Manual de Exames Abril 2012

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Manual de Exames Abril 2012
Manual de Exames Abril 2012
CARIÓTIPO, Líquido Amniótico
Mnemônico: CG005LA
Sinônímia:
Cariótipo de âmnio, Cariótipo de amniocentese, Cariótipo de LA,
Citogenética de líquido amniótico, Análise cromossômica de líquido
amniótico
Prazo:
20 dias corridos
Informações de uso clínico
Aplicação clínica:
Alterações morfológicas ao ultrassom, antecedentes familiares de
cromossomopatias, idade materna avançada (> 35 anos), abortos de
repetição, risco aumentado para de anomalia cromossômica na triagem
bioquímica
Informação
adicional:
No diagnóstico pré-natal é possível detectar mais de 1000 doenças
hereditárias. A maioria delas são herdadas de forma autossômica
recessiva. O diagnóstico pré-natal utilizando sondas genéticas tornou-se
disponível para fibrose cística, distrofia muscular, anemia falciforme,
hemofilia e muitas outras anomalias genéticas.Isto pode ser realizado
tanto em células de cultura do líquido amniótico como em amostragem de
vilo corial.
O exame de FISH também pode ser aplicado ao diagnóstico pré-natal
como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os
cromossomos 21, 13, 18, X e Y.
Valores de
referência:
46,XX (sexo feminino)
Interpretação:
Os estudos citogenéticos de líquido amniótico são considerados com 99%
de acurácia na detecção de grandes anomalias cromossômicas fetais.
Alterações envolvendo microalterações podem ser detectadas por
técnicas de citogenética molecular, como FISH, MLPA, CGH array.
46,XY (sexo masculino)
Aproximadamente 3% das amostras de líquido amniótico analisadas
apresentam anomalias cromossômicas.
Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais
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como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas,
mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes
teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes
sobre as limitações técnicas do exame.
Informações sobre Amostras
Amostra:
Líquido amniótico, Líquido do higroma cístico, Líquido pleural
Volume:
15 a 20ml
Transporte:
Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis.
Recebimento da
amostra
2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as
12:00hs
Instruções de
armazenamento:
Manter a amostra refrigerada (8ºC) na própria seringa, NÃO CONGELAR
Estabilidade:
48 horas após a coleta mantida refrigerada
Causas de rejeição
da amostra:
Alta contaminação do líquido amniótico com células sanguíneas; amostra
congelada; amostra transportada em recipiente com tampa de borracha
(borracha é tóxica para amniócitos)
Informações sobre o método laboratorial
Procedimento:
Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com
resolução de 400-550 Bandas
Metodologia:
Cultura de células de amniócitos para investigação de anomalias
cromossômicas numéricas e estruturais
Limitações:
Embora a taxa de sucesso seja de 99%, as causas para as limitações
são: insucesso de cultura devido a coleta de amostras de células em
degeneração, amostra inadequada, contaminação do líquido com células
sanguíneas, bactérias, leveduras. Não detecção de microalterações
cromossômicas.
Manual de Exames Abril 2012
Referências:
1. Nicolaides K, Brizot M de L, Patel F, et al, “Comparison of Chorionic Villus Sampling and
Amniocentesis for Fetal Karyotyping at 10-13 Weeks' Gestation,” Lancet, 1994, 334(8920):435-9
[published erratum: Lancet, 1994, 344(8925):830]. PubMed 7914564
2. Ledbetter DH, Zachary JM, Simpson JL, et al, “Cytogenetic Results From the U.S. Collaborative
Study on CVS,” Prenat Diagn, 1992, 12(5):317-45. PubMed 1523201
3. Desnick RJ, Schuette JL, Golbus MS, et al, “First-Trimester Biochemical and Molecular Diagnoses
Using Chorionic Villi: High Accuracy in the U.S. Collaborative Study,” Prenat Diagn, 1992,
12(5):357-72. PubMed 1523203
4. DiLiberti JH, Greenstein MA, Rosengren SS, “Prenatal Diagnosis,” Pediatr Rev, 1992, 13(9):33442. PubMed 1409163
5. Chueh J, Golbus MS, “Prenatal Diagnosis Using Fetal Cells in the Maternal Circulation,” Semin
Perinatol, 1990, 14(6):471-82.PubMed 2077667
6. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em
polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os
achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003
7. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora
Manual de Exames Abril 2012
CARIÓTIPO, Vilo Corial
Mnemônico: CG008VC
Sinônímia:
Cariótipo de vilosidade coriônica, Cariótipo de biópsia de vilo corial (BVC),
Cariótipo de placenta
Prazo:
10 dias corridos
Informações de uso clínico
Aplicação clínica:
Translucência
nucal
alterada,
marcadores
ultrassonográficos,
antecedentes familiares de cromossomopatias, idade materna avançada
(>35 anos), abortos de repetição
Informação
adicional:
No diagnóstico pré-natal é possível detectar mais de 1000 doenças
hereditárias. A maioria delas são herdadas de forma autossômica
recessiva. O diagnóstico pré-natal utilizando sondas genéticas tornou-se
disponível para fibrose cística, distrofia muscular, anemia falciforme,
hemofilia e muitas outras anomalias genéticas. Isto pode ser realizado
tanto em células de cultura do líquido amniótico como em amostragem de
vilo corial.
