66 71 lagrimas renault - Thema® Hotels and Resorts
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66 71 lagrimas renault - Thema® Hotels and Resorts
Refúgio de história Quinta das Lágrimas Palace Hotel Na Princesa do Mondego, a eternamente jovem cidade de Coimbra, ergue-se uma das mais belas unidades hoteleiras nacionais. Mas mais que um hotel, o Quinta das Lágrimas Palace Hotel é uma parcela da nossa História, que está aberta a quem a quiser conhecer. Por Sandra M. Pinto Fotos Luís Pissarro A cidade de Coimbra espelha-se no Mondego, encimada pela altaneira Torre da Universidade, emblema de Portugal por esse mundo fora. O geométrico casario que forra as duas margens do rio, e que faz lembrar um óleo de Maluda, apenas é interrompido por uma mancha vegetal, por entre a qual se adivinha um palacete amarelo. Guardado do mundo exterior por um cofre de árvores, como se de uma jóia preciosa se tratasse, o Quinta das Lágrimas Palace Hotel consegue combinar na perfeição as características de hotel de cidade com as de retiro campestre. Romance, natureza, charme, história e tranquilidade fazem a essência deste espa- ço, um refúgio de conforto num palácio do século XVIII restaurado em toda a sua grandiosidade. Ao percorrer a estrada que dá acesso ao hotel percebemos que estamos a entrar num mundo diferente, quase como se tivéssemos atravessado um portal de acesso a uma quarta dimensão, onde a realidade tem outros contornos e onde os ruídos da cidade vizinha não se fazem sentir. Devidamente estacionado o Renault Captur Helly Hansen que nos transportou até Coimbra era hora de nos deixarmos levar pelos encantos deste hotel tão particular. Rodeados de história A entrada do Quinta das Lágrima Palace Hotel é um espaço mágico que prepara os visitantes para o que vão encontrar na propriedade. Na parede dois óleos de Luís Pinto Coelho estilizam as míticas figuras de Pedro e Inês e ao fundo uma peça em mármore da autoria de agosto · setembro 2014 Viagens & Resorts 67 João Cutileiro, uma visão muito particular do artista daquela que foi coroada rainha depois de morta. Este é um daqueles locais que não se estranha e logo se entranha. A propriedade ocupa uma área de 12 hectares no centro da cidade de Coimbra. O edifício, construído como residência familiar no início do século XVIII, é o centro em torno do qual tudo gravita. Simultaneamente delicado e imponente, o palacete das Lágrimas encerra as memórias de Pedro e Inês, e de tantos outros que aqui vieram em honra do mais intemporal dos nossos amores. Conta a lenda que a Quinta das Lágrimas era o local secreto de encontro do príncipe e da sua amada, tendo sido também aqui que três fidalgos a assassinaram brutalmente a mando de D. Afonso IV. As lágrimas com que Inês suplicou o perdão, transformaram-se na água que ainda corre nas fontes da quinta. O seu sangue, injustamente derramado, permaneceu para sempre nas pedras da Fonte das Lágrimas, ou pelo menos assim reza a lenda. A Quinta das Lágrimas está na posse dos actuais proprietários desde 1730, altura em que foi comprada como dote do casamento de D. Josefa Luísa de Figueiredo Brandão com Miguel Osório Cabral da Gama e Castro. A partir daí, a casa foi passando de geração em geração, até que os actuais donos decidiram transformá-la em hotel. Assim, a 19 de Setembro de 1995, e depois de dois anos de obras de recuperação, nasceu o Quinta das Lágrimas Palace Hotel, hoje membro dos Small Luxury Hotels of the World. 68 Viagens & Resorts agosto · setembro 2014 Guardado do mundo exterior por um cofre de árvores, como se de uma jóia preciosa se tratasse, o Quinta das Lágrimas Palace Hotel consegue combinar na perfeição as características de hotel de cidade com as de retiro campestre Este é um daqueles locais que não se estranha e logo se entranha. A propriedade ocupa uma área de 12 hectares no centro da cidade de Coimbra. O edifício, construído no início do século XVIII, é o centro em torno do qual tudo gravita Renault Captur Helly Hansen A Renault associa-se à Helly Hansen, marca de roupa desportiva e de actividades «outdoor», para comercializar o primeiro Renault Captur equipado com o Extended Grip, um sistema que lhe confere uma motricidade a toda a prova. A série limitada Renault Captur Helly Hansen adopta um look exclusivo, com a cor Vermelho Chama disponível em bi-tom com tejadilho preto ou branco marfim. As protecções dos para-choques dianteiro e traseiro e as jantes de 17 polegadas dão-lhe um ar «off road». O Renault Captur Helly Hansen dispõe, de série, do tablet táctil R-Link, sendo que os estofos em couro fazem também a sua aparição nesta série limitada. Lançado em 2013 o sistema de optimização da motricidade, Extended Grip, é também disponibilizado nesta série limitada do Renault Captur. De condução confortável, o Renault Captur Helly Hansen dispõe de acendimento automático dos faróis e dos limpa pára-brisas, banco traseiro deslizante e rebatível 1/3 – 2/3, ar condicionado, jantes em liga leve de 17’’ e pneus «mud and snow», elevadores eléctricos dos vidros dianteiros e traseiros (modo impulsional para o condutor), computador de bordo, piso da bagageira reversível e lavável, faróis de nevoeiro com função de viragem, radar de estacionamento traseiro ou câmara de marcha atrás, regulador/limitador de velocidade, ABS com assistência à travagem de urgência e ESC com ajuda ao arranque em declive, cartão com função mãos-livres e vidros traseiros sobre escurecidos. Viagens & Resorts 69 Os hóspedes são invariavelmente recebidos com um sorriso familiar, como se estivessem a chegar à sua casa Da magia dos aposentos à classe da gastronomia No que diz respeito aos aposentos, o hotel Quinta das Lágrimas oferece três ambientes distintos: os quartos do Palácio, donos de um charme e romantismo do passado oferecendo uma estadia na história, os quartos do Jardim que oferecem a frescura do sereno jardim botânico e a vista para o cenário dos amores de Pedro e Inês, e os quartos do Spa possuidores de um design moderno. Na casa antiga respiram-se as memórias de família, que durante centenas de anos se foram acumulando pelas salas e corredores. O ambiente pouco mudou com a transformação em hotel. Os hóspedes são invariavelmente recebidos com um sorriso familiar, como se estivessem a chegar à sua casa e as antigas fotografias na parede retratassem os seus antepassados. Como acon- Quinta das Lágrimas Palace Hotel Rua António Augusto Gonçalves 3041-901 Coimbra Tel. 239 802 380 quintadaslagrimas@ themahotels.pt 70 Viagens & Resorts agosto · setembro 2014 tece numa casa, cada sala tem um nome e uma função, oferecendo aos hóspedes a solução ideal para cada momento do dia; a biblioteca convida ao recolhimento na companhia de um dos seus 10 mil livros antigos, a capela a momentos de reflexão, as varandas a um chá a meio da tarde, a sala de música a tranquilas conversas à lareira para acabar a noite. À semelhança das salas, cada quarto é individualmente decorado, possuindo a sua personalidade e história, que homenageia os visitantes ilustres que aqui foram recebidos ao longo dos tempos. Existe o Quarto do Rei, em memória da visita de D. Miguel, o Quarto Dom Pedro, que evoca a passagem do Imperador do Brasil pela Quinta das Lágrimas, e o Quarto Wellington, onde pernoitou o célebre duque inglês antes da batalha do Buçaco. À carga histórica de cada quarto aliam-se todos os confortos modernos. O ambiente vivido nos quartos respeita o espaço em que se encontram. No palácio a decoração criar uma harmonia com a área envolvente. Os tecidos utilizados têm motivos florais e as varandas dão acesso directo ao jardim, convidando os hóspedes a tranquilos passeios em plena natureza. Lá fora, as maravilhas do mundo sucedem-se a um ritmo impressionante. Na quinta existem cinco espécies diferentes de palmeiras, majestosos exemplares de a cárias, podocarpus, plátanos e sequóias, além do bosque de bambus chineses e centenas de outras árvores centenárias. O conjunto dá corpo a um museu botânico privado de enorme valor, nascido da veia coleccionista de um dos antigos senhores da Quinta das Lágrimas, que no início do século XIX trocava plantas como quem hoje troca cromos ou selos. Para além de passear no jardim, os hóspedes podem também passar o seu tempo na piscina exterior, no court de ténis, na academia de golfe ou no Bamboo Garden Spa. Também na gastronomia não se deixou cair no esquecimento as memórias do passado. Os ancestrais livros de cozinha da Quinta das Lágrimas foram reabertos, as antigas receitas ganharam um sopro de vida, e são agora servidas aos hóspedes no restaurante Arcadas. Sob os comandos do chef Albano Lourenço são utilizados produtos tradicionais da região para criar receitas de sabor único, que se renovam ao ritmo das estações. No recentemente inaugurado restaurante Pedro & Inês é servida uma gastronomia distinta e de qualidade, gozando também da sua localização, enquadramento natural e paisagístico, junto à piscina da unidade hoteleira. O espaço pretende aproximar verdadeiramente os cidadãos de Coimbra à Quinta das Lágrimas, no sentido de desfrutarem de um espaço verdadeiramente acolhedor, envolto em romantismo e com uma cozinha vocacionada para os costumes tradicionais. O Quinta das Lágrimas Palace Hotel encerra lendas de outros tempos que fazem dele um recanto da nossa História. É, por isso e pela qualidade do serviço que presta, um pequeno paraíso onde cada hóspede é convidado a viver o seu conto de fadas. www.quintadaslagrimas.pt A Quinta das Lágrimas está na família dos actuais proprietários desde 1730. em Setembro de 1995, e depois de dois anos de obras de recuperação, nasceu o Quinta das Lágrimas Palace Hotel, hoje membro dos Small Luxury Hotels of the World Mirar Lisboa Sento-me num dos bancos verdes de jardim. Já gasto, rude pelo tempo ali passado, mirando o rio. Quantas ‘estórias’ e romanceados contos ali se passaram. Quantos deles, poderia, qualquer um daqueles velhos bancos de jardim partilhar, se o quisessem. Recosto-me. Reencontro-me com a cidade. Ali mesmo, num dos seus rarefeitos jardins citadinos, onde as árvores resistem em plena urbe massificada. Ali, onde vislumbro a azáfama comercial da cidade e do seu porto entrelaçado com o rio que a enobrece. Ali, onde melhor compreendemos as conquistas constantes e as perdas inerentes da necessidade de expressão de uns e de outros. Da natureza nua e crua, no lençol rasgado de luz e de água doce e de sal que nos invade a alma, refrescando-a sem igual. Do betão cinzento e quente que rompe pelo horizonte, mastigado pelo vai-e-vem frenético de carros e de gente, de massas inquietas de pensamentos. No Miradouro do Conde de Óbidos, compreende-se melhor esse diálogo artístico – concreto ou abstrato – entre a troca e a dávida, entre o natural e o artificial. E, muito de nós, questionar-se-ia, sobre a qual atribuiríamos mais beleza. Se à paisagem urbana salpicada pela dávida natural ou se ao cristalino olhar pelo horizonte silvado por uma brisa fresca das folhas verdes que nos rodeiam. Esse é o mistério da arte. Expressões de qualquer natureza que batalham pela nossa atenção, mesmo que por um breve instante do nosso pensamento. E, ao fazêlo, desconhecendo o impacto que tal atenção terá – de repulsa ou de encantamento – quiçá de alegria ou de aborrecimento. Nuno Nogueira Consultor na PwC e Fundador da ‘A Rudimentar’, Lisbon Gallery, na Rua Presidente Arriaga, n.º 100, em Lisboa. agosto · setembro 2014 Viagens & Resorts 71