Anexos 1 - Museu Nacional Machado de Castro

Transcrição

Anexos 1 - Museu Nacional Machado de Castro
Anexos
1
Anexos
2
Anexos
ANEXO I
A colecção de têxteis
O acervo têxtil do MNMC é composto maioritariamente por paramentaria dos séculos XVI a
XIX, incluindo também alguns exemplares dos séculos XIV e XV (fragmentos de mortalhas
provenientes de sepulturas de alguns bispos conimbricenses e de túmulos de figuras
destacadas da nobreza de Coimbra) (AAVV, 2005).
Além destas peças, a colecção é composta por peças de uso civil, nomeadamente tapetes
(orientais e de Arraiolos), uma tapeçaria flamenga e algumas colchas.
À colecção de têxteis pertencem também peças da sub-categoria de tecidos e bordados, que
se faz compor por um vasto número de amostras das mais variadas proveniências.
Tabela 1 – As diferentes sub-categorias de têxteis, os principais tipos de peças,
materiais e épocas.
Sub-categorias
Paramentaria
Tecidos e Bordados
Tipos de peças
Casula
Dalmática
Pluvial
Estola
Manípulo
Mitra
Bolsa de corporais
Luva pontifical
Meia pontifical
Sapato pontifical
Almofada
Umbela processional
Véu de sacrário
Pavilhão de sacrário
Frontal
Pano de púlpito
Pano de esquife
Reposteiro
Véu de ombros
Capa de livro
Véu de píxide
Gremial
Estandarte
Vestes de imagem
…
Amostras de tecidos
Fragmentos de peças
Tecidos bordados
Colchas
Tapetes
Tapeçaria
Tapete de Arraiolos
Tapete Oriental
Materiais
Datação
Têxtil
Metal
Cartão
XV-XIX
Têxtil
Metal
?
XIV-XIX
Têxtil
XVI-XX
Têxtil
XVI-XX
Têxtil
XVI
Referências
AAVV (2005), Museu Nacional Machado de Castro (roteiro). Instituto Português de Museus, Lisboa.
3
Anexos
ANEXO II
Tabelas de avaliação do estado de conservação da Colecção de Têxteis do MNMC:
- sub-categorias de paramentaria, colchas, tapetes e tapeçaria;
- colecção de têxteis.
Nota: Os parâmetros de avaliação relativos ao ataque por fungos, bolores e microorganismos e
alterações provocadas por insectos, roedores e aves, são aqueles que menos se manifestam
na colecção. Se forem comparados os resultados das médias feitas com 10 parâmetros de
degradação (colunas amarelas das tabelas de avaliação de estado de conservação) e com 8
parâmetros de degradação, nas sub-categorias de tapetes e paramentaria, há diferenças que
chegam aos 0,5.
Isto pode significar uma diferença de classificação de estado de conservação, o que justifica a
eliminação dos parâmetros relativos às formas de degradação por biodeterioração da média
final.
Como exemplos concretos:
- Paramentaria: sapato pontifical (T713), com um M10 = 3,9 (mau) e um M8 = 4,6 (deficiente);
- Tapetes: tapete de Arraiolos (T765), com um M10 = 3,6 (mau) e um M8 = 4,1 (deficiente).
4
Anexos
Avaliação do estado de
conservação
E-6
luva pontifical
E-4/P-2
colete de imagem
T 830
vestido de imagem
T819
bolsa de corporais
T532
E-4/P-2
E-3/P-3
E-6
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
3
2
1
2
2
1
1
2
19
1,9
17
2,1
2
3
1
1
3
2
1
1
1
16
1,6
14
1,8
2
1
1
2
2
2
2
1
1
2
16
1,6
14
1,8
3
1
2
2
2
3
2
1
1
3
20
2
18
2,3
Sujidade
Alterações
formais
Estado de
secura do
material
3
1
Alterações
cromáticas
2
Perda de
qualidades
físicas
Material
Dimensões (cm)
AxL(xE)
12 x 20
(mão); 13 x
8 (punho)
Média (T/8)
E-3/P-3
T; C; M
T
Total (8)
T434
T 632
25 x 25
20/8 x 230
Média (T/10)
estola
E-3/P-3
E-3/P-3
Total (10)
T310
T
(lhama);
M (Au)
Lacunas,
lacerações,
cortes
T570
caixa corporais
23/10,5 x
104
Perda de
material
manípulo
Localização
N.º inventário
Denominação da
Peça
Parâmetros para a avaliação do Estado de Conservação
I/N
T/N
Notas
53
Observações
E – Estrutura
P – Prateleira
T – Timol
N – Naftaleno
I – Peça notoriamente intervencionada
Análise rápida
495
Estado de Conservação
1-Muito bom
2 –Bom
3 - Regular
4 –Deficiente
5 -Mau
Tempo gasto
(min)
nº total de
peças
nº de peças
investigadas
Material
T- têxtil
C- cartão
M-metal
P- pele
V-vidro/pedras
Observações
Subcategoria Paramentaria
30
?
20
?
55
?
15
?
25
?
25
?
T; M
22,5 x 31
T; M
2
1
2
4
2
3
2
1
1
3
21
2,1
19
2,4
12 x 15
T; M
2
1
2
3
4
4
3
1
1
2
23
2,3
21
2,6
27,5 x 25,5
41 x 34,5;
44,5 (A
pendentes)
T; M
T
(lhama);
M (Au)
3
5
4
3
4
4
3
1
1
4
32
3,2
30
3,8
30
?
3
3
1
3
2
4
3
1
1
2
23
2,3
21
2,6
30
?
32 x 49 x 8
T; M
4
4
2
3
1
2
3
1
1
5
26
2,6
24
3,0
30
?
2
2
1
3
1
2
2
1
1
2
17
1,7
15
1,9
30
2
T/N
mitra
T496
almofada
T545
quadrado
T407A
E-3/P-3
26,5 x 26
T; M
manípulo
T676
E-3/P-3
22,5/9 x 122
T; M
4
4
4
3
2
3
3
1
1
4
29
2,9
27
3,4
25
4
manípulo
T32
E-3/P-3
19/7 x 160
T; M
4
4
5
2
2
2
3
1
1
4
28
2,8
26
3,3
20
4
bolsa de corporais
T302
E-3/P-3
26 x 26
T; C; M
3
2
3
3
2
3
3
1
1
2
23
2,3
21
2,6
T/N
30
2
manípulo
T435
E-3/P-3
20/8 x 124
2
1
2
3
2
2
3
1
1
2
19
1,9
17
2,1
T/N
25
2
sapato pontifical
T712
E-6
31 x 10 x 9
5
5
5
5
3
4
5
1
1
5
39
3,9
37
4,6
10
5
5
5
5
5
3
4
5
1
1
5
39
3,9
37
4,6
10
5
5
5
5
5
3
4
5
1
1
5
39
3,9
37
4,6
25
5
E-1
sapato pontifical
T713
E-6
31 x 10 x 9
T
T; M; P;
sola
T; M; P;
sola
meia pontifical
T642
E-6
60 x 27
T; M
almofada
T232
E-1
29 x 47 x 13
T; M
4
5
4
3
4
4
4
1
1
4
34
3,4
32
4,0
capuz de pluvial
banda
ornamentada
T531
E-4/P-2
51,5 x 45
T; M
4
5
5
4
4
5
5
1
3
5
41
4,1
37
4,6
T536
E-4/P-2
19,5 x 64
T; M
3
5
3
4
3
3
4
1
1
3
30
3
28
3,5
T/N
25
5
35
5
20
4
5
T virado sobre a
peça
casula
T6
E-5/P-4
casula
T617
E-5/P-4
casula
T204
E-5/P-4
casula
T278
E-5/P-4
casula
T112
E-5/P-4
casula
T613
E-4/P-5
casula
T305
E-4/P-5
mitra
T627
E-6
mitra
T625
E-6
luva pontifical
T708
E-6
luva pontifical
T709
E-6
estola
T427
E-3/P-3
dalmática
T505
E-4/P-5
dalmática
T506
E-4/P-5
108 x
144/88
(sem
mangas)
106 x
145/92
(sem
mangas)
4
1
3
5
36
3,6
32
4,0
T; M
2
4
2
3
2
3
2
1
1
3
23
2,3
21
2,6
T; M
3
4
3
4
3
3
3
1
1
3
28
2,8
26
T; M; C
3
4
3
4
2
2
3
1
1
3
26
2,6
T; M
2
2
2
3
2
3
2
1
1
2
20
T; M
3
4
3
5
3
4
4
1
1
3
31
Sujidade
Alterações
formais
Notas
5
Análise rápida
4
Tempo gasto
(min)
3
Observações
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
2
Estado de
secura do
material
5
Alterações
cromáticas
4
Perda de
qualidades
físicas
T
Material
Média (T/8)
E-5/P-4
Total (8)
T670
Média (T/10)
casula
27 x 42 x 6
117 x 79
(máx.);
112,5 x 74
(mín.)
128 x 113
(máx.); 126
x 93 (mín.)
117 x 74
(máx.); 116
x 66 (mín.)
117 x 82
(máx.); 117
x 74 (mín.)
112 x 86
(máx.); 107
x 76 (mín.)
113 x 85
(máx.); 110
x 72 (mín.)
110 x 77
(máx.); 109
x 69 (mín.)
118 x 78
(máx.); 111
x 71 (mín.)
42 x 35; 49
(A
pendentes)
42 x 34; 91?
(A
pendentes)
20 x 15
(mão); 13 x
15,5
(punho)
21 x 14,5
(mão); 10,5
x 16,5
(punho)
22/9,5x 228
Total (10)
E-1
Lacunas,
lacerações,
cortes
T58
Perda de
material
almofada
Dimensões (cm)
AxL(xE)
Localização
N.º inventário
Denominação da
Peça
Anexos
20
5
40
2
3,3
35
4
24
3,0
30
3
2
18
2,3
45
2
3,1
29
3,6
25
4
I
I
T; M
2
3
1
5
2
3
2
1
1
2
22
2,2
20
2,5
T/N
30
3
T; M; C
4
4
4
2
2
3
4
1
1
4
29
2,9
27
3,4
I
30
4
T; M
3
2
2
4
2
4
2
1
1
2
23
2,3
21
2,6
I
20
2
T; M; C;
V
5
2
3
3
2
4
3
1
1
3
27
2,7
25
3,1
15
4
T; M; C;
V
4
2
2
3
4
4
3
1
1
2
26
2,6
24
3,0
15
3
T; M
5
3
4
4
4
5
3
1
1
3
33
3,3
31
3,9
10
5
T; M
5
3
4
3
4
5
3
1
1
3
32
3,2
30
3,8
T; M
2
2
3
4
2
2
2
1
1
4
23
2,3
21
2,6
T/N
10
5
35
3
T; M
4
2
3
5
3
5
4
1
1
3
31
3,1
29
3,6
20
4
T; M
3
2
2
5
2
3
4
1
1
2
25
2,5
23
2,9
20
3
6
muito mal
acondicionada
(dobrada)
peça que foi
cortada na manga
aquando do
acondicionamento.
2
1
1
3
21
2,1
19
2,4
30
2
T; M
4
5
5
5
3
5
4
1
1
5
38
3,8
36
4,5
35
5
1
3
24
2,4
22
2,8
40
2
3
4
37
3,7
33
4,1
T/N/I
45
3
1
3
26
2,6
24
3,0
I
45
3
1
5
33
3,3
31
3,9
T/N
65
4
Sujidade
Alterações
formais
dalmática
T218
E-5/P-4
dalmática
T188
E-5/P-4
T; M
2
3
3
3
2
3
3
1
frontal de altar
T549
E-1
100 x 270
T; M
4
4
5
3
3
5
5
1
pano de púlpito
T414
E-4/P-3
100 x 250
T; M
2
2
2
4
4
4
3
1
frontal de altar
T527
E-1
109 x 300
T; M
4
4
3
5
3
4
3
1
pavilhão de
sacrário
T281
E-4/P-4
106 x 77
T; M
1
2
2
3
2
2
2
1
3
2
20
2
16
2,0
pluvial
T251
E-1
143 x 306
T; M
1
1
2
3
4
3
2
1
1
2
20
2
18
2,3
pluvial
T203
E-1
155 x 303
T; M
5
4
5
5
3
4
5
1
1
5
38
3,8
36
véu de sacrário
pavilhão de
sacrário
pavilhão de
sacrário
T385
E-4/P-4
140 x 158
T; M
2
2
2
3
4
4
2
1
1
2
23
2,3
21
T701
E-4/P-4
105 x 78
T; M
4
3
3
3
2
3
3
1
1
3
26
2,6
T680
E-1
T; M
3
2
2
4
5
3
2
1
1
2
25
2,5
bolsa de corporais
T598
E-3/P-3
210 (A)
29,5 x 30; 4
(A borlas)
T; M; C
4
3
4
2
3
4
3
1
1
2
27
2,7
bolsa de corporais
T558
E-4/P-2
sandálias de
imagem
T820
E-4/P-2
chapéu
?
E-5/P-4
97 (A)
52 x 80; 15
(A borlas)
6,5 x 3,5 x 4
(cada
sandália)
18 (D) x 8,5
(A)
25
2
T/N
60
2
4,5
T/N
85
4
2,6
T/N
55
2
24
3,0
T/N
35
3
23
2,9
35
3
25
3,1
25
3
T; M;
4
2
3
4
5
3
4
1
1
2
29
2,9
27
3,4
T; M; C
3
4
4
3
3
3
3
1
1
4
29
2,9
27
T; M; C
5
4
5
5
3
5
4
1
1
5
38
3,8
29
2,9
T; M
3
4
3
4
3
4
4
1
1
2
Total
170
163
160
186
145
182
166
53
61
166
Média
3,2
3,1
3,0
3,5
2,7
3,4
3,1
1,0
1,2
3,1
2,7
Notas
Média (T/8)
2
E-4/P-5
E-2/P-1
Análise rápida
Total (8)
2
T196
T396
Tempo gasto
(min)
Média (T/10)
4
dalmática
111 x
129/101
(sem
mangas)
114 x
139/91
(sem
mangas)
115 x
148/96
(sem
mangas)
umbela
Observações
Total (10)
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
2
Estado de
secura do
material
Lacunas,
lacerações,
cortes
2
Alterações
cromáticas
Perda de
material
2
Perda de
qualidades
físicas
T; M
Material
Dimensões (cm)
AxL(xE)
Localização
N.º inventário
Denominação da
Peça
Anexos
40
3
3,4
30
4
36
4,5
20
5
27
3,4
15
4
3,2
T/N
3,5
7
marcas de
caruncho no forro?
alterações
provocadas por
insectos/roedores
e aves no forro?
T virado sob a
peça
encontrava-se
enrugado e com
dobras
peça muito
pesada; a análise
foi feita sem abrir
a umbela, pois
poderia não
aguentar a tensão.
Anexos
Notas
Análise rápida
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
Estado de
secura do
material
Sujidade
Alterações
cromáticas
Alterações
formais
Lacunas,
lacerações,
cortes
Perda de
material
Material
T
(seda)
Perda de
qualidades
físicas
Dimensões (cm)
AxL
Localização
N.º inventário
Denominação da
Peça
224 x 208; 5
(franja)
Tempo gasto
(min)
Avaliação do estado de
conservação
Parâmetros para a avaliação do Estado de Conservação
Observações
5
Observações
E – Estrutura
P – Prateleira
T – Timol
N – Naftaleno
I – Peça notoriamente intervencionada
Média (T/8)
36
Estado de Conservação
1-Muito bom
2 –Bom
3 - Regular
4 –Deficiente
5 -Mau
Total (8)
nº total de peças
nº de peças
investigadas
Material
T- têxtil
C- cartão
M-metal
P- pele
V-vidro/pedras
Média (T/10)
Colchas
Total (10)
Subcategoria
E-5/P-1
colcha
T678
1
2
2
5
2
4
2
1
1
2
22
2,2
20
2,5
T
35
2
1
1
2
2
2
3
1
1
1
2
16
1,6
14
1,8
T
30
2
2
2
2
3
2
3
2
1
1
3
21
2,1
19
2,4
40
3
2
2
2
4
3
5
4
5
1
2
30
3
24
3,0
I
25
4
2
8
1,6
4
11
2,2
3
11
2,2
4
18
3,6
3
12
2,4
4
19
3,8
2
11
2,2
1
9
1,8
3
7
1,4
2
11
2,2
28
2,8
24
3,0
I
35
4
E-5/P-1
colcha
230 x 166; 4
(franja)
T727
E-6
colcha
T294
T472
T
T
188 x 165
E-6
colcha
T
290 x 254
E-6
colcha
?
206 x 176
T
Total
Média
2,3
2,5
3
8
peça
encontra-se
dobrada
peça
encontra-se
dobrada; em
muito bom
estado de
conservação
peça
encontra-se
enrolada
peça
encontra-se
dobrada,
sem saco;
muito suja e
manchada
no forro
peça
encontra-se
dobrada, em
saco aberto.