O exame de FISH também pode ser aplicado ao diagnóstico pré-natal
como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os
cromossomos 21, 13, 18, X e Y.
Valores de
referência:
46,XX (sexo feminino)
Interpretação:
Os estudos citogenéticos de vilo corial são considerados com 99% de
acurácia na detecção da maioria das anomalias cromossômicas fetais.
Alterações envolvendo microdeleções podem ser detectadas por técnicas
de citogenética molecular, como FISH, MLPA, CGH array.
46,XY (sexo masculino)
Aproximadamente 3% das amostras de líquido amniótico analisadas
apresentam anomalias cromossômicas.
Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais
como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas,
Manual de Exames Abril 2012
mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes
teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes
sobre as limitações técnicas do exame.
Informações sobre Amostras
Amostra:
Vilo corial – solicitar ao laboratório meio de transporte
Volume:
10 a 30 mg
Transporte:
Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis.
Recebimento da
amostra
2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00h e aos sábados das 08:00 as
12:00h
Instruções de
armazenamento:
Manter a amostra refrigerada (8ºC) na própria seringa, NÃO CONGELAR
Estabilidade:
48 horas após a coleta mantida refrigerada
Causas de rejeição
da amostra:
Quantidade inadequada da amostra, interferências de temperatura no
trasnporte, embalagens inadequadas que podem resultar em
contaminações durante o transporte
Informações sobre o método laboratorial
Procedimento:
Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com
resolução de 400-550 Bandas
Metodologia:
Cultura de células de vilosidade coriônica para investigação de anomalias
cromossômicas numéricas e estruturais
Limitações:
Embora a taxa de sucesso seja de 99%, as causas para as limitações
são: insucesso de cultura devido a coleta de amostras de células em
degeneração, amostra inadequada, contaminação com células maternas.
Falso-mosaicismo cromossômico pode ocorrer devido a artefato da
cultura e presença de anormalidades cromossômicas em células da
placenta que não ocorrem nas células do feto (mosaicismo confinado à
placenta). Não detecção de microalterações cromossômicas.
Manual de Exames Abril 2012
Referências:
1. Breed AS, Mantingh A, Beekhuis JR, et al: The predictive value of cytogenetic diagnosis after CVS:
1,500 cases. Prenat Diagn 1990;10:101-110
2. Canadian Collaborative CVS-Amniocentesis Clinical Trial Group: Multicentre randomized clinical
trial of chorionic villus sampling and amniocentesis. Lancet 1989;1:1-6
3. Ledbetter DH, Martin AO, Verlinsky Y, et al: Cytogenetic results of chorionic villus sampling: high
success rate and diagnostic accuracy in the United States collaborative study. Am J Obstet Gynecol
1990;162:495-501
4. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em
polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os
achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003
5. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora
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CARIÓTIPO, Produto de Concepção
Mnemônico: CG006PC
Sinônímia:
Cariótipo de material de placenta, Cariótipo de material fetal, Cariótipo de
aborto, Cariótipo placentário
Prazo:
30 dias corridos
Informações de uso clínico
Aplicação clínica:
Abortos de repetição ou habitual (acima da 2ª perda gestacional),
antecedentes familiares de cromossomopatias, FIV, gestação
anembrionada, mola hidatiforme
Informação
adicional:
Dentre as anomalias cromossomopatias encontradas (cerca de 50% dos
casos) as trissomias dos cromossomos 16, 22, 15, 21, 13 e 18 são as
mais frequentes, além da monossomia do cromossomo X e as triploidias.
