Dissertação - IME

Transcrição

Dissertação - IME
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
ANNA LUCIA BARRETO DE FREITAS
CATÁLOGO DE METADADOS DE DADOS CARTOGRÁFICOS
COMO SUPORTE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE
CLEARINGHOUSE NACIONAL
Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de
Mestrado em Engenharia Cartográfica do Instituto
Militar de Engenharia, como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre em Ciências em
Engenharia Cartográfica.
Orientador: Prof. Leonardo Castro de Oliveira D.E.
Rio de Janeiro
2005
c2005
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
Praça General Tibúrcio, 80 – Praia Vermelha
Rio de Janeiro - RJ
CEP: 22290-270
Este exemplar é de propriedade do Instituto Militar de Engenharia, que poderá incluílo em base de dados, armazenar em computador, microfilmar ou adotar qualquer
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bibliotecas deste trabalho, sem modificação de seu texto, em qualquer meio que
esteja ou venha a ser fixado, para pesquisa acadêmica, comentários e citações,
desde que sem finalidade comercial e que seja feita a referência bibliográfica
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Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do(s) autor(es) e
do(s) orientador(es).
F886
Freitas, Anna Lucia Barreto de
Catálogo de Metadados de Dados Cartográficos como suporte
para a implementação de Clearinghouse Nacional / Anna Lucia
Barreto de Freitas. - Rio de Janeiro :
Instituto Militar de
Engenharia, 2005.
282 p.: il., tab.
Dissertação: (mestrado) - Instituto Militar de Engenharia – Rio de
Janeiro, 2005.
1. Catálogo de Metadados Geoespaciais. 2. Informação Geográfica,
normalização. 3. Cadastramento de Metadados. 4. Infra-estrutura de
Dados Espaciais. I. Instituto Militar de Engenharia.
CDD 025.0691
2
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
ANNA LUCIA BARRETO DE FREITAS
CATÁLOGO DE METADADOS DE DADOS CARTOGRÁFICOS
COMO SUPORTE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE
CLEARINGHOUSE NACIONAL
Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Mestrado em Engenharia
Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a obtenção
do título de Mestre em Ciências em Engenharia Cartográfica.
Orientador: Prof. Leonardo Castro de Oliveira D.E.
Aprovada em 1 de julho de 2005 pela seguinte Banca Examinadora:
________________________________________________________________
Prof. Leonardo Castro de Oliveira – D.E. – IME (Presidente)
________________________________________________________________
Prof. Maria Luiza Machado Campos – DCC/NCE – UFRJ
________________________________________________________________
Prof. Luiz Felipe Coutinho Ferreira da Silva – D.E. - IME
Rio de Janeiro
2005
3
Às minhas queridas, filhas Julia e Luna, ao meu
companheiro José Luís e aos nossos bichanos: Black Jack
(gato), Lua (gata) e Lua (cachorra), pelo carinho e paciência.
4
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me concedido a benção de ser filha de Marina Briz Barreto de
Freitas, mulher guerreira que nos criou e nos transmitiu tudo, princípios, educação, afeto,
amor ao próximo e honestidade nas relações. Mãe, a você dedico não só mais esta
realização como também toda a minha vida.
As minhas filhas Júlia e Luna e ao meu companheiro José Luís, por terem me dado
seu amor, carinho, compreensão e solidariedade durante a transposição de mais esse
desafio. As minhas irmãs Iracema, Regina, Maria Cristina e Elizabeth pela força que
sempre me deram ao longo da minha vida, e por terem me incentivado a realizar esse
mestrado. A Cristina um agradecimento especial, não só pela revisão das versões e
traduções efetivadas, mas também em me ouvir e dividir vários momentos de solidão, não
apenas nos dois últimos anos, mas desde quando éramos pequenas. E ao meu cunhado
Maurício Losada por seu carinho e palavras de estímulo.
Ao IBGE, berço de minha consolidação enquanto profissional de Engenharia
Cartográfica, que me possibilitou ter uma visão abrangente quanto à produção de
informações sobre a realidade brasileira através de várias linguagens: estatística, geográfica
e cartográfica. A Diretoria de Geociências e ao Departamento de Cartografia que
propiciaram a realização de trabalhos internos e externos, que exigiram iteração com várias
áreas, o que tem estimulado a evolução de meu aprendizado e o intercâmbio permanente de
experiências e conhecimento. Agradeço a todos os colegas de trabalho, em especial: a
Marilourdes Lopes Ferreira, ao Ângelo Pavan pela amizade e pela pressão para fazer o
mestrado; a Isabel Teixeira pela indicação, pelo companheirismo e amizade; a Moema José
Augusto pelo apoio, pela compreensão e amizade. A Maria Luiza Campos Machado pelas
conversas de apoio e estímulo na formulação dos eixos e do fio condutor do tema da
dissertação; ao Cláudio João Barreto dos Santos e a Teresa Cristina Veiga pela
solidariedade e amizade, por terem criticado, sugerido e revisado os capítulos, além de
terem me acudido e sacudido com palavras encorajadoras nos momentos de solidão durante
a redação da dissertação; ao Márcio Imamura amigo e parceiro que me auxiliou na parte de
implementação do padrão de metadados e sua disseminação na Internet. A todos os
profissionais e companheiros do CCAR, da DGC e do IBGE que ao longo dos anos
5
dividiram comigo seu conhecimento e amizade. Obrigado, aos técnicos do IBGE com quem
trabalho e aprendo.
Agradeço ao corpo docente e administrativo do Departamento de Engenharia
Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia – IME que no período de créditos e durante
o desenvolvimento da dissertação contribuíram com discussões sobre conceitos,
metodologias e pesquisa, me ensinando e orientando na evolução dos trabalhos. Agradeço
de forma muito especial ao meu orientador Prof. DCE Leonardo Castro de Oliveira pelas
discussões, críticas, sugestões e broncas com relação ao desenvolvimento da dissertação, e
por sua amizade e pelas contribuições em meu desenvolvimento profissional. Grata por
você compartilhar comigo seus conhecimentos, amizade e vida. À turma do mestrado de
2003, novos amigos que se tornaram companheiros de desafio, o meu agradecimento
especial pela amizade, solidariedade e companheirismo.
E não poderia deixar de agradecer a todos os meus amigos, em especial as minhas
irmãs escolhidas: Lupe Seabra, Sonia Regina Bastos e Marisa de Lima Viana que com seus
carinhos e palavras de afeto foram um alento nesse caminhar, e a Gisa Schreier, que soube
me ajudar com orientações e ações para combater a solidão e as incertezas do processo de
composição de uma dissertação. E a todos que me auxiliaram de diversas maneiras e nos
momentos difíceis desse caminhar. A todos vocês dedico este trabalho.
6
“O mais importante não é saber; é nunca perder a
capacidade de aprender”.
Leonardo Boff
7
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ...................................................................................... 12
LISTA DE TABELAS ............................................................................................... 15
LISTA DE SIGLAS ................................................................................................... 17
1
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 25
1.1
Motivação / Posicionamento ........................................................................... 26
1.2
Objetivo ........................................................................................................... 27
1.3
Justificativa ..................................................................................................... 28
1.4
Estrutura .......................................................................................................... 29
2
INFRA-ESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS – IDE ........................... 31
2.1
A Importância da Informação Geográfica ....................................................... 31
2.2
Dados, Informação (Geográfica) e Conhecimento ........................................... 33
2.2.1
Dados ............................................................................................................... 33
2.2.2
Informação ....................................................................................................... 34
2.2.3
Conhecimento .................................................................................................. 36
2.2.4
Dados e Informações Espaciais e Geográficas ................................................ 36
2.3
Iniciativas para a estruturação de Informação Geográfica .............................. 39
2.3.1
Agenda 21 ......................................................................................................... 40
2.3.2
Comitê de Ciências de Mapeamento (USA) ................................................... 41
2.3.2.1 Evolução das tecnologias e impactos na produção .......................................... 42
2.3.2.2 Definição e requisitos para a INDE americana ................................................ 44
2.3.3
Papel das Conferências Regionais de Cartográfica – UNRCC ....................... 47
2.3.4
Contribuição do Mapa Global ......................................................................... 48
2.3.5
Infra-estrutura Global de Dados Espaciais ...................................................... 51
2.4
Conceitos, componentes e evolução de Infra-estrutura de Dados Espaciais ... 57
2.4.1
Referências cartográficas e geodésicas – Referências geométricas para
bases geoespaciais ............................................................................................ 57
2.4.2
Conceituação de Infra-estrutura de Dados Espaciais ....................................... 58
2.4.3 Componentes de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais ............................... 60
8
2.4.4
Evolução das Infra-estruturas de Dados Espaciais .......................................... 66
2.4.4.1 No mundo ........................................................................................................ 66
2.4.4.2 Nas Américas .................................................................................................. 69
2.5
Catálogo de metadados e Clearinghouse, componentes vitais
de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais ................................................... 77
3
ESTÁGIO E AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE METADADOS
ESPACIAIS ................................................................................................... 80
3.1
Contextualização ............................................................................................. 80
3.2
Padrões de intercâmbio de documentos eletrônicos ...................................... 83
3.3
Estruturação dos padrões de metadados ........................................................ 84
3.3.1
Principais padrões de metadados espaciais ................................................... 89
3.3.1.1 ANZLIC ........................................................................................................ 90
3.3.1.2 CEN ............................................................................................................... 91
3.3.1.3 DIGEST ........................................................................................................ 91
3.3.1.4 DCMII ............................................................................................................ 91
3.3.1.5 FGDC/CSDGM .............................................................................................. 92
3.3.1.6 GCMD ............................................................................................................ 92
3.3.1.7 GDF ................................................................................................................ 93
3.3.1.8 ISO TC 211 ..................................................................................................... 93
3.3.2
Interoperabilidade e padrões de intercâmbio de dados geoespaciais ............. 94
3.3.2.1 SAIF .............................................................................................................
94
3.3.2.2 FGDC/SDTS .................................................................................................. 95
3.3.2.3 GEOBR /INPE ............................................................................................... 95
3.3.3
Fatores favoráveis na implementação de metadados ..................................... 96
3.3.4
Fatores críticos na produção e na implementação de metadados ................... 98
3.4
Diagnóstico de uso de padrões de metadados, no Brasil .............................. 100
3.4.1 Análise e apuração do levantamento ............................................................ 102
3.4.2 Diagnóstico do uso de padrões de metadados espaciais .............................. 104
3.4.3
Iniciativas de sucesso de serviços de metadados espaciais .......................... 106
9
4
CATÁLOGO DE METADADOS ESPACIAIS: CARTOGRAFIA
SISTEMÁTICA TERRESTRE ................................................................ 124
4.1
Contextualização ............................................................................................ 124
4.2
Proposição de Elementos Mínimos para Metadados Referentes aos Dados
Cartográficos................................................................................................... 125
4.2.1
Produção, Qualidade e Utilização de Informaçâo Geoespacial
(Cartográfica)............................................................................................... 127
4.2.2
Seleção de Elementos Mínimos para a Descrição de Produtos
Cartográficos ................................................................................................ 130
4.3
Escolha do Padrão de Metadados para Descrição de Produtos Cartográficos 131
4.3.1
Padrão de Metadados FGDC ........................................................................ 133
4.3.2
Seções do Padrão de Metadados FGDC - Descrição Geral ........................
4.4
Rede de disseminação de metadados espaciais – Clearinghouse ................ 142
4.4.1
Descrição e Componentes de uma Rede de Disseminação de Metadados .... 142
4.4.2
Ambientes e Padrões de Comunicação de uma Rede de Disseminação
136
de Catálogos de Metadados ............................................................................ 146
4.5
Catálogo de Metadados dos Produtos da Cartografia Terrestre ..................... 151
4.5.1
Etapas de Disponibilização de Catálogos de Metadados ............................... 152
4.5.2
Preparação, Compilação e Indexação de Catálogo de Metadados de
Produtos do Mapeamento Terrestre ............................................................... 153
4.5.2.1 Cadastramento e Compilaçâo dos Metadados de Produtos
da Cartografia Terrestre .................................................................................. 155
4.5.2.2 Indexação dos Metadados / Geração dos Índices .......................................... 160
4.5.3 Configuração de Ambientes de Consulta a Catálogos de
Metadados .......................................................................................................164
4.5.3.1 Procedimentos de Preparo para publicação na rede IGDN ............................. 164
4.5.3.2 Acesso aos metadados de produtos cartográficos do IBGE
pela rede IGDN ............................................................................................... 165
5
CONCLUSÕES .............................................................................................. 176
5.1
Introdução ....................................................................................................... 176
10
5.2
Análise dos objetivos atingidos ..................................................................... 177
5.3
Recomendações.............................................................................................. 180
5.3.1
Diretrizes e condicionantes para o desenvolvimento de uma IDE nacional... 181
5.3.2
Modelo FGDC de metadados espaciais ........................................................ 182
5.4
Perspectivas .................................................................................................. 183
5.4.1
Tendências .................................................................................................... 183
5.4.2 Continuidade do trabalho .............................................................................. 187
6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 190
7
APÊNDICES .................................................................................................. 202
7.1
1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica .................... 203
7.2
Características de implementação de Infra-estrutura de Dados Espaciais,
nos países e regiões ........................................................................................ 208
7.3
Componentes principais de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais,
nos países e regiões ..................................................................................... 211
7.4
Dados Fundamentais de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais,
nos países e regiões ......................................................................................218
7.5
Características dos principais padrões de metadados para
dados cartográficos ......................................................................................226
7.6
Padrões de intercâmbio de dados geográficos .............................................. 238
7.7
Questionário de levantamento de uso de padrões de metadados espaciais,
no Brasil ....................................................................................................... 242
7.8
Seleção de seções de metadados FGDC para mapas e cartas do SCN ......... 245
7.9
Configuração e teste de ambiente cliente / servidor da rede IGDN ............. 260
7.10
Listagem dos metadados (FGDC) da base cartográfica 1: 1 000 000 ......... 264
7.11
Listagem dos metadados da base cartográfica bCIMd – formato html .........272
8
ANEXO ....................................................................................................... 279
8.1
Anexo 1 – Pesquisa Bibliográfica, exemplos de catalogação de metadados da
Biblioteca Nacional ....................................................................................... 279
11
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIG. 2.1
Da visão espacial à geográfica ..................................................................... 38
FIG. 2.2
Inter-relações entre conferências, fóruns e comitês dedicados à IDE...........40
FIG. 2.3
Componentes do Programa de compartilhamento de dados (USA) .............46
FIG. 2.4
Participação e estágio de desenvolvimento do Mapa Global .......................50
FIG. 2.5
Componentes de uma IDE ............................................................................65
FIG. 2.6
Dados fundamentais de referência, por país ................................................ 68
FIG. 2.7
Dados fundamentais temáticos, por país .................................................... 69
FIG. 2.8
Pesquisa sobre iniciativas nas Américas .......................................................70
FIG. 2.9
Cartograma de densidade populacional na América Central – 1950 ............75
FIG. 2.10 Evolução das iniciativas de IDE, no mundo ................................................ 76
FIG. 2.11 Contextualização dos enfoques de abordagem da dissertação ..................... 79
FIG. 3.1
Tendência de padrão para intercâmbio de dados entre sistemas ..................84
FIG. 3.2
Sistema de dados integrados do Projeto LBA ............................................107
FIG. 3.3
Sistema de pesquisa de dados do Projeto LBA ......................................... 107
FIG. 3.4
Tela do Portal do BCDAM ...................................................................... 108
FIG. 3.5
Tela de informações cartográficas do Projeto BCDAM ......................... 108
FIG. 3.6
Tela do INFORMS – Sistema de Informações Geográficas da Bahia .... 109
FIG. 3.7
Página de metadados de folhas de áreas urbanas do INFORMS ............. 110
FIG. 3.8
Página do visualizador de mapas da rede LabGeo.RJ ............................. 111
FIG. 3.9
Informação das camadas dos mapas da rede LabGeo.RJ ........................ 111
FIG. 3.10 Página de busca de informações da RISF ............................................... 112
FIG. 3.11 Página de busca de metadados na RISF ................................................. 112
FIG. 3.12 Metadados do mapa (folha de carta) de Abaeté .................................... 113
FIG. 3.13 Tela de consulta/download de bases cartográficas do SICOPAR .......... 114
FIG. 3.14 Metadados do MMDE de Cachoeiras de Macacu .................................. 115
FIG. 3.15 Seções: Referenciais, produção e insumos do MMDE de Cachoeiras
de Macacu ............................................................................................... 116
FIG. 3.16 Seleção e resultado de consulta de folhas de carta 1: 100.000 ................ 117
FIG. 3.17 Dados do Mapa Índice para a folha SF-23-Z-D-I-1 ................................ 118
12
FIG. 3.18 Tela do Sistema de Organização e Gerenciamento de
arquivos da DSG .................................................................................... 119
FIG. 3.19 Módulo de Padronização de Nomes de Arquivos ..................................
120
FIG. 3.20 Módulo de Carga de Dados ..................................................................
121
FIG. 3.21 Módulo de Verificação de Dados ........................................................... 122
FIG. 4.1 Estrutura geral do padrão de metadados FGDC ......................................... 135
FIG. 4.2 Diagrama dos componentes da Infra-estrutura Nacional de Dados - EUA..143
FIG. 4.3 Configuração básica de uma clearinghouse ............................................... 144
FIG. 4.4 Ambientes da clearinghouse americana ..................................................... 147
FIG. 4.5 Distribuição dos gateways regionais da clearinghouse americana ........... 148
FIG. 4.6 Comunicação administrada por um gateway .............................................. 148
FIG. 4.7 Nós da clearinghouse americana no mundo ............................................... 150
FIG. 4.8 Etapas para a inserção de catálogo de metadados na rede FGDC .............. 152
FIG. 4.9 Procedimentos para a disponibilização de metadados na Web .................. 153
FIG. 4.10 Estrutura de diretórios para o pacote FGDC/ tools ................................... 154
FIG. 4.11 Detalhamento do sub-diretório “bin” ......................................................... 154
FIG. 4.12 Tela de entrada para cadastramento de metadados aplicativo TKME .... 155
FIG. 4.13 Fluxo para compilação dos metadados cadastrados segundo FGDC ......... 156
FIG.4.14 Metadados gerados armazenados no sub-diretório “bin” ........................... 157
FIG. 4.15 Relatório de erros dos metadados do Mapa da série Brasil 1: 5 000 000... .158
FIG. 4.16 Relatório de erros d os metadados do Mapa 1: 5 000 000., sem erros ....... 158
FIG. 4.17 Arquivos, diversas extensões, dos metadados de produtos cartográficos... 159
FIG. 4.18 Arquivos do pacote Isite para indexação e configuração BD ................... 159
FIG. 4.19 Detalhamento do sub-diretório Isite ..........................................................160
FIG. 4.20 Arquivos do pacote Isite para indexação e configuração do BD............... 161
FIG. 4.21 Geração do BD – Meta1, metadados nas extensões requeridas ................ 162
FIG. 4.22 Geração do BD – Metacart, com os metadados das folhas incluídos ....... 163
FIG. 4.23 Aplicativos de configuração do ambiente servidor e cliente ................... 164
FIG. 4.24 Tela de abertura do portal do FGDC ....................................................... 165
FIG. 4.25 Página para escolha do Gateway de gerenciamento da busca ................ 166
FIG. 4.26 Página para a escolha do tipo de pesquisa a ser efetivada .....................
13
167
FIG. 4.27 Página para escolha do tipo de categoria de informação para a busca ..... 168
FIG. 4.28 Página para a escolha da região e país para a busca ................................. 168
FIG. 4.29 Exibição do Brasil pelo Zoom to Location .............................................. 169
FIG. 4.30 Página para a escolha do servidor para a busca (Brasil – IBGE) ............ 169
FIG. 4.31 Opções de busca por período de tempo e palavra chave ........................ 170
FIG. 4.32 Resultado da busca no servidor Brasil – IBGE ...................................... 171
FIG. 4.33 Detalhamento do resultado da busca no servidor Brasil – IBGE ..........
171
FIG. 4.34 Exibição dos metadados (Summary) da Base Cartográfica Integrada
Digital, 1:1.000.000 ................................................................................ 172
FIG. 4.35 Seções dos metadados da Base Cartográfica Integrada
Digital, 1:1.000.000 ................................................................................ 172
FIG. 4.36 Produtos do Mapeamento Geográfico – Portal IBGE ............................ 173
FIG. 4.37 Produtos do Mapeamento de Unidades Territoriais – Portal IBGE ....... 173
FIG. 4.38 Produtos do Mapeamento Topográfico – Portal IBGE ........................... 174
FIG. 5.1
Assuntos propostos para os componentes de uma INDE brasileira ...... 180
FIG. 5.2
Motivações para a implementação de um Programa de Acordos de
Compartilhamento de Dados Espaciais ................................................. 182
FIG. 5.3
Arquitetura de uma rede Peer-to-Peer ..................................................
185
FIG. A1.1 Página principal do Portal da Biblioteca Nacional ..............................
279
FIG. A1.2 Tela de detalhes da catalogação MARC do livro
“Aprendendo XML” ............................................................................
279
FIG. A1.3 Tela de formatos especiais de metadados bibliográficos para o livro
“Aprendendo XML” .............................................................................
280
FIG. A1.4 Tela de referência bibliográfica – norma ABNT para o livro
“Aprendendo XML” .............................................................................
280
FIG. A1.5 Tela de referência bibliográfica – norma ISO 2709 para o livro
“Aprendendo XML” .............................................................................
281
FIG. A1.6 Tela de ficha catalógrafica para o livro “Aprendendo XML” .............
281
14
LISTA DE TABELAS
TAB. 2.1
Conferências GSDI, realizadas e prevista ............................................... 54
TAB. 2.2
Componentes estruturais de uma IDE (países) ........................................ 61
TAB. 2.3
Componentes estruturais de uma IDE (continentes) ................................ 62
TAB. 2.4
Relações entre os componentes de diversos níveis de IDE ...................... 64
TAB. 2.5
Quantitativos por modelo de liderança na constituição de IDE ............... 70
TAB. 2.6
Quantitativos, tipo de instituição de liderança na constituição de IDE .... 71
TAB. 2.7
Existência de ações para constituição de IDE .......................................... 71
TAB. 2.8
Dados básicos digitais existentes nos países pesquisados ...................... 72
TAB. 2.9
Forma de cobrança dos dados geoespaciais disponibilizados .................. 73
TAB. 2.10 Desafios a serem implementados na constituição de uma IDE ................ 73
TAB. 3.1
Tab. modelo para apresentação dos padrões de metadados espaciais ...... 90
TAB. 3.2
Síntese do levantamento de uso de padrões de metadados nas
instituições brasileiras, por tipo ............................................................ 102
TAB. 3.3 Síntese do cadastramento de metadados nas instituições brasileiras,
por tipo .................................................................................................... 103
TAB. 3.4
Seções relevantes para compor padrão de metadados geoespaciais ........ 103
TAB. 3.5
Categorias do padrão CPRMd adaptados para o INFORMS ................. 110
TAB. 4.1 Evolução histórica de qualidade .............................................................. 126
TAB. 4.2 Problemas usuais no manejo de informação geoespacial ........................ 128
TAB. 4.3 Processos, nos quais pode-se gerar erros na manipulação de dados
geoespaciais ............................................................................................. 129
TAB. 4.4
Classes de cartas segundo Padrão de Exatidão Cartográfica ................... 129
TAB. 4.5 Relação entre escala precisão e acurácia ................................................. 130
TAB. 4.6
Seção Informação de Identificação – padrão FGDC .............................. 136
TAB. 4.7
Seção de Informação de Qualidade dos Dados – padrão FGDC ............ 137
TAB. 4.8
Seção de Informações sobre a Organização Espacial dos Dados –
padrão FGDC ........................................................................................ 138
TAB. 4.9
Seção de Informações das Referências Espaciais – padrão FGDC ....... 138
TAB. 4.10 Seção Entidades e Atributos – padrão FGDC ........................................ 140
15
TAB. 4.11 Seção de Informações de Distribuição – padrão FGDC .......................... 140
TAB. 4.12 Seção de Informações de Referência dos Metadados – padrão FGDC ... 141
TAB. 4.13 Características do software de gateway .................................................. 149
TAB. 4.14 Requisitos do ambiente cliente-servidor de uma rede de
disseminação de metadados .................................................................... 149
TAB. 4.15 Folhas do Mapeamento Topográfico Sistemático com cadastramento
de metadados, no padrão FGDC ............................................................ 162
TAB. 5.1
Vantagens e desvantagens da arquitetura Peer-to-Peer ......................... 185
TAB. A1 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica ............ 214
TAB. A2 Características de implementação de IDE (países e regiões) .................. 219
TAB. A3 Componentes principais de IDE (países e regiões) ................................. 222
TAB. A4
Dados fundamentais de IDE (países e regiões) ...................................... 229
TAB. A5.1 Tab. modelo para apresentação dos padrões de metadados espaciais .... 227
TAB. A5.2 ANZLIC ................................................................................................. 227
TAB. A5.3 CEN ........................................................................................................ 228
TAB. A5.4 DIGEST .................................................................................................. 229
TAB. A5.5 DUBLIN CORE / DCMII ……………………………….…………..... 230
TAB. A5.6 CSDGM / FGDC .................................................................................... 232
TAB. A5.7 GCMD / NASA ..................................................................................... 233
TAB. A5.8 GDF ........................................................................................................ 235
TAB. A5.9 ISO TC 211 / 19115 .............................................................................. 236
TAB. A6.1 SAIF ...................................................................................................... 238
TAB. A6.2 SDTS / FGDC ........................................................................................ 240
TAB A6.3 GEOBR / INPE ....................................................................................... 241
TAB. A8
Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) ................................................................ 245
16
LISTA DE SIGLAS
ANZLIC
Australia New Zealand Land Information Council
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
BN
Biblioteca Nacional
CALCO
Padrão de Catalogação de publicações usado pela BN
CATIE
Centro de Agricultura Tropical para Pesquisa e Treinamento
CBERS
China Brazil Earth Resources Satellite
CEN
European Committee for Standardization
CERCO
Comitê responsável pela Cartografia Oficial da Europa
CIAT
Centro Internacional de Agricultura Tropical
CIM
Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo
CONCAR
Comissão Nacional de Cartografia
CORINE
Coordination of Information on the Environment
CSDGM
Content Standards for Digital Geospatial Metadata
DCMI
Dublin Core Metadata Initiative
DIGEST
Digital Geographic Information Exchange Standards
DGIWG
Digital Geographic Information Working Group
DSG
Diretoria de Serviço Geográfico do Exército
DW
Data Warehouse – Tecnologia de Banco de Dados
FGDC
Federal Geographic Data Committee
GCMD
Global Change Master Directory
GDF
Geographic Data File
GEF
Global Environment Facility
GEOBR
Padrão de intercâmbio de dados geográficos (INPE)
17
GGIS
Global Geospatial Information and Services
GLONASS
Global Orbiting Navigation Satellite System
GM
Mapeamento Global
GPS
Global Positioning System
GSDI
Global Spatial Data Infrastructure
G7
Grupo dos países mais desenvolvidos
HTML
Hypertext Markup Language
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBM
International Business Machines
IDE
Infra-estrutura de Dados Espaciais
IG
Informação Geográfica
IGDN
Inter-American Geographic Data Network
INPE
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IHO
International Hydrographic Organization
IME
Instituto Militar de Engenharia
INDE
Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais
IPGH
Instituto Pan-americano de Geografia e História
ISCGM
International Steering Committee for Global Mapping
ISO
International Organization for Standardization
IT
Information Technology
LANDSAT
Land Remote Sensing Satellite
LC
Library of Congress
MARC
Machine Readable Cataloging
MSC
Mapping Science Committee
NASA
National Aeronautics and Space Administration
18
NCSA
National Center for Supercomputing Applications
NSDI
National Spatial Data Infrastructure
NOAA
National Oceanic and Atmospheric Administration
OEA
Organização dos Estados Americanos
ONU
Organização das Nações Unidas
OCLC
On Line Computer Library Center
OMT
Object Modeling Technique
OPENGIS
Open GIS Consortium
OTAN/NATO North Atlantic Treaty Organisation
PCIDEA
Comitê Permanente de Infra-estrutura de Dados Espaciais para as Américas
PCGIAP
Comitê Permanente de GIS para Ásia e Pacífico
PNUMA
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PROCIG
Central American Geographic Information Project
RSDI
Regional Spatial Data Infrastructure
SABE
Seamless Administrative Boundaries of Europe
SAD
Sistema de Apoio à Decisão
SAIF
Spatial Archive and Interchange Format
SCN
Sistema Cartográfico Nacional
SDI
Spatial Data Infrastructure
SEN
Sistema Estatístico Nacional
SGBD
Sistema Gerenciador de Banco de Dados
SGML
Standard Generalized Markup Language
SGN
Sistema Geológico Nacional
SIG
Sistema de Informação Geográfica
SPOT
Satellite pour l’Observation de la Terre
19
SR
Sensoriamento Remoto
SIRGAS
Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
TI
Tecnologia de Informação
TIC
Tecnologia de Informação e Comunicação
UML
Unified Modeling Language
UNCED
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento
UNICODE
Norma mundial de conversão de todos os formatos de alfabeto
UNRCC
Conferência Regional de Cartografia das Nações Unidas
USA
United States of America
USGS
United States Geological Survey
XML
eXtensible Markup Language
WWW
World Wide Web
W3C
World Wide Web Consortium
20
RESUMO
Dados e informações geográficas têm sido essenciais e críticos para o caminhar da
humanidade. A evolução da Tecnologia de Informação e Comunicação – TIC – e o estágio
atual das geotecnologias de aquisição, tratamento, integração, análise, publicação e
exibição de dados e informações vêm demandando o compartilhamento, integração e
disponibilidade de dados e informações geoespaciais.
