (Art. 54, inciso IX); Elaboração de programas de educação ambiental visando "apoiar o
desenvolvimento de ações que visem levar à sociedade o conhecimento da fauna brasileira, buscando sua conscientização para a conservação da vida silvestre, principalmente as ameaçadas" (Art. 54, inciso XIV).
Várias entidades científicas organizadas, ONGs conservacionistas e centros especializados do IBAMA foram convidados para a reunião prévia. Entre elas estão: Sociedade Brasileira de Mastozoologia, Sociedade Brasileira de Primatologia, Sociedade Brasileira de Ornitologia, Sociedade Brasileira de Herpetologia, Sociedade Brasileira de Entomologia,'Sociedade Brasileira de Zoológicos, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Sociedade Brasileira de
Zoologia, Conservation International, Fundação Biodiversitas, The Nature Conservancy, World Wildlife Fund,
Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, Coordenação Geral de Fauna, Coordenação Geral de Unidades de
Conservação, Centros de Fauna do IBAMA (CMA, CPB, CENAP, TAMAR, RAN, CEMAVE).
Os Comités e Grupos de Trabalho criados pelo IBAMA são órgãos assessores voltados para a definição das estratégias de conservação para as espécies ameaçadas. Estes são constituídos por especialistas no manejo das espécies em
cativeiro e/ou na natureza, por representantes da autoridade governamental Brasileira/IBAMA (CGFAU, COFAU e
Centros Especializados) e por representantes de instituições e organizações nacionais e internacionais relacionadas
às espécies em questão.
Entre os resultados esperados destes grupos assessores estão: 1. Estabelecimento de estratégias para a criação, a
implementação e o fortalecimento de unidades de conservação em áreas de importantes para as espécies; 2. O
estabelecimento e a implantação de estratégias de fiscalização para combater o tráfico e a caça; 3. O estabelecimento
de pesquisa prioritárias para a conservação das espécies ameaçadas, espécies com dados insuficientes e de inventários de á/eas pouco conhecidas. 4. O estabelecimento de ações para maior controle do trânsito de animais; 5. A
definição de procedimentos para espécies ameaçadas mantidas em cativeiro; 6. O apoio à elaboração de listas
estaduais de fauna ameaçada e 8. A revisão da legislação pertinente à proteção de espécies ameaçadas.
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