Anexos
4+1
Observações
E – Estrutura
P – Prateleira
T – Timol
N – Naftaleno
I – Peça notoriamente intervencionada
Avaliação do
estado de
conservação
Média (T/10)
Total (8)
Média (T/8)
4
4
5
4
4
4
4
43
4,3
35
4,4
30
5
5
5
5
5
4
4
2
4
44
4,4
38
4,8
50
5
Alterações
formais
Perda de
material
Estado de
secura do
material
5
5
Sujidade
5
5
Alterações
cromáticas
4
T
T
Lacunas,
lacerações,
cortes
T
142 x 149
204 x 120
Perda de
qualidades
físicas
92 x 81
Material
Total (10)
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
Dimensões (cm)
AxL
Localização
N.º inventário
Denominação da
Peça
Parâmetros para a avaliação do Estado de Conservação
Notas
37
Estado de Conservação
1-Muito bom
2 –Bom
3 - Regular
4 –Deficiente
5 -Mau
Análise rápida
nº total de peças
nº de peças
investigadas
Material
T- têxtil
C- cartão
M-metal
P- pele
V-vidro/pedras
Tempo gasto
(min)
Tapetes
Observações
Subcategoria
E-3/P-1
Tapete Arraiolos
Burra
?
Teliz
T739
E-2/P-3
E-3/P-1
fragmento enrolado a tubo de
plásico; foi colocado um tecido no
reverso, numa possível
intervenção, que causa alguns
problemas quando se enrola o
Tapete Arraiolos
T765
4
E-2/P-1
195 x 142
5
5
3
3
5
4
1
2
4
36
3,6
33
4,1
I
45
4
tapete; não forrado.
T
tapete enrolado a tubo de plásico;
foi colocado um sistema de
sustentação em tecido no reverso,
que causa alguns problemas
quando se enrola o tapete; não
Tapete Oriental
T751
4
5
3
2
3
4
4
1
1
3
30
3
28
3,5
4
5
3
4
3
3
4
1
1
3
31
3,1
29
3,6
Total
21
25
21
18
18
22
20
11
10
18
Média
4,2
5
4,2
3,6
3,6
4,4
4
2,2
2
3,6
40
4
40
3
E-2/P-1
Tapete Oriental
T741
forrado.
tapete enrolado a tubo de plásico;
205 x 139
T
3,7
4,1
I
muito fácil de enrolar; não forrado.
4,2
9
Anexos
1
1
Estado de Conservação
1-Muito bom
2 –Bom
3 - Regular
4 –Deficiente
5 -Mau
Observações
E – Estrutura
P – Prateleira
T – Timol
N – Naftaleno
I – Peça notoriamente intervencionada
Avaliação do
estado de
conservação
Observações
2
Média (T/8)
1
Total (8)
1
Média (T/10)
3
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
3
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
3
Total (10)
3
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
2
Estado de
secura do
material
2
Alterações
formais
Perda de
qualidades
físicas
2
Sujidade
T
Alterações
cromáticas
360 x 405
Material
Dimensões (cm)
AxL
Localização
E-1
Lacunas,
lacerações,
cortes
T-774
Perda de
material
Tapeçaria
N.º inventário
Denominação da
Peça
Parâmetros para a avaliação do Estado de Conservação
22
2,2
20
2,5
I
2
Notas
nº total de peças
nº de peças
investigadas
Material
T- têxtil
C- cartão
M-metal
P- pele
V-vidro/pedras
Análise rápida
Tapeçaria
Tempo gasto
(min)
Subcategoria
Peça forrada (pontos dados
na diagonal)
10
Anexos
nº de peças investigadas
63+1
Observações
E – Estrutura
P – Prateleira
T – Timol
N – Naftaleno
I – Peça notoriamente intervencionada
Avaliação do
estado de
conservação
2
1
Média (T/8)
2
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
1
Total (8)
2
Estado de
secura do
material
Alterações
formais
Perda de
material
Perda de
qualidades
físicas
Lacunas,
lacerações,
cortes
3
Média (T/10)
T; C; M
T
3
Total (10)
25 x 25
20/8 x 230
2
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
T
(lhama);
M (Au)
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
23/10,5 x
104
Sujidade
T570
Alterações
cromáticas
E-3/P-3
manípulo
Material
Dimensões (cm)
AxL
Localização
N.º inventário
Denominação da
Peça
Parâmetros para a avaliação do Estado de Conservação
1
2
19
1,9
17
2,1
I/N
30
?
20
?
55
?
15
?
25
?
25
?
E-3/P-3
caixa corporais
T310
estola
T434
T 632
E-3/P-3
E-6
luva pontifical
E-4/P-2
colete de imagem
T 830
vestido de imagem
T819
bolsa de corporais
T532
E-4/P-2
E-3/P-3
E-6
mitra
T496
E-1
12 x 20
(mão); 13 x
8 (punho)
1
2
3
1
1
3
2
1
1
1
16
1,6
14
1,8
2
1
1
2
2
2
2
1
1
2
16
1,6
14
1,8
3
1
2
2
2
3
2
1
1
3
20
2
18
2,3
T/N
Notas
812
Estado de Conservação
1-Muito bom
2 –Bom
3 - Regular
4 –Deficiente
5 -Mau
Análise rápida
nº total de peças
Material
T- têxtil
C- cartão
M-metal
P- pele
V-vidro/pedras
Tempo gasto
(min)
Colecção Têxteis
Observações
Subcategoria
T; M
22,5 x 31
T; M
2
1
2
4
2
3
2
1
1
3
21
2,1
19
2,4
12 x 15
T; M
2
1
2
3
4
4
3
1
1
2
23
2,3
21
2,6
27,5 x 25,5
41 x 34,5;
44,5 (A
pendentes)
T; M
T
(lhama);
M (Au)
3
5
4
3
4
4
3
1
1
4
32
3,2
30
3,8
30
?
3
3
1
3
2
4
3
1
1
2
23
2,3
21
2,6
30
?
32 x 49 x 8
T; M
4
4
2
3
1
2
3
1
1
5
26
2,6
24
3,0
30
?
T; M
2
2
1
3
1
2
2
1
1
2
17
1,7
15
1,9
30
2
4
T/N
almofada
T545
quadrado
T407A
E-3/P-3
manípulo
T676
E-3/P-3
26,5 x 26
22,5/9 x
122
T; M
4
4
4
3
2
3
3
1
1
4
29
2,9
27
3,4
25
manípulo
T32
E-3/P-3
19/7 x 160
T; M
4
4
5
2
2
2
3
1
1
4
28
2,8
26
3,3
20
4
bolsa de corporais
T302
E-3/P-3
26 x 26
T; C; M
3
2
3
3
2
3
3
1
1
2
23
2,3
21
2,6
T/N
30
2
manípulo
T435
E-3/P-3
20/8 x 124
2
1
2
3
2
2
3
1
1
2
19
1,9
17
2,1
T/N
25
2
sapato pontifical
T712
E-6
31 x 10 x 9
5
5
5
5
3
4
5
1
1
5
39
3,9
37
4,6
10
5
sapato pontifical
T713
E-6
31 x 10 x 9
T
T; M;
Pele;
sola
T; M;
Pele;
sola
5
5
5
5
3
4
5
1
1
5
39
3,9
37
4,6
10
5
meia pontifical
T642
E-6
60 x 27
T; M
5
5
5
5
3
4
5
1
1
5
39
3,9
37
4,6
25
5
T virado sobre a peça
11
4
1
1
4
34
3,4
32
4,0
5
5
1
3
5
41
4,1
37
4,6
banda ornamentada
T536
E-4/P-2
19,5 x 64
T; M
3
5
3
4
3
3
4
1
1
3
30
3
28
almofada
T58
E-1
T
4
5
2
3
4
5
4
1
3
5
36
3,6
32
casula
T670
E-5/P-4
T; M
2
4
2
3
2
3
2
1
1
3
23
2,3
21
2,6
casula
T6
E-5/P-4
T; M
3
4
3
4
3
3
3
1
1
3
28
2,8
26
casula
T617
E-5/P-4
T; M; C
3
4
3
4
2
2
3
1
1
3
26
2,6
casula
T204
E-5/P-4
T; M
2
2
2
3
2
3
2
1
1
2
20
casula
T278
E-5/P-4
T; M
3
4
3
5
3
4
4
1
1
3
casula
T112
E-5/P-4
T; M
2
3
1
5
2
3
2
1
1
casula
T613
E-4/P-5
T; M; C
4
4
4
2
2
3
4
1
casula
T305
E-4/P-5
T; M
3
2
2
4
2
4
2
mitra
T627
E-6
T; M; C;
V
5
2
3
3
2
4
mitra
T625
E-6
T; M; C;
V
4
2
2
3
4
luva pontifical
T708
E-6
T; M
5
3
4
4
luva pontifical
T709
E-6
T; M
5
3
4
estola
T427
E-3/P-3
27 x 42 x 6
117 x 79
(máx.);
112,5 x 74
(mín.)
128 x 113
(máx.); 126
x 93 (mín.)
117 x 74
(máx.); 116
x 66 (mín.)
117 x 82
(máx.); 117
x 74 (mín.)
112 x 86
(máx.); 107
x 76 (mín.)
113 x 85
(máx.); 110
x 72 (mín.)
110 x 77
(máx.); 109
x 69 (mín.)
118 x 78
(máx.); 111
x 71 (mín.)
42 x 35; 49
(A
pendentes)
42 x 34;
91? (A
pendentes)
20 x 15
(mão); 13 x
15,5
(punho)
21 x 14,5
(mão); 10,5
x 16,5
(punho)
22/9,5x 228
T; M
2
2
3
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
Estado de
secura do
material
Perda de
material
Material
Alterações
formais
25
5
35
5
3,5
20
4
4,0
20
5
40
2
3,3
35
4
24
3,0
30
3
2
18
2,3
45
2
31
3,1
29
3,6
I
25
4
2
22
2,2
20
2,5
T/N
30
3
1
4
29
2,9
27
3,4
I
30
4
1
1
2
23
2,3
21
2,6
I
20
2
3
1
1
3
27
2,7
25
3,1
15
4
4
3
1
1
2
26
2,6
24
3,0
15
3
4
5
3
1
1
3
33
3,3
31
3,9
10
5
3
4
5
3
1
1
3
32
3,2
30
3,8
10
5
4
2
2
2
1
1
4
23
2,3
21
2,6
35
3
T/N
I
T/N
Notas
Média (T/8)
4
4
Análise rápida
Total (8)
4
4
Tempo gasto
(min)
Média (T/10)
3
5
Observações
Total (10)
4
5
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
5
4
Sujidade
4
T; M
Alterações
cromáticas
T; M
51,5 x 45
Lacunas,
lacerações,
cortes
29 x 47 x 13
E-4/P-2
Perda de
qualidades
físicas
E-1
T531
Dimensões (cm)
AxL
T232
capuz de pluvial
Localização
almofada
N.º inventário
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
Denominação da
Peça
Anexos
muito mal acondicionada
(dobrada)
12
Média (T/10)
Total (8)
Média (T/8)
1
1
3
31
3,1
29
3,6
20
4
T; M
3
2
2
5
2
3
4
1
1
2
25
2,5
23
2,9
20
3
T; M
2
2
2
4
2
2
2
1
1
3
21
2,1
19
2,4
30
2
T; M
4
5
5
5
3
5
4
1
1
5
38
3,8
36
4,5
35
5
1
3
24
2,4
22
2,8
40
2
3
4
37
3,7
33
4,1
T/N/I
45
3
1
3
26
2,6
24
3,0
I
45
3
1
1
5
33
3,3
31
3,9
T/N
65
4
2
1
3
2
20
2
16
2,0
25
2
3
2
1
1
2
20
2
18
2,3
T/N
60
2
3
4
5
1
1
5
38
3,8
36
4,5
T/N
85
4
4
4
2
1
1
2
23
2,3
21
2,6
T/N
55
2
T/N
Estado de
secura do
material
Perda de
material
dalmática
T506
E-4/P-5
dalmática
T196
E-4/P-5
dalmática
T218
E-5/P-4
dalmática
T188
E-5/P-4
T; M
2
3
3
3
2
3
3
1
frontal de altar
T549
E-1
100 x 270
T; M
4
4
5
3
3
5
5
1
pano de púlpito
T414
E-4/P-3
100 x 250
T; M
2
2
2
4
4
4
3
1
frontal de altar
T527
E-1
109 x 300
T; M
4
4
3
5
3
4
3
pavilhão de sacrário
T281
E-4/P-4
106 x 77
T; M
1
2
2
3
2
2
pluvial
T251
E-1
143 x 306
T; M
1
1
2
3
4
pluvial
T203
E-1
155 x 303
T; M
5
4
5
5
véu de sacrário
T385
E-4/P-4
140 x 158
T; M
2
2
2
3
pavilhão de sacrário
T701
E-4/P-4
105 x 78
T; M
4
3
3
3
2
3
3
1
1
3
26
2,6
24
3,0
35
3
pavilhão de sacrário
T680
E-1
T; M
3
2
2
4
5
3
2
1
1
2
25
2,5
23
2,9
35
3
bolsa de corporais
T598
E-3/P-3
210 (A)
29,5 x 30; 4
(A borlas)
T; M; C
4
3
4
2
3
4
3
1
1
2
27
2,7
25
3,1
25
3
umbela
T396
E-2/P-1
bolsa de corporais
T558
E-4/P-2
sandálias de
imagem
T820
E-4/P-2
chapéu
?
E-5/P-4
97 (A)
52 x 80; 15
(A borlas)
6,5 x 3,5 x 4
(cada
sandália)
18 (D) x 8,5
(A)
T; M;
4
2
3
4
5
3
4
1
1
2
29
2,9
27
3,4
40
3
T; M; C
3
4
4
3
3
3
3
1
1
4
29
2,9
27
3,4
T/N
30
4
T; M; C
5
4
5
5
3
5
4
1
1
5
38
3,8
36
4,5
20
5
T; M
3
4
3
4
3
4
4
1
1
2
29
2,9
27
3,4
15
4
Notas
Total (10)
4
E-4/P-5
Análise rápida
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
5
T505
Tempo gasto
(min)
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
3
dalmática
108 x
144/88
(sem
mangas)
106 x
145/92
(sem
mangas)
111 x
129/101
(sem
mangas)
114 x
139/91
(sem
mangas)
115 x
148/96
(sem
mangas)
Observações
Sujidade
5
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
Alterações
cromáticas
3
Alterações
formais
2
Lacunas,
lacerações,
cortes
4
Perda de
qualidades
físicas
T; M
Material
Dimensões (cm)
AxL
Localização
N.º inventário
Denominação da
Peça
Anexos
peça que foi cortada na manga
aquando do acondicionamento.
marcas de caruncho no forro?
alterações provocadas por
insectos/roedores e aves no
forro?
T virado sob a peça
encontrava-se enrugado e com
dobras
peça muito pesada; a análise foi
feita sem abrir a umbela, pois
poderia não aguentar a tensão.
13
1
2,2
20
2,5
T
35
2
Notas
22
Análise rápida
2
Tempo gasto
(min)
1
Observações
Média (T/8)
2
Total (8)
4
Ataque por
fungos, bolores,
microrganismos
2
Estado de
secura do
material
Alterações
formais
5
Média (T/10)
2
Total (10)
2
Lacunas,
lacerações,
cortes
Perda de
material
Perda de
qualidades
físicas
1
Perda de pontos
de fixação, fios
soltos,
elementos
destacados
T
(seda)
Alterações
provocadas por
insectos,
roedores, aves
224 x 208;
5 (franja)
Material
Dimensões (cm)
AxL
Localização
E-5/P-1
E-5/P-1
Sujidade
T678
Alterações
cromáticas
colcha
N.º inventário
Denominação da
Peça
Anexos
peça encontra-se dobrada
peça encontra-se dobrada; em
muito bom estado de
colcha
230 x 166;
4 (franja)
T727
E-6
colcha
T294
T472
T
T
188 x 165
E-6
1
1
2
2
2
3
1
1
1
2
16
1,6
14
1,8
2
2
2
3
2
3
2
1
1
3
21
2,1
19
2,4
T
30
2
40
3
T
conservação
peça encontra-se enrolada
peça encontra-se dobrada, sem
saco; muito suja e manchada no
colcha
290 x 254
2
2
2
4
3
5
4
5
1
2
30
3
24
3,0
I
25
4
2
4
3
4
3
4
2
1
3
2
28
2,8
24
3,0
I
35
4
colcha
Tapete Arraiolos
Burra
?
Teliz
T739
forro
peça encontra-se dobrada, em
E-6
206 x 176
T
saco aberto.
E-3/P-1
?
92 x 81
T
4
5
5
4
4
5
4
4
4
4
43
4,3
35
4,4
30
5
142 x 149
204 x 120
T
T
5
5
5
5
5
5
4
4
2
4
44
4,4
38
4,8
50
5
E-2/P-3
E-3/P-1
fragmento enrolado a tubo de
plásico; foi colocado um tecido
no reverso, numa possível
intervenção, que causa alguns
problemas quando se enrola o
Tapete Arraiolos
T765
T751
4
E-2/P-1
195 x 142
5
5
3
3
5
4
1
2
4
36
3,6
33
4,1
I
45
4
T
tapete; não forrado.
tapete enrolado a tubo de
plásico; foi colocado um sistema
de sustentação em tecido no
reverso, que causa alguns
problemas quando se enrola o
Tapete Oriental
4
5
3
2
3
4
4
1
1
3
30
3
28
40
3,5
4
E-2/P-1
tapete; não forrado.
tapete enrolado a tubo de
plásico; muito fácil de enrolar;
Tapete Oriental
205 x 139
T741
T
4
5
3
4
3
3
4
1
1
3
31
3,1
29
3,6
I
40
3
E-1
tapeçaria
T774
não forrado.
