Boletim de março de 2016
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Boletim de março de 2016
BOLETIM trimestral gratuito 20º ano nº 80 Março 2016 Associação dos Aposentados e Reformados da RDP AR – Rádio na internet AR-Rádio - Associação dos Aposentados e Reformados da RDP (IPSS) - NPC 502 011 750 Av. Marechal Gomes da Costa nº 37 -1849-030 LISBOA- Tf. 21 382 02 24 E-mail: [email protected] AR - Rádio 2 SUMÁRIO Editorial ……………………..………3 Marques Maria AR-Rádio na Internet ….........4 Marques Maria Estatutos revistos ……………..….5 Albano Inácio As dificuldades da comunicação …………………........6 Mª. Emília Ramalho Vamos Fazer o Onze……….7/8/9 Ribeiro da Silva Dia Mundial da Poesia ……….10 Mª. Assunção Freire Os Maestros que conheci…. 11 Nini Remartinez Aniversariantes……......... 12/13 Namoricos na Romaria …….…14 Manuel Topa O cão e o homem (parte 2) ………………………….15/16 Maria Clara Insónias…………………….. 17/18/19 Drª.Patrícia Alves Humor …………………………………….20 Mª.Assunção Freire Partilhando a Internet .…21/22 Poesia.................................23 Mª. Hermínia Mª. Assunção Freire Direcção: António Marques Maria Edição: Maria Emília Ramalho Paginação e grafismo: Guilherme Guimarães Impressão: Reprografia - RTP AR Rádio 3 EDITORIAL António Marques Maria 59º Aniversário da RTP Celebraram-se no passado dia 7 de março, os 59 anos de vida da RTP. Entretanto é curioso recordar que, as emissões regulares, iniciadas em 7 de março de 1957, foram precedidas de um período de transmissões experimentais, de 4 a 30 de Setembro de 1956, realizadas em circuito fechado, das 21.30 às 23.00h, com mais de 20 televisores dispersos pela antiga Feira Popular de Lisboa, ex: Parque de Santa Gertrudes, em Palhavã atuais instalações da Fundação Calouste Gulbenkian. Foram assim os primeiros passos do nascimento da Televisão em Portugal. PARABÉNS RTP Programa da Manhã da Antena1 - Melhor Programa de Rádio. A Sociedade Portuguesa de Autores, atribuiu o Prémio Melhor Programa de Rádio, ao Programa da Manhã da Antena 1. A Cerimónia da entrega de prémios na área de Cultura, teve lugar na Sala Garrett, do Teatro Nacional D. Maria II, no passado dia 22 de março. Prémio bem merecido, para António Macedo e toda a sua grande equipa de excelentes participantes no PROGRAMA DA MANHÃ, a Rádio que nos diz "BOM DIA". PARABÉNS PARA TODOS. EVENTOS para 2016 Como tentativa de programa para este ano, e com uma Primavera muito tímida, vamos em frente com os seguintes Passeios e Convívios, a confirmar em devido tempo, de acordo com as respetivas circulares: Abril – 23 (sábado) – Passeio a Évora, ao Fórum da Fundação Eugénio de Almeida, com visitas guiadas, à Adega da Cartuxa, e ao Páteo de São Miguel. Maio - 25 (quarta) - 28º Aniversário da AR-Rádio . Almoço de confraternização no Hotel Altis, em Lisboa Junho - 21,22, 23 - Passeio ao Norte - Para confraternizarmos com os Colegas do Cento e do Norte, com um interessante programa. Outubro - Em estudo. Dezembro - Homenagem dos 80 Anos e da Idade Maior , em local a designar. Desejamos Boa Saúde e a vossa participação AR - Rádio 4 A AR – Rádio na Internet António Marques Maria De acordo com a alteração do Decreto-Lei 172-A/2014 e pela Lei 76/2015, as IPSS estão obrigadas, para além das alterações dos Estatutos, a estar identificadas na NET, através de “sítio institucional da associação”. Nesta conformidade estamos preparando os textos dos conteúdos, contando com a preciosa colaboração da Multimédia da RTP, para a respetiva criação técnica. Entretanto, aproveitamos para partilhar convosco, o texto de abertura que vamos ter no “site da AR-Rádio”, para identificação de “QUEM SOMOS”: A AR-Rádio, é uma IPSS, constituída em 1988, por iniciativa de funcionários da RDP, no sentido de , após a vida ativa, poderem manter e estreitar os laços de proximidade entre colegas, de forma solidária e afetiva, evitando as dificuldades do isolamento e da solidão. Presentemente somos cerca de 500 associados - a maioria na situação de aposentados ou reformados. A nossa Associação, é o grande ponto de encontro que nos faz manter vivo “o sentimento muito especial e único" de, ainda que indiretamente, continuarmos a fazer parte da “Rádio que nos faz Companhia e nos diz Bom Dia”. O site da Ar Rádio na internet, é uma forma pública de divulgar toda a nossa realidade institucional, permitindo a informação actualizada sobre o funcionamento e actividades através das respectivas áreas de consulta no mesmo. AR - Rádio 5 Alteração dos estatutos da AR.Rádio Albano Inácio Como se lembram, a 10 de Novembro de 2015 realizou-se uma Assembleia Geral extraordinária, que aprovou uma proposta de revisão dos estatutos, para os adaptar ao modelo de estatuto das IPSS reformulado pelo Decreto-Lei 172A/2014 e pela Lei nº 76/2015. Essa alteração tornava-se obrigatória se quiséssemos manter a Associação na esfera legal das IPSS, como até aqui, para nos permitir usufruir das regalias que o Estado concede às instituições da área social, como algumas isenções de impostos e receitas do IRS. Além das alterações obrigatórias determinadas pela Lei, a Direcção aproveitou para rever outros artigos dos Estatutos, adaptando-os à realidade do tempo actual sem desvirtuar o seu espírito original. Muito resumidamente, seguintes: das alterações aprovadas, salientamos os pontos 1. Passa a haver 3 categorias de associados: Efectivos, Auxiliares e Honorários. Na categoria de efectivos passam a integrar-se os aposentados, os profissionais no activo e os que se desvincularam após terem prestado serviço na RDP por mais de 10 anos, acabando assim com a anterior diferença de tratamento. 