UM disco Mais MadURo e hoMoGéneo
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UM disco Mais MadURo e hoMoGéneo
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Bis Rita Redshoes em entRevista fala sobre lights & darks Novembro e Dezembro de 2010 Boletim Bimensal do Teatro Municipal da Guarda “Um disco mais maduro e homogéneo” Guarda: A república À deux pas de là-haut Moonspell - sombra mais de 300 pessoas em palco para celebrar a república e o aniversário da guarda novo circo em destaque com a nova criação de joão paulo santos entrevista a fernando ribeiro a propósito do novo espectáculo acústico Pág. 5 Pág. 6 Pág. 6 síntese - grupo de música contemporânea Síntese - Ciclo de Música Contemporânea da Guarda Dias 4, 5 e 6 de Novembro a música contemporânea vai fazer-se ouvir na Guarda. Trata-se da (já) quinta edição do Síntese – Ciclo de Música Contemporânea. Esta iniciativa, co-organizada pelo TMG e pelo grupo Síntese, parte em busca de novos públicos, contando este ano com a participação de dois grupos estrangeiros, formações de referência no panorama da música contemporânea europeia: Proxima Centauri, de França, e Smash Ensemble, de Espanha. O desafio de organizar um festival de música contemporânea na Guarda começou em 2006. Partindo de um convite do Teatro Municipal da Guarda, um núcleo de músicos oriundos de diversas cidades portuguesas que tinham em comum o facto de leccionar no Conservatório de Música da Guarda prepararam, nessa primavera, um conjunto de concertos, repartido por várias semanas, com o objectivo de dar a conhecer as várias correntes estéticas da música do Séc. XX e do Séc. XXI. Pela qualidade do trabalho realizado, pelo conceito de fazer música contemporânea fora dos meios mais convencionais (como Lisboa ou Porto), e aproveitando as sinergias criadas, este grupo de músicos levou para a frente a criação da associação Síntese, já em 2007, por forma a dar corpo às várias ideias que iam surgindo, das quais a mais significativa seria a criação do Síntese - Grupo de Música Contemporânea (GMC), ensemble cujo epicentro de actividade fosse a cidade da Guarda. O seu reportório constitui-se então como porto de abrigo das referências clássicas da contemporaneidade musical, e partiu à conquista de novos universos sonoros, estimulando nos compositores a criação de nova música. O Síntese GMC tem-se afirmado como uma plataforma aberta e modulável, que vai do instrumento solo à pequena orquestra de câmara, e onde todas as hipóteses são possíveis. E tem sido dessa forma, pouco ortodoxa, que tem trazido à Guarda estreias nacionais de relevo, das quais se destaca Quartett op. 22, de Webern, ou a recuperação de obras contemporâneas portuguesas que se haviam quedado pela estreia, de que é exemplo Double, de Constança Capdeville. Dando seguimento à ideia fundamental de criação de nova música, o Síntese GMC tem tido a oportunidade de, em cada novo ciclo, realizar novas estreias de obras encomendadas quer a compositores portugueses que dispensam apresentações, como Christopher Bochmann, Eduardo Luis Patriar|2 ca e Amílcar Vasques-Dias, quer a compositores da nova geração como José Carlos Sousa e Helder Gonçalves. Graças a esta dinâmica a criação musical contemporânea na Guarda tem estado ao nível do que melhor se faz noutros centros urbanos. Este ano o V Ciclo de Música Contemporânea da Guarda reveste-se de especial importância. A internacionalização permitiu trazer ao público da cidade dois grupos muito conceitados, que apresentam dois espectáculos de enorme qualidade. De França chegam-nos o prestigiado Proxima Centauri, de Bordéus, criado pela saxofonista Marie-Bernardette Charrier e pelo compositor Christophe Havel, em 1991. Este ensemble, que se apresenta regularmente nos mais importantes festivais de música contemporânea internacionais, irá inaugurar o ciclo no dia 4 de Novembro com o espectáculo Musique au Corps (Música no Corpo). A música (arte dos sons) será apresentada como arte do gesto, que dá origem ao som e ao objecto sonoro. Entre novas abordagens, inclusivé a electroacústica, o ensemble desenvolve um repertório original e inovador, interpretando criações de compositores deste século em alternância com obras de grandes mestres do século XX. Um espectáculo único em Portugal, onde está prometida uma estreia mundial. No dia seguinte, 5 de Novembro, actuarão os espanhóis Smash Ensemble, que, à semelhança do Síntese GMC, se afirma como um grupo que desenvolve o seu trabalho no cruzamento das sonoridades das obras que marcaram o Séc. XX, com a música mais actual que possa existir, a partir do impulso de novas criações, através de nova música, em cooperação com os compositores. Trazem-nos “España XX-XXI ¡...Si mi fue tornase a es...!”, um espectáculo que reflecte sobre a tradição musical da Espanha renascentista e da situação musical actual, cinco séculos depois. Os compositores interpretados pertencem a uma geração de criadores que circulam com a sua música no mundo inteiro, com uma linguagem original e culturas diversas tal como o ensemble, um grupo espanhol que se enriquece com músicos de outros países. síntese - ciclo de música contemporÂnea da guarda No encerramento do festival, sábado dia 6 de Novembro, poderemos ouvir o Síntese GMC, com o novo espectáculo 2010, que, entre outras obras, mais uma vez nos traz duas estreias absolutas: In Aqua Veritas, de Domenico Ricci, e M(C)MX, de Helder Gonçalves. Já não é a primeira vez que o Síntese estreia uma obra de Domenico Ricci, pianista e compositor italiano radicado na Guarda. Já em 2008, o público teve oportunidade de ouvir Ricercare, ficando, então, surpreendido com a abordagem pouco ortodoxa do compositor, que levou (literalmente) o público para o palco, vivenciando a música contemporânea num plano de proximidade. Este ano a obra de Domenico Ricci, encomendada pelo TMG com o apoio da Águas do Zêzere e Côa, é subjugada ao tema da água e da sua importância vital para a humanidade. Por outro lado, sendo 2010 o ano em que se assinalam os 100 anos da República, Helder Gonçalves, numa encomenda da Câmara Municipal da Guarda, faz-nos reflectir, em M(C)MX, sobre os ideais da revolução republicana, ideais vincados, como a música que compõe, que se pauta pela originalidade, e que também já tivémos oportunidade de ouvir em 2007, interpretada pelo trio Trivium. quinta 4 DE novembro 21H30 2010 reveste-se de motivo de felicidade para o Síntese GMC, por ser este, também, o nome do seu primeiro trabalho discográfico que tem o seu lançamento previsto no âmbito deste festival. Três excelentes concertos, um ciclo de música com muita qualidade, que fará da cidade da Guarda, por estes dias, a capital da música contemporânea. Helena Neves, Presidente da Direcção do Síntese - Grupo de Música Contemporânea proxima-centauri [frança] smash ensemble [espanha] sexta 5 DE novembro 21H30 síntese - grupo de música contemporânea sábado 6 DE novembro 21H30 “Outorga” é poesia e música Miguel Torga é o pseudónimo de Adolfo Correia Rocha. Nasceu em São Martinho de Anta, Sabrosa, a 12 de Agosto de 1907 e faleceu em Coimbra, a 17 de Janeiro de 1995. É considerado um dos mais importantes escritores portugueses do século XX, tendo-se destacado, sobretudo, na poesia. O escritor publicou o seu primeiro livro, “Ansiedade” (1928), no ano em que entrou para a Universidade de Coimbra para estudar Medicina, curso que terminou em 1933, e a sua obra literária não mais parou. Seguiram-se outros livros de poesia, prosa e teatro. Colaborou com a revista “Presença”, da qual foram fundadores José Régio, Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca. Recebeu vários prémios e distinções pela sua obra literária, dos quais se destaca, em 1989, o prémio Camões. Em Novembro, no TMG, um colectivo de músicos presta tributo a este autor português com o espectáculo “Outorga”. Trata-se de um projecto musical desenvolvido por Isabel Martinho e João Mascarenhas desde 2007, ano em que se comemorou o primeiro centenário do nascimento de Miguel Torga. Do trabalho de composição sob dez poemas de Torga resultou um conjunto de canções que se apresenta em concerto. Acompanham a dupla em palco David Estêvão, Paulo Coelho de Castro e, como músico convidado, Rogério Pires. RITA REDSHOES FALA DO SEU NOVO DISCO UMA NOVA ERA PARA A RAPARIGA DOS SAPATOS VERMELHOS “Golden Era” catapultou-a para os tops mas é com “Lights and Darks”, o seu segundo disco, que Rita Redshoes mais se identifica. «É um disco mais maduro e homógeneo», refere a artista acabada de chegar de uma digressão que a levou ao norte da Europa e onde a recepção não poderia ter sido mais calorosa. «Houve pessoas que viajaram cinco horas para ir ver o concerto ou que apareceram com poemas sobre “Red shoes”», conta. No TMG, a artista dos sapatos vermelhos actua a 13 de Novembro As rádios elegeram “Golden Era” como disco revelação em 2008. Sentiu-se muito pressionada para compor “Lights and Darks”? Sim, inicialmente senti alguma pressão, sobretudo nas primeiras semanas quando ainda não sabia bem em que direcção ir mas ao longo do processo de composição esse peso foi passando, dando lugar às canções e ao envolvimento com elas. Quais as principais diferenças que aponta entre o primeiro e o segundo trabalho? Para além da própria sonoridade, visto este disco ter instrumentos que nunca tinha usado, há também diferenças em termos líricos e no geral sinto-o um disco mais maduro e homogéneo do que o “Golden Era”. É mais directo, menos filtrado e mais fiel ao que sou e sinto actualmente. Em Julho participou no festival “Peace & Love” em Börlange, na Suécia, e em Outubro regressou para mais algumas apresentações ao vivo pelo norte da Europa. Como tem sido a recepção do público estrangeiro ao novo disco? Outorga Sexta 12 DE NOVEMBRO 21h30 A recepção tem sido maravilhosa, têm havido aliás reacções inesperadas para mim. Pessoas que viajaram cinco horas para ir ver o concerto ou que aparecem com poemas sobre “Red Shoes”. Têm geralmente agradecido a minha ida lá e a minha música e isso para mim é dos maiores elogios que alguém pode fazer em relação ao meu trabalho. E o público português? Como tem reagido a “Lights and Darks”? Acho que há de tudo um pouco. Há quem se tenha apegado imediatamente ao disco, há