Peça forrada (pontos dados na
T
2
2
2
3
3
3
3
Total
201
201
194
225
178
226
200
Média
3,1
3,1
3,0
3,5
2,8
3,5
3,1
1
1
2
74
79
197
1,2
1,2
3,1
22
2,2
20
2,5
I
2
diagonal)
191
2,8
3,2
3,5
14
Anexos
ANEXO III
Tabela 2 – Materiais adequados ao acondicionamento de têxteis em reserva. São apresentados por ordem decrescente, dentro de cada função que
podem desempenhar (materiais para contacto directo – enchimento e interface, materiais de contacto indirecto – para material barreira, caixas e
mobiliário)
MATERIAIS PARA USO EM CONTACTO DIRECTO COM OS TÊXTEIS
Função
Materiais
®
- Tyvek
Interface
Protecção
Enchimento
Propriedades
Polietileno alta densidade (HD-PE)
[-CH2CH2-]n
(polimero cristalino, muito estável, apenas composto por hidrocarbonetos)
Produto branco, opaco e liso.
9 Resistente à água. Não suporta o desenvolvimento de fungos e bactérias (LIMA,2004).
9 Permeável à humidade e aos vapores e aos gases nocivos*.
9 pH neutro*.
9 Sem adesivos*.
9 Apresenta uma certa resistência aos produtos químicos e à abrasão*.
Recomenda-se o uso de Tyvek®, sem nenhum tratamento*.
Interface
Protecção
Material tampão
- Tecido algodão
®
- Muslin (tecido fino)
Celulose (100%)
9 Antiestático*.
9 Absorve a humidade – material tampão*.
8 Se húmido, o algodão pode ser atacado por microorganismos*.
Aconselha-se a lavagem do tecido de algodão, com um detergente neutro antes da primeira
utilização* (remover gomas, adesivos), e quando sujo.
Interface
Protecção
Enchimento
Material tampão
- Papel seda
Celulose
Branco e mais ou menos opaco, consoante a espessura*.
9 Consoante as companhias que o produzem, pode ser isento de ácido, lenhina e/ou cloro*.
9 Pode conter uma reserva alcalina de carbonato de cálcio (CaCO3) – útil para fibras vegetais
(linho, etc.) *.
15
Anexos
8 Verificar regularmente o pH (substituir quando demasiado ácido)*.
8 Papel de seda com reserva alcalina não deve ser usado em fibras proteicas (lã, seda, etc.)
*, porque os produtos básicos atacam as ligações peptídicas das proteínas, destruindo-as
(CCI Notes 13/3).
Interface
Enchimento
®
- Reemay
Poliéster (PET)
(polímero com menor cristalinidade face ao PE, composto por grupos éster ligados a um anel
aromático)
Tecido de fibras 100% de poliéster, ligadas unicamente por acção térmica*.
9 Permeável à humidade e aos vapores*.
9 Permeável aos gases nocivos*.
Interface
Enchimento
- MicroChamber®
Agregado de camadas de papel, cada uma delas com uma composição química diferente:
papel com um tampão alcalino na camada exterior, carvão activado e zeólitos na camada
intermédia, e papel de alfacelulose pura e pH neutro na camada interior (LIMA,2004).
9 Papéis e cartões capazes de absorver e capturar poluentes (LIMA,2004).
9 Actuam como um filtro (capturaram e retêm no seu interior os poluentes) (LIMA,2004).
9 Remoção de ácidos (LIMA,2004).
9 Remoção de poluentes gasosos: ozono (O3), os óxidos de azoto (NOx), o dióxido de
enxofre (SO2), o ácido sulfídrico (H2S), a amónia e o formaldeído (LIMA,2004).
®
Rotulagem
- Twill Tape
Algodão
Interface
Caixas
- Perma/Dur®
9 Papel e cartão isentos de ácido, de boa qualidade (LIMA,2004).
9 Tampão alcalino (LIMA,2004).
Função
Interface
Protecção
Revestimento de
caixas.
Materiais
®
- Melinex
®
- Mylar
MATERIAIS PARA USO SEM CONTACTO DIRECTO COM OS TÊXTEIS
Barreira face ao
vapor de água.
Barreira face a gases
nocivos.
Propriedades
Polyester (polietileno tereftalato - PETE)
(polímero com menor cristalinidade face ao PE, composto por grupos éster ligados a um anel
aromático)
Filme transparente e incolor
9 Resistente à água*.
9 pH neutro*.
9Não contém aditivos nem plastificantes*.
9Não protege contra os raios UV (excepto Mylar®RL52) *.
16
Anexos
9 Baixa permeabilidade ao vapor de água *.
9 Baixa permeabilidade a componentes gasosos *.
8 Estático *.
O Melinex® 516 (fabricado na Grã-Bretanha, ICI) é comparável ao Mylar® do tipo D (fabricado
nos Estados Unidos, DuPont).
®
Poliamida (nylon)
9 Apresenta boa elasticidade e resistência à tensão *.
9 Resiste ao ataque de muitos solventes, bases e ácidos diluídos *.
Interface
Protecção
- Cerex
Barreira face ao
vapor de água.
- Marvelguard
®
- Marvelseal
®
8 Estático.
Alumínio, polietileno de baixa densidade (LD-PE), nylon.
Composto por uma fina folha de alumínio plastificada por PE de um lado e nylon do outro*.
9 Impermeável à água e aos gases*.
Barreira face a gases
nocivos.
8 Estático.
Isolar superfícies
(madeira e
derivados).
Caixas
Tabuleiros
O produto aplica-se pela acção do calor (78ºC), pelo lado do PE (que derrete e adere à
superfície). Pode usar-se um ferro de engomar para aplicar o produto*.
- Coroplast
®
Polipropileno (PP) alveolar, coberto por folhas de PE.
9 Não absorve humidade*.
8 Estático*.
Coroplast™ antiestáticos ou ignífugos – podem conter aditivos*.
Coroplast™ Archival Grade™ – sem aditivos*.
Coroplast™ CI – neutraliza gases corrosivos*.
®
®
®
Coroplast , Cor-X e PolyFlute são produtos semelhantes.
Caixas
Tabuleiros
- Fome-Cor
®
*
Poliestireno (PS), papel kaolin e adesivo vinílico (PVA) .
(polímero amorfo, composto por hidrocarbonetos ligados a um anel aromático)
9 Fome-Cor® Acid Free - pH neutro*.
8 Estático.
17
Anexos
®
Poliamida (nylon).
[-NH(CH2)5CO-]n
(polímero amorfo, composto por amidas)
Sistema
abertura/fecho caixas.
- Velcro
Adesivo (caixas)
- Cola Branca
Mobiliário
- Aço inoxidável
Mobiliário
- Perspex
®
- Plexiglas
®
Polivinil álcool – PVOH (LIMA,2004).
9 Bom poder adesivo (LIMA,2004).
9 Reversível com água (LIMA,2004).
9 Transparente (LIMA,2004).
9 pH neutro (LIMA,2004).
9 Não constitui fonte de alimento para insectos e fungos (LIMA,2004).
Polimetilmetacrilato (PMMA)
Disponível em folhas.
9 Impermeável à água e aos gases*.
8 Estático.
Plexiglas® do tipo G*.
Plexiglas® do tipo G P-95*.
Plexiglas® do tipo UF – filtra os raios UV∗.
Referências
Mobiliário
Vidro
Rolled Storage for Textiles (Note 13/3), in CCI Notes, Canadian Conservation Institute, Ottawa, Canada, 1993.
LIMA, Augusta (2004) – A Conservação Preventiva aplicada ao Herbário da Casa da Cerca – Estudo dos materiais e condições de acondicionamento da colecção. Faculdade de Ciências e
Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Monte de Caparica.
(Trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina de Conservação Preventiva da Licenciatura em Conservação e Restauro).
∗ http://www.ccq.mcc.gouv.qc.ca
18
Anexos
ANEXO IV
Os principais contaminantes e seus efeitos nos têxteis
Tabela 3 – Poluentes e seus efeitos nos materiais têxteis e outros materiais que os compõem (HATCHFIELD, 2002).
Poluente
Materiais em risco
Óxidos de azoto (NO e
Metais, têxteis, corantes
NO2)
Danos provocados
Desvanecimento (perda de luminosidade), alterações
cromáticas (mudança de tonalidade), redução de
resistência mecânica, poeiras (têxteis).
Óxidos de enxofre (SO
Metais, têxteis, corantes
e SO2)
Tarnish
(escurecimento)
descoloração,
sujidade
e
corrosão
(corantes
e
(metais),
revestimentos
orgânicos), redução de resistência mecânica, poeiras
(têxteis)
Sulfureto de hidrogénio
Metais (Ag, Cu), têxteis
Tarnish e corrosão (metais), descoloração, sujidade
Metais, têxteis, pigmentos
Tarnish e corrosão (metais), formação de sais, torna
(H2S)
Ácido acético
(corantes).
(CH3COOH)
Ácido fórmico
quebradiço, desvanecimento.
Metais
Tarnish e corrosão (metais).
Proteínas (fibras proteicas – lã e
Degradação (desnaturação/reticulação) de proteínas.
(HCOOH)
Formaldeído (HCHO)
seda)
Ozono (O3)
Prata, cobre, têxteis, corantes
Corrosão
(metais),
torna
quebradiço
(têxteis),
desvanecimento (corantes), alterações cromáticas.
Compostos de amónia
Metais
Tarnish e corrosão.
Cálculo da concentração de poluentes externos na reserva
Um modo de calcular o nível de poluentes numa reserva faz-se mediante a regra dos “100, 10,
1” (TÉTREAULT, 2003). Esta regra refere que no exterior do edifício, a concentração de
poluentes é 100%, no interior do edifício, com portas e janelas fechadas, a concentração passa
para 10% e em expositores ou sistemas de armazenamento fechados, a concentração de
poluentes é 1%.
Foram obtidos dados sobre a qualidade do ar de Coimbra, no Instituto do Ambiente 1, referentes
a 2004. O objectivo foi conhecer os níveis médios de poluentes externos, registados em
Coimbra, e que constituem perigo para a colecção de têxteis. Dos poluentes monitorizados,
seleccionaram-se o monóxido e o dióxido de azoto (NO e NO2), o ozono (O3) e o dióxido de
enxofre (SO2).
Existem duas estações de monitorização de qualidade do ar em Coimbra (na Avenida Fernão
Magalhães e no Instituto Geofísico de Coimbra). Como a reserva se situa geograficamente
entre as duas estações, registaram-se os valores anuais de cada poluente em cada estação e
fez-se a média anual para cada um. Depois, aplicou-se a regra dos “100, 10, 1”, dividindo as
1
http://www.qualar.org
19
Anexos
médias por 10 e obteve-se aproximadamente a concentração dos poluentes no interior da
reserva (sem considerar os poluentes internos) (tabela 4).
Comparando os valores obtidos com os valores de NOAEL (No Observed Adverse Effect Level)
da literatura (TÉTREAULT, 2003), conclui-se que as concentrações de poluentes externos no
interior da reserva são baixas para causarem danos nas peças (tabela 5). Mas isto não exclui a
possibilidade da concentração de poluentes internos na reserva ser elevada.
Tabela 4 – Cálculo da concentração de poluentes externos verificados em Coimbra, em
2004.
3
Concentração de Poluentes (mg/m )
Estações
Valor
NO
NO2
SO2
O3
Av. F. Magalhães
Máx.
630
320
53
155
Mín.
0
0
0
0
Médio
54,21
31,86
2,04
25,14
Máx.
173
120
60
224
Mín.
0
1
0
0
Médio
4,76
20,54
2,75
50,9
Av. F. Magalhães
Médio
54,21
31,86
2,04
25,14
Inst. Geofísico
Médio
4,76
20,54
2,75
50,9
Inst. Geofísico
Total (valores médios)
58,97
52,4
4,79
76,04
Média 2 estações
29,49
26,20
2,40
38,02
[poluente] /10
2,95
2,62
0,24
3,80
Tabela 5 – Comparação das concentrações de poluentes com os valores de NOAEL.
Poluentes externos no interior da reserva
Concentração de poluentes externos
3
no interior da reserva (µg/m )
NOAEL
(TÉTREAULT, 2003: 115-127)
NO
2,95
x
NO2
2,62
4,6-19000
O3
3,80
80-790
SO2
0,24
140-450
Referências
HATCHFIELD, P. B. (2002)– Pollutants in the museum environment. Practical strategies for problem solving in design,
exhibition and storage. Archetype Publications.
TÉTREAULT, Jean (2003)– Airborne Pollutants in Museums, Galleries, and Archives: Risk Assessment, Control
Strategies, and Preservation Management. Canadá: Canadian Conservation Institute.
Website – Instituto da Qualidade do Ar – http://www.qualar.org
20
Anexos
ANEXO V – Variações de Temperatura
Fig. 1 – Gráficos de T (ºC), com as variações verificadas durante os meses de Janeiro a Setembro de 2005. A) Variação anual da T na reserva provisória. B) Comparação das T médias mensais
(máximas e mínimas) de Coimbra com as T da reserva provisória.
Observações: Como se pode observar, nos meses mais frios (Janeiro a Março), a T situa-se abaixo dos 18ºC, enquanto que nos meses mais quentes (Maio a Setembro), se situa acima desse
valor. Além disso, o gráfico B) permite concluir que o edifício da Igreja de S. João de Almedina, onde está a reserva provisória, não é um bom isolador térmico, visto que as oscilações térmicas
verificadas seguem as temperaturas médias exteriores, principalmente nos meses mais quentes (Maio a Setembro).
28
Janeiro a Setembro 05
A)
Temperatura (ºC)
26
24
22
20
18
16
14
•
•
Medição da manhã
Medição da tarde
•
•
-
Medição da manhã
Medição da tarde
Média T mín. exteriores
Média T max. exteriores
12
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
Dia juliano
Janeiro a Setembro 05
B)
Temperatura (ºC)
28
23
18
13
8
3
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
Dia juliano
21
Anexos
ANEXO VI
Determinação do erro associado ao Termohigrómetro H270
Com vista a poder usar as medições de HR feitas à reserva desde Janeiro a Setembro de
2005, foi necessário calcular o erro (fórmula 1) associado ao termohigrómetro do museu. Para
tal, assumiram-se os valores do Elsec 2 como reais.
Erro (%) =|[(Elsec_FCT) – (H 270_MNMC) / (Elsec_FCT)] x 100|
Fórmula 1 – usada para cálculo da taxa de erro.
Tabela 6 – Valores de HR determinados para a verificação da
calibração do termohigrómetro H270 e determinação da
percentagem de erro associada.
HR (%)
Erro (%)
Elsec 764
H 270
56,2
43,8
22
56,3
43,4
23
56,3
43,3
23
57,6
45,6
21
58,1
43,7
25
58,1
45,7
21
59,3
42,6
28
59,6
48,1
19
60
48
20
60,1
45,5
24
61,2
49,3
19
64,8
55,8
14
65,1
56,3
14
68,3
59,9
12
70,6
63,1
11
71,3
67,9
5
74,6
73,2
2
76
80,4
6
76,5
73,5
4
77
74,7
3
2
Foram feitas medições de HR simultaneamente com os dois aparelhos, em locais com HR mais elevadas (~70%) e
mais baixas (~40%).
22
Anexos
Verificação da calibração do termohigrómetro do MNMC (H 270)
Atendendo ao facto do termohigrómetro H270 não ter sido calibrado, tornou-se necessário
comparar os resultados obtidos com outro aparelho devidamente calibrado (Elsec 764). Para
esta verificação seleccionou-se uma gama de valores de HR que abrangesse o intervalo
medido. Os resultados revelam que os valores de HR medidos pelo H270 subestimam a HR
entre 11 a 28% (para a gama de valores de HR de 39 a 63%), em comparação aos obtidos
com o Elsec (fig. 3A). Para ultrapassar este constrangimento determinou-se a equação que
permite converter os resultados obtidos pelo H270 para resultados de HR calibrados (fig. 3B).
Verificação de calibração
80
HR (%)
70
60
50
Elsec
40
H 270
30
0
10
15
20
medições
Recta de calibração do termohigrometro H 270
Elsec 764 [HR(%)]
80
y = 0,5837x + 32,136
R2 = 0,9698
70
60
50
40
50
60
70
80
H 270 [HR(%)]
3 A - (em cima) – Verificação da calibração do termohigrómetro H 270,
usando o termohigrómetro Elsec 764, a nível de HR (%).
3 B - (em baixo) – Recta de calibração do termohigrómetro H 270, de
equação Y=0,5837x + 32,136, onde y= HR (Elsec) e x= HR (H270).
23
Anexos
Tabelas de HR (valores calibrados)
Tabela 7 – Valores de HR registados pelo museu durante os meses de Janeiro a Março de 2005, e respectiva
calibração, com base na recta de equação: y=0,5837x + 32,136, onde y= HR (Elsec) e x= HR (H270).