2. O exercício de certos direitos é reservado aos associados efectivos com mais de 12 meses de inscrição. 3. A quota passa a anual e considera-se vencida a 30 de Junho de cada ano. 4. A duração do mandato dos órgãos sociais passa a ser de 4 anos. 5. O presidente da Direcção só pode ser eleito para 3 mandatos sucessivos. 6. Os titulares de um órgão social não podem acumular funções noutro órgão, nem exercer actividade conflituante com a da associação 7. A convocatória da Assembleia Geral, além de enviada a todos os associados, será também publicada no sítio institucional da Associação (site na Internet), assim como os documentos referentes à ordem de trabalhos respectiva. Logo que nos seja comunicada, pela DGSS, a aprovação do novo texto dos estatutos, faremos uma edição actualizada, que será enviada a todos os associados. AR - Rádio 6 AS DIFICULDADES DA COMUNICAÇÃO MariaEmíliaRamalho Eu ainda sou do tempo em que, quando havia um convívio social ou familiar, era para conviver, quando se passeava era para descobrir novos horizontes, um dia na praia eram banhos de sol e mar e risos, as conversas eram trocas de ideias com princípio, meio e fim, jantar com amigos era pretexto para longas conversas à mesa e principalmente o essencial era a comunicação entre os que nos estavam próximos. Ao contrário do que seria de esperar, com o avanço das tecnologias de comunicação, as pessoas estão cada vez mais isoladas. Apesar dos chats, do skipe, do facebook e congéneres, da generalidade das comunicações à distância.com muitos likes e visualizações, apesar de tudo isso e do mais que venham a inventar, ninguém comunica com ninguém. O que é que observo agora, por exemplo, numa carruagem de metro ou autocarro, sítios onde por natureza, se cruzam as pessoas normais que se deslocam nas suas rotinas diárias? Senta-se à minha frente um indivíduo e numa obsessão de se manter ligado ao mundo da cibernética. e às máquinas, compõe a imagem: Phones nos ouvidos, fios de mistura com os cachecóis (estamos no Inverno), olhos esbugalhados para um ecrã (telemóvel, ipad, iphone, tablet, eu sei lá que mais!) dedos rápidos num dedilhar frenético, como se disso dependesse a sua vida! Está cortada a comunicação com o resto do mundo. A partir daí tudo pode acontecer à sua volta, ninguém olha para ninguém, podemos cair ali ao lado, que ninguém dá por nada, ninguém repara em que estação está ou a paragem onde deve sair, muito menos se haverá alguém a necessitar de ajuda, porque esse indivíduo está a comunicar… aparentemente com uma máquina. Já me aconteceu várias vezes em lugares públicos, em horas de movimento, o funcionário, com a melhor das intenções, indicar-me uma máquina. Normalmente respondo que não gosto de falar com máquinas e principalmente não quero contribuir para a extinção do seu posto de trabalho. Devem ficar a pensar que não “jogo com o baralho todo” E recordo o Génio, o cada vez mais Genial EINSTEIN que disse: “Tenho medo do dia em que a tecnologia se vá sobrepor à interacção humana.” “O mundo terá uma geração de idiotas!” Terá esse dia já chegado e não demos por nada? AR - Rádio 7 Vamos Fazer o Onze Ribeiro da Silva A tradição já não é o que era, mas mesmo assim os usos e costumes que vêm de tempos remotos, por vezes prejudicados por certo abrandamento, mercê de variadas circunstâncias, podem reviver se essas mesmas circunstâncias proporcionarem um enquadramento favorável. É exactamente isto que está a acontecer na cidade de Borba, onde o desenvolvimento turístico, uma constante por todo o nosso País, reclama iniciativas e novas ideias de que resultem sempre bem-vindos benefícios. Sendo assim, foi decidido localmente reanimar uma tradição que decerto alegrará muitos dos visitantes e que consiste somente em «Fazer o Onze». E do que é que isto trata? Vamos dizer, mas antes note-se, para já, que será melhor fazêlo em grupo, porque a animação aumentará. Deste modo, ao fim da manhã ou da tarde, sem horário definido, começa-se uma ronda pelas tasquinhas de comes e bebes locais, presumindo-se que sejam onze. Como é que essas rondas terminam ou no que têm resultado é que não há notícia… mas é sem dúvida uma tradição excelente, animadora do comércio e merecedora de apoio. Portanto, vamos Fazer o Onze? A ronda proposta surge numa cidade que, embora seja a mais recente e pequena do Alentejo, apesar da ocupação humana do local remontar a tribos galo-celtas, é conhecida internacionalmente devido à qualidade dos vinhos que produz, assim como dos belos mármores que naquela zona são extraídos, além de ter monumentos e templos que merecem ser visitados. A nossa passagem por ali fez parte de um itinerário que nos levou a percorrer planuras alentejanas e teve uma primeira paragem em Mora, para visitar o Fluviário, único equipamento português desse tipo, o qual, aliás, já foi visitado também por um grupo dos nossos companheiros numa excursão organizada pela ARRDP. Bem perto de Mora existe outro local merecedor