15 a 40% dos abortamentos retidos ou óbito fetal podem não haver
crescimento celular devido à degeneração da vilosidade coriônica ou
autólise da pele fetal. Para estes casos o exame de FISH pode ser
aplicado como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas
para os cromossomos 21, 13, 18, X e Y e as sondas dos cromossomos
16, 22, 15.
Valores de
referência:
46,XX (sexo feminino)
Interpretação:
O achado de uma anomalia cromossômica pode explicar a causa de um
aborto ou natimorto, particularmente quando os resultados mostram
aneuploidia do cromossomo ou um rearranjo estrutural desequilibrada.
Para rearranjos cromossômicos equilibrados, às vezes é difícil determinar
se a anormalidade cromossômica é a causa direta de um aborto ou
natimorto. Nestas situações, o estudo do cariótipo de sangue periférico
dos pais pode ser útil para determinar se uma anormalidade é familiar ou
de novo. Outra situação para solicitar o cariótipo dos pais é quando não
há crescimento celular em um 2º ou mais abortamento retido.
46,XY (sexo masculino)
Manual de Exames Abril 2012
Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais
como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas,
mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes
teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes
sobre as limitações técnicas do exame.
Informações sobre Amostras
Amostra:
Vilo corial, pele fetal – solicitar ao laboratório meio de transporte
Volume:
30 a 50 mg ou 2 a 4 mm3
Transporte:
No próprio frasco fornecido pelo laboratório, não passar para tubos não
estéreis.
Recebimento da
amostra
2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00h e aos sábados das 08:00 as
12:00h
Instruções de
armazenamento:
Manter a amostra refrigerada (8ºC) no próprio frasco, NÃO CONGELAR
Estabilidade:
48 horas após a coleta mantida refrigerada
Causas de rejeição
da amostra:
Amostra inadequada (coágulos, decídua), interferências de temperatura
no trasnporte, embalagens inadequadas que podem resultar em
contaminações durante o transporte, amostras em álcool ou formol
Informações sobre o método laboratorial
Procedimento:
Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com
resolução de 400-550 Bandas
Metodologia:
Cultura de células de vilosidade coriônica ou de fibroblastos para
investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais
Limitações:
Contaminação com células maternas, abortamento retido por mais de 7 a
10 dias e entrega da amostra com mais de 48 horas da coleta possuem
15 a 40% de chance de não haver crescimento das células fetais para a
análise do cariótipo. Presença de anormalidades cromossômicas em
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células da placenta que não ocorrem nas células do feto (mosaicismo
confinado à placenta). Não detecção de microalterações cromossômicas.
Referências:
1. Breed AS, Mantingh A, Beekhuis JR, et al: The predictive value of cytogenetic diagnosis after CVS:
1,500 cases. Prenat Diagn 1990;10:101-110
2. Kalousek DK. Clinical significance of morphologic and genetic examination of spontaneously
aborted embryos. Am J Reprod Immunol. 1998;39(2):108-19
3. Kalousek DK. Anatomic and chromosome anomalies in specimens of early spontaneous abortions:
seven-year experience. Birth Defects Orig Artic Ser. 1987;23(1):153-68
4. Kalousek DK, Dimmick JE. Pathology of spontaneous abortions and chromosomal abnormalities in
stillbirth and neonatal death. In: Dimmick JE, Kalousek DK, editors. Developmental pathology of the
embryo and fetus. Philadelphia: JB Lippincott; 1992. p. 55-110
5. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em
polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os
achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003
6. Moraes AC, Hashimoto EM. Estudo cromossômico de restos ovulares. In: Moron AF. Medicina Fetal
na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003a. p.117-122
7. Moraes AC et al. Abordagem citogenética e molecular em material de abortos espontâneos. Ver
Brás Ginecol Obstet. 2005;27(9):554-60
8. Ledbetter DH, Martin AO, Verlinsky Y, et al: Cytogenetic results of chorionic villus sampling: high
success rate and diagnostic accuracy in the United States collaborative study. Am J Obstet Gynecol
1990;162:495-501
9. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora
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CARIÓTIPO, Cordocentese
Mnemônico: CG004SF
Sinônímia:
Cariótipo de sangue fetal, Cariótipo de sangue de cordão umbilical,
Cariótipo de cordão
Prazo:
10 dias corridos
Informações de uso clínico
Aplicação clínica:
Malformações ao ultrassom de segundo ou terceiro trimestre, confirmação
de resultados de mosaicismo cromossômico no líquido amniótico,
infecção fetal, entre outras.