A modernização do Estado exige a implantação de bases de dados e sistemas de
informação necessários à gestão pública e privada, nos quais a componente espacial
(territorial) é essencial. A abrangência e o conteúdo geográfico de um país se constituem
como uma de suas infra-estruturas fundamentais para as ações da sociedade e do Estado.
Constata-se que o Estado, na maioria dos países, é responsável pela normalização,
compatibilização e disseminação de dados geoespaciais nacionais. Em paralelo, o
desenvolvimento da Tecnologia de Informação - TI - têm exigido o conhecimento sobre as
características dos dados e informações para a tomada de decisão territorial, ambiental,
social e econômica.
As iniciativas para a normalização de informação geográfica – IG - no mundo, com
o objetivo de evitar duplicação de recursos públicos e otimizar a aquisição, a produção e o
provimento de bases geoespaciais para uso da sociedade são iniciadas na década de 90. A
ONU em suas 6a e 7a Conferencias Regional de Cartografia para as Américas (UNRCC)
explicita em suas recomendações a necessidade dos países implementarem suas INDE. A
popularização crescente do uso de geotecnologias, nos órgãos públicos e privados, tem
municiado a construção de Sistemas de Informação próprios.
A documentação referente a essas bases é condição primordial para análise de sua
qualidade, análise de sua aplicabilidade e seu uso consistente. Inúmeros (atualmente em
torno de 200) países vêm constituindo sua Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais –
INDE – proposta pela motivação de normalizar a aquisição, produção e disseminação de
dados geoespaciais fundamentais, com o intuito de subsidiar os sistemas de apoio à decisão
públicos e privados, e prover informações necessárias ao exercício da cidadania. A
concepção de uma INDE envolve aspectos legais e técnicos. Os aspectos técnicos
englobam os dados; seus metadados; a tecnologia e serviços de comunicação; e recuperação
através da busca distribuída na Web.
A duplicação de recursos deve ser evitada, e a normalização é a solução identificada
por diversos países que apontam para a necessidade de ser implementado um catálogo
nacional de metadados como documentação das bases geoespaciais existentes; para a
composição de redes geograficamente distribuídas de disseminação de metadados; e
programas de acordos de compartilhamento de dados geoespaciais. Estas são ações
mínimas para uma política de informação geoespacial e para a construção de uma INDE
para o Brasil.
São apresentados os conceitos inerentes a IG, as iniciativas no mundo, a
conceituação e os componentes de uma INDE, bem como o estágio, avaliação e uso de
padrões de metadados. Os catálogos de metadados espaciais e a clearinghouse são
identificados como vitais para a construção de IDE, e seus componentes estão
evidenciados. Foi realizado um diagnóstico do uso de padrões de metadados em instituições
brasileiras, produtoras e usuárias de dados geoespaciais e de mapeamento terrestre.
21
São discutidos, ainda, os critérios para a escolha do padrão de metadados a ser
implementado no catálogo de metadados de produtos da Cartografia Terrestre, a
implementação do referido catálogo segundo especificações e normas do FGDC e a sua
publicação na rede IGDN /FGDC.
A documentação de bases geoespaciais utilizando padrão internacional de
metadados é percebida na TI como condição primordial à publicação de dados geoespaciais
na Internet. A geração de metadados, dependendo do nível de detalhamento, pode ser
complexa, porém factível (preferencialmente no momento de produção). O cadastramento
de metadados espaciais de produtos cartográficos (mapeamento sistemático terrestre) foi
efetivado contemplando as alternativas de cadastramento por profissional especializado e
por migração de dados do Mapa Índice para o padrão FGDC. A publicação dos referidos
metadados na rede IGDN/FGDC está implementada, contendo no momento 14 metadados
de produtos cartográficos do IBGE (validados pela área produtora) e implementados
durante a presente dissertação. A partir das especificações destes metadados a área de
disseminação do IBGE (CDDI) implementou a migração de dados sobre o mapeamento
geral do Brasil (contido no produto Mapa Índice) gerando 3.958 metadados de produtos de
Geociências. Nesses metadados, que não foram validados pelas áreas produtoras dos dados,
observam-se inconsistências quanto ao conteúdo de alguns itens de seções dos metadados.
O que corrobora, como a necessidade dos metadados serem gerados e validados pelas áreas
de produção.
As conclusões evidenciam as mudanças culturais e institucionais que são
necessárias para que as organizações brasileiras saiam de uma visão personalista para uma
visão mais pertinente, de articulação e cooperação na produção de bases geoespaciais de
uso comum. Essa nova cultura propicia a geração e disponibilidade bases cartográficas com
consistência e qualidade requeridas para subsidiar o planejamento, a gestão e
desenvolvimento da nação brasileira.
Por fim, a dissertação enumera algumas sugestões de temas a serem discutidos, no
âmbito da CONCAR e do Ministério do Planejamento, Organização e Gestão – MPOG –
com o objetivo de serem iniciadas ações para que o país se insira no conjunto de países que
tem definida uma Política de Informação Espacial através da construção de sua INDE.
22
ABSTRACT
Geographic data and information have been essential and critical elements in
mankind evolution. The development of Information and Communication Technology –
ICT and the state of the art of geo-technologies applied to data and information acquisition,
treatment, integration, analysis, publication and display requires that geospatial data and
information be shared, integrated and made readily available.
State modernization requires the construction of data bases and information systems
needed for managing of public and private affairs, in which spatial dimension is an
essential component. The geographic scope and contents of a country constitute a
fundamental infrastructure to society and state actions. In most countries, the state is in
charge of normalizing, making compatible and disseminating national geospatial data.
Similarly, the development of Information Technology - IT has required that data and
information characteristics be known in order to inform the decision making process
concerning territorial, environmental, social and economic matters.
In the 90’s, the first initiatives for normalizing geographic information – GI took
place in the world and their main goal was to avoid duplication of public resources and to
optimize the acquisition, production and provision of geospatial bases for society’s various
uses. The United Nations in its 6th and 7th Regional Conferences on Cartography for the
Americas (UNRCC) expressly stated in its recommendations that countries must implement
their National Spatial Data Infrastructure – NSDI. The increasing popularization of geotechnologies use in public and private organizations has supported the construction of
distinct Information Systems.
The documentation concerning those bases is the prime condition for assessing their
quality as well as their applicability and consistent use. Many (today totaling 200) countries
are building their National Spatial Data Infrastructure – NSDI impelled by the motivation
of normalizing the acquisition, production and dissemination of fundamental geospatial
data in order to subsidize the supporting public and private decisions systems and also
providing the necessary information for people exercise their citizen rights. The conception
of a National Spatial Data Infrastructure – NSDI includes legal and technical aspects.
Technical aspects comprise data and their correspondent metadata, communication
technology and services and also data retrieval through search in the Web.
Resources duplication must be avoided and normalization is the solution found by
many countries. They point out the need for implementing a national metadata catalogue as
a way of documenting the existing geospatial bases as well as the building up of
geographically distributed networks for metadata dissemination. They also stress the need
for programs and agreements in order to share geospatial data. These are the key actions if
a geospatial information policy is to be implemented and if a NSDI is to be built for Brazil.
In the present dissertation, the key concepts concerning Geographic Information –
GI are discussed as well as the initiatives that have been taken around the world, the
conceptualization and the main components of a NSDI. It is also shown the present stage,
appraisal and use of metadata standards. Geospatial metadata catalogues and clearinghouse
are seen as vital for NSDI construction and attention is drawn to its major components.
The dissertation also presents a diagnosis of the use of metadata standards in
Brazilian institutions which are producers and users of geospatial data and terrestrial
mapping. It is discussed the criteria for choosing the metadata standard to be implemented
23
in the metadata catalogue that shows the outputs of the Terrestrial Cartography, as well as
the implementation of the catalogue and the Federal Geographic Data Committee - FGDC
rules and its publication in IGDN - Inter-American Geospatial Data Network.
The documentation of geospatial bases using the international metadata standard is
seen in IT as a key condition to the release of geospatial data in the Internet. The metadata
creation, depending on the level of detail, can be a very complex, yet feasible process
(preferably in the production stage). Spatial metadata filing for cartographic products
(systematic terrestrial mapping) was carried out by including alternatives of filing by a
specialized professional and by data migration from Index Map to the FGDC standard. The
publication of those metadata in the IGDN/FGDC has been already implemented, including
at the moment 14 metadata of IBGE cartographic products (validated by the producer area)
and implemented while the present dissertation was developed.
Starting from these specifications, IBGE dissemination area (CDDI – Information
and Documentation Data Center) has implemented the data migration of Brazil general
mapping (included in the product “Index Map”), generating 3,958 metadata of Geosciences products. In these metadata, which were not validated by the data producer areas,
some inconsistencies were found regarding the contents of some items of metadata
sections. This fact confirms the need of having metadata generated and validated by
producer areas.
The dissertation conclusions emphasize the cultural and institutional changes that
are needed for the Brazilian organizations to leave an individualistic standpoint to a more
articulated and cooperative way in the production of common use geospatial bases. This
new organizational culture leads to the creation and availability of cartographic bases with
consistency and quality levels required to support planning, management and development
of Brazilian institutions.
Finally, the present dissertation suggests some themes that should be discussed in
the CONCAR (Brazilian Cartography Commission) sphere, as well as that of Planning,
Organization and Management Ministry aiming at enacting effective actions which could
insert Brazil in the group of countries with a Spatial Information Policy well defined
through the construction of its own NSDI.
24
1 INTRODUÇÃO
A produção, cada vez mais intensa, de dados e bases geoespaciais, para utilização em
sistemas de informação, nos quais a característica posicional é considerada como essencial,
tem sido apoiada pela ciência da computação, pela Tecnologia da Informação – TI
(modelagem e gerenciamento de Banco de Dados – SGBD...), pelas tecnologias de
observação da Terra e pela tecnologia de posicionamento por satélite.
Na década de 60, com o advento dos primeiros sistemas de cartografia automatizada, e
logo a seguir, com a concepção de Sistema de Informação Geográfica - SIG - no Canadá,
teve início a formulação de um conjunto de procedimentos de suporte à produção de dados
e bases geográficas em ambiente digital. Outros fatores determinantes na automatização dos
processos de produção de dados geoespaciais foram à evolução da tecnologia de
Sensoriamento Remoto, com o lançamento das missões de observação da Terra (satélites
Landsat, Spot, CBERS, Ikonos, Quickbird etc...), e os sistemas de satélites de
Posicionamento GPS (Global Positioning System) e GLONASS (GLObal
NAvigation
Satellite System), e em futuro próximo o sistema Galileo, que impulsionaram o
levantamento de dados do planeta Terra.
Na Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas – UNCED,
da qual resultou a Agenda 21 (Conferência do Rio, 1992), foram especificados os
procedimentos para inverter a deterioração ambiental e estabelecer as bases / diretrizes para
um modo de vida sustentável neste século. Essa conferência do Rio apontou a importância
da informação geográfica para o desenvolvimento sustentável global. Desde então, as
nações com consciência da importância do espaço em sua gestão têm desenvolvido
programas para documentação e disponibilidade de seus dados geoespaciais. Em 1997 a
Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas de Revisão e Avaliação da
Agenda 21 reafirmou a importância dos dados geoespaciais para o desenvolvimento social
e econômico sustentável global.
A Nação / Estado na maioria dos países, é responsável pela manutenção de vários
sistemas de dados e informações necessários à sua gestão e desenvolvimento. No caso do
25
Brasil, como definido na Constituição de 1988, é de responsabilidade da União a
manutenção dos seguintes sistemas: Sistema Cartográfico Nacional – SCN (componentes:
terrestre, náutico e aeronáutico); Sistema Estatístico Nacional – SEN; e Sistema Geológico
Nacional - SGN, nos quais são produzidos dados e bases geoespaciais que retratam o
espaço territorial brasileiro e sua dinâmica de ocupação.
1.1
MOTIVAÇÃO / POSICIONAMENTO
Desde o final da década de 80 as instituições brasileiras produtoras de dados
geoespaciais (dados cartográficos, geodésicos e temáticos) vêm informatizando seus
processos de produção e modelando suas bases de dados geoespaciais segundo as
características dos sistemas empregados (FREITAS & SANTOS, 1994). Normalmente
estes sistemas possuem modelo e formatos de dados próprios, acarretando uma proliferação
de dados e bases geoespaciais com características diversas.
A popularização do uso de Sistemas de Informação Geográfica, por especialistas de
geociências e diversos outros profissionais, tem ampliado consideravelmente a produção de
dados geoespaciais. Entretanto, observa-se que para muitos dos dados produzidos são
desconhecidas as suas especificações técnicas e qualidade, que inviabilizam sua
reutilização, ou mesmo integração com outros dados e bases geoespaciais.
O desenvolvimento de dados e bases geoespaciais tem consumido consideráveis
investimentos públicos e privados. Porém, em sua produção nem sempre são considerados
os requisitos técnicos (geodésico, cartográfico e temático) requeridos nos projetos de
monitoramento e suporte à tomada de decisão. As inconsistências geradas na integração de
bases sem qualidade ou não compatibilizadas em seus referenciais espaciais - geodésico e
cartográfico (referencial planimétrico e altimétrico e sistema de projeção) e semântico /
temático (sistema de classificação /tipologia) podem acarretar, em muitos casos, resultados
equivocados e a perda dos recursos alocados, exigindo a re-elaboração dessas bases para
que subsidiem análises espaciais e algoritmos de cálculos necessários aos estudos ou
negócios referenciados ao espaço ou território.
26
Ao longo da década de 90 as instituições brasileiras responsáveis pela produção de
dados geoespaciais direcionaram seus investimentos para a absorção de geotecnologias e a
produção de dados e informações, gerando acervos consideráveis para uso corporativo
interno. A documentação referente às especificações de produção dos dados geoespaciais é
um fator crítico para a sua disponibilização. Observa-se que poucas organizações estão
gerando documentação de sua produção. Esta documentação sobre os dados gerados,
denominada metadados, deve ser padronizada e estruturada, para que os usuários possam
conhecer a descrição técnica dos dados e avaliar sua adequabilidade a determinadas
aplicações que tem o posicionamento geográfico / territorial como uma de suas variáveis.
Percebe-se atualmente uma maior preocupação quanto a se conhecer quais os acervos
de dados geoespaciais estão disponíveis, pois como citado extensamente na bibliografia
especializada (ARONOFF, 1989; LONGLEY et al, 2001; CAMARA et al, 1996), a
construção da base de referência cartográfica em um SIG corresponde de 60% a 80% de
seu custo.
1.2 OBJETIVO
A presente dissertação tem como objetivo principal apresentar uma proposta para a
composição de catálogo para cadastrar, gerenciar e disponibilizar metadados de dados
cartográficos. Como objetivo específico propor o cadastramento de metadados das bases
cartográficas do mapeamento terrestre sistemático de referência (topográfico, geográfico e
municipal) que compõe o SCN, em consonância com as diretrizes de coordenação da
Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR (órgão colegiado do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão), através de um Catálogo Nacional de Metadados a ser
inserido na Rede Interamericana de Dados Geográficos – IGDN, de ampla utilização no
continente americano, viabilizando a pesquisa, nacional e internacional, de informações
referentes às bases cartográficas existentes no Brasil.
27
1.3 JUSTIFICATIVA
Os metadados são considerados, pela TI, como os mecanismos essenciais para
promover a documentação, preservação, integração e disponibilização de dados. É
necessário que o Estado evite a duplicação de esforços e recursos empregados na produção
de bases geoespaciais por seus órgãos e instituições. Outro aspecto relevante é que esta
produção seja ordenada (segundo as normas existentes) e que se disponibilize sua
existência, através dos metadados espaciais, para que a sociedade usufrua os dados e bases
geoespaciais produzidas com investimentos públicos.
Identificam-se, a seguir, mais alguns fatores que consubstanciam a escolha do referido
tema para a proposta de dissertação a ser desenvolvida:
- a crescente popularização de geotecnologias (SIG, GPS, SR, etc) e a
conseqüente expansão da gama de usuários especializados e leigos envolvidos com
o emprego dessas tecnologias;
- a produção de informações geoespaciais como suporte
aos
sistemas
de
informações de referência territorial e estatística na maioria dos órgãos
governamentais;
- a qualificação de uma base geoespacial deve ser obrigatoriamente documentada
através de metadados padronizados, descrevendo os insumos, os referenciais, a
linhagem, a estruturação e as formas de disseminação;
- o projeto Mapeamento Global (desenvolvido pela ONU e coordenado pelo GSI, no
Japão) já disponibiliza os dados referentes aos territórios dos países membros, via
Web, através da Infra-estrutura Global de Dados Espaciais – IGDE;
- Experiência adquirida na produção de dados e informações geográficas como
profissional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e em trabalhos
conjuntos com a DSG, órgãos integrantes do Sistema Cartográfico Nacional,
produtores de bases geoespaciais de referência e temáticas, vinculadas ao
mapeamento sistemático;
- a Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR, em sua nova gestão de 2003
instituiu a subcomissão de Dados Espaciais –SDE para tratar os seguintes temas:
28
Integração e Análise de Tecnologias, Mapoteca Digital Nacional, Banco de
Metadados, Classificação de Produtos Cartográficos; e Políticas de Disseminação.
A União deve assumir seu papel de coordenação e articulação na implementação de
políticas e procedimentos que revertam, em prol da sociedade, os recursos públicos
investidos na produção de dados e bases geoespaciais do território brasileiro, para que essas
bases geoespaciais venham a beneficiar a tomada de decisão do Estado e da própria
sociedade em sua gestão. Identifica-se a Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR,
como o fórum nacional, já legalmente constituído e que incorpora as principais
representações dos governos federal e estaduais para o desenvolvimento da pesquisa e os
estudos necessários a implementação de um catálogo nacional de metadados dos produtos
cartográficos relativos à Cartografia Sistemática Terrestre.
1.4 ESTRUTURA
A presente dissertação está estruturada em 5 capítulos.
O capítulo 1 contextualiza o tema, relata as motivações para sua escolha e os objetivos
a serem alcançados com a presente proposta.
No capítulo 2 descrevem-se os conceitos e questões pertinentes à Infra-estrutura de
Dados Espaciais – IDE, e retrata-se as estratégias de implementação das principais
iniciativas de instalação de IDE a nível global, continental e nacional, apresentando em um
quadro síntese as diversas abordagens das iniciativas analisadas.
O capítulo 3 aborda os padrões de metadados espaciais existentes e suas características.
Apresenta, ainda, um diagnóstico de como o tema está sendo tratado pelas organizações
produtoras e usuárias de dados geoespaciais no Brasil.
O capítulo 4 apresenta a proposta de composição de um catálogo de Metadados
Espaciais, a partir da análise das iniciativas brasileiras de cadastramento e disponibilidade
de metadados e do estudo de viabilidade da aplicação do padrão de metadados do Comitê
Federal Americano de Dados Geográficos (FGDC). Em adendo esse capítulo engloba o
29
cadastramento dos metadados de produtos cartográficos do SCN e o fluxo de manutenção e
inserção desses na Rede Interamericana de Dados Geoespaciais – IGDN, a qual garante sua
a disponibilidade nacional e internacionalmente.
O capítulo 5 descreve a análise dos resultados alcançados na composição do catálogo
proposto abordando a viabilidade do programa de compartilhamento de dados para a
manutenção da rede IGDN; a necessidade de adequação das interfaces de cadastramento; e
a manutenção do cadastro de metadados espaciais inserido nos servidores de busca de
dados mundiais. Relata, ainda, as perspectivas de continuidade do trabalho com vistas a se
consolidar uma cultura de documentação de dados geoespaciais através de metadados
padronizados e de acesso público, e aponta como sugestão ações a serem viabilizadas no
âmbito do Estado brasileiro para a ordenação e regulamentação da produção de dados
geoespaciais nas instituições públicas.
30
2 INFRA-ESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS – IDE
2.1 A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
Desde seus primórdios a humanidade vem utilizando a informação espacial por seu
valor intrínseco de localização necessário às várias atividades, tais como: orientação,
navegação, demarcação de territórios, representação da superfície terrestre, conhecimento e
representação dos recursos naturais, suporte as estratégias militares, monitoramento da
dinâmica de ocupação territorial, aplicações comerciais e industriais, dentre outras. Até a
década de 60 a informação espacial vinha sendo representada através de mapas manuscritos
ou impressos. Com o advento dos computadores surgem pesquisas, notadamente no Canadá
e Estados Unidos, para o desenvolvimento de sistemas visando à informatização da
produção cartográfica e de sistemas de informação especializados para coletar, tratar,
analisar e representar a informação espacial, denominados Sistemas de Informação
Geográfica – SIG (TEIXEIRA et al, 1995).
O desenvolvimento e a difusão da tecnologia SIG experimentou um crescimento
significativo na década de 80 (no Brasil este crescimento teve início na década de 90),
sendo aplicado em diversas áreas de conhecimento do setor público, privado e acadêmico.
Na década de 70 iniciou-se o desenvolvimento de sistemas de observação da Terra
(satélites orbitais de observação) e a partir de 1985 a difusão para aplicações civis dos
sistemas de posicionamento por satélite propiciou a determinação e interpretação de dados
e informações espaciais, ampliando a oferta e a demanda por dados espaciais.
A transformação dos processos de produção nas organizações brasileiras estatais e
privadas produtoras de dados espaciais, através da absorção das geotecnologias, têm
contribuído para a geração de grandes quantidades de dados em ambiente digital.
Entretanto, observa-se que na maioria dos países cada organização, instituição ou empresa
produz sua própria base de dados para atender aos objetivos específicos de sua área de
atuação ou negócio. Estas bases, por serem de uso interno às organizações, nem sempre são
31
veiculadas ao público externo pela ausência de políticas institucionais de disseminação das
mesmas, o que tem acarretado duplicação de esforços e recursos na construção de bases em
ambientes SIG (MSC, 1993).
Os custos estimados de geração de uma base de dados espaciais, para as aplicações de
SIG no início da década de 90, segundo (BURROUGH, 1992), correspondiam a 10 vezes o
valor do software e a 100 vezes o valor do hardware. Os custos envolvidos na produção de
bases de dados espaciais, a geração de grandes volumes de dados espaciais pelas
organizações governamentais (com escala, níveis de abrangência, qualidade e formatos
diversificados), a possibilidade de se compartilhar dados entre sistemas SIG e a crescente
demanda por dados espaciais estimulou muitos países a desenvolverem políticas de
normalização e regulamentação da produção, documentação e distribuição de dados
espaciais, sendo que na maioria dos países esta atividade é executada pelo setor público e
em outros pela iniciativa privada.
Na maioria dos países a implantação de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais - IDE
vem sendo implementada para minimizar a construção desordenada de bases geoespaciais
(cartográficas e temáticas), racionalizar a produção, viabilizar a divulgação da existência de
dados espaciais para os usuários e possibilitar o compartilhamento de dados geoespaciais
necessários aos sistemas de informação, notadamente aos sistemas de informação
geográfica aplicados à gestão social, econômica e ambiental.