de interesse, o Santuário de Nossa Senhora de Brotas, a que já fizemos destacada referência num apontamento anterior. AR - Rádio 8 De Mora seguimos para Pavia, localidade povoada desde tempos pré-históricos e testemunhados pela existência de numerosos monumentos megalíticos, os quais, no centro desta vila, estão representados por uma enorme anta que foi escavada e abriga uma curiosa capela dedicada a S. Dinis. Perto há a destacar ainda a casa onde nasceu o médico e escritor Fernando Namora. Aqui, como em diversos outros locais, fizemos numerosas fotografias, algumas das quais, contudo, se perderam devido a erro no manejo das transposições. Dali a Vila Viçosa foi um pequeno salto e visitámos o Paço Ducal da Fundação da Casa de Bragança, num edifício majestoso, com uma fachada de 110 metros, única na arquitectura civil particular e revelando inspiração clássica, dotado de grandes e belas salas, ricamente decoradas, onde se pode ver mobiliário de diversas épocas, algum dele de inegável valor porque se trata de peças únicas, colecções de pintura e escultura e louças e peças várias relacionadas com a história da família real, que ali habitou ou passou férias durante centenas de anos e se manteve até à proclamação da república. No final da visita, passa-se pela gigantesca cozinha, que é espectacular, principalmente devido às centenas de utensílios de cobre expostos, alguns deles com dimensões regimentais. E nesta visita se passou uma manhã inteira. Um pouco mais tarde dirigimo-nos de novo ao mesmo palácio, mas para as antigas cocheiras, onde se pode visitar o Museu das Carruagens, que ocupa quatro grandes pavilhões e é núcleo em Vila Viçosa do Museu dos Coches sedeado em Belém. Estão expostos perto de uma centena de veículos de tracção animal de variados tipos, desde luxuosos e enormes coches semelhantes aos que se podem ver em Lisboa até carruagens de gala do séc. XVIII, landaus, liteiras, carros ligeiros de caça de início do séc. XX e muitos outros, os quais são na maioria do Museu dos Coches, enquanto diversos foram depositados por vários particulares ou instituições públicas, sendo apenas dez deles pertença da Fundação da Casa de Bragança. Vila Viçosa foi a nossa «base» para as excursões que a partir dali fizemos nas redondezas, e uma das mais interessantes foi a Estremoz, depois de termos passado por Borba, Alandroal, pelo muito curioso Santuário da Boa Nova, Terena e atravessado a Serra de Ossa, elevação verdejante e cheia de arvoredo que se destaca no horizonte da planície do Baixo Alentejo e é atravessada por estrada sinuosa que passa junto do Convento de S. Paulo, outrora morada de monges eremitas e hoje transformado em confortável pousada. AR - Rádio 9 Estremoz, dominada lá do alto por um castelo, foi cenário de episódios marcantes da história nacional e disso dá conta justificando visita mais demorada e atenta, além de apresentar uma curiosidade única, Kitch e Arte Nova, na frontaria do edifício onde está instalado o café e restaurante Águia d´Ouro, com as suas nove portadas em três andares todas elas diferentes umas das outras.Do mesmo modo que Borba, Estremoz também se destaca pela extracção de magnífico mármore, de fama mundial, a qual tem, igualmente, o inconveniente de dar origem a gigantescas escombreiras perturbadoras da paisagem. O ícone de Elvas, gigantesco aqueduto estendido ao longo de 8.5 km. e com 843 arcos e várias torres elevadas a 31 metros de altura, recebe impressionantemente quem entra na cidade, que alberga também o maior conjunto de fortificações abaluartadas do mundo, obra prima da engenharia militar e justificando a importância estratégica que Elvas assumiu no sistema defensivo nacional.. E ali tão perto a vizinha Espanha, a ideia que ocorre imediatamente é a de uma escapadela a Badajoz, nem que seja somente para encher o depósito, partilhando o privilégio de que beneficiam «nuestros hermanos», e também, já agora, de uma rápida fugida a Olivença, a fim de matar saudades… Em Badajoz poderá ainda verificar o portentoso desenvolvimento que aquela cidade estremenha tem sofrido ao longo das últimas décadas. Vale sempre a pena dar uma volta pelo Alentejo, percorrer calmamente as suas boas estradas, deixar deslisar os alargados montados, as cada vez maiores manchas de olivais, as vastas vinhas, as numerosas manadas, as pequenas elevações e largos espaços que vão alterando as cores, pejadas ou não de pequenas flores silvestres; mergulhar, consoante o ritmo das estações, no verde dominante ou em paletas coloridas. São sempre viagens que agradam e enchem os nossos sentidos e os álbuns de boas recordações. [email protected] AR - Rádio 10 DIA MUNDIAL DA POESIA Mª.Assunção Freire CONTA E TEMPO - Evocação do DIA MUNDIAL DA POESIA(21 de Março), com um soneto de trocadilhos muito original, escrito no Sec., XVII, por António da Fonseca Soares. Estudou em Évora e alistou-se na Guerra da Restauração, para fugir ao castigo de homicídio, em duelo. Esteve no Brasil, donde regressou em 1663, tendo entrado para a Ordem de São Francisco, com o nome de Frei António das Chagas. Deus pede estrita conta de meu tempo. E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta. Mas, como dar, sem tempo, tanta conta, Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo? Para dar minha conta feita a tempo, O tempo me foi dado, e não fiz conta. Não quis, sobrando tempo, fazer conta. Hoje, quero fazer conta, e não há tempo. Oh, vós que tendes tempo sem ter conta, Não gasteis vosso tempo em passatempo. Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta! Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo, Quando o tempo chegar, de prestar conta Chorarão, como eu, o não ter tempo … [email protected] AR - Rádio 11 OS MAESTROS QUE CONHECI Nini Remartinez Foi com todo o gosto que acedi ao pedido que me foi dirigido pela Associação dos Aposentados da RDP em colaborar no vosso Boletim. Escolhi uma rubrica que tem muito a ver comigo “Os maestros que conheci” e o porquê é o facto de ser filha dum músico de que muito me orgulho, Francisco Remartinez, apaixonado pelo violino. Desde muito jovem, começou a tocar com o pai, que era pianista e aos 14 anos tocou para o rei D.Carlos, notícia que veio publicada num jornal dessa época e cujo recorte conservo emoldurada, numa parede do meu quarto. D.Carlos prometeu conceder-lhe uma bolsa de estudo que lhe permitisse estudar no estrangeiro mas, poucos meses depois, deu-se o regicídio e, claro, o projecto não se concretizou, tendo no entanto acabado os seus estudos em Espanha. Voltando para Portugal, criou uma Orquestra de Salão para a qual convidou músicos de elevado nível artístico no panorama nacional, entre eles Bello Marques e António Melo. Assim nasceu a Orquestra Remartinez e é natural que fale nela com muito carinho e admiração! O Maestro António Melo era um pianista especialmente dotado, com uma extraordinária capacidade de improvisação, veja-se o acompanhamento musical aos programas de António Lopes Ribeiro, na RTP. Como acompanhante era com grande facilidade que adaptava os trechos, subindo ou descendo o tom, conforme as características vocais dos cantores Para provar a sua precocidade, socorri-me da Enciclopédia Portuguesa-Brasileira (já que a tão celebrada Wikipédia é completamente omissa) e achei datas espantosas para o início da sua actividade musical Assim, aos 10 anos ajudava o sineiro nas igrejas de S.Roque e do Sacramento, aos 11 tocou pela 1ªvez órgão na Igreja das Chagas, aos 12 foi organista da Basílica da Estrela e tocava piano na Soc de recreio Rodrigues Cordeiro e …por aí fora! Entre 1926 e 1929 trabalhou em Joanesburgo e tocou nas principais cidades da Africa do Sul e das colónias portuguesas Em 1935 ingressou na Emissora Nacional como pianista e director de orquestra e compositor de música para peças radiofónicas. Filmes como a Canção de Lisboa, João Ratão. Porto de Abrigo, O Costa do Castelo, a Menina da Rádio têm a sua assinatura. Escreveu 2 Bailados para o bailarino Francis, a Alegoria Afonso Henriques (1931 ) e o Hino oficial da Exposição do Mundo Português (1940) Para além destas notas meramente biográficas, que denotam a minha grande admiração por ele como músico e como pessoa, saliento a profunda amizade que me ligou a ele e à Márcia, sua mulher, meus padrinhos de casamento. Por tudo isto, escolhi o Maestro António Melo para iniciar as minhas memórias sobre os MAESTROS QUE CONHECI. E especialmente para ele o meu “Boa Noute” AR - Rádio 12 São estes os colegas que festejam o seu Aniversário no 2º Trimestre (meses de Abril, Maio e Junho) do corrente ano. São nomes de amigos que nesse dia merecem ser lembrados e receber uma mensagem e um abraço. Aqui fica o convite! Abril/2016 Dia Dia 01 - MARIA JÚLIA GONÇALVES MORAIS 01 - MARIA NAIR TELES GOMES TAVARES 02 - MARIA ODETE SALES SIMÃO 03 - HENRIQUETA A. ESPÍRITO SANTO 04 - JOÃO ANTÓNIO TEIXEIRA RODRIGUES 05 - VIRGÍNIA DE JESUS COSTA 06 - MARIA SUZETE G. L. GUIMARÃES 07 - MARIA LISETE S. OLIVEIRA RIJO 08 – SAMUEL GUALTER ORNELAS CASTRO 09 - MARIA PRAZERES P. CARVALHO Informações sobre contactos 09 - ZULMIRA AUGUSTA O.G. FERREIRA 11 - MARIA HELENA FALÉ CAMPOS 12 - ETELVINA FONTES ALMEIDA 14 – FRANCISCA ILEANA L. SERBANESCO 17 - CARLOS ALBERTO SÁ SANTOS 17 - JOAQUIM RODRIGUES GONÇALVES 18 - MARIA LUISA FRADINHO N BARRADAS 19 - JOAQUIM CÂNDIDO PROENÇA 19 - MARIA TERESA NUNES MORGADO 20 - MARIA AIDA A. MOREIRA CORREIA 20 - MARIA AMÉLIA GONÇALVES COELHO 21 - RICARDO JORGE N. PEYROTEO 21 - SEBASTIÃO MENDES OLIVEIRA 21 – MARIA ESTRELA SERRANO 22 – ANTONIO JOSÉ BARROSO 24 - JOSÉ PINTO LOUREIRO 24 - LAURENTINO LOPES VALENTE 26 - ANTÓNIO MANUEL C B CARDOSO 27 - MARIA CÉU R CARVALHO PEREIRA 28 - JOSÉ ANÍBAL FERRO CARVALHO 28 - MARIA HELENA O LIVEIRA BARROSO 28 – MARIA INÊS MOREIRA SILVA 29 - MARIA CONCEIÇAO XUFRE SANTOS 30 – JOSÉ EDUARDO PINGUINHA C. NUNES O número que marcou não se encontra atribuído Numa era em que as tecnologias no âmbito das comunicações avançam a um ritmo galopante, deparamo-nos por vezes, com o problema da impossibilidade de contactar com colegas, inclusive no dia do seu Aniversário, por nos faltar o nº de telefone que utilizavam e que entretanto mandaram desligar. Pedimos aos colegas que se encontram nessa situação, que actualizem os seus contactos telefónicos (telefone ou telemóvel) ou email junto da Ar/Radio de 2ª a 6ª feira, entre as 13.00 e as 16.00 horas para o nº 213820224. AR - Rádio 13 ANIVERSARIANTES DE MAIO E JUNHO DE 2016 Maio Junho Dia Dia 1 2 MARIA ROSÁRIO S. R. N. DIAS MÁRIO E. CARVALHO ALMEIDA 3 4 4 5 7 7 7 8 8 9 10 10 10 13 13 