Informação
adicional:
Em geral, realizada em gestantes com anomalias fetais detectadas ao
ultrassom no segundo ou terceiro trimestre da gestação.
Valores de
referência:
46,XX (sexo feminino)
Interpretação:
O resultado citogenético de cordocentese depende da avaliação conjunta
com os dados da paciente, uma vez que pode haver a contaminação de
células sanguíneas maternas na amostra coletada. Um cariótipo normal
não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles
causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações
moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes
teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes
sobre as limitações técnicas do exame.
46,XY (sexo masculino)
Informações sobre Amostras
Amostra:
Sangue fetal – Heparina sódica
Volume:
1a3
Transporte:
Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis.
Manual de Exames Abril 2012
Recebimento da
amostra
2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as
12:00hs
Instruções de
armazenamento:
Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR
Estabilidade:
48 horas após a coleta mantida refrigerada
Causas de rejeição
da amostra:
Amostra hemolisada, coagulada, exposição da amostra a temperaturas
extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica
Informações sobre o método laboratorial
Procedimento:
Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com
resolução de 400-550 Bandas
Metodologia:
Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias
cromossômicas numéricas e estruturais
Limitações:
Amostras com contaminação de sangue materno, linfócitos T que não
respondem ao mitógeno utilizado para estimular as células em mitose e a
não detecção de microalterações cromossômicas.
Referências:
1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In
Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts,
1983, pp 1-29
2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997
3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of
leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6
4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular.
In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82
5. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora
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CARIÓTIPO, Sangue Periférico - Constitucional
Mnemônico: CG007SP
Sinônímia:
Cariótipo de sangue, Cariótipo Banda G, Cariótipo constitucional
Prazo:
20 dias corridos
Informações de uso clínico
Aplicação clínica:
Casais com aborto de repetição, infertilidade, atraso de desenvolvimento,
retardo mental, recém-nascidos com genitália ambígua, anomalias
cromossômicas, baixa estatura, Síndrome de Down
Informação
adicional:
Anomalias cromossômicas causam uma vasta gama de distúrbios
relacionados com doenças congênitas e defeitos de nascimento. O estudo
do cariótipo é realizado no sangue para uma variedade de indicações
incluindo retardo mental, possível síndrome de Down, baixa estatura ou
amenorréia primária (síndrome de Turner), abortos de repetição,
infertilidade, várias anomalias congênitas, determinação do sexo e muitos
outros
Valores de
referência:
46,XX (sexo feminino)
Interpretação:
Ao interpretar os resultados, os seguintes fatores devem ser
considerados: algumas anomalias cromossômicas são equilibradas (sem
aparente ganho ou perda de material genético) e não pode estar
associadas com defeitos de nascimento. No entanto, anormalidades
equilibradas muitas vezes causam infertilidade e, quando herdado de
forma desequilibrada, podem resultar em defeitos de nascimento na sua
descendência.
46,XY (sexo masculino)
Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais
como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas,
mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes
teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes
Manual de Exames Abril 2012
sobre as limitações técnicas do exame.
Informações sobre Amostras
Amostra:
Sangue periférico – Heparina sódica
Volume:
5 a 10ml (adulto), 2 a 5ml (recém-nascido)
Transporte:
Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta
heparinizada, não passar para tubos não estéreis.
Recebimento da
amostra
2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as
12:00hs
Instruções de
armazenamento:
Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR
Estabilidade:
48 horas após a coleta mantida refrigerada
Causas de rejeição
da amostra:
Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor
(roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a
temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica
Informações sobre o método laboratorial
Procedimento:
Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com
resolução de 400-550 Bandas
Metodologia:
Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias
cromossômicas numéricas e estruturais
Limitações:
Linfócitos T que não respondem ao mitógeno utilizado para estimular as
células em mitose, mosaicismo cromossômico pode ser perdido devido a
um erro de amostragem estatística (raro) e na não detecção de
microalterações cromossômicas.
Manual de Exames Abril 2012
Referências:
1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In
Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts,
1983, pp 1-29
2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997
3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of
leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6
4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular.