Em documento apresentado para discussão na 2ª Conferência de Infra-estrutura
Global de Dados Espaciais (em inglês GSDI), RHIND (1997) identifica as questões
decorrentes da produção de informação geográfica ou geoespacial nos países:
•
dificuldade de obtenção de informação sobre a existência, qualidade e
disponibilidade de conjuntos de dados geoespaciais;
•
a qualidade da informação disponível é diferenciada entre organizações e
países;
•
a maioria das coleções de dados geoespaciais é desenvolvida em nível nacional,
e está desatualizada;
•
a retenção de conjuntos de dados nacionais de importância é praticada,
especialmente por áreas de governo, e não são disponibilizados por várias
razões;
32
Observam-se restrições de acesso não só por questões envolvendo a área de
defesa, mas também referentes a projetos considerados estratégicos para as
nações, para organizações e empresas financeiras, comerciais e industriais
(agrobusiness, mineração, petróleo, etc);
•
ausência de conjuntos de dados regionais e globais, requeridos por alguns
usuários (uma demanda crescente);
•
diversidade de especificações dos conjuntos de dados existentes num mesmo
país, dificultando sua integração;
•
os dados e informações não estão fisicamente disponíveis para acesso fácil.
2.2 DADOS, INFORMAÇÃO (GEOGRÁFICA) e CONHECIMENTO
Ao desenvolver a pesquisa bibliográfica, de trabalhos e artigos, pode-se evidenciar a
diversidade de nomenclatura, conceituações e termos empregados para designar: dados
espaciais, informação geográfica ou geoespacial e bases geoespaciais. No entanto, constatase que existem conceituações e compreensões diversas do que vem a ser dado, informação
e conhecimento, embora estes conceitos sejam intrinsecamente interdependentes.
Neste sentido, se faz necessário apresentar o contexto que direcione o sentido mais
adequado dos termos Dados, Informação, Dados e Informações Espaciais, Geoespaciais e
Geográficas, visando fundamentar e homogeneizar a inserção desses termos na dissertação.
2.2.1 DADOS
Segundo SETZER (2001) “dados são definidos como uma seqüência de símbolos
quantificados ou quantificáveis”, podendo ser descritos através de representações formais e
expressos de forma sintática (ex: textos, imagens, gráficos, figuras, sons gravados, vídeos,
etc).
33
Segundo DAVENPORT (2001) “dados são definidos como observações sobre o
estado do mundo, e sua observação pode ser feita por pessoas ou por tecnologia
apropriada".
Já HOUAISS (2001) apresenta três definições que são aplicáveis a dados:
•
os resultados de investigação, cálculo ou pesquisa;
•
os aspectos característicos que resultam da natureza, estado ou condição de
alguma coisa;
•
os elementos iniciais de qualquer ato de conhecimento (uma impressão
sensível, um axioma, um princípio lógico etc.), apresentado de forma direta e
imediata à consciência, e que servirá de base ou pressuposto no processo
cognitivo.
LISBOA (2001) define dado como o valor de uma medida observada ou processada.
MENEZES (2000) define dado como uma observação ou obtenção de uma medida,
sem nenhum propósito pré-definido.
E REZENDE (2003) aponta que “dados representam a matéria-prima a ser utilizada
na produção de informações”.
A partir das definições citadas, infere-se que dados são observações, ou obtenção de
uma medida (resultado de investigação, cálculo ou pesquisa) de aspectos característicos da
natureza, estado ou condição de algo de interesse, que são descritos através de
representações formais e ao serem apresentados de forma direta ou indireta à consciência
servem de base ou pressuposto no processo cognitivo.
2.2.2
INFORMAÇÃO
SETZER (2001) diz que "a transformação de dados em informações deve ser vista,
simplificadamente, como um tipo de pré-processamento de um processo de elaboração".
MACHADO (2002) afirma que "informação é uma abstração informal que está na
mente de alguém, representando algo significativo para uma pessoa".
34
HOUAISS (2001) define informação como “conjunto de informes (documentos ou
observações) já analisados, integrados e interpretados, que habilita um usuário a tomar
decisões”.
Segundo LISBOA (2001), a informação é obtida a partir do processamento ou da
contextualização de dados brutos ou processados.
A informação é gerada a partir de algum tratamento ou processamento dos dados por
parte do seu usuário, envolvendo, além de procedimentos formais (tradução, formatação,
fusão, exibição, etc), processos cognitivos de cada indivíduo. Decorrente das conceituações
apresentadas se infere que os computadores não processam informação e sim os seus
insumos, ou seja, dados. A estruturação de dados não deve ser vista como geradora de
informação, e sim tendo a função de modelar e facilitar a compreensão dos dados da
realidade tratada e/ou percebida.
Dados e informação são patrimônios primordiais das organizações, são essenciais na
gestão dos negócios e são considerados atualmente como recursos na visão econômica
atual. Contudo, a informação em sendo um bem apropriado tem característica, compreensão
e conseqüente utilização / aplicação, de forma diferenciada pelas organizações e pelas
pessoas. IKEMATU (2001) apresenta as seguintes propriedades consideradas significativas
da informação:
•
a informação é compartilhável infinitamente;
•
o valor da informação aumenta com o seu uso e a sua socialização;
•
o valor da informação diminui com o tempo. Porém, a vida útil e seu histórico
temporal variam conforme o tipo da informação. A informação para tomada
de decisão tem uma vida útil maior que as informações operacionais
(dependendo da área do conhecimento ou do tipo de negócio);
•
o valor da informação aumenta quando ela é combinada / integrada com outro
dado e também tem sua utilização ampliada quando é comparada e integrada
com outra informação.
Os
processos
de
aquisição,
tratamento,
processamento,
armazenamento,
gerenciamento, recuperação e disseminação de informação, normalmente, também geram
outras informações que quando utilizadas tendem a gerar também mais informação. As
35
organizações estão absorvendo e integrando avanços tecnológicos, notadamente quanto à
aquisição, ao tratamento, ao gerenciamento e à disseminação eletrônica de informação. A
utilização destas tecnologias propicia, além da otimização da função de gerenciamento da
informação, a ampliação do conhecimento, pois viabiliza o compartilhamento de dados e
informação (Informação compartilhada / socializada = conhecimento ampliado).
2.2.3 CONHECIMENTO
O conhecimento é definido como "informações que foram analisadas e avaliadas
sobre a sua confiabilidade, sua relevância e sua importância" (DAVENPORT, 2001), sendo
gerado a partir da interpretação e integração de dados e informações. A combinação e
análise de dados e informações de várias fontes compõem o conhecimento necessário para
subsidiar a tomada de decisão inerente a um negócio ou a um assunto a ser tratado.
DAVENPORT (2001) afirma que "informação e conhecimento são, essencialmente,
criações humanas, e nunca seremos capazes de administrá-las se não levarmos em
consideração que as pessoas desempenham, nesse cenário, um papel fundamental"
Para SETZER (2001) "o conhecimento é uma abstração interior e pessoal, de algo que
foi experimentado, vivenciado, por alguém. Nesse sentido, o conhecimento não pode ser
descrito; o que se descreve é a informação".
O conhecimento é dinâmico, sendo modificado pela interação do indivíduo com o
ambiente, caracterizando um aprendizado. “Uma visão mais ampla é que o aprendizado é a
integração de novas informações em estruturas de conhecimento, de modo a torná-las
potencialmente utilizáveis em processos futuros de processamento e de elaboração”
(REZENDE, 2003).
2.2.3
DADOS E INFORMAÇÕES ESPACIAIS E GEOGRÁFICAS
Métodos, procedimentos, técnicas e tecnologias requerem definições específicas e
claras nas suas formulações. Entretanto, observa-se que alguns conceitos nem sempre são
conhecidos e compreendidos pelos os atuais usuários (profissionais especializados e não
especializados) das tecnologias associadas à informação geográfica. A utilização
36
inadequada de conceitos e métodos acarreta várias inconsistências nos processos de
produção, uso e análise de dados.
Conforme apresentado por ARONOFF (1989) e BORGES (1997) “dados espaciais
são quaisquer tipos de dados que descrevem fenômenos aos quais esteja associada alguma
dimensão espacial”. A medida observada de um fenômeno, fato ou ocorrência sobre / sob a
superfície
terrestre
é
denominado
dado
geográfico.
“Dados
geográficos
ou
georreferenciados são dados espaciais em que a dimensão espacial está associada à sua
localização na superfície da Terra, num determinado instante ou período de tempo”
(CAMARA et al, 1996).
LONGLEY et al (2001) relatam que “o adjetivo geográfico se refere à superfície e ao
espaço próximo da Terra”, e “espacial refere-se a algum espaço, não somente ao espaço da
superfície da Terra”. Como exemplos de espaços não geográficos pode-se citar: o espaço
cósmico, o espaço do corpo humano que é captado por instrumentos que geram imagens
para diagnósticos médicos, e diversos outros espaços de interesse das diferentes áreas do
conhecimento.
Segundo ROSA (2002) “dados geográficos ou georeferenciados significa fatos,
objetos, fenômenos que ocorrem sobre a superfície terrestre e que possuem uma alta
correlação com a sua localização sobre a superfície do globo terrestre, em um dado instante
ou período de tempo”.
Observa-se recentemente a utilização, cada vez mais freqüente, do termo “geoespacial
para designar um sub-conjunto espacial aplicado especificamente à superfície, sob a
superfície e ao espaço próximo do Terra” (LONGLEY et al, 2001). Essa perspectiva está
retratada na figura 2.1.
Para LISBOA (2001), a informação é obtida a partir do processamento ou da
contextualização de dados brutos ou processados. De forma análoga, a informação
geográfica é resultado do processamento de dados geográficos.
O termo informação
geográfica é caracterizado por ROSA (2002), como “um conjunto de dados cujo significado
contém uma associação ou relação com uma localização específica sobre a superfície
terrestre”. As informações geográficas ou geoespaciais compreendem os dados - da, sobre
a, sob a, e próximo a - superfície da Terra, sendo caracterizados por no mínimo três (3)
componentes: espacial ou posicional; descritivo ou semântico; e temporal.
37
ESPACIAL
GEOESPACIAL
GEOGRÁFICA
NÃO-ESPACIAL
FIG 2.1 - Da visão espacial à geográfica (apenas ilustrativa, não está em escala)
Fonte: CGDI, 2000
Bases espaciais são as bases de dados que contêm dados que possuem dimensão
espacial ou localização referida a um sistema de coordenadas. Bases geográficas ou bases
geoespaciais são as bases de dados que definem localização na superfície da Terra e estão
referidas a um sistema de referência geodésica e a uma representação dos elementos
geográficos retratada através de uma determinada projeção cartográfica. As bases
geoespaciais são especializações das bases espaciais, e as bases geodésicas e cartográficas
são especializações das bases geográficas ou geoespaciais, abrangendo as observações e as
coordenadas das estações que compõem o Sistema Geodésico Nacional (bases de dados
geodésicos) e o mapeamento sistemático terrestre nacional: geográfico, topográfico e
municipal (bases de dados cartográficos). Entretanto, as bases de dados geoespaciais, em
38
seu sentido mais amplo, envolvem as bases que retratam todos os temas relativos às
informações do espaço próximo, da superfície e do subsolo do planeta Terra.
2.3 INICIATIVAS PARA A ESTRUTURAÇÃO DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
A tarefa de coordenar e articular a construção de uma
Infra-estrutura de Dados
Espaciais - IDE é um desafio para a Sociedade e o Estado. Após a Conferência do Meio
Ambiente de 1992, o mundo (países, organizações internacionais, continentais e nacionais)
vem promovendo e constituindo fóruns, comitês e organizações (legais, técnicas, industriais
e acadêmicas) com o objetivo de construir capacidade para a implantação de IDE (Spatial
Data Infrastructure - SDI). A figura 2.2 identifica algumas ações que fomentaram e vêm
estimulando o desenvolvimento de iniciativas de construção de algumas IDE, dentre as
quais pode-se citar:– Conferência Regional de Cartografia das Nações Unidas - UNRCC
(CRC da ONU); Comitê de Ciências de Mapeamento –(CCM – MSC/ USA); Infraestrutura Global de Dados Espaciais (IGDE – Global Spatial Data Infrastructure – GSDI);
Infra-estrutura Regional de Dados Espaciais (IRDE – Regional Spatial Data Infrastructure
- RSDI) e Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE –.Nacional Spatial Data
Infrastructure – NSDI).
Coleman e McLaughlin (1997) citam que:
“No início da década de 1990, o conceito de desenvolvimento de Infra-estrutura
de Dados Espaciais (IDE) estava sendo proposto como suporte aos esforços crescentes de
padrões para o intercâmbio de informação geográfica, programas nacionais de cartografia e
o estabelecimento de redes de informação espacial de âmbito nacional nos Estados Unidos
[MSC, 1993], no Reino Unido [Rhind, 1992], Canadá [McLaughlin, 1991] e na
Comunidade européia [Brand, 1995]”. 1
Entretanto, na bibliografia disponível (GSDI (2000), PCGIAP(1995), CPIDEA
(2001)), fica evidenciado que o desenvolvimento de Infra-estrutura de Dados Espaciais em
diversos países foi intensificado a partir da conferência de Meio Ambiente e
Desenvolvimento da ONU, em cumprimento às diretrizes da Agenda 21(1992).
1
Estas referências são as citadas no artigo de Coleman e MacLauglin (1997)
39
ONU / UNRCC
RIO – 1992
Agenda 21
MSC / USA - 1993
GSDI - 1996
Mapeamento Global
GM - 1997
Iniciativas NSDI / INDE
(Nacional)
Iniciativas RSDI / Regional
(Continental)
PADRÕES
FIG. 2.2 – Inter-relações entre as Conferências, fóruns, projetos e comitês dedicados à
temática de IDE
2.3.1 AGENDA 21
A Agenda 21, elaborada na Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento
(United Nations Conference on Environment and Development - UNCED), realizada no Rio
de Janeiro em 1992, teve como objetivo preparar o mundo para os desafios do próximo
século. Reflete um consenso mundial e um compromisso político no que diz respeito ao
desenvolvimento e a cooperação ambiental. Os compromissos foram agrupados em 4
40
seções, envolvendo os seguintes temas: dimensões sociais e econômicas; conservação e
manejo de recursos para o desenvolvimento; fortalecimento do papel dos grupos principais;
e meios de implementação, totalizando 40 capítulos (BDT, 2004).
Na seção II estão definidas as diretrizes e medidas para a proteção da atmosfera, o
combate ao desmatamento, a prevenção quanto a poluição, a preservação dos estoques de
pescados e a segurança no manejo de lixos tóxicos, dentre outras ações e medidas.
Na seção IV, o capítulo 40 intitulado Informação para a Tomada de Decisão, enfatiza
a necessidade de se fortalecer as atividades de aquisição de dados e melhorar a avaliação e
análise de dados utilizando novas tecnologias – SIG, Sensoriamento Remoto - SR e Global
Positioning System - GPS (MARUYAMA & AKIYAMA, 2003). Uma das conclusões da
conferência UNCED foi o reconhecimento de que em muitas áreas (territoriais e de
conhecimento) a qualidade dos dados usados não é adequada e que, até mesmo onde
existem dados, a sua utilidade é reduzida por restrições de acesso ou por falta de
padronização dos conjuntos de dados, tornando a disponibilidade de informação geográfica
uma questão crítica para a tomada de decisão ambiental.
2.3.2
COMITÊ DE CIÊNCIAS DE MAPEAMENTO (USA – 1987 A 1993)
Em 1987 o Conselho Nacional de Pesquisa e a Comissão de Geociências, Meio
Ambiente e Recursos Naturais do governo dos Estados Unidos da América constituíram o
Comitê de Ciências de Mapeamento (Mapping Science Committee) - MSC, que foi
requerido pelo U.S. Geological Survey - USGS - para prover recomendações relativas as
suas atividades cartográficas e geográficas. O MSC durante dois anos, realizou reuniões
com várias agências federais americanas (18 agências envolvendo as áreas de: Estatística,
Defesa, Transportes, de Proteção Ambiental, de Recursos Naturais, Agricultura,
Gerenciamento de Terras, Conservação de solos, dentre outras), para conhecer e discutir as
atividades e os projetos voltados para a coleta, produção e uso de informação geográfica.
Nesta etapa de avaliação da produção ficaram evidenciadas as seguintes questões (MSC,
1993):
41
•
quantidades consideráveis de dados espaciais estavam sendo gerados para
propósitos próprios e especiais, e sem procedimentos para compartilhamento e
disseminação ampla;
•
com o crescimento do uso de tecnologia SIG em ambiente digital, os usuários tem
sido forçados a utilizar dados oriundos de mapas analógicos, que têm sido
repetidamente digitalizados;
•
duplicação de esforços e gastos de recursos públicos, que poderiam estar sendo
utilizados para atualizar ou gerar dados novos.
Em 1990 o MSC emite um relatório intitulado Necessidades de Dados Espaciais: O
Futuro do Programa de Mapeamento Nacional, focado no papel a ser desenvolvido pelo
USGS como provedor de informação espacial para as outras agências federais e para a
nação como um todo, especialmente o programa de mapeamento topográfico na escala de
1: 24 000. Neste ano as responsabilidades do MSC são alteradas:
“O MSC servirá como um fórum para aconselhamento externo das agências federais
em assuntos científicos e técnicos relacionados à disponibilidade e análise de dados espaciais. O
propósito do comitê é prover recomendações para o desenvolvimento de uma Infra-estrutura
Nacional de Dados Espaciais robusta para subsidiar a tomada de decisões em todos os níveis de
governo e para a sociedade em geral” (MSC, 1993).
2.3.2.1 EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS E IMPACTOS NA PRODUÇÃO
A partir da alteração de suas responsabilidades, o MSC apresenta uma análise da
evolução (perspectivas) das tecnologias e seus impactos na produção de dados espaciais ao
longo de três períodos:
•
1960 a 1980:
- novo paradigma para gerenciamento de dados espaciais. Uso de
computadores para o levantamento e mapeamento, esforços para automatizar
o registro de terras e a construção de sistemas de informação regionais e
urbanos;
- visão ampla de uma sociedade de informação, incluindo a necessidade de
dados espaciais para auxiliar na resolução de assuntos relativos a terra e
possibilitar a participação dos cidadãos na tomada de decisão;
42
- governo e laboratórios de universidades estavam desenvolvendo SIG para
integrar a variedade de informações requeridas pela regularização e
planejamento do uso da terra;
- introdução do conceito de cadastro multi-finalitário e a necessidade de
compartilhamento de dados são reconhecidas como essenciais.
•
1975 a 2000 (prospecção):
- sistemas de informação geográfica - SIG baseados em computador passam
a ser utilizados na administração, gerenciamento e planejamento público e
privado;
- governos de todos os níveis fazem grandes investimentos para desenvolver
bases de dados. Entretanto, o que ocorre é uma automatização das atividades
departamentais nas instituições, perdendo-se o poder de integração das
novas geotecnologias;
- período caracterizado pelo surgimento de software de SIG e de
mapeamento digital (até 1985 os maiores provedores de software já estão
estabelecidos);
- apesar da ênfase gráfica e análise espacial (especialmente no meio
acadêmico), o interesse predominante esteve em dados textuais e em
aplicações de consultas simples e diretas a dados espaciais;
- avanços tecnológicos principalmente em hardware, mas conceitos básicos
datam do período anterior.
•
a partir de 1990:
- investimentos em tecnologia e na construção de bases de dados são
retomados;
- infra-estrutura é diferente de sistemas de informação: a ênfase muda da
informática para a Tecnologia de Informação e seu uso na sociedade;
- o foco está em unir bancos de dados em rede de informação espacial
distribuída. Outra característica é o desenvolvimento de software de
aplicação e ferramentas de suporte a decisão para explorar a informação
disponível mais efetivamente.
43
Em sua análise, o MSC identificou dois obstáculos principais a eficiência e a
mudança cultural, organizacional e institucional:
•
as formas tradicionais de criação, disseminação, utilização e comercialização
de mapas não voltadas para o fornecimento de dados espaciais nos atuais
veículos de comunicação e pelo fato da disseminação não ser reconhecida
como parte da missão das agências governamentais;
•
falta de um sistema de incentivos para orientar os investimentos e capacidade
do setor público e privado na direção de mais coordenação e maior eficiência,
para propiciar trabalho conjunto, entre os diversos setores, na construção de
uma Infra-estrutura de Dados Espaciais.
O MSC (1993) aponta ainda que, no início da década de 90, as agências federais nos
Estados Unidos descobriram o valor de usar SIG para o armazenamento e manipulação de
dados espaciais. Foram feitos investimentos para equipar e coletar dados necessários na
forma digital, sendo que estes esforços resultaram numa miríade de formatos de dados,
padrões e processamento de algoritmos. Entretanto, o MSC constata que as agências
estavam repetindo, na forma digital, o que faziam na geração dos produtos em papel.
2.3.2.2 DEFINIÇÃO E REQUISITOS PARA A INDE AMERICANA
O MSC define a Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais – (National Spatial
Data Infrastructure – NSDI) como “o meio para congregar informação geográfica que
descreve o arranjo e atributos das características e fenômenos da Terra. A NSDI inclui os
materiais, a tecnologia, e as pessoas necessárias para adquirir, processar, armazenar, e
distribuir tal informação para atender a uma variedade ampla de necessidades”. Nesta
conceituação estão envolvidos todos os agentes de uma sociedade: organizações do setor
público, do setor privado, do meio acadêmico e científico e as organizações sociais
vinculadas às atividades para o desenvolvimento da cidadania.
Ainda, neste trabalho do MSC foram identificados alguns assuntos e impedimentos a
serem solucionados para a efetiva construção de uma NSDI nos Estados Unidos:
44
•
ausência de visão nacional sobre a relevância de uma NSDI, a não existência de
política nacional para dados espaciais e a falta de uma liderança nas agências ou
organizações federais para coordenar a coleção, o uso e o intercâmbio de dados
espaciais nacionais;
•
a constatação da superposição e duplicação de esforços na aquisição de dados
espaciais em nível federal, entre as agências federais e estaduais e entre
organizações estaduais e municipais e do setor privado, com custos significativos
para a sociedade;
•
coleta de dados espaciais em muitas escalas, níveis de acurácia, níveis de
detalhamento, categorias e classes de dados, dificultando o compartilhamento de
dados espaciais;
•
a não existência, ainda, de mecanismo que permita a identificação de que dados
estão sendo coletados, onde estão armazenados, quem controla o acesso aos
dados, quais os conteúdos dos dados e a abrangência dos dados (escala,
densidade, etc). Em outubro de 1990 foi constituído, pela Presidência dos
Estados Unidos, o Comitê Federal de Dados Geográficos – FGDC com a
atribuição de promover e coordenar o desenvolvimento, uso, compartilhamento e
disseminação de dados geográficos em todo o governo americano. Em 1994 o
FGDC apresenta seu padrão de metadados espaciais, que tem como objetivo
descrever de forma estruturada os dados geoespaciais existentes;
•
a existência de resistências e poucos incentivos para compartilhar dados entre
organizações federais, estaduais e locais, pois o compartilhamento de dados
exige acordos para uso, tipologia e formatos de dados. Estes acordos esbarram
nos diferentes tipos de dados, acurácia e urgência de coleta requerida pelas
diversas agências governamentais. Outro fator a ser tratado é a questão referente
à venda e cessão dos dados ao público. Os recursos advindos desta venda
geralmente vão para o governo federal, não retornando (a não ser por dotação
orçamentária) para as agências responsáveis por sua produção. O USGS é uma
das poucas agências americanas em que existe este retorno;
•
a absorção de novas tecnologias e a experiência das organizações na produção e
uso de dados espaciais são diferenciadas e observa-se que alguns produtores de
45
dados tem tido dificuldades para converter seus processos de produção
tradicional para sistemas que sejam capazes de gerar produtos digitais e
impressos.
Servidores
dados espaciais
FGDC certificação
Programas de garantia de qualidade
Produtores e Co-produtores
de dados básicos
(federal, estadual, municipal, privado)
Acordos de
Desenvolvimento
Dados básicos
Planos de
Desenvolvimento
Dados básicos
Acordos de
Compartilhamento
de custos
Consultores de governo
dados espaciais
Servidores de metadados
Usuários de dados espaciais
FIG. 2.3 - Componentes do Programa de Compartilhamento de Dados Espaciais - USA
Fonte: MSC (1993)
46
O MSC propõe que seja implementado um programa de compartilhamento de dados
espaciais como marco inicial para a construção de uma Infra-estrutura Nacional de Dados
Espaciais, cujos componentes estão apresentados na figura 2.3. Este programa tem como
principal objetivo incrementar os benefícios para a sociedade advindos da disponibilidade
de dados espaciais. Estes benefícios irão resultar da redução da duplicação de esforços para
a coleta e manutenção de dados espaciais e através da ampliação do uso da informação
espacial pela sociedade. O fornecimento destes dados para a comunidade de usuários deve
também resultar num incremento na qualidade dos dados, que beneficia o produtor e os
usuários de dados geoespaciais.
O foco de um programa de compartilhamento deverá estar no acesso crescente aos
dados espaciais coletados a partir de investimentos públicos. Para o MSC um programa de
compartilhamento não deve dispensar o papel do setor privado no provimento de produtos
de valor agregado e de serviços associados com a utilização dos dados espaciais. Esta
participação resulta num ambiente profícuo para desenvolver novos negócios,
oportunidades e intercâmbio para o crescimento econômico.
2.3.3
O PAPEL DAS CONFERÊNCIAS REGIONAIS DE CARTOGRAFIA – UNRCC
As Conferências Regionais de Cartografia (United Nations Regional Cartographic
Conference) – UNRCC - instituídas pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas
foram concebidas com o objetivo de promover o intercâmbio de experiências e fomentar o
desenvolvimento de temas e projetos de interesse da Cartografia entre regiões do mundo.
Diversos projetos significativos para a Cartografia mundial e continental foram delineados
nestas UNRCC.
As conferências regionais, realizadas para as Américas (UNRCC-AM) formularam e
recomendaram os seguintes projetos: o Projeto da Carta Internacional do Mundo ao
Milionésimo - CIM; o Projeto para o estabelecimento de um referencial geodésico para a
América do Sul – South American Datum of 1969 – SAD 69;
47
Projeto Sistema de
Referência Geocêntrico para a América do Sul – SIRGAS (6ª UNRCC), que em 2001, por
resolução da 7ª UNRCC (UNRCC, 2001), passou a ser denominado Sistema de Referência
Geocêntrico para as Américas – SIRGAS; e a constituição do Comitê Permanente em
Infra-estrutura de Dados Espaciais – PCIDEA efetivada em 2000 a partir de resolução da 6ª
UNRCC (1997).
Para a região da Ásia e Pacífico (UNRCC-AP), além dos projetos recomendados em
nível mundial (CIM e Referencial geodésico geocêntrico), a implantação do Comitê
Permanente em Infra-estrutura de GIS (Permanent Committee on GIS Infrastructure for
Asia and the Pacific ) – PCGIAP foi consolidada em 1995 (IRWIN, 1999), a partir de
resolução da 13ª UNRCC (IRWIN, 1999).