14 14 15 MARIA LUISA L.C. INFANTE ARLINDO CORREIA RIJO MARIA GRACINDA R. MENDES SANTOS 15 17 17 18 18 19 22 23 ELDER RÉCIO CORREIA CARLOS ALBERTO C. A. BORGES MARIA LUISA SILVA BERNARDO MARIA MOTA COIMBRA CARDOSO LUIS CARLOS PINTO CARLOS JORGE FIGUEIREDO CUNHA MARIA AMÉLIA F. S. PINTO MARTINS MARIA OTÍLIA PINTO CARREIRAS JULIETA ASCENÇÃO FERNANDES ILDA GODINHO OLIVEIRA MARQUES JACINTO ANTÓNIO R. VIEGAS LEAL MARIA VALERIANA WINNIE CARDOSO MARIA IONE SILVA AZOIA FERREIRA MARIA JÚLIA F. MATOS PILAR MARIA HERMÍNIA FAISCA ANASTÁCIO ILDA DA CONCEIÇAO T. PEREIRA MARIA CRISTINA B. S. SIMÕES MARIA MANUELA R. F. ALBUQUERQUE LUIS MATIAS ALMEIDA SÉRGIO MANUEL CAMPOS OLIVEIRA ANA CRISTINA MARQUES GODINHO MARIA EMÍLIA DIAS LOBO PEREIRA ANTÓNIA CAPITOLINA SALGADO 26 JOSÉ ARTUR GAMITO DA SILVA 26 JUDITE CONCEIÇÃO FERREIRA CARO 27 GARCIA SANTOS MARQUES FREITAS 27 JOAQUIM ANTÓNIO CASTELA ESTEVES 28 28 29 29 29 31 MARGARIDA LOPES G. FIGUEIRA MÁRIO FERNANDO FERREIRA REBELO ANTÓNIO MATADO SANTOS JAIME SANTOS MARQUES ROGÉRIO REIS DIAS DYRCE ABRANTES SILVA SANTOS 31 JOAQUIM A. CONCEIÇAO MARTINS 19 CARLOS JORGE FIGUEIREDO CUNHA 22 MARIA AMÉLIA F. S. PINTO MARTINS 1 3 4 5 MARIA EMILIA H. CUNHA DUARTE MARIA CRISTINA O.S.F.MARQ.LOURENÇO ARTUR AUGUSTO CARVALHO MARIA DE LURDES SILVA BRANDÃO 5 FRANCISCO ARAÚJO COSTA 6 MARIA ISABEL PRIOR ROMERO 7 MARIA CONCEIÇÃO GOMES ALMEIDA 8 FERNANDO MOURA DINIZ 8 8 9 10 11 12 ANA DE LURDES ARAGÃO RAFAEL DAS NEVES CORREIA MARIA LURDES PEREIRA VIDAL MARIA EMA OLIVEIRA RODRIGUES MARIA AMÉLIA DOS SANTOS LAGE MARIA GERMANA VARGAS 12 13 14 16 16 17 JOSÉ FERNANDO R.JARA ANA MARIA CABRITA B. S.MENDES ARTUR GONÇALVES FERNANDES MARIA PAULA S. PRUDÊNCIO TOMÉ ANTÓNIO CARLOS VICENTE ROSA CLARISSE LAURA C.GUERRA 18 18 19 21 21 21 MARIA JOSÉ NUNES LEONEL PIRES CARGALEIRO DOMINGOS GAMEIRO JOAQUIM MARTINS SILVA MARIA AMÉLIA J. TALHAS SANTOS TERESA MARIA PIZARRO 22 EDITE DOS ANJOS LEAL P.MANJERICO 23 LURDES JUSTINA R.ANTUNES 23 MARIA GLÓRIA NUNES PEREIRA 24 JOSÉ MANUEL SILVA ÁVILA 25 MARIA ALMERINDA RITA G. MELO 26 ELZA PEREIRA AMADO PORTUGAL 26 ORLANDO MOREIRA SANTOS 28 LUCINDA LOURENÇO MORAES 29 VIRGÍLIO ANTÓNIO PALMA FIALHO 30 MARIA JOSÉ M. ABREU SANTOS 30 MARIA DE LA SALETE B. P. CARAMELO AR - Rádio 14 OS NAMORICOS NA ROMARIA DA SENHORA DA SAÚDE NO MOSTEIRO Manuel Topa Oh menina olhe pra mim Não se vá daqui embora Que um rapaz bonito assim Não se pode deitar fora Fiquei pasmado a sonhar Quando a vi na romaria Não mais deixei de pensar Bela! Como a luz do dia! E não fique a desdenhar Como as demais raparigas Vamos ambos namorar Não se deixe ir em cantigas Porquê então não me dá Um sorriso de alegria? Quem sabe se amanhã Seremos Manel com Maria? E se quer um namorado Não seja muito esquisita Veja que estou encantado Com a sua cabecita Unidos pra toda a vida Dois em um, mais quem vier Natureza em flor erguida Até quando Deus quiser Suas tranças, seus cabelos Seus olhos e sobrancelhas E os dentes, como são belos! E arrecadas nas orelhas! Manuel Topa Estas quadras que aqui deixo, criadas por mim há mais de 40 anos, são apenas um encadeado de piropos, na forma de quadras, que os rapazes da minha aldeia natal e eu próprio, dirigiam às raparigas, na esperança de ganhar um sorriso, a partir do qual começava o namoro de romaria. No ambiente rural da minha terra, este procedimento era aceite por toda a gente. Resolvi agora publicar estes versos como forma de protesto pela decisão da Assembleia da República em fazer uma lei para a criminalização do “piropo” O que pensará o Eros da presunção de quem acha que esta singela forma de expressão deve ser reprimida? Então não haverá mais lugar à poesia, não haverá mais criatividade juvenil? Até o amor ficará sob censura. Por certo será criada uma nova ASAE – Administração de “Sensura” do amor erótico! O Eros não vai gostar e por certo vai mandar umas quantas pragas para castigar quem atente assim contra o amor. E todos sabemos como os Deuses são severos quando estão zangados! AR–Rádio 15 O Cão e o homem… parte 2 M Maria Clara Na edição anterior apresentei 4 casos de cães maltratados pelos donos e/ou objecto de mau tratamento. Posso dizer que a cadelinha branca reside no prédio ao lado do meu. E pode-se imaginar a angústia que senti quando, a meio da madrugada, nas noites frias e chuvosas dos últimos dias, a ouvi gemendo e chorando. Depois de longos minutos ela acabou por se calar, resignada talvez, à vida no pequeno espaço da casota “plantada” no quintal e que, para além da abertura da frente tem uma espécie de respiradouro na parte de trás, circulando o vento e a chuva pelas 2 aberturas. Alguém sabe o que se pode fazer para ajudá-la ? DIREITOS DOS ANIMAIS Artigo 1º 1. Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência. Artigo 2º 1. Todo o animal tem o direito de ser respeitado. 2. O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais ou de os explorar, violando esse direito. Tem a obrigação de empregar os seus conhecimentos ao serviço dos animais. 3. Todos os animais têm direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem. Artigo 3º 1. Nenhum animal será submetido a maus tratos nem a actos cruéis. 