quem tenha estranhado a sonoridade e há quem ainda quem não o tenha descoberto por se manter muito agarrado ao “Golden Era” ainda. Mas todas as reacções têm sido positivas e sente-se isso sobretudo nos concertos. A Rita foi uma das artistas que colaborou com Paulo Furtado em “Femina”e Tigerman vai estar no TMG em Dezembro com esse trabalho). Em “Lights and Darks”, Paulo Furtado é um dos seus convidados. Como surgiu esta colaboração? O ‘Filme do desassosego’ de joão botelHO Lisboa, hoje. Um quarto de uma casa na Rua dos Douradores. Um homem inventa sonhos e estabelece teorias sobre eles. A própria matéria dos sonhos torna-se física, palpável, visível. O próprio texto torna-se matéria na sua sonoridade musical. E, diante dos nossos olhos, essa música sentida nos ouvidos, no cérebro e no coração, espalha-se pela rua onde vive, pela cidade que ele ama acima de tudo e pelo mundo inteiro. Filme desassossegado sobre fragmentos de um livro infinito e armadilhado, de uma fulgurância quase demente mas de genial claridade. O momento solar de criação de Fernando Pessoa. A solidão absoluta e perfeita do EU, sideral e sem remédio. Deus sou eu!, escreveu também Bernardo Soares, um dos heterónimos de Pessoa, o mesmo que escreveu o “Livro do desassossego”. Eis a história do filme do desassossego, a última aventura cinéfila do realizador português João Botelho que diz ter encontrado vários obstáculos para realizar o filme. O cineasta referiu em entrevista ao Diário de Notícias a 4 de Setembro que «se podiam fazer cinco filmes, é um verdadeiro puzzle com múltiplas interpretações. Mas esta é uma oportunidade de divulgar o livro de Pessoa, que está um pouco esquecido em Portugal”. No TMG, o filme passa em duas sessões a 16 de Novembro (14h30 e 21h30) e a iniciativa contará com a presença do realizador. O “Filme do Desassossego” conta com as interpretações de Cláudio da Silva, Alexandra Lencastre, Ana Moreira, André Gomes, António Pedro Cerveira, Carlos Costa e Catarina Wallenstein. As colaborações musicais quando correm bem fazem sentido serem repetidas em outras circunstâncias. Foi o que acabou por acontecer com o Paulo Furtado. Quando estava a gravar o meu disco, uma das músicas chamava pela sonoridade do Paulo e convidei-o. Ele aceitou e sei que a dita canção ficou mais feliz por ter a guitarra dele. RITA redshoes sábado 13 DE NOVEMBRO 21H30 FILME DO DESASSOSEGO TERÇA 16 DE NOVEMBRO 14H30 e 21h30 3| Publicidade |4 Guarda: a república. Um grande espectáculo carlos fiolhais comunitário no a ciência é a sua vida aniversário da cidade Carlos Fiolhais nasceu em Lisboa em 1956. Licenciou-se em Física na Universidade de Coimbra em 1978 e doutorou-se em Física Teórica na Universidade Goethe, em Frankfurt/Main, Alemanha, em 1982. É Professor Catedrático no Departamento de Física da Universidade de Coimbra desde 2000. Foi professor convidado em universidades de Portugal, Brasil e Estados Unidos. Publicou 35 livros: as obras de divulgação científica “Física Divertida” (este um best-seller, com 18000 exemplares vendidos até agora, nas 6 edições), “Computadores, Universo e Tudo o Resto”, “A Coisa Mais Preciosa que Temos”, e “Curiosidade Apaixonada”, na Gradiva; série de livros de ciência infantil “Ciência a Brincar”, na Bizâncio; vários manuais escolares de Física e Química desde o 8.o ao 12.o ano, na Texto Editora, na Gradiva, e na Didáctica; “Roteiro de Ciência e Tecnologia”, na Ulmeiro; o manual universitário “Fundamentos de Termodinâmica do Equilíbrio”, na Gulbenkian; etc. É autor de cem artigos científicos em revistas internacionais (um dos quais com mais de 4000 citações) e de mais de 400 artigos pedagógicos e de divulgação. Foi editor de 5 livros científicos, traduziu 6 livros e fez a revisão científica de muitos outros. Dirige a revista “Gazeta de Física” da Sociedade Portuguesa de Física e é membro da comissão editorial das revistas “Europhysics News” e “European Journal of Physics”, da Sociedade Europeia de Física, e “Física na Escola” e “Revista Brasileira do Ensino da Física”, da Sociedade Brasileira de Física. Foi Director do Centro de Informática da Universidade de Coimbra e da Biblioteca do Departamento de Física da Universidade de Coimbra (onde criou a Biblioteca Rómulo de Carvalho de Cultura Científica). Foi Presidente do Conselho de Investigação do Instituto Interdisciplinar da Universidade de Coimbra, membro do Conselho Científico da Fundação para a Ciência e Tecnologia e é membro dos corpos gerentes do Forum Internacional dos Investigadores Portugueses. É colaborador do jornal “O Primeiro de Janeiro” e do semanário “Sol” e foi colaborador do jornais “Público”. “Expresso”, “Visão”, etc. Foi consultor do programa “Megaciência” para a televisão SIC. É consultor do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra. É actualmente Director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, onde tem concretizado vários projectos relativos ao livro e à cultura. Ganhou em 1994 o Prémio União Latina / JNICT de tradução científica, com a obra “Física Nuclear”, publicada pela Gulbenkian. Ganhou o Globo de Ouro de Mérito e Excelência em Ciência