In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82
Manual de Exames Abril 2012
CARIÓTIPO, Sangue Periférico – Contagem ampliada
Mnemônico: CG010SP
Sinônímia:
Cariótipo de sangue para mosaicismo, Cariótipo de mosaico de Turner
Prazo:
30 dias corridos
Informações de uso clínico
Aplicação clínica:
Realizado para confirmação ou exclusão de mosaicismo
Informação
adicional:
A presença de duas linhagens ou mais de células cromossomicamente
diferentes em um mesmo indivíduo é considerada um mosaicismo
cromossômico. Para identificar estes mosaicismos é necessário a análise
do cariótipo de 50 a 100 células.
Valores de
referência:
46,XX (sexo feminino)
Interpretação:
Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais
como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas,
mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes
teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes
sobre as limitações técnicas do exame.
46,XY (sexo masculino)
Informações sobre Amostras
Amostra:
Sangue periférico – Heparina sódica
Volume:
5 a 10ml (adulto), 2 a 5ml (recém-nascido)
Transporte:
Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta
heparinizada, não passar para tubos não estéreis.
Recebimento da
amostra
2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as
12:00hs
Manual de Exames Abril 2012
Instruções de
armazenamento:
Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR
Estabilidade:
48 horas após a coleta mantida refrigerada
Causas de rejeição
da amostra:
Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor
(roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a
temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica
Informações sobre o método laboratorial
Procedimento:
Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com
resolução de 400-550 Bandas
Metodologia:
Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias
cromossômicas numéricas e estruturais
Limitações:
Linfócitos T que não respondem ao mitógeno utilizado para estimular as
células em mitose, mosaicismo cromossômico pode ser perdido devido a
um erro de amostragem estatística (raro) e na não detecção de
microalterações cromossômicas.
Referências:
1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In
Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts,
1983, pp 1-29
2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997
3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of
leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6
4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular.
In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82
Manual de Exames Abril 2012
CARIÓTIPO, Sangue Periférico - Hematológico
Mnemônico: CG002SP
Sinônímia:
Cariótipo de sangue hematológico, Cariótipo de sangue oncohemato,
Cariótipo com banda G para leucemia, Cariótipo para cromossomo
Philadelphia
Prazo:
20 dias corridos
Informações de uso clínico
Aplicação clínica:
Suspeita de LMC e demais leucemias, ou outras disordens
hematológicas malignas. É indicado quando não é possível coletar a
medula óssea e o paciente apresenta alta porcentagem de células
blásticas em divisão na corrente circulatótia
Informação
adicional:
As anomalias cromossômicas desempenham um papel fundamental na
patogênese, diagnóstico e acompanhamento do tratamento de muitas
doenças hematológicas. Sempre que possível, é importante realizar o
cariótipo para detectar possíveis desordens hematológicas neoplásicas na
medula óssea. Estudos de medula óssea são mais sensíveis e as
possibilidades de encontrar células em metafase são cerca de 95%, em
comparação com apenas uma chance de 60% para estudos de sangue.
Quando não é possível coletar a medula óssea, o cariótipo de sangue
podem ser útil.
Quando células do sangue são cultivadas em meio de
cultura sem mitógenos, a observação de qualquer clone
cromossomicamente anormal pode ser compatível com um processo
neoplásico
Valores de
referência:
46,XX (sexo feminino)
Interpretação:
A presença de um clone anormal geralmente indica um processo
neoplásico maligno. A ausência de um clone anormal aparente no sangue
pode resultar de uma falta de circulação de células anormais e não de
uma ausência de doença. Em raras ocasiões, a presença de uma
anormalidade pode associada com uma anomalia congênita e, assim, não
relacionada a um processo maligno.
46,XY (sexo masculino)
Manual de Exames Abril 2012
Informações sobre Amostras
Amostra:
Sangue periférico – Heparina sódica
Volume:
5 a 10ml
Transporte:
Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta
heparinizada, não passar para tubos não estéreis.
Recebimento da
amostra
2ª a 4ª no horário das 08:00 as 17:00hs e as 5ª das 08:00 as 14:00hs
(devido aos tempos de cultura)
Instruções de
armazenamento:
Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR
Estabilidade:
24 horas após a coleta mantida refrigerada
Causas de rejeição
da amostra:
Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor
(roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a
temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica
Informações sobre o método laboratorial
Procedimento:
Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com
resolução de 400-550 Bandas
Metodologia:
Cultura temporária de linfócitos sem estimulação de mitógenos para
investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais
Limitações:
Células tumorais não dividindo ou não circulante na corrente sanguínea
.
Manual de Exames Abril 2012
Referências:
1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In
Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts,
1983, pp 1-29
2. Dewald GW, Ketterling RP, Wyatt WA, Stupca PJ: Cytogenetic studies in neoplastic hematologic
disorders. In Clinical Laboratory Medicine, 2nd edition. Edited by KD McClatchey. Baltimore,
Williams & Wilkens, 2002, pp 658-685
3. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997
Manual de Exames Abril 2012
CARIÓTIPO, Medula Óssea
Mnemônico: CG001MO
Sinônímia:
Cariótipo de medula, Cariótipo de aspirado de medula óssea, Cariótipo
oncohemato, Cariótipo para cromossomo Philadelphia
Prazo:
15 dias corridos
Informações de uso clínico
Aplicação clínica:
Suspeita de LMC, LMA, LLC, LLA, Mielodisplasia, Pancitopenia, Anemia
aplásica, Plaquetopenia, Mieloma múltiplo.
Informação
adicional:
As anomalias cromossômicas desempenham um papel fundamental na
patogênese, diagnóstico e acompanhamento do tratamento de muitas
doenças hematológicas. Sempre que possível, é importante realizar o
cariótipo para detectar possíveis desordens hematológicas neoplásicas na
medula óssea. Certas anomalias cromossômicas podem ajudar na
classificação de uma malignidade. Como exemplos, o cromossomo
Philadelphia (Ph), também conhecido como t(9;22)(q34;q11.2), é
geralmente indicativo de leucemia mielóide crônica (LMC) ou leucemia
aguda; t(8;21)(q22;q22) define um subconjunto dos pacientes com
leucemia mielóide aguda, M2; e t(8;14)(q24.1;q32) está associado a
Leucemia/linfoma de Burkitt. O cariótipo de aspirado de medula óssea,
também auxilia no monitoramento do tratamento de pacientes, e pode
identificar a progressão da doença, tais como o início da crise blástica na
LMC, que muitas vezes é caracterizado por Trissomia 8, isocromossomo
17q e vários cromossomos de Ph.
Valores de
referência:
46,XX (sexo feminino)
Interpretação:
Para garantir a interpretação, é importante fornecer ao laboratório as
informações clínicas do paciente para realizar o cariótipo. Os seguintes
fatores são importantes na interpretação dos resultados: embora a
presença de um clone anormal geralmente indique um processo
neoplásico maligno, em situações raras, o clone pode refletir uma
condição benigna. A ausência de um clone anormal pode ser o resultado
46,XY (sexo masculino)
Manual de Exames Abril 2012
de uma coleta da amostra de um local que não está envolvido na
neoplasia ou pode indicar que a desordem é causada por anormalidades
submicroscópicas que não podem ser identificadas pela análise do
cromossomo. Em raras ocasiões, a presença de uma anormalidade pode
estar associada com uma anomalia congênita e, assim, não relacionada à
um processo maligno.
Informações sobre Amostras
Amostra:
Aspirado de medula óssea – Heparina sódica
Volume:
3 a 5ml
Transporte:
Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta
heparinizada, não passar para tubos não estéreis.
Recebimento da
amostra
2ª a 4ª no horário das 08:00 as 17:00hs e as 5ª das 08:00 as 14:00hs
(devido aos tempos de cultura)
Instruções de
armazenamento:
Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR
Estabilidade:
24 horas após a coleta mantida refrigerada
Causas de rejeição
da amostra:
Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor
(roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a
temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica
Informações sobre o método laboratorial
Procedimento:
Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com
resolução de 400-550 Bandas
Metodologia:
Cultura temporária de linfócitos sem estimulação de mitógenos para
investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais
Manual de Exames Abril 2012
Referências:
1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In
Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts,
1983, pp 1-29
2. Dewald GW, Ketterling RP, Wyatt WA, Stupca PJ: Cytogenetic studies in neoplastic hematologic
disorders. In Clinical Laboratory Medicine, 2nd edition. Edited by KD McClatchey. Baltimore,
Williams & Wilkens, 2002, pp 658-685
3. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997

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