2. Se a morte de um animal é necessária, esta deve ser instantânea, indolor e não geradora de angústia. Artigo 4º 1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e a reproduzir-se. 2. Toda a privação de liberdade, incluindo aquela que tenha fins educativos, é contrária a este direito. Artigo 5º 1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade que sejam próprias da sua espécie. 2. Toda a modificação do dito ritmo ou das ditas condições, que seja imposta pelo homem com fins comerciais, é contrária ao referido direito. Artigo 6º 1. Todo o animal que o homem tenha escolhido por companheiro, tem direito a que a duração da sua vida seja conforme à sua longevidade natural. 2. O abandono de um animal é um acto cruel e degradante. Artigo 7º 1. Todo o animal de trabalho tem direito a um limite razoável de tempo e intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso. AR–Rádio 16 Artigo 8º 1. A experimentação animal que implique um sofrimento físico e psicológico imcompatível com os direitos do animal, quer se trate de experimentações médicas, científicas, comerciais ou qualquer outra forma de experimentação. 2. As técnicas experimentais alternativas devem ser utilizadas e desenvolvidas . Artigo 9º 1. Quando um animal é criado para a alimentação humana, deve ser nutrido, instalado e transportado, assim como sacrificado sem que desses actos resulte para ele motivo de ansiedade ou de dor. Artigo 10º 1. Nenhum animal deve ser explorado para entretenimento do homem. 2. As exibições de animais e os espectáculos que se sirvam de animais, são incompatíveis com a dignidade do animal. Artigo 11º 1. Todo o acto que implique a morte de um animal, sem necessidade, é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida. Artigo 12º 1. Todo o acto que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, um crime contra a espécie. 2. A contaminação e destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio. Artigo 13º 1. Um animal morto deve ser tratado com respeito. 2. As cenas de violência nas quais os animais são vítimas, devem ser proibidas no cinema e na televisão, salvo se essas cenas têm como fim mostrar os atentados contra os direitos do animal. Artigo 14º 1. Os organismos de protecção e salvaguarda dos animais devem ser representados a nível governamental. 2. Os direitos dos animais devem ser defendidos pela Lei, assim como o são os direitos do homem. Esta declaração foi proclamada em 15 de Outubro de 1978 e aprovada pela UNESCO, e posteriormente, pela ONU. Dicas para ser um Proprietário Responsável Não deixe o seu animal sair à rua sozinho. Leve-o a passear sempre com trela. Recolha as fezes do seu animal nas ruas quando o passear. Ofereça sempre água limpa, alimentação de boa qualidade e um bom cantinho para dormir. Vacine-o contra doenças, sempre que sejam requeridas pelo veterinário. Deixe sempre o seu animal limpo com banhos periódicos e penteie-o regularmente. Pode optar pelo acasalamento, mas preste atenção para não deixar filhotes sem dono ou em mau estado. Brinque com ele e sobretudo ofereça-lhe muito amor. Há donos que obrigam os seus cães a viverem em lugares pequenos demais para a necessidade dos seus músculos, presos a correntes curtas, ou desabrigados no frio, no calor excessivo, ao vento e à chuva.Com uma expectativa de vida que varia entre dez e vinte anos, o cão é um animal social que, na maioria das vezes, aceita o seu dono como o "chefe da matilha".A afeição e a companhia deste animal são alguns dos motivos da famosa frase: "O cão é o melhor amigo do homem", já que não há registo de amizade tão forte e duradoura entre espécies distintas quanto a de um humano e um cão. (Wikipedia) Desejo muito que todos os seres humanos saibam cuidar e respeitar os cães. AR–Rádio 17 INSÓNIAS Drª. Patrícia Alves ª . P O termo insónia é usado para expressar a percepção de que o sono foi insuficiente ou a anormal, isto é, que o sono não foi satisfatório. As insónias não constituem uma doença, nem um sinal de doença, pelot que são r extremamente difíceis de quantificar. Podem ocorrer esporadicamente, ser transitórias í quando ligadas a uma situação específica e, por último, ser crónicas quando persistem por c um período superior a um mês. i As insónias afectam pessoas de qualquer faixa etária, mas predominam na população idosa, a sendo que mais de metade dos mais velhos sofre de insónias pelo menos uma vez por semana. A l v De que se queixam as pessoas que têm insónias? Algumas pessoas com insónias referem dificuldade em adormecer, outras quee acordam demasiado cedo pela manhã e ainda outras que acordam várias vezes durante as noite. Há pessoas TRATAMENTO que têm ao mesmo tempo mais de que DAS um destes sintomas e, finalmente, todas têm a sensação de que o sono não é reparador. DISLIPIDÉMIAS Porque precisamos de dormir? Todos sabem porque precisamos de comer, de beber e de dormir, mas nem todos sabem que dormir é mais importante para a sobrevivência do que comer e beber. É durante o sono que são segregadas hormonas muito importantes para o normal funcionamento do nosso organismo, como é o caso da hormona do crescimento que é fundamental para a renovação continuada ao longo de toda a vida das células que compõem o nosso organismo, da prolactina que é a hormona sem a qual não há aleitamento materno e da testosterona que é indispensável para o desenvolvimento muscular, sobretudo evidente no sexo masculino. É também durante