ASSINATURA DA REVISTA Pet Food Brasil
Transcrição
ASSINATURA DA REVISTA Pet Food Brasil
Ano 5 / Edição 29 / Nov-Dez de 2013 / www.editorastilo.com.br Editorial 2 Prezado Leitor, Há tempos ouvimos falar que a nutrição para animais de companhia está sendo aprimorada, ou seja, os alimentos estão com finalidades funcionais, apelos de recreação e treinamento (snacks). Esta tendência ocorre em função da humanização na relação entre os proprietários e os seus animais de estimação. Os pets são considerados e tratados como um membro da família, portanto, a procura é cada vez maior por uma alimentação saudável, balanceada e adequada, estando diretamente relacionada a alimentos de maior valor agregado. Poderíamos, então dizer, que a alimentação para os animais está cada vez mais próxima da alimentação humana? Respeitando as devidas particularidades e necessidades de cada mercado, podemos sim dizer que há muitas similaridades entre ambos. Em um estudo conduzido pela Mintel - companhia global, que há mais de 40 anos analisa os mercados de consumo a fim de produzir compreensão em tendências chaves – foi observada a “Humanização: para além de uma tendência de consumo”, e apontados pontos em comum entre os mercados de alimentação humana e animal. Jean Manuel Gonçalves da Silva, analista sênior do setor alimentício da Mintel, no Brasil, concedeu entrevista à Revista Pet Food Brasil e revela dados sobre esta pesquisa. Outro destaque em nossa edição são os laboratórios que atendem a indústria pet food. Responsáveis por fornecer subsídios para que as empresas possam melhorar continuamente a qualidade de suas rações. O que encontramos foram modernos laboratórios acreditados pelos órgãos competentes, que investem continuamente em infraestrutura e estão equipados com o que existe de mais avançado no mercado, conduzidos por profissionais altamente qualificados. Confira nas próximas páginas. Sendo essa a nossa última edição de 2013, aproveitamos para desejar aos clientes, amigos, parceiros e a todo o mercado, um excelente final de ano, com muita prosperidade nos negócios, saúde, paz e harmonia! CAPA ed 29_H.pdf Boa Leitura! 1 12/5/13 11:14 PM Ano 5 / Edição 29 / Nov-Dez de 2013 / www.editorastilo.com.br Daniel Geraldes C M Y CM MY CY CMY K Edição 29 Novembro/Dezembro 2013 Laboratórios Fundamentais para se obter rações de qualidade 3 4 Sumário 6 5 Notícias 14 Informe Publicitário 18 Informe Técnico 20 Caderno Científico 26 Capa 32 36 Publicidade [email protected] Expo Pet Food 2014 38 Em Foco 1 40 Em Foco 2 Em Foco 44 Em Foco Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 Entrevista 42 Diretor Daniel Geraldes Direção de Arte e Produção Leonardo Piva Denise Ferreira [email protected] Conselho Editorial Aulus Carciofi Claudio Mathias Daniel Geraldes Everton Krabbe Flavia Saad José Roberto Sartori Vildes M. Scussel Fontes Seção “Notícias” Anfal Pet, Pet Food Industry, Sindirações, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Agência Estadão, Cepea/Esalq, Engormix, CBNA 3 Impressão Editora Referência 4 Distribuição ACF Alfonso Bovero 46 Em Foco 5 48 Em Foco 6 52 Diário do Gerente da Fábrica 54 Segurança Alimentar 58 Caderno Técnico 1 62 Caderno Técnico 2 Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 A Revista Pet Food Brasil é uma publicação bimestral da Editora Stilo que tem como público-alvo empresas dos seguintes mercados: Indústrias de Pet Food, Fábricas de Ração Animal, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matérias Primas, Frigoríficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos, Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais, Corantes, Veterinários e Zootecnistas, Farmacologia, Pet Shops, Distribuidores, Informática/Automação Industrial, Prestadores de Serviços, Equipamentos de Segurança, Entidades da cadeia produtiva, Câmaras de Comércio, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, com tiragem de 10.400 exemplares. Distribuída entre as empresas nos setores de engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. 6 Notícias Ferraz amplia fábrica de rações do Grupo Berger O Grupo Berger, com sede em Santa Maria do Jetibá (ES), é um dos importantes produtores de alimentos do Brasil. Seguindo sua política de constante investimento na ampliação de suas instalações e equipamentos de suas plantas, constrói no momento uma nova fábrica de rações balanceadas e núcleos minerais. A referida ampliação, com capacidade de 15t/h. tem por finalidade abastecer sua linha atual de produção de rações extrusadas e ao mesmo tempo já preparar-se para a nova linha de produção que deverá ser instalada em um futuro próximo. O Grupo atua nos segmentos de produção, comercialização e industrialização de ovos, leite e derivados, além de ser um grande produtor de rações também na forma de peletizados e extrusados. O Grupo, do Espírito Santo, escolheu a Ferraz Máquinas para realizar o fornecimento e a instalação da nova fábrica, consolidando assim uma parceria que já dura vários anos. Fonte: Ferraz Máquinas A&R Nutrição Animal: Alimentação e Resultado Referência em ingredientes e concentrados, a empresa se destaca por gerar soluções inovadoras e customizadas A história da A&R Nutrição Animal é a de uma empresa brasileira com mais de sete anos de trabalho e dedicação ao cliente, que iniciou suas atividades na cidade de Apucarana, em 2005, e hoje possui sua sede na cidade de Maringá/PR. Atualmente a A&R é referência em ingredientes e concentrados para alimentação animal nos setores de Avicultura, Suinocultura, Piscicultura e Pet FOOD. Tudo feito a partir de matérias primas de alto padrão, provenientes de frigoríficos e graxarias de aves, suínos, bovinos e peixes e, principalmente, com um diferencial, como destaca o diretor da empresa Rodrigo Sória: "Com a melhor matéria prima, associada a pesquisas contínuas, conseguimos desenvolver produtos e serviços para atender as necessidades dos clientes mais exigentes". Entre os produtos oferecidos estão as Farinhas de Carne e Ossos, Farinha de Sangue, de pena, de peixe e de Vísceras de Ave, além de Sebo Bovino e Concentrador Proteicos, que já alcançam cada vez mais partes do mundo, com a expansiva projeção da empresa. A A&R atua nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo e em todo o território nacional, e por isso, a marca consolidouse no agronegócio nacional e internacional, sendo considerada umas das maiores exportadoras de ingredientes do Brasil! Para atender essa demanda no Brasil e além das fronteiras, a A&R investe firme em seus valores: Customização e Diferenciação; Tecnologia e Soluções Inteligentes; Compromisso e Sustentabilidade; Modernidade e Qualidade; Agilidade e Pontualidade e, por fim, Alimentação e Resultado. Além disso, a A&R Nutrição Animal ainda projeta a construção de sua nova fábrica para os próximos anos, com o objetivo de continuar gerando soluções inovadoras e customizadas que agregam valor com qualidade, agilidade e a diferenciação de forma sustentável aos seus clientes. 7 8 Notícias Geelen Counterflow investe na sustentabilidade 9 Em Brasília, Abinpet mostra a força da indústria de produtos e serviços para animais de estimação Em encontro com parlamentares e líderes da indústria, entidade apresentou estatísticas do setor e as dificuldades que impedem seu pleno desenvolvimento “Não falta infraestrutura, demanda ou iniciativa no mercado pet brasileiro”. Foi com esta afirmação que se iniciou o encontro com parlamentares, representantes de ministérios e líderes do setor pet em Brasília, no dia 12 de novembro. No evento, promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), as autoridades discutiram os rumos dessa indústria, que gera mais de um milhão de empregos e deve crescer, segundo projeções, 8,1% em faturamento, um salto de R$ 14,2 bilhões em 2012 para R$ 15,4 bilhões em 2013. O país é, hoje, o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os números mostram que os brasileiros seguem um movimento mundial de valorização da relação com os animais de estimação, pois os benefícios são mútuos e, por isso, são feitos tantos investimentos nos pets. A cada ano, são produzidas no país dois milhões de toneladas de pet food, por um parque de cerca de 500 mil indústrias. “No entanto, ainda possuímos quatro gargalos: fiscal, regulatório, de inteligência de mercado e de governança da cadeia”, explica José Edson Galvão de França, presidente executivo da entidade. Fabricante de secadores e resfriadores para a indústria de alimentação animal, com escritórios nos Estados Unidos, Argentina e “Trabalhamos por um marco regulatório que incentive a competitividade de forma justa e equilibrada, pela redução da carga tributária China, exportando mais de 80% do que produz, a Geelen Counterflow investiu recentemente na compara de 600 painéis solares para do setor e pelo maior reconhecimento da indústria pet por parte do governo. Se esses gargalos não existissem, seríamos grandes serem instalados em sua planta industrial em Haelen, nos Países Baixos. exportadores”. O investimento faz parte do "Projeto 50/50" criado pela companhia e que visa reduzir em 50%, até 2020, a emissão de CO2 em A alta carga tributária do setor, que corresponde a cerca de 50% do preço final, impede seu crescimento. Uma simulação de seus processos produtivos. Além disso, por meio de seus eficientes secadores e resfriadores, a Geelen também pretende fazer com que redução de 30% traria um aumento de 12,2% no faturamento total. Ainda de acordo com a Abinpet, também há um grande potencial os seus clientes reduzam em até 50%, as emissões de CO2. de comercialização de Pet Food inexplorado no mercado nacional. Segundo apuração deste ano, o consumo médio diário de alimento completo para cães e gatos é de 4,4 milhões de toneladas, e o abastecimento industrial de 2,3 milhões. Somente 42% da capacidade de O diretor da empresa, Mr. Sander, afirma: "como fabricante de secadores e resfriadores, a nossa proposta é levar aos clientes, soluções que resultem em um “equilíbrio energético” em seus processos de fabricação. Não podemos continuar “contribuindo” com o produção brasileira é utilizada, contra os 58% ociosos. efeito estufa, que há muito tempo chegou a níveis preocupantes. Ao invés de discutir detalhes, a hora é de construir soluções.” da bancada pet, também estiveram representantes dos ministérios da Agropecuária e Abastecimento (MAPA), das Relações Exteriores O investimento em painéis solares é apenas um passo em direção à meta da Geelen, que é reduzir em 50% a emissão de CO2 em No evento na capital federal, além dos deputados federais Nelson Marquezelli, Luis Carlos Heinze, Antonio Roberto e Waldir Colatto, seus processos produtivos. "Há tantas outras ações que podem ser adotadas, inclusive exigem baixo investimento, sendo muito mais uma (MRE), do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC), além de empresarios e entidades setoriais. questão de mudança no comportamento. São ações simples no cotidiano das empresas e que já fazem a diferença, como por exemplo, Fonte: Abinpet imprimir documentos apenas quando necessário e sempre que possível usar frente e verso das folhas, instalar nas companhias sensores de movimento, iluminação LED, temporizadores nos sistemas de aquecimento etc. E, quando possível, realizar investimentos maiores, como oferecer bicicletas aos funcionários, comprar computadores mais eficientes e que exigem menos energia,adquirir empilhadeiras elétricas, painéis solares e muitas outras ações. Para a Geelen, aquilo que é bom para o meio ambiente, torna-se bom para os seus negócios. A companhia vem se preparando para construir em 2014, um escritório com gasto “zero de energia”, usando apenas materiais sustentáveis. Mario Sergio Cutait segue como presidente da International Feed Industry Federation Reconhecendo o sucesso de sua gestão, Mario Sergio Cutait foi reeleito o presidente da International Feed Industry Federation (IFIF) para o biênio 2014-2015 durante a 26º assembleia geral realizada pela entidade. Durante a cerimônia, Cutait agradeceu a confiança depositada em sua pessoa pela segunda vez, assim como destacou a contribuição de todos os membros do IFIF no sucesso de seu primeiro mandato. "O trabalho da entidade nos últimos dois anos reforça a IFIF como a voz da indústria de alimentação global como um participante essencial na cadeia alimentar que fornece alimento sustentável, seguro e nutritivo", afirmou o profissional. O presidente da IFIF também prestou sua homenagem às organizações que contribuiram para sua eleição e de todo o Conselho de Administração 2014-2015. Fonte: Assessoria de Imprensa da IFIF. Guaraves adquire extrusora Manzoni de 6 ton/h O grupo Guaraves, com raízes na cidade de Guarabira, interior da Paraíba, hoje uma das maiores indústrias avícolas do Nordeste, reconhecida por sua excelência em qualidade e respeito ao meio ambiente e às pessoas, adquiriu uma extrusora Manzoni da linha MEX-6000 com capacidade de produção de 6 ton/h. A Guaraves já utiliza toda a formatação de suas rações com o padrão Manzoni, mas agora com a aquisição da extrusora vai contar com estabilidade do processo, um suporte técnico presente e disponível, além da qualidade de extrusão que os equipamentos Manzoni proporcionam. Escolheram a Manzoni como parceiro pois querem manter sua missão de produzir alimentos de alta qualidade, satisfazendo as necessidades dos seus clientes, através de uma gestão ética, justa e transparente, utilizando os recursos ambientais de forma sustentável. Uma das principais fabricantes de extrusoras do mercado brasileiro, além de fornecer a linha completa de extrusão, a Manzoni também fornece peças para todos os tipos de equipamentos para fábricas de ração com a qualidade e compromisso já reconhecido pelo mercado. Para contatar a Guaraves, acesse www.guaraves.com.br 10 Notícias 2º Alltech Pet Food Fórum para América Latina discute avanços tecnológicos na formulação de alimentos para Pets 11 metano do que um ruminante, por exemplo, o que os torna menos agressivos à natureza. O krill, pequeno crustáceo muito utilizado na aquicultura, também pode ser alternativa na alimentação de pets por possuir um alto nível de Ômega 3. Uma realidade na busca por novas fontes são as algas, muito nutritivas, com 30% a 60% de sua composição podendo ser proteína e 4% a 70% carboidratos. Além disso, são organismos vegetais de crescimento mais rápido na natureza, porque não gastam energia para a formação de raízes e estruturas de suporte de celulose como caules, folhas e galhos. O dr. Fernando Rutz, Professor da Universidade Federal de Pelotas e um dos palestrantes do evento, explicou que uma quantidade de 150 ml de alga pode se transformar em 20 toneladas de produto. Algumas algas são riquíssimas em DHA, ácido graxo essencial do tipo Ômega 3, colaborativo para o desenvolvimento de algumas atividades metabólicas dos pets. “O Ômega 3 é anti-inflamatório e importante para equilibrar a quantidade de Ômega 6, inflamatório, que o corpo recebe da alimentação. O desequilíbrio entre estes dois ácidos pode causar doenças. Por exemplo, quando a quantidade de Ômega 6 é consideravelmente maior, aumenta a chance de um infarto de miocárdio” ressaltou Fernando. O ideal é que haja uma relação de 2:1 entre Ômega 6 e Ômega 3 no organismo do animal. A Alltech desenvolveu recentemente o SP1, um produto à base de algas heterotróficas que possui grande quantidade de DHA, que auxilia na prevenção de doenças cardíacas e melhora o desempenho cerebral de cães e gatos. Nutrigenômica A tecnologia aliada dos pets – Esse foi o tema principal das palestras realizadas pelo Dr. Kelly Swanson, Professor da Universidade de Illinois (EUA), renomado nos estudos de nutrigenômica. Para ele, este campo da ciência, que analisa o efeito da dieta na expressão dos genes, tem muito a contribuir para os avanços na alimentação saudável dos animais de estimação. A principal ferramenta da nutrigenômica é o RNAm, que expressa as informações do DNA de um indivíduo. A maior dificuldade da área é interpretar os inúmeros dados coletados pelo aparelho microarray, porém quando bem estudados mostram quais os genes são A Alltech promoveu, no dia 28 de outubro, em São Paulo, o 2º Pet Food Fórum. Mais de 90 participantes de toda a América Latina tiveram a oportunidade de conhecer, através das palestras técnicas, as novas tecnologias desenvolvidas para assistir as indústrias que buscam produzir alimentos mais sustentáveis e naturais – uma tendência do mercado global de alimentação Para Guilherme Minozzo, vice-presidente da Alltech para a América Latina, alguns fatores colaboram para o aumento da população pet como: pessoas vivendo cada vez mais sozinhas; crescimento do número de idosos e casais que adotam a filosofia de não ter filhos. “Atualmente, os mercados mais maduros nesta área são os EUA e Europa. França, Inglaterra e Alemanha dominam o pet food europeu, onde 50% do total em alimentos de animais de estimação são industrializadas, ou seja, não recebem sobras de comida consumidas por humanos” pontua Guilherme. Países como Espanha, Grécia, Escandinávia e Portugal estão em crescimento e a porcentagem de pets alimentados apenas com ração varia entre 20% e 50%. Já a Ucrânia, Rússia, Romênia, Bulgária, Turquia e Hungria têm menos de 25%, embora são locais com fortes tendências ao aumento na produção devido ao crescimento do número de pessoas mais idosas que adotam pet. Bruno Caputi, coordenador de Assuntos Regulatórios e Qualidade do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), falou sobre a legislação do MAPA para o funcionamento de empresas do segmento de pet food como a BPF - Boas Práticas de Fabricação – que garante a conformidade e inocuidade dos produtos disponibilizados no mercado, além da segurança e rastreabilidade dos produtos importados e exportados. Bruno destacou alguns avanços e mudanças que estão acontecendo na legislação. “Atualmente produtos completos, que são as rações sem adição de componentes funcionais, e os específicos, complementos da dieta como biscoitos, não precisam mais de registro para serem produzidos. Ou seja, no momento em que o produto está pronto, oriundo de uma fábrica com BPF, é necessário apenas a análise e aprovação de um técnico, o afetados de acordo com a dieta do animal. Por esta razão, Kelly afirma que as pesquisas em nutrigenômica aumentam e isto será muito bom para a indústria pet. “Algumas produções no EUA utilizam estas pesquisas, é uma realidade que será mais consistente no futuro” prevê Swanson. Os estudos em nutrigenômica já proporcionam alguns tratamentos para enfermidades em pets, como por exemplo, a obesidade em cães. Nos EUA cerca de 40% da população de pet são obesos. Alguns fatores que agravam este fator são a genética, o sedentarismo, a castração, a composição dos alimentos e a superalimentação. Uma das soluções apresentadas após a observação da expressão genética é uma dieta enriquecida com antioxidante. As pesquisas para gatos também apresentaram bons resultados. Na França foi injetado extrato de chá verde nas dietas de felinos que aumentou a sensibilidade à insulina, diminuiu a quantidade de triglicérides séricos no organismo, entre outras vantagens, sem fazer com que o animal perdesse peso. A Alltech possui um Centro de Nutrigenômica localizado em Lexington, Kentucky (USA) e possui uma aliança para fins de pesquisa com a Universidade de Kentucky. Guabi Natural foi destaque na maior feira russa do segmento Pet que acaba tornando o processo mais rápido” citou o coordenador. Ele também explica que uma vantagem do Brasil para a produção de alimentos Entre os dias 20 e 23 de novembro aconteceu, em St. Petersburg (Rússia), a Zoophere – maior feira de pet animais é a vasta oferta de ingredientes primários, não sendo necessária a importação. do país. Atualmente, a preocupação com a alimentação, cuidados médicos e estéticos são importantes para a saúde e longevidade dos pets. O evento foi uma oportunidade para apresentar aos visitantes e profissionais da Crescimento e a busca por novas soluções área, estudos e novos produtos que contribuem para a qualidade de vida de cães e gatos. O crescimento da população pet e a preocupação dos donos em alimentar cada vez melhor os seus animais exige aumento na produção e Segundo dados da Abinpet, em 2012 a indústria brasileira faturou R$14,2 bilhões em produtos Pet criatividade das indústrias. Isto porque a matéria-prima utilizada para rações é muitas vezes a mesma para alimentação humana, o que agrava a Care (acessórios, produtos para higiene e beleza, equipamentos), Pet Food (alimentação), Pet Vet (produtos competitividade. São necessárias novas tecnologias, melhor gestão da água e novas fontes. veterinários) e Pet Serv (serviços como banho e tosa) colocando o país na segunda posição nos negócios pet, atrás apenas dos Estados Unidos que retém 30% do mercado. Como solução é possível o uso de insetos. Eles são ingredientes altamente nutritivos, com bons níveis de proteína e produzem 10 vezes menos 12 Notícias Anderson Duarte assume a presidência da Abinpet Engenheiro, o COO da Total Alimentos ocupará o cargo a partir de janeiro Em votação realizada em outubro passado, em São Paulo, foi definido o nome do novo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Anderson Duarte, COO da Total Alimentos S.A., empresa 100% brasileira que atua no segmento de pet food no Brasil e no exterior há mais de 18 anos, vai conduzir as atividades da associação pelos próximos dois anos. “O mercado brasileiro se consolida em 2013 como segundo maior mercado pet food do mundo, superando o mercado japonês, que dividia a posição conosco. Apesar disso, representamos, aproximadamente, um quarto do mercado dos EUA. Entretanto, temos oportunidades para crescimento, considerando a parcela substancial de animais de estimação que ainda não têm acesso a um alimento industrializado ou a algum tipo de serviço” analisa Duarte. Entre os pontos positivos que devem impulsionar ainda mais a indústria pet brasileira, estão a conscientização dos proprietários em relação aos cuidados de que necessitam os animais de estimação e a posição do pet como verdadeiro membro da família. Quem tem um cão, gato, pássaro, peixe ornamental, réptil, dentre outros, pode realmente entender esta relação. “Em 2014, vamos revisar o planejamento da entidade e definir os próximos cinco anos de estratégia, mas sem dúvida, a questão tributária é nosso maior desafio, e desonerar a cadeia do setor é um dos maiores focos da entidade”. Atualmente, 50% do preço dos produtos para animais de estimação são resultados de impostos, dificultando o acesso aos produtos que podem aumentar a longevidade e qualidade de vida dos pets. “A busca por um mercado ético e sustentável também é uma prioridade da Abinpet. Além disso, queremos um maior zelo pela qualidade e segurança alimentar”, comentou o executivo. Graduado em Engenharia Química e de Alimentos pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), pós-graduado em Engenharia pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei), mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e com MBA pela FGV, Anderson assume o cargo em um contexto de crescimento do setor pet nacional, que deverá fechar 2013 com um aumento no faturamento em relação a 2012. Confira o novo canal do Facebook: www.facebook.com/abinpet Gellen Counterflow entrega mais uma linha completa para a Alisul Foi feito, recentemente, um start up da nova linha de secador Batch e resfriador GEELEN COUNTERFLOW, na nova planta de Alisul em Rio Claro (SP). De esta maneira a Alisul confia uma vez mais na Geelen Counterflow instalando sua 3ª linha completa de secadores e resfriadores Geelen Counterflow, sendo que as outras estão nas plantas de Pet Food de São Leopoldo (RS) e de Anápolis (GO). A Geelen Counterflow agradece a Alisul pela confiança e aposta em uma grande relação de colaboração com as soluções de secagem e resfriamento de Petfood que se caracterizam pela excelente eficiência energética, uniformidade da umidade, limpeza do processo, automatismo, baixa manutenção, serviço pós-venda e capacitação. 13 A indústria brasileira de Pet Food se reuniu no IV Simpósio Latino Americano da SPF Líder mundial em palatabilidade, a SPF realizou, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2013, o seu IV Simpósio Latino Americano no Grande Hotel da cidade de Águas de São Pedro. O evento contou com especialistas nas áreas de palatabilidade, inovação, nutrição e comportamento do consumidor, abordando temas estratégicos e inovadores do mercado de alimentos para cães e gatos. Através de uma agenda completa de palestras, promovidas por um respeitado conjunto de palestrantes brasileiros e europeus experientes no mercado de petfood, os clientes se atualizaram sobre tendências de mercado e desenvolvimento de alimentos para cães e gatos, entre outros assuntos fundamentais ao aprimoramento de suas cadeias produtivas. Um dos ápices do evento foi o estabelecimento de um novo recorde mundial junto ao Guinness. “A MAIOR EMBALAGEM DE PET FOOD DO MUNDO” teve mais de três metros de altura e uma tonelada de alimento para cães. O projeto foi desenvolvido com apoio da ABINPET e da INCOPLAST (Grupo Copobras), empresa catarinense do ramo de embalagens. As mais de 100 empresas presentes foram convidadas a participar ativamente do estabelecimento do recorde depositando seus produtos no interior da embalagem, contribuindo no atingimento da marca de 1 tonelada de Pet Food. Ao final do evento, a SPF realizou uma ação social junto à comunidade de Descalvado/SP, cidade onde está sediada, doando a 1 tonelada de Pet Food arrecadada para o seu canil municipal. Além disso, buscando estreitar ainda mais os laços com seus clientes, a SPF do Brasil promoveu, no dia 30 de outubro, visitas à sua planta industrial e ao centro de testes de palatabilidade Panelis América Latina. Assim, os participantes do evento conheceram a ampla infra-estrutura da SPF, que garante produtos de alto padrão disponibilizados ao mercado, sempre prezando pelo respeito ao cliente e pelo bem-estar dos animais. 14 Informe Publicitário A 15 C&D Foods, em Driffield, East Yorkshire, no Reino apresentam muitas partes móveis e canecas articuladas que, Unido, produz rações padronizadas e especiais para gatos ao se desgastarem, podem causar derramamentos de produtos e cães, bem como para outros animais. No início de 2010, a que não podem mais retornar ao sistema. Além disso, parafusos empresa projetou uma nova linha de processamento para transportadores e elevadores de canecas exigem muitos aumentar a produção de rações para cães e gatos. No entanto, requisitos de manutenção.” como a empresa desejava manter baixos os custos de operação e Achando manutenção, ela não queria instalar parafusos transportadores um melhor meio de transportar ou elevadores de canecas como aqueles usados em suas outas Durante a fase de planejamento do projeto, Greenley foi linhas de processamento para transferir produtos entre contactado pelo representante dos fabricantes Steve Lovell, as etapas do processo. A fim de encontrar uma solução de um gerente de vendas da Flo-Mech Ltd., Orton Goldhay, transporte suave, econômica e limpa, a empresa trabalhou junto Cambridgeshire, Reino Unido. Lovell propôs que a empresa com um representante local de um fornecedor de equipamento usasse os transportadores tubulares fechados com cabo de sediado nos Estados Unidos. arraste fabricados pela Cablevey Conveyors, Oskaloosa, IA USA, para a movimentação de produtos na nova linha. O C onsiderações sobre diferentes opções de transportadores O transportador tubular com cabo de arraste em aço inoxidável proporciona transporte isento de poeira desde o misturador até a entrada do resfriador. Transportadores tubulares com cabo de arraste são campeões em transporte de ração animal seca Fabricante de ração animal instala transportadores tubulares com cabo de arraste em uma nova linha para aumentar a produção e reduzir custos de operação. A nova linha de processamento da empresa seca, mistura e fornecedor fabrica sistemas de transporte personalizados para indústrias de processamento de alimentos, agricultura, madeira e outros sólidos a granel. resfria rações animais até 6 toneladas por hora, 2,5 toneladas por hora a mais que outras linhas. Quando a empresa estava tratava de um transportador aeromecânico, ou seja, algo que pesquisando equipamentos para a linha, encontrou com não queríamos usar”, disse Greenley. “Steve nos contou que facilidade um secador, misturador e resfriador, mas teve este não era assim. Nos disse que era um transportador de dificuldade de encontrar um meio de transferir o produto funcionamento em baixa velocidade, isento de poeira e que podia entre equipamentos na velocidade necessária sem que fosse transportar suavemente produtos friáveis. Ele nos mostrou um utilizando parafusos transportadores ou elevadores de canecas. vídeo do funcionamento do transportador. Gostamos do que “Em princípio, dissemos que não, pois pensávamos que se “Por tradição, teríamos usado parafusos transportadores e vimos e, então, enviamos ao fornecedor alguns produtos e elevadores de canecas para movimentar nossos produtos”, disse combinamos de nos encontrarmos na exposição de alimentos Jim Greenley, gerente de engenharia e meio ambiente da C&D na Alemanha para uma demonstração.” Foods. “No entanto, para lidar com o aumento da capacidade de produção, estes equipamentos seriam um pouco grandes e os ração canina seca em um transportador tubular com cabo de motores consumiriam muita energia, mantendo altos os custos arraste de 2 polegadas (5 centímetros) de diâmetro e deu partida de operação. Elevadores de canecas de grandes dimensões ao sistema. “No dia e meio que se seguiram, fiquei olhando o Na exposição, o fornecedor colocou cerca de 30 quilos de 16 Informe Publicitário 17 HP (4 quilowatts). A seção de retorno conecta os tubos de M elhorias no processo de produção de ração animal alimentação e de retorno na extremidade de alimentação, e O transportador tubular com cabo de arraste movimenta suavemente a ração canina desde o resfriador até o recipiente de produto a granel, a 6 toneladas por hora, transferindo o produto sem degradá-lo e sem contaminação cruzada. “Os transportadores com cabo trabalharam bem desde o componentes,” disse Greeley. “Como cada transportador possui unidade de acionamento-roda dentada conecta os tubos na primeiro dia”, disse Greenley. “Os danos causados ao produto um dispositivo de autotracionamento, não precisamos fazer extremidade de descarga, formando um circuito contínuo. O são muito reduzidos, pois o transporte é feito de modo ajustes constantes na tração do cabo. E se o disco sofrer algum transportador é construído em aço inoxidável, o que o torna suave pelo equipamento. Devido à utilização de unidades dano, podemos substituir facilmente apenas este disco, sem ter adequado a aplicações para fins alimentícios. de acionamento de menor porte, se comparado a parafusos que substituir todo o sistema de cabos.” Um cabo f lexível de aço inoxidável contínuo é instalado no transportadores e elevadores de canecas, produzem muito interior dos tubos de enclausuramento com discos circulares menos ruído, consumindo menos energia, o que ajuda a manter bem realizada, sendo que o fornecedor e seu representante são de plástico branco, sólidos, para fins alimentícios, montados baixos os custos operacionais.” bons parceiros para se trabalhar. Ficamos tão impressionados no cabo a intervalos regulares. Os discos têm formato com os transportadores com cabo que estamos pensando em apropriado para facilitar a movimentação do material e reduzir sem peças de desgaste, a empresa minimizou o escapamento de a degradação. Como os discos têm quase o mesmo diâmetro poeira, tendo eliminadoderramamentos e perdas de produto. dos tubos, a pequena folga formada com as paredes do tubo “Também eliminamos a contaminação cruzada, pois não PBEI garantem que o material irá permanecer entre os discos fica nada retido no interior dos tubos”, disse Greenley. “Os Observação: durante o transporte, minimizando resíduos nas paredes do transportadores são quase que completamente auto-limpantes. tópico nos artigos listados em “Transporte mecânico” no tubo. Para minimizar o tempo de parada entre corridas do Como circulamos produtos similares a cada vez e usamos o Índice de Artigos completo da Powder and Bulk Engineering produto, é instalado um disco raspador no cabo, próprio para disco raspador e a faca de ar, apenas precisamos funcionar o International, no site da PBE/I: www.pbeinternational.com. alimentos. Uma faca de ar, de operação contínua, colocada na sistema em vazio por cerca de vinte minutos para limpá-los É possível também adquirir cópias de artigos anteriores da saída, sopra ar nos discos, quando estes passam, para retirar entre corridas de produtos.”. PBE/I e livros relacionados a este tópico no site. qualquer material preso a estes. Cada equipamento da linha de processamento e os Greenley. “Ao fim do funcionamento de teste, constatei muito transportadores poucas quebras e apenas um pouco de pó dentro dos tubos, conectados ao controlador central da empresa, permitindo ao e a ração canina ainda era um bom produto e vendável. Este operador operar a linha como um todo a partir de um local. fato confirmou meu interesse no transportador. Pedi, então, Como os transportadores com cabo são sistemas enclausurados, cotações para três deles. Para atender a nossa capacidade, sem peças de desgaste, a empresa minimizou o escapamento especificaram transportadores com tubos de seis polegadas de poeira, tendo eliminado, quase que completamente, (quinze centímetros) de diâmetro, pois obteríamos uma vida derramamentos e perdas de produto. O transportador tubular útil mais prolongada, uma vez que funcionam mais devagar que com cabo de arraste movimenta suavemente a ração canina transportadores de menor diâmetro”. desde o resfriador até o recipiente de produto a granel, a 6 tubulares com cabo de arraste estão toneladas por hora, transferindo o produto sem degradá-lo e tubular com cabo de arraste sem contaminação cruzada. Durante a operação, o produto é transportado da linha de extrusão até o secador. O produto é do acoplamento de discos e cabo e a inspeção de outros é um dispositivo automático de tracionamento. O conjunto transportador mover a ração canina durante horas”, disse Transportador de canecas. “A manutenção envolve a verificação regular Na primavera de 2010, Greenley comprou três transportadores descarregado pelo fundo do secador para dentro do primeiro tubulares com cabo de arraste Super 6 HVHstyle, de projeto transportador, sendo, depois,transportado para a entrada do personalizado. Uma empresa de engenharia local instalou os misturador. Após o produto ter sido descarregado pelo fundo equipamentos da linha de processamento e um engenheiro da do misturador para o segundo transportador, este é movido Flo-Mech supervisionou a instalação final dos transportadores. para a entrada do resfriador. O produto é, então, descarregado Em julho de 2010, a empresa realizou o comissionamento e deu pelo fundo do resfriador para o terceiro transportador, sendo, partida à nova linha. A linha processou o produto na velocidade depois, transferido para a estação de embalagem, para dentro exigida naquele mesmo dia. da caixa de produtos a granel. Os trasportadores operam a Cada transportador consiste de duas seções enclausuradas uma velocidade constante, movendo horizontalmente o produto por tubos (um tubo de alimentação e um tubo de retorno) a uma curta distância e, depois, verticalmente até a altura com uma seção de retorno em uma extremidade e, na outra, apropriada, depois horizontalmente a uma curta distância um conjunto unidade de acionamento-roda dentada de 5,4 antes de descarregá-lo. Como os transportadores com cabo são sistemas fechados, Os transportadores com cabo necessitam de muito menos manutenção que transportadores de parafuso e elevadores Greenley conclui dizendo: “Esta instalação foi realmente mais três deles para um futuro projeto.” Encontre mais informações sobre esse 18 Informe Técnico 19 O papel estratégico do pet food no equilíbrio ácido-base e ph urinário em gatos carga positiva, ou cátions, e os com carga negativa, ou ânions, existe natural predominância de cátions, pois as concentrações dos determina inúmeras respostas metabólicas do organismo, sendo elementos de carga positiva são maiores na grande maioria das denominado como balanço cátion-aniônico da dieta ou excesso matérias primas. Esta carga positiva decorrente do predomínio de de bases do alimento. Este equilíbrio tem reflexo direto sobre o cátions induz o gato a produzir urina com pH alcalino predispondo o funcionamento neuromuscular, osteoarticular, função respiratória, animal à formação de cálculos de estruvita. Sendo assim, é evidente atividade cardiovascular e a função renal, sendo o principal a importância de se corrigir o balanceamento dos macroelementos determinante do pH da urina. no momento da formulação. Um conceito relacionado ao equilíbrio ácido-básico de Assim, fica clara a importância do equilíbrio ácido-básico fundamental importância é a Supersaturação Relativa. O estado na formulação de alimentos para animais. É fascinante a grande de saturação da urina é o produto da concentração de solutos oportunidade que os nutricionistas têm para trabalhar este aspecto presentes, pH, força iônica, temperatura e presença de complexos do alimento, buscando a redução da supersaturação da urina químicos pré-formados. É diretamente relacionada à formação de por meio da modificação do pH urinário, redução da ingestão e cristais e cálculos no sistema urinário. Existem três zonas definidas excreção de substâncias calculogênicas e indução de aumento do para a supersaturação relativa (SSR): a zona de subsaturação, na volume de urina produzido. Cientificamente comprovado, O Vit2Be qual os urólitos não podem ser formados; a zona supersaturada Equilibrium 3D demonstrou sua eficácia nos diferentes estudos metaestável onde não há formação de novos urólitos (podendo realizados para adequação do equilíbrio ácido-basico na formulação ocorrer crescimento dos urólitos pré-existentes), mas que por outro de alimentos para gatos, fornecendo íons de forma equilibrada e lado não permite a dissolução dos mesmos; e a zona supersaturada, favorecendo o equilíbrio da Super Saturação Relativa da urina e de onde ocorre formação, agregação e crescimento de urólitos. seu pH. As matérias primas utilizadas na produção de alimentos para gatos têm em sua composição tanto cátions como ânions. No entanto, O trato urinário é fundamental na manutenção da celular. A regulação do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico homeostase do organismo. É a principal rota pela qual os é baseada na necessidade da manutenção de estreito balanço entre organismos superiores fazem a excreção de catabólitos oriundos do cátions, ânions e água, evitando-se possíveis desvios fisiológicos e/ metabolismo como uréia, creatinina, ácido úrico, macroelementos, ou patológicos. eletrólitos e água. Em condições normais, os ácidos ou bases são adicionados continuamente aos líquidos corporais, seja por ingestão ácido-básico em animais tem recebido seu devido reconhecimento via alimento ou como resultado de sua produção no metabolismo somente nos últimos anos. O equilíbrio entre os elementos com A relação da composição mineral da dieta com o metabolismo Trabalho Técnico gentilmente pela empresa SPF do Brasil 20 Caderno Caderno Científico Científico 21 Suplementação dietética de triptofano em cães de proprietários com ansiedade moderada . Resumo: A composição do alimento tem mostrado inf luenciar o humor e comportamento em humanos e animais e poderia ajudar a reduzir comportamentos indesejáveis em cães. Comportamentos relacionados à ansiedade estão associados com o funcionamento do sistema serotoninérgico central e aqui foi investigado se a suplementação dietética do precursor de serotonina, o triptofano (trp) afeta o comportamento em animais de proprietários. Por oito semanas, animais de proprietários foram alimentados com uma dieta Controle (n=66) ou uma dieta contendo 2,5 vezes o teor de Trp da dieta Controle (n=72), utilizando um esquema de duplo-cego, distribuídos aleatoriamente. Uma terceira dieta fortificada com Trp, polpa de beterraba, óleo de salmão, lecitina de soja e extrato de chá verde foi estudada também com o mesmo propósito em outros 69 cães. Os proprietários reportaram o comportamento de seus cães em casa, por meio do preenchimento de um questionário via internet, nos momentos incial, às 4 e 8 semanas. Trinta e quatro