Janeiro
Fevereiro
Manhã
Valores
calibrados
1
40,4
2
41,9
Dia
Manhã
Valores
calibrados
Tarde
Valores
calibrados
Março
Tarde
Valores
calibrados
Manhã
Valores
calibrados
Tarde
Valores
calibrados
Dia
55,7
41,1
56,6
48,4
56,1
32,5
51,1
31,5
50,5
1
60,4
34,5
52,3
32,3
51,0
2
3
51,1
62,0
46,4
59,2
38,8
54,8
40,1
55,5
32,8
51,3
44,6
58,2
3
4
43,7
57,6
51,9
62,4
39,1
55,0
43,4
57,5
31,3
50,4
39,6
55,3
4
5
45,2
58,5
54,1
63,7
5
6
47,3
59,7
47,1
59,6
6
7
46,9
59,5
45,5
58,7
41,2
56,2
42,5
56,9
8
9
41,1
56,1
42,6
57,0
7
37,5
54,0
39,1
55,0
8
41,1
56,1
46,7
59,4
35,2
52,7
38,8
54,8
9
10
44,3
58,0
46,1
59,0
41,8
56,5
47,6
59,9
44,2
57,9
41,2
56,2
10
11
47,9
60,1
52,2
62,6
38,6
54,7
46,1
59,0
34,8
52,4
44,1
57,9
11
12
47,9
60,1
55,2
64,4
13
59,8
67,0
58,8
66,5
14
57,9
65,9
61,6
68,1
12
13
38,4
54,6
43,6
57,6
51,2
62,0
58,5
66,3
14
15
42,7
57,1
42,9
57,2
52,9
16
36,3
53,3
36,8
53,6
55,7
63,0
44
57,8
15
64,6
58,3
66,2
16
17
50,3
61,5
52,7
62,9
35,8
53,0
36,2
53,3
59,5
66,9
59,1
66,6
17
18
54,1
63,7
59,7
67,0
36,2
53,3
43,5
57,5
46,7
59,4
58,1
66,0
18
19
51,7
62,3
54,4
63,9
61,2
67,9
20
54,1
63,7
58,4
66,2
21
52,2
62,6
55,4
64,5
22
23
20
44,5
58,1
46,3
59,2
61,2
67,9
65,5
70,4
21
41,1
56,1
56,4
65,1
57,9
65,9
22
58,7
66,4
23
32,1
24
50,4
61,6
56
64,8
55,9
64,8
42,8
57,1
49,3
60,9
44,5
58,1
57,6
65,8
56,2
38
54,3
43,5
57,5
44,3
58,0
56,1
44,4
58,1
39,8
55,4
34,4
52,2
37
53,7
40,1
55,5
24
47,8
60,0
25
41,2
26
41,1
27
28
19
25
26
27
55,3
64,4
57,8
65,9
28
29
62,6
68,7
58,1
66,0
29
30
59,7
67,0
64,2
69,6
30
55,1
64,3
57,4
65,6
31
31
37,3
53,9
37,2
53,8
47,4
59,8
51,4
62,1
24
Anexos
Tabela 8 – Valores de HR registados pelo museu durante os meses de Abril a Junho de 2005, e respectiva calibração,
com base na recta de equação: y=0,5837x + 32,136, onde y= HR (Elsec) e x= HR (H270).
Abril
Dia
Manhã
Valores
calibrados
1
61,9
68,3
Maio
Tarde
Valores
calibrados
62,6
68,7
Manhã
Valores
calibrados
Junho
Tarde
Valores
calibrados
Manhã
Valores
calibrados
Tarde
Valores
calibrados
Dia
54,4
63,9
54,5
63,9
1
2
57,6
65,8
56,4
65,1
56,7
65,2
50,8
61,8
2
3
56,3
65,0
56,8
65,3
53,2
63,2
52
62,5
3
4
60,3
67,3
60,5
67,4
59,3
66,7
59
66,6
4
5
59
66,6
62,2
68,4
57,4
65,6
57
65,4
5
6
60,3
67,3
62,1
68,4
57,4
65,6
56,2
64,9
7
57
65,4
57,4
65,6
8
58,7
66,4
61,9
68,3
9
10
51,9
62,4
54,2
63,8
6
53,9
63,6
52,1
62,5
7
52,6
62,8
54,6
64,0
8
55,2
64,4
55,1
64,3
51,7
62,3
9
58,9
66,5
58,4
66,2
10
63,9
69,4
62,6
68,7
11
11
61,7
68,2
58,1
66,0
12
38,2
54,4
42,1
56,7
13
58,3
66,2
52,5
62,8
56,9
65,3
54
63,7
13
14
56,9
65,3
46,5
59,3
59,6
66,9
57,9
65,9
14
15
49,5
61,0
48,4
60,4
58,3
66,2
58
66,0
15
59,9
67,1
54,2
63,8
17
12
16
54,7
64,1
54,6
64,0
17
52,9
63,0
54,1
63,7
16
18
59,5
66,9
65,8
70,5
58,1
66,0
56,4
65,1
18
19
55,6
64,6
48,2
60,3
56,1
64,9
57,1
65,5
19
20
54,5
63,9
46,3
59,2
55,9
64,8
56,6
65,2
21
59,3
66,7
50,2
61,4
22
59,9
67,1
53,9
63,6
20
59,8
67,0
54
63,7
21
59,8
67,0
56,6
65,2
22
23
52
62,5
50,9
61,8
50,8
61,8
52
62,5
23
24
54,5
63,9
54,6
64,0
56,1
64,9
53,8
63,5
24
25
25
26
52,1
62,5
63,2
69,0
27
54,7
64,1
57,8
65,9
28
59,3
66,7
65,6
70,4
26
52,4
62,7
54,7
64,1
29
30
31
52
62,5
63,4
69,1
53,9
63,6
50,8
61,8
60,4
67,4
51,7
62,3
56,5
65,1
56,7
65,2
27
51,1
62,0
56,5
65,1
28
58,6
66,3
58,6
66,3
29
59,4
66,8
30
31
25
Anexos
Tabela 9 – Valores de HR registados pelo museu durante os meses de Julho a Setembro de 2005, e respectiva
calibração, com base na recta de equação: y=0,5837x + 32,136, onde y= HR (Elsec) e x= HR (H270).
Julho
Dia
Manhã
Valores
calibrados
1
46,4
59,2
Agosto
Tarde
Valores
calibrados
45,8
58,9
Manhã
Valores
calibrados
Setembro
Tarde
Valores
calibrados
Manhã
Valores
calibrados
Tarde
Valores
calibrados
Dia
49,3
60,9
48,8
60,6
56,3
65,0
54,5
63,9
1
2
46,9
59,5
47,3
59,7
58,3
66,2
58,4
66,2
2
3
45,4
58,6
48,1
60,2
58,6
66,3
55,7
64,6
3
4
44,5
58,1
46,5
59,3
58,3
66,2
44,6
58,2
46,4
59,2
5
48,7
60,6
44,9
58,3
6
49,6
61,1
47,1
59,6
7
45,4
58,6
45,8
58,9
8
46,7
59,4
46,1
59,0
4
5
6
59,1
66,6
57,4
65,6
7
46
59,0
46,9
59,5
58,1
66,0
60,3
67,3
8
9
46,8
59,5
45,2
58,5
58,6
66,3
57,9
65,9
10
44,3
58,0
43,9
57,8
11
54,1
63,7
49,1
60,8
45,7
58,8
45
58,4
12
51,3
62,1
50,2
61,4
47,1
59,6
45,8
58,9
13
48,1
60,2
45,1
14
48,7
60,6
47,4
15
50,4
61,6
49,7
61,1
9
10
11
58,9
66,5
55,4
64,5
12
58,5
60
67,2
58,2
66,1
13
59,8
54,4
63,9
32,1
14
16
17
15
47,1
59,6
50,2
61,4
16
45,1
58,5
43,2
57,4
17
18
50,1
61,4
50,9
61,8
45
58,4
50,1
61,4
18
19
52,6
62,8
49,4
61,0
46,9
59,5
45,8
58,9
20
46,9
59,5
45,2
58,5
21
46
59,0
44,8
58,3
22
46,9
59,5
47
59,6
35
52,6
39,8
55,4
19
44,3
58,0
41,4
56,3
20
56,5
65,1
54,5
63,9
21
42,7
57,1
47,9
60,1
58,6
66,3
54,5
63,9
22
23
44,6
58,2
48,2
60,3
49,9
61,3
47,3
59,7
23
24
44,9
58,3
43,8
57,7
25
48
60,2
46,7
59,4
48,1
60,2
44,7
58,2
26
47,8
60,0
48,7
60,6
47,8
60,0
45,6
58,8
27
56,2
64,9
47,8
60,0
28
50,2
61,4
48,7
60,6
29
47,6
59,9
46,2
59,1
24
25
47,9
60,1
49,5
61,0
49,1
60,8
26
32,1
27
28
49
60,7
46,3
59,2
29
30
46,5
59,3
46,9
59,5
30
31
45,4
58,6
47,8
60,0
31
26
Anexos
ANEXO VII
Variações de Humidade Relativa
Fig. 4– Variação anual da HR na reserva provisória, de Janeiro a Setembro de 2005. Este panorama geral pode ser errático, já que as medições dos diferentes dias não foram feitas à mesma hora.
De qualquer modo, as oscilações de HR são constantes e bastante acima dos 55% de HR.
70,0
Janeiro a Setembro 05
HR (%)
65,0
60,0
55,0
•
•
50,0
0
30
60
90
120
150
180
210
240
Medição da manhã
Medição da tarde
270
Dia juliano
27
Anexos
ANEXO VIII
Luminosidade
Foram determinados os níveis de luminosidade visível e UV na reserva, com o aparelho
ELSEC 764. Foram feitas 8 medições por dia, durante 3 dias do mês de Novembro (tabela 6).
Foram feitas medições de luminosidade no interior da manga plástica e do tecido. Os
resultados revelam que no interior do tecido a luz não penetra. Contudo, no interior da manga
plástica, as peças situadas mais próximas das fontes de luz recebem valores consideráveis de
luminosidade (cerca de 200 lux), enquanto que as peças mais afastadas não recebem radiação
visível. Este factor é mais preocupante nas peças que estão embaladas com um tipo de manga
plástica mais fina, logo, menos opaca à radiação luminosa.
Além disso, os valores foram medidos fora das embalagens das peças, pelo que no seu
interior, os valores de radiação UV serão ainda mais baixos.
Os níveis baixos de radiação UV mostram que a protecção das lâmpadas em acrílico corta
parte da radiação UV. Contudo, importa salientar que estes valores variam consoante o estado
do tempo, podendo haver dias com radiação UV mais intensa do que outros.
Tabela 10 – Medições de luminosidade relativas à reserva provisória, feitas com o aparelho ELSEC 764.
Dia
Hora
10h45
09-11-2005
10-11-2005
11-11-2005
14-11-2005
Local 1 – Ao pé das escadas que dão acesso à
plataforma da Estrutura 1.
Vis (lux)
UV (µW/lm)
Luzes
Luzes
Luzes
Luzes
desligadas
ligadas
desligadas
ligadas
8,1
222
53
11
216
54
9
Local 2 – Na mesa de trabalho de maiores
dimensões.
Vis (lux)
UV (µW/lm)
Luzes
Luzes
Luzes
Luzes
desligadas
ligadas
desligadas
ligadas
-
11h45
8.2
29,3
142
51
16
13h15
10,3
215
47
9
14h15
9,8
197
50
9
25,1
155
49
16
26,6
139
48
15h15
9,2
135
44
8
23
15
152
49
13
16h15
6,7
105
0
8
17h15
0,4
103
0
7
14,4
153
53
11
1,3
127
0
9h50
8,9
192
0
9
8
33,4
158
47
14
9h30
8,2
216
0
8
26,9
167
53
16
10h30
8,4
11h30
9,8
217
0
8
22,6
152
64
17
215
46
9
23,5
148
63
12h10
10,8
16
203
43
9
24,7
152
61
18
13h30
14h30
10,7
224
44
9
28,3
155
53
16
3,2
203
0
9
14,4
139
75
15h30
14
-
-
-
-
-
-
-
-
16h30
-
-
-
-
-
-
-
-
9h40
2,7
210
0
8
19
180
53
12
10h30
2,8
203
0
9
17,3
176
60
13
11h30
7,3
213
59
9
30,6
194
56
16
12h45
8,4
217
53
9
31,1
209
52
15
13h30
10,6
219
44
9
32,5
184
53
16
14h30
9,6
214
44
9
26,9
185
57
15
15h30
3
216
0
9
9,5
174
101
14
16h30
0,3
203
0
9
2,3
157
0
10
28
Anexos
ANEXO IX
Proposta de remodelação das peças na Estrutura 1
Para efectuar a proposta de reformulação da disposição das peças têxteis, foi necessário
recorrer a uma solução que permitisse aumentar a área disponível para as peças. Essa
solução residiu na criação de uma nova prateleira, usando os pilares da estrutura modular
como meio de sustentação. A área actual da estrutura 1 é de 44,75m2. Com a criação da
prateleira, a área passará a ser de aproximadamente 50 m2. Ou seja, um aumento de cerca de
6m2.
No lado direito da estrutura (fig. 5), propõe-se a criação de uma prateleira a cerca de 60cm de
altura, para colocar as almofadas e os véus. Assim, o espaço livre poderá ser ocupado, em
parte, pelos pluviais, barras e faixas decorativas.
Fig. 5 – Lado direito da E1, com a representação da nova prateleira proposta; à direita, altura a que a prateleira
deve ser colocada, em cm (a cor de laranja representam-se os pilares e vigas da estrutura global).
No lado esquerdo da E1 (fig. 6), no local da estrutura 2, propõe-se um sistema de sustentação,
que sendo seguro pelas vigas metálicas da estrutura global, permita a colocação das peças
enroladas. As peças ficarão distribuídas, lado a lado, em
3 patamares, de diferentes dimensões consoante as
dimensões das peças. Os rolos de maior dimensão (3m)
ficarão no nível inferior, seguindo-se os rolos de 2,80m e
1,70m, no patamar intermédio. Por fim, no nível superior
ficarão os rolos de 2,20m.
Fig. 6 – Lado esquerdo da E1, com a representação dos patamares; em baixo, as dimensões a que devem ser
inseridas as plataformas, em cm (a cor de laranja representam-se os pilares e vigas da estrutura global, a verde,
rosa e azul, cada um dos patamares compostos por 3 barras).
29
Anexos
O acesso às peças localizadas nas prateleiras (lado direito) e sistema de sustentação de rolos
(lado esquerdo), é facilitado se for feito pelas escadas de acesso ao coro alto.
Apesar de não ser possível diminuir a sobreposição dos pluviais e frontais, a sua disposição na
estrutura foi feita de modo a criar corredores de acesso às peças (distância mínima de 0,5m) e
espaços para as movimentar (figs. 7 e 8).
Sugere-se que os rolos mais pesados e de maior dimensão, sejam mantidos no chão da
estrutura, pois o espaço nos patamares não é suficiente e o excesso de peso pode levar à
deformação dos patamares e das próprias peças. A sua localização na estrutura seria feita,
colocando uma superfície de piso adicional do lado direito, na continuação da estrutura 1 (figs.
7 e 8). Essa superfície permitiria suportar os rolos que não cabem completamente na estrutura,
não sofrendo demasiada sobrecarga.
Adoptando esta disposição, seria possível retirar as estruturas 2 e 3 da plataforma da estrutura
1, e colocá-las sobrepostas, no local das estruturas 6 e 7.
Deste modo seria possível distribuir melhor as estolas, manípulos e bolsas de corporais da
estrutura 3, arrumar as peças das estruturas 6 e 7, e diminuir alguma sobreposição de peças
nas estruturas 4 e 5.
Legenda
E2
Pluviais
Faixas e Barras
Frontais
E3
Tapeçaria
Peças em pele e frontais
Véus
Rolos (mais pesados)
0,5m
Almofadas
Rolos (1,20cm)
7 – Actual disposição das peças na estrutura 1.
Rolos (1,50cm)
Rolos (1,70cm)
Rolos (2,20cm)
Rolos (2,80m)
Rolos (3m)
0,5m
E2
Pilares de sustentação da
estrutura global.
Piso suplementar de suporte de
rolos.
Estrutura 2
E3
Estrutura 3
8 e 9 – Proposta de disposição das peças na estrutura 1.
Em cima, planta; em baixo, vista de frente.
30
Anexos
ANEXO X
Planta do Piso -4 do futuro MNMC (escala 1:200)
31
Anexos
ANEXO XI
Cálculo da área e volume ocupados pela colecção de têxteis
O cálculo da área ocupada pela colecção de têxteis foi feito a partir das dimensões das peças
presentes na listagem de têxteis.
Dividiu-se a colecção de têxteis por sub-categorias e
calculou-se a área ocupada por cada subcategoria. No
caso das peças de paramentaria, procedeu-se à sua
Tabela 11 – áreas ocupadas
subcategorias da colecção de têxteis.
pelas
2
Subcategorias
Área (m )
Paramentaria
655
Tecidos e bordados
323
separação por tipologias Os cálculos foram feitos,
Colchas
28
considerando
Tapetes
26
todas
as
peças
planificadas,
com
excepção das colchas, tapetes e tapeçaria que ficarão
enrolados (calculou-se a área ocupada pelos rolos). As
Tapeçaria
2
2
Área Total (m )
1034
2
Área arredondada (m )
1050
medidas foram arredondadas por excesso.
A estimativa da área ocupada pela colecção de têxteis aponta para os 1050 m2 (tabelas 11 e
12) e o volume para os 110m3, considerando que cada peça ocupa uma altura média de 10cm
(incluindo a prateleira/caixa de armazenamento).
Tabela 12 – Tabela de cálculo da área ocupada pelas diferentes tipologias e sub-categorias de
têxteis.
Peças
Quantidade
Paramentaria
Dimensões (m)
Larg.