o sono que é controlada a produção de cortisol pela glândula suprarrenal; quando não se dorme, há um aumento de cortisol no sangue pela manhã, com o consequente aumento do risco de hipertensão arterial, de enfartes do miocárdio de acidentes vasculares cerebrais. Sabe-se igualmente que o sono contribui para melhorar as defesas do organismo e, por conseguinte, para aumentar a resistência às infecções. Tanto faz dormir de dia como de noite? Não! O ser humano é um animal diurno. Os animais possuem no seu cérebro uma estrutura que funciona como um relógio biológico e que regula o respectivo ritmo circadiano. No ser humano, o relógio biológico controla, entre outras coisas, os períodos de sono e de vigília, sendo que os mecanismos implicados nesse controlo determinam que seja mais adequado dormir de noite e estar acordado durante o dia. AR–Rádio 18 Quais são as causas mais frequentes de insónias? O “stress”, o medo, a ansiedade são causas frequentes de insónias. No caso da associação depressão-insónias, é sabido que a depressão causa insónias e as insónias agravam a depressão. Os factores ambientais, como o excesso de calor ou de frio, a intensidade da luz e do ruído (o ressonar do parceiro, por exemplo) podem ser determinantes. As alterações no padrão do sono, como é o caso do trabalho por turnos ou dos pais com crianças pequenas, podem provocar insónias. O mesmo sucede com algumas doenças do foro médico, como as que se manifestam por dor, o refluxo gastresofágico e a hiperplasia benigna da próstata ( o homem é obrigado a levantar-se para urinar várias vezes durante a noite), entre outras. Finalmente, não deve ignorar-se que há muitos medicamentos, alguns de uso frequente e que não carecem de receita médica (alguns descongestionantes nasais) causadores de insónias. Quando o aparecimento de insónias coincidir com a toma de um medicamento deve sempre ler-se a bula desse medicamento, secção reacções adversas/ efeitos indesejáveis. Que consequências podem ter as insónias? As insónias interferem com o estado do nosso humor e com algumas funções cognitivas importantes. O risco de acidentes de viação, trabalho e outros (Quadro I) aumenta com as insónias Perturbações do humor Depressão e ou Ansiedade Falta de memória Dificuldade de concentração Dificuldade de desempenho Acidentes de viação,trabalho,etc Quadro I: Consequências das insónias Além das consequências atrás mencionadas, é importante referir que as insónias podem contribuir para o agravamento de algumas doenças frequentes (Quadro II) Doença cardiovascular Doença pulmonar obstrutiva Diabetes crónica (bronquite do fumador) Refluxo gastresofágico Asma Dores Depressão Doença de Parkinson Dependência de drogas Quadro II: Exemplos de doenças que as insónias agravam AR–Rádio 19 Como tratar as insónias? Para combater as insónias pode recorrer-se a medidas de autodisciplina, também designadas por medidas de higiene do sono, às medicinas alternativas, à psicoterapia e aos medicamentos de prescrição médica obrigatória. a)Medidas de higiene do sono As medidas de higiene do sono são aquelas que devem ser adoptadas por todos aqueles que sofrem de insónias e que são intuitivas para a maioria das pessoas. À noite devem evitar-se as bebidas estimulantes, como café (cafeína) e chá (teína); as bebidas alcoólicas podem induzir o sono, mas este é em regra superficial e pouco reparador. Pode dar-se um pequeno passeio depois do jantar, mas não é recomendável a prática de exercício físico que implique esforço. Antes de nos deitarmos é aconselhável verificarmos se o quarto tem as condições de temperatura, luz e barulho que favoreçam um sono tranquilo. A cama serve para dormir e não para ler, ver TV, comer ou trabalhar! A pessoa só deve deitar-se quando está sonolenta e deve levantar-se da cama e ir fazer outra coisa quando não consegue adormecer em 15 ou 20 minutos. Nos períodos de insónia é também importante manter um horário regular, não recorrer, se possível, ao despertador e, obviamente, evitar dormir a sesta As medidas de higiene do sono são eficazes em 70% a 80% dos casos. b) Medicinas alternativas Muitas pessoas recorrem tisanas para dormir. O extracto de valeriana, cidreira e camomila são as ervas a que mais se recorre pelas suas propriedades calmantes. Estas ervas são exemplos de “ervas boas” que podem ser usadas sem reservas, na medida em que ao consumi-las não se corre o risco de efeitos indesejáveis, nomeadamente de potenciação ou inibição do efeito de outros medicamentos que a pessoa esteja a tomar. As massagens, a acupunctura e o ioga são práticas que favorecem o relaxamento e, por conseguinte, susceptíveis de contribuir para melhorar as insónias. c) Psicoterapia O apoio de um psicoterapeuta pode ser muito importante em determinadas circunstâncias. d) Medicamentos de prescrição médica obrigatória Os medicamentos de prescrição médica eles nunca devem representar a primeira opção para tratamento das insónias, sobretudo nas situações de insónia crónica Dos vários tipos de medicamentos disponíveis, as benzodiazepinas são, de longe, as mais usadas. No entanto, há que ter sempre presente que não são medicamentos inócuos, isto é, que têm reacções adversas: tonturas, sonolência durante o dia e habituação ou dependência, entre outras Quando tivermos que