As UNRCC-AM não tiveram a mesma evolução das UNRCC-AP. Constata-se que até
1997 foram realizadas somente seis conferências UNRCC para as Américas, quando que
para a região da Ásia e do Pacífico até este ano já tinham sido realizadas 14 conferências.
Esta diferenciação demonstra a pouca integração e a baixa consciência da importância de se
promover o intercâmbio e cooperação nos assuntos relacionados com a Cartografia no
continente americano.
2.3.4
CONTRIBUIÇÃO DO MAPA GLOBAL
Em 1992, o Ministério da Construção do Japão propôs a conceituação do produto
Mapa Global. No entanto, somente com o primeiro Workshop Internacional de
Mapeamento Global foram discutidas as ações a serem desenvolvidas pelas organizações
nacionais, regionais e internacionais para sua construção. As ações focaram os conjuntos de
dados geográficos verdadeiramente globais, com consistência e qualidade conhecidas. Esta
reunião, que pode ser considerada o marco inicial do Projeto Mapa Global, contou com a
participação de 14 países, três organizações internacionais e uma sociedade acadêmica
internacional. Foi realizada pelo Instituto de Levantamentos Geográficos do Ministério da
Construção do Japão em novembro de 1994, em Izumo, Japão.
48
O Mapa Global foi concebido com o objetivo de fornecer informação geográfica
digital, com 1 km de resolução, abrangendo todo o planeta Terra com especificações
unificadas e disponíveis a todo mundo. Para a implementação deste desafio o International
Steering Committee for Global Mapping - ISCGM apresentou um plano de
desenvolvimento no qual foram definidas regras e formas de participação dos países
(AKIYAMA, 2000). Os países, conforme a experiência de suas organizações nacionais de
Cartografia e o estágio de informatização dos processos de produção cartográfica nacional,
poderiam se encaixar nas seguintes classes de participação:
•
Classe A: países que poderiam desenvolver seus dados e auxiliar outros a
implementar seus dados;
•
Classe B: países que poderiam desenvolver seus dados (o Brasil está inserido
nesta classe);
•
Classe C: países que necessitam de auxílio para implementar seus dados.
A base cartográfica de referência para o projeto, definida pelo ISCGM, foi a Carta
Internacional do Mundo ao Milionésimo – CIM. Os dados serão atualizados com
especificações consistentes, a intervalos regulares, para produzir uma série temporal que
permitirá sua utilização no monitoramento das mudanças ambientais globais.
Algumas camadas de dados no produto estarão em formato vetorial e outras em
formato matricial (raster). A escolha destes dois formatos foi determinada pela natureza
das camadas propostas para compor o Mapa Global e também pelos conjuntos de dados
disponíveis com cobertura global. A integração dos conjuntos de dados e a análise dos
dados serão facilitadas pelo uso de um datum geodésico (rede ITRF94 - International
Terrestrial Reference Frame, que materializa o sistema ITRS - International Terrestrial
Reference System e elipsóide - GRS80) e um sistema de coordenadas de natureza
cartográfica (latitude e longitude) comum entre todas as camadas de informação (ISCGM,
2000). As categorias de informações a serem representadas no Mapa Global são:
•
sistemas de transporte;
•
limites;
•
hidrografia / drenagem;
•
centros populacionais / população;
•
elevação;
49
•
vegetação;
•
cobertura da terra;
•
uso da terra.
Segundo as especificações definidas pelo ISCGM, as quatro últimas camadas podem
ser fornecidas no formato matricial, com tamanho de célula a 30” x 30” adequado à escala
de 1: 1 000 000 (ISCGM, 2000).
Em dezembro de 2003 , conforme lista divulgada pelo Comitê de Diretivo do
Projeto em sua página www.iscgm.org, participam do Mapa Global 132 países e regiões, e
mais 32 países estão considerando efetivar sua participação (aguardando autorização de seu
governos). A figura 2.4 retrata a participação e o estágio de desenvolvimento do Projeto nos
países.
LEGENDA
Dados disponíveis
Dados em desenvolvimento
Dados em verificação
Considerando participação
Não participam
FIG. 2.4 – Participação e estágio de desenvolvimento do Mapa Global
Fonte: ISCGM (2003)
O IBGE, responsável por compor a parte referente ao território brasileiro no Mapa
Global, finalizou as categorias de informação correspondente à Carta CIM (sistemas de
transporte, limites, hidrografia, localidades e hipsografia) e encaminhou, pela Coordenação
de Cartografia, os arquivos vetoriais para o ISCGM. As camadas temáticas (vegetação,
50
cobertura e uso da terra) estão em elaboração pela Coordenação de Recursos Naturais do
IBGE.
A ESRI, em 2002, aportou recursos ao projeto Mapa Global através de um
programa de doação (Grant Program) com o objetivo de intensificar a disseminação dos
dados. Este programa englobou a cessão de software (família ArcGIS ®) e treinamento
para os países participantes, além de disponibilizar os dados do Projeto na Geography
Network (www.geographynetwork.com).
Em fevereiro de 2005 foi enviada ao IBGE correspondência do ISCGM contendo a
validação da componente brasileira do Projeto Mapa Global. A versão consolidada da
componente Brasil do GM foi entregue, pelo IBGE, em julho na 8ª UNRCC para as
Américas, para sua publicação na Web. No mês de julho está iniciando novo treinamento
no ISCGM / GSI, e o Brasil está representado pela engenheira cartógrafa Renata Estevão da
Coordenação de Cartografia do IBGE.
2.3.5
INFRA-ESTRUTURA GLOBAL DE DADOS ESPACIAIS – GSDI
Como reportado por MASSER (1998) até meados da década de 90 já existiam pelo
menos 11 países desenvolvendo estratégias nacionais para informação geográfica.
Em 1996 foi promovida a 1a Conferência para a Infra-estrutura Emergente Global de
Dados Espaciais (Emerging Global Spatial Data Infrastructure (GSDI) Conference), que
foi realizada de 4 a 6 de setembro, em Bonn, Alemanha. (GSDI, 1996) e patrocinada pela
Organização Européia para Informação Geográfica (EUROGI), pela Organização da
Alemanha para Informação Geográfica (DDGI), pelo Instituto Atlantic (AI), pelo Consórcio
Open GIS (OGC), pelo Comitê Federal Americano para Dados Geográficos (FGDC) e pela
Federação Internacional de Geômetras - Comissão 3 (FIG-COM3).
Na abertura desta conferência, o presidente da EUROGI - Michael Brand “enfatiza que
onde quer que nós estejamos no mundo, sua evolução, sua cultura, seu estado de desenvolvimento
econômico, os problemas que enfrentamos são semelhantes. Eles podem diferir em grau, mas isso é
tudo, e infelizmente os problemas não são de natureza técnica que podem, freqüentemente, ter
soluções mais fáceis”.
51
As principais metas da conferência foram:
•
minimizar a duplicação de esforços nacionais e o custo de Pesquisa &
Desenvolvimento (P&D), além de identificar as oportunidades críticas e ameaças
inerentes a criação de uma Infra-estrutura Global de Dados Espaciais;
•
criar um vocabulário unificado e definir novos conceitos para facilitar um diálogo
contínuo entre diversas profissões para projetar, implementar e ampliar infraestruturas de dados espaciais necessárias para a construção e uso de produtos e
serviços de geo-informação em uma Infra-estrutura Global de Dados Espaciais.
Lance MCKee (1996) identifica que a tecnologia está no centro do conceito de GSDI.
Entretanto, outros assuntos significantes também precisam ser solucionados. E acrescenta
que o ponto principal é que esta conferência deve ajudar a criar um vocabulário "global" ou
"idioma" que organize os pensamentos e ações objetivando à educação das pessoas que
estão participando e que venham a ter iniciativas de construção de Infra-estruturas
Nacionais de Dados Espaciais, as quais num futuro deverão estar conectadas em rede para
serem utilizadas de forma conjunta. A conferência abordou os seguintes assuntos:
•
o que é GSDI e por que nós deveríamos nos preocupar com isso;
•
que benefícios trará uma GSDI, e para quem;
•
o que precisa ser feito para promover e organizar o crescimento de GSDI;
•
o vocabulário de GSDI;
•
os componentes de tecnologia de uma GSDI;
•
geodados: dados legados e dados novos;
•
cultura, associações profissionais, agências de Governo;
•
estrutura legal e reguladora;
•
conclusões e plano global de ação.
52
Esta conferência teve a participação de vários países (20), de 64 pesquisadores e
representantes da indústria, e foram relatadas algumas iniciativas de infra-estruturas em
desenvolvimento (Austrália, Japão, Canadá, USA, Holanda) e projetos globais, tais como:
EarthMap/USA; Mapa Global / Japão; Global Marine Spatial Data Infrastrucuture /
Canadá; Global Geospatial Information and Services – GGIS (DMA / USA). Estes relatos
reforçaram a importância de se constituir um fórum que articulasse os projetos em
andamento, para se integrar às idéias e assuntos sobre a composição de Infra-estruturas de
Dados Espaciais, tanto em nível global quanto nacional.
Foi proposto que este Fórum GSDI devesse ser estendido a todos os setores da
comunidade mundial de informação geoespacial. Deveria ser realizado novamente em um
período de 7 a 9 meses para proporcionar o diálogo entre os participantes, tendo grupos de
trabalho informais investigando os problemas com respeito ao uso mais global de IG. Não
foi proposta a criação de nenhum novo projeto global para tratar do tema. Porém, foi
sugerido que os projetos globais existentes, no G7
2
e outros projetos internacionais
(Earthmap, Mapa Global, e projetos ambientais e geofísicos internacionais, projetos
africanos como Africover, etc.) fossem examinados para ver se estavam ocorrendo
problemas comuns e como estavam sendo superados.
Ficou claro que a intenção de cooperação e de compartilhar idéias sobre arquiteturas
de infra-estrutura de dados e soluções são necessárias e consideradas como ações
importantes entre as nações. E enfatizou-se que as decisões sobre um evento num
determinado instante são dependentes do posicionamento, sua localização baseada em
coordenadas.
Todas as pessoas e especialmente os políticos e os gestores têm que ser convencidos
da importância de dados geoespaciais. Estes só fazem sentido se eles estiverem
nacionalmente e globalmente disponíveis e se existir uma infra-estrutura em
funcionamento. É necessário que sejam implementadas ações nesta direção e levada em
conta que a técnica não é o problema; a habilidade para incrementar a cooperação e
articulação institucional e entre nações é o ponto crucial (GSDI, 1996).
2
Grupo dos líderes de governo das maiores economias do mundo, criado pelo Presidente Giscard da França e pelo
Chanceler Helmut Schmidt da Alemanha em 1975, inicialmente composto pela França, Alemanha, Estados Unidos,
Inglaterra e Japão, no qual foram agregados posteriormente o Canadá e a Itália, para promover conversas, de maneira
exclusiva e antiburocrática, sobre as pressões internacionais que afetam as políticas nacionais
53
A partir de 1996 foram realizadas outras 6 conferências sobre GSDI, em cada um
dos continentes participantes, como apresentada na tabela 2.1.
TAB. 2.1: Conferências GSDI – realizadas e prevista
GSDI
Época de realização
Local e país
1ª
Setembro de 1996
Bonn, Alemanha
2ª
Dezembro de 1997
Chapel Hill, North Carolina, EUA
3ª
Dezembro de 1998
Canberra, Austrália
4ª
Março de 2000
Cape Town, África
5ª
Maio de 2001
Cartagena, Colômbia
6ª
Setembro de 2002
Budapeste, Hungria
7ª
Janeiro de 2004
Bangalore, Índia
8ª
Abril de 2005
Cairo, Egito
9ª
A ser agendada
Chile (cidade a ser escolhida)
Fonte: MASSER, 2003
A (G)SDI é de importância vital na implementação do Programa da Agenda 21 do
“Summit” do Rio de Janeiro, para as convenções ambientais multinacionais, e deveria ser
colocada como suporte central para a tomada de decisão em nível global. (RHIND (1997)).
Em 1998, em Camberra na Austrália, foi formalizado o Comitê de Direção da GSDI
com a seguinte estrutura organizacional: comitê executivo, com presidente e vicepresidente e um conselho formado com representantes de cada uma das regiões Ásia e
Pacífico, Europa, África e as Américas; e inicialmente 4 grupos de trabalho: Operacional,
Técnico, Comunicação e Conscientização; e Legal e Econômico.
No período de 1998 a 2000 a GSDI realizou uma pesquisa para identificar as
iniciativas de Infra-estrutura de Dados Espaciais existentes (vide apêndice 2, 3 e 4).
Segundo MASSER (2003) apenas 53 países responderam à pesquisa, abrangendo diferentes
quantitativos nos seguintes continentes: Europa (13), Américas (21), Ásia e Pacífico (13) e
África (6).
Na 5ª conferência, realizada em Cartagena, na Colômbia em 2001 foi apresentado
pelo Grupo de Trabalho Técnico um guia para implementação de Infra-estruturas Nacionais
de Dados Espaciais, denominado Desenvolvendo Infra-estrutura de Dados Espaciais: O
54
Guia de IDE (The SDI CookBook), em versão preliminar está em consolidação pelo
conselho da GSDI. Este guia foi elaborado por vários especialistas de diversos países e
contempla os seguintes capítulos (GSDI, 2000):
•
Capítulo 1 – Estrutura do Guia;
•
Capítulo 2 – Desenvolvimento de Dados Geoespaciais: construção de dados para
múltiplos usos;
•
Capítulo 3 – Metadados: descrição dos dados geoespaciais;
•
Capítulo 4 – Catálogo de Dados Geoespaciais: habilitando a descoberta de dados;
•
Capítulo 5 – Visualização de Dados Geoespaciais: Mapeamento na Web;
•
Capítulo 6 – Acesso e fornecimento de Dados Geoespaciais: acesso livre para os
dados;
•
Capítulo 7 – Outros Serviços;
•
Capítulo 8 – Expansão e Capacidade de Construção;
•
Capítulo 9 – Estudos de Caso;
•
Capítulo 10 – Glossário.
A partir da conferência de Cartagena, em 2001, são iniciadas as providências para
transformar a GSDI em uma Associação. Na 6ª conferência realizada, em Budapeste no ano
de 2002, o Conselho de administração foi formalizado com a incumbência de preparar um
Plano Estratégico para a criação da Associação. Esse Plano foi apresentado na 7ª
conferência da GSDI realizada em 2004, em Bangalore na Índia (MASSER, 2003).
Esse plano está orientado para atingir as seguintes metas:
•
desenvolver consciência e intercâmbio em assuntos de infra-estrutura para
todos os níveis relevantes, do local para o global;
•
estimular o uso de padrões baseados em acesso e busca de dados pela
Internet;
•
promover, encorajar, suportar, e conduzir capacitação e treinamento em SDI;
•
promover o desenvolvimento e pesquisa em SDI;
•
estabelecer e apoiar programas para financiar e prover recursos para efetivar
as metas da GSDI.
55
No Plano Estratégico em desenvolvimento e apresentado na 7ª GSDI, foi identificada
a missão da associação, composta pelos seguintes eixos GSDI (GSDI, 2004):
•
servir de ponto de contato e voz efetiva para a comunidade global envolvida
no desenvolvimento, implementação e evolução dos conceitos de Infraestrutura de Dados Espaciais;
•
fomentar Infra-estruturas de Dados Espaciais para suporte a sistemas sociais,
econômicos, e ambientais integrados e sustentáveis em escalas do local ao
global;
•
promover o uso participativo e responsável de informações geográficas e
tecnologias espaciais para o benefício de sociedade.
A formulação e composição de IDE nos diversos países onde esta iniciativa já se
iniciou, advém da necessidade de se disponibilizar informação geoespacial para a sociedade
em geral, notadamente com a expansão das telecomunicações, o surgimento da Internet e o
acesso, cada vez a um custo menor, à geotecnologias que têm ampliado a demanda por
dados georreferenciados em diversas áreas e disciplinas. Até a década de 90 esta produção
esteve confinada ao setor público das nações. Entretanto é crescente a pressão das
comunidades – privada, acadêmica e não governamentais – que também vêm produzindo
dados geoespaciais frente às dificuldades em ter conhecimento e acesso aos dados já
produzidos. Neste contexto, observa-se em todo mundo, uma proliferação desse tipo de
dado, gerando duplicação e em alguns casos bases não compatibilizadas, sejam em seus
referenciais, sejam em retratar a realidade físico-político-administrativa.
Esta percepção de elevados gastos públicos na geração de bases geoespaciais
(essenciais) e o pouco retorno à sociedade (pouca disseminação pública de dados
geoespaciais) têm fomentado as discussões e fóruns com o objetivo de compatibilizar,
integrar e disseminar as bases geoespaciais consideradas como fundamentais para a gestão
e o desenvolvimento das nações.
A filosofia que tem norteado as iniciativas de constituição de IDE estão baseadas em
programas de compartilhamento de dados entre os diversos atores da sociedade
(capitaneado na maioria dos países pelo Estado), e objetivam compor uma rede de serviços
56
de busca e acesso a dados geoespaciais a serem oferecidos aos cidadãos (produtores e
usuários) para subsidiar a tomada de decisão em suas áreas de atuação.
A influência das Infra-estruturas de Dados Espaciais tem sido significativa,
organizando e disponibilizando os dados geoespaciais que propiciam a ampliação do
conhecimento geográfico das nações. Vêm ainda corroborando com a tomada de decisão
ambiental estratégica para gestão e desenvolvimento social e econômico, e fazendo parte da
filosofia mundial de acesso à informação geográfica para todos.
2.4 CONCEITOS, COMPONENTES E EVOLUÇÃO DE IDE
2.4.1 REFERÊNCIAS CARTOGRÁFICAS E GEODÉSICAS – REFERÊNCIA
GEOMÉTRICA DAS BASES GEOESPACIAIS
A utilização de tecnologia SIG provocou uma notória expansão da gama de usuários
(especialistas e não especialistas) de dados e informações geoespaciais. Entretanto,
observa-se também uma certa desinformação conceitual (noções de Cartografia) na
composição de bases geoespaciais, construídas e utilizadas nos diversos SIG que estão
sendo implementados nos diferentes níveis de governo e na iniciativa privada.
As aplicações geográficas exigem que se definam as bases de referência geométrica a
serem compostas para que se possa compilar / representar os diversos temas envolvidos nas
aplicações. As bases geodésicas e cartográficas são as bases de referência (geométrica e
espacial), sem as quais nenhum tema pode ser retratado e referenciado geograficamente
(ARONOFF, 1989).
Na integração de bases de dados geoespaciais é necessário planejamento e estudo
visando o conhecimento das informações sobre o processo produtivo das bases a serem
integradas (os dados sobre seus dados - metadados). Para se obter dados e informações
confiáveis, com um grau de exatidão mínima e requerida por determinadas aplicações, é
necessário compatibilizar os referenciais geodésicos e cartográficos das referidas bases
geoespaciais a serem integradas (ARIZA, 2002).
57
2.4.2 CONCEITUAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS – IDE
Como citado por Coleman e McLaughlin (1997):
“Anne Branscombe [1982] introduziu o termo "infra-estrutura de informação" para
se referir coletivamente às várias mídia, portadoras e até mesmo infra-estrutura física usada para o
fornecimento de informação. O termo estava sendo usado em um contexto muito mais amplo antes
dos anos 1980, e a noção de infra-estrutura como um agente habilitado (i.e., permitindo os usuários
plug in para bancos de dados independentes) estava sendo adotado pela comunidade de
processamento de informação. Neil Anderson [1990]3 estendendo a definição sugere que infraestrutura de informação deveria possuir as seguintes três características importantes:
• os conteúdos (dados), canal (rede de telecomunicações) e controle de fluxo deveriam ter
procedimentos unificados;
• as fontes principais e os usuários devem estar conectados e;
• a rede deve ser personalizada para fácil acesso aos usuários”.
O termo "infra-estrutura" de dados espaciais é usado freqüentemente para denotar um
conjunto básico de tecnologias, políticas e arranjos institucionais que facilitam a
disponibilidade e o acesso a dados espaciais (COLEMAN & MCLAUGHLIN, 1997;
PCGIAP, 1995; GSDI, 2000).
O Comitê Federal de Dados Geográficos, dos Estados Unidos (FGDC, 1997) define
IDE como “um conjunto de políticas, padrões, e procedimentos sob os quais organizações e
tecnologias interagem para promover o uso, administração e produção, mais eficientes de
dados geoespaciais”.
O Conselho de Informação Espacial da Austrália e Nova Zelândia – ANZLIC,
responsável pela coordenação e o desenvolvimento da IDE australiana explicita que “uma
Infra-estrutura de Dados Espaciais provê uma base para busca de dados espaciais,
avaliação, transferência e aplicação para os usuários e provedores dentro de todos os níveis
de governo, do setor comercial e industrial, dos setores não lucrativos, acadêmicos e do
público geral”. (ASDI, 2004)
Coleman e McLaughlin (1998) definem “a IDE Global como envolvendo as políticas,
tecnologias, padrões e recursos humanos necessário para a efetiva coleta, administração, acesso,
fornecimento e utilização de dados geoespaciais em uma comunidade global”. O objetivo
principal de desenvolver uma IDE é prover um ambiente propício, no qual todos os
participantes, usuários e produtores de informação espacial podem cooperar entre si de um
3
Bibliografia do artigo de Coleman e Mclaughin (1997)
58
modo eficiente e efetivo para alcançar seus objetivos. RAJABIFARD et al (2000) reforçam
que no desenvolvimento de uma IDE devem ser enfatizadas como essenciais às interações
entre os provedores e usuários de dados geoespaciais.
O êxito na construção de uma IDE nacional, segundo ICDE (1999) está atrelado aos
seguintes fatores:
•
coordenação e condução – deve estar a cargo dos principais produtores e
usuários de dados e informações geoespaciais, considerando as necessidades
nacionais;
•
participantes – devem estar envolvidos todos os atores da sociedade
(instituições governamentais, privadas, não governamentais e universidades);
•
respaldo político e financeiro – apoio das esferas superiores do governo é
fundamental na definição das diretrizes e no aporte de recursos financeiros
para a execução das fases e projetos de uma IDE;
•
cooperação técnica – conhecer as experiências internas de gerenciamento de
dados
geoespaciais,
estabelecer
acordos
institucionais
para
o
compartilhamento de dados, buscar apoio na experiência de outros países e
manter interação com iniciativas regionais e global. ( Agenda 21 - agir local e
pensar global );
•
investigação e desenvolvimento – as tecnologias envolvidas na composição de
IDE (telecomunicações, de informação (BD, informática e geomática), SIG,
SR, GPS, dentre outras) requerem pesquisa, estudos e investigações. A IDE
agrega dados e informações multidisciplinares e na maioria das iniciativas o
seu desenvolvimento se operacionaliza através de conselho ou comitê
nacional, o qual viabiliza as discussões dos temas afetos a IDE e agiliza as
comunicações entre as entidades participantes.
MASSER(2003) aponta as seguintes motivações para a implementação de uma IDE:
•
importância crescente de informação geográfica dentro da sociedade de
informação;
59
•
a necessidade dos governos em coordenar a aquisição e disponibilidade de
dados, como citado por Clinton (Ordem Executiva 1994, criação da INDE
americana) – “IG é
crucial para promover desenvolvimento econômico,
melhorar nosso monitoramento de recursos e proteger o meio ambiente “;
•
necessidade de planejamento para o desenvolvimento social, ambiental e
econômico;
•
modernização do governo, em todos os níveis, de gestão e desenvolvimento
(aquisição, produção, análise e disseminação de dados e informações).
Infra-estrutura de Dados Espaciais facilita o acesso à informação geograficamente
relacionada e integrada, oriundas de fontes de dados institucionais que são fornecidos e
mantidos através de acordos de compartilhamento, e utiliza um conjunto mínimo de
procedimentos, padrões, protocolos, especificações e dados fundamentais. Infra-estruturas
de Dados Espaciais são comumente distribuídas eletronicamente pela internet.
2.4.3 COMPONENTES DE UMA IDE
A constatação de que a atuação do homem sobre o meio ambiente vem causando
impactos, que em alguns casos são irreparáveis, têm expandido o reconhecimento e
conscientização da importância e necessidade dos dados geográficos para tomada de
decisão ambiental e territorial. MOELLER (2002) reforça a observação da Agenda 21, de
que a informação geográfica é crítica para os governos e os negócios, e identifica quatro
fatores que corroboram para essa afirmação:
•
a informação é um valioso recurso em todas as nações;
•
estima-se que 80% de dados de governo têm uma componente espacial;
•
a geografia é o fio condutor comum para integrar diversos temas e assuntos;
•
sem informação geográfica não se pode efetivar boa governância, governo
eletrônico, segurança dos cidadãos ou sustentabilidade das comunidades.
Neste contexto a IDE é vista como uma forma, eficiente e eficaz, para o
gerenciamento de dados relevantes que subsidiam as atividades de planejamento e gestão
60
de vários setores da atuação governamental e privada, promovendo uma abordagem
coordenada para o acesso e aplicação de dados geoespaciais.
Nas diversas iniciativas de IDE relatadas na bibliografia (MASSER,2003; ASDI,
2004; CGDI, 2000; ICDE, 1999; PC IDEA, 2000; PCGIAP, 2000; NGDF, 1998) são
identificados componentes comuns e específicos que incorporam as características gerais,
as questões culturais e as experiências dos países e regiões nas quais foram desenvolvidas.
TAB. 2.2 – Componentes estruturais de IDE de alguns países
Países
Canadá
(CGDI, 2000)
Portugal
(GOUVEIA, 2001)
Alemanha
(BARWINSKI &
KNABENSCHUH, 2000)
Estados Unidos
(LANCE, 2003)
Colômbia
(ICDE, 2001)
Componentes IDE Nacional
- Políticas;
- Padrões;
- Estrutura (Framework) de conjuntos de dados fundamentais;
- Parcerias;
- Acesso.
- Coordenação;
- Políticas de cessão e comercialização de dados institucionais;
- Dados fundamentais;
- Metadados;
- Clearinghouse.
- Aspectos de institucional /organizacional;
- Aspectos técnicos;
- Aspectos legais;
- Aspectos socioeconômicos;
- Aspectos internacionais.
- Políticas de acesso a dados;
- Metadados;
- Clearinghouse;
- Proteção de dados;
- Dados Geoespaciais;
- Parcerias;
- Padrões.
- Dados fundamentais;
- Padrões de informação geográfica;
- Clearinghouse;
- Política de informação geográfica;
- Demandas de informação geográfica (planos, programas e projetos
nacionais);
- Promoção e divulgação.
Fonte: várias (especificadas na coluna dos países)
Nas tabelas 2.2 e 2.3 são evidenciadas algumas das abordagens implementadas, em
nível nacional e regional, por algumas das iniciativas pesquisadas.