cães alimentados com a dieta Controle e 39 cães suplementados com Trp foram submetidos a testes comportamentais antes e após 8 semanas de tratamento. Os testes incluíram situações a campo e procedimentos de separação dos proprietários dos cães, para verificar o grau de ansiedade. Após 8 semanas de tratamento, sangue foi colhido dos animais de ambos os grupos (n=15 de cada grupo) para a determinação das concentrações séricas de aminoácidos. O efeito dos tratamentos foi avaliado por meio da comparação das médias das dietas e interações dieta versus tempo. A suplementação de Trp elevou as suas concentrações plasmáticas em 37,4% e sua relação com aminoácidos neutros em 31,2% comparados com a dieta Controle, mas os proprietários não relataram mudanças comportamentais que poderiam ser relativas aos tratamentos. Também a resposta dos cães aos testes comportamentais, incluindo a dosagem de cortisol salivar, não foram inf luenciados pela suplementação com Trp. Com estes achados foi concluído que a suplementação de Trp associado ou não com polpa de beterraba, extrato de chá verde, óleo de salmão e lecitina de soja não modificam o comportamento de animais de proprietários que não demonstram claros sinais de alterações comportamentais. A inf luência do Trp na dieta de animais com distúrbios comportamentais ainda deve ser melhor explorada. Applied Animal Behaviour Science,121: 197-205, 2009. Autores: Guido Bosh; Bonne Beerda; Anthom C. Beynem; Anne A.M. Van Der Borg; Antonius F.B. Van Der Poel; Wouter H. Hendriks. Relação entre triptofano dietético e agressividade canina O Por: Ricardo Souza Vasconcellos triptofano compõe o pool de aminoácidos considerados essenciais para cães e gatos, sendo geralmente o aminoácido limitante em muitos ingredientes comumente usados nas formulações de alimentos para estas espécies. O triptofano é único precursor de algumas moléculas no organismo além de ser componente de proteínas. Em cães, este aminoácido é precursor da vitamina Niacina, de forma que esta espécie foi importante modelo animal para resolver o problema da Pelagra em humanos no Século XIX. Já o gato não sintetiza quantidades consideráveis de niacina a partir do triptofano, como o faz os cães, sendo desta forma necessária que esta vitamina seja fornecida na dieta destes animais. O triptofano é ainda precursor de neurotransmissores, como o 5-hidroxitriptofano (5-HT), serotonina e melatonina. O triptofano plasmático é regulado pela atividade da enzima triptofano dioxigenase, a qual aumenta sua oxidação quando a oferta dietética é alta ou reduz drasticamente, quando os níveis deste aminoácido na dieta estão baixos. Embora a quantidade de neurotransmissores secretados não seja aumentada com a maior oferta de triptofano, há indícios de que em alguns animais 22 Caderno Científico E feito 23 do conteúdo de proteína dietético e suplementação de triptofano na agressão por dominância , agressão territorial e hiperatividade em cães . Objetivo: avaliar o efeito de dietas contendo dois teores diferentes de proteína, com ou sem a suplementação de triptofano no comportamento de cães com agressividade por dominância e por território ou hiperativos. Delineamento: estudo em um esquema de crossover, prospectivo. Animais: 11 cães com agressão por dominância, 11 cães com agressão territorial, 11 cães com hiperatividade. Procedimentos: em cada grupo, as quatro dietas foram fornecidas por um período de uma semana de maneira aleatória, com um período de adaptação não inferior à três dias entre cada dieta. As dietas tiveram 18% ou 30% de Proteína Bruta e cada uma delas foi suplementada ou não com triptofano. Os proprietários avaliaram seus animais e classificaram-nos, segundo uma planilha customizada de avaliação comportamental. A média dos valores das cinco medidas comportamentais e das dosagens séricas de triptofano e serotonina foram determinadas no final de cada período. Resultados: Para a agressão por dominância, o escore comportamental foi o maior nos cães alimentados com a dieta alta proteína e não suplementada com triptofano. A dieta suplementada com triptofano e baixa proteína apresentou menor escore comportamental que a mesma dieta não suplementada. Conclusões e relevância clínica: Para cães com agressão por dominância, a adição de triptofano ou a utilização de dietas com menor concentração de proteína podem reduzir a agressividade. Para animais com agressão territorial, a suplementação de triptofano em uma dieta com baixo teor proteico pode auxiliar na redução da agressividade. Javma, v.217, n.4, 504-508, 2000. Autores: Jean S. DeNapoli; Nicholas H. Dodman; Louis Shuster; William Rand; Kathy L. Gross. a suplementação com altas doses de triptofano dietético podem apresentar efeitos neurocomportamentais, tais como redução na agressividade. A exigência deste aminoácido é de no mínimo, para f ilhotes e adultos, de aproximadamente 1,8g/kg e 1,1g/kg, respectivamente, considerando uma dieta de 4000kcal/kg. A agressão canina é um dos problemas mais procurados para serem tratados, especialmente quando direcionada a seres humanos. A serotonina e os hormônios esteroides têm mostrado estar envolvidos no comportamento agressivo em muitas espécies. Estudos sobre agressividade canina, especialmente naqueles animais sem sinalização prévia antes da mordida, tem mostrado uma redução de metabólitos do 5-HT no f luido cerebroespinhal em animais agressivos, embora outros estudos não tenham encontrado esta relação. Embora o 5-HT não ultrapasse a barreira hematoencefálica, em humanos tem sido estabelecida uma relação direta entre o 5-HT sanguíneo e parâmetros serotoninérgicos no f luido cerebroespinhal. Nesta edição foram apresentados os resultados de dois estudos que suplementaram triptofano em cães agressivos, visando controlar a agressividade do animal. Pode-se verif icar que este é um assunto que ainda requer muitas pesquisas para que se tenham melhores conclusões sobre o efeito do Trp dietético na modulação da produção e efeito da serotonina. Este segundo estudo apresentado, empregou um grande número de animais e foram analisados parâmetros objetivos, como cortisol salivar, aminoácidos plasmáticos e também a avaliação comportamental dos animais por especialistas. Ainda assim, não foi verif icado efeito sobre o comportamento ou dosagens de metabólitos nos animais. Outros estudos podem ser encontrados sobre o mesmo tema, embora os resultados sejam contraditórios, ref letindo o efeito da amostragem usada e também da subjetividade de algumas avaliações. 24 25 26 Capa Os laboratórios que atendem a indústria Pet Food Eles são responsáveis por fornecer subsídios para que a indústria possa melhorar continuamente a qualidade de suas rações Por: Lia Freire Q uando uma amostra de ração animal chega a um laboratório ela é submetida a uma série de ensaios para que então seja dado o aval de que está apta ou não, ao consumo e sua respectiva comercialização. Nos resultados estão os parâmetros para que a indústria defina as ações necessárias para aprimorar, ajustar, ou mesmo manter as características dos produtos, se estão ou não de acordo com as especificações contidas nas normas/regulamentos técnicos etc. Com essas medidas, não apenas demonstra-se respeito pelos consumidores, como também, contribui-se para que os produtos se tornem mais competitivos e a concorrência equalizada. Hoje, à disposição da indústria pet food há modernos laboratórios acreditados pelos órgãos competentes, que investem continuamente em infraestrutura e estão equipados com o que existe de mais avançado no mercado, conduzidos por profissionais altamente qualificados. O BCQ é um dos parceiros do mercado pet food, dedicando-se exclusivamente ao controle microbiológico de produtos. Completando 15 anos de atividades, o laboratório BCQ Análises e Consultoria em Microbiologia é um destes parceiros do mercado pet food, dedicando-se exclusivamente ao controle microbiológico de produtos. Eudorides Pacheco Jr., diretor do laboratório, conta um pouco da trajetória da empresa: “Nós éramos a divisão de um laboratório de análises clínicas. Mas, com um trabalho sério e comprometido com as necessidades do cliente e a garantia da 27 28 Capa 29 qualidade em primeiro lugar, nossas instalações ficaram pequenas Controle de qualidade e novas técnicas de análise - Especializado na área de e precisamos mudar para acompanhar o nosso desenvolvimento. nutrição animal, atuando tanto no controle de qualidade, quanto no desenvolvimento Já independente, após acreditação pelo REBLAS/ANVISA e de novas técnicas de análises para assegurar a qualidade dos produtos, o laboratório autorização de funcionamento do MAPA, em 2006, e com um CBO, sediado de Campinas (SP), é uma empresa voltada a dar suporte a seus clientes exponencial crescimento, em 2012, começamos uma nova etapa na com análises laboratoriais para teses, alimentos, cosméticos, rações, concentrados, história do BCQ, ajustando-se à demanda, em constante evolução.” suplementos minerais e vitamínicos, premixes e suas matérias-primas, pastagens, O laboratório acaba de receber o novo certificado de medicamentos e assessoria nas áreas afins, visando garantir a qualidade dos processos acreditação do INMETRO, segundo os requisitos estabelecidos na e dos produtos de seus parceiros. ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005. “Os pilares de sustentação do nosso negócio estiveram sempre focados na questão da qualidade, desde o tempo em que a empresa era apenas uma divisão do laboratório de análises clínicas Oncolab. Para estarmos nesse patamar de excelência de qualidade precisamos ficar atentos às acreditações. Como o programa de gestão da qualidade ISO 17025 O Zlab surgiu há pouco menos de dois anos com o objetivo de oferecer um atendimento diferenciado em análises químicas e microbiológicas para o mercado de nutrição animal. exige um treinamento constante, nossos colaboradores, estão e microbiológicas para o mercado de nutrição animal e totalmente envolvidos com as normas, seguindo rigorosamente as alimentos, tendo já em portfólio mais de 100 tipos de análises. preconizações”, destaca Pacheco. Para o setor, disponibiliza análises bromatológicas, e de forma Recentemente, o laboratório triplicou sua capacidade de complementar, análises de vitaminas. realizar análises ao investir em um prédio de 600 metros quadrados no bairro Parque Jabaquara, em São Paulo. A arquitetura privilegiou o isolamento total entre os diversos departamentos, utilizando para isso o que há de moderno em novas instalações, localizadas em um edifício de três pavimentos, O CBO Análises Laboratoriais investiu recentemente na confecção de curvas para NIRS e passou a disponibilizar análises como aminas biogênicas, aminoácido, vitaminas e estabilidade oxidativa (Oxipres). permitem um total isolamento entre as áreas: produção de insumos para consumo próprio, esterilização e secagem de materiais, lixo, assessoria analítica para recebimento de matérias-primas para os clientes da nutrição administrativa, salas de diretoria, garantia da qualidade, arquivos, animal. Em agosto do mesmo ano, sentindo a demanda deste mercado, estendeu sanitários, vestiários e laboratório microbiológico. Dos vestiários, suas atividades na abertura do laboratório para realização dos ensaios analíticos os colaboradores se encaminham para as salas de paramentação, complementares para controle de qualidade de matérias-primas e produtos acabados. e daí, já devidamente paramentados, para suas áreas de trabalho. Com o objetivo de oferecer os melhores serviços aos seus clientes, investiu recentemente As áreas classificadas de salas limpas e manipulação de amostras na confecção de curvas para NIRS e passou a disponibilizar análises como aminas estão isoladas da outra ala do laboratório, separadas pela sala biogênicas, aminoácido, vitaminas e estabilidade oxidativa (Oxipres), que avalia a tecnologia de salas limpas e dispositivos do tipo pass through. “As de estufas, onde estão os três laboratórios independentes: de doseamento microbiológico de antibióticos, endotoxinas e A trajetória do CBO começa em fevereiro de 2001, quando teve início o trabalho em vida “útil” dos produtos em prateleira. “A área pet é uma das especialidades da nossa “Em nosso planejamento estratégico temos como objetivo para os próximos dois anos ampliar o parque de equipamentos e a estrutura humana”, Aldeir Soares de Oliveira, do Zlab. empresa. Atuamos tanto no controle de qualidade, quanto no desenvolvimento de novas assim como outra, dedicada ao armazenamento das amostras que Para garantir que o cliente se sinta satisfeito com os serviços já foram submetidas a análises. O resultado deste investimento na prestados, o Zlab além de contar com o Sistema de Gestão de 300 amostras/ dia, o CBO está investindo em uma nova sede com quase dois mil metros infraestrutura foi a adequação total e irrestrita a todas as normas Qualidade e participar de programas de proficiência em busca quadrados, além de equipamentos como HPLCs e FTIR, e assim se preparar para atender o regulatórias do exercício da atividade que o BCQ se propõe a da melhoria contínua em seus processos, até o presente momento mercado, que está cada vez mais exigente. “A qualidade das rações brasileiras para animais fazer, como laboratório de controle de qualidade dedicado à investiu 600 mil reais entre equipamentos e estrutura física. de estimação está cada vez melhor, até os pequenos produtores estão preocupados em fazer microbiologia. Nós não apenas melhoramos quantitativamente, Além disso, conta com profissionais experientes em análises o monitoramento da qualidade dos seus produtos. As rações estão atingindo o seu grau de com o aumento da capacidade de absorver demanda, como demos microbiológicas, de alimentos e nutrição animal, vindos de excelência”, observa Oneida. Os próximos desafios da CBO serão a conclusão do processo um salto importante em qualidade. E, como o gerenciamento instituições públicas renomadas como o Ital – Instituto de de implantação e certificação na norma ISO 17025 e credenciamento no Ministério da e manutenção da qualidade não se extinguem em uma norma Tecnologia de Alimentos. “Em nosso planejamento estratégico Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de aumentar o portfólio de ensaios. específica, o BCQ irá buscar constantemente o melhor para temos como objetivo para os próximos dois anos ampliar o parque manter a excelência”, ressalta Pacheco. de equipamentos e consequentemente a estrutura humana, com e desenvolvimento - Com um amplo escopo para análises bromatológicas Instalado na cidade de Nova Odessa (SP), o laboratório conhecimento técnico agregado, tendo como meta principal a como proteína, carboidratos, extrato etéreo, FDN, índice de peróxido, minerais, Zlab – surgiu há pouco menos de dois anos com o objetivo manutenção do cumprimento dos prazos, sem perder a qualidade”, microbiologia, dentre outras mais complexas, como teor de ativo, aminoácidos e de oferecer um atendimento diferenciado em análises químicas almeja Aldeir Soares de Oliveira, gerente técnico do Zlab. vitaminas, além de estudos para validação de limpeza conforme IN 65 e estabilidade identificação/contagem de microrganismos. “Nós temos ainda uma área isolada para armazenamento de amostras em análise, técnicas de análise para assegurar a qualidade dos produtos que chegarão ao mercado”, afirma Oneida Vieira, diretora comercial da empresa. Ocupando uma área de 500 metros quadrados e com capacidade atual de processar Em busca da excelência nas áreas de controle de qualidade, pesquisa 30 Capa 31 de produtos, o Labtec é um laboratório que atua há mais de 30 análises de resíduos para controle de qualidade para exportação certificações e acreditações internacionais em sua rede de laboratórios anos no segmento analítico. Tendo como foco inicial a área de e mercado interno. Procurando oferecer todas as necessidades de espalhados pelo mundo, no Brasil, tem o credenciamento no MAPA e nutrição animal, hoje está presente também em segmentos análise em um só local (One Stop Shop), em uma área construída acreditação no INMETRO (ISO-17025), BPL/OECD INMETRO. como: veterinária, fármacos, alimentos, saneantes e cosméticos. de 1.500 metros quadrados, reúne 10 laboratórios, além das áreas “Oferecemos aos nossos clientes tecnologia avançada e modernos Acreditado junto ao INMETRO, segundo a ISO/IEC 17025:2005 de Logística, Centro de Documentação, Unidade de Garantia de equipamentos com registros informatizados, tornando a rastreabilidade desde 2008 – CRL 0379 e em 2012 passou a pertencer à Rede Qualidade, CPD, Comercial e Administração. Com essa estrutura, do sistema altamente segura, escopo centralizado nas metodologias Nacional de Laboratórios em Saúde (REBLAS/ANVISA). “Nos os clientes têm além da comodidade, redução nos custos, economia analíticas, que são reconhecidas internacionalmente e são realizados últimos anos, concentramos esforços para buscar a excelência em de tempo, garantia da qualidade analítica dos resultados e valor testes interlaboratoriais e ensaios de proficiência para validar a qualidade prestação de serviços nas áreas de controle de qualidade, pesquisa técnico, legal e científico dos resultados. O laboratório tem Sistema de nossas análises, que são ratificadas por constantes auditorias internas. e desenvolvimento. Realizamos investimentos na ordem de R$ 25 de Qualidade, seguindo os princípios BPL e NBR ISSO/IEC 17025, E não é só. Devido à extensa rede de laboratórios e a existência de centros milhões para a construção de uma nova unidade em Hortolândia além de habilitação na ANVISA e credenciamento no MAPA. de competência em diversas áreas dentro do grupo, temos agilidade e (SP), no aumento do quadro de colaboradores (que atualmente são Para os fabricantes de rações e premixes tem à disposição serviços diferenciados aos diversos mercados que atendemos, além de 70, entre químicos, biólogos, farmacêuticos, bioquímicos, médicos um amplo escopo analítico, compreendo: bromatológicas, desenvolvermos novas metodologias analíticas, que demonstraram ser veterinários, técnicos em alimentos, química e bioquímica) e na microbiológicas, melhores, mais precisas, sensíveis e rápidas”, comenta Felipe Barretto, compra de novos equipamentos. Para os próximos anos, está micronutrientes e metais pesados, agrotóxicos e princípios ativos, previsto mais R$ 15 milhões para a construção de mais um prédio todos realizados por meio de equipamentos de alta capacidade e laboratorial similar à construção atual, na mesma planta, além da performance como: UPLC-MS/Ms, HPLC-FLD/DAD/UV, GC- ampliação de nosso escopo de serviços”, comenta Charles Franco, MS, GC-FPD, ICP-AES, ICP-OES, AAS, dentre outros. gerente comercial do Labtec. vitaminas, aminoácidos, micotoxinas, Especialista na tecnologia FT-NIR _ Não basta ter profissionais capacitados e experientes se o laboratório ou a indústria gerente comercial da Eurofins do Brasil Análise de Alimentos Ltda. O espectrômetro de infravermelho FT-NIR (na foto, modelo TANGO), da Bruker, é instalado diretamente na linha de produção e possibilita analisar os principais parâmetros de proteína, fibra, óleo, umidade, material mineral etc, das rações e seus ingredientes. não estiver equipada com maquinários e softwares eficientes, precisos equipamentos para que os clientes possam testar antes de adquiri-los e modernos. É preciso aliar ao know-kow humano a alta tecnologia e onde também recebem treinamentos detalhados e específicos. Como dos equipamentos para que se alcance os resultados almejados. o espectrômetro utiliza calibração multivariada para a construção das “Observamos, por exemplo, que atualmente, a necessidade nos curvas é fundamental que o cliente tenha um bom suporte nos primeiros laboratórios de nutrição animal é diminuir o tempo de análise dos meses de uso do equipamento para se sentir seguro e começar a criar ingredientes para atingir um controle nutricional ainda maior dos suas próprias aplicações.” A equipe da Bruker é dedicada e especializada produtos, garantindo qualidade para o consumidor final. É para isto em dar suporte em equipamentos FT-NIR, formada por químicos com que trabalhamos. A aliança entre a qualidade do equipamento com o mestrado e especializações específicas que garantem um atendimento suporte ao cliente é a chave do nosso sucesso e que fez com que nosso técnico de alto nível. “O mercado de laboratórios é muito competitivo crescimento fosse acima das expectativas”, afirma Robson Patto, e apenas as empresas com real foco na satisfação do cliente conseguem coordenador de vendas NIR da Bruker, empresa que fabrica os seus se sobressair e crescer numa taxa maior do que seus concorrentes. A equipamentos em diversos países, tendo as linhas voltadas à nutrição nossa meta é aumentar o número de parcerias com os fornecedores são promovidas no grupo para garantir um quadro técnico de alto animal desenvolvidas na Alemanha e importadas para o Brasil. de ingredientes de ração para fortalecer ainda mais a nossa marca no nível. O laboratório oferece análises microbiológicas (patógenos Para aplicações em nutrição animal, o principal equipamento mercado e, com isso, aumentar a área de abrangência comercial. As e indicadores de higiene), resíduos de medicamentos veterinários, que a Bruker oferece é o moderno espectrômetro de infravermelho expectativas para 2014 são otimistas uma vez que ainda temos mercado micotoxinas, OGM (para as empresas que fazem o monitoramento próximo FT-NIR, que é instalado diretamente na linha de produção para crescer, mas também é preciso cautela nas projeções já que o ano de de organismos geneticamente modificados), dioxinas e furanos das empresas. Nesta categoria de equipamentos há modelos como 2014 terá eleições presidenciais e a Copa do Mundo”, analisa Robson. (contaminantes persistentes), resíduos de agrotóxicos, análises o MPA, TANGO e MATRIX-I. “Estes maquinários possibilitam nutricionais Nas análises do laboratório são aplicadas técnicas e equipamentos analisar em menos de um minuto os principais parâmetros de proteína, rações podem contar com mais um parceiro, a Eurofins, especializada em aminoácidos, perfil ácidos graxos etc) e outros contaminantes como: cromatografia líquida e a gás, absorção atômica, ICP – Plasma, fibra, óleo, umidade, material mineral, atividade de água, índice de serviços bioanalíticos, que oferece uma extensa e variada gama de testes e (melamina, metais pesados etc) e identificação de espécies animais. U.V / Visível, CG-MS/MS, NIRS, câmara de estabilidade, dentre cozimento, peróxido e aminoácidos, das rações e seus ingredientes”, ensaios para as áreas de análises de alimentos, farmacêutica, agroscience e outros. “Temos mais de 700 análises implantadas e realizamos em explica Robson. Dentre os equipamentos citados, destaca-se o ambiental. A empresa trabalha junto às autoridades e produtores em toda otimização de seus recursos. No último programa de expansão, torno de 15 mil análises/mês, além dos diversos estudos que temos novo modelo TANGO, que pode ter um computador embutido a cadeia produtiva para que o mercado tenha informações confiáveis sobre foram mais de 200 milhões de euros direcionados para a ampliação em andamento. Com a estrutura atual, ainda podemos assumir um com tela touch screen e software de controle. Constantemente, o os produtos que estão sendo desenvolvidos e comercializados e modernização do mais de 150 mil metros quadrados de um aumento em nossas atividades de 40%”, afirma Franco. departamento alemão de pesquisa e desenvolvimento da Bruker, Com uma estrutura que tem mais de 14 mil funcionários, mais total de aproximadamente 300 mil metros quadrados de área de recebe as principais solicitações de novas aplicações ou acessórios e de 180 laboratórios localizados em mais de 35 países, um portfólio laboratórios. “Nos próximos cinco anos, estamos determinados a TASQA Serviços Analíticos Ltda, que está localizada em Paulínia os aplica em novos equipamentos. de mais de 100 mil testes/ensaios e faturamento acima de 1 bilhão de expandir nosso portfólio tecnológico, continuar reforçando nossa (SP) e coloca à disposição dos clientes um portfólio de análises nas O coordenador de vendas da companhia destaca o atendimento euros, a orientação do grupo, que tem origem francesa, é voltada à presença regional e global, mantendo a qualidade exigida por áreas de rações, premixes, controle de qualidade de formulações, e suporte pós-venda como importantes diferenciais da empresa. qualidade de seus serviços e satisfação dos clientes, seguindo as normas nossos clientes e pelas autoridades reguladoras dos EUA, Europa, estudos de depleção e farmacocinética, análises toxicológicas e “Possuímos um laboratório showroom onde estão expostos os principais de regulamentação, segurança e exigências mundiais. Com diversas América Latina e Ásia-Pacífico”, afirma Barretto. “Para os próximos anos, está previsto um aporte de R$ 15 milhões para a construção de mais um prédio laboratorial similar à construção atual, ocupando a mesma planta, além da ampliação de nosso escopo de serviços”, Charles Franco, do Labtec. One Stop Shop - A Saúde Animal é uma das áreas de atuação da Comprometimento com o mercado_ Os fabricantes brasileiros de “Devido à extensa rede de laboratórios e a existência de centros de competência em diversas áreas dentro do grupo, dispomos de agilidade e serviços diferenciados”, Felipe Barretto, da Eurofins do Brasil Análise de Alimentos Ltda. Constantes treinamentos e troca de experiências internacionais (vitaminas, minerais, antioxidantes, perfil de A Eurofins investe constantemente em novas tecnologias e na 32 Entrevista 33 que ainda temos uma grande e considerável fatia para ser conquistada, formada tanto pelos consumidores que continuam oferecendo aos seus animais alimentos humanos, quanto por aqueles que devido às questões econômicas não têm condições de comprar alimentos (mais elaborados, que compõem as linhas Premium e Super Premium). Poderíamos, então dizer, que a alimentação para os animais está cada vez mais próxima da alimentação humana? Respeitando as devidas particularidades e necessidades de cada mercado, podemos sim dizer que há muitas similaridades entre ambos. Em um estudo conduzido pela Mintel - companhia global, que há mais de 40 anos analisa os mercados de consumo a fim de produzir compreensão em tendências chaves – foi observada a “Humanização: para além de uma tendência de consumo”, e apontados pontos em comum entre os mercados de alimentação humana e animal, como por exemplo, a procura por alimentos funcionais, que visam combater ou amenizar as doenças contemporâneas, ou então, o aumento na demanda por alimentos mais naturais, com menos conservantes, corantes e demais ingredientes industrializados. Jean Manuel Gonçalves da Silva, analista sênior do setor alimentício da Mintel, no Brasil, concedeu entrevista à Revista Pet Food Brasil e revela outros dados de uma pesquisa feita sobre as tendências de consumo humano e as relações e aplicações no setor pet food. “A procura por alimentos funcionais para combater ou amenizar as doenças contemporâneas e o aumento na demanda por alimentos mais naturais, com menos conservantes, corantes e demais ingredientes industrializados estão entre as tendências observadas no segmento pet food”, Jean Manuel Gonçalves da Silva. Jean Manuel Gonçalves da Silva Por: Lia Freire Há tempos ouvimos falar que a nutrição para animais de companhia está sendo aprimorada, ou seja, os alimentos estão com finalidades funcionais, apelos de recreação e treinamento (snacks). Esta tendência ocorre em função da humanização na relação entre os proprietários e os seus animais de estimação. Os pets são considerados e tratados como um membro da família, portanto, a procura é cada vez maior por uma alimentação saudável, balanceada e adequada, estando diretamente relacionada a alimentos de maior valor agregado. Embora seja nítida a evolução no mercado em termos de qualidade e diversidade e exista a crescente procura por alimentos mais elaborados, obviamente Revista Pet Food Brasil – Quais as necessidades de consumo Revista Pet Food Brasil – No grupo Old Gold, quais as demandas em se tratando de alimentação humana? observadas na alimentação humana? E na alimentação animal Jean Manuel Gonçalves da Silva – Antes de apontarmos as tendências o que eles buscam? de consumo é preciso identificar os perfis de consumidores e as suas Jean Manuel Gonçalves da Silva – O grupo Old Gold demanda necessidades, que aqui distinguimos em quatro grupos: por alimentos funcionais, que combatam ou amenizam Old Gold – os consumidores da melhor idade (as agências as doenças contemporâneas como: diabetes, Alzeheimer, governamentais definem pessoas com mais de 65 anos), que estão obesidade, osteoporose, cardíaca etc. Além disso, eles cada vez mais numerosos e exigentes, configurando um grande procuram alimentos que tenham embalagens ergonômicas, mercado consumidor para as próximas décadas. Nós da Mintel, que sejam fáceis de abrir e consumir. E na hora de escolher incluímos as pessoas com mais de 55 anos, que apresentam a os alimentos para os seus animais de estimação, eles também intersecção dos hábitos de consumo. No Brasil, fazendo parte optam por produtos fáceis de abrir, estocar e consumir, deste grupo, temos 30 milhões de consumidores. priorizando os alimentos funcionais, com foco no combate Generation Next – jovens e independentes, buscam consumir às doenças contemporâneas que acometem os bichinhos de acordo com o seu estilo de vida. Compreendem a faixa etária de como: catarata, obesidade, cardio, ossos, digestão, depressão 16 a 24 anos. Dos 25 aos 40 anos, observamos que os hábitos de etc. Além disso, percebemos que há uma forte procura por consumo tornam-se mais homogêneos. No Brasil, compreendendo soluções que facilitem a interatividade e os cuidados com dos 16 aos 39 anos, temos 80 milhões de consumidores. o animal (por exemplo, aplicativos para celular, lembretes, Purity and Provenance – neste grupo, percebemos uma tabelas de controle em embalagens etc). oscilação na confiança dos alimentos processados. Aspectos como pureza, origem dos alimentos e ingredientes ganham importância. Revista Pet Food Brasil – No grupo que compreende a Generation Brand mais Next qual é o desejo quando se fala em alimentação humana? informados sobre os problemas sociais/ambientais ao seu redor Jean Manuel Gonçalves da Silva – Mais de 70% gostam de e do papel das empresas como parte da solução. experimentar novos sabores. Também se percebe um aumento Intervention – consumidores cada vez 34 Entrevista 35 “Rações que tenham embalagens fáceis de abrir, estocar e consumir e que sejam alimentos funcionais estão entre as prioridades para o grupo de consumidores Old Gold.” “A Generation Next busca para os seus animais de estimação, produtos funcionais com apelo energético, que comuniquem energia, atividade, felicidade e experiências.” Qual é o comportamento dos consumidores europeu e americano em relação à aquisição de rações para os seus pets? A analista global da Mintel na área de animais de estimação, Carla Ogeia Lewis, apresenta alguns dados: Revista Pet Food Brasil - Há dados de quais classes sociais têm obtido maior participação de consumo de alimentos animais? Revista Pet Food Brasil – estético, por produtos “divertidos” de consumir, que promovam Intervention? importante, com promoções atraindo um número limitado de a socialização, novas experiências e a oportunidade de Jean Manuel Gonçalves da Silva – Como já mencionado, estes donos de animais. Apenas 15% dos consumidores na Alemanha compartilhar. Busca-se design divertido e moderno, embalagens consumidores estão atentos e bem mais informados sobre os e 8% na Espanha e França, afirmam que costumam comprar que permitam interagir e compartilhar. problemas sociais, ambientais e relacionados à saúde. Estão qualquer marca de alimentos para animais porque está em preocupados com questões como: o trabalho infantil/escravo, promoção. No Reino Unido, oferta especial /promoção é um Revista Pet Food Brasil – E o que estes jovens esperam desmatamento, obesidade etc. Identificam as empresas como fator de escolha para 30% dos donos de cães (35% dos donos encontrar na indústria de alimentação pet? parte da origem destes problemas e também da solução. 94% de animais de grupos socioeconômicos C2DE ) e 40% dos donos Jean Manuel Gonçalves da Silva – A Generation Next busca dos consumidores consideram responsabilidade da empresa de gatos (44% de C1 e 45% dos donos de gatos DE). para os seus animais de estimação, produtos funcionais minimizar os impactos das suas operações no meio ambiente e com apelo energético, que comuniquem energia, atividade, 81% acreditam que a sua decisão de compra pode impactar no 10 donos de animais. Mas os cupons influenciam a compra de felicidade comportamento ético-ambiental das empresas. 7 em cada 10 donos. Dessa forma, cupons para marcas bem convenientes e inovações em portion control (snacks e ração). estabelecidas no mercado poderia aumentar as compras por Estes consumidores pesquisam canais de vendas que sejam que se posicionem proativamente na promoção do consumo donos de animais que buscam preços mais baratos. convenientes para adquirir os produtos como: postos de consciente ou de práticas sustentáveis; e na prevenção de gasolina, farmácia, metrô, e-commerce etc. O desejo deste doenças. São produtos que permitem ao consumidor ter um grupos socioeconômicos favorecem a compra de uma marca público é que o animal seja uma companhia constante e para comportamento “verde”/sustentável diretamente no PDV. bem conhecida, os cupons são um influenciador de compra para mais de 70% das famílias que ganham entre US$ 25 mil e US$ 99.9 tanto, é preciso que haja conveniência. mil (ao ano) e cerca de 60% das famílias com rendimentos mais elevados - o que ainda é uma quantidade significativa. e experiências. Destacam-se os produtos E o que deseja o grupo Brand Carla Ogeia Lewis - Na Europa, a lealdade à marca é ainda na demanda por alimentos funcionais com apelo energético e Estamos diante de um público que demanda por marcas Na hora de escolher os alimentos para os seus bichos de Nos EUA, a lealdade à marca é importante para 9 em cada Ainda nos EUA, enquanto os donos de animais de todos os “Na Europa, a lealdade à marca é ainda importante, com promoções atraindo um número limitado de donos de animais”, Carla Ogeia Lewis. estimação procuram por produtos com proposta funcional, Revista Pet Food Brasil – E os consumidores que se enquadram cujas campanhas sejam proativas na prevenção de doenças Alemanha e na Espanha afirmando que compram alimentos para animais de marca própria, se é mais barato. Na Alemanha, 6 em cada No entanto, as marcas próprias estão começando a ter um lugar no mercado, com cerca de um quinto dos donos de animais na na categoria Purity and Provenance, o que eles desejam, seja e vulnerabilidade animal. Neste caso, há uma grande 10 donos de animais também afirmam que a marca própria é tão boa quanto a de rações de marcas específicas. Mas apenas 2 em cada em sua alimentação ou para os seus animais de estimação? oportunidade para as marcas de outras categorias (serviços 10 consumidores norte-americanos afirmam o mesmo, com a maioria dos respondentes provenientes de rendimentos do agregado Jean Manuel Gonçalves da Silva – Aqui percebemos que a em geral, turismo, restaurantes, etc) promoverem o estilo familiar abaixo de US$ 49.9 mil ao ano. proposta é antagônica ao alimento processado industrializado. de vida “dog friendly”. É uma boa chance para explorar as Busca-se algo que seja sinônimo de saúde, sabor, pureza e origem. campanhas publicitárias que promovam boas práticas no animais para mantê-los saudáveis e reduzir as contas de veterinário. O “clean label” (cada vez menos ingredientes). Pesquisas apontam cuidado com os animais. Cerca de um terço dos donos de animais na Alemanha, França, Itália e Espanha afirmam que compram comida funcional para Revista Pet Food Brasil - Ainda em relação ao poder de compra do consumidor, de que maneira isso interfere na aquisição do que 58% dos consumidores preferem, por exemplo, biscoitos naturais/integrais aos diet/light (30%) e 64% balas feitas com Revista Pet Food Brasil - Nos apresente a Mintel, sua atuação alimento animal? suco natural da fruta. A partir destes resultados, identificamos que no mercado brasileiro, projeções e objetivos. Carla Ogeia Lewis - Quando o orçamento é analisado, animais de estimação permanecem tão importantes quanto qualquer membro há uma grande oportunidade para as indústrias de ingredientes Jean Manuel Gonçalves da Silva – A Mintel é uma fornecedora da família, com 4 em cada 10 donos alemães e britânicos afirmando que iria cortar gastos com a sua própria comida antes de cortar oferecerem novas soluções em sabor, conservação e adições global de inteligência de mídia, consumidor e produto. Por mais na despesa de seus animais de estimação. O mesmo é verdadeiro para um terço dos donos de animais franceses e italianos. No Reino diversas, com apelo natural e/ou de origem. Sendo assim, na de 40 anos, tem providenciado compreensão em tendências Unido, 44% dos donos de animais do grupo socioeconômico C2 afirmam isso, em comparação com 35% do grupo ABC1. indústria de alimentação animal as oportunidades surgem para os chaves, oferecendo dados exclusivos e análises que impactam processamentos artesanais, com destaque para a preservação da diretamente no êxito de seus clientes. Com escritórios em no entanto, o mesmo aconteceu só a 5% dos alemães. Nos EUA, um pouco menos de um quinto dos donos de animais afirmam que integridade do alimento e seus ingredientes. Inovação em snacks/ Chicago, Nova York, Londres, Sydney, Xangai, Tóquio, São Paulo, estão comprando, este ano, alimentos para animais em lojas mais baratas e 12% disseram que estavam comprando marcas menos ração elaborados com ingredientes naturais e oportunidade para Índia, Malásia e Singapura, a Mintel moldou uma reputação de caras de alimentos para animais (20% dos donos de animais com renda abaixo de US $ 25 mil ). No Reino Unido, 4 em cada 10 donos ocasiões de consumo humano e “home cooking”. uma marca mundial renomada. concordaram que dar aos seus pets sobras de refeições humanas é uma boa maneira de economizar dinheiro. Na Espanha, um quinto dos donos de animais afirmaram que cortaram o dinheiro que gastam com seus animais, no ano passado, 36 Expo Pet Food 2014 37 A edição de 2014 está maior! A feira, que mais uma vez acontece em Campinas (SP), teve aumento de 62% em sua área de exposição O evento que traz os principais lançamentos FENAGRA - Feira Internacional das Graxarias, que e as tendências do setor de nutrição para animal reúne os fornecedores de tecnologias, novidades e de estimação demonstra que em sua quarta edição tendências do mercado de reciclagem de resíduos de vem crescendo e se fortalecendo, conf irmando a origem animal, e agora, contará também com uma importância para o setor, sendo considerada uma área especialmente reservada para que as empresas importante plataforma de negócios e vitrine para possam expor as suas máquinas e equipamentos, as tendências. Em menos de uma semana após o como, extrusoras, digestores, moinhos, prensas lançamento da edição 2014, a feira teve todos os e secadores. Na ocasião será promovido o XIII espaços comercializados. Congresso Brasil Rendering, organizado pelo A EXPO PET FOOD, organizada e promovida SINCOBESP – Sindicato Nacional dos Coletores e pela Editora Stilo, será realizada entre os dias 09 e Benef iciadores de SubProdutos de Origem Animal 10 de abril de 2014 e por mais uma edição acontece em parceria com a ABRA – Associação Brasileira em Campinas (SP), no Via Appia Eventos, ocupando de Reciclagem Animal. uma área maior do pavilhão (houve um acréscimo de 62%). edição e a FENAGRA completará 10 anos e muitas Juntamente com a feira, que traz os principais novidades já estão sendo idealizadas e preparadas fornecedores de rações, equipamentos, embalagens, para a ocasião. Em breve, o mercado receberá as insumos e demais itens voltados à nutrição animal informações. “A cada edição o evento cresce e se acontece o VI Congresso Internacional e o XIII fortalece, por isso, é a nossa obrigação promovermos Simpósio sobre Nutrição de Animais de Estimação, melhorias e adaptações para atender com excelência ambos organizados pelo CBNA – Colégio Brasileiro o setor”, af irma Daniel Geraldes, diretor da Editora de Nutrição Animal. Em paralelo, é realizada a 9 ª Stilo, responsável pela realização da feira. Em 2015, a EXPO PET FOOD terá a sua quinta 38 Em Foco 1 39 Alimentar pets com comida de gente tira R$ 8 bi por ano da indústria de rações Sobras de mesa e alimentos humanos preparados para animais de estimação tiram potencial produtivo das fabricantes de rações, que têm 58% da sua capacidade instalada ociosa Q uem tem animal de estimação em casa sabe como é difícil resistir aos olhinhos pidões de cães e gatinhos quando o dono está saboreando alguma coisa. Não raro, a maça, o pão de queijo ou até uma parte do almoço vão parar no chão, em uma partilha entre humanos e animais de estimação. Se comida humana faz mal para os bichinhos não há consenso. A indústria de ração, no entanto, é quem reclama do prejuízo. Anualmente, o setor deixa de faturar em média R$ 8 bilhões com o fornecimento de comida humana para os melhores amigos do homem. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a demanda total de alimentos para animais de estimação é de 4,4 milhões de toneladas por ano, mas o mercado só produz 2,3 milhões de toneladas – a diferença entre demanda e oferta é suprida por sobras de mesa e alimentos humanos cozidos especialmente para a população de cerca de 106 milhões bichos domésticos no Brasil. José Edson Galvão de França, presidente-executivo da Abinpet, explica que a questão cultural gera um desequilíbrio na indústria nacional de rações. Isso porque o País se destaca no número de produtos e também na diversidade de fabricantes. “São 1.856 produtos de 567 marcas diferentes, ou seja, temos uma indústria grande que ainda não produz tudo o que poderia”, diz. De acordo com informações da Abinpet, atualmente a indústria de rações tem 58% de sua capacidade instalada inutilizada. A decisão de alimentar os pets com comida humana, no entanto, não é a única responsável pela pouca produtividade do setor. Prontidão Segundo França, com uma mudança de hábitos dos donos de animais de estimação, bastaria 60 dias para que a indústria estivesse totalmente adaptada para atender a demanda total do mercado – e atingir os R$ 17,2 bilhões de faturamento possíveis. Atualmente, a capacidade instalada no País atenderia a uma produção de 4,7 milhões de toneladas, 300 mil toneladas a mais que a demanda de alimentos total do mercado. “Sem as instalações que já estão prontas e ociosas, levaríamos três anos para montar tudo.” Hoje, 53% da indústria nacional de rações para pets é composto por grandes fabricantes, com produção acima de três mil toneladas por mês. Fonte: Portal IG/Economia 40 Em Foco 2 41 podemos dizer que existe praticamente um animal de estimação para cada dois brasileiros. Mas como o crescimento dos pets é constante, e nossa população cresce mais vagarosamente, essa relação pet/ser humano deve se tornar maior”. Para 2013, a Abinpet prevê um faturamento interno de R$ 15,4 bilhões, crescimento de 8,1% sobre 2012, que fechou com R$ 14,2 bilhões. O montante pode signif icar 0,34% do PIB 2013 do país. Em 2012, a indústria de produtos para animais de estimação chegou a ocupar 0,32% do PIB nacional, número superior àqueles das geladeiras e freezers (0,14%), componentes elétricos e eletrônicos (0,23%) e automação industrial (0,09%). S obr e a A s soci ação B r asi lei r a da I n dústr i a de P rodutos pa r a A nim a is de E stim ação A Associação Brasileira da Indústria de Produtos TASQA 1-2PAG.pdf População de pets cresce 5% ao ano e Brasil é quarto no ranking mundial País tem 106,2 milhões de animais de estimação, que movimentam um mercado de aproximadamente R$ 15,4 bilhões, segundo projeções para 2013. O 12:03 M Y MY Um sonho que iniciou em Setembro de 1992, tem-se realizado a cada novo dia na vida da TASQA e de todos que têm nos acompanhado neste 20 anos de conquistas, de superações e de muita alegria em fazer o que fazemos. A excelência é nosso alvo, os desafios nossa motivação. CY pets, atrás dos Estados Unidos (224,3 mi) e Reino Unido (148,3 mi). No entanto, está em segundo lugar quando se trata de cães e gatos (37,1 milhões e 21,3 milhões respectivamente), somente atrás dos Estados Unidos. “A perspectiva é que o Brasil se mantenha em quarto lugar com uma estimativa de crescimento de 5%” projeta José Edson Galvão de França, presidente executivo da Abinpet. “Tomando por base a população brasileira, de 199 milhões de habitantes em 2012, segundo o IBGE, 08/04/13 Compromisso com a excelência C CM imenso potencial do setor pet brasileiro pode ser atestado quando seus números são comparados aos de outros países. De acordo com dados do Euromonitor, apurados pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2012 a população de animais de estimação em todo o mundo chegou a 1,51 bilhão. Desses, 288,2 milhões estão na China, a primeira colocada. O Brasil é o quarto país no quadro geral desde 2008, com 106,2 milhões de 1 para Animais de Estimação (Abinpet) representa a indústria Pet, com associados de toda a cadeia produtiva. A entidade congrega os segmentos Pet Food (alimento), Pet Vet (medicamentos veterinários), Pet Serv (serviços e cuidados com os animais), e Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza). As informações da entidade são apuradas diretamente com os integrantes do setor, por meio do Painel Pet, banco de dados que existe desde 1980. Com essa ferramenta, é possível ter estatísticas e elaborar pesquisas complementares efetivas. A Abinpet promove e fortalece o setor Pet, por meio de ações que contribuam para o desenvolvimento dos associados. Além disso, a entidade busca ser referência internacional ao incentivar a conscientização do consumidor e o fortalecimento do setor por meio da sustentabilidade do mercado Pet no Brasil. TODOS OS ENSAIOS EM UM ÚNICO LABORATÓRIO CMY K Nutrição animal: rações e premixes Controle de qualidade MP PA Estudos de resíduos para registro – Depleção e Farmacocinética Análises de Resíduos para Controle de Exportação e Mercado Interno Análises Toxicológicas Contatos: [email protected] (19) 2138-8877 PABX: (19) 2138-8888 Laboratórios TASQA Praça 28 de Fevereiro, 55 - Nova Paulínia Paulínia (SP) - CEP: 13140-285 - Brasil 42 EmEmFoco Foco3 3 43 da torta na solução de extração, a velocidade de agitação, a temperatura e o tempo de extração”. A solução sobrenadante da extração foi direcionada para as pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de material biodegradável e o resíduo da extração, aos estudos referentes à alimentação animal. Segundo a pesquisadora, as sobras do processo de extração apresentaram elevados teores de proteínas, fibras e minerais, o que caracteriza um grande potencial para serem utilizados na alimentação animal. “Os resíduos possuem boas características para substituir, em parte, o farelo de soja, uma das principais matérias primas utilizadas na formulação de ração para ruminantes”. Roseli ressalta que o processo de extração das proteínas, em meio alcalino, se mostrou um bom tratamento contra a toxidez da torta da mamona. “À medida que se aumentou o pH, tanto com hidróxido de sódio quanto com hidróxido de potássio, houve o desaparecimento da banda de ricina nas análises”. A ricina é uma proteína responsável pela toxicidade do resíduo. Potencial de mercado A pesquisadora aponta que a possível utilização desses resíduos para emprego em nutrição animal e de produção Torta de mamona é alternativa para Alimentação Animal As sobras do processo de extração tinham altos teores de proteínas, fibras e minerais A torta de mamona, subproduto do processo da extração de óleo da semente da mamona, possui alto teor protéico e aparece como alternativa para a alimentação animal e para a produção de materiais biodegradáveis. Pesquisa da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP comprovou que o produto pode ser considerado uma matéria prima de boa qualidade, pois apresenta um alto teor de proteína e fibras. Em sua pesquisa de doutorado, a bióloga Roseli Sengling Lacerda trabalhou com a extração de parte da proteína da torta de mamona, caracterizando quimicamente os resíduos da extração da proteína com a finalidade de verificar o potencial de uso na alimentação animal. “A outra proposta foi estudar a utilização da proteína na produção de material biodegradável, como por exemplo, a confecção de sacos plásticos para serem utilizados em mudas para a agricultura”. A extração das proteínas foi realizada em laboratório empregando-se agentes alcalinos, como o hidróxido de sódio e hidróxido de potássio, em diferentes concentrações de pH. “Os pH variavam de 10 a 12, numa escala que vai de 1 a 14. Foram analisados a influência de vários fatores no processo de extração de proteínas, como a concentração de material biodegradável aparece como uma das grandes alternativas de mercado. Segundo ela, a vantagem está na grande quantidade de resíduo da mamona encontrado nas indústrias, seja para extração do óleo ou para produção do biodiesel. “Atualmente, o resíduo desta extração é utilizado como adubo orgânico. Assim, com a extração das proteínas para ser utilizada na produção de material biodegradável e se eliminados os componentes tóxicos existentes na torta de mamona, podemos utilizá-lo também como parte da alimentação animal devido ao seu grande valor protéico”. Para ela, o próximo passo a ser dado é a aplicação prática desse processo. “Até o momento foram realizados apenas ensaios em laboratório. Necessitamos agora de aplicação prática para que o produto possa ser testado e indicado para a alimentação animal”. Quanto aos custos relacionados à nutrição animal para ruminantes, Roseli acredita que haveria uma diminuição se o mesmo fosse adicionado como um ingrediente rico em proteína, como a torta de mamona, que possui grande oferta no mercado. Mais informações: email [email protected], com Roseli Lacerda Por Fernando Pivetti - [email protected] 44 Em Foco 4 45 Vendas e o final de ano Q Saul Jorge Zeuckner Diretor Algomix / Ki- Tal Alimentos uando chegamos ao final de ano, escutamos a Sabemos que há algumas empresas que obtém mesma frase advinda de vários vendedores, dizendo naturalmente um aumento de vendas e faturamento que o final de ano vende pouco, que janeiro é um mês nesse período por terem produtos específicos para ruim, que o Brasil somente volta a produzir a partir essa fase do ano ou porque seus produtos têm um do carnaval. Essas frases são clássicas aos vendedores aumento de consumo nesse período. Mas temos aquelas despreparados. Para os profissionais mais motivados e empresas, e principalmente aqueles profissionais que melhor preparado, essa é uma fase de oportunidades, melhor se prepararam para esse período, e efetuaram com um potencial acima da média dos outros meses do um planejamento específico para as festas de final de ano em virtude de termos mais dinheiro circulando no ano, incluindo o carnaval e as férias para aumentar seu mercado, já que temos o pagamento de décimo terceiro, faturamento. Desses nós jamais iremos escutar as frases férias e o uso de economias geradas ao longo do ano, desastrosas de que no final de ano e início de ano não se além de uma especial motivação para o consumo nesse vende. Essa é mais uma questão cultural, um paradigma, período, sem contar que muitas pessoas viajam e festejam pois em qualquer período do ano temos consumo, nossas mais, colocando muito mais dinheiro no mercado. vidas não estabilizam em períodos como esse, portanto O Consumo aumenta significativamente nesse se você é um desses que está despreparado para o final de período o que permite aumentos de vendas na maioria ano e início de ano novo, mude imediatamente, acredite dos setores da economia e os vendedores preparados em você e em sua empresa, e faça um planejamento e grande adequado para esse período. Estude o mercado, veja oportunidade, enquanto que os menos preparados motivados, conseguem absorver essa onde pode crescer e dedique-se para que você tenha e desmotivados, ficam se lamentando, reclamando, vendas acima da média do ano. achando desculpas para seus medos e suas fraquezas. Boas vendas. 46 Em Foco 5 47 Grupo Brasileiro ganha os dois prêmios oferecidos em congresso internacional ocorrido nos Estados Unidos O evento reuniu especialistas em alimentação e nutrição de cães e gatos do mundo todo e também alguns profissionais da linha da nutrição humana . E ntre 01 e 04 de outubro de 2013 ocorreu em Portland, favorece a palatabilidade das dietas, está relacionada à menor Oregon, EUA, o Waltham International Nutritional Sciences perda de nutrientes e desgaste do equipamento. Acreditava-se Symposium - WINSS. que gatos preferissem alimentos cozidos com energia mecânica, mas o experimento mostrou que não. Além das palestras de importantes nomes na área, como Rob Knight, Kelly Swanson, John Mathers, Richard Butterwick Raquel Silveira Pedreira, médica veterinária, aluna de e Denise Elliott, entre outros, o congresso foi bastante mestrado no mesmo centro de pesquisa sob a orientação prestigiado e contou com a apresentação de mais 100 trabalhos também do prof. dr. aulus Carciofi foi a vencedora do melhor científicos: mais de 90 na forma de posters e mais de 20 em trabalho exposto sob a forma de palestra. exposições orais. O trabalho intitulado Insoluble fiber delays gastric Os trabalhos foram avaliados por um comitê científico e emptying and colonic filling time of dogs fed kibble diets os autores do melhor poster e do melhor trabalho oral foram (Fibras insolúveis retardam o esvaziamento gástrico e tempo premiados com uma viagem para o Centro de Pesquisa Waltham de preenchimento do cólon de cães alimentados com ração seca) na Inglaterra. demonstrou de forma inovadora o comportamento da fibra ao O trabalho apresentado por Fabiano César Sá, médico longo do trato digestório dos cães. Outros trabalham já haviam veterinário, estudante de doutorado no programa de pós- mensurado o tempo total de deslocamento do ingrediente, graduação da UNESP de Jaboticabal, sob orientação do prof. sem, entretanto, entender como ele agia em cada órgão dr. Aulus C Carciofi, foi escolhido como o melhor trabalho em especificamente. poster do congresso. Intitulado: "Digestibility and palatability of foods for dogs também autores: Silva, F. L; Avante, M. L.; Loureiro,B.A.; and cats extruded with different amounts of mechanical and Matheus, L. F. O.; Ferreira C. S.; Canola, J. C e Aulus C. thermal energy" (digestibilidade e palatabilidade de alimentos Carciofi. para cães e gatos extrusados com diferentes quantidades A pesquisa em alimentação e nutrição de animais de deenergiamecânica e térmica) ele tem como autores, além de estimação produzida no Brasil e os especialistas que as realizam Fabiano: E. M. Souza, Galen Rokey, K. S. Venturini, J. N. estão em pé de igualdade com os dos grandes centros de países Werneck, Karina N. V. Gonçalves e Aulus C. Carciofi. desenvolvidos. Isso nos enche de orgulho e de entusiasmo. Parabéns aos estudantes e ao grupo como um todo. Este trabalho avaliou o efeito da energia térmica e mecânica Além de Raquel Pedreira, que apresentou o trabalho, são no cozimento proporcionado pela extrusão. É bastante por Cristiana Prada, Out/2013. importante pois mostrou que a aplicação de energia términa nutrição.VET 48 Em foco 6 Embalagem 49 O que leva o consumidor a escolher no ponto de venda um e esse contato pode ser feito via embalagens, sem interferência dos não outro produto? A resposta, na grande maioria das vezes, pode atendentes com os clientes!” estar na embalagem. E não basta ser bonita. A identidade visual precisa transmitir exatamente o que o consumidor espera de um Muita coisa; aliás, essa comunicação é amplamente estudada. produto, já que mais de 90% do que está disponível nas prateleiras Porém, o que uma embalagem diz sobre a forma da marca tratar não conta com nenhum apoio de propaganda ou marketing, sendo o o cliente é muito diferente. Uma embalagem prática e com único recurso de comunicação a própria embalagem. informações precisas, por exemplo, comunica respeito. O projeto da embalagem de consumo deve ser voltado para a conveniência do consumidor, ter apelo de mercado, boa – pensando no universo de atendimento ao cliente – é de suma acomodação nas prateleiras dos varejistas e dar proteção ao importância no processo de fidelização. Há produtos cujo processo. Já embalagens com foco em logística são desenvolvidas marketing valoriza aspectos de qualidade e praticidade; no entanto, para maior eficiência no manuseio, são usadas para agrupar a embalagem tem um manuseio complicado. Ou seja, informações produtos e chamadas de secundárias. Elas protegem os produtos contraditórias! Por mais que o produto tenha qualidade, o contra avarias durante o manuseio e a armazenagem, como consumidor vai pensar muito antes de comprá-lo novamente. O que uma marca comunica ao cliente com a embalagem? Essa comunicação tácita entre a embalagem e o consumidor também, contra furtos. Para evitar avarias é necessário adequá- Opções para os alimentos secos e snacks las ao produto e selecionar seu material, levando em conta o grau desejado de proteção ao produto. Bobinas técnicas; sacos com 1 e 4 soldas; embalagens stand-up pouch, com e sem zíper; embalagens com fundo colado e embalagens com válvulas são desenvolvidas pela Canguru para o mercado de alimentos secos e snacks para pet food. Segundo a empresa, as embalagens são desenvolvidas em conjunto com os clientes e fornecedores, onde os primeiros colocam a necessidade e a Canguru em conjunto com os fornecedores desenvolve as soluções. Além disso, as equipes de pesquisa, desenvolvimento e comercial realizam visitas periódicas em feiras, no Brasil e exterior, pontos de venda e participam de seminários, com objetivo de observar as tendências. “O mercado de pet food não é diferente de outros, “Apresentamos as embalagens que estão sendo produzidas com barreira e a utilização da resina verde, oriunda da cana-de-açúcar”, Carleans de Brito, da Plastrela. busca basicamente a proteção do seu produto e a exteriorização do que há dentro, ou seja, utilizando a impressão e os diferentes tipos de acabamentos em substratos e formatos. A embalagem deve proporcionar uma comunicação eficaz com o consumidor sobre o produto embalado. A tendência sempre é buscar uma melhor A fragilidade de um item pode ser medida através de testes, tanto comunicação com o cliente e com isto aumentar as vendas, pois do produto como da embalagem. Quanto menos controle a empresa na maioria dos casos o principal “vendedor” é a embalagem. Para tiver sobre o ambiente físico, maiores devem ser as precauções com conquistar o consumidor, as equipes de marketing das empresas de a embalagem para evitar avarias, portanto, o ambiente logístico pet food em conjunto com os fabricantes de embalagens trabalham influencia as decisões relativas ao projeto da embalagem. diariamente em novos desenvolvimentos, sempre priorizando os aspectos da embalagem que mais influenciam no momento da compra, como: estruturas de filmes (brilho, fosco, metalizado etc), O “cartão de visita” de cada marca As embalagens estão se transformando em um dos principais diferenciais competitivos para a maioria das marcas Por: Lia Freire Embalagem, a comunicação não verbal, que interfere no impressão, acabamentos diferenciados (4 soldas, fundo colado, stand- atendimento ao cliente pouch etc) e conveniência (alça, zíper, abre-fácil etc). Além disso, é Stella Kochen Susskind, executiva que preside a Shopper importante destacar que para cada tipo de alimento é necessário uma Experience – especializada em realizar pesquisas de avaliação do avaliação prévia da estrutura de filme necessária para a proteção atendimento ao consumidor por meio de um levantamento com do produto embalado ”, afirma Marcelo Vieira de Sá, gerente de clientes secretos -, afirma que a embalagem e o atendimento ao cliente negócios da Canguru. Recentemente, a empresa investiu nas áreas de estão intrinsecamente ligados. “As embalagens estão na fronteira impressão e acabamento, já que nos últimos anos, as embalagens para do que classifico como “dimensão não verbal do atendimento”. pet food têm evoluído na qualidade de impressão, dando ao marketing Aliás, especialistas atestam que 70% das situações de contato novas possibilidades para trabalhar no desenvolvimento das artes, pessoal constituem uma comunicação não verbal. A novidade é que nas estruturas que passaram a ter maior barreira e diferentes tipos de 50 Em foco 6 51 acabamento, possibilitando com isso uma maior vida útil do produto. A Indústria brasileira de Pet Food se reuniu para estabelecer um recorde mundial do setor durante o IV Simpósio Latino A mericano da SPF como recente investimento da empresa a implantação do seu próprio DDG - Departamento de Desenvolvimento Gráfico. Versões plásticas laminadas Oferecer embalagens versáteis e com condições de atender as A SPF realizou, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2013, o exigências do mercado, principalmente no que se refere à apresentação seu IV Simpósio Latino Americano no Grande Hotel da cidade de nas gôndolas e prateleiras é a proposta da Inflex, que vem apostando Águas de São Pedro. O evento contou com especialistas nas áreas de nos sacos formato quatro soldas e stand-ups com zip loc. O fabricante palatabilidade, inovação, nutrição e comportamento do consumidor, tem condições de atender todos os tipos de rações, que exijam as mais abordando temas estratégicos e inovadores do mercado de alimentos diversas características de barreiras: luz, oxigênio, odores, óleos etc. para cães e gatos. Segundo dados da Associação Brasileira da Disponibiliza embalagens plásticas laminadas, normalmente em Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o multicamadas (promovendo barreiras para proteção do alimento), Brasil ocupa o segundo lugar do ranking mundial, com faturamento impressas em até oito cores e laminadas sem solventes. Também de mais de US$ 9,5 bilhões em 2012 (8% do faturamento global do fornece sacos formados que estão prontos para o empacotamento, setor) e com previsão de crescimento de 4,9% para 2013. necessitando apenas do fechamento final, ou então, as bobinas técnicas, onde o filme já impresso é fechado e a embalagem final produzida por um respeitado conjunto de palestrantes brasileiros e europeus na empacotadora do cliente. “Nosso objetivo é fazer com que as experientes no mercado de Pet Food, os clientes poderam se características técnicas das embalagens (escolha de estruturas, tipo de formato, laminação etc) sejam perfeitamente adaptáveis ao projeto As soluções desenvolvidas pela Plastrela embalam alimentos secos, semi-úmidos e úmidos. dos nossos clientes, ou seja, atuamos para que as suas necessidades e Know-how em embalagens flexíveis desejos sejam materializados, resultando na “roupagem” ideal para o Embalagens flexíveis nos formatos square, quatro soldas ou em seu produto. As embalagens deixaram de ser um mero coadjuvante formato tradicional com solda longitudinal são desenvolvidas pela no processo de produção e hoje têm a responsabilidade de vender a Rhotoplás. Segundo Fernando Silva, diretor da empresa, destacam- “ideia” do alimento. Ela é quem o apresenta, que o protege e facilita a se no segmento pet food, tanto no Brasil quanto no exterior, as sua logística”, justifica o engenheiro César Augusto Scheide, gerente embalagens square de fundo quadrado, que possibilitam uma maior administrativo e de EHS da Inflex. exposição da marca. “O produto fica melhor exposto e assim, a Os investimentos da empresa vêm sendo em equipamentos como chance de alavancar as vendas aumenta. Por isso, decidimos adquirir impressoras, laminadoras, máquinas de acabamento e em tecnologia. uma nova linha para expandir o mercado para outros parceiros, que Além disso, os executivos da Inflex visitam feiras especializadas no setor até pouco tempo, não podiam contar com esta tecnologia devido às para conferir o que poderá trazer para o seu parque fabril. “O resultado exigências contratuais.” destes investimentos é que podemos oferecer um custo x benefício atraente, excelente qualidade de impressão, embalagens resistentes lembrado por Fernando, está em viabilizar o custo. O fato é que (item imprescindível, por exemplo, para pacotes de 25 quilos de ração) geralmente a demanda é para um único cliente ou para uma linha e capacidade de atender plenamente as especificações das empresas”, cita específica, sendo necessário que o volume a ser produzido absorva o custo César Augusto. do investimento. “Se estivermos atentos às inovações e se viabilizarmos o Um aspecto importante na implantação de novas embalagens, custo da implementação, a embalagem será um sucesso, pois certamente A novidade é a aplicação do zíper em bobina técnica Alimentos secos, semi-úmidos e úmidos podem ser armazenados haverá um mercado faminto para esta inovação.” Com o objetivo de melhorar o seu lead time e garantir alto nível nas embalagens desenvolvidas pela Plastrela Embalagens Flexíveis. de qualidade, a Rhotoplás investiu em equipamentos de impressão São bobinas com ou sem barreira; com ou sem zíper; diversos tipos de e máquinas de acabamento square, assim poderá atender um sacarias, como por exemplo, fundo dobrado; com ou sem quatro soldas, aumento na demanda de 10%, pelos próximos cinco anos, sem que com ou sem zíper e em diversas estruturas, tais como: PE, PET, MET, haja interferência nos prazos de entrega. “Acreditamos que dentre EVOH e NYLON. “Estamos sempre em busca de novidades e soluções os aspectos imprescindíveis para o êxito de uma embalagem está eficientes e práticas. Acreditamos que a embalagem deve atender a a impressão, por isso, temos quatro impressoras em rotogravuras, necessidade do seu público-alvo e do respectivo produto. Somos a única da marca italiana Rotomec, que podem trabalhar com até 10 cores empresa da América Latina a aplicar zíper em bobina técnica. E, como e instaladas com todos os acessórios disponíveis para oferecer uma novidades, apresentamos as embalagens que estão sendo produzidas com embalagem com alto nível de qualidade. Temos também em nossa barreira e a utilização da resina verde, oriunda da cana-de-açúcar. Com linha de maquinários, a completa Galvanoplastia (desde a construção esta inovadora estrutura, os sabores e aromas dos alimentos se mantêm dos cilindros, prepress, gravação e prova GMS). Este diferencial preservados e inalterados, desde que esteja dentro do prazo de validade”, possibilita maior velocidade em um mercado que valoriza muito esta explica Carleans de Brito, gerente comercial da Plastrela, que destaca característica e facilita o processo de inovação”, enumera Fernando. Através de uma agenda completa de palestras, promovidas atualizar sobre tendências de mercado e desenvolvimento de alimentos para cães e gatos, entre outros assuntos fundamentais ao aprimoramento de suas cadeias produtivas. Um dos ápices do evento foi o estabelecimento de um novo recorde mundial junto ao Guinness. “A MAIOR EMBALAGEM DE PET FOOD DO MUNDO” teve mais de três metros de altura. O projeto foi desenvolvido com apoio da ABINPET. As mais de 100 empresas presentes foram convidadas a participar ativamente do estabelecimento do recorde depositando seus produtos no interior da embalagem. Ao final do evento, a SPF realizou uma ação social junto à comunidade de Descalvado (SP), cidade onde está sediada, doando a 1 tonelada de Pet Food arrecadada para o seu canil municipal. Além disso, buscando estreitar ainda mais os laços com seus clientes, a SPF do Brasil promoveu, no dia 30 de outubro, visitas à sua planta industrial e ao centro de testes de palatabilidade Panelis América Latina. Assim, os participantes do evento conheceram a ampla infraestrutura da SPF, que garante produtos de alto padrão disponibilizados ao mercado, sempre prezando pelo respeito ao cliente e pelo bem-estar dos animais. É dessa maneira que a SPF se consolida cada vez mais como líder mundial no mercado de palatabilizantes,demonstrando a busca por altos padrões, proximidade e inovação no desenvolvimento de ingredientes para a indústria de pet food. A, Europa e Austrália. Porém, não basta ter uma embalagem bem impressa e com ótimo acabamento, o executivo da Rhotoplás acrescenta que para manter o alimento bem conservado é imprescindível atender a outras especificações, tais como: manuseio, armazenamento, transporte e, principalmente, as barreiras a oxigênio e a luz. “Destaca-se no segmento pet food, as embalagens square de fundo quadrado, que possibilitam maior exposição da marca e, com isso, aumenta a chance de alavancar as vendas”, Fernando Silva, da Rhotoplás. Fernando acredita que este mercado de embalagens tem um enorme potencial nos próximos anos. O consumo per capta ainda é baixo no Brasil, porém num país com dimensões continentais, a probabilidade de bons resultados é grande. “O valor da embalagem é pouco representativo no custo total do produto e as empresas que perceberem isso e investirem, certamente terão um futuro vitorioso”, analisa. 52 Diário do Gerente da Fábrica pneumática, do vapor, além daqueles tanques e silos caros do processo. a resposta “Estamos quase lá- faltam apenas uns 10%....” O “seu Zé“ pedreiro pode dar conta das fundações, e o pintor ficará 10. Também não é preciso manter registros detalhados do andamento encarregado do acabamento. Você tem que economizar ao máximo, dos prazos versus entregas dos subprojetos/tarefas. correto? 11.Toda a Diretoria, Sócios e Gerentes entendem perfeitamente 4. Separe o fornecimento de toda a parte elétrica do fornecimento da que o Projeto é muito importante. Não se preocupe em oferecer automação, se ela existir. Se der “trombada” entre fornecedores, eles que direcionamento estratégico, apoio efetivo, ou se assegurar que os resolvam entre si. É para isso é que você está pagando. recursos adequados estejam disponíveis para a equipe de projeto. 5. Todo o seu pessoal já está muito ocupado com a operação. Não é 12.Esqueça de informar e envolver periodicamente os interessados no necessário nomear internamente ou contratar um gerente de projetos, projeto - os de dentro e de fora da organização. Eles não podem exercer ou designar uma equipe específica com habilidades adequadas para isso. influencia e prejudicar seriamente ou bloquear o andamento dos trabalhos. Cuide dessa tarefa você mesmo, e não delegue nada. É muito importante que todos os detalhes estejam em suas mãos. 6. Um cronograma detalhado, com objetivos claros alinhados com as dentro do prazo e sem estourar os custos, então o Projeto vai contribuir metas individuais das pessoas também é supérfluo. As coisas sempre com os resultados esperados, e com uma qualidade e padrões aceitáveis Como vão os projetos da sua empresa? V acontecem naturalmente depois do início do projeto. para o sucesso do seu Plano Corporativo. 7. Suas ações para criar um verdadeiro senso de responsabilidade e compromisso na equipe de projetos são desnecessárias. Cada um sabe Parabéns! do projeto, sejam eles feitos pelo pessoal interno, ou pela contratação de interno e gerenciar conflitos é pura balela. planta ou novas instalações para atender a demanda da sua operação. profissionais especializados. 9. Não é necessário subdividir o Projeto todo em subprojetos, Por: Fernando Raizer * amos falar um pouco sobre Projetos: pode ser uma adequação da 8. Explicar as decisões e manter todos informados sobre os progressos alcançados só toma tempo em reuniões. Essa coisa de satisfazer o cliente Não é nosso objetivo fazer desse artigo um Manual de Gerenciamento cada um deles com data definida de início e de término, objetivos, de Projetos, portanto vamos somente listar o que chamamos de alguns responsabilidades e entregas definidas. É suficiente apenas perguntar inteiramente nova, a coisa requer ser encarada como um projeto dentro “pecados capitais”, que se forem cometidos na íntegra, garantirão pelo todo dia para os envolvidos “Como anda a coisa?”, e ficar satisfeito com do seu plano estratégico. menos 6 meses de atraso e uns 30% a mais de custo no seu projeto. Na verdade, qualquer somatória de atividades, dirigida no sentido Todos os “pecados” listados abaixo não foram baseados em teorias de obter um resultado específico dentro de um tempo determinado, é – são extraídos de casos verídicos testemunhados por mim ao longo de considerada como um projeto. muitos anos. Lista dos “Pecados Capitais” Parece simples e óbvio não é? Na verdade, pode ser óbvio, mas não é nada simples... 1. Esqueça esse negócio de relacionar exatamente o que você precisa, e Vamos pular a etapas do reconhecimento da necessidade, da seleção detalhar “demasiadamente” o escopo do projeto. Solicitação minuciosa de idéias, do cálculo da viabilidade econômica e do ponta pé inicial. e detalhada de orçamentos só atrapalha a cabeça dos fornecedores, e vai Vamos supor que todas essas etapas já foram deixadas para trás, e o seu atrasar a entrega das propostas. Afinal de contas, tempo é dinheiro, não projeto está indo de vento em popa em direção a um final feliz. é mesmo? Se ficar alguma coisa não definida, sempre é possível negociar depois, ou mudar especificações de equipamentos. Vai acontecer de você Mas alguma coisa está errada. ter planejado um elefante e conseguir apenas um camelo… Mas e daí? À medida que o tempo avança, a direção da empresa leva um susto Um camelo também carrega peso não é ?? atrás do outro tendo que cobrir custos que não estavam previstos. 2. Não se preocupe em fazer um contrato adicional com os fornecedores, Descobre que em vez de demorar 6 meses, o projeto já está indo para um estabelecendo cláusula de multa por atraso, e pagamentos parcelados ano, e a data de conclusão ainda está indefinida dentro de um nevoeiro razoáveis apenas depois da entrega de cada fase da obra. O chamado “fio de incertezas , brigas com fornecedores e disputas internas. de bigode” é o que ainda vale para todos eles. Também não é necessário reter uma parcela para ser paga somente após os testes finais ( start- up E o que é pior: compromissos já foram assumidos (por ex:) com a ampliação de alojamentos, lançamento de produtos, - e barco do seu ) da operação. plano estratégico está todo furado, comprometendo inclusive o seu plano Mestre Corporativo. após o “start up” também é besteira, e representa custo adicional. Você tem um departamento de manutenção para que? Infelizmente tenho visto muitas situações como essa por todo o país. A garantia dos equipamentos e o acompanhamento da operação São gastos milhões nos custos chamados “diretos”, e muito pouco ou 3. Exclua vários itens do escopo de fornecimento. O Departamento de nada é investido no planejamento detalhado e no controle da execução manutenção tem gente demais e pode muito bem fazer toda a instalação Sua meta era ter o Cliente satisfeito – e a sua Equipe conseguiu! exatamente o seu dever. de um software gerencial, um sistema de automação, ou de uma planta Seja uma simples eliminação de gargalos de processo, a implantação Se você conseguiu evitar os pecados acima e terminar o projeto (*) Fernando Raizer é sócio-Diretor da Raizer Consultoria e Treinamentos Ltda , empresa estabelecida há 12 anos em Campinas- SP , fone 019-32875557 / 019-997114738, e-mail : [email protected]. SKYPE fernando.raizer1 53 54 Segurança Alimentar Tabela 2. Aditivos tecnológicos, sensoriais e zootécnicos citados em rotulagem de alimentos completos secos e úmidos para cães e sua liberação de uso (IN 42, 16/12/2010) Contaminantes Orgânicos e Sintéticos ADITIVOS – Conservantes & Antioxidantes Sintéticos, Aromatizantes e Espessantes - Parte 2 Continuação da Edição passada – Outubro de 2013 Classificação Nome Tecnológicos Função N° amostras (%) Antioxidante 1 (3) 4 (12,5) 2 (6) 2 (6) 5 (15) 5 (15) 9 (28) 0 (0) 12 (37,5) 5 (15) 17 (53) 0 (0) 7 (22) 1 (3) 1 (3) 1 (3) 1 (3) 6 (18) 1 (3) 4 (12,5) 1( 3) Regulador de acidez Regulador de acidez, antioxidante e umectante Conservante Conservante Antioxidante Antioxidante Conservante / antioxidante Emulsificante / estabilizante / espessante Emulsificante / estabilizante / espessante Espessante (VISA) Espessante (VISA) Antiaglutinante, reg. acidez, antiumectante e espessante Emulsificante, estabilizante, espessantes, gelificantes Emulsificante / estabilizante / espessantes / gelificantes Antioxidante Conservante Conservante Emulsificante / estabilizante / umectante / edulcorante Antioxidante Emulsificante, estabilizante, espessantes, gelificantes Sensoriais 3. Forma de exposição dos pets a esses componentes alimentação animal (Brasil, 2009a); (b) IN n° 30 de 05/08/2009 A maioria dos alimentos comerciais para cães e gatos é – critérios e procedimentos para o registro de produtos, para a caracterizada por serem completos e balanceados, pois são rotulagem e a propaganda e para a isenção de registro de produtos enriquecidos com vitaminas e minerais (Figura 4). Estas destinados à alimentação de animais de companhia (Brasil, 2009b); características são relevantes devido à utilização de aditivos (c) IN n°13 de 30/11/2004 – regulamento técnico sobre aditivos para intensificar sua palatibilidade nestes alimentos. A forma de para produtos destinados à alimentação animal (Brasil, 2004); (d) exposição dos pets aos aditivos é somente através da sua alimentação. Instrução Normativa nº 42, de 16 de dezembro de 2010 – estabelece os ingredientes e aditivos utilizados na alimentação humana e susceptíveis de emprego na alimentação animal (Brasil, 2010). Os itens avaliados foram: localização e disposição da descrição dos aditivos, se os aditivos nutricionais e zootécnicos estavam declarados nos níveis de garantias, se os aditivos sensoriais e tecnológicos estavam declarados na composição básica, se havia dizeres equivocados e outros aspectos previstos nas normas citadas. Dos 32 rótulos avaliados para aditivos sensoriais, as autoras observaram utilização de grande diversidade de corantes artificiais em 17 amostras (53%), podendo induzir a processos alérgicos Figura 4. Principal fonte de exposição dos animais de companhia a aditivos químicos (conservantes / espessantes / antioxidantes sintéticos / corantes / aromatizantes) é através de alimento seco, Tipo completo. dermatológicos nos animais de companhia. Com relação a aditivos tecnológicos, 4 amostras (12,5%) não declaravam os aditivos tecnológicos antioxidantes (BHA e BHT) na composição básica, e Em estudo realizado no LABMICO, de Souza Koerich e Scussel sim, colocados erroneamente no campo enriquecimento, estando (2011) avaliaram 32 rótulos de alimentos completos para cães de em desacordo com a IN n°30. Nas amostras de alimentos úmidos, treze marcas diferentes adquiridos de três estados brasileiros: foi observado que havia a adição de aditivos com características 19 amostras (60%) do estado do Amazonas, 7 amostras (22%) do emulsificantes, estabilizantes e espessantes em todas as amostras Paraná e 6 amostras (18%) de Santa Catarina, sendo 20 amostras (100%), como a carragena, para dar consistência ao produto final (62,5%) de alimento seco e 12 amostras (37,5%) de alimento úmido. bem como dificultar a formação de pelleting. A Tabela 2 apresenta Os rótulos foram avaliados quanto ao atendimento à legislação descrição dos aditivos tecnológicos, sensoriais e zootécnicos citados brasileira: (a) IN n° 15 de 26/05/2009 – dispõe dos procedimentos nas amostras de rótulos dos alimentos completos secos e úmidos para registro de estabelecimentos e dos produtos destinados à para cães e liberação de uso perante legislações (IN n°13 e n°42). Caramelo Sem descrição – natural Amarelo 5 Amarelo 6 Amarelo crepúsculo A marelo tartrazina Azul indigotina Azul 2 D ióxido titânio Óxido de ferro vermelho V ermelho ponceaux V ermelho 40 Vermelho allura N ão especificado A preocupação com o uso indiscriminado de aditivos na que apontam reações adversas aos aditivos, quer seja aguda ou crônica, tais como reações tóxicas no metabolismo desencadeantes de alergias, de alterações no comportamento, em geral e carcinogenicidade, esta última observada à longo prazo (Polônio; Perez, 2009). No caso dos pets, o uso dessas substâncias e seus efeitos deletérios perante a saúde, tem sido pouco estudados. Embora, dados de reações adversas aos aditivos alimentares sejam escassos na literatura para pets, esses não devem ser desprezados. A carboximetilcelulose sódica, por exemplo, é um aditivo comumente utilizado como espessante e pode causar choque anafilático quando ingerido por indivíduos sensíveis, bem como quadros de urticária crônica e até dermatite de contato. A goma arábica, apesar da segurança do seu uso como aditivo alimentar, casos de reações alérgicas como dermatite de contato, choque anafilático, rinite alérgica, asma e eczema já foram relatados (Oliveira et al, 2006). Alguns aditivos alimentares que foram associados à anafilaxia são: (a) anato, um corante amarelo utilizado para colorir vários C orante natural C orante natural C orante artificial C orante artificial C orante artificial C orante artificial C orante artificial C orante artificial C orante artificial C orante artificial C orante artificial C orante artificial C orante artificial Flavorizante Zootécnicos Prebiótico MOS* alimento alimentação para pets é originada pela divulgação de estudos Aditivo Á cido ascórbico Á cido cítrico Ácido fosfórico Ácido sórbico Ácido propiônico BHA (butilhidroxianisol) BHT (butilhidroxitolueno) Bissulfito de sódio Carragena Cloreto de colina Cloreto de potássio Fécula de mandioca Fosfato de cálcio Goma caroba Goma guar Propilgalato P ropionato de cálcio Sorbato de potássio S orbitol Tocoferóis Tripolifosfado de sódio 4. Efeitos nocivos dos aditivos adicionados ao Equilibrador da flora intestinal 7 (22) 9 (28) 6 (18) 5 (15) 1 (3) 3 (9) 2 (6) 6 (18) 7 (22) 8 (25) 2 (6) 6 (18) 2 (6) 3 (9) 6 (6) alimentos incluindo cereais, queijo, sorvete, margarina, óleo e bebidas, é produzido da casca da fruta da árvore do anato (Bixa orellana); (b) carmim, um corante vermelho derivado de corpo ressecado de fêmea do inseto Dactylopius coccus, é utilizado em doces, sorvetes, biscoito, massa, xarope, licor, vinagre, queijo, manteiga, presunto e caviar. (c) carragenano, um polissacarídeo gelatinoso derivado de alga marinha, é utilizado como espessante e estabilizante e implicado na anafilaxia por contraste baritado. (d) outros também descritos são: eritritol, goma de guar, pectina e psyllium (Wilson; Bahna, 2005). A alergia alimentar propriamente dita, mediada pela IgE, pode ocorrer após a exposição a enzimas e outras proteínas 55 56 Segurança Alimentar 57 vegetais ou animais utilizadas no processamento de alimentos 5. Legislação (por exemplo, algumas enzimas e proteínas – papaína, a De acordo com a IN 13 (Brasil, 2004), os aditivos em (vitamínicos, alfa-amilase e a cochonilha), alguns aditivos podem causar alimentos para animais obedecem ao padrão de identidade sensoriais, zootécnicos, além dos à base de microrganismos. agravamento de quadros de alergia pré-existentes como e pureza, segurança e especificações, fixados pelo Chemical Muitos dos aditivos permitidos em alimentos para pets, não possui urticária, asma e a rinite (Volp et al., 2009). Abstracts Service - CAS, Food Chemicals Codex - FCC, ou restrições. A Tabela 3 especifica alguns aditivos tecnológicos que possuem restrição relacionado a quantidade. como já citado anteriormente, se destacam os nutricionais microminerais, aminoácidos), tecnológicos e As reações adversas aos aditivos, quer seja aguda ou crônica, outras referências internacionalmente reconhecidas: o aditivo podem ocorrer em indivíduos susceptíveis ou em interações entre deve influenciar positivamente nas características do produto aditivos ou medicamentos. Algumas são: intolerância, reações destinado a alimentação animal, de produtividade dos animais ou idiossincrásicas, reações de hipersensibilidade ou alérgicas e dos produtos de origem animal. O mesmo deve ser utilizado na reações pseudo-alérgicas (Figura 5). Os diferentes mecanismos quantidade estritamente necessária respeitando a concentração constantes nos rótulos das embalagens deveria informar a fisiopatológicos possivelmente envolvidos nas reações alérgicas máxima disposta na legislação; e ainda ser previamente função principal ou fundamental do aditivo no alimento e (imunológicas) ou na intolerância (não-imunológicas) a aditivos não autorizada e registrada pelo ministério da Agricultura, Pecuária e seu nome completo ou seu numero Sistema Internacional de são bem conhecidos e dificultam o entendimento dessas condições. Abastecimento (MAPA). Numeração (INS, Codex Alimentarius FAO/OMS), ou ambos Algumas reações podem ser explicadas por efeitos farmacológicos, O aditivo alimentar deve preencher alguns requisitos. Não (BRASIL, 2002). O Comitê conjunto FAO/OMS de peritos em irritativos, tóxicos, imunológicos ou psicológicos. A produção de deve: ter um efeito adverso sobre a saúde animal ou humana aditivos alimentares, JECFA (Joint Expert Committee on Food IgE específica clinicamente relevante foi demonstrada a alguns ou ambiente; ser apresentado de uma forma que possa induzir Additives), em nível internacional, recomenda que cada país aditivos de fontes naturais, tais como carmim, anato, açafrão e o utilizador em erro; prejudicar o consumidor por alterar as verifique periodicamente o consumo total de cada aditivo, com eritrosina. Esses aditivos contêm proteínas de peso molecular características distintivas dos produtos de origem animal base em estudos de dieta, para se assegurar que a ingestão total suficiente para ativar uma resposta imunológica. Os aditivos ou induzir o consumidor em erro quanto ás características do aditivo não ultrapasse a IDA (Prado; Godoy, 2007). sintéticos são, em geral, substâncias químicas simples e atuariam distintivas dos produtos de origem animal. Ao contrário disto, Todos os aditivos utilizados nos alimentos completos como haptenos para induzir uma resposta IgE-mediada. O o aditivo para alimentação pet deve: alterar favoravelmente destinados a cães são liberados pelos órgãos de fiscalização. aumento da liberação de mediadores inflamatórios já foi descrito as alterar Contudo, há necessidade de regulamentação da quantidade, já como secundário à exposição a aditivos em indivíduos com história favoravelmente as características dos produtos de origem animal; que muitos deles podem causar alergias, distúrbios nutricionais de reação adversa a estes (Wilson; Bahna, 2005; Wüthrich, 1993). alterar favoravelmente a cor dos peixes e aves ornamentais; e neurológicos, inclusive desenvolver câncer. É importante Aos efeitos nocivos dos aditivos, cabe ressaltar, que a estrutura, satisfazer as necessidades nutricionais dos animais; inf luenciar observar se o alimento está causando reações de sensibilidade composição corporal e o metabolismo de animais e humanos favoravelmente a produção, o rendimento ou o bem-estar dos com o consumo diário da ração, especialmente quando o animal é são muito diferentes, e devem ser levados em conta na análise animais, inf luenciando particularmente a f lora gastrointestinal mais sensível aos alimentos, neste caso, os donos são comumente toxicológica dos aditivos. Além disso, é importante levar em ou a digestibilidade dos alimentos para animais e produzir um orientados a investigar as causas do problema e juntamente com consideração a frequência com que os animais estariam expostos efeito coccidiostático ou histomonostático. auxílio veterinário, encontrar possíveis soluções para melhorar a aos aditivos, uma vez que os alimentos destinados à pets são alimentação do animal. administrados diariamente como única fonte de nutrientes. alimentos para pets quando houver evidência de que o mesmo Há também necessidade de mais informações sobre a possua toxicidade cientificamente comprovada para o homem segurança (toxicidade) da adição desses produtos aos alimentos, / animal / meio ambiente - e quando esse interferir sensível e já que a ração é fornecida diariamente ao animal, portanto, desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento. Adicionalmente, não tendo variedade de alimento e a exposição se torna mais o mesmo não deve ser destinado a encobrir falhas relativas ao constante e intensa com possível surgimento dos sintomas em processamento e as técnicas de manipulação, bem como encobrir tempo mais curto. características dos alimentos para animais; É importante ressaltar que é vedado o uso de aditivos em 6. R edução de aditivos em alimentos para pets A declaração dos aditivos alimentares na lista de ingredientes alteração ou adulteração na matéria-prima ou produto acabado. Finalmente, os aditivos não devem apresentar risco 7. Referências recomendadas para leitura comprovado cientificamente para a saúde animal e humana ou o • ARAUJO, J.M.A. Conservadores químicos em alimentos. Bol. SBCTA, v. 24, p. 192-210, 1990. • BELLAVER, C. O uso de microingredientes (aditivos) na formulação de dietas para suínos e suas implicações na produção e na segurança alimentar. Facultad de Ciencias Veterinarias da Universidad de Buenos Aires, Universidad Nacional de Rio Cuarto e Embrapa Suinos e Aves. In: CONGRESSO MERCOSUR DE PRODUCCIÓN PORCINA, 2000, Buenos Aires. pp 93-108. • BOBBIO, P.A.; BOBBIO, F.O. Química de processamento de alimentos. Livraria Varela, São Paulo, 1995. • BRASIL, 2004. MAPA. Instrução Normativa nº 13, de 30 de novembro de 2004. D.O.U., Brasília, 01 de dezembro de 2004. disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br. Acesso em: 08 jul. 2011. • BRASIL, 2009 a. MAPA. Instrução Normativa nº 15, de 26 de maio meio ambiente nas doses indicadas. Dentre os aditivos permitidos, Tabela 3. Limites máximos de alguns aditivos tecnológicos permitidos para alimentação Nome Figura 5. Reações adversas (alergias inespecíficas) que podem ocorrer com a ingestão de alimentos com altas concentrações de aditivos, especialmente em animais mais sensíveis (Fonte: <http://www. becodosgatos.com.br/alergia.htm). do aditivo P ropilparabeno Metilparabeno Propilgalato B utilhidroxianisol (BHA) B utilhidroxitolueno (BHT) E toxiquin (ETX) T iossulfato de S ódio Neospiridina Dihidrocalcona Funções Limites máximos (mg/kg na dieta total) Conservante Conservante Antioxidante Antioxidante Antioxidante Antioxidante Estabilizante / antioxidante Edulcorante 1000 1000 100 150 150 150a 500b 30 de 2009. D.O.U., Brasília, 28 de maio de 2009. Disponível em: http:// sistemasweb.agricultura.gov.br. Acesso em: 08 jul. 2011. • BRASIL, 2009 b. MAPA. Instrução Normativa nº 30, de 05 de agosto de 2009. D.O.U., Brasília, 07 de agosto de 2009. Disponível em: http:// sistemasweb.agricultura.gov.br. Acesso em: 08 jul. 2011. • BRASIL, 2010. MAPA. Instrução Normativa nº 42, de 16 de dezembro de 2010. D.O.U., Brasília, 17 de dezembro de 2010. disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br. Acesso em: 08 jul. 2011. • CHIQUIERI, J. Aditivos na alimentação animal. Universidade Federal do Espírito Santo. Centro Universitário Norte do Espírito Santo. Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas-DCAB. 2013. Disponível em: <http://www.ceunes.ufes.br/downloads/2/ julienchiquieriaditivos%20Alimenta%C3%A7%C3%A3o%20Animal. pdf>. Acesso em: 27 set. 2013. • DECKER, E.A.; XU,Z. Minimizing rancidity in Muscle foods. Food Technology, v. 52, p. 340-348, 1998. • EMPSON, K.L.; LABUZA, J.P.; GRAF, E. Phytic acid as a food antioxidant. Journal of Food Science, v. 56, p. 560-563,1991. • FÉLIX, A.P. Os aditivos na alimentação de cães e gatos. Laboratório de Estudos em Nutrição Canina. Universidade Federal do Paraná. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/nutricaodecaesegatos/images/ ananda.pdf>. Acesso em: 27 set. 2013. • OLIVEIRA, C.H. et al. Substâncias químicas presentes em sucos de frutas em pó comercializados no Brasil. Revista Brasileira Alergia e Imunopatologia, v. 29, p. 127-132, 2006. • POLÔNIO, M.L.P.; PERES, F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Caderno de Saúde Pública, v. 25, 1653-66, 2009. • SOUZA, K.K.; SAVI, G.D.; SCUSSEL, V.M. Descrição de aditivos adicionados em alimentos completos para cães comercializados no Brasil e sua implicação na saúde do animal. Resumo publicado em: Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (CONBRAVET). • VOLP, A. C. P.; RENHE, I. R. T.; STRINGUETA, P. C. Pigmentos naturais bioativos. Alimentos e Nutrição, v. 20, p. 157-166, 2009. • ZHOU, Jr.; ERDMAN Jr., J.W. Phytic acid in health and disease. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, v. 35, p. 495-508, 1995. • WHO/FAO. World Health Organization. Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives. Evaluation of certain food additives and contaminants. Codex general standard for food additives. Codex STAN 192-1995. Geneva: World Health Organization, 1995. • WILSON, B.G.; BAHNA, S.L. Adverse reactions to food additives. Annals of Allergy Asthma & Immonology, v. 95, p. 499-507, 2005. • WÜTHRICH, B. Adverse reactions to food additives. Annals of Allergy, v. 71, p. 379-84, 1993. Profa. Vildes M Scussel, Geovana D Savi, Karim C Piacentini, Karina Koerich de Souza, Laura Garcia, Stephanie Stein, Maria E. do Vale Pereira, Heloisa Kreibish Laboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares - LABMICO, www.labmico.ufsc.br Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – Brasil 58 Caderno Técnico 1 P 59 Processamento de alimentos e sua importância para pássaros de estimação dados necessários ao estabelecimento seguro de dietas em cativeiro e formata o alimento pela passagem forçada de ingredientes (CARCIOFI, 2002). No entanto, estima-se que na natureza, o moídos através da matriz da peletizadora. Neste processo ocorre gasto energético de um psitacídeo, como a arara azul, seja de 2,14 a agregação das partículas pelo efeito da pressão e de calor úmido, vezes maior do que em cativeiro (CARCIOFI, 2000), este exemplo resultando em grânulos denominados peletes. O processo permite demonstra que reproduzir a alimentação natural nem sempre é maior uniformidade dos ingredientes da ração, menor seletividade correto em cativeiro, de modo geral, a proporção nutrientes:energia alimentar e facilita o manuseio da ração. Durante o processo de deve ser maior para se evitar deficiências nutricionais. Em cativeiro, peletização ocorre a gelatinização parcial do amido que ajuda uma situação que propicia a ocorrência de doenças nutricionais na aglutinação dos ingredientes, produzindo peletes de maior são as dificuldades intrínsecas ao sistema de manejo nutricional densidade (KALMAR et al. 2007). De maneira geral reconhece- usualmente empregado. Psitacídeos e pássaros são normalmente se que o processo de peletização melhora a digestibilidade dos alimentados com alimentos de algumas classes, como frutas, nutrientes pela ação mecânica, temperatura e umidade utilizada no verduras, carnes e outros, em proporções pré-determinadas. processo. A digestibilidade dos carboidratos é aumentada devido à Estas proporções, infelizmente, nem sempre compõem uma dieta desagregação dos grânulos de amilose e amilopectina, facilitando nutricionalmente equilibrada em função do desconhecimento da a ação enzimática. Este promove também alteração das estruturas composição química e digestibilidade de cada um dos alimentos e terciárias das proteínas facilitando a digestão das mesmas do não estabelecimento preciso do perfil nutricional desejado para (SCHMIDT et al. 2008). a dieta da espécie em questão (CARCIOFI, et al., 2006). Deve-se considerar o fato de que o animal não apresenta necessidade de peletização, uma vez que envolve umidade, pré-condicionamento, alimentos, como frutas, carnes e sementes, mas sim de nutrientes, alta pressão, cisalhamento, temperatura elevada e expansão da como aminoácidos, vitaminas e minerais. Sendo desta forma a mistura de ingredientes, resultando em extrusados de baixa melhor opção para essas aves de cativeiro, uma dieta com uma densidade. Promove maior gelatinização do amido e aumento na proporção de nutrientes e energia adequada conforme tabelas e exposição dos nutrientes contidos no interior das células vegetais. estudos prévios na espécie, evitando assim deficiências nutricionais. Ocorrem importantes alterações nos nutrientes, a proteína se A extrusão é processamento mais complexo em relação a Contudo, cabe ao nutricionista oferecer o alimento de forma a desnatura e se reagrupa, formando compostos com carboidratos. garantir seu consumo equilibrado. Para isto, alternativas podem ser Lipídios se ligam a amilose, formando complexo lipo-amido criadas para minimizar o impacto da seletividade, e o emprego de (CARREIRO et al. 2008). ração industrializada hoje, é uma alternativa eficaz e econômica. Uma ração nada mais é do que a combinação de vários alimentos, e o aproveitamento dos nutrientes foi estudada em codornas, peixes, como fontes de energia (grãos e óleos), de aminoácidos (ingredientes frangos, suínos, cães e seres humanos (OWSLEY et al., 1981; protéicos animais e vegetais), de fibra, de minerais, etc., que são HEALY et al., 1994; DAHLKE et al., 2001; LEANDRO et al., processados de forma a aumentar seu valor nutritivo e impedir 2001; SOARES et al., 2003, BAZOLLI, 2007), porém não foram a seletividade dos mesmos pelo animal. Moagem, peletização e localizados na literatura artigos científicos para aves de estimação. extrusão são processamentos que impedem o desbalanceamento A redução da granulometria da matéria prima é etapa importante por parte do animal e melhoram o valor nutritivo por aumentar no processo de peletização e extrusão de rações, afetando a a digestibilidade e inativar certos compostos antinutricionais qualidade, aparência e o custo do alimento. Na maioria das vezes, Estudos envolvendo a relação entre a moagem dos ingredientes Officials (AFFCO, 1998). presentes nas matérias primas. Uma melhor digestibilidade os ingredientes são moídos finamente com o objetivo de se produzir necessidades nutricionais de psitacídeos e pássaros de estimação. Cardápios e dietas em cativeiro, em boa parte das vezes, assegura um melhor aproveitamento do alimento, diminui a extrusados com boa expansão, cantos arredondados, superfície Muito do que se emprega para estas aves foi extrapolado de apoia-se apenas em estudos de hábitos alimentares naturais. Estas necessidade de ingestão de matéria seca, reduz a produção de fezes lisa e formatos característicos. Estas propriedades visam atrair o aves de produção, dados que não podem ser utilizados como publicações, no entanto, informam apenas o item alimentar que facilitando a higienização das instalações e promove uma melhor proprietário e também favorecer a apreensão pela ave. guia absoluto devido a enorme variação de hábitos alimentares, é ingerido, ou seja, os alimentos. Raramente informam quanto saúde do trato digestório. tipos de processamento dos alimentos, modo de forrageamento e que parte do alimento foi ingerida, sem relatar também, a Com o surgimento e uso dos alimentos comerciais para aves de alimento com granulometria muito pequena sobre a fisiologia e estrutura anatômica do trato digestório das centenas de importância nutricional dele entre todos os alimentos consumidos, de estimação, a maioria dos fabricantes optou por produzir rações do trato digestório e respostas metabólicas dos psitacídeos ao psitacídeos e pássaros existentes. Muitas dietas são propostas, não informando a composição nutricional dos mesmos e seu papel extrusadas, produzidas a partir de ingredientes finamente moídos. alimento, aspectos que merecem estudos. Para aves de produção, porém, inúmeras são inadequadas nutricionalmente, conduzindo fisiológico para essas aves (ROBBINS, 1983). Este tem sido um Não está claro o porquê desta opção, uma vez que aves têm capacidade moagens muito finas podem reduzir a digestibilidade por induzir os animais a problemas de saúde, como, mal crescimento de penas dos principais fatores responsáveis pela ocorrência de doenças de digerir e mesmo se beneficiam do consumo de alimentos mais aumento na velocidade de transito gastrintestinal e o consumo de (LEVINE, 2003), obesidade (LABONDE, 1997), desequilíbrios nutricionais em cativeiro. Existe a necessidade absoluta de se grosseiramente moídos e menos cozidos, como os processados por grãos grosseiramente moídos resulta em melhor estrutura e saúde endócrinos (DESMARCHELIER e LANGLOIS, 2008), cardíacos conhecer e interpretar a grande gama de interações nutricionais, peletização (VELOSO JUNIOR, 2011). Muito provavelmente esta do trato digestório (NIR, et al., 1999; DAHLKE , et al., 2001; (HARRISON, 2004;) e hepáticos (OGLESBEE, 1998). Um guia dentro de perspectivas ecológicas, que ocorre entre o meio-interno opção se baseou na melhor formatação e aparência destes produtos, LEANDRO, et al., 2001). Na Tabela 1 é apresentado estudo sobre proposto, mas que não apresenta também fundamentação com base dos animais e o meio ambiente onde vivem. Somente a aquisição de tornando-os mais atraentes ao proprietários destes animais. tamanho de partícula de matéria-prima em alimentos extrusados em dados de pesquisa, é o da American Association of Feed Control informações sobre ingestão de nutrientes na natureza forneceria os para papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva). oucos são os estudos sobre o processamento de alimentos e as A peletização das dietas é processo mecânico que compacta Não se conhecem, no entanto, as consequências do consumo 60 Caderno Técnico 1 61 Tabela 1. Distribuição do tamanho das partículas, coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes, energia metabolizável e parâmetros fecais de papagaios-verdadeiro alimentados com ração extrusada (média±erro padrão). diabetes melittus e arterioesclerose têm sido verificados Dispersão de partículas: porcentagem retida em cada peneira WISSMAN, 2007; DESMARCHELIER e LANGLOIS, 2008; Peneira (mm) Diâmetro Ração 0,5mm Ração 2,0mm 1 1,33 2,7 0,5 4,03 36,1 0,25 62,3 29,5 0,125 26,7 25,9 0,0 5,4 5,9 289 367 21,08±1,81 23,04±1,24 geométrico médio , µ m C onsumo, g/dia ( média de 28 dias ) Valor de P 0,890 seca 71,8±1,19 71,0±1,34 0,281 orgânica 76,9±0,95 76,5±0,96 0,442 etéreo hidrólise ácida Matéria 85,7±1,96 86,6±4,23 0,616 Amido 98,8±0,18 98,7±0,32 0,359 Proteína B ruta 75,1±0,84 71,4±2,39 0,169 18,6±0,18 17,7±0,23 <0,001 E xtrato Fibra C oeficiente bruta de metabolização da energia bruta , Energia % metabolizável ( kcal / g ) 77,0±1,01 74,0±5,56 0,177 3,56±0,46 3,80±0,26 0,087 Parâmetros fecais 26,35±4,88 23,80±0,26 0,941 pH 6,38±0,16 6,31±0,16 0,44 E score 2,71±0,80 3,03±0,82 0,48 M atéria seca (%) Foi verificado que a moagem a 2,0mm gerou alimento com fibra promove redução linear na digestibilidade dos nutrientes. maior diâmetro geométrico médio, as partículas acima de 0,5mm No entanto, alimentos peletizados ou extrusados não diferiram se elevaram de 5,4% para 38,8%. No entanto, não foi verificado quanto à digestibilidade dos nutrientes, com exceção da dieta efeito das granulometrias no consumo, digestibilidade dos com 21% de fibra, para a qual a digestibilidade foi maior para nutrientes e da energia e nos parâmetros fecais, com exceção a ração peletizada. Isto demonstra que um elevado cozimento, da FB que foi mais digerida na dieta 0,5mm (P<0.001). Os como o proporcionado pela extrusão não é necessário para papagaios tiveram aproveitamento semelhante dos nutrientes psitacídeos, que utilizam igualmente alimentos peletizados com dos alimentos e da energia, independente do grau de moagem menores índices de gelatinização do amido. utilizado. Ambos os alimentos proporcionaram fezes com escore adequado. Isto demonstra que provavelmente estamos moendo alimento, no entanto, foi verificado que a ração peletizada foi em demasia e desnecessariamente os alimentos. As implicações melhor para aves, como pode ser verificado na Tabela 2. metabólicas deste fato merecem estudos, uma vez que para aves de produção não é desejável alimentos com partículas muito redução da glicemia e dos triglicerídeos plasmáticos das aves, mas pequenas. o consumo de ração peletizada, independente de seu conteúdo de Quando se avaliou as respostas metabólicas das aves ao Foi verificado que a elevação do teor de fibra não ocasionou Estudando os efeitos da inclusão de fibra (0%, 7%, 14% e fibra, reduziu significativamente colesterol e glicose, indicando 21% de fibra de cana) em alimentos extrusados (gelatinização melhora no metabolismo energético e de carboidratos das do amido variando de 90% a 98%) ou peletizados (relatinização aves. Este é um aspecto importante a ser considerado quanto do amido variando de 59% a 62%) para Arara-canindé (Ara a saúde em longo prazo e longevidade destes animais, para os ararauna) VELOSO JUNIOR et al (2013) verificaram que a quais cada vez mais problemas metabólicos como obesidade, Tabela 2. Glicose, colesterol e triglicerídeos séricos de Arara-canindé alimentadas com ração com diferentes teores de fibra, processadas por peletização ou extrusão (média ± erro padrão). Valores após 12 horas de jejum. Parametro 0% 21% Glicose (mg/dL) Colesterol (mg/dL) Triglicerídeos (mg/dL) Peso Corporal (gramas) 163,9 ± 8,5 138,7 ± 6,7 77,9 ± 7,4 1029 ± 15,4 157,8 ± 8,1 114,3 ± 5,9 69,0 ± 6,9 1012 ± 11,6 0,525 0,003 0,262 0,478 Extrusada 170,6 ± 8,4 137,4 ± 6,9 73,4 ± 6,5 1008 ± 14,0 Peletizada 151,2 ± 8,0 115,6 ± 5,8 73,5 ± 7,8 1033 ± 13,2 0,049 0,008 0,989 0,301 fibra de cana 1 fibra de cana 2 P P – Dieta com 2,6% de fibra bruta e 12,2% de fibra detergente neutro 2 – Dieta com 14,3% de fibra bruta e 28,7% de fibra detergente neutro 1 HARRISON, 2004; BAVELAAR e BEYNER, 2004). L iteratura Coeficiente de digestibilidade aparente (%) Matéria (STAHL e KRONFELD, 1998; POLLOCK e PLEDGER, 2001; citada AAFCO. Association Of American Feed Control Officials Incorporated. Nutrition expert panel review: new rules for feeding pet birds. Official Publication - Feed Management, Atlanta, v. 49, n. 2, 1998. BAVELAAR, F.J.; BEYNER, A.C., 2004 Atherosclerosis in parrots. A review. Veterinary Quartely. v. 26, n. 2, p. 50 – 60, 2004. BAZOLLI, R, S. Influência do grau de moagem de ingredientes amiláceos utilizados em rações extrusadas sobre os aspectos digestivos e respostas metabólicas em cães. 82f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária - Clínica Médica) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2007. CARCIOFI, A. C. Estudos sobre nutrição de psitacídeos em vida livre: o exemplo da arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus). In: GALETTI, M.; PIZO, M. A. Ecologia e Conservação de Psitacídeos no Brasil. 1. ed. Belo Horizonte: Melopsittacus Publicações Científicas, 2002, cap. 4, p. 63-97. CARCIOFI, A. C.; DUARTE, J. M. B.; MENDES, D.; OLIVEIRA, L.D. Food Selection and Digestibility in Yellow-Headed Conure (Aratinga jandaya) and Golden-Caped Conure (Aratinga auricapilla) in Captivity. American Society for Nutrition. J. Nutr. v.136, n. 2, p. 2014S–2016S, 2006. CARCIOFI, A.C. Contribuição ao estudo da Arara-azul (Anodorhyncus hyacinthinus, Psittacidae, aves) no Pantanal – MS. IAnálise química do acuri (Scheelea phalerata) e da bocaiúva (Acrocomia aculeata). II- Aplicabilidade do método dos indicadores naturais para o cálculo da digestibilidade. III- Energia metabolizável e ingestão de alimentos. São Paulo. 2000. Tese (Doutorado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade de São Paulo CARREIRO, A.; GODOY, A.; LIMA, A. C. Alimentos extrusados. Tecnologia de Alimentos. Universidade de São Paulo, Faculdade de Ciências Farmacêuticas. São Paulo, novembro de 2008. DAHLKE, F. et al. Tamanho da partícula do milho e forma física da ração e seus efeitos sobre o desempenho e rendimento de carcaça de frangos de corte. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v. 3, n. 3, p. 2001. DESMARCHELIER, M.; LANGLOIS, I. Diabetes Mellitus in a Nanday Conure (Nandayus nenday). Journal of Avian Medicine and Surgery. v. 22, n.3, p. 246–254, 2008. HEALY, B.J. et al. Optimum particle size of corn and hard and soft sorghum for nursery pigs. Journal of Animal Science, v. 72, p. 22272236, 1994. KALMAR, I. D.; WERQUIN, G.; JANSSENS, G. P. J. Apparent nutrient digestibility and excreta quality in African grey parrots fed two pelleted diets based on coarsely or finely ground ingredients. Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition, v. 91, n.6, p. 210–216, 2007. LEANDRO, N. S. M. et al. Efeito da granulometria do milho e do farelo de soja sobre o desempenho de codornas japonesas. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 30, n.4, p.1266-1271, 2001. LEVINE, B. S. Common Disorders of Amazons, Australian Parakeets, and African Grey Parrots, Seminars in Avian and Exotic Pet Medicine, v. 12, n. 3 (July), p. 125-130. 2003. NIR, I.; SHEFET, G.; AARON, Y. Effect of particle size on performance. Poultry Science, v.73, n.6, p.781-791, 1994. OGLESBEE, B. L. Distúrbios dos animais de estimação aviários e exóticos. In: BICHARD, S. J.; SHERDING, R. G. Manual Saunder: clínica de pequenos animais. São Paulo: Roca, p. 1397-1404. 1998. OWSLEY, W.F. et al. Effect of sorghum particle size on digestibility of nutrients at the terminal ileum and over the total digestive tract of growing-finishing pigs. Journal of Animal Science, v.52, n.3, p.557566, 1981. POLLOCK C. G.; PLEDGER, T. Diabetes mellitus in avian species. Proc Annu Conf Assoc Avian Vet. p. 151–154. 2001. ROBBINS, C. T. Wildlife feeding and nutrition. Florida – USA. Academic Press. 352 p. 1983. SALES, J.; JANSSENS, G. Energy and protein nutrition of companion birds. Review. Vlaams Diergeneeskunding Tijdschrift, v. 72, p. 51 – 58, 2003. SOARES, C. M. et al. Diferentes graus de moagem dos ingredientes em dietas peletizadas para a tilápia do nilo (Oreochromis niloticus) em fase de crescimento, desempenho e digestibilidade aparente. Zootecnia Tropical, v. 21, n. 3 , p. 275-288, 2003. STAHL, S.; KRONFELD, D. Veterinary Nutrition of Large Psittacines. Seminars in Avian and Exotic Pet Medicine, v. 7, n. 3 (July), p. 128-134. 1998. VELOSO JÚNIOR, R. R. Nível de fibra e tipo de processamento na digestibilidade, ingestão e parâmetros bioquímicos da Arara-Canindé (Ara ararauna). Tese (Doutotado em Zootecnia - Nutrição Animal) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2011. VELOSO JUNIOR, R.R.; SAKOMURA, N.K.; KAWAUCHI, I.M.; MALHEIROS, E.B.; CARCIOFI, A.C. Effects of food processing and fibre content on the digestibility, energy intake and biochemical parameters of Blue-and-gold macaws (Ara ararauna L. – Aves, Psittacidae). J. Animal. Phys. Animal. Nutr. IN PRESS. 2013. WISSMAN, M. A. Diabetic Birds. In. AVIAN PRACTICE. Disponível em http://www. birdchannel.com/bird-diet-and-health/ bird-diseases/bird-diabetes.aspx. Acesso em 26/08/2009. 2007. Prof. Dr. Aulus Cavalieri Carciofi Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, campus de Jaboticabal. Mestre Fabiano Cesar Sá Responsável técnico do Laboratório de Pesquisa em Nutrição e Doenças Nutricionais de Cães e Gatos “Prof. Dr. Flavio Prada”, FCAV-UNESP. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, campus de Jaboticabal. Caderno Técnico 2 62 63 apresentam forte efeito individual, e preferiram os odores de ingerida de cada um dos concentrados). gengibre e coentro. A variável primeira ação foi analisada por meio de O objetivo do presente estudo foi testar a preferência frequências relativas utilizando modelo linear generalizado no entre três aromatizantes cítricos (limão, laranja e tangerina), qual as frequências observadas foram tratadas como distribuição comparando com concentrado controle (sem adição de aromas) binomial ou multinomial. A taxa de consumo por modelo misto em eqüídeos. clássico e analisadas pelo programa estatísticos SAS. M aterial é métodos O experimento foi conduzido na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos - USP, em Pirassununga/SP. Foram O aroma de maior preferência foi determinado pelo conjunto de todas as variáveis observadas durante o período experimental. utilizados, treze equídeos jovens, oito cavalos e cinco muares, R esultados com idade média de oito meses. Aromas cítricos na alimentação de equídeos Camilla Garcia Moreira1; Roberta Ariboni Brandi2; Júlio César de Carvalho Balieiro3; Ana Carina Alves Pereira de Mira Geraldo4; Thaís Pagotti Mota5; Aline Duarte de Souza5; Tiago Sartori da Cunha5 I ntrodução assim cheiros estranhos podem reduzir o consumo. Alimentos com sabores amargos não são bem aceitos, enquanto os doces e De acordo com Betz et al. (1980), os aromatizantes têm ganhando grande aceitação na indústria equina, contudo esses levemente salgados são bem aceitos pelos eqüinos. aromatizantes são empregados com sucesso limitado. cor, sabor, textura, variabilidade e variedade dos alimentos Na literatura, os trabalhos sobre palatabilidade de dietas Sua estratégia de seleção da dieta é baseada no odor, e concentrados para equinos são escassos. A maioria dos (ROQUET et al., 1998). trabalhos sobre teste de palatabilidade tem como resultado a Goodwin et al. (2005) estudando a aceitabilidade e preferência do equino por dietas convencionais (já conhecidas preferência entre doze aromatizantes observaram maior pelos animais) e pela dieta sem a adição de aromas. preferência por fenacho, banana, cereja, alecrim, cominho, cenoura, menta e orégano, respectivamente. Os equinos têm algumas particularidades na determinação de sua preferência alimentar. Meyer (1995) cita que antes da Bonde & Goodwin (1999), estudando o comportamento de ingestão do alimento, o componente olfativo é registrado, equinos frente a diferentes odores, observaram que os cavalos e discussão O período experimental teve duração de dez dias, Para a variável primeira ação não houve diferença realizando-se uma observação por dia, totalizando 80 (p>0,001) entre os aromas, já entre as espécies foi observado observações para os equinos e 50 observações para os muares. diferença (p<0,001), sendo que 23,14% dos cavalos comeram As observações foram realizadas em dias consecutivos, sempre os concentrados assim que tiveram contato com o mesmo, no mesmo horário (12:00 horas). enquanto 12,41% dos muares comeram; ato que se repete na Foram fornecidos 200g de concentrado a base de milho, variável cheirar o concentrado, onde foi também observada farelo de trigo, farelo de soja, sal e premix, ao qual foram diferença entre as espécies, sendo que 25,34% dos cavalos adicionados os aromas testados, sendo: controle - sem adição de cheiraram, enquanto apenas 2,33% dos muares cheiraram o aroma, aroma de limão, aroma de laranja e aroma de tangerina concentrado. simultaneamente. Foi adicionado 1g dos aromas em forma de pó, misturados ao concentrado base no momento do fornecimento. estudo, destaca-se o olfato. O ato de cheirar o concentrado O teste de palatabilidade foi realizado analisando a primeira antes de consumi-lo está associado à identificação de odores ação (1- cheirou, 2- ingeriu), e a taxa de consumo (quantidade desconhecidos pelo animal, além do efeito individual associado Dentre as características sensoriais observadas no presente 64 Caderno Técnico 2 65 a busca do alimento preferido e a capacidade de seleção. Os alterado o sabor adocicado (atribuído principalmente a presença equinos cheiraram e comeram os concentrados em proporções de milho no formulado) contribuindo para o menor consumo. iguais, sugerindo que o olfato é uma característica sensorial importante e de maior impacto na seleção de equinos quando contudo pouco se sabe sobre suas preferências alimentares. comparados com muares. Não existem recomendações específicas de alimentação para Observou-se diferença no comportamento ao entrar muares, e de acordo com Smith (1999) as recomendações no redondel. Os muares apresentavam-se mais agitados, utilizadas para cavalos são inadequadas para os muares. Assim como os cavalos, os muares são animais seletivos, enquanto os equinos permaneceram mais calmos, o que pode C onsiderações ter permitido ao equino cheirar os concentrados e procurar finais o preferido e também direcionar o tempo para o consumo, enquanto os muares perderam tempo parados na porta do do indivíduo, o que indica que cada espécie deva receber redondel. A maior rusticidade dos muares quando comparadas tratamento diferenciado. com os equinos (NRC, 2007) e o efeito de individuo pode ter interferido nos resultados. conhecidos, porém apresentam curiosidade por alimentos com A escolha dos aromas foi independente das espécies adição de aromas desconhecidos e não refutam aromas de estudadas, tangerina, limão e laranja. não havendo diferença entre os aromas A espécie apresenta inf luência sobre a preferência alimentar Os equídeos apresentam preferência por odores e sabores (Tabela 1) o que demonstra que a adição dos aromas não Agradecimento alterou negativamente as características sensoriais dos concentrados. Tabela 1: Porcentagem média da primeira escolha dos tratamentos Tratamento Primeira escolha (%) C ontrole 25 Laranja 29 Limão 25 Tangerina 21 A taxa de consumo foi diferente (p<0,001) para os aromas e espécies. Os equinos apresentaram uma taxa de consumo de 22,30%, enquanto os muares apresentaram taxa de consumo de 9,40%. Esta diferença pode ser atribuída a diferença entre o comportamento dos muares quando adentravam o redondel, como já citado anteriormente. Considerando-se os aromas, a taxa de consumo do tratamento controle foi maior do que os demais tratamentos (Tabela 2), os quais não apresentaram diferença entre si, corroborando com Bonde & Goodwin (1999), que também não observaram preferencia por aromas cítricos. serem testados. R eferência bibliográficas BETZ, N. L.; LANTER, K. J. Citric acid in horse feeds. Ralston Purina Company, St. Louis, Mo. Appl. N° 878,334, 1980. BONDE, M.; GOODWIN, D. Behaviour of stabled horses when present with different odours. Equine Veterinary Journal Supplements, v.28, n.60, p.1-2, 1999. GOODWIN, D.; DAVIDSON, H. P. B.; HARRIS, P. Sensory varieties in concentrate diets for stabled horses: effects on behaviour and selection. Applied Animal Behaviour Science, 90, 337–349, 2005. MEYER, H. Alimentação de cavalos. São Paulo: Ed. Varela. 303p, 1995. NATIONAL RESEARCH COUNCIL – NRC. Nutrients requirements of domestic horses. 6.ed. Washington, D.C.: National Academy of Science, 341p, 2007. ROGUET, C.; DUMONT, B.; PRACHE, S. Selection and use of feeding sites and feeding stations by herbivores: A review. Animal Tabela 2: Efeitos dos tratamentos sobre a taxa de consumo A empresa “Novo Aroma” pelo oferecimento dos aromas a Zootechnie. 47, 225-244, 1998. Tratamento Taxa de consumo (%) SMITH, D. G., The impact of grazing time allowance on the dry C ontrole 21,83 matter intake and foraging behavior of cattle and donkeys managed L aranja 15,12 under traditional African grazing systems. Edinburgh University, Limão 13,39 1999. Tangerina 13,04 Um fator que pode ter contribuído para o maior consumo da dieta controle é a presença de odor e sabor conhecidos pelos animais, uma vez que o concentrado utilizado na alimentação cotidiana tem como principais ingredientes o rolão de milho, farelo de soja e farelo de trigo. A adição dos aromas pode ter 1 Pós-graduanda do programa de Zootecnia – FZEA/ USP – [email protected] 2 Profa Dra. Departamento de Zootecnia – FZEA/USP 3 Profº Dr. Departamento de Ciências Básicas – FZEA/ USP 4 Doutora em Zootecnia 5 Graduando (a) em Zootecnia – FZEA/USP 66 Serviços Aboissa 3ª Capa Marfuros ASSINATURA DA REVISTA Pet Food Brasil 55 (11) 3353-3000 (44) 3029-7037 [email protected] www.marfuros.com.br www.aboissa.com.br Alltech do Brasil Metachem 65 www.metachem.com.br www.alltech.com Nord Kemin Andritz Sprout do Brasil 17 www.andritzsprout.com [email protected] 47 37 Nome: (49) 3312-8650 www.kemin.com Nutrivil Empresa: 21 (85) 3215-1107 [email protected] (11) 3170-3284 Reciclagem 15 Te. (19) 3229-8886 [email protected] 4ª Capa Cep: UF: www.reciclagemind.com.br (11) 4199-2555 [email protected] [email protected] www.docearoma.com.br www.rhotoplas.com.br Robertet do Brasil 5 13 (48) 3279-4000 (11) 4133-7117 [email protected] Albertina.palmari@robertet. com.br SPF do Brasil (16) 3615-0055 [email protected] www.ferrazmaquinas.com.br Geelen Counterflow 45 [email protected] www.geelencounterflow.com Grande Rio Reciclagem 63 (21) 2765-9550 [email protected] www.grgrupo.com.br Inflex Embalagens 43 7 (19) 3583-6003 www.spfbrasil.com.br Tasqa 41 (19) 2138-8877 [email protected] www.tasqa.com.br Tectron 27 (45) 3379-6000 www.tectron.ind.br Wenger do Brasil Fax: ( ) Cargo: Tipo de Empresa: ( ) Fábrica de Ração ( ) Palatabilizantes ( ) Vitaminas e Minerais ( ) Aditivos e Anti-Oxidantes ( ) Veterinários ( ) Zootecnista ( ) Pet Shop ( ) Farmacologia ( ) Corantes ( ) Embalagens ( ) Graxaria Independente ( ) Graxaria / Frigorífico ( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos ( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas ( ) Prestadores de Serviços ( ) Consultoria / Assessoria ( ) Universidades / Escolas ( ) Outros (19) 3871-5006 [email protected] www.inflex.ind.br www.wenger.com 25 Fone: ( ) 53 (67) 2108-5900 Manzoni Industrial Complemento: [email protected] Rhotoplás Embalagens Ferraz Máquinas 39 Cidade: (11) 2633-3000 23 Nº: (65) 3029-1063 Doce Aroma 19 Eurotec Nutrition Endereço: www.nutrivil.com.br www.cablevey.com.br CBO Análises 29 (11) 4496-2888 (41) 3888-9200 Cablevey Você pode solicitar o recebimento da Pet Food Brasil. Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para: Widy / Muyang 2ª Capa (19) 3225-5558 (11) 5042-4144 www.manzoni.com.br www.wid-eng.com Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 ou por [email protected]