tomar medicamentos para as insónias devemos lembrarmo-nos que: 1) os medicamentos aliviam…mas não curam; 2) a dose utilizada deve ser a dose mínima eficaz; 3) não devem associar-se bebidas alcoólicas; 4) é aconselhável que se proceda à sua descontinuação progressiva (sequencialmente em dias alternados, de três em três dias, duas vezes por semana, por exemplo); 5) vigiar os efeitos adversos. AR - Rádio 20 HUMOR (Miúdos) Mª.Assunção Freire Num infantário a educadora está a ajudar um menino a calçar as botas. Ela faz força, faz força e, ao fim de algum tempo e a muito custo, uma bota já entrou e a outra já está quase. Nisto, diz o miúdo: - As botas estão trocadas! A educadora pára, respira fundo, vê que o rapaz tem razão e começa a tirar-lhe as botas, novamente. Mais uma dose de esforço e depois ela torna a tentar colocar-lhe as botas. Ao fim de muito tempo e muito esforço, conseguiu calçar: - Bolas, estava a ver que não. - Sabe é que estas botas não são minhas! A educadora fecha os olhos, respira fundo e lá começa a descalçar o rapaz novamente. Quando, finalmente consegue diz ao miúdo: OK! De quem é que são estas botas, então? - São do meu irmão! A minha mãe obrigou-me a trazê-las! A educadora fica em estado de choque, pulsação acelerada, vai respirando fundo, decide não dizer nada e começa, novamente, a calçar o rapaz. Mais uma série de tempo e, finalmente, consegue. No fim diz-lhe: - Pronto, as botas já estão! Onde é que tens as luvas? - Dentro das botas. [email protected] AR - Rádio 21 Partilhando a Internet Sexalecentes (não é piada) Se estivermos atentos, podemos notar que está surgindo uma nova faixa social, a das pessoas que estão em torno dos sessenta/setenta anos de idade, os sexalescentes- é a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer. Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica - parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se. Este novo grupo humano, que hoje ronda os sessenta/setenta, teve uma vida razoavelmente satisfatória. São homens e mulheres independentes, que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram, durante décadas, ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram há muito a atividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida. Talvez seja por isso que se sentem realizados... Alguns nem sonham em aposentar-se. E os que já se aposentaram gozam plenamente cada dia sem medo do ócio ou solidão. Desfrutam a situação, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, fracassos e sucessos, sabe bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um 5.º andar.... Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar. Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o feminismo dos anos 60. Naqueles momentos da sua juventude em que eram tantas as mudanças, parou e refletiu sobre o que na realidade queria. AR - Rádio 22 Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas... Mas cada uma fez o que quis : reconheçamos que não foi fácil, e no entanto continuam a fazê-lo todos os dias. Algumas coisas podem dar-se por adquiridas. Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos "sessenta/setenta", homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe e até se esquecem do velho telefone para contatar os amigos - mandam e-mails com as suas notícias, ideias e vivências. De uma maneira geral estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não estão, não se conformam e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos senti mentais. Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra... ... Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que ostentam um terno Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de um modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência. Hoje, as pessoas na década dos sessenta/setenta, como tem sido seu costume ao longo da sua vida, estão estreando uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos e agora já não o são. Hoje estão de boa saúde, física e mental, recordam a juventude mas sem nostalgias parvas, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas. Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios...Talvez por alguma secreta razão que só sabem e saberão os que chegam aos 60/70 no século XXI! Fonte: Vários / Internet AR - Rádio 23 CAMINHO LONGE Mª. Assunção Freire Lá, onde se esfumaça o meu caminho, entre candeias d´azeite a arder, Lá, onde a rola vai fazer o ninho, ficou o jeito tosco de eu «me» ser. Lá, onde o dia é claro e a noite é doce; Lá, onde o poema é, como não fosse; Lá, onde o vento sopra e a chuva cai; Lá, onde a terra chora e a água ri; Lá, onde a pedra brilha e o sol se esvai; Lá, onde canta, fino, o «bem-te-vi». Lá, longe, onde se enrosca a «sucuri» e guincha, voando alto, o gavião. Lá, onde plana o grito das gaivotas, se varam barcos de ganhar o pão e se acertam pormenores de rotas. Lá serei livre de todas as penas, a beber água que brota do chão, a plantar rosas e a comer poemas. MÚSICA Mª. Hermínia Anastácio Música!... Lingua universal Supera a palavra, O bem e o mal Em si mesma grava… Música!.. Transmitindo ao mundo Qualquer sentimento, É elo profundo Em cada momento… Música!... Estes sons ascendem Vão ao infinito E todos entendem Se é riso ou se é grito! AR - Rádio Edição de Março 2016