61
TAB. 2.3 – Componentes IDE de algumas regiões e continentes
Regiões /
Componentes IDE Regional
Continentes
África
(LANCE, 2000)
Américas
(PC IDEA, 2001)
Ásia e Pacífico
(PCGIAP, 2000)
EUROGI /
GI2000 e INSPIRE
2004
(EUROGI, 1999)
Reino Unido
(NDGF, 1998)
Austrália e Nova
Zelândia
(ANZLIC, 2003)
- Inventário e criação de base de conjunto de dados fundamentais;
- Coleção e disponibilidade de metadados;
- Desenvolvimento e alinhamento de padrões;
- Política pertinente à disseminação e acesso;
- Desenvolvimento de capacidade de construção.
- Assuntos legais e econômicos;
- Comunicações para impulsionar o desenvolvimento da IDE;
- Políticas e acordos interinstitucionais;
- Dados fundamentais;
- Padrões de informação geográfica;
- Clearinghouse;
- Nomes geográficos;
- Fortalecimento institucional.
- Implementação de uma rede geodésica regional;
- Identificação dos dados fundamentais regionais;
- Política para compartilhar dados fundamentais regionais;
- Desenvolvimento e integração de dados fundamentais regionais;
- Estabelecer uma rede de nós regionais (clearinghouse).
- Política para a organização, acesso, distribuição e padronização de
IG;
- Sistema europeu de metadados;
- Política de intercâmbio de experiência com os programas de IDE
nacionais;
- Políticas para o mercado de IG (produtos e serviços utilizáveis em
escalas nacionais e pan-europeías);
- Políticas e desenvolvimento de aplicações e ferramentas para
análise, visualização e de apresentação que possam ser usadas por
leigos (não especializados).
- Programa de definição da NGDF;
- Metadados;
- Pesquisa e tecnologia;
- Desenvolvimento de melhores práticas de orientação;
- Educação e promoção;
- Credenciamento e padrões;
- Disponibilidade de dados e novos requisitos.
- Estrutura Institucional;
- Padrões técnicos;
- Dados fundamentais;
- Rede de Clearinghouse.
Fonte: várias (especificadas na coluna das regiões)
62
MOELLER (2001) ressalta que existem, na construção de IDE ao redor do mundo
“muitas diferenças: legais, organizacionais e econômicas, e muitos elementos comuns:
padrões, dados fundamentais, catálogos / clearinghouse e tecnologia”.
Esta constatação fica evidenciada na leitura das tabelas anteriores, em que os termos
metadados, padrões de dados, dados fundamentais e clearinghouse são citados como um
dos componentes das diferentes infra-estruturas retratadas.
Metadados - dados padronizados, que são usados para documentar e catalogar
conjuntos de dados a serem disseminados. Metadados descrevem o conteúdo, qualidade,
condição, e outras características dos conjuntos de dados espaciais.
Clearinghouse - rede geograficamente distribuída de produtores de dados e usuários
que viabiliza a busca e acesso a metadados padronizados e aos dados espaciais. Envolve
ferramentas de comunicação (Internet), protocolos aceitos internacionalmente (Z39.50) e
métodos padrões que permitem a pesquisa e o acesso aos dados espaciais, os quais não
estão disponíveis nos aplicativos de busca comuns (google, altavista, etc.) (USGS, 1999).
Padrões de dados - padrões de conteúdo de dados, de classificação e gerenciamento
que estão disponíveis para a comunidade de produtores e usuários de dados espaciais.
Esses padrões podem ser pré-definidos por alguns produtores, tais como agências
nacionais.
Dados Fundamentais - conjuntos de dados geoespaciais básicos, com cobertura que
abrange geograficamente unidades territoriais (cartas cadastrais, cartas topográficas e
mapas nacionais), que satisfazem a padrões técnicos e que são essenciais a uma variedade
ampla de usuários. Os dados considerados como fundamentais propiciam que outros temas
de dados sejam construídos ou georreferenciados. A definição do conjunto de dados
fundamentais está relacionada com as características físico-ambientais e as atividades
econômicas desenvolvidas por cada país. (ver tabelas A4 do apêndice 4).
Com a incorporação de geotecnologias a produção de dados geoespaciais, os países
vem desenvolvendo IDE em diferentes níveis da administração pública – local, estadual,
nacional e regional. Alguns países também têm participado da criação de uma infraestrutura global de dados espaciais. Estas iniciativas visam facilitar uma melhor
administração e utilização de ativos de dados espaciais existentes (RAJABIFARD et al,
2000). Os dados geoespaciais, além da correlação posicional, têm também relações quanto
63
a sua produção e aplicabilidade. A tabela 2.4 apresenta as relações existentes nos diversos
níveis de desenvolvimento de IDE quanto ao componente político, dados fundamentais,
padrões técnicos, rede de acesso e recursos humanos.
TAB. 2.4 - Relações entre os componentes dos diversos níveis de IDE
IDE Estadual
E
L
E
N
E
R
E
G
IDE Nacional
N
L
N
E
N
R
N
G
IDE Regional
R
L
R
E
R
N
R
G
IDE Global
G
L
G
E
G
N
G
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E
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R
R
L
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G
G
G
G
G
L
E
N
R
Rede de
Acesso
L
L
L
L
E
N
R
G
E
E
E
E
L
N
R
G
N
N
N
N
L
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R
R
R
R
L
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N
G
G
G
G
G
L
E
N
R
Pessoas
L
L
L
L
E
N
R
G
E
E
E
E
L
N
R
G
N
N
N
N
L
E
R
G
R
R
R
R
L
E
N
G
G
G
G
G
L
E
N
R
Político
L
L
L
L
Dados
Fundamentais
L
L
L
L
Padrões
Técnicos
IDE Local
E
N
R
G
Fonte: RAJABIFARD et al, 2000
Impacto Direto
L= IDE Local
E= IDE Estadual
Impacto Indireto
N= IDE Nacional
Sem impacto
R= IDE Regional
G= IDE Global
A partir da análise da documentação da pesquisa bibliográfica (COLEMAN &
MACLAUGLIN, 1998; ICDE, 2000; PCGIAP, 2000;
MSC, 1993; ONSRUD, 2000;
NGDF, 2000; LANCE, 2000; GSDI, 2000; CGDI, 2000; CPIDEA, 2001 e ASDI, 2004 ) e
frente a necessidade urgente de minimizar a duplicação de esforços de produção e ampliar a
disseminação de dados e informações geoespaciais existentes, essenciais aos sistemas de
informação vitais para gestão do espaço territorial e ambiental brasileiro.
Torna-se urgente que se inicie ações estruturadas e sistemáticas para um programa de
compartilhamento de dados e informações entre instituições governamentais (programa a
ser gerenciado pela CONCAR) como o embrião para a Infra-estrutura Nacional de Dados
64
Espaciais – INDE para o país.
A presente dissertação identifica como principais
componentes de uma IDE: as políticas, as questões legais, os dados, os padrões, a
tecnologia e os recursos humanos essenciais para a sua construção. A figura 2.5 retrata a
composição proposta.
IDE
Dados
Políticas
(fundamentais:
qualificação e
integração)
(compartilhamento e
acesso)
Tecnologia
(comunicação,
servidores e serviços)
Padrões
Legais
(mandatos institucionais de
produção, direitos,
custodia)
(metadados, catálogos
de metadados, de
intercâmbio)
Recursos
Humanos
(treinamento e
capacitação)
FIG. 2.5 – Componentes de uma IDE
Na abordagem proposta os componentes englobam:
•
Políticas: política de informação geográfica (acesso, restrições, cessão,
responsabilidade de uso e preços), acordos interinstitucionais para
compartilhamento e acesso aos dados geoespaciais, fluxos para a
manutenção permanente de disseminação de dados e constituição de comitê
ou conselho diretivo da INDE;
•
Legais: definição das responsabilidades de produção e disseminação,
direitos autorais e créditos, custódia dos dados e os direitos e deveres dos
participantes;
•
Dados: definição dos dados fundamentais e específicos que serão
disponibilizados, análise de qualidade e consistência para viabilizar a
integração de dados de mesma abrangência geográfica;
65
•
Padrões: compreende a escolha de padrões para documentação e
catalogação de dados e produtos, através de metadados, objetivando a
disseminação dos dados geoespaciais existentes. Englobam ainda, padrões
de intercâmbio de dados para propiciar a interoperabilidade entre diferentes
sistemas.
•
Tecnologia: incorpora os recursos tecnológicos para viabilizar o
armazenamento, gerenciamento, busca e fornecimento dos metadados e
dados geoespacias, envolvendo sistema de comunicação/ redes e protocolos,;
serviços de gerenciamento e busca (clearinghouse); visualização; e de
reprodução de dados;
•
Recursos humanos: compreende a capacitação e treinamento dos recursos
humanos para as atividades inerentes à composição de IDE, envolvendo
profissionais de diversas áreas do conhecimento (TI, Informática, Geodésia,
Cartografia, e outras áreas das ciências da Terra), que devem interagir de
forma harmoniosa para definir e implementar os planos de desenvolvimento
da IDE. Esse componente e os dados são considerados como críticos na
construção de uma IDE.
2.4.4
EVOLUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS
2.4.4.1 NO MUNDO
As primeiras estratégias nacionais de informação geográfica datam de 1986 e foram
desenvolvidas por 11 países (MASSER, 1998). Contudo, constata-se que a real efetivação
foi implementada em meados da década de 90, como apresentada na tabela A1 constante do
apêndice 1. Entretanto são intensificadas a partir da Conferência da UNCED realizada no
Rio de Janeiro em 1992, da qual resultou a Agenda 21 que estabelece às orientações para
minorar a deterioração ambiental e estabelecer as bases e diretrizes para um novo modo de
vida sustentável neste século (PCGIAP – 1995).
66
Desde então países e continentes vêm desenvolvendo programas para inventariar a
situação de suas bases cartográficas e levantamentos geodésicos e temáticos (bases e
informações geoespaciais) para integrar e disseminar produtos e informações, viabilizando
uma maior e mais adequada utilização de dados geoespaciais na tomada de decisão social,
econômica e ambiental de suas nações e seus negócios.
Em 2000 a GSDI implementou uma pesquisa para levantar as iniciativas existentes de
IDE, nos países. A pesquisa indicou que 53 países estavam desenvolvendo ou iniciando o
desenvolvimento de suas IDE. Em 2002, segundo MASSER (2003) já eram 120 países que
consideravam a implementação de uma IDE. A tabela A2 apresentada no apêndice 2 retrata
algumas características (estágio, formalização legal, participação, coordenação e áreas
envolvidas) da construção de IDE em alguns países. Observa-se que apenas seis países
(Reino Unido, Japão, Irlanda do Norte, Holanda, França e África do Sul) dos 24 retratados
têm a participação efetiva do setor privado. Essas iniciativas são coordenadas, em sua
grande maioria pela agência nacional de Cartografia e Levantamento ou pela agência de
Informações e Levantamento de terras.
O apêndice 3 contém a tabela A3 que relaciona os principais componentes da IDE, de
alguns países, e a disponibilização dos dados geoespaciais. Nessa tabela fica evidenciada a
importância de disseminação de dados geoespaciais através de uma clearinghouse, pois
somente seis países (Chipre, Grécia, Índia, Hungria, Irlanda do Norte e Macau) dos 24
representados não estão utilizando este mecanismo. Quanto a disponibilização de dados
geoespaciais, nota-se que existe uma diversidade de modalidade relativa a cobrança pelo
fornecimento dos dados, dez países e regiões (África do Sul, Alemanha, Chipre, Colômbia,
França, Índia, Japão, Malásia, Paquistão e Reino Unido) sinalizam que tem custos o
fornecimento, enquanto três países (Alemanha, Holanda e Macau) relatam que há
intercâmbio gratuito entre agências de governo. E somente oito países e regiões (Antártica,
Canadá, Holanda, Hungria, Indonésia, Rússia, Suécia e Estados Unidos) disseminam
gratuitamente alguns dados geoespaciais.
A definição dos dados fundamentais que compõem uma IDE dependem do estágio
econômico e científico dos países e conseqüentemente do nível e grau de informatização da
produção das agências governamentais. Contudo, ressalta-se que são considerados como
dados fundamentais de referência, pela maioria dos países (tabela A4 do apêndice 4), os
67
seguintes conjuntos: rede de controle geodésico; cartas topográficas e cadastrais; nomes
geográficos; limites político-administrativos; elevação e batimetria; e registro de
propriedades e terras. A figura 2.6 apresenta os dados fundamentais de referência por países
extraído da pesquisa de ONSRUD (2000). Entretanto oito países (Colômbia, Hungria,
Indonésia, Irlanda do Norte, Japão, Rússia, Suécia e Estados Unidos) consideram também
como dados fundamentais de referência conjuntos de dados geoespaciais considerados
como dados fundamentais temáticos, por outros países, como por exemplo: vegetação;
solos; geologia; cobertura e uso da terra, que são definidos especialmente pelas
características físico-ambientais e pela atuação dos setores econômicos (agricultura,
mineração e petróleo, e riscos naturais) de cada país. Os conjuntos de dados fundamentais
temáticos considerados por cada país estão retratados na figura 2.7.
FIG. 2.6 – Dados fundamentais de referência, por país
Fonte: ONSRUD, 2000
68
Legenda:
identificou
não informou
FIG. 2.7 – Dados fundamentais temáticos, por país
Fonte: ONSRUD, 2000
2.4.4.2 NAS AMÉRICAS
O IPGH e o Comitê Permanente de Dados Espaciais para as Américas - CPIDEA
desenvolveram um levantamento nos países do continente americano para identificar o
estágio do desenvolvimento de Infra-estruturas de Dados Espaciais. Este levantamento
abordou um conjunto de quesitos sete (7) grandes temas: liderança e autoridade;
participantes; dados básicos; componentes; preços; marcos legais e grandes desafios. A
pesquisa foi respondida por 18 países (sendo que em 5 países: Belize, Paraguai, Guiana,
Suriname e Guiana Francesa, não existem iniciativas) de um total de 23 respostas. Na
figura 2.8, estão representados os países que participaram da referida pesquisa.
69
Resposta
Não Resposta
FIG. 2.8 –Pesquisa sobre iniciativas de IDE nas Américas
Fonte: LANCE, 2000
O conjunto de tabelas a seguir fornece uma visão geral das informações apuradas
pela pesquisa do IPGH, desenvolvida
de 1998 a 2000, nos países das Américas, e
consolidada por ONSRUD e LANCE (2000).
TAB. 2.5 – Quantitativos por modelo de liderança para a constituição de INDE
LIDERANÇA E AUTORIDADE
Modelo de Liderança
Resp.
- uma única instituição ( org. nacional de mapeamento)
8
- comitê multi-institucional (oficial)
2
- associação com forte representação governamental
3
- dividida entre várias instituições
6
- grupo não governamental
0
- não sabe
5
Fonte: LANCE, 2000
Mesmo tendo sido o modelo de liderança mais apontado pelos países o de uma
única instituição (de preferência organização de mapeamento sistemático), os quantitativos
das opções comitê multi-institucional e a liderança dividida entre instituições juntos já se
iguala ao quantitativo da opção majoritária, indicando uma tendência de maior interação
entre as organizações produtoras de dados geoespaciais.
70
A tabela 2.6 aponta a ainda forte influência das organizações de mapeamento
sistemático como a instituição de liderança para a composição de uma INDE. Entretanto
observa-se certa mudança cultural quanto a esta visão. Alguns países avaliam que as
organizações de mapeamento estão assumindo cada vez mais um papel de normalizadoras e
provedoras de informações geodésicas e cartográficas.
TAB. 2.6 – Quantitativo por tipo de instituição de liderança na constituição de INDE
LIDERANÇA E AUTORIDADE
Tipo de Instituição de Liderança
No de respostas
- de Mapeamento sistemático
10
- de Estatística
0
- de Mapeamento e de Estatística
2
- de Meio Ambiente
2
- Transportes e Obras Públicas
1
- Não sabe
6
Na próxima tabela 2.7 nota-se que a inexistência de normas legais não tem
impedido as iniciativas de constituição de INDE. Entretanto ainda são poucos os países que
contam com orçamento e/ou financiamento para a implementação de sua INDE.
TAB. 2.7 – Existência de ações, por país, para a constituição de uma INDE.
AUTORIDADE E PERSPECTIVAS
País
Normas legais - INDE
iniciativas
financiamento
ARGENTINA
sim
sim
sim
BOLIVIA
não
sim
não
BRASIL
-
sim
não
CANADA
não
sim
não
CHILE
não
sim
sim
COLÔMBIA
não
sim
sim
COSTA RICA
não
sim
sim
CUBA
sim
não
sim
EQUADOR
não
sim
não
EL SALVADOR
não
sim
não
GUATEMALA
sim
sim
não
71
TAB. 2.7 – Existência de ações, por país, para a constituição de uma INDE (cont.).
AUTORIDADE E PERSPECTIVAS
País
Normas legais - INDE
iniciativas
financiamento
HONDURAS
não
sim
não
JAMAICA
não
sim
não
MEXICO
sim
sim
não
NICARAGUA
não
não/sim
não
PANAMA
não
sim
não
PERU
-
sim
não
REPUBLICA
sim
sim
sim
URUGUAY
não
sim
não
USA
sim
sim
sim
VENEZUELA
não
sim
-
DOMINICANA
Fonte: LANCE, 2000
Na tabela 2.8 fica caracterizada a importância dos dados de referência cartográfica
(mapas topográficos), os quais foram apontados pela maioria dos países como dados
básicos / fundamentais para a composição de uma INDE.
TAB. 2.8 – Dados básicos digitais existentes nos países pesquisados
DADOS BÁSICOS (total de respostas válidas= 16)
Tipos de dados digitais
Quantitativo de países
Mapas Topográficos
15
Rede de Transporte
13
Hidrografia / obras hidroelétricas
12
Uso da Terra / Cobertura Vegetal
12
Divisão Político-Administrativa
11
Geologia
10
Solos
10
Dados estatísticos dos Censos
10
Cadastro fundiário
9
.
Fonte: LANCE, 2000.
72
Em decorrência de baixos orçamentos e poucos financiamentos se observa que a
grande maioria dos países considera a recuperação de custos necessária em sua modalidade
de disseminação de dados geoespaciais. Cada instituição tem sua política de preços que são
diferenciados conforme o produto a ser disponibilizado.
TAB. 2.9 – Forma de cobrança dos dados geoespaciais disponibilizados
DISSEMINAÇÃO / PREÇOS
Tipo de Cobrança
Número de países
Grátis (custo de reprodução)
3
Recuperação de custos
9
Combinação grátis e recuperação de custos
1
Lucro
0
Não está claro
3
Fonte: LANCE, 2000
A tabela 2.10 evidencia que a grande maioria dos países aponta como grandes
desafios os aspectos legais, a questão de financiamento, os padrões e a política de acesso e
de preços, mesmo alguns tendo informado que existem restrições legais quanto ao acesso
aos dados e os direitos autorais. Na pesquisa também foram apontados outros desafios, tais
como: aspectos de coordenação e organização institucional; falta de recursos humanos;
falta de continuidade na gestão e projetos das instituições; mudanças culturais quanto ao
gerenciamento e disseminação de informação.
TAB. 2.10 – Desafios a serem implementados na constituição de uma INDE
MARCOS LEGAIS
No respostas
Grandes Desafios
Aspectos legais (Direitos de Autor e Propriedade intelectual)
9
Financiamento
9
Padrões de informação
7
Política de preços e acesso
6
Serviços de informação online
4
Disponibilidade e produção de dados fundamentais
4
Metadados (desenvolvimento e difusão)
2
Falta de consciência e compromisso da gestão superior
2
Fonte: LANCE, 2000.
73
Na consolidação da pesquisa, implementada em 1998 (IPGH e CP IDEA) e
consolidada em 2000, por Lance, pode-se inferir que:
•
assuntos de SIG e IDE ainda são liderados pelas agências nacionais de Cartografia,
mas atualmente estão sendo efetivados por outros tipos de provedores de
informação geográfica;
•
inexistência, na maioria dos países, de políticas relativas ao desenvolvimento de
Infra-estruturas Nacionais de Dados Espaciais;
•
existem 17 iniciativas de IDE na região do continente americano (nas Américas) sob
responsabilidade de organizações nacionais;
•
a indústria e outros tipos de provedores de tecnologia ainda não estão envolvidos no
desenvolvimento destas iniciativas;
•
camadas básicas de dados que freqüentemente são consideradas como dados
fundamentais são: cartografia topográfica incluindo hidrografia, localidades, limites
político-administrativos, estradas; cobertura da terra e uso de terra;
•
a recuperação de custos, é uma tendência na maior parte dos países, os preços são
estimados baseados nos custos de produção;
•
as restrições principais para consolidação das iniciativas de INDE são os aspectos
legais, de financiamento, a falta de padrões nacionais para dados geoespaciais, e
recursos humanos habilitados.
A resolução da 6ª UNRCC-AM recomendou a formalização de um Comitê
Permanente de Dados Espaciais para as Américas. Mesmo funcionando informalmente o
CP IDEA realizou o levantamento retratado nas tabelas anteriores com o objetivo de
inventariar as características e diretrizes da produção de dados geoespaciais e das
iniciativas de IDE no continente. Esse levantamento evidenciou que alguns países,
notadamente da América Central, por questões ambientais, estão desenvolvendo uma
articulação e integração dos ativos de dados geoespaciais para a região, denominado
PROCIG – Projeto de Informação Geográfica para a América Central.
O Projeto de Informação Geográfica para a América Central (PROCIG) é uma rede
de organizações dos países da América Central que promovem pesquisa e desenvolvimento
de informação geográfica gerada e administrada na região. PROCIG é patrocinado pelo
programa de InfoDev (Information for Development Program) do Banco Mundial, pelos
74
governos de América Central, pelo Centro de Agricultura Tropical para Pesquisa e
Treinamento (CATIE), e pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT).
O projeto foi idealizado a partir de uma reunião de especialistas dos Institutos de
Estatísticas e Censo do Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador e
Guatemala, na qual ficou evidenciada a necessidade de articulação entre as instituições,
considerando a quantidade de dados geoespaciais disponíveis nas várias instituições que, ao
serem integrados, poderiam contribuir de forma mais consistente e eficaz com a
comunidade usuária desses dados. Inicialmente, o objetivo principal do projeto era
promover a integração de dados estatísticos de censo com informação geográfica para gerar
produtos para disseminação pública.
O projeto prevê o desenvolvimento, em ambiente ESRI (programa de doação da
ESRI), utilizando-se o software ArcView 3.1®. com Spatial Analyst and 3D Analyst®, de
estudos e produtos de SIG e programas de treinamento (realizados nos anos de 2000 e
2001). A rede de informação geográfica do PROCIG disponibiliza uma página na Web
(PROCIG, 2000) com links para os países membros, contendo vários mapas compostos a
partir da integração dos dados nacionais.
A figura 2.9 apresenta um dos exemplos
disponíveis na página da Web do PROCIG.
FIG. 2.9 – Cartograma de densidade populacional da América Central
Fonte: PROCIG, 2000.
75
Em relação ao desenvolvimento de IDE, as diretrizes são ditadas conforme as
condições e as alternativas de cada país membro. Entretanto, como o desenvolvimento de
uma INDE requer um projeto continuado e permanente, vêm sendo tratados os seguintes
temas: catálogo de metadados, Clearinghouse, disponibilidade de dados via Web, serviços
de Webmapping, dentre outros de gerenciamento e disseminação de dados, objetivando a
criação de mecanismos para a administração de dados geoespaciais de forma coordenada
para as Américas (CPIDEA, 2001). A figura 2.10 apresenta uma síntese da evolução das
iniciativas de construção de IDE nos países e em algumas regiões do mundo.
FIG. 2.10 – Evolução das iniciativas de IDE no mundo
76
2.5 CATÁLOGO
DE
METADADOS
ESPACIAIS
E
CLEARINGHOUSE
–
COMPONENTES VITAIS DE UMA IDE
Na criação de uma Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais, que evita a duplicação
e o desperdício de recursos na geração de bases geoespaciais para múltiplos usos (GSDI,
2000); (PCGIAP, 2000); (CP IDEA, 2001), são requeridos acordos institucionais; o
estabelecimento de padrões; a identificação de dados fundamentais; as tecnologias para
acesso, manutenção e serviços de espaciais; e de descoberta e disseminação de dados e
bases geoespaciais.
Um dos componentes essenciais de uma IDE é a documentação padronizada e
estruturada dos dados e das bases geoespaciais, caracterizada pelos metadados
geoespaciais, que segundo CAMARA et al, (1996) provêm informações sobre a
identificação, a gênese e a forma de veiculação de dados geoespaciais. O padrão de
metadados espaciais, os protocolos de comunicação e os mecanismos de busca de dados são
considerados, na concepção das Infra-estruturas de Dados Espaciais em desenvolvimento
mundialmente, como os componentes técnicos/ tecnológicos chaves.
A presente dissertação propõe a implantação de um catálogo de espaciais, através de
um padrão de metadados, para o cadastramento de dados e bases cartográficas inerentes ao
SCN, e a sua disseminação na rede interamericana de dados geoespaciais (IGDN). A figura
2.11 contextualiza a proposta e detalha o recorte de abordagem da dissertação, por ser a
composição de uma INDE complexa e envolver vários atores do cenário político,
administrativo e técnico-científico, optou-se por abordar partes de três componentes, que
estão envolvidos pela linha vermelha na figura 2.11:
•
padrões – documentação de metadados, estudo e a definição dos elementos
mínimos do padrão a ser utilizado e aplicativos para cadastramento;
•
tecnológica – rede de disseminação de metadados / clearinghouse (circundada
pela linha azul);
•
dados – a descrição dos documentos cartográficos do mapeamento sistemático
terrestre e da Divisão Político-Administrativa (DPA).
77
INDE
POLÍTICO
LEGAL
• Acordos
Institucionais
PADRÕES
TECNOLÓGICA
• Direitos e
Deveres
DADOS
• f (IDE)
- Mapeamento
Sistemático
Terrestre e DPA
(Malhas)
• Operacionalização
- Conceitos;
- Cadastramento;
- Administração;
- etc.