Área por peça (m2)
Área total (m2)
Alt.
casulas
34
1,4
1,0
1,4
47,6
dálmáticas
37
1,3
1,5
2,0
72,2
pluviais
36
2,0
3,5
7,0
252,0
mitras
12
1,0
0,5
0,5
6,0
caixa mitra
1
0,5
0,5
0,3
0,3
luvas
9
0,4
0,0
0,0
0,0
meias
8
0,7
0,0
0,0
0,0
sandálias
4
0,4
0,0
0,0
0,0
estolas
2
1,5
0,7
1,1
2,1
estolas
48
1,5
0,0
0,0
0,0
estolão
4
1,3
0,0
0,0
0,0
estolete
5
2,0
2,0
4,0
20,0
manípulos
1
1,0
0,0
0,0
0,0
manípulos
60
0,7
0,0
0,0
0,0
bolsas corporais
47
0,3
0,3
0,1
4,2
bolsas corporais
1
0,6
0,6
0,4
0,4
quadrados
9
0,3
0,3
0,1
0,8
almofadas
24
0,9
0,6
0,5
13,0
frontais
27
1,2
3,4
4,1
110,2
frontais
2
1,2
3,7
4,4
8,9
panos púlpito
6
1,2
3,4
4,1
24,5
reposteiro
3
0,0
0,0
0,0
0,0
amostras reposteiro
7
0,0
0,0
0,0
0,0
32
Anexos
pavilhão sacrário
10
1,0
1,2
1,2
12,0
pavilhão sacrário
1
1,0
2,2
2,2
2,2
Véu ombros
8
2,2
0,8
1,8
14,1
Véu ombros
1
2,2
8,2
18,0
18,0
Véu
4
1,4
1,0
1,4
5,6
Véu píxide
3
0,5
0,5
0,3
0,8
Véu cálice
10
0,8
0,0
0,0
0,0
estandarte
1
4,5
4,0
18,0
18,0
pano esquife
2
0,9
2,3
2,1
4,1
pano de livro
2
0,7
0,7
0,5
1,0
capa de livro
3
0,7
0,7
0,5
1,5
cobertura faldistório
2
1,7
1,5
2,6
5,1
umbela
1
1,5
0,0
0,0
0,0
manguetas
2
0,3
0,2
0,1
0,1
capuz pluvial
1
0,6
0,5
0,3
0,3
banda ornamentada
1
2,0
0,0
0,0
0,0
banda ornamentada
1
0,7
0,0
0,0
0,0
banda ornamentada
1
1,4
0,0
0,0
0,0
panos
1
2,4
1,9
4,6
4,6
panos
1
1,9
0,8
1,5
1,5
panos
1
1,0
0,5
0,5
0,5
panos
2
0,8
0,0
0,0
0,0
frontaleira
1
3,7
0,0
0,0
0,0
faixa/barra
3
0,8
0,4
0,3
1,0
bolsa
1
0,8
0,6
0,5
0,5
gremial
2
1,1
0,8
0,9
1,8
imagem
30
0,0
0,0
0,0
0,0
3
0,3
0,3
0,1
0,2
vários
vários
1
0,8
0,0
0,0
0,0
teliz
1
1,4
0,0
0,0
0,0
teliz
1
1,1
1,1
1,2
1,2
Colchas
37
3,0
0,3
0,8
27,8
Tapetes
34
3,0
0,3
0,8
25,5
1
4,0
0,5
2,0
2,0
-
242,0
2,3
81,0
Tapeçaria
Tecidos e bordados
206
Tecidos e bordados
36
variáveis
1,5
1,5
33
Anexos
ANEXO XII
Condições e Materiais Óptimos para o Acondicionamento da Colecção
Funcionamento da nova reserva
A nova reserva de têxteis deverá estar separada das restantes áreas do museu (administração,
exposição) e ser dividida em 3 dependências (atendendo aos objectivos do museu). Essas
dependências devem igualmente estar separadas fisicamente, e compreendem a reserva
propriamente dita, um laboratório de tratamento/intervenção e uma sala de quarentena/reserva
temporária para peças em circulação.
Cuidados prévios ao acondicionamento
Antes de armazenar os têxteis na sala de reserva, estes devem passar primeiro pela sala de
peças em circulação/quarentena a fim de serem inspeccionados e limpos (pincel ou aspirador).
O objectivo da inspecção consiste em detectar qualquer sinal de ataque biológico e retirar, do
contacto directo com o têxtil, todos os materiais externos que lhe possam ser agressivos (por
exemplo, materiais de acondicionamento inadequados, alfinetes) (CCI Notes 13/2).
Deve-se fazer também o registo fotográfico das peças, com escala de cor 3.
Se alguma peça estiver contaminada deverá ser imediatamente separada das outras peças,
selada em sacos de polietileno (PE) e colocada na sala de quarentena, onde deve depois ser
limpa ou descontaminada.
Materiais de acondicionamento (compatibilidade entre materiais)
Existem diversos tipos de materiais que podem ser usados para acondicionar têxteis (Anexo
III). Uns pela sua menor estabilidade ou compatibilidade, não podem estar em contacto directo
com os têxteis, pelo que para serem usados nas funções de interface, protecção, barreira,
mobiliário, necessitam de um outro material que possa ser usado em contacto directo com as
peças (funções de interface, protecção, enchimento).
Os materiais de acondicionamento também degradam com o tempo, pelo que devem ser
inspeccionados regularmente e substituídos sempre que constituam perigo para as peças.
Armazenamento de Têxteis
Tendo em conta o estado de conservação da colecção (razoável) e como a futura reserva será
4
definitiva , os têxteis do MNMC devem ser armazenados em dois tipos de acondicionamento:
a) Na posição horizontal, planificados (paramentaria, teliz), visto o peso ser distribuído de
modo mais uniforme e não se criarem tensões;
b) Na posição horizontal, enrolados (tapetes, colchas e tapeçaria), já que as peças
bidimensionais de maiores dimensões ocupam muito espaço quando planificadas.
3
Para registar alterações cromáticas que a peça possa vir a demonstrar futuramente.
Na reserva, os têxteis irão permanecer na mesma posição por um período prolongado de tempo, pelo que deve ser
escolhida a posição mais cómoda e estável.
4
34
Anexos
Não se devem sobrepor peças, já que a acumulação de peso pode provocar o esmagamento
da(s) peça(s) situada(s) inferiormente. Se for necessário deve-se cobrir o mobiliário de
armazenamento (estantes) com cortinas de PE preto e opaco, para proteger as peças da luz e
sujidade.
a) Horizontal / Planificado
Para armazenamento horizontal podem-se usar gavetas, tabuleiros, prateleiras ou caixas, que
permitam que os têxteis sejam movidos sem contacto/manuseamento directo (CCI Notes 13/2).
Ainda que o espaço da futura reserva seja escasso, as soluções encontradas deverão ser
suficientes para garantir boas condições de circulação e acessibilidade às peças.
No caso das peças tridimensionais (casulas, dalmáticas e acessórios pontificais 5) deve-se
recorrer a suportes ou enchimentos que respeitem o seu formato, evitando a formação de
vincos.
b) Enrolado
As peças devem ser enroladas a tubos plásticos resistentes, que suportem o seu peso. Os
tapetes de pelo, veludos, bordados devem ser enrolados com a zona mais volumosa, neste
caso o direito, para o exterior, para evitar a acumulação de tensões e deformações.
O rolo deve ser suportado/suspenso a um suporte destinado ao efeito, por intermédio de uma
vara metálica, por exemplo, que passe pelo interior do tubo.
Sugestões de materiais para armazenamento na posição horizontal, planificado:
Peças exemplo
Representação esquemática do acondicionamento
Legenda
- Casula
Tipo A
- Enchimento: papel de seda
- Interface: tecido de algodão
Tipo B
T278 – casula
- Teliz
- Interface: papel de seda
T739 – teliz.
Tipo C
- Caixa: Fome-Cor (PS) ou Coroplast (PP e PE)
- Plataforma: Coroplast ou Fome-Cor
- Luva Pontifical
- Enchimento: papel de seda
T632 – luva
pontifical.
- Interface: tecido de algodão
- Caixa: Coroplast ou Fome-Cor
PS – Poliestireno; PP – Polipropileno; PE – Polietileno.
5
Luvas, meias, sapatos, umbela.
35
Anexos
Sugestões de materiais para armazenamento enrolado:
Peça exemplo
Representação esquemática do
acondicionamento
Legenda
- Tapete
- Interface: tecido de PE (Tyvek) ou PET (Reemay)
Tipo D
- Tecido de algodão
- Material barreira - Película de PET (Melinex)
- Tubo de plástico
T751 – Tapete
oriental.
- Cobertura: Tecido de algodão ou Espuma de PE
- Cintas: Tecido de algodão e Velcro
- Rótulos/etiquetas: Algodão (Twill Tape) ou papel sem ácido
Rolo
Tabela 13 – Tipos de acondicionamento propostos para a colecção de têxteis
Acondicionamento
Tipo A
Caixa
Com enchimento
Com interface
Tipos de peças
Peças 3D
- pouco volume
Exemplos de peças
Casula
Dalmática
Veste de imagem
Mitra
Tipo B
Plataforma (tabuleiro,
gaveta, prateleira)
Com cobertura
Peças 2D
- com bordados
- com diferentes
espessuras
- Pequenas dimensões
Pluvial
Estola
Manípulo
Bolsa de corporais
Véu de sacrário
Pavilhão de sacrário
Frontal
Pano de púlpito
Pano de esquife
Véu de ombros
Capa de livro
Estandarte
Véu de píxide
Teliz
Amostras de tecidos
Fragmentos de peças
Tecidos bordados
Almofada
Tipo C
Caixa
Com enchimento
Com interface
Peças 3D
- volumosas.
Luva pontifical
Meia pontifical
Sapato pontifical
Umbela processional
Almofada
Tipo D
Rolo
Com material barreira
Com interface
Com cobertura
Peças 2D
- grandes dimensões
- sem bordados
- pouco espessas
Tapete de Arraiolos
Tapete Oriental
Colcha
36
Anexos
Factores Bióticos
Visto os materiais orgânicos, como os têxteis, serem muito susceptíveis a alterações
provocadas por insectos, fungos e roedores, o museu deve estar preparado para aplicar um
programa de controlo integrado de pragas (tabela 14). Este programa, situa-se principalmente
ao nível das salas e sistemas de armazenamento de têxteis, mas também deve-se alargar aos
locais vizinhos, nomeadamente ao edifício e arredores (STRANG, 1996a; STRANG, 1996b).
Tabela 14 – Estratégias de controlo em que o Controlo Integrado de Pragas se baseia (STRANG, 1996a; STRANG,
1996b).
Estratégia
Procedimentos
Evitar
Reduzir os focos
de atracção de
organismos vivos
Bloquear
Prevenir futuros
problemas
Detectar
Tomar medidas
para detectar a
existência de
pestes
Responder
Aplicar métodos
de controlo
apropriados se
existir uma
infestação
Recuperar/tratar
Tratar os danos
sofridos
-
Melhorar a limpeza;
-
Eliminar o lixo;
-
Colocar tapetes nas entradas;
-
Proibir a entrada de plantas e comida na reserva;
-
Pavimentar áreas em redor do edifício (distância mínima de 1m);
-
Paredes em boas condições (sem fissuras nem buracos, por exemplo);
-
Manter T=18ºC e HR <60%.
-
Isolar o artefacto, embalagem ou sala contaminados;
-
Selar fissuras de janelas e portas;
-
Controlar o fluxo de objectos que saem/entram na instituição;
-
Efectuar inspecções mensais às peças e áreas envolventes (dentro e fora do edifício);
-
Evitar condensação;
-
Colocar redes finas (interstícios de 0,5mm) em sistemas de ventilação e ar condicionado.
-
Realizar inspecções mensais;
-
Usar armadilhas para insectos/ratoeiras;
-
Colher espécimes (detectar os insectos/roedores, registar o local e dia onde foram
encontrados, descrever os danos que provocaram, conhecer o ciclo de vida e os possíveis
métodos de controlo).
-
Limpar os artefactos e local;
-
Aplicar tratamentos térmicos (congelação e aquecimento);
-
Aplicar tratamentos por anóxia;
-
Aplicar Biocidas (último recurso).
-
Limpar o edifício e sistemas de acondicionamento;
-
Limpar as peças afectadas para prevenir falsos alarmes em inspecções posteriores;
-
Avaliar todas as estratégias de controlo e implementar as melhorias necessárias.
Os contaminantes
Existem vários contaminantes/poluentes, gasosos, líquidos ou sólidos que podem ser muito
prejudiciais para os têxteis.
Os poluentes mais perigosos para as peças têxteis, incluindo os materiais que lhe estão
associados (fibras, metais, corantes), são os óxidos de azoto (NOx), os óxidos de enxofre
(SOx), o ozono (O3) e o particulato. Podem provocar danos nas peças que vão desde perda de
resistência à tensão, manchas, desbotamento e alterações cromáticas (Anexo IV).
Existem estratégias de controlo que permitem controlar a presença de contaminantes (tabela
14) e o museu deve estar preparado para as concretizar. Estes passos devem ser
acompanhados por uma inspecção regular dos objectos em reserva e por uma monitorização
37
Anexos
da concentração de poluentes. Deve ainda ser avaliada a eficácia dos sistemas de controlo de
poluentes (sistemas de ventilação, filtros). A par disto, a limpeza mensal da reserva, feita a
seco, recorrendo a aspirador que não deixe sair o pó.
Tabela 15 – Estratégias de controlo de poluentes (TÉTREAULT, 2003).
Estratégia
Procedimentos
Evitar
A entrada de
poluentes
Bloquear
Impedir a entrada
de poluentes no
edifício e
invólucros/caixas
de
acondicionamento
-
Minimizar as actividades que produzem poluentes;
-
Seleccionar materiais de acondicionamento e exposição compatíveis com as peças;
-
Seleccionar produtos e métodos de limpeza adequados (não libertem poluentes).
-
Utilizar bons isolamentos em portas e janelas;
-
Reduzir
As reacções dos
poluentes com os
objectos
Recuperar/tratar
Tratar os danos
sofridos
Prevenir a transferência de poluentes entre objectos (aplicação de filmes barreira entre os
objectos).
Diluir
Diluir e filtrar os
poluentes no
edifício e salas
Limitar o número de visitantes consoante a capacidade de ventilação;
Filtrar o ar que passa pelos sistemas de AVAC;
-
Adaptar a velocidade de renovação do ar conforme as necessidades;
-
Utilizar materiais que absorvam poluentes (p. ex. carvão activado) nos invólucros/caixas de
-
Diluir o ar, em locais fechados, com um gás não reactivo (Árgon, Hélio, Azoto).
-
Diminuir níveis de HR, T, luz UV e luz visível;
-
Reduzir o tempo de exposição dos objectos em locais onde as concentrações de poluentes
acondicionamento fechados;
sejam inadequadas.
-
Proteger/remover as peças da área contaminada;
-
Assegurar a correcta limpeza do edifício e objectos (remover acumulação de pó);
-
Minimizar a acumulação de sujidade;
-
Avaliar todas as estratégias de controlo e implementar melhorias.
Temperatura (T) e Humidade Relativa (HR)
Os têxteis poderão ser mantidos em armazenamento com temperatura máxima de 18ºC
(TÍMAR-BALÁZSY, 1998) e HR constante, entre 40 e 60% (TÍMAR-BALÁZSY, 1998). Devem
evitar-se flutuações, embora pequenas variações sejam aceitáveis (± 3ºC e ± 3/4% de HR)
(TÍMAR-BALÁZSY, 1998).
As alterações sazonais devem ser feitas gradualmente (para permitir a adaptação das peças
aos novos valores de T e HR).
Para
controlar
estes
parâmetros
devem-se
usar
aparelhos
desumidificadores
e
humidificadores, que actuem consoante as necessidades da reserva de modo a manter os
níveis de HR aceitáveis e estáveis. O sistema de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado
(AVAC), possibilita esse controlo automaticamente, quer a nível de HR, mas também de T.
Luminosidade
As reservas do piso -4 do MNMC não têm janelas e devem permanecer às escuras. Só deve
ser usada a iluminação quando estritamente necessário, e no menor período de tempo
possível, considerando que a intensidade máxima, em exposição, a que os têxteis devem ser
expostos é de 50 lux (TÍMAR-BALÁZSY, 1998). As lâmpadas fluorescentes são uma boa
38
Anexos
escolha para reserva desde que sejam usados filtros UV 6 (caso o nível de radiação UV emitido
ultrapasse os 75 μW/lm), já que simulam a luz do dia, não aquecem e possuem um CRI 7
próximo de 100.
Condições de Segurança
A segurança da reserva a todos os níveis (acções criminosas, fogo, água) deve ser garantida
24h/dia por equipas de segurança qualificadas e por sistemas de vigilância electrónica, usando
câmaras ligadas a ecrãs de controlo (PEREIRA, 2004).
A nível de intrusão, toda a reserva deve estar equipada com sistemas de detecção de intrusos
como detectores volumétricos de intrusão por meio de infravermelhos (PEREIRA, 2004).
Um sistema centralizado de detecção de incêndios com controlo de alarme directamente ligado
aos bombeiros, além de extintores portáteis, mantas, areia, em locais visíveis e acessíveis,
bocas-de-incêndio, portas corta-fogo e saídas de emergência devidamente assinaladas (a abrir
para fora) (PEREIRA, 2004).
A nível de inundação, devem ser instalados detectores e bombas automáticas de remoção de
água.
Os acessos à reserva devem ser feitos por pessoal devidamente autorizado e acompanhados,
no caso de visitas feitas por pessoas que não pertençam ao quadro profissional do museu.