de 2004 atribuído pela SIC e pela “Caras” em 2005. Foi agraciado pelo Presidente da República com a Ordem do Infante D. Henrique em 2005. Recebeu o Prémio Inovação do Forum III Milénio e o Prémio Rómulo de Carvalho da Universidade de Évora em 2006. Nome completo Carlos Manuel Baptista Fiolhais Profissão Professor Catedrático da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra Ano em que nasceu 1956 Signo Gémeos Os seus interesses científicos centram-se na Física Computacional da Matéria Condensada e no Ensino e História das Ciências. Foi fundador e Director do Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra, onde procedeu à instalação do que é o maior computador português para cálculo científico (“Centopeia”, um sistema paralelo de cem máquinas, a que se seguiu a “Milipeia”, um supercomputador com 520 nós). Organizou numerosos encontros e escolas, nacionais e internacionais. Tem coordenado vários projectos de investigação e supervisionado vários estudantes de mestrado e doutoramento. Participou em numerosas acções, conferências e colóquios promovendo a ciência e a cultura científica. Criou o portal de ciência www. mocho.pt. Números 54 Idade de Carlos Fiolhais 35 Livros da sua autoria já publicados 2005 Ano em foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique No ano em que se comemora o centenário da República e em data de aniversário da cidade da Guarda (811 anos de atribuição do foral), o TMG em parceria com o Trigo Limpo Teatro ACERT e numa encomenda para a Câmara Municipal da Guarda apresenta “Guarda: A República”, um espectáculo comunitário que contará, à semelhança de actividades como “Guarda: Paixão e Utopia” e “Guarda: Rádio Memória”, com o envolvimento de centenas de participantes das colectividades e associações do concelho. Nesta edição, a República é o tema central do espectáculo que tem por pano de fundo a cidade da Guarda e mistura episódios reais, que aconteceram, com outros imaginados e que poderiam muito bem ter acontecido. Rebeldino é o republicano que protagoniza toda a história e o qual seguiremos no espectáculo desde a infância à velhice. “Guarda: A República” tem a coordenação geral de Américo Rodrigues, guião de Américo Rodrigues, José Tavares e Pompeu José, textos de António Godinho, Hélder Sequeira e Norberto Gonçalves, encenação de Américo Rodrigues e Pompeu José e direcção musical de César Prata. Guarda: a República, ou a história de Rebeldino... É a terceira vez que a Acert de Tondela colabora com o Teatro Municipal da Guarda para a construção do espectáculo comemorativo da elevação da Guarda a cidade. Se já nas duas realizações anteriores (em 2006, Guarda: paixão e utopia, e em 2008, Guarda: rádio memória) fez sentido juntar centenas de pessoas de várias associações e colectividades do concelho da Guarda para celebrar comunitariamente, através do teatro, uma visão particular da história da cidade, parece que desta vez, em 2010, mais sentido faz ainda este espectáculo comunitário, uma vez que se comemora também o centenário da implantação da República. Numa narrativa que se baseia em factos reais mas que os ficciona, tendo Rebeldino como personagem central, vão-se criando quadros que, de forma singela, contam a história dessa criança cuja existência é profundamente marcada pela época em que viveu. Com uma forte componente musical desenrolam-se simbolicamente vários momentos que vão desde a fuga de Rebeldino da sua pequena aldeia natal para a grande cidade, aos debates políticos que opuseram os ideais republicanos aos da monarquia, à feitura dos jornais que defendiam esses mesmos ideais, ao teatro que na época criticava ironicamente o último rei, à sua morte, à implantação da República, à visita de Afonso Costa, etc. terminando com o último sonho que Rebeldino, já velho, tem no final do espectáculo. Tão ou mais importante que o resultado final que vier a ser conseguido é todo o processo de inventiva e construção do espectáculo com o envolvimento e entusiasmo de todos os intervenientes num trabalho conjunto que celebra já em si, e na prática, alguns dos valores de participação e cidadania tão caros ao regime que se festeja. Pompeu José, ACERT GUARDA: a república dois dedos de ciência a ciência no mundo de hoje QUINTA 11 DE NOVEMBRO 21H30 sexta a domingo 26 a 28 DE NOVEMBRO [sexta e sábado 21H30] [domingo 16H00] 5| Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, em entrevista joão paulo dos santos, especialista em mastro chinês o novo-circo sem ele não seria a mesma coisa Aos 14 anos disse aos pais que queria estudar teatro. Residente num bairro problemático de Lisboa, João Paulo Pereira dos Santos acabou por se inscrever numa série de ateliers que aí aconteciam e nos quais descobriu a arte marcial da capoeira. Foi o professor dessa disciplina que o levou para a escola do Chapitô, onde João Paulo Santos ingressou aos 16 anos. Queria estudar teatro, mas o circo foi a sua verdadeira paixão ou, pelo menos, a que falou mais alto. Ingressou em 1996 e aí permaneceu até 1999 e pelo meio (em 1998) participou no espectáculo “Oceanos e Utopias”, dirigido por Philippe Genty para a Exposição Mundial de Lisboa. Entregou-se ao novo-circo, tendo por especialidade o mastro chinês. Seguiram-se, entre 1999-2001, os estudos na Ècole des Artes du Cirque de Rosny. Mais tarde fez parte da Companhia le Cheptel Aleïkoum, que reuniu os artistas da 15ª promoção da Ècole Nationale des Arts du Cirque de Châlons en Champagne (2001 – 2003). Durante esse período participa no espectáculo “Ring” (2002), com coreografia de Félix Ruckert. O especialista em mastro chinês acaba por completar os seus estudos no Centre Nationale des Arts du Cirque de Chalon. Actualmente João Paulo Santos tem 30 anos, metade dos quais dedicados ao novo-circo, e é um dos três portugueses já convidados para integrar o prestigiado Festival de Avignon (França) e também o fundador da Companhia O Último Momento, sedeada em França. Paralelamente à sua carreira de acrobata, João Paulo Santos junta ao currículo a função de realizador, tendo já realizado diversos trabalhos de vídeo e algumas curtas-metragens. Na nova criação de João Paulo Santos, intitulada À deux pas de là-haut, dois homens partilham um território, cada um com as suas próprias questões, forças, fraquezas e habilidades físicas. A relação deles é como num filme de Chaplin ou Buster Keaton quase invisível, onde os actos de um têm consequências no percurso do outro. É esta a essência de À deux pas de là-haut, que procura ser um espectáculo singular, especialmente por integrar uma técnica nova derivada do mastro chinês. Com esta técnica, o mastro passa de estático a móvel e manipulável, o que permite que o espectáculo decorra entre o possível e o impossível, com o intuito de perturbar as ideias pré-concebidas do público e confundindo as suas noções de espaço e gravidade. À deux pas de là-haut é uma produção da Companhia O Último Momento em co-produção com o Teatro Municipal da Guarda e sobe ao palco do Grande Auditório a 3 de Dezembro. O espectáculo conta com dois acrobatas (João Paulo Santos e Guillaume Amaro), um músico (Marek Hunhap), um desenhador de luz (Nicolas Le Clézio) e um encenador (Olivier Antoine), baseia-se em princípios teatrais e cruza o circo, a dança, a manipulação de objectos, a música e o vídeo. São uma das bandas portuguesas com maior sucesso lá fora. No curriculum têm já uma dezena de discos, centenas de concertos e quase 20 anos de carreira. Os Moonspell vão estar no TMG para apresentar o novo espectáculo em acústico: “Sombra”. Fernando Ribeiro, o vocalista da banda de metal portuguesa falou com o BIS e explicou que a linha que separa os estilos e os públicos é cada vez mais ténue. No espectáculo “Sombra”, os Moonspell mostram a sua faceta acústica. É uma forma de chegarem a outros públicos menos habituados à sonoridade do metal? Nós já chegamos a muita gente através do Metal, pelo que o “Sombra” é mais um desafio musical do que uma estratégia. Em todo o caso, acústico ou eléctrico, as portas estão abertas para receber todo o público. Cada vez acredito menos nas fronteiras entre estilos e públicos, acho que as pessoas que nos ouvem vão pela qualidade e pelo arrojo e encontram-no na música que ouvem, seja Moonspell, Dead can Dance, Mussorgsky ou qualquer outra banda. Somos pessoas de espírito aberto e cultivamos a proximidade com quem nos quer ver. Para este espectáculo, os Moonspell vão contar com outros convidados. Quem são? Seremos 13 músicos em palco, um número que nos dá sorte! Cinco são os Moonspell, mas seremos acompanhados de um quarteto de cordas mais percussão (os Opus Diabolicum, tributo de violoncelo aos Moonspell, também encarregues de fazer a nossa primeira parte) e as Crystal Mountain Singers, um pequeno coro feminino de três elementos. O metal português está vivo e recomenda-se? Apresentação no âmbito da rede Co-financiada por à deux pas de là-haut companhia o último momento sexta 3 DE dezEMBRO 21H30 |6 «Cada vez acredito menos nas fronteiras entre estilos e públicos» Sim. Quer dizer… existem imensos concertos, as bandas estrangeiras visitam-nos com regularidade, é uma cena viva, mas precisa de melhores argumentos para se tornar uma cena ao nível Europeu. Espero que isso aconteça. Pelo menos os Moonspell trabalham todos os dias para isso. São uma das bandas nacionais com maior visibilidade internacional e com uma vasta legião de fãs. Qual é o segredo? Mantermos o romantismo perante as razões pelas quais fazemos música. Concentrar-nos no essencial que é a criatividade, o ousar fazer e saber, e depois comunicar os nossos discos meritoriamente, sem incomodar as pessoas com marketing, mas apelando à proximidade, ao gosto, ao sentimento tribal. Ter entusiasmo em tudo o que fazemos, ter confiança em saber que sendo portugueses podemos atingir ainda mais lá fora por sermos excepcionais, i.e., fora da regra anglo-saxónica e escandinava. Em quase 20 anos de carreira, centenas de espectáculos e uma dezena de discos editados haverá seguramente dezenas de episódios insólitos. Pode contar-nos algum que vos tenha marcado em particular? Vários, claro. Mas penso que um dos mais caricatos de que me recordo ultimamente foi na estrada entre a Bulgária e Macedónia, numa estação de serviço onde parámos para comer hambúrgueres e onde nos serviram pão, alface, tomate, tudo… menos a carne!!! Ficou um mito entre nós, a nossa equipa técnica e quem nos acompanhava nessa viagem. O Mike, o nosso baterista, comeu espetadas de peru, livrando-se da maldição do hambúrger sem hambúrger, mas depois viria a confessar que lhe sabiam a peixe... MOONSPELL - Sombra terça 7 DE dezEMBRO 21H30 SERVIÇO EDUCATIVO DESTAQUES DE OUTUBRO Oficina de Prática Vocal O Senhor de La Fontaine em Lisboa Nov SEX 19 [17h30 – 21h] SÁB 20 [10h – 12h30 e 15h – 18h] DOM 21 [15h – 18h] NOVEMBRO Sábado 20 Pequeno Auditório 16h00 Orientada por F. Pedro Oliveira Oficina 5€ Destinatários: Professores, educadoras, actores, animadores, jornalistas, e outras profissões que trabalhem com a voz Utilizar correctamente a voz é hoje essencial para qualquer profissão, mais ainda, para aquelas que usam diariamente a voz como instrumento de trabalho. Para uma saudável experiência vocal, é necessário adquirir e aplicar conhecimentos e técnicas práticas, como uma boa postura corporal, descontracção, respiração, aquecimento vocal, colocação vocal, etc. Esta oficina será orientada por F. Pedro Oliveira, actor profissional e formador com larga experiência. de Abel Neves Lua Cheia teatro para todos Teatro de marionetas e máscaras 5€ 60M M/4 O Senhor de La Fontaine viaja até Lisboa, trazendo a sua maleta onde guarda as fábulas que, também ele, recriou, lá no seu século dezassete. Os corvos – vindos da fábula e que fazem o emblema da cidade – são os mestres de cerimónia desta aventura inesperada. Apresentam-se nove fábulas: A Raposa e o Corvo; A Raposa e o Galo; O Cão e o Lobo; O Lobo e os Pastores; O Lobo e o Cabrito; O Leão e o Mosquito; O Leão Velho; O Burro e o Cavalo; O Corvo e a Águia. PASSATEMPO Dois Dedos de Ciência O Fascinante Mundo da Micro-Electrónica com Elvira Fortunato Dez QUI 9 CAFÉ CONCERTO 21H30 Entrada livre 90M M/6 Destinatários: escolas do 1º e 2º Ciclo Ensino Básico e Secundário; público em geral. Considerada uma das melhores investigadoras, a nível mundial na área da electrónica transparente (micro-electrónica), Elvira Fortunato tem recebido numerosos prémios e distinções. No ano passado recebeu aquele que é considerado uma espécie de Nobel Europeu da área, no valor de 2,25 milhões de Euros, e a 10 de Junho de 2010 foi condecorada pelo Presidente da República. Uma equipa de cientistas liderada por Elvira Fortunato conseguiu produzir, pela primeira vez em todo o mundo, transístores com uma camada de papel que são tão competitivos como os melhores transístores de filme fino. Os novos transístores poderão, assim, ser usados em ecrãs de papel, etiquetas e pacotes inteligentes, “chips” de identificação e aplicações médicas. Canções de Cordel - César Prata Sete anos após a edição de Canções do Ceguinho, César Prata apresenta um novo capítulo com canções de faca e alguidar. Canções de Cordel é uma edição do TMG com o apoio do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Universidade Nova de Lisboa e será lançado no Café Concerto a 16 de Dezembro. Um álbum com antigas que encontram as suas raízes nas canções de gesta medievais e nos romances. Mais tarde, no século XIX, os cegos papelistas cantavam e vendiam histórias impressas em folhetos de papel barato, com letra miúda de má qualidade. Os versos eram simples e a música também. Os temas garantiam o sucesso: crimes, traições, mortes violentas, casos estranhos. Cumeada - Campanula Hermini Marcos Cavaleiro, Mário Costa, Pedro Lucas e Miguel Cordeiro são os Campanula Herminii, grupo formado há cerca de oito anos e que editou em 2004 o álbum Maçainhas, um disco no qual o grupo utilizou a sonoridade das tradicionais campainhas de bronze daquela localidade do concelho da Guarda. O grupo voltou agora a estúdio para gravar o segundo trabalho, que contará com o selo do TMG, e que volta a apoiar-se nos cenários pastoris e na sonoridade de «uma série de instrumentos insuspeitos». Cumeada será apresentado no Pequeno Auditório do TMG a 17 de Dezembro. O TMG oferece um exemplar de cada CD aos 5 primeiros leitores que responderem acertadamente às seguintes questões: Em que ano editou César Prata o disco Canções do Ceguinho? Em que se inspirou o grupo para o nome Campanula Herminii? Publicidade Respostas para [email protected] Indicar os dados pessoais (nome, morada e nº de telefone) 7| NOVEMBRO E DEZEMBRO no TMG NOVEMBRO SÍNTESE – CICLO DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA DA GUARDA Música no corpo PROXIMA-CENTAURI [França] Quinta 4 Pequeno Auditório 21H30 org tmg e síntese - grupo de música contemporânea Música 5€ 60M “Femina”: o lendário homem tigre entre as mulheres Lucille não era uma mulher, mas uma guitarra que BB King incendiava com os dedos quando os blues queimavam. E Big Mama Thornton não era um símbolo sexual, mas cantava «Hound Dog» com mais brama do que Elvis. Mulheres e rock and roll. História antiga. E eterna. Novo capítulo: Femina, o último disco de Legendary Tigerman, assombrado alter-ego de Paulo Furtado que desde 2002 explora as margens dos blues electrificados. O novo álbum de The Legendary Tigerman documenta muitos encontros; com Asia Argento, Maria de Medeiros, Peaches, Becky Lee, Rita Redshoes, Lisa Kekaula (The Bellrays), Cláudia Efe (Micro Audio Waves), Phoebe Killdeer (Phoebe Killdeer & The Short Straws), Mafalda Nascimento, Cibelle e o Cais do Sodré Cabaret. Continua a ser uma one-man band, mas com muitas mulheres por companhia. «Foi há cerca de dois anos e meio», explica Paulo Furtado, «que esta ideia começou a tomar forma. Falei quase ao mesmo tempo com a Cibelle e com a Asia Argento e foi de certo modo com elas que o projecto começou a tomar forma. Ao princípio sabia que queria gravar com mulheres, experimentar diferentes modos de escrever e trabalhar os temas e foi com estes dois nomes que a coisa definitivamente embalou. Curiosamente a Asia foi a primeira pessoa com quem gravei e a Cibelle a última». De certa maneira, Femina é a concretização de uma série de fantasias estéticas e Paulo Furtado escreveu não com uma ideia difusa de mulher na cabeça, mas com alvos muito concretos: «muitas das canções foram feitas directamente para cada uma destas mulheres. Não só com as vozes e o trabalho delas em mente, mas também com aquilo que elas são e representam como mulheres». E nesse sentido, Femina é também uma série de intensos diálogos e não de simples retratos. «Eu acho que os homens não conseguem cantar as mulheres», confessa Paulo Furtado. «Acho que somente conseguem cantar uma certa imagem da mulher». E por isso, Paulo pediu-lhes que cantassem para ele. Com ideias muito precisas em mente, Paulo Furtado entendeu desde o início que Femina é um processo que ultrapassa as canções deste disco e até o próprio formato de canções. É o arranque de uma história de que ele próprio desconhece ainda o desfecho. As abordagens foram determinadas e determinantes: «A Asia foi pelo MySpace – enviei-lhe uma mensagem e vim a descobrir que ela adorava o meu trabalho. A Peaches foi por email que a contactei. Depois combinámos uma sessão de estúdio e gravámos numa manhã a voz dela, tendo havido depois várias alterações na estrutura da música por sugestão dela. Com a Rita Redshoes ela levou as pistas e gravou as vozes em casa, sozinha, e só nos encontrámos |8 em estúdio para gravar o piano ao vivo… Foram processos muito diferentes e houve muita troca de ideias à volta das músicas». Diálogos, portanto. Femina irá existir em muitos suportes e dimensões: analógico e digital, em vinil e em dvd, uma vez que além das canções há as curtas metragens que Paulo Furtado criou para documentar cada um destes encontros, cada um destes diálogos. E há a música – uma espantosa colecção de canções que arranham e acariciam, onde a guitarra é mais uma voz que se junta à de Legendary Tigerman e de cada uma das suas convidadas numa série de 13 conversas intensas – mais duas de bónus – tocadas pela chama intemporal dos blues, pelo espírito abrasivo do rock and roll, por tonalidades country e lounge, como se Paulo Furtado tivesse viajado entre o Delta, as grandes planícies do Texas e o Havai e todas as cidades onde caves com fumo escondem palcos mal iluminados onde estas canções podem existir. Femina é também um disco apaixonado: pelo som – cuidadosamente pensado por Nelson Carvalho, que assina um excelente trabalho ao emoldurar estas canções com a atmosfera certa – e pelas vozes que aqui surgem como personagens em histórias de amor e desamor, de encontros e desencontros. Há originais que resultam da colaboração de Legendary Tiger Man e das suas convidadas e há igualmente versões - «These Boots Are Made For Walking», original de Lee Hazlewood para Nancy Sinatra que Maria de Medeiros interpreta na perfeição; «Lonesome Town», cartão de visita para a dor de alma já cantada por muitas grandes vozes e a que Rita Redshoes dá a espessura perfeita; («Thirteen» que Glenn Danzig, homem dos Misfits, gravou a solo e a que Mafalda Nascimento se entrega e «True Love Will Find You In The End», de Daniel Johnston, aqui revista com a ajuda de Cibelle, são os dois temas extra deste álbum). Depois de In Cold Blues (2002), Fuck Christmas, I Got The Blues (2003), Naked Blues (2004) e Masquerade (2006), Femina é a nova afirmação do extraordinário talento de Legendary Tigerman. E a história, como já se explicou, ainda agora está no início. «Não sei quando estará concluído este ciclo. Para já gravei 21 músicas. Fundamentalmente tenho que sentir que o Femina está terminado e não é isso que eu sinto agora. Talvez quando gravar com a Marianne Faithfull». Quem sabe? O lendário homem tigre vem apresentar “Femina” ao TMG a 18 de Dezembro. O encontro está marcado para o Grande Auditório. encontro de coros Com a crise instalada, o investimento que se faz no processo cultural deve ser entendido como um meio absolutamente válido de participação dos cidadãos nas organizações reforçando o regime democrático que vivemos, realçando e valorizando a dignidade de um povo velhinho com mais de VIII séculos de existência. É talvez por isso que o Centro Cultural da Guarda e o Teatro Municipal da Guarda levam a efeito mais um Encontro de Coros, nesta nossa cidade, com o objectivo de desenvolver a prática do canto, oferecendo à comunidade egitaniense grupos de qualidade, demonstrando assim a importância social, lúdica e educativa do Encontro, ao mesmo tempo que pretendem difundir o trabalho destes Coros, excluindo, claro está, o carácter competitivo. Quem é que fica indiferente quando vozes graves e agudas se misturam conseguindo a harmonia sonora necessária para executar múltiplas obras de autores nossos conhecidos, estimulando a criatividade, provocando a curiosidade, nessa troca de ideias e experiências? Pelo palco do Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda irão desfilar o Choral Poliphónico de Coimbra que desde 1972 tem como reportório música sacra e profana do século XVI e que se estende até aos nossos dias. Igualmente, e com a mesma data de fundação, iremos encontrar o Coral da Senhora da Hora de Matosinhos, executando peças de autores nacionais e estrangeiros, sem esquecer o Coral Regina Angelorum de Grijota, localidade da província de Palência, com interpretações que passam por peças de obras celebres de Handel, Vivaldi, Haydn, Mozart, finalizando com a presença do Coro anfitrião do Centro Cultural da Guarda. Termino expressando o desejo para que este Encontro seja uma verdadeira troca de ideias e experiências, realçando a importância da difusão cultural, convidando as Mulheres e Homens da cidade mais alta a participarem, a estarem presentes, fazendo votos para que um Encontro com estas características nos traga um momento de paz, de elevação, de reflexão nestes tempos conturbados de crise à vista. SÍNTESE – CICLO DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA DA GUARDA España XX-XXI ¡...Si mi fue tornase a es...! SMASH ENSEMBLE [Espanha] Sexta 5 Pequeno Auditório 21H30 org tmg e síntese - grupo de música contemporânea Música 5€ 60M M/4 SÍNTESE – CICLO DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA DA GUARDA 2010 SÍNTESE – GRUPO DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA Sábado 6 Pequeno Auditório 21H30 org tmg e síntese - grupo de música contemporânea Música 5€ 60M M/4 Aparelho Voador a baixa altitude de Solveig Nordlund Quarta 10 Pequeno AuditóriO 21H30 Org. Cineclube da Guarda Apoio TMG Cinema 4€ [50% de desconto para sócios do Cineclube da Guarda] 80M M/12 OuTorga Um Tributo a Miguel Torga Sexta 12 Pequeno Auditório 21H30 Música 5€ 75M M/6 O náufrago de Nuno Viegas De 13 de novembro a 2 de janeiro Galeria de Arte EXPOSIÇÃO TERÇA A SEXTA DAS 16H00 ÀS 19H00 E DAS 20H30 ÀS 23H00 SÁBADOS DAS 14H00 ÀS 19H00 E DAS 20H30 ÀS 23H00 DOMINGOS DAS 14H00 ÀS 19H00 ENTRADA LIVRE Lights & Darks Rita Redshoes Sábado 13 Grande Auditório 21H30 Música 10€ 60M M/4 Filme do Desassossego de João Botelho Terça 16 Pequeno Auditório 14H30 [escolas] e 21H30 [público em geral] Org. Ar de Filmes Cinema 5€ [sessão da tarde] 6€ [sessão da noite] 120M M/12 Charanga Quinta 18 Café Concerto 22H00 Música 4€ 60M M/4 O Senhor de La Fontaine em Lisboa de Abel Neves | Lua Cheia teatro para todos Sábado 20 Pequeno Auditório 16h00 Teatro de marionetas e máscaras 5€ 60M M/4 COMEMORAÇÕES DO 811º ANIVERSÁRIO DA CIDADE DA GUARDA Guarda: a República Sexta a Domingo 26 a 28 Grande Auditório 21H30 [sexta e sábado] 16H00 [DOMINGO] Teatro 5€ 90M M/4 DEZEMBRO Duas mulheres de João Mário Grilo Quinta 2 Pequeno Auditório 21H30 Cinema 4€ (50% de desconto para sócios do Cineclube da Guarda) 99M M/16 à deux pas de là-haut Companhia O Último Momento Sexta 3 Grande Auditório 21H30 Novo Circo 7,5€ 45M M/4 Festival de Música Coral da Guarda Sábado 4 Grande Auditório 16H00 Org TMG e Centro Cultural da Guarda Música 2€ [sem descontos] Sombra Moonspell [acústico] Terça 7 Grande Auditório 21H30 ORG TMG e diferentes ritmos, Produtores Associados Música 15€ [50% desconto aos amigos TMG Bravo e Palco e 25% aos Amigos TMG Aplauso] 75m m/12 What I heard about the world Mala Voadora Sexta 10 e Sábado 11 Pequeno Auditório 21H30 Teatro 5€ 60M M/12 Shirin de Abbas Kiarostami Terça 14 Pequeno Auditório 21H3o Videograma 2€ 92M M/12Q Canções de Cordel César Prata Quinta 16 Café Concerto 22H00 Edição: TMG Música/Apresentação de disco 4€ 60M M/4 CUMEADA CampAnula Herminii Sexta 17 Pequeno Auditório 21H30 Edição: TMG Música/Apresentação de disco 5€ Femina The Legendary TigerMan Sábado 18 Grande Auditório 21H30 Música 10€ 75m m/12 Há quartas assim alecria Quarta 22 Café Concerto 22H00 Música 4€ 90M M/12 Albino Bárbara, Presidente da Direcção do Centro Cultural da Guarda festival de música coral da guarda sábado 4 DE dezembro 16H00 WWW.TMG.COM.PT TEATROMUNICIPALDAGUARDA.BLOGSPOT.COM WWW.TWITTER.COM/TEATROGUARDA FICHA TÉCNICA Bis | Boletim Bimensal do Teatro Municipal da Guarda | Nº 5 | Novembro e Dezembro de 2010 Redacção, Design e Paginação Gabinete de Comunicação e Imagem do Teatro Municipal da Guarda Colaborações: Albino Bárbara, Helena Neves, Pompeu José the legendary tigerman sábado 18 DE dezEMBRO 21H30 Culturguarda, Gestão da Sala de Espectáculos e Actividades Culturais, E.M. Rua Batalha Reis, 12, 6300-559 GUARDA | Tel. 271 205 240 Fax 271 205 248 | [email protected]
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