Documentação
(METADADOS)
Intercâmbio
Geoserviços
Servidores
(Metadados)
LEGENDA
Padrão
Visualização
Elementos
Mínimos
Catálogo
Z39.50
HTTP
Web mapping
Clearinghouse
Conexão Gateway
Conexão Usuário
CAPACITAÇÃO
Nó
Gateway
Cadastro
FIG. 2.11 – Contextualização dos enfoques de abordagem da dissertação
78
Usuários
Sistema de
Localização
O enfoque central da dissertação está embasado em parte de três componentes de uma
IDE: Padrões – definição do padrão de metadados a ser utilizado para o cadastramento dos dados
cartográficos que compõe o catálogo de metadados cartográficos; Tecnológica – rede de
disseminação de metadados (Clearinghouse – rede distribuída entre produtores e usuários de
dados geoespaciais, composta por servidores, conexões e protocolos de indexação e busca);
e
Dados – compreendendo a descrição (metadados) dos documentos cartográficos referentes ao
mapeamento sistemático terrestre e à Divisão Político-Administrativa (DPA) representada através
do mapeamento municipal.
O catálogo de metadados espaciais proposto é devidamente detalhado no capítulo 4.
Enquanto a definição e estruturação de clearinghouse são apresentadas na seção 4.4 (Rede de
disseminação de metadados). Contudo, é relevante que antes sejam conceituados: metadados, a
importância da definição de padrões de metadados, metadados espaciais e as características dos
padrões em uso nos diversos países que são abordados no capítulo 3.
79
3 ESTÁGIO E AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE METADADOS ESPACIAIS
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O conhecimento humano sempre se apoiou no registro de dados e informações, ou seja, a
documentação
de
informações
tem
acompanhado
a
evolução
da
humanidade.
Os
desenvolvimentos sociais, culturais e científicos da humanidade, através dos seus diversos setores
do conhecimento, vêm se apropriando das diferentes formas de registrar e documentar fatos,
fenômenos, estudos e informações relevantes ao seu caminhar, o que foi exigindo a definição de
modelos, padrões e especificações de dados.
Com a valorização da informação geográfica, decorrente da ampliação de uma
mentalidade menos irresponsável com o meio ambiente e das pressões sociais e econômicas para
uma melhor compreensão da realidade territorial para subsidiar políticas de gestão e
desenvolvimento sustentável, nota-se um crescimento significativo no uso das geotecnologias
(SIG, GPS, SR e outras) nas áreas de planejamento e gestão territorial. O que tem contribuído
para a geração de grandes volumes de dados e informações geoespaciais por parte de
organizações públicas e privadas.
Entretanto, como estes dados são normalmente produzidos para atender a requisitos
específicos de projetos e determinadas aplicações, apresentam especificações e características
técnicas diversas. Neste contexto de produção e de especificações diversificadas, a interpretação
e o uso adequado dos dados por diferentes tipos de usuários requerem que se disponibilize um
conjunto de informações sobre esses dados, que propicie a compreensão e o entendimento sobre a
aplicabilidade e forma de utilização dos mesmos. Denomina-se metadados ao conjunto de dados
e informações que documenta e descreve os dados.
Metadados é um vocábulo composto pela junção do prefixo “meta”, que significa “além
de”, e da palavra “dados”, que é a medida da presença de um determinado conjunto de valores de
uma variável ou fenômeno ou tema, ou ainda o valor para uma medida observada. Este vocábulo
metadados adquire o significado popularizado de “os dados sobre o dado”. Entretanto, existem na
80
bibliografia diversas variantes, como as apresentadas a seguir, referentes à definição de
metadados:
•
descrevem o conteúdo, condição, histórico, a localização e o formato dos dados (LIMA et
al, 2001);
•
informação essencial para que os dados geográficos sejam utilizados de forma consistente
(PEREIRA et al, 2001);
• são dados que identificam e descrevem como utilizar os dados (LONGLEY et al,2001).
• compõem uma das áreas de pesquisa da Tecnologia da Informação - TI que transforma
dados brutos em conhecimento (IKEMATU, 2001);
•
são usados para prover uma descrição de alto nível, disponibilizando informações sobre
referenciamento espacial, qualidade, linhagem e periodicidade dos dados (GOODCHILD,
1997).
A utilização de metadados, segundo a bibliografia pesquisada (GOODCHILD, 1997;
RIBEIRO, 1997; LIMA, 2002; WEBER et al, 1999), tem como objetivos principais:
• preservar os investimentos internos (das organizações) na produção dos dados;
• compor o portfólio de informação e dados das organizações / instituições;
• prover informações para identificar, processar, interpretar e integrar dados de fontes
externas.
Os metadados têm como objetivo basilar o de documentar e organizar, de forma sistemática e
estruturada, os dados das organizações, facilitando seu compartilhamento e manutenção, além de
disciplinar a sua produção, armazenamento e, essencialmente, orientar a utilização desses nas
diversas aplicações dos usuários.
Nas tecnologias de processamento de dados e informações - SIG, Data Warehouse – DW
(Bancos de Dados Multidimensionais) e de Sistemas de Apoio a Decisão – SAD, os metadados
são os componentes centrais dos modelos de implementação. Estas tecnologias facilitam a
integração de dados de múltiplas fontes numa base de dados, espacial e semântica, compondo
assim os sistemas corporativos ou a infra-estrutura de informação para a gestão e tomada de
decisão em organizações públicas, privadas e acadêmicas.
81
Atualmente, vivencia-se uma revolução informacional (SANTOS 2001). Com a utilização
crescente da rede mundial de informação – INTERNET, a busca por dados e informações tem
sido ampliada de forma significativa e os metadados são peças chave neste ambiente provendo as
descrições dos dados. Em termos gerais se pode identificar os metadados como sendo as
informações necessárias para que os dados se tornem úteis. Estas informações são constituídas
por um conjunto de características sobre os dados e que nem sempre estão incluídas nos dados
propriamente ditos.
Os padrões de metadados estão conceituados e estruturados em seções com funções
específicas de:
- identificar o produtor e a responsabilidade técnica de produção;
- padronizar a terminologia utilizada;
- garantir a transferência de dados;
- viabilizar a integração de informações;
- possibilitar o controle de qualidade;
- garantir os requisitos mínimos de disponibilização.
Os metadados foram utilizados inicialmente na área de biblioteconomia para catalogar
documentações e publicações armazenadas em bibliotecas convencionais. O padrão Machine
Readable Cataloging – MARC - aplicável a área de catalogação bibliográfica e em sistema de
automação de bibliotecas foi desenvolvido na década de 1960, nos Estados Unidos pela LC
(Library of Congress) (SOUZA et al, 1992). O padrão MARC é internacionalmente utilizado e
vários padrões regionais e locais apresentam suas informações também neste padrão. A
Biblioteca Nacional - BN utiliza o padrão MARC / CALCO (Catalogação Cooperativa) e opera
em nível de gerenciamento de referências catalográficas através do sistema ARGONAUTA
®(sistema de administração de bibliotecas, centros de documentação e de informação composto
dos módulos acervo, empréstimos, consulta, relatórios e aquisição). A BN veicula aos seus
usuários os diferentes padrões de metadados: as normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT; a norma ISO 2709, editada para a padronização deste tipo de metadados; e a
ficha catalográfica. Encontra-se no anexo 1 a pesquisa bibliográfica com exemplos recuperados
do portal da Biblioteca Nacional – www.bn.br.
82
3.2
PADRÕES DE INTERCÂMBIO
VEICULAÇÃO NA WEB
DE
DOCUMENTOS
ELETRÔNICOS
E
DE
A partir dos anos 80 foi implementada a norma de estruturação / formatação de documentos
denominada SGML, que é a sigla usada para Standard Generalized Markup Language, ou seja,
Linguagem Padrão de Marcação Genérica. A definição da linguagem SGML está documentada
na norma ISO 8879, e é muito utilizada na documentação técnica e na publicação de documentos
eletrônicos (GODOY, 2000). A SGML marca, numa linguagem específica, os capítulos, os
títulos, os parágrafos, as notas de rodapé, em resumo, tudo o que dá forma a um documento, seja
ele um livro, um folheto, um relatório, etc.
Com o advento da WEB surge a HTML, uma norma de estruturação de documentos
eletrônicos para permitir a apresentação e a conexão (hiperligação / hyperlink) de documentos a
partir de servidores INTERNET. HTML é a sigla usada para HyperText Markup Language, ou
seja, Linguagem de Marcação de HiperTexto. As definições de sintaxe e uso da HTML podem
ser encontradas em portal da Universidade de São Paulo (HTML, 1995) e na página da World
Wide Web Consortium (http://www.w3.org/).
A maior parte dos documentos da WEB é codificada em HTML que, além das marcas para
formatar cabeçalhos, parágrafos, listas e tabelas, inclui uma marca para especificar a
funcionalidade de hipertexto. Esta linguagem deriva da SGML, mas é mais simples e mais pobre.
Inicialmente a organização do documento era feita com cerca de 30 marcas (tags), o que fazia
com que os documentos visualizados na WEB apresentassem todos o mesmo visual. A
estruturação HTML tem essencialmente objetivos de apresentação e sem capacidade para
adicionar novas marcas adaptadas para as aplicações dos usuários.
Para acolher na WEB o universo editorial e responder às demandas de se implementar de
maneira automática a extração, manipulação e formatação de conteúdos, surgiu a linguagem
XML com o objetivo de se tornar uma norma tão rica como o SGML, porém, mais fácil de
utilizar. XML é a sigla usada para eXtensible Markup Language, ou seja, Linguagem de
Marcação Expansível. A XML é definida como tendo uma estrutura de conteúdo separada da
forma de apresentação e permite criar novas marcas/tags (HEITLINGER, 2001). Além disso, a
XML integra o UNICODE (fornece um único número para cada caracter, não importa a
83
plataforma, não importa o programa, não importa o idioma), que é a norma mundial de conversão
de todos os formatos de alfabeto (russo, japonês, árabe, etc.), tendo também sido criada pelo
W3C - o World Wide Web Consortium. A XML oferece esta riqueza estrutural porque é
“extensível”, permitindo aos autores criar as suas próprias marcas e definir o significado que se
quiser. Por exemplo: além de elementos “tradicionais”, como título e parágrafo, pode-se
livremente acrescentar marcas para indicar citação, cronologia, saldo, n.º de transação ou outra
marca de interesse do usuário.
No ambiente de e-business, a força da XML reside no estabelecimento de um formato
comum de dados, permitindo a comunicação entre diferentes aplicações, bem como a gestão de
conteúdos e a publicação on line. Esta característica permite às empresas individualizar a
informação dos seus portais na WEB, em atendimento às demandas de público alvo, e
especializar apresentações conforme o perfil dos usuários. Uma das aplicações mais importantes
de XML (vide figura 3.1) segundo a TI nos próximos anos será a comunicação de computador
com computador, ou seja, o compartilhamento de dados, integrando as diversas aplicações de
uma empresa ou de empresas diferentes.
Sistema
X
XML
Sistema
Y
FIG. 3.1 – Tendência de padrão para intercâmbio de dados entre sistemas
Fonte: HEITLINGER, 2001
3.3 ESTRUTURAÇÃO DOS PADRÕES DE METADADOS ESPACIAIS
A importância de se compor os metadados das bases geoespaciais é a de se construir um
mecanismo fundamental para transmitir as características, os referenciais, a estruturação e o grau
de qualidade das bases geoespaciais (WEBER at al, 1999). Desde a década de 90, países e
continentes (USA, Canadá, Austrália, Europa, Ásia, etc.) vem discutindo e propondo a
84
padronização de metadados para os dados geoespaciais. Os principais padrões utilizados são: o
FGDC (USA); o SAIF (Canadá); o padrão CEN / CERCO (Europa); e os padrões ISO e
OPENGIS (em desenvolvimento). Entretanto, muitas organizações em alguns países, incluindo
países da América Central, América do Sul, Ásia e África ainda desenvolvem suas bases através
de estruturas e modelos próprios e sem os correspondentes metadados.
Como a composição de sistemas de informação tem sido, normalmente um esforço de Estado
/ Nação, alguns países iniciaram articulações internas e externas (Comitês, Grupos de Trabalhos,
etc.) para o desenvolvimento de propostas de padrões de metadados a serem implementados na
produção de seus sistemas de informação – estatística, cartográfica / geodésica e ambiental. No
Brasil observa-se que, somente algumas poucas organizações estão implementando os metadados
de suas bases geoespaciais, mesmo não tendo uma uniformização quanto ao padrão de metadados
geoespaciais a ser utilizado.
Nas últimas duas décadas a incorporação de geotecnologias para a produção, análise e
reprodução de dados geoespaciais tem sido intensificada, tanto por parte do setor público como
da sociedade em geral. Isto tem ampliado, de forma significativa, a demanda por informação
referenciada ao território, ou seja, por bases cartográficas e/ou geoespaciais. A organização e a
estruturação das informações de referência geográfica e temática sobre um dado território
compõe o núcleo ou a “GeoBase” dos Sistemas de Informação Geográfica. As tecnologias
aplicadas à produção, tratamento, armazenamento, gerenciamento, análise, recuperação e
reprodução de informações geoespaciais requerem a integração de bases de referência espacial
com banco de dados descritivos e semânticos. Estas bases integradas constituem–se nas bases de
dados necessárias às análises geográficas e espaciais demandadas pelos sistemas de informação
dos diversos setores do conhecimento e da atuação humana, especialmente os Sistemas de Apoio
à Decisão - SAD.
Com a evolução dos serviços disponibilizados no ambiente WEB, o intercâmbio de dados
tem sido intensificado e têm sido desenvolvidos diferentes aplicativos que viabilizam a
transferência de informações. Segundo WEBER et al (1999), “as aplicações de transferência de
dados implicam numa série de ações conjuntas envolvendo acesso, disponibilidade e adequação
dos dados”, além das informações necessárias para processar e utilizar o conjunto de dados,
viabilizando, assim, a busca e pesquisa entre sistemas, indicando a adequabilidade e a
possibilidade de transferência dos dados.
85
Os metadados fornecem as características dos dados a serem transferidos e não as
especificações da ação de transferência. Acesso e disponibilização de dados englobam as
informações necessárias para se conhecer o que um conjunto de dados oferece – seu conteúdo e
características, além das formas de apresentação e representação dos dados. Permitem conhecer a
estrutura da informação e orientam o usuário na navegação pelo conjunto de dados, subsidiando
assim, a análise e decisão do usuário sobre a adequação dos dados às suas necessidades antes da
sua transferência.
Os principais padrões de metadados espaciais apresentados no item 3.3.1 estão estruturados,
com poucas variações conforme a sua aplicabilidade, nas seguintes seções:
• identificação e origem;
• cobertura e referência espacial;
• formato;
• status;
• qualidade;
• entidades e atributos;
• restrições de uso;
• forma de acesso / fornecimento.
As seções definidas nos diversos padrões de metadados constituem, segundo NGDF (2000),
três níveis de metadados: de descoberta ou de identificação; de exploração; e de utilização.
Os metadados de identificação compreendem as informações necessárias para o usuário
discernir sobre o conteúdo, formato e extensão de um conjunto de dados. Estes metadados
cobrem as questões referentes ao "o que, quem, onde, como e quando”, permitindo ao usuário
decidir se o conjunto de dados é potencialmente útil.
Os metadados de exploração relatam as informações relevantes para os usuários avaliarem
a aptidão dos dados às exigências de suas aplicações e está correlacionada à qualidade dos dados.
O conjunto de dados referente à qualidade informa as especificações técnicas de produção
exigidas na aquisição, tratamento e representação cartográfica e geográfica da documentação
espacial. E é uma característica essencial ou de distinção necessária para dados cartográficos de
forma a torná-los aptos para uso. A existência de medidas de qualidade de dados é fundamental
para avaliar a confiabilidade de resultados obtidos a partir de aplicações efetuadas com esses
dados.
86
“Qualidade não é a performance máxima, mas o respeito da performance especificada para
responder às necessidades requeridas” (FAIZ, 1996). Conforme o tipo de produção, a data e a
versão da informação podem ser relatadas itens de qualidade diferenciados. Por exemplo, os
dados do mapeamento municipal estatístico, foram atualizados por GPS
4
com precisão
compatível com a distribuição espacial dos elementos existentes no setor censitário, necessária ao
recenseador quando das atividades de coleta dos dados estatísticos dos Censos Demográfico e
Agropecuário. Esses dados podem ser utilizados, adequadamente, como subsídios para descrição
geral das potencialidades municipais. Entretanto, se mostram inadequados para um projeto de
eletrificação rural ou um projeto de assentamento agrário.
Os conjuntos de dados de qualidade comumente retratados são: a linhagem, a acurácia, a
consistência lógica, a completeza; e dependendo do tipo de dados que está se descrevendo - a
precisão, restrições de captação / aquisição e os tratamentos (conversões, correções, etc.)
efetivados durante a produção de um conjunto de dados.
WEBER et al (1999) descrevem os seguintes conjuntos de dados de qualidade:
•
Linhagem
Reportam sucintamente as fases de construção / produção do dado, identificando as suas
referências, tais como os insumos originais, os métodos e processos de produção, transformações
efetuadas, observações e outros dados técnicos relevantes, tais como: escala dos insumos e do
produto final; os pontos de referenciamento e de controles utilizados no referenciamento espacial;
a identificação e disponibilização dos algoritmos de transformações e parâmetros utilizados; datas
de aquisição dos dados e de processamento dos dados; e os responsáveis pela construção e
manutenção dos dados.
•
Acurácia
Identifica o quanto o dado está correto, informando o quanto o resultado fornecido está
próximo do resultado assumido como verdadeiro. Segundo WEBER et al (1999), o conceito de
acurácia assemelha-se ao conceito de exatidão. Este conceito de acurácia é identificado para as
dimensões posicional ou geométrica, de atributos ou semântica e temporal:
•
acurácia posicional ou geométrica – medida que define o quanto o posicionamento
absoluto, o posicionamento relativo e o modelo (forma geométrica e de representação)
4
GARMIN II – tipo navegação
87
diferem do dado origem. Descreve a proximidade posicional e de representação do dado
em relação ao dado real;
•
acurácia de atributos ou temática – identifica a fidelidade dos dados descritivos /
semânticos. Descreve a modelagem dos dados / arquitetura de informação do conjunto
de dados, isto é, a descrição geral das entidades / objetos, seus comportamentos,
relacionamentos e os valores de seus domínios.
•
acurácia temporal – medida de atualidade do dado. Descreve as datas das fases
de produção, de manutenção e dos eventos ao qual o dado foi submetido;
•
Consistência Lógica
Este conjunto de informações relata a consistência das relações lógicas e topológicas dos
dados, incluindo informação sobre testes de validação de domínios de valores e de classificação e
hierarquização de feições e/ou entidades. Relatam os requisitos topológicos que são garantidos
nos dados espaciais: conectividade (nós de redes conectados; vizinhança / adjacência /
contigüidade; fechamento de polígonos; compartilhamento de margens / bordas de polígonos
vizinhos); e padronização do sentido de fluxo nos elementos que retratam redes (redes
hidrográficas, de sistemas de transportes, de energia, de comunicação, etc.).
Este conjunto de informações também descreve, de forma sucinta, os métodos utilizados nos
procedimentos de validação da conversão dos dados espaciais analógicos (mapas, cartas,
imagens, valores de coordenadas, etc.) para o ambiente digital. E registra as informações do
controle de qualidade, isto é, as inconsistências identificadas, as correções efetivadas e as datas
da edição.
•
Completeza
Este conjunto de dados relata as regras de compilação, ou seja, as regras da linguagem
cartográfica ou de representação do mapeamento utilizadas: os critérios de seleção e de
generalizações; omissões; definições; e conceitos da linguagem de representação cartográfica.
Estas normalmente são informações textuais identificando, de maneira sucinta, os procedimentos
e critérios cartográficos utilizados.
88
•
Precisão
Especifica a precisão dos valores descritivos e de posicionamento (coordenadas) de um dado
ou conjunto de dados. Precisão é definida como o grau de proximidade de medidas repetidas de
uma mesma quantidade ou observação. Várias medidas de precisão são comumente usadas em
aplicações de posicionamento, inclusive desvio padrão, elipse de erro, dentre outros. Cada um
provê uma indicação da expansão ou dispersão do conjunto de estimativas sobre o significado ou
o valor esperado, refletindo o erro aleatório nas medidas ou observações repetidas.
Os metadados de utilização consistem nas seções que relatam as formas de obtenção dos
dados, mídias para fornecimento, os requisitos computacionais (sistema operacional e aplicativos,
dentre outros), os direitos autorais e as restrições e responsabilidades de uso. Nestes também são,
opcionalmente, informados contatos adicionais para quaisquer dúvidas na utilização dos dados.
3.3.1 PRINCIPAIS PADRÕES DE ESPACIAIS
Com o desenvolvimento de sistemas computacionais em apoio aos processos e métodos
aplicáveis às ciências da Terra, ficou evidenciada a necessidade de se compartilhar os dados e
informações geoespaciais, pois sua aquisição, conversão, tratamento e apresentação demandam
esforços – humanos, financeiros e materiais - consideráveis.
Os padrões de metadados vinculados às áreas das ciências da Terra, denominados
metadados geográficos ou espaciais, tem sido desenvolvidos por agências governamentais e
comitês nacionais e internacionais de normas e padrões.
Com o objetivo de organizar a apresentação dos principais padrões de metadados
espaciais existentes, foi composta tabela 3.1 como modelo para relatar algumas características de
cada padrão:
89
TAB. 3.1 – Tabela modelo para apresentação dos padrões de espaciais
Denominação do padrão (sigla, nome e referência)
Órgão responsável pelo padrão
Diretrizes
Descreve as principais diretrizes do padrão
Evolução e Estágio
Relata a evolução e estágio do padrão
Características
Apresenta as principais
estruturação) do padrão
Categoria de informação
(metadados)
Descreve as seções de informação dos metadados que compõe o
padrão
Ferramentas
Apresenta os programas e aplicativos para o cadastramento dos
metadados
características
(de
modelagem
e
No apêndice 5 estão retratados, segundo a tabela modelo 3.1, as características dos
principais padrões de metadados para dados cartográficos, em uso no mundo.
3.3.1.1 ANZLIC (Australia New Zealand Land Information Council)
O modelo de padrão de metadados ANZLIC foi composto a partir da definição de
conteúdo, ou seja, das seções de informação dos metadados geográficos implementada através de
consultas aos produtores e usuários de dados geoespaciais na Austrália e na Nova Zelândia
(apêndice 5 e tabela A5.2).
Em meados da década de 80 a Austrália iniciou a coleta, gerenciamento e apresentação de
metadados espaciais. Porém, não houve uma receptividade das agências governamentais pela
dificuldade e o alto custo de coleta e de atualização. Em 1997 foi feita uma revisão do modelo,
adotando-se a versão 2 do FGDC, sendo disponibilizado o aplicativo MET 97. Em 2000 nova
readequação, desta vez, para incorporar a padronização da norma ISO 19115 – metadados
geográficos.
90
3.3.1.2 CEN (European Committee for Standardization)
O CEN está estruturado através de comitês e grupos de trabalho, sendo que os de interesse
para as Geociências são: CEN TC287 – comitê para a padronização de informação geográfica;
CEN TC278 – comitê para a padronização referente aos dados de transporte rodoviário e
telemática de tráfego; CERCO
EUROSTAT – organização
– comitê responsável pela Cartografia Oficial da Europa;
responsável
pelos padrões
para a disseminação de dados
geoestatísticos – estatísticos territoriais.
O padrão CEN, sendo uma norma européia, está em utilização em vários projetos:
MEGRIN ( apêndice 5 e tabela A5.3), SABE (limites político-administrativos dos países) e
CORINE (informações sobre uso do solo), dentre outros.
3.3.1.3 DIGEST (Digital Geographic Information Exchange Standards)
O conjunto de especificações DIGEST é utilizado em aplicações militares por vários
países membros da OTAN, que no nível conceitual se parece muito com o padrão do Comitê
Federal Americano para Dados Geográficos - FGDC. Esse conjunto de especificações reúne uma
família de padrões internacionalmente aceitos que fornecem um método uniforme para
intercâmbio de informação geográfica digital. Seus formatos de dados possibilitam o intercâmbio
de dados cartográficos de texto, matricial (raster) e vetorial (apêndice 5 e tabela A5.4).
3.3.1.4 DCMII (Dublin Core Metadata Iniciative)
O padrão Dublin Core é uma iniciativa de um grupo de especialistas (área das ciências da
computação) para a especificação de metadados a serem utilizados para catalogar documentos
eletrônicos na WEB. Como a geração automática de metadados resulta em informação
insuficiente e a geração manual é muito cara, o Dublin Core procura conceber um sistema que
esteja entre esses dois extremos, especificando que os elementos de metadados sejam opcionais e
extensíveis.
O padrão completo para identificar o recurso informacional pode conter, ainda os
seguintes elementos: descrição, colaborador, formato, relacionamento, e direitos de propriedade.
91
O padrão DCMI encontra-se em discussão, porém já divulgou sua versão 1.1 (apêndice 5 e tabela
A5.5).
3.3.1.5 FGDC/ CSDGM (Content Standards for Digital Geospatial Metadata)
O padrão de metadados americano foi desenvolvido pelo FGDC (Federal Geographic
Data Committee) – comitê, vinculado à Presidência dos EUA, responsável por desenvolver e
implantar os padrões de dados geoespaciais a serem utilizados, obrigatoriamente, pelos setores
público, privado e acadêmico americano, e coordenar a implantação da Infra-estrutura Nacional
de Dados Espaciais (National Spatial Data Infrastructure – NSDI) dos EUA. O comitê FGDC
está estruturado em diversos sub-comitês que desde 1994 vem desenvolvendo padrões,
aplicativos e capacitação para catalogação de dados geoespaciais segundo o padrão CSDGM
(apêndice 5 e tabela A5.6) e coordenando o intercâmbio de dados segundo o padrão SDTS (vide
tabela A5.11).
Em termos de uso, as normas do FGDC têm servido de referência para o desenvolvimento
de praticamente todos os demais padrões hoje propostos e em uso. Existem bases de metadados,
neste padrão, em várias regiões do mundo (Canadá, Europa, Austrália, Ásia, etc.), principalmente
nos EUA.
3.3.1.6 GCMD (Global Change Master Directory)
O Global Change Master Directory (GCMD) foi desenvolvido pela NASA. O objetivo da
composição do GCMD é o de suportar a comunidade científica na busca e integração de dados
referentes às ciências da Terra (apêndice 5 e tabela A5.7).
Esse padrão se tornou uma fonte de informação sobre dados de satélite e de ciências da
Terra “in situ”, tais como observações sobre a atmosfera, a hidrosfera, os oceanos, a terra firme e
a biosfera, dentre outras formas de observação da Terra.
92
3.3.1.7 GDF / CEN TC278 ( telemática de tráfego)
O padrão GDF (apêndice 5 e tabela A5.8) apresenta um esquema de representação de
feições, no qual são dadas as instruções de como representar um objeto como ponto, linha, área
ou feição complexa. As especificações de medida de qualidade descrevem as regras e métodos de
como mensurar a qualidade e validade do arquivo GDF.