Plano de Evacuação
Devem ser definidas políticas e procedimentos internos que permitam agir em caso de
emergência, nomeadamente a existência de plano de evacuação. Neste plano, deve ser eleito
um coordenador e devem ser distribuídas tarefas específicas a cada profissional do museu,
com vista à mais rápida evacuação das peças, em caso de emergência.
Todo o pessoal do museu deve receber regularmente formação e treino na utilização de
extintores e dos outros meios de combate ao fogo (ALMEIDA,2004). Além disso, todos devem
ter conhecimento da localização das torneiras de segurança, para agir rapidamente em caso de
inundação.
A isto acrescenta-se a enorme importância em manter permanentemente desobstruídas as
saídas de emergência (ALMEIDA,2004).
Plano de Monitorização
Com vista a prevenir futuros problemas, deve-se proceder à monitorização da reserva a nível
de todos os agentes de deterioração. Essa monitorização deve ser cumprida no formato de
inspecção periódica (mensal) às reservas propriamente ditas, mas também ao restante edifício,
interior e exteriormente, tendo por base um plano prévio, que vise todos os pontos a
inspeccionar. Devem ser registadas todas as conclusões num relatório que deve ser arquivado
para futura consulta e análise.
6
Estes filtros surgem no mercado, em folhas, mangas ou tubos (10 anos de duração) para aplicação em lâmpadas
fluorescentes, e em filmes de absorção para aplicação em janelas (5 anos de duração) (CCI Notes 2/1).
7
CRI - Colour Rendering Índex.
39
Anexos
Monitorização de pragas 8
A monitorização usando armadilhas fornece informação acerca do tipo e quantidade de
insectos, as zonas de entrada no edifício e a altura do ano em que isso acontece. Será então
possível identificar os espécimes e as áreas problemáticas e desenvolver um programa de
tratamento específico das espécies que ameaçam a colecção (tabela 17).
As armadilhas a usar podem ser adesivas e colocadas no chão, para insectos rastejantes, e
penduradas, para insectos voadores.
Durante a monitorização deve usar-se o mesmo formato e marca de armadilhas para os dados
poderem ser interpretados convenientemente.
O processo básico de monitorização pode ser aplicado na reserva do MNMC. Neste caso
específico, como exemplo, é proposto o plano para a reserva provisória, que inclui as seguintes
etapas:
a) Identificação de todas as portas, janelas, aquecimento e mobiliário, num plano do edifício;
b) Identificação das rotas preferenciais dos insectos e marcar a localização das armadilhas no
plano do edifício;
c) Numeração e colocação da data nas armadilhas;
d) Colocação das armadilhas nos locais especificados no plano do edifício;
e) Inspecção e recolha das armadilhas regularmente 9;
f) Aperfeiçoamento do plano se necessário, de acordo com os insectos recolhidos. Se os
resultados não forem satisfatórios, deve-se escolher nova localização para as armadilhas e
tentar de novo.
Nas inspecções deve-se documentar, numa tabela de monitorização (tabela 16) para cada
armadilha:
- O número de insectos;
10
- O tipo de insectos e a sua etapa de desenvolvimento ;
- A data de substituição das armadilhas.
8
http://www.nedcc.org/
Em situação regular, as armadilhas devem ser verificadas semanalmente durante pelo menos 3 meses e devem ser
substituídas a cada 2 meses, quando cheias, ou quando perdem o seu poder de adesão. Caso se suspeite de uma
infestação numa determinada área, colocar as armadilhas a distâncias de 3m e inspeccioná-las a cada 48h.
10
Uma vez apanhados, os insectos devem ser identificados para determinar a ameaça que representam para a
colecção.
9
40
Anexos
Tabela 16 – tabela de monitorização usada para registar os dados das armadilhas 11.
TABELA DE MONITORIZAÇÃO
DATA
N.º DA
ESTÁ
TIPO DE
FASE DE
ARMADILHA OCUPADA? INSECTO DESENVOLVIMENTO
NÚMERO
NECESSITA
DE
NOTAS
SUBSTITUÍÇÃO?
INSECTOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
…
Tabela 17 – Espécies de insectos que ameaçam as colecções de têxteis (TIANO: 13-15)
Ataque a têxteis de origem vegetal
(linho, algodão, cânhamo, juta):
Térmitas
Ataque a têxteis de origem animal
(lã, seda):
Traças da roupa
(Rhinotermitidae, Mastotermitidae, Hodotermitidae)
(Tineidae – Tinea pellionella, T. bisselliela)
Traças caseiras castanhas
Baratas
(Oecophidae – Hofmannophila pseudospretella)
(Blattelidae)
Peixinhos de prata
(Lepismatidae)
Carunchos
(Dermestidae – Anthrenus verbasci, A. museorum,
Attagenus pellio)
Tabela de monitorização e inspecção periódica das reservas
11
http://www.si.edu/SCMRE/relact/relact.htm
41
Anexos
42
Anexos
43
Anexos
44
Anexos
45
Anexos
Referências
AAVV (1995), Storage of Natural History Collections: A Preventive Conservation Approach. Society for the Preservation
of Natural History Collections, EUA.
ALMEIDA, Anabela e CASANOVAS, Luís Elias (2004) – Vade-Mecum. Conservação Preventiva. Instituto Português de
Conservação e Restauro, Lisboa.
BARIL, Paul (1997)– Fire Prevention Programs for Museums (Technical Bulletin No. 8). Canadian Conservation
Institute, Ottawa, Canada.
Flat Storage for Textiles (Note 13/2) (1993), in CCI Notes, Canadian Conservation Institute, Ottawa, Canada.
PEREIRA, M. (2004), Circulação de Bens Culturais Móveis, col. “Temas de Museologia”, Instituto Português de
Museus, Lisboa.
STRANG, Thomas (1996a), Preventing Infestations: Control Strategies and Detection Methods (Note 3/1), in CCI Notes,
Canadian Conservation Institute, Ottawa, Canada.
STRANG, Thomas (1996b), Detecting Infestations: Facility Inspection Procedure and Checklist (Note 3/2), in CCI Notes,
Canadian Conservation Institute, Ottawa, Canada.
TÉTREAULT, Jean (2003) – Airborne Pollutants in Museums, Galleries, and Archives: Risk Assessment, Control
Strategies, and Preservation Management. Canadá: Canadian Conservation Institute.
TÍMAR-BALÁZSY, Ágnes; EASTOP, Dinah (1998) – Chemical Principles of Textiles Conservation – ButterworthHeinemann, Oxford.
46
Anexos
ANEXO XIII
Principais tipos de nó usados em tapetes orientais
Nó simétrico
Nó mais volumoso e
resistente
Menor densidade de nós
por área
↓
Dificuldade em fazer linhas
curvas
↓
Desenhos geometrizados
Nó assimétrico
Nó mais fino
Maior densidade de nós
por área
↓
Linhas mais suaves
Maior facilidade em fazer
linhas curvas
↓
Composições florais e
vegetalistas
Referências
MIDDLETON, Andrew (1996) – Rugs & Carpets. Thechniques, Traditions & Designs. Mitchell Beazley, Londres.
WEARDEN, Jennifer (2003) - Oriental Carpets and their structure. Highlights from the V&A collection. V&A Publications,
London.
47
Anexos
ANEXO XIV
Tapetes Persas na Pintura Portuguesa
Alguns exemplos de pinturas portuguesas (figs. 10 e 11), onde estão representados tapetes
com barra de cartuchos:
Fig. 10 - São Teotónio celebrando perante D. Afonso Henriques e seu séquito,
Simão Álvares (?), sec. XVII (meados), óleo s/ tela, Museu Alberto Sampaio
(AAVV, 1996).
Fig. 11 - São Francisco Xavier despedindo-se de D. João III antes da partida para a evangelização da Índia, André
Reinoso (?), sec. XVII, óleo s/ tela, Museu de S. Roque (SERRÃO, 1993).
48
Anexos
Tapetes Persas
Existem Tapetes Persas que apresentam algumas características semelhantes às do tapete
Persa em estudo, sobretudo a nível de desenho e composição (figs. 12 e 13).
Fig. 12 - Ardabil carpet, Pérsia, 1539-40 Victoria and Albert Museum, 1051,5x533,5cm (WEARDEN, 2003).
Este tapete, um dos maiores tapetes existentes, apresenta a barra da cercadura, preenchida por uma fila
de cartuchos.
Fig. 13 - Rug with overall pattern, Irão ou Afeganistão, séc. XVI, 200x150cm (AAVV, 1990)
Este tapete Persa, datado do século XVI, apresenta uma composição semelhante ao tapete do MNMC. O
campo, de fundo vermelho, está decorado com palmetas, distribuídas segundo dois eixos de simetria, e
múltiplas flores, folhas e enrolamentos. A cercadura apresenta duas tarjas, e a barra decorada com uma
sequência de cartuchos, disposta em 3 filas, muito semelhante à do tapete Persa em estudo.
Referências
AAVV (1990), Esin Atil (edição) – Islamic art & patronage. Treasures from Kuwait. The Al-Sabah Collection, Nova
Iorque.
AAVV (1996) – A colecção de pintura do Museu Alberto Sampaio. Séculos XVI-XVIII. IPM, Lisboa.
WEARDEN, Jennifer (2003) - Oriental Carpets and their structure. Highlights from the V&A collection. V&A Publications,
London.
SERRÃO, Vítor (1993) – A Lenda de S. Francisco Xavier, pelo pintor André Reinoso. Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa, Lisboa.
49
Anexos
ANEXO XV
Artigo de imprensa 12
"O Tapete persa do Museu Machado de Castro – o seu valor"
Transcrição:
“O Tapete persa do Museu Machado de Castro – o seu valor
Segundo as nossas informações, o sr. D. António Mendez Casal, ilustre crítico de arte do A B
C, grande diário de Madrid, que há dias esteve nesta cidade, disse que o tapete persa que
existe no Museu Machado de Castro tem hoje um valor nunca inferior a um milhão de pesetas,
ou seja, na nossa moeda, mais de 3000 contos.”
nº1127, Despertar, 14 de Abril de 1928, p.1.
12
Informação gentilmente cedida por Duarte Freitas (mestrando de museologia, a trabalhar no MNMC).
50
Anexos
ANEXO XVI
O Tapete Persa
-
Desenho e Composição
CAMPO
O tapete apresenta um desenho e uma composição complexa, com motivos decorativos muito
variados, que se interligam entre si, de forma a preencher todos os espaços vazios. Esta
variedade composicional nota-se sobretudo no campo (fig. 14A), cujo desenho foi feito em 4
níveis/camadas, de diferentes densidades.
Fundo: vermelho escuro.
Motivos decorativos: palmetas, nuvens onduladas, cobras, split-leaves, nuvens encaracoladas
(tchi), folhas de plátano, flores de lótus, romãs, minúsculas flores e folhas.
Composição: o campo está decorado por 4 níveis 13 decorativos.
- 1º Nível
Composto por rede vegetalista, muito densa, com miúdos caules e folhas verdes, sem
contorno, que culminam em flores, botões de flores, pequenas folhas (figs. 14B e 14C) e flores
de lótus ou romãs de maiores dimensões.
B
A
C
Fig. 14 - A – Campo do tapete, rodeado pela tarja interna. B – Pormenor do canto superior direito do campo do tapete,
onde está assinalada a cor-de-laranja a densa rede decorativa que compõe o 1º nível do campo do tapete. C – Pormenor
da rede vegetalista do 1º nível decorativo do campo, onde são visíveis as folhas e caules verdes, as flores em botão e
pequenas folhas e flores.
13
Cada nível é composto por uma camada de motivos decorativos. Cada camada possui uma organização/composição
diferente. A separação dos diferentes níveis ajuda a perceber como foi feito o desenho do tapete.
51
Anexos
- 2º Nível
Composto por uma rede de enrolamentos de videira em espiral, de cor bege com contorno
castanho (fig. 15A) e menos densa que a rede vegetalista do 1º nível. Ao longo dos
enrolamentos, que culminam em folhas (duas delas, folhas de plátano – fig. 15C), vão surgindo
algumas flores de lótus e romãs decoradas com fio metálico (fig. 15C).
- 3º Nível
Neste nível, observam-se quatro nuvens onduladas, dispostas sob quatro palmetas do nível
superior (nível 4) (figs. 15B e D).
C
A
B
D
Fig. 15 - A – Representação esquemática da rede decorativa do 2º nível. B – Representação esquemática do 3º nível
decorativo. C – Pormenor do 2º nível decorativo, onde podem ver-se as flores de lótus e romãs sobrepostas, assim
como uma folha de plátano verde. D – Fita ondulada do nível 3.
- 4º Nível
Este nível (fig. 16A) é composto pelo pequeno medalhão central (fig. 16C), decorado a fio
metálico e em forma de octofoil, onde se inscrevem 4 split-leaves verdes, formando um
quadrifólio. O pequeno medalhão está rodeado por uma cadeia de enrolamentos de split-leaves
azuis-escuros contornados a bege (fig. 16D), aos quais estão enroladas pequenas nuvens
chinesas tchi, também em fio metálico.
Ao mesmo nível dispõem-se oito palmetas, com flores de lótus e romãs no seu interior.
Dispõem-se também várias fitas onduladas completas – duas na zona superior e quatro semifitas nas partes laterais. Na zona inferior existem duas fitas onduladas, onde estão
dissimuladas duas serpentes, em fio metálico.
52
Anexos
C
A
B
E
D
Fig. 16- A – Representação esquemática do 4º e último nível decorativo. B – Sobreposição dos níveis 2, 3 e 4 do
campo do tapete. C – Medalhão central em forma de roseta. D – Rede de enrolamentos que envolvem o
medalhão central. E – Tarja interna que contorna o campo do tapete. Ao centro, entre os 2 botões verdes
repetidos passa o eixo de simetria.
CERCADURA
A cercadura do tapete é composta por 2 tarjas e uma barra, todas com composições distintas,
mas mantendo o cariz vegetalista.
•
Tarja interna
Fundo: bege.
Motivos decorativos: Sequência alternada de pequenas flores azuis e botões de flores de onde
surgem folhas (fig. 16E).
•
Barra
Fundo: verde e azul-escuro.
Motivos decorativos: Sequência decorativa de cartuchos lobulares, decorados com palmetas e
fitas onduladas de vários tipos, filamentos com botões, split-leaves e flores variadas (figs. 17A
e B).
A sequência decorativa da barra faz-se mediante três filas de cartuchos, cada uma com uma
sequência decorativa regular.
A
B
Fig. 17 - A – Zona superior da barra do tapete. B – Zona inferior da barra do tapete, onde se pode ver, do lado direito, um dos cartuchos
de fundo vermelho com um motivo decorativo diferente dos cartuchos do mesmo tipo, da restante barra.
53
Anexos
- Fila interna e externa de cartuchos da barra
A fila interna, mais próxima do campo, e a fila externa da barra apresentam uma sequência
decorativa de cartuchos, que se repete em toda a extensão da barra (fig. 18A). Em termos
cromáticos, a única relação presente consiste na cor vermelha de fundo, comum a todos os
cartuchos decorados com split-leaves.
- Fila central de cartuchos da barra
Nesta fila os cartuchos surgem inteiros e a sequência decorativa (fig. 18B) é regular em toda a
extensão da barra principal, exceptuando a zona inferior desta, onde em vez de fitas onduladas
surgem 2 cartuchos com botões de flor, a surgir de um elemento oval decorado a fio metálico
(fig. 18C). Também na fila central da barra inferior, os cartuchos de fundo vermelho são
diferentes dos restantes cartuchos (fig. 17B). Quanto à cor do fundo dos cartuchos a sequência
é a seguinte: vermelho – fio metálico – verde – fio metálico – vermelho. Verifica-se ainda que a
presença de fio metálico também surge de modo alternado, já que nos cartuchos com fundo
decorado a fio metálico, o motivo decorativo é feito com nó, enquanto que nos cartuchos com
fundo de nó, os motivos são decorados com fio metálico.
Os interstícios das filas de cartuchos são preenchidos por pequenos ramos de flores e botões.
O tipo de decoração é idêntico em toda a barra (fig. 18D), com excepção da barra inferior, onde
os ramos são diferentes da restante barra e compostos por flores de menor dimensão (fig.
18E).
Em algumas partes da barra existem pequenos círculos a intercalar cada cartucho. Apesar da
simetria da localização, existe assimetria cromática. A irregularidade da distribuição dos
círculos poderá indicar um recurso para ajustar os motivos decorativos à dimensão do tapete,
nomeadamente para ajudar a resolução dos cantos (zonas mais difíceis de desenhar) (ELLIS,
1965).
A
B
C
D
E
F
Fig. 18 - A - Sequência dos cartuchos das filas interna e externa. B – Sequência dos cartuchos da fila
central. C –Um dos cartuchos onde, seguindo a sequência da restante barra deveria existir uma uma fita
ondulada. Estes cartuchos contribuem para a unidireccionalidade do tapete. D- Ramo que preenche os
interstícios da barra, nas zonas superior e laterais. E- Ramo que preenche os interstícios da barra, na zona
inferior – unidireccionalidade do tapete. F – Alguns dos círculos, assinalados a amarelo, que intercalam os
cartuchos.
54
Anexos
•
Tarja externa
Fundo: vermelho escuro.
Motivos decorativos: disposição alternada de lírios persas e motivos de “três folhas” (fig. 19).
Fig. 19 - Tarja externa e término do tapete, de onde pendia a franja,
agora desaparecida.
-
Interpretação
A observação cuidada dos pormenores decorativos e técnicos do tapete permite obter pistas
que conduzam não só à técnica de fabrico utilizada, mas também permitam desvendar os
“segredos” que o tapete esconde.
Mas, importa salientar que os tapetes orientais são feitos manualmente, e, nesse sentido,
vivem muito da interpretação do desenho, feita pelo tecelão. Podem existir erros de
interpretação do desenho, nas cores usadas, nos materiais, e como não se pode voltar atrás
para corrigir os erros, estes permanecem.
Nesse sentido, são apresentadas algumas hipóteses de interpretação.
O tapete apresenta algumas características no desenho, que
podem
eventualmente
contribuir
para
lhe
conferir
unidireccionalidade (fig. 20):
-
A presença de duas cobras na zona inferior do campo;
-
A diferença decorativa da zona inferior da barra em
comparação com as outras partes.
-
As 3 palmetas verdes, quando todas as outras presentes
Palmetas
verdes
no campo são azuis.
-
Cobras
Uma maior densidade de motivos decorativos e o
alongamento das nuvens onduladas na metade inferior do
Barra inferior
campo.
Fig. 20 – Localização dos pormenores que
contribuem para a unidireccionalidade do tapete.
A sugestão de um tapete unidireccional, poderia hipoteticamente oferecer ao proprietário a
14
possibilidade de o usar como tapete de oração . No entanto, existem muitas outras hipóteses
14
Os tapetes de oração mais comuns contêm geralmente a representação do nicho de oração que era voltado em
direcção a Meca, durante as rezas. Existem tapetes de oração colectivos, colocados nas mesquitas, e outros usados
para oração individual, fora das mesquitas, em casa ou em viagem (AAVV, 2004).
55
Anexos
que permanecem em aberto e não devem de modo algum ser eliminadas, nomeadamente a
possibilidade destas diferenças se tratarem de um engano do tecelão.
A reforçar esta hipótese está a presença de algumas passagens de tramas vermelhas de lã,
visíveis pelo verso (fig.21), quando todo o tapete tem tramas de algodão brancas.
A presença destas tramas, por sua vez, pode ter várias interpretações 15:
- Pode ser um engano;
- Pode ser uma marca da oficina onde foi produzido;
- Pode ser uma marca de certificação de qualidade.
Se esta última hipótese correspondesse à verdade, este tapete poderia ter sido marcado pela
oficina, como um tapete com defeito, e que não poderia ter sido vendido na Pérsia como um
tapete de qualidade. No entanto, isso não o impede de ter sido vendido aos portugueses como
um tapete de qualidade, como de facto pode ser considerado, dados os materiais que contém
(seda, fio metálico, corante laca, entre outros).
Tramas
vermelhas
Fig. 21 – Localização da zona com tramas vermelhas, visível pelo verso do tapete e pormenor.
Referências
AAVV (2004)– Espelhos do Paraíso – Tapetes do Mundo Islâmico, séc. XV-XX. (Catálogo da exposição), Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa.
ELLIS, Charles Grant (1965) – Some compartment designs for Carpets, and Heart. In The Textile Museum Journal, vol.
1, n. º 4, 42-56.
15
Comunicação pessoal de Jon Thompson e Jessica Hallett, feita via e-mail, a 9 e 10 de Julho de 2006.
56
Anexos
ANEXO XVII
Identificação de Fibras por Microscopia Óptica (MO)
Amostragem
-
4
3a
6
3b
5
3c
2
7
1
-
Amostra
1
2
3a
3b
3c
4
5
6
7
Descrição
Teia
Trama
Felpa vermelha
Felpa azul esverdeada
Felpa bege
Franja/friso vermelho
Alma (fio metálico)
Tecido de restauro
Linha de restauro vermelha
Resultado
Seda Bombix mori
Algodão
lã
lã
lã
seda
seda
celulósica
? - sintética
Procedimento Experimental
Materiais e reagentes
Amostragem
Aparelhos
Observação
(corte longitudinal)
Observação
-
Microscópio Óptico (luz
-
Micrótomo (Leica RM 2155)
-
Polidora rotativa (Struders
transmitida e reflectida)
(corte transversal)
-
Pinça
-
Lâminas de vidro
-
Molde em silicone
-
Bisturi
-
Lamelas
-
Resina Technovit 2000 LC-
-
Eppendorf
-
Pipetas
Kulzer (Resina
-
Glicerol (C3H8O3)
fotopolimerizável para ensaios
®
Dap V.)
-
-
Aparelho de luz UV
®
(Technotray - Kulzer)
metalográficos)
®
Verniz Technovit 2000 LCKulzer (Verniz
fotopolimerizável)
Amostragem
Recolha da quantidade mínima possível das amostras pretendidas com pinça e bisturi, para um
eppendorf.
Corte longitudinal
Colocação de algumas fibras numa lâmina de vidro, colocar uma gota de glicerol, cobrir com
uma lamela e pressionar até remover as bolhas de ar. Observação ao MO.
Fig. 22 - Amostras
montadas nas resinas
para efectuar o corte
transversal.
Corte transversal
Colocação de um pouco de resina fotopolimerizável, num molde em silicone e levar à luz UV (5 min.).
Sobre a resina, colocar uma pequena quantidade de fibras, de modo a ficarem perpendiculares à
extremidade de menor dimensão do molde e levar à luz UV (5 min.). Preencher o molde da fibra com
resina e levar a fotopolimerizar (~30min.). Colocar 2 gotas de verniz fotopolimerizável e levar novamente à
luz UV (~10-20min.), até estar suficientemente endurecido (fig. 22).
Polir o excesso de resina da montagem, de modo a aproximar a amostra da superfície.
Com o auxílio do micrótomo obter finas secções transversais da amostra (na ordem dos μm) e dispô-las
numa lâmina de vidro, adicionar glicerol e cobrir com uma lamela. Observação ao MO.
57
Anexos
ANEXO XVIII
Identificação de Corantes por Cromatografia Líquida de Alta Pressão com detecção por
vector de díodos (HPLC-DAD)
-
Amostragem
E4b
E4
B2
A4
L4
E2
A5
E3c
E3e
V1
V2
E3g
A3
Am
Am4=Am5
Amostras
A2
E
- Encarnados
Laca
A
- Azuis
Indigo
- Amarelos
Flavonóide (lírio-dos-tintureiros)
Am
A1
E3b
B1
L3
E5
E1c
Resultados
L
- Laranjas
Alizarina (garança) + flavonóide
V
- Verdes
Índigo + flavonóide
B
- Beges
Sem corante
E3d
L1=L2
V5
E1
E1b
E3=E3a=E3f
A6
V3
-
V4
Procedimento experimental
Eluição
Segundo
o
gradiente
de
polaridade
expresso
em
(CASTEELE, 1983), foram utilizados dois solventes: A,
água ácida [solução de ácido perclórico (HClO4), a pH=1,5]
e B, metanol (MeOH) (tabela 18). A temperatura do
sistema manteve-se constante a 35ºC, e a pressão que
variou dos 200 aos 300 bar.
%B
Vel. Fluxo
Tempo
%A
(MeOH)
(ml/min)
(min)
(HClO4)
1
0.0
93
7
2
2.0
93
7
3
8.0
85
15
1,7
4
25.0
25
75
5
27.0
20
80
6
29.0
0
100
7
40.0
0
100
Tabela 18 – Descrição do método de eluição com
gradiente de polaridade.
“Step”
58
Anexos
Reagentes
-
Aparelhos
Água ácida (pH1)
®
Água Millipore
Metanol (MeOH)
DMF (N,N-Dimetilformamida)
Ácido perclórico conc. (HClO4)
-5
Balança de precisão Startorius CP225D, precisão 1x10 g
Ultra-sons (Transsonic Digital, Elma)
Aparelho de cromatografia líquida de alta resolução Thermo Finningan
®
Surveyor, da Macherey- Nagel (NUCLEOSIL 300-5 C18), tamanho 250/4.6,
com sistema de detecção por vector díodos (DAD).
-
Amostragem
Recolha de uma pequena quantidade de fibras (± 1 tufo) de cada cor pretendida, com pinça e bisturi, para um
eppendorf. Pesagem das amostras na balança de precisão.
Extracção do corante e preparação para análise
O corante foi extraído das fibras por hidrólise ácida: DMFác. (azuis esverdeados) e MeOHác. (restantes cores
analisadas). As amostras são levadas aos ultra-sons, o extracto é filtrado (filtros de seringa de nylon) e, se necessário,
concentrado com Árgon a borbulhar nas amostras. Por fim, coloca-se 25μl do extracto num vial de plástico e efectua-se
a análise.
Amostra
Peso (mg)
Extracção
MeOH (ml)
HClO4 (gotas)
H2O millipore
(ml)
Ultra-sons (min.)
potência 6
Cor do corante
extraído
concentrado
Amostra
Peso (mg)
Extracção
DMF (ml)
Ultra-sons (min.)
potência 6
HClO4 (gotas)
Ultra-sons (min.)
potência 6
Cor do corante
extraído
(após
concentrar)
Amostra
Peso (mg)
Extracção
MeOH (ml)
HClO4 (gotas)
H2O millipore
(ml)
Ultra-sons (min.)
potência 6
Cor do corante
extraído com
centrado
ENCARNADO
E3b
E3c
E3d
16
0,34
1,02
4,27
MeOH
MeOH
MeOH
ác.
ác.
ác.
0,15
0,15
0,15
2
2
2
E1
0,64
MeOH
ác.
0,2
2
E2
1,37
MeOH
ác.
0,2
2
E3
1,71
MeOH
ác.
0,2
2
E3g
0,91
MeOH
ác.
0,4
5
E4
0,68
MeOH
ác.
0,2
2
E4b
0,68
MeOH
ác.
0,4
5
0,1
0,1
-
-
-
-
0,1
-
0,1
60
60
30
30
30
30
30
30
25
rosa
claro
vermelho
escuro
vermelho
escuro
rosa
claro
rosa
claro
rosa
claro
rosa
claro
vermelho
claro
vermelho
claro
A1
0,54
DMF ác.
0,2
-
A2
2,87
DMF
0,2
30
AZUL-ESVERDEADO
A3
A4
2,31
1,33
DMF ác.
DMF ác.
0,6
0,2
20
A5
1,49
DMF ác.
0,2
20
A6
0,52
DMF ác.
0,3
-
2
50
65
3
60
2
65
2
65
20
30
Azul
esverdeado
ténue
Azul intenso
(fibra azul)
(não se
concentrou)
Azul esverdeado
(fibra azul)
Quase incolor
(fibra azul)
Quase incolor
(fibra azul)
Azul muito
claro
Am3
2,31
MeOH ác.
0,2
2
AMARELO
Am4
Am4
17
9,23
H2O ác.
H2O ác.
½
2(pH0)
Am5
L1
0,77
MeOH ác.
0,2
2
LARANJA
L2
L3
3,56
1,46
MeOH ác.
MeOH ác.
0,5
0,5
2
2
-
0,7
0,7
-
-
-
55
10
50
70
30
30
Amarelo
vivo
Amarelo
Amarelo
vivo
laranja claro
laranja forte
alaranjado
muito claro
L4
16
A grande quantidade de fibra removida deve-se ao facto desta amostra ter sido analisada por HPLC-DAD, mas
também por MS (não conclusivo), no âmbito do trabalho desenvolvido pelos alunos na cadeira de Métodos de Exame e
Análise.
59
Anexos
Resultados
-
Comparação entre cromatogramas de amostras mais hidrolisadas com amostras menos hidrolisadas
Na amostra E3 (cromatograma 1), verifica-se o surgimento de um pico muito intenso, não identificado, aos 22,5 min,
mas que poderá ser um ácido lacaico, já que os picos correspondentes aos ácidos lacaico A e B, da amostra menos
hidrolisada (E2), desapareceram.
Na amostra amarela hidrolisada (Am4, pH0) (cromatograma 2), verifica-se o surgimento do pico de luteolina, que na
amostra não hidrolisada não é ainda visível, mas ainda se observa o pico do açúcar, luteolina-7-glucósido, o que
possibilitra identificar a espécie tintureira. Se este pico não existisse, essa mesma espécie seria difícil de identificar, já
que é caracterizada pela presença do açúcar luteolina-7-glucósido.
Na amostra A1 (cromatograma 3) verifica-se o surgimento de isatina aos 10 minutos, o que mostra uma degradação
evidente do índigo, que se pode dever ao facto da amostra ter permanecido demasiado tempo nos ultra-sons.
487 nm
0.4
0.4
Ác. Lac. A
AU
AU
0.2
0.2
0.0
0.0
10
5
15
20
25
30
Minutes
Cromatograma 1
--------- Tapete_E2_MeOH e H2O_ac
---------- Tapete_E3_MeOH_ac – amostra hidrolisada .
349 nm
Luteolina–7-glucósido
Luteolina
0.4
0.4
AU
AU
0.2
0.2
0.0
0.0
5
10
15
20
25
30
Minutes
Cromatograma 2 ---------- Tapete_ Am4_H2Oac_pH1
---------- Tapete_ Am4_H2Oac_pH0 – amostra hidrolisada
307 nm
Índigo
0.10
0.10
Isatina
AU
AU
0.05
17
0.05
0.00
A elevada quantidade de fibras recolhida serviu para realizar vários testes de hidrólise ácida.
5
10
15
20
25
Minutes
Cromatograma 3 ---------- Tapete_A3_DMFác.
---------- Tapete_A1_ DMFác – amostra degradada
0.00
30
60
Anexos
61
Anexos
62
Anexos
63
Anexos
64
Anexos
65
Anexos
ANEXO XIX
Identificação de Mordentes por Plasma de acoplamento induzido com detecção por
espectrometria de emissão atómica (ICP-AES)
-
Amostragem
E4
E2
Amostra
lã
seda
E2
E3a
E3d
L2
Am4
E4
Am4
Descrição
sem corante
Vermelho escuro (barra) – lã
Vermelho escuro (campo) – lã
Vermelho (campo) – lã
Laranja (barra) – lã
Amarelo (barra) – lã
Vermelho escuro (franja) – seda
E3d
L2
E3a
-
Procedimento experimental
Reagentes
Aparelhos
-5
-
Água ácida, pH 1 (lavagens)
-
Balança de precisão Startorius CP225D, precisão 1x10 g
-
Ácido nítrico (HNO3) Concentrado
-
Ultra-sons (Transsonic Digital, Elma)
-
Plasma de acoplamento induzido – espectroscopia de
Solução 9% HNO3/H2O
-
emissão atómica Jobin-Yvon Ultima equipado com um
Padrões:
Solução
comercial
Aluminium
ICP
Standard
Solution,
c(Al)=1.000g/l em 0.5M HNO3
gerador RF de 40.68MHz e um monocromador tipo CzernyTurner de 1.00m.
Solução multielementar Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb, Sb, Sn,
Zn atomic Standard Concentrate, Fluka (C=1ppm)
-
Água Millipore
®
Amostragem
Recolha de cerca de 1mg de fibra (± 1 tufo) de cada cor pretendida, com pinça e bisturi, para um
eppendorf.
Pesagem das amostras na balança de precisão (peso amostra = média de 3 medições).
66
Anexos
Preparação da solução matriz
HNO3 65%
MM=63,01g/mol
1L=1,400Kg
100 ml de solução 9% HNO3/H2O
(100x9)/65 = 13,85g
ρ=m/V
®
V= 9,9 ml HNO3 conc. (num balão de 100ml e perfazer com H2O Millipore )
V=13,85/1,4
Rectas de Calibração
a) Lavagem de material
O material a usar na preparação das rectas de calibração e das amostras deve ser devidamente lavado
com:
®
®
H2O Millipore – H2Oác. – H2O Millipore – solução matriz (9% HNO3/H2O)
Deixar secar o material ao ar, com secador ou na estufa (Atenção: depois de lavado, o material deve
estar em contacto com superfícies limpas, para evitar contaminações).
b) Cálculos das concentrações de padrões (Al3+, Cu2+, Fe2+) necessárias para os vários pontos das rectas
de calibração.
Cálculo exemplo: Recta de calibração – Al
6
X =(0,01ppm x 5ml)/10 ml
-8
3+
(análise 1) – ponto 0,01ppm
-8
X= 5x10 ppm
6
3+
(5x10 ppm x 10 ml) /0,5ppm= 0,1ml (sol. de Al 0,5 ppm)
c) Preparação das rectas de calibração (fig. 23), com base nos cálculos efectuados.
Preparação das amostras
a) 5 ml de solução matriz (9% HNO3/H2O)
É necessário: V≈0,5ml HNO3 conc.
b) Dissolução da amostra
Colocar a fibra depois de pesada num copo de 5ml e adicionar
≈0,5ml HNO3 conc.
Levar aos ultra-sons (potência 9), o tempo necessário até completa
dissolução
da
fibra
no
ácido
(Nota:
cuidado
com
as
Fig. 23- Soluções para a recta de calibração do
3+
Al .
contaminações!)
c) Filtrar a amostra dissolvida no ácido (filtros de seringa de nylon) para o interior de um balão de 5ml e
®
perfazer com H2O Millipore .
Análise das amostras
A análise é feita a todos os pontos das rectas de calibração e às amostras, e é necessário analisar
também a solução matriz (9% HNO3/H2O) para desconto.
-
Resultados
67
Anexos
Rectas de calibração
1ª análise
2ª análise
Recta de calibração do Al
3+
3+
3+
Recta de calibração Al
17500
160000
140000
Intensidade
Intensidade
17000
16500
16000
15500
15000
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
Concentração Al
Intensidade
0,12
3+
0,14
0,16
0,18
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
0,00
0,2
2,00
3,00
4,00
5,00
Concentração Al 3+ (ppm)
Conc. (ppm)
Intensidade
Conc. (ppm)
15315,32
0,00
2612
0,00
15212,09
0,01
32496
1,00
15266,33
0,05
60357
2,00
16504,83
0,10
91700
3,00
16526,88
0,15
122059
4,00
17060,40
0,20
152080
5,00
2
R =0,9027
Recta de calibração Cu
2+
90000
80000
70000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
2
R =0,9998
2+
Recta de calibração Cu
y = 62016x + 20509
R2 = 0,9867
2+
y = 134790x + 2302,1
R2 = 0,9999
160000
140000
Intensidade
Intensidade
1,00
(ppm)
Recta de calibração do Cu
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0
0,00
1
0,10
0,20
0,30
0,40
Intensidade
Conc. (ppm)
Intensidade
20569,61
0,000
2922
0
22355,89
0,005
15225
0,10
23230,11
0,010
-
0,30
25534,06
0,100
69567
0,50
46292,58
0,500
96474
0,70
85225,33
1,000
137339
2+
Recta de calibração do Fe
1,00
2
R =0,9867
Recta de calibração Fe
Intensidade
80000
60000
40000
20000
0
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,70
0,80
0,90
1,00
0,7
0,8
0,9
1
2
R =0,9999
Recta de calibração Fe
y = 92918x + 5270,7
R2 = 0,9956
100000
0,1
0,60
Conc. (ppm)
2+
120000
0
0,50
Concentração Cu2+ (ppm)
Concentração Cu2+ (ppm)
Intensidade
y = 29925x + 2072
R2 = 0,9998
Recta de calibração Al
y = 9660,9x + 15160
R2 = 0,9027
180000
160000
140000
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
0,00
0,10
Concentração Fe 2+ (ppm)
0,20
0,30
0,40
0,50
2+
0,60
y = 159778x - 838,39
R2 = 0,9989
0,70
0,80
0,90
Concentração Fe 2+ (ppm)
Intensidade
Concentração
Intensidade
Concentração
5722,35
0,000
1679
0,00
6756,04
0,005
13908
0,10
7647,79
0,010
-
0,30
13950,42
0,100
76094
0,50
47030,34
0,500
111237
0,70
100580,24
1,000
160380
1,00
2
R =0,9956
2
R =0,9989
68
1,00
Anexos
Teores de mordentes nas fibras em mg (mordente)/g(fibra)
A
Amostra Al (ppm)
lã
0,1808
seda
0,2478
E2
3,9338
E3a
3,3064
E3d
0,7792
L2
1,2376
Am4
2,1966
E4
1,8401
Amostra Cu(ppm)
lã
0,0231
seda
0,0286
E2
E3a
0,0384
E3d
0,0302
L2
0,0608
Am4
0,1353
E4
Amostra Fe(ppm)
lã
0,0318
seda
0,0504
E2
0,2426
E3a
0,0793
E3d
0,0840
L2
0,0912
Am4
0,1373
E4
0,1416
Erro (%)
8,35
7,28
0,95
0,78
1,81
1,86
1,07
2,69
Erro (%)
11,84
18,21
0,91
1,07
1,48
2,18
Erro (%)
2,89
2,76
1,38
0,27
0,42
0,86
0,62
1,43
B
Al(mg)/sol. (5ml)
0,000904
0,001239
0,019669
0,016532
0,003896
0,006188
0,010983
0,009201
Cu(mg)/sol. (5ml)
0,000116
0,000143
0,000192
0,000151
0,000304
0,000677
Fe(mg)/sol. (5ml)
0,0001590
0,0002520
0,0012130
0,0003965
0,0004200
0,0004560
0,0006865
0,0007080
C
Al(mg)/fibra(g)
0,83
0,83
12,14
20,84
5,22
6,09
11,21
7,67
Cu(mg)/fibra(g)
0,07
0,12
0,24
0,20
0,30
0,69
Fe(mg)/fibra(g)
0,15
0,17
0,75
0,50
0,56
0,45
0,70
0,59
D
Amostra
Peso amostra (g)
lã*
0,00109
seda*
0,00149
E2
0,00162
E3a
0,00079
E3d
0,00075
L2
0,00102
Am4
0,00098
E4
0,00120
* amostras sem corante
DesvPad
0,00002
0,00002
0,00003
0,00001
0,00002
0,00001
0,00000
0,00002
Cálculo efectuado para cada amostra, de
modo
a
obter
o
valor
de
mg
(mordente)/g(fibra):
[Ax5(ml)]/1000(ml) = B
B/D=C
69
Anexos
ANEXO XX
Caracterização dos fios metálicos
Análise por SEM-EDS
- Resultados – análise da superfície
A
B
C
D
E
F
Fig. 24 - Amostra 6 – (análise sem montagem metalográfica nem banho de ouro) – Imagem em electrões secundários (A) e em
electrões retrodifundidos (B); Mapeamento de zonas com Au (C), enxofre (D), cloro (E) e com Ag (F).
Observações:
O mapeamento feito à superfície da amostra 6 revela a presença de ouro (fig. 24C), em pequena extensão. Por outro lado, observase nitidamente a presença de Ag (fig. 24F) por toda a superfície, que surge associada ao cloro (fig. 24E), revelando a presença de
AgCl (cerargiite – cor de fígado a cinzento). Um pouco por toda a superfície, com excepção das zonas com Cl, surge enxofre (fig.
24D), o que revela também a presença de Ag2S (argentite – cor negra).
70
Anexos
Análise por ICP-AES
Amostragem
6
1
Peso
Amostra
Ag (%)
Au (%)
Cu (%)
1
39,42
0,06
0,21
1,01
3
63,37
0,29
1,97
0,59
6
49,79
0,40
0,42
0,76
3
(mg)
Resultados da análise por ICP-AES a 3 amostras de
fio metálico seleccionadas.
Procedimento experimental (ver Anexo XIX)
-
Reagentes
Padrões:
-
Silver ICP, Fluka (C=1000ppm)
Gold ICP, Fluka (C=1000ppm)
Solução multielementar Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb, Sb, Sn, Zn atomic Standard Concentrate, Fluka (C=1ppm)
Rectas de calibração
Recta de calibração da Ag+
Recta de calibração Ag
+
Intensidade
y = 5600,3x + 2438,4
R2 = 0,9997
800000
Intensidade
700000
600000
500000
400000
300000
200000
100000
Conc. (ppm)
1277
0,00
228320
40,00
343186
60,00
443656
80,00
561405
100,00
676922
120,00
Intensidade
Conc. (ppm)
R2=0,9997
0
0
20
40
60
80
100
120
Concentração Ag+ (ppm )
Recta de calibração do Au+
+
Recta de calibração Au
y = 8152,3x + 1773,2
R2 = 0,9999
1765
0,00
80000
18004
2,00
60000
34100
4,00
51200
6,00
Intensidade
100000
40000
20000
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
67153
8,00
82987
10,00
R2=0,9999
Concentração Au+ (ppm )
Recta de calibração do Cu2+
Intensidade
Concentração
1788
0,00
8000
3828
0,20
6000
5377
0,40
7311
0,60
9239
0,80
Recta de calibração Cu
2+
y = 9192,3x + 1831,5
R2 = 0,9986
Intensidade
10000
R2=0,9986
4000
2000
0
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
Concentração Cu2+ (ppm )
71
Anexos
ANEXO XXI
Mapeamentos de formas de degradação
Fig. 25 - A (esq.) - Frente do tapete. B (dir.)- Mapeamento de lacunas (
zonas com maior densidade de lacunas.
). Estão assinaladas nas figuras as
Fig. 26 - A (esq.) - Frente do tapete. B (dir.) - Mapeamento de lacerações e aberturas (
assinaladas nas figuras as zonas com maior densidade de lacerações.
). Estão
72
Anexos
Fig. 27 - A (esq.) - Frente do tapete. B (dir.) - Mapeamento de perda de fios de teia (
(
).
), trama (
Fig. 28 - A (esq.) - Frente do tapete. B (dir.) - Mapeamento de perda de fio metálico (
mapeamento de perda de lâmina metálica (
).
) e felpa
) e
73
Anexos
Fig. 29 - A (esq.) - Frente do tapete. B (dir.) - Mapeamento de enrugamentos e vincos (
assinaladas nas figuras as zonas com maior densidade de perda de material.
Fig. 30 - A (esq.) - Frente do tapete. B (dir.) - Mapeamento de intervenções anteriores (
). Estão
).
74
Anexos
Localização de partículas de sujidade pontuais
Fig. 31 -
Pingos de cera (Partícula 1);
Películas resinosas (Partícula 2);
Nódoas escuras (Partícula 4)
Tabela 19 – Identificação dos principais tipos de sujidade analisados e respectivas características morfológicas e dimensionais, adesão e coesão,
local e taxa de ocorrência (+ baixa ocorrência; ++ média ocorrência; +++ alta ocorrência)
Designação da
partícula
Partícula 1
(cera)
Partícula 2
(película
resinosa)
Características
morfológicas
Cor. Branco.
Aspecto: aglomerado
gorduroso, quebradiço.
Cor: bege translúcido.
Aspecto: película compacta
de formato irregular,
brilhante.
Dimensões
Adesão e Coesão
Local de
ocorrência
Taxa de ocorrência
(relativa ao local de
ocorrência)
Na ordem dos
mm/cm.
Quebra-se facilmente
com estilete, em
pedaços mais
pequenos que se
inserem entre as
fibras da felpa (por
aspiração é possível
remover o principal).
Pontualmente,
sobre a felpa
(fig 7).
+
Destacamento fácil
nuns locais e difícil
noutros.
Pontualmente,
sobre a felpa
(fig. 7).
Variáveis, na
ordem dos
cm/mm.
Imagem macroscópica
(lupa binocular)
(ampl. 7x)
+
(ampl. 7x)
Partícula 3
Pêlo
Partícula 4
(nódoas
negras)
Cor: branco.
Aspecto: particulato, muito
fino.
Cor: castanho/cinzento
escuro/preto.
Aspecto: mancha gordurosa,
muito compacta.
Na ordem dos
µm.
Na ordem dos
cm.
Algumas partículas
soltam-se e outras
permanecem unidas
às fibras.
Na superfície e
nos interstícios
das fibras da
felpa.
++
Partículas
depositadas à
superfície e no
interior das fibras,
muito ligada a estas.
Canto superior
esquerdo do
campo central
(fig. 7).
++
-
(ampl. 40x)
Partícula 5
(franja vermelha)
Cor: branco/castanho claro
Aspecto: particulato
granular, muito fino.
Na ordem dos
µm.
Difícil de determinar,
porque as partículas
são muito pequenas.
Nos interstícios
das fibras da orla
e franja.
+++
(ampl. 115x)
75
Anexos
Identificação de partículas de sujidade por Espectroscopia de Infravermelho por
Transformada de Fourier (FT-IR)
Aparelho
Espectrofotómetro de FT-IR, modelo Nexus da Nicolet; acoplado a microscópio; modelo Continuμm, da Nicolet, com
objectiva Reflachromat 15x, com acessório de ATR.
Célula de diamante Therma Spectra –Tach, Mount 100 M Pinhole Gold Mirror, 0047-432 Part No.
Condições de operação – espectros
-1
-1
Condições de análise: T=21,7ºC; HR=51%;Resolução: 4cm ; intervalo de 4000-650cm 128 varrimentos.
Resultados·
Espectro de FT-IR
Pico/região do
espectro
-1
(cm )
Partícula 1
CH
6
2918
Absorvância
5
4
3
Atribuição
(grupo funcionalvibração)
CH distensão
-1
Literatura (cm )
(DERRICK,1999)
2920
assimétrica
2849
CH distensão simétrica
1736
C=O forte
2850
1690-1760
1463
C-H flexão
1450
1173
C-O distensão
1050-1300
720
CH rocking
730
CH
2
Identificação
1
Partícula 1 – Partícula de cera.
C=O
CH
0
4000
3500
3000
2500
2000
C-O
1500
Biblioteca de espectros: Ampac Wax (Espectro 1).
CH
1000
-1
n.º onda (cm )
30
Partícula 3a
Partícula 3b
C=O
CH
25
CH
Absorvância
20
15
C-O
CH
OH
10
C-C
5
0
-5
4500
4000
3500
3000
2500
2000
-1
n.º onda (cm )
1500
1000
500
Pico/região do
espectro
-1
(cm )
P 3a
P 3b
3416
3418
2930
2930
2856
2857
1712
1733
(dubleto)
(dubleto)
?
1712
1640
1636
1463
1464
1379
1376
1251
1251
1166
1166
1039
1039
Atribuição
(grupo funcionalvibração)
O-H distensão
-1
Literatura (cm )
(DERRICK,1999)
3600-3200
CH distensão
assimétrica
CH distensão simétrica
2850
C=O forte
1730-1640
C-C distensão
1610-1680
C-H flexão
1340-1470
C-O distensão
1300-900
2925
Identificação : Partículas P3a e P3b – Permanece em estudo a sua
caracterização.
Biblioteca de espectros: Shellac (Espectro 2).
76
Anexos
Biblioteca de espectros
Espectro 1 - Cera, Ampac wax
10
Ampac Wax
Absorvância
8
6
4
2
0
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
-1
n.º onda (cm )
Espectro 2 - Resina, Shellac
10
Shellac
Absorvância
8
6
4
2
0
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
-1
n.º onda (cm )
Avaliação do estado de conservação
Tabela 1
Parâmetros para a avaliação do
Estado de Conservação
Perda de qualidades físicas
Perda de material
Lacunas, lacerações, cortes
Alterações formais
Alterações cromáticas
Sujidade
Estado de secura do material
Ataque por fungos, bolores, microrganismos
Alterações provocadas por insectos, roedores, aves
Perda de pontos de fixação, fios soltos, elementos destacados
Média
Estado de Conservação
3
4
4
3
3
3
3
1
1
2
2,7
(Razoável)
Estado de Conservação
1- Muito Bom
2- Bom
3- Razoável
4- Deficiente
5- Mau
Referências
DERRICK, M. R., STULIK, D., LANDRY, J. (1999) – Infrared Spectroscopy in Conservation Science, Scientific tools for
conservation, The Getty Conservation Institute, Los Angeles.
77
Anexos
ANEXO XXII
Testes de limpeza
Tempo aspiração
(min.)
Oscilações
cromáticas
Local
Vermelho
L*
a*
b*
0
23,02±0,32
25,56±0,10
10,70±0,09
10
23,07±0,54
26,13±0,17
11,05±0,15
15
20
25
30
ΔL*
Δa*
Δb*
-
0,58±0,17
0,35±0,15
23,43±0,47
26,20±0,09
11,10±0,17
ΔL*
Δa*
Δb*
-
0,64±0,09
0,40±0,17
24,26±0,82
25,97±0,30
11,24±0,08
ΔL*
Δa*
Δb*
1,24±0,82
0,41±0,30
0,54±0,08
24,02±0,16
26,12±0,37
11,30±0,10
ΔL*
Δa*
Δb*
1,00±0,16
0,57±0,37
0,60±0,10
23,31±0,39
26,30±0,09
10,96±0,16
ΔL*
Δa*
Δb*
-
↑
↑
-
↑
↑
↑
↓
↑
↓
↑
↑
ΔL*
Δa*
Δb*
0,29±0,39
0,75±0,09
0,26±0,16
↓
↑
↓
ΔL*
Δa*
Δb*
-
↓
↓
↑
-
↑
-
-
-
↑
↓
-
↑
↓
↓
Azul-esverdeado
L*
a*
b*
0
28,56±0,22
-4,72±0,04
4,77±0,02
10
28,79±0,71
-5,01±0,08
4,66±0,06
ΔL*
Δa*
Δb*
-
-0,30±0,08
-0,11±0,06
29,09±0,30
-4,98±0,06
4,97±0,07
15
20
25
30
ΔL*
Δa*
Δb*
0,30±0,30
-
0,31±0,07
29,31±0,32
-4,94±0,07
4,93±0,18
ΔL*
Δa*
Δb*
-
-
-
29,85±0,24
-5,03±0,08
5,01±0,18
ΔL*
Δa*
Δb*
0,54±0,24
-0,09±0,08
-
30,08±0,22
-5,09±0,05
4,92±0,03
ΔL*
Δa*
Δb*
0,24±0,22
-0,07±0,05
-0,09±0,03
Tabela 20 – Testes de limpeza efectuados em áreas de 15x15 cm. Os valores de ΔL*, Δa*, Δb* estão calculados entre cada teste de
limpeza, de 10 a 30 min, e os 0 min. de aspiração. As oscilações de cor são determinadas comparando com os valores de L*, a*, b* do
teste anterior. Nos locais assinalados com (-) os valores de ΔL*, Δa* ou Δb*, são inferiores ao erro associado à medição.
78

Documentos relacionados

parte 4 - Museu Nacional Machado de Castro

parte 4 - Museu Nacional Machado de Castro a Época Safávida – Dinastia do Xá Abbas I (r. 1587-1629) e a produção de tapetes Indo-Persas (séc. XVII) (THOMPSON, 1993). A importância deste tapete revela-se na sua riqueza material e na própria ...

Leia mais