No catálogo de dados globais é fornecida a descrição da referência geodésica e
cartográfica, e como os dados foram modelados. As especificações do dicionário de dados são
providas por este catálogo.
A estrutura lógica dos dados descreve como foi modelada a informação de acordo com
regras definidas, identificando também seus requisitos topológicos. Estas especificações são
independentes de uma particular mídia de reprodução. A especificação do meio físico de
reprodução também tem que ser definida no padrão GDF.
3.3.1.8 ISO TC 211 / Norma 19115 – Comitê Técnico para informação geográfica e geomática –
Metadados
A ISO (International Organization for Standardization) provê os requisitos para a
especificação de produtos / dados geográficos, que devem incluir os aspectos relevantes de outros
padrões ISO, tais como: esquema de aplicação, referência espacial e temporal, metadados e
aspectos de qualidade dos dados, e ainda pode conter outras categorias de informação, dentre elas
pode-se citar informações sobre o distribuidor, propósito, produção e manutenção (ISO, 1995).
A ISO identifica as seguintes referências normativas, que são aplicadas aos produtos e dados
geográficos:
ISO 19107: Informação Geográfica — Esquema Espacial
ISO 19108: Informação Geográfica — Esquema Temporal.
ISO 19109: Informação Geográfica — Esquema de regras para aplicação
ISO 19110: Informação Geográfica — Catalogação metodológica de elemento
ISO 19111: Informação Geográfica — Referência Espacial para coordenadas.
ISO 19112: Informação Geográfica — Referenciamento espacial por identificador geográfico
ISO 19113: Informação Geográfica — Princípios de qualidade.
ISO 19115: Informação Geográfica — Metadados.
ISO 19118: Informação Geográfica — Codificação
ISO 19125-1: Informação Geográfica — Acesso a elementos
93
O Comitê TC 211 está estabelecendo um consenso internacional para padrão de
metadados (ISO 19115), e especifica um vocabulário comum para campos e estruturas,
objetivando minimizar as deficiências de alguns padrões que descrevem campos através de texto
livre e propiciar um padrão de metadados que contemple todos os tipos de dados geoespaciais
(formatos matriciais (produtos de SR), vetoriais e Banco de Dados Geoespaciais).
Para a definição do padrão ISO 19115 (apêndice 5 e tabela A5.9), o comitê TC 211
avaliou os padrões existentes (FGDC, ANZLIC, CEN, etc) identificando os elementos
significativos para a documentação de dados espaciais e propôs uma modelagem (UML)
utilizando o paradigma de orientação a objetos, definindo classes de elementos, dicionário para
terminologia (elementos, tipos de dados e definições). O padrão foi desenvolvido em XML,
linguagem de marcação extensível que permite aos usuários acrescentar novas informações
consideradas relevantes.
3.3.2 INTEROPERABILIDADE E PADRÕES DE INTERCÂMBIO DE DADOS
GEOESPACIAIS
A questão da interoperabilidade entre sistemas exige o conhecimento sintático e semântico
dos conjuntos de dados a serem processados pelos sistemas. Os metadados fornecem vários dados
sintáticos referentes aos conjuntos de dados. Porém são precários quanto à descrição da
modelagem e estrutura semântica dos conjuntos de dados geoespaciais. Para tanto alguns países
especificaram normas para intercâmbio de dados geoespaciais o apêndice 6 retrata alguns destes
padrões de intercâmbio.
3.3.2.1 SAIF - SPATIAL ARCHIVE AND INTERCHANGE FORMAT
O SAIF não enfatiza a separação entre entidades gráficas e atributos, incorporando a noção de
compartilhamento de objeto (dados espaciais e espaços-temporais), permitindo um maior
leque de informações e possibilidade de atendimento específico (Apêndice 6 e tabela A6.1).
Este padrão aborda a estrutura de dados através do paradigma da orientação a objetos
(OMT), onde os dados são considerados como instâncias de tipos (classes) que seguem uma
hierarquia extensível pelo usuário. O modelo de dados é definido como um conjunto de conceitos
94
e regras de composição associadas, usadas para descrever tipos e relacionamentos entre instâncias
ou classes. Atualmente, o SAIF vem sendo usado no Canadá e em várias regiões dos Estados
Unidos. Apesar disso, é extremamente raro encontrar bases de metadados cadastrados de acordo
com esse padrão. Entre os usuários cita-se o Projeto Sequoia 2000 (é um projeto que tem como
meta o desenvolvimento de sistemas de informação em larga escala para cientistas preocupados
com
o
meio
ambiente
-
University
of
California,
Berkeley,
http://s2k-ftp.cs.berkeley.edu:8000/sequoia/abouts2k.html ).
3.3.2.2 FGDC / SDTS (SPATIAL DATA TRANSFER STANDARD)
O padrão SDTS foi desenvolvido para permitir a transferência de conjuntos de dados
espaciais entre diferentes sistemas, enquanto o padrão CSDGM foi desenvolvido para definir os
elementos de metadados usados para documentar dados geoespaciais digitais para vários
propósitos. Uma vez que o SDTS é um padrão para transferência de dados, o conteúdo de seus
metadados primários é usado para determinar a aptidão do conjunto de dados para o propósito do
usuário (apêndice 6 e tabela A6.2).
Há um relacionamento estreito entre o padrão CSDGM e os elementos de metadados
contidos no modulo Data Quality do SDTS, e em outros locais dentro do conjunto de
transferência SDTS. Como o padrão CSDGM contém metadados usados para procurar por
conjuntos de dados espaciais digitais, esses elementos não precisam estar contidos no conjunto de
transferência SDTS.
3.3.2.3 GEOBR ( INTERCÂMBIO DE DADOS GEOGRÁFICOS – BRASIL / INPE)
A proposta de padrão de intercâmbio GEOBR, implementada pelo INPE (apêndice 6 e
tabela A6.3), encontra-se em fase de desenvolvimento e não tendo aplicações institucionais,
exceto no meio acadêmico, através de teses e artigos científicos.
Os padrões de metadados espaciais vêm sendo especificados, desde o final da década de 80,
para documentar e disponibilizar dados geográficos, inicialmente entre as agências de governo,
mas atualmente muitos países os disponibilizam através da Web para o público em geral. Os
95
padrões se diferenciam mais pela modelagem e estruturação de seus elementos do que por seu
conteúdo. Há um consenso mundial, em se adotar o padrão ISO (2003). Entretanto ainda são
poucos os países que estão implementando a migração de seus metadados para este padrão
(Portugal e Austrália). No continente americano, na África e alguns países (Itália, Hungria, Japão
e Rússia) o padrão mais utilizado é o FGDC, devido a atuação desse comitê em prover
capacitação e treinamento nos conceitos inerentes aos metadados espaciais e ferramentas para
cadastramento, além de viabilizar a disponibilização dos mesmos através da Rede Interamericana
de Dados Geográficos – IGDN (EROS, 2000). O FGDC está desenvolvendo (por contrato)
aplicativo para migração dos metadados cadastrados no seu padrão para o padrão ISO 19115
publicado em 2003 pela ISO. E está prevista a disponibilização desse aplicativo para os
participantes da IGDN.
3.3.3 FATORES FAVORÁVEIS NA IMPLEMENTAÇÃO DE METADADOS
A Terceira Revolução Industrial ou a Revolução Informacional está calcada na socialização
do conhecimento através do acesso e disponibilização de dados e informações. Com o
desenvolvimento e implantação da Internet, questões relativas à disponibilidade, acesso,
adequação e compartilhamento de dados se tornaram atividades para as quais os usuários buscam
soluções efetivas. Neste contexto os metadados se tornaram itens de dados essenciais .
A tecnologia de metadados evoluiu em função dos requisitos de administração de dados, da
necessidade de intercâmbio de dados entre organizações e da padronização da documentação
sobre os dados produzidos, a serem disponibilizados através das redes - intranets e extranets
(ISA, 2003).
Com a ampliação (natural) dos acervos legislativos, jurídicos, técnico-científicos,
administrativos e funcionais das organizações são necessárias para seu gerenciamento e
administração, normas de padronização e estruturação de bases de dados, e a composição de
metadados para a padronização e disponibilização, de maneira estruturada, de informações sobre
o significado e conteúdo dos dados envolvidos nos negócios das organizações.
Vantagens da implantação de metadados nas organizações:
96
• propiciar um maior conhecimento quanto ao conteúdo dos dados relevantes ao seu
negócio,
• estabelecer um controle eficiente na produção de dados e informações, além de auditar e
informar a qualidade dos dados produzidos;
• subsidiar a disseminação e identificar direitos de propriedade de produção e de uso dos
dados;
• viabilizar a transferência / intercâmbio / compartilhamento de dados entre sistemas e
organizações.
Os usuários estão, cada vez mais, demandando das organizações, públicas, privadas e
acadêmicas, produtoras de dados e informações, que disponibilizem os seus metadados,
viabilizando assim o conhecimento sobre a origem, a linhagem, a qualidade e a aplicabilidade da
informação digital por elas veiculadas e/ou comercializadas. Na busca de dados relevantes para
uma dada aplicação é fundamental que se disponha de uma documentação consistente sobre os
dados de interesse, o que significa ter os metadados disponíveis.
Existem casos em que os solicitantes não têm conhecimento sobre os dados envolvidos na
sua solicitação, sendo necessário, portanto, a disponibilização de metadados, tal qual a função
help, existente em diversos aplicativos. Os metadados são instrumento primordial para
esclarecimento, explicitação e explicação dos dados e informações a serem geradas, recuperadas
e fornecidas. Esta conduta possibilitará ao usuário avaliar se o dado pesquisado atende os
requisitos de sua aplicação.
As principais vantagens identificadas na utilização de metadados em ambiente de rede
INTERNET, são (ICDE, 2000):
• estabelecer padrões de descritores de dados, diante da enorme e diversificada gama de
informações contidas e disponibilizada na rede;
• propiciar aos usuários, identificar o conteúdo e analisar a adequabilidade dos dados
disponíveis para as suas múltiplas aplicações;
• estimular o uso de padrões de metadados, e seu cadastramento;
• viabilizar os estudos para a definição das linguagens de consulta (semântica e espacial) de
metadados e sistemas de intercâmbio de dados.
97
3.3.4 FATORES CRÍTICOS NA PRODUÇÃO E NA IMPLEMENTAÇÃO DE
METADADOS
Nas organizações onde a documentação dos dados não é priorizada, observa-se superposição
de esforços na implementação de processos de aquisição, tratamento e manutenção de seus dados.
Isto gera inconsistências e duplicação de procedimentos, acarretando usos inadequados e
ineficientes da informação (RIBEIRO, 1997).
A seguir relacionam-se alguns dos itens que impactam a implementação de metadados:
- Disponibilidade dos dados e metadados
•
apenas parte do acervo de informação existente está em meio digital e não dispõe dos
correspondentes metadados.
•
existem dificuldades em se recuperar e cadastrar os metadados das informações já
produzidas de forma digital;
•
dos acervos em meio analógico, alguns não detêm informações necessárias para se
extrair seus metadados, como por exemplo a linhagem e os métodos de produção.
- Periodicidade de cadastramento e atualização
•
a produção dos dados, as sucessivas versões e atualizações e o cadastramento de seus
metadados têm execução em tempos diferenciados;
•
a definição do momento de cadastramento dos metadados é fator crítico. Deve-se dar
preferência para o cadastramento on line com a produção. A periodicidade de
atualização é item essencial, demandado pelos usuários quando da disseminação do
conjunto de dados;
- Qualidade
•
devem ser relatados atributos em que sejam identificados, inequivocamente, os
requisitos de qualidade garantidos nas componentes: espacial, semântica e temporal.
- Quantidade de dados
•
a quantidade de dados e informações produzidas não deve inibir a implementação de
metadados. Devem ser definidas prioridades para o cadastramento (dos mais recentes
e com maior freqüência de demanda para os mais antigos);
98
•
os metadados devem ser cadastrados para todo o acervo das instituições, e não apenas
para os dados digitais. Os dados e informações analógicas necessitam ter seus
metadados;
•
o tamanho dos arquivos ou a quantidade de feições podem acarretar problemas no
momento de transferência. Este é um item que deve ser informado nos metadados.
- Padronização
•
informações sobre o padrão e modelo de estruturação dos dados – espaciais e
semânticos, é primordial para a compreensão dos dados por parte de todos os usuários
e é uma exigência para a interoperabilidade entre sistemas computacionais.
- Interoperabilidade
•
a interoperabilidade de dados entre sistemas exige grande número de informações de
forma padronizada e estruturada. É necessário à identificação dos modelos, formatos e
tecnologias aplicáveis do sistema de dados “origem”, para serem incorporados pelo
sistema “destino”.
Os metadados têm tradicionalmente sido vistos como um item separado do núcleo ou do
corpo da informação, aquela que está relacionada com as transações de negócio das organizações.
Entretanto, algumas especificações e definições de produtos, regras de negócios, informações de
formatos e domínios, detalhes de mídia, fontes, créditos e direitos autorais têm sido considerados,
em alguns casos, como metadados ou partes de metadados.
Nota-se uma maior preocupação das organizações públicas, privadas e do meio acadêmico
com a documentação de seu acervo – analógico e digital, o que tem apontado para a necessidade
de se modelar e compor metadados dos projetos e/ou dos repositórios de dados e informações.
Esta conduta tem como objetivo dispor de uma documentação padronizada e estruturada, e
também viabilizar a transferência e o intercâmbio de dados e informações. Observa-se que ainda
são incipientes os investimentos para documentar, de forma padronizada e estruturada, a memória
organizacional e informacional das instituições, o que tem acarretado, em alguns casos, perda de
informação e deficiências na integração da produção dos dados e conseqüentemente pouca
eficiência na disseminação.
Na documentação de dados, os metadados tem sido, em algumas organizações, tratados da
mesma forma que a documentação de sistemas e aplicativos, isto é, todos sabem da importância
99
desta documentação, porém nem todos a desenvolvem ou a implementam, causando impactos
significativos na manutenção do ambiente informacional destas organizações. Segundo
CALLAHAN et al, 1996, “a documentação de conjuntos de dados é vista freqüentemente pelos
produtores dos dados como uma tarefa onerosa e é então deixada para depois, tornando-se
inacabada”. Quanto aos metadados, sua ausência gera impactos no intercâmbio e na utilização
adequada dos dados veiculados. O tratamento e a implementação de banco de metadados nas
organizações variam conforme a gestão de negócios, seu nível de integração intra e
interinstitucional e fundamentalmente seu grau de informatização. O estágio atual do
desenvolvimento informacional e tecnológico da “aldeia” global, cada vez mais, evidencia a
importância dos metadados.
O uso de bases de dados por diferentes grupos de usuários com múltiplos interesses depende
de uma documentação apropriada. Os metadados compõem esta documentação, permitindo a
compreensão de seu significado e a localização das informações necessárias e adequadas para as
aplicações. Entretanto, observa-se que a implantação de banco de metadados nas organizações é
tarefa complexa e de desenvolvimento gradativo.
Atualmente os usuários das info-redes detêm conhecimentos diversificados – de leigos até
superespecializados, o que amplia ainda mais a importância e a necessidade de metadados
adequados tanto para a caracterização quanto para a descrição e compreensão dos dados.
O desenvolvimento de Catálogos ou Bancos de Metadados Espaciais nas instituições
provedoras de dados e informações identifica o seu compromisso com o compartilhamento de
informações sobre a realidade espacial e territorial da Nação e corrobora com a ampliação do
conhecimento na sociedade sobre o país.
3.4 DIAGNÓSTICO DE USO DE PADRÕES DE METADADOS, NO BRASIL
Com a incorporação de geotecnologias (SR, GPS, SIG, dentre outras) na produção de dados
e informações geoespaciais, as instituições brasileiras têm gerado um volume significativo de
sistemas para a coleta, tratamento, gerenciamento e edição de diversos produtos, nas mais
variadas mídias. Entretanto, ainda são poucas as instituições que disponibilizam seus dados e
100
informações de forma eletrônica, via Internet, incluindo a documentação sobre as características
dos mesmos, ou seja, seus metadados.
Nas duas últimas décadas as instituições brasileiras se dedicaram à absorção de tecnologias
nos processos de produção, à capacitação e treinamento de seu pessoal e à composição de
sistemas de informação em atendimento aos seus projetos. Conforme abordado por BOMFIM
(2001), “as Instituições Públicas incorrem em processos de entropia, onde as suas unidades
procuram atingir suas metas sem integração entre as mesmas. É preciso melhorar a comunicação
entre as partes, identificando o desempenho de cada uma das partes na Instituição em termos de
eficácia e eficiência”.
Os sistemas de informação utilizados na maioria das instituições não são integrados e
provêm de sistemas departamentais, gerenciais, estatísticos e, em muitos casos, através de
planilhas eletrônicas, banco de dados específicos e outros. Normalmente, esses sistemas utilizam
diversas tecnologias de informação, sendo os dados coletados, tratados e armazenados em
diferentes áreas, épocas e formatos. Neste contexto a integração torna-se mais complexa,
exigindo políticas e investimentos constantes em tecnologias de informação capazes de produzir,
documentar, gerir e disseminar dados e informações, não só para a própria instituição como um
todo, mas também para a sociedade.
No Brasil, a documentação através de metadados tem evoluído na área de biblioteconomia.
Entretanto, não se tem bibliografia referente à implementação continuada de metadados na
produção de dados geoespaciais nas instituições brasileiras. Esse fato apontou para a necessidade
de se realizar um diagnóstico de como o tema está sendo tratado pelas instituições produtoras de
dados geoespaciais.
Na concepção do questionário para o levantamento do diagnóstico foram identificados três
conjuntos de informações a serem inventariados: articulação e integração institucional;
modalidades de composição de base de dados; e padrões de metadados utilizados, tendo como
objetivo compor uma visão geral da cultura de informação vigente nas instituições (Apêndice 5).
O referido questionário foi encaminhado eletronicamente para 6 (seis) prefeituras, 32 (trinta e
duas) instituições estaduais e 11 (onze) instituições federais, totalizando 49 (quarenta e nove)
instituições.
101
3.4.1 ANÁLISE DAS RESPOSTAS E APURAÇÃO DO LEVANTAMENTO
O levantamento teve o retorno formal de 14 (quatorze) respostas, e informal de 7 (sete)
instituições, através de: respostas encaminhadas às Unidades Descentralizadas do IBGE e por
contato telefônico. Entretanto 8 (oito) instituições informaram extra-oficialmente que não tem
nada. E 20 (vinte) instituições não fizeram nenhuma comunicação.
A tabela 3.2 apresenta as informações referentes ao uso de padrões de metadados, seu
cadastramento e categorias de informação consideradas relevantes pelas instituições que
responderam ao levantamento.
TAB. 3.2 – Síntese do uso de padrões de metadados nas instituições brasileiras, por tipo
Tipo de
Instituição
Total
Pesq.
Prefeituras
Órgãos
Estaduais
Órgãos
Federais
Agências
Reguladoras
Órgãos de
Cartografia
Sistemática
(Federal)
Total
7
8
Informações
Institucionais
Lev. Internet
4
3
5
3
Padrão de
metadados
não
sim
4
3
5
3
Utilização de padrão
Próprio
2
2
FGDC
1
1
Serviço de
Metadados
não
sim
4
3
7
1
9
7
2
6
3
2
1
9
-
2
2
-
1
1
-
1
2
-
3
3
-
1
2
2
(*)
1
(*)
1
2
29
21
8
17
12
8
5
23
6
(*) Órgão Federal que tem formato próprio e também está implementando o padrão FGDC.
Fonte: Levantamento através de questionário e via Internet
Às 21 (vinte e uma) respostas (correspopndendo 42,6% dos questionários enviados) foram
adicionadas mais 8 (oito) instituições pesquisadas pela Internet, totalizando 29 (vinte e nove)
instituições pesquisadas para o Levantamento de Uso de Padrões de Metadados implementado.
Da leitura da tabela 3.2 ressalta-se que somente 12 (doze) estão utilizando algum padrão de
metadados, e dessas apenas 6 (seis) tem serviço de disponibilização de metadados, sendo que 2
(duas - prefeituras) tem serviço de metadados disponível na Internet. As 4 (quatro) restantes
(prefeitura, órgão estadual, e os órgãos de Cartografia Sistemática) disponibilizam documentação
sobre os produtos, ou no momento de fornecimento dos dados aos usuários e/ou por
disseminação interna através de Intranet.
102
A tabela 3.3 apresenta os quantitativos, por tipo de instituição, que vêm desenvolvendo o
cadastramento sistemático dos metadados de seus conjuntos de dados. Observa-se, entretanto,
que existe uma diferença entre os valores de utilização de padrões apontada na tabela 3.13, para
os quantitativos de instituições que mantêm um cadastramento de metadados (8 e 7). Isto deve-se
ao fato de ter sido apontada a legenda dos mapas como cadastramento de metadados.
TAB.3.3 – Síntese po tipo do cadastramento de metadados nas instituições brasileiras
Tipo de
Instituição
Total
pesquisa
7
8
Padrão de
metadados
sim
3
3
Dados com
metadados
sim
3
3
Prefeituras
Órgãos
Estaduais
Órgãos
Federais
Agências
Reguladoras
Órgãos de
Cartografia
Sistemática
(Federal)
Cadastramento
de metadados
Próprio
FGDC
2
1
2
1
Serviço de
Metadados
sim
3
1
9
3
3
1
1
-
2
1
1
-
1
-
3
2
2
2 (*)
1
2
12
6
Total
29
12
7
5
(*) Órgão Federal que tem formato próprio e também está implementando o padrão FGDC.
A identificação das seções relevantes para compor um padrão de metadados adequado à
realidade brasileira foi solicitada no questionário de levantamento (Apêndice 5), sendo que na
tabela 3.4 estão retratados os conjuntos de informação (seções) que foram consideradas como
relevantes pelas instituições que responderam ao levantamento. As seções definidas no
questionário forma embasadas na conceituação de metadados e nas especificações dos principais
padrões descritos anteriormente na seção 3.3.
TAB. 3.4 – Seções relevantes para compor padrão de metadados - Instituições brasileiras (*)
Seções Instituições
Prefeituras
Órgãos
Estaduais
Órgãos
Federais
Agências
Reguladoras
X
X
X
X
X
X
X
Identificação
X
X
X
X
Qualidade
X
X
X
X
X
X
Organização espacial
X
X
X
X
X
X
X
Referência Espacial
X
X
X
X
X
Entidades e Atributos
X
X
X
X
X
X
Citação / produtor
X
X
X
X
X
Período de referência
X
X
X
X
X
Contato técnico
(*) nem todas as instituições que responderam identificaram as seções componentes
103
X
X
X
X
X
X
X
X
Órgãos
Cartografia
Sistemática
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
É curioso ressaltar que 4 (quatro) instituições que responderam sobre as seções componentes
de um padrão de metadados não apontam a seção de qualidade dos dados como relevante na
composição do padrão. Contudo, é através dessa seção que se pode auferir se os dados têm
qualidade e/ou adequabilidade compatível com determinada aplicação.
3.4.2 DIAGNÓSTICO DE USO DE PADRÕES DE METADADOS
Ao se realizar a apuração dos questionários respondidos optou-se por não apresentar as
respostas consolidadas por instituição de modo a manter o sigilo sugerido por algumas
instituições, preservar os profissionais envolvidos, além de não se ter tido acesso a todos os
projetos de produção de dados geoespaciais existentes no setor público. Os pontos fortes
identificados pelas instituições pesquisadas foram:
• informações sobre a origem;
• complemento para melhor compreensão da informação;
• expressar a organização dos planos de informação.
• facilitar a pesquisa e o acesso as informações;
• criar padrão de informações sobre os dados;
•
possibilitar a pesquisa sobre os mesmos dados em várias instituições;
•
promover o conhecimento do acervo, da natureza e da qualidade da informação espacial,
bem como os detentores da informação;
•
grande relevância, dados completos sobre cada informação tornando-as mais confiáveis;
•
dar maior visibilidade aos dados fornecidos;
•
conhecimento das bases geoespaciais para referência e atualização das mesmas;
•
prover informações descritivas que permitem ser mais fácil a identificação, a organização
e a recuperação dos dados;
•
documentar, preservar e viabilizar a busca e disseminação de bases geoespaciais, prover
conhecimento sobre as bases produzidas;
•
preservar a história do dado, possibilitar que mesmo base de dados com algumas
inconsistências possa ser útil para algumas aplicações, limitar a responsabilidade, facilitar
104
o uso, registrar o conhecimento das pessoas que fizeram parte da obtenção ou atualização
do dado.
E como pontos críticos as instituições indicaram os seguintes fatores:
• dificuldades em educar os profissionais para estarem aptos a implementarem metadados;
• ausência de um padrão nacional;
• a necessidade de manutenção dos metadados;
• investimentos na produção para a introdução de etapa específica de documentação
concomitante com a produção de dados, conscientização dos técnicos sobre a
importância de se cadastrar metadados;
• escassez de recursos humanos capacitados.
Quanto à visão das instituições referente à padronização de metadados foram obtidas as
seguintes respostas:
• limitada e ainda carente de informação, treinamento e instrução;
• essencial no âmbito da empresa;
• em implantação, frente a importância para o intercâmbio de dados geoespaciais entre os
órgãos de governo;
• grande facilitador para troca/aquisição de informações além de dar mais credibilidade as
informações;
• otimizar o emprego das fontes de dados (imagens, cartas, bases cartográficas),
propiciando a redução dos custos de produção, a eficiência dos processos e a
confiabilidade dos produtos cartográficos;
• reativação da Câmara Técnica de Cartografia e Geoprocessamento do Estado;
• é importante para distribuir o conhecimento sobre as bases de dados e os produtos
gerados;
• é de grande valia para a globalização da informação, para tanto, se está trabalhando na
padronização para produção e disponibilização dessas informações;
• facilita a disseminação da informação pelo conhecimento do que se tem nas bases
cartográficas através das informações constantes nos metadados;
105
• traz benefícios para a disseminação e compartilhamento das diversas bases geoespaciais
existentes;
• mecanismo essencial para a documentação do acervo, o intercâmbio e a disseminação de
dados cartográficos;
• não existe uma política específica. A empresa possui política de patentes;
• é importante a atualização constante dos metadados nos formatos definidos pelo
convênio. Deseja-se, no futuro, transcrever os metadados atualmente disponíveis para
padrões da indústria.
3.4.3 INICIATIVAS DE SUCESSO DE SERVIÇOS DE METADADOS
A seguir são apresentadas algumas iniciativas de sucesso na implementação de serviços de
metadados no Brasil:
•
Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia (LBA)
A definição do projeto LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na
Amazônia (Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazonia, LBA), segundo o
portal, “é uma iniciativa internacional de pesquisa liderada pelo Brasil. O LBA está planejado para gerar
novos conhecimentos necessários à compreensão do funcionamento climatológico, ecológico,
biogeoquímico e hidrológico da Amazônia, do impacto das mudanças dos usos da terra nesse
funcionamento e das interações entre a Amazônia e o sistema biogeofísico global da Terra.
(CPTEC,2004).” A figura 3.2 apresenta o fluxo para a integração de dados ao projeto LBA. Esse
projeto disponibiliza aos pesquisadores um editor de metadados próprio (LBA Metadata Editor
at CPTEC for the Beija-flor Search Engine - http://lba.cptec.inpe.br/cgi-bin/lme/access.pl ) que
utiliza o padrão DIF e HTML, usados também pelo FGDC e sua rede de disseminação de
metadados (clearinghouse). O LBA propicia um sistema de busca a dados multidisciplinares
denominado Beija Flor (figura 3.3).
106
FIG. 3.2 – Sistema de Dados Integrados do LBA
Fonte: CPTEC (INPE), 2004.
FIG.3.3 – Sistema de Pesquisa de dados do Projeto LBA
Fonte: CPTEC,2004
107
•
BCDAM – Sistema de Bases Compartilhadas da Amazônia
O projeto BCDAM (figura 3.4) contempla a Base Referencial de Informações sobre a
Amazônia – BRISA, que foi desenvolvida pela CPRM, a qual utiliza o padrão CPRMd para
metadados implementado por ALMEIDA (1999). As tentativas de acesso à BRISA foram
infrutíferas.
FIG. 3.4 – Tela do Portal do BCDAM
Ao se acessar a Base de Dados e Informações Cartográficas se obtém como resultado uma
lista de projetos desenvolvidos por instituições governamentais, como retratado pela figura 3.5.
FIG. 3.5 – Tela sobre Informações Cartográficas do Projeto BCDAM
Fonte: BCDAM, 2004.
108
•
INFORMS – Sistema de Informações Geográficas Urbanas do Estado da Bahia
Segundo o portal da CONDER ( http://www.seplantec.ba.gov.br/conder ) “o INFORMS é
um sistema de informações baseado em tecnologias de geoprocessamento que reúne dados geográficos
básicos da Região Metropolitana de Salvador e demais áreas urbanas do Estado da Bahia” ( INFORMS,
2004). A figura 3.6 apresenta a tela do portal do INFORMS.
FIG. 3.6 – Tela do INFORMS – Sistema de Informações Geográficas. Bahia
Fonte: INFORMS, 2004.
O INFORMS utiliza uma adaptação do padrão FGDC, conforme identificado em seu
portal, onde relata ainda que foram procedidas adaptações no padrão CPRMd para a geração de
um padrão próprio, o INFORMS-MTDD-1999, que contempla 7 categorias de metadados para
descrever as bases cartográficas. A tabela 3.5 apresenta as categorias definidas para o padrão
INFORMS.
109
TAB. 3.5 – Categorias do padrão CPRMd adaptados para o INFORMS
CATEGORIA
DESCRIÇÃO
Informações básicas sobre o conjunto de
1 - Identificação
dados.
Informações sobre a atualidade dos meta2 - Referência dos Metadados
dados e declaração de responsabilidade.
Informações sobre o distribuidor e as formas
3 - Distribuição
de se obter os conjuntos de dados.
Avaliação geral da qualidade dos dados.
4 - Qualidade dos Dados
Mecanismo usado para representar
5 - Organização Espacial dos Dados
espacialmente os dados
Descrição da referência geográfica
6 - Referência Espacial
Informações sobre o conjunto de dados,
7 - Entidades e Atributos
tipos de entidades, seus atributos e domínios
Fonte: INFORMS, 2004.
O INFORMS disponibiliza, desde de 2000, os metadados para um conjunto de folhas do
mapeamento urbano do estado da Bahia, possibilitando ao usuário fazer download dos metadados
visualizados em sua página http://www.seplantec.ba.gov.br/conder/informs/ (figura 3.7).
FIG. 3.7 – Tela dos metadados de folhas de áreas urbanas do INFORMS
Fonte: INFORMS, 2004.
110
•
Rede LabGeo.RJ – Sistema de visualização de dados geoespaciais do Centro de
Informações e Dados do estado do Rio de Janeiro – CIDE
Essa rede com acesso através do portal do CIDE, possibilita a exibição de um conjunto de
mapas, fotografias, estrutura municipal, dentre outros conjuntos de informações. Na visualização
dos mapas estadual e regionais (figura 3.8), que são compostos por camadas de informação,
existe o ícone -
m
que permite o acesso a um conjunto de informações sobre as camadas da
base cartográfica num padrão próprio. No entanto, esse conjunto não pode ser considerado como
metadados, pois não são fornecidas informações básicas, tais como: organização espacial;
referência espacial; linhagem de produção, dentre outras (figura 3.9).
FIG.3.8 – Tela do visualizador de mapas da Rede LabGeo.RJ
Fonte: CIDE, 2004.
FIG.3.9 – Informação da camada dos mapas da Rede LabGeo
Fonte: CIDE, 2004.
111
•
RISF - Rede de Informações da Bacia do São Francisco (Agência Nacional de
Águas)
O portal da RISF, que pertence à Agência Nacional de Águas – ANA, informa que a rede
RISF é formada por um coletivo de entidades produtoras de conhecimento sobre a bacia do Rio
São Francisco, interessadas em, de um lado, compartilhar esforços com a intenção de dividir
responsabilidades e custos, e, de outro, disponibilizar esse conhecimento para toda a sociedade
(RISF, 2004). A rede disponibiliza metadados no padrão FGDC, os quais viabilizam a
localização de informações nos acervos das entidades participantes. O Projeto tem o apoio do
GEF, PNUMA e OEA. A rede apresenta um conjunto de interfaces para busca de informações
(por metadados e por conteúdo), bem como de visualizadores para os dados pesquisados (figuras
3.10 e 3.11).
FIG.3.10 – Tela de busca de informações na RISF
FIG.3.11 – Tela de busca de metadados na RISF
Fonte: RISF/ANA, 2004.
112
O sistema de busca possibilita a visualização dos metadados e também o download do
mesmo (figura 3.12)
.
FIG.3.12 – Metadados do Mapa (folha de carta) de Abaeté – fornecidos pela RISF
Fonte: RISF/ANA, 2004.
•
SICOPAR - Sistema de Informações Cartográficas Oficiais do Estado do Paraná
Segundo o portal do SICOPAR (http://www.pr.gov.br/sicopar/osistema.html), “o sistema
foi idealizado para ser uma solução para o uso compartilhado de informações cartográficas básicas,
utilizando-se de geotecnologia.” Esse sistema têm como principais objetivos:
- integrar as bases espaciais permitindo
intercâmbio entre as instituições;
- divulgar o acervo cartográfico, facilitando a definição de investimentos e utilização;
- disponibilizar o acervo cartográfico aos diversos órgãos estaduais e ao cidadão;
- proporcionar facilidades na atualização e manutenção das bases cartográficas;
- otimizar tempo e recursos na preparação das bases cartográficas para SIG.
113
O SICOPAR gerencia e armazena dados e informações (metadados) sobre produtos
cartográficos, estruturas geodésicas, imagens (Sensoriamento Remoto) coletadas da região
territorial do Estado, e disponibiliza documentação da cartografia digital básica nos formatos
vetorial e matricial (raster). O sistema foi desenvolvido pela CELEPAR – Companhia de
Informática do Estado do Paraná no âmbito de um programa de governo e com orientação da
Câmara Técnica de Cartografia e Geoprocessamento do Conselho Estadual de Informática e
Informações (Paraná) (SICOPAR, 2004).
O módulo de consulta permite download de 2 (duas) bases cartográficas: da base de
bairros de Curitiba (1:10.000 – situação 1999, fornecida para ambiente ESRI) e dos bairros do
município de Curitiba (1:10.000 – situação 1999, fornecida para ambiente CAD). As bases são
descritas através de metadados simplificados num padrão próprio (figura 3.13). Atualmente
a
Celepar, após consulta às organizações integrantes do SICOPAR, optou por adotar o padrão
FGDC adaptado, definindo as adequações de forma conjunta com as instituições. Seu uso ainda
está restrito às organizações estaduais participantes.
FIG.3.13 – Tela de consulta / download de bases cartográficas do SICOPAR
Fonte: SICOPAR, 2004.
114
O aumento significativo de conjuntos de bases cartográficas produzidas pelos órgãos
responsáveis pelo mapeamento sistemático terrestre e as novas tecnologias de TIC conjugadas
com aplicativos de geotecnologias, vêm exigindo organização e padronização da documentação
de produtos cartográficos do acervo do SCN. A seguir são apresentados serviços de metadados
implementados via Intranet, pelo IBGE e pela DSG.
- IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
O IBGE produz dados e informações estatísticas, territoriais, geodésicas, cartográficas, de
recursos naturais e estudos ambientais. Implementa ações e atividades requeridas pela
manutenção do SEN e do SGB. Quanto ao SCN, no que tange ao mapeamento terrestre, tem a
função de normalizar o mapeamento em escala geográfica, compartilhar a produção com a DSG
do mapeamento topográfico, normalizar e produzir o mapeamento municipal, o qual é a
referência territorial para as pesquisas estatísticas estruturais e conjunturais. O Banco de
Metadados Estatísticos e Geocientíficos vêm sendo desenvolvido, com a participação das áreas
produtoras de dados, sendo disponibilizado, até o momento, via Intranet IBGE http://www.metadados.ibge.gov.br/metabd/default.aspx , tendo o layout da figura 3.14.
FIG. 3.14 – Metadados do Mapa Municipal Digital Estatístico de Cachoeiras de Macacu
Fonte: BD-Metadados. IBGE, 2004.
115
No BD-Metadados, além dos metadados estatísticos, estão disponibilizados os metadados
do mapeamento municipal relativo a Base Territorial do Censo Demográfico 2000, cuja
modelagem originou-se de trabalho conjunto entre a Diretoria de Informática / Coordenação de
Base de Dados - COBAD e a Coordenação de Cartografia / Vertente Rural do Censo 2000 sendo
definidas 7 (sete) seções de metadados: geral; enquadramento; referências; produção; insumos;
imagens; e contato.
O mapa municipal digital estatístico (MMDE) utilizado no Censo 2000, por questões
orçamentárias e técnicas, foi composto por documentação cartográfica (malhas e folhas de carta
topográfica) em formatos distintos (vetorial e matricial), identificado-o como um produto digital
híbrido. Na seção de insumos, existe um hyperlink que fornece os metadados (Mapa Índice –
SCN) das folhas e bases que compõem o mapa municipal digital estatístico (MMDE)
correspondente ao município selecionado (figura 3.15).
FIG. 3.15 – Seções Referências, Produção e Insumos do MMDE de Cachoeiras de Macacu
Fonte: BD-Metadados. IBGE, 2004.
116
O BD-Metadados do IBGE utiliza um padrão próprio e disponibiliza sistema de consulta
ao Mapa Índice, produto em ambiente digital, desenvolvido sob a coordenação do IBGE em
conjunto com a DSG. A figura 3.16 apresenta o sistema de consulta, selecionando as folhas de
carta na escala 1:100.000.
FIG. 3.16 – Seleção e resultado da consulta de folhas de carta 1:100.000
Fonte: Mapa Índice Digital. IBGE, 2003.
117
A figura 3.17 retrata os dados fornecidos pelo Mapa Índice para uma consulta
personalizada no município do Rio de Janeiro para a folha SF-23-Z-D-I-1 (1:50.000) produzida
pela DSG.
FIG. 3.17 – Dados do Mapa Índice para a folha SF-23-Z-D-I-1
Fonte: Mapa Índice Digital. IBGE, 2003.
Em paralelo a este projeto de BD-Metadados foram iniciados, em 1999, procedimentos
para cadastramento de metadados espaciais utilizando o padrão FGDC como parte de um projeto
de catálogos de metadados para as Américas, coordenado pelo IPGH / FGDC e implementado
pela área de disseminação (Centro de Documentação e Disseminação de Informações – CDDI) do
IBGE. Pelo fato das áreas produtoras estarem, no momento, envolvidas na absorção de
geotecnologias em suas diversas linhas de produção cartográfica, não foi dada prioridade para a
geração de metadados das bases cartográficas produzidas e em produção. Com a disponibilização
de diversos produtos cartográficos em mídias digitais (CD-ROM e portal IBGE) e com a
disponibilidade de serviços como um servidor de mapas, tornou-se emergencial a
118
disponibilização de metadados utilizando um padrão com visibilidade nacional, continental e
internacional (FGDC).
A proposta de Catálogo de Metadados de produtos cartográficos (mapeamento terrestre)
efetivada na presente dissertação, segundo o padrão FGDC (apêndice 6), pode vir a constituir-se
uma versão zero (inicial para discussões) de um Catálogo Nacional de Metadados a ser composto
no âmbito da SDE / CONCAR, a partir de adequações necessárias para englobar os mapeamentos
dos membros componentes da CONCAR.
- DSG – Diretoria do Serviço Geográfico do Exército
A Diretoria do Serviço Geográfico – DSG do Comando do Exército do Ministério da
Defesa é a instituição nacional responsável pela normalização do mapeamento topográfico, nas
escalas de 1:250.000 a 1:25.000, cuja produção é efetivada em conjunto com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A DSG iniciou a absorção de novas tecnologias, em
ambiente digital, para a produção cartográfica desde 1987. Até 1999 a DSG e IBGE utilizavam o
mesmo ambiente de produção baseado na família de pacotes e sistemas da Integraph. Com a
expansão da Tecnologia de Informação e Comunicação - TIC e o incremento das tecnologias
voltadas para observação/aquisição, tratamento e medições de dados geoespaciais (SIG, SR, GPS,
PDI, dentre outras), as duas instituições diversificaram o seu parque instrumental (hardware e
software) instalado. Atualmente desenvolvem trabalhos e projetos utilizando várias linhas de
aplicativos e metodologias para a elaboração de documentação cartográfica de referência básica
para a gestão territorial, ambiental, social e econômica do País.
FIG. 3.18 – Tela do Sistema de organização e gerenciamento de arquivos da DSG
Fonte: CCAuEX /DSG , 2004
119
O Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército - CIIGEx desenvolveu um
sistema para a organização dos arquivos que compõem as bases cartográficas digitais do acervo
da DSG (figura 3.18)., Este sistema modular, além de padronizar a denominação dos arquivos
segundo algumas características de sua produção, também carrega dados sobre as bases digitais, o
que pode ser visto como os metadados, em um modelo próprio e específico, do mapeamento
topográfico executado pela DSG. Está em desenvolvimento, também o Sistema de Informação do
Espaço Geográfico Brasileiro disponível na Intranet do Exército (http://ebnet.eb.mil.br/portal/ ).
O sistema utiliza a base integrada digital, ao milionésimo – bCIMd (IBGE, 2003) para a seleção
da área de interesse e de exibição do acervo existente, por ser este o único mapeamento de
referência que recobre totalmente para o país (CD-Rom gratuito disponibilizado pelo IBGE).
Com o módulo de padronização de nomes de arquivos, as áreas de produção da DSG,
cadastram o seu acervo. Este módulo permite a seleção da folha de carta a ser tratada
identificando o número do Mapa Índice que fornece a nomenclatura da referida folha de carta.
FIG. 3.19 – Módulo de Padronização de Nomes de Arquivos
Fonte: CCAuEx / DSG, 2004
120
Pela figura 3.19 depreende-se que a denominação dos arquivos é composta por uma
nomenclatura padronizada contendo: gênero, forma de aquisição, espécie / tipo da carta, órgão
executor do mapeamento, unidade da DSG a qual está afeta a referida folha de carta e a escala da
mesma. O módulo de cadastramento dos metadados, denominado módulo de carga de dados,
está sendo utilizado para documentar as bases em formato matricial em padrão próprio da DSG
que contempla as seguintes seções de dados:
•
produto – composto pelos dados da denominação do arquivo acrescido do nome, mídia de
•
armazenamento, número da mídia e situação da reambulação;
•
matricial – dados sobre a conversão e georreferenciamento do arquivo da carta
denominada, incluindo o tipo, pontos, parâmetros, erro médio quadrático do método de
georreferenciamento e o formato do arquivo. A resolução do arquivo matricial ( 300 dpi
na figura 3.20) é fornecida nos dados complementares;
•
sistema geodésico – para informar o Datum vertical e o Datum horizontal;
•
de dados referentes ao ano de vôo, escala de vôo e sobre atualização da folha de carta;
•
observações – para documentar informações adicionais.
FIG. 3.20 – Módulo de Carga de Dados
Fonte: CCAuEx / DSG, 2004
121
O sistema para padronização, organização e documentação do acervo matricial das
unidades de produção de dados cartográficos da DSG possui ainda um módulo para verificação
dos dados cadastrados para cada arquivo do acervo da DSG. Na figura 3.21 verifica-se que esse
módulo permite que sejam gerados relatórios das cartas selecionadas.
FIG. 3.21 – Módulo Verificação de Dados
Fonte: CCAuEx / DSG, 2004
Em reunião dos membros do Comitê de Mapoteca Nacional Digital – MND da subcomissão de Dados Espaciais – SDE da CONCAR, realizada de 30/8 a 3/9/2004 em Brasília, no
CCAuEx, foram apresentados os dois sistemas desenvolvidos pela DSG. Nessa ocasião foi
sugerido que nas seções referentes ao produto e a sua produção fossem cadastradas as fases de
produção segundo as normas da DSG e descritas no quadro de produção que consta das folhas da
carta modelo, especificadas para cada escala do mapeamento topográfico ( a saber: ano do vôo,
ano do apoio de campo, ano da reambulação, ano da edição e de publicação).
122
Considerando que a absorção de geotecnologias para a composição de sistemas de
informações para gestão publica e ambiental vêm sendo intensificada desde a década de 1990,
ainda são poucas as instituições que mantêm, de maneira padronizada e sistematizada, a
documentação de dados e bases geoespaciais. Neste contexto, constata-se que o tema metadados
ainda não é considerado como prioritário, tornando-se parte das atividades de produção de dados
geoespaciais, e que ainda existe pouco conhecimento sobre sua importância e aplicabilidade na
documentação, na preservação, no compartilhamento e na disseminação de acervos. Portanto
torna-se essencial que se promova através da CONCAR, Sub-comissão de Dados Espaciais SDE o cadastramento dos metadados das bases geoespaciais digitais produzidas no âmbito do
governo, a ser implementada através de programas de capacitação em metadados; de Programa
de Acordos de Compartilhamento de Dados Geoespaciais (PACDG) entre instituições do
governo e a inclusão de mecanismo para ordenação e regulamentação, na legislação do SCN, em
reavaliação, de cláusula que torne obrigatório a composição de metadados para todas a bases
geospaciais digitais produzidas em projetos governamentais, notadamente pelos membros da
CONCAR.
O capítulo 4 aborda as definições, a composição, os ambientes conceituais e operacionais
para a construção de um catálogo de metadados e sua disseminação na rede Interamericana de
Dados Geoespaciais – IGDN.
123
4 CATÁLOGO DE METADADOS ESPACIAIS: CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA
TERRESTRE
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Com a transformação da produção em ambiente analógico para ambiente digital, através da
absorção de tecnologias apoiadas por computador (cartografia digital, SR, GPS e SIG), observase um aumento significativo na geração de dados e informações geoespaciais e a crescente
demanda por dados digitais para suporte a decisão. A documentação, de forma sistemática e
estruturada, dos dados cartográficos, através de padrão de metadados geoespaciais, para a
divulgação e disseminação de produtos da Cartografia Sistemática Terrestre (escala geográfica e
topográfica) é considerada como fator fundamental para que se garanta a utilização e integração
desses dados e informações aos sistemas de informação e de apoio à decisão, para os quais a
componente posicional é preponderante.
Nas últimas duas décadas, as instituições públicas e privadas que gerenciam dados
geoespaciais, investiram em absorver e implantar novas tecnologias em suas linhas de produção e
em fomentar a produção de dados em ambiente digital (FREITAS e SANTOS, 1994). Entretanto,
a cultura verticalizada das instituições brasileiras e a falta de coordenação do SCN fizeram com
que cada instituição pública fosse uma “ilha” de produção independente de dados (BOMFIM,
2001). Outro fator significativo é decorrente da cultura de produção para seus próprios objetivos
e negócios, com pouca ênfase na função de disseminação interna e externa, o que tem propiciado
que diversas bases de dados sejam desenvolvidas e algumas sendo desconhecidas de outras
unidades de uma mesma organização. Atualmente surgem preocupações nas instituições
produtoras de dados geoespaciais quanto à duplicação de esforços e a proliferação de bases de
dados nem sempre compatíveis, e nota-se uma maior preocupação quanto à documentação
através de padrões metadados espaciais para subsidiar o conhecimento e a disseminação mais
eficiente dos dados existentes.
Este capítulo propõe uma alternativa para cadastramento de metadados de produtos
cartográficos abrangendo dados referentes ao mapeamento sistemático geográfico, topográfico,
municipal, náutico, aeronáutico (mapas e malhas da base territorial do país), os quais constituem
os principais dados e informações de referência espacial do território brasileiro. No Sistema
124
Cartográfico Nacional estão explicitados os produtos cartográficos referente a Cartografia
Terrestre (mapeamento geográfico e topográfico), a Cartografia Aeronáutica, a Cartografia
Náutica e a Cartografia Temática. Entretanto não aborda os produtos inerentes a Cartografia
Cadastral que são de responsabilidade dos Estados da Federação. Os documentos e produtos
cartográficos se diferenciam pelo método de produção, pela forma de representação e escala
(nível de detalhe representado) e por temas (de referência terrestre, especiais e específicos).
A proposta de metadados apresentada contém um conjunto mínimo e necessário de
elementos que retrate as características dos produtos cartográficos e garanta sua identificação,
avaliação e utilização. Um cadastro nacional de metadados de produtos cartográficos
disponibilizado através de uma rede de acesso nacional e internacional, propiciará uma maior
visibilidade de alguns produtos cartográficos existentes no país e possibilitará a ampliação da
utilização de informações geográficas de maneira adequada para a tomada de decisão. Esse
conjunto mínimo é proposto como o núcleo comum a todos os tipos de produtos cartográficos,
sendo que os produtos de mapeamento especial, cadastral e temático requerem maior
detalhamento dos itens de algumas seções dos metadados para retratar suas especificidades.
4.2 PROPOSIÇÃO DE ELEMENTOS MÍNIMOS PARA METADADOS REFERENTES AOS
DADOS CARTOGRÁFICOS
Os dados e informações contidas nos documentos inerentes à cartografia sistemática
terrestre são as referências geométricas do espaço territorial, ou seja, retratam os elementos
naturais e artificiais da porção do território nacional, modelados adequadamente para serem
visualizados nas diversas escalas de representação cartográfica (geográficas, topográficas e
cadastrais). Esses documentos correspondem às bases de referência para que outros temas possam
ser compilados ou georreferenciados (LONGLEY et al, 2001 e ARIZA, 2002). A produção
desses documentos de referência, até meados da década de 80, era executada através de métodos
convencionais (analógicos) cuja implementação estava afeta a profissionais especializados
(cartógrafos, geodesistas, topógrafos, restituidores, etc) que conheciam e seguiam especificações
técnicas correlatas aos métodos utilizados (aerofotogrametria, compilação, generalização,
levantamentos geodésicos e topográficos, dentre outros). A evolução da ciência da computação,
125
da tecnologia de informação e suas aplicações na produção de dados geoespaciais têm barateado
e popularizado o uso de geotecnologias (SIG, SR e GPS). Contudo a integração consistente de
dados oriundos de diversas fontes (bases cartográficas de referência e bases temáticas) requer
conhecimento de conceitos e especificações inerentes aos dados e as aplicações a que se
destinam.
A qualidade de um documento cartográfico convencional ou digital está embasada nos
mesmos princípios, ou seja, nas especificações técnicas dos insumos e no controle dos processos
de produção. É necessário se definir e homogeneizar os sistemas de referências geodésica e
cartográfica, os quais materializam a referência espacial a ser utilizada, bem como a
aplicabilidade de cada insumo ou dado fonte, as especificações e os parâmetros envolvidos no
tratamento e processamento dos dados para se produzir dados confiáveis e com consistência. A
qualidade é entendida como a conformidade com as especificações projetadas ou prescritas
(ARIZA, 2002). Os enfoques de qualidade têm evoluído historicamente (vide tabela 4.1) e
atualmente se identifica à gestão de qualidade como a qualidade de todo processo de produção –
linhagem, produção e produto (certificação).
TAB. 4.1 – Evolução histórica de qualidade
Fase Industrial
Ano
Qualidade do produto
1775
Qualidade do processo
1924
Qualidade do projeto
1975
Fase (Informação e serviços)
Ano
Controle total da qualidade
1956
Círculos de qualidade
1960
Qualidade total
1984
Certificação
1987
Fonte: SEBASTIÁN e COL. apud ARIZA, 2002
A tabela 4.1 apresenta como a questão da qualidade foi e é tratada na Era Industrial e na Era
da Informação (e Serviços), passando do controle de qualidade de projetos, processos e produtos
para a qualidade total e a certificação aos padrões internacionais.
126
4.2.1 PRODUÇÃO, QUALIDADE E UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÂO GEOESPACIAL
(CARTOGRÁFICA)
São definidas no SCN as organizações responsáveis pela Cartografia sistemática terrestre,
cabendo ao IBGE a normalização da Cartografia em escala geográfica (1: 1.000.000 e menores) e
a coordenação do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e à Diretoria do Serviço Geográfico –
DSG - do Comando do Exército a normalização da Cartografia em escala topográfica (1: 250.000
a 1: 25.000), em conformidade com o Decreto-Lei Nº 243 de 28 de fevereiro de 1967 (CONCAR,
2004). Entretanto, quanto à Cartografia em escala cadastral (maiores que 1: 25 000) sua
normalização não está estabelecida no SCN, por estar afeta às Unidades da Federação (Estados) e
isto acarreta que se utilizem diversas normas para esta produção, inviabilizando em alguns casos,
a integração com o mapeamento sistemático topográfico, de responsabilidade da União.
A qualidade dos produtos cartográficos em escala geográfica e topográfica deve seguir as
especificações emanadas pelas organizações definidas no SCN, que tem publicado
sistematicamente as especificações técnicas a serem seguidas para se produzir produtos
cartográficos com qualidade. Cabe ressaltar que estas normas, em sua maioria, foram prescritas
para os processos de produção convencionais ou analógicos e que quanto à produção em
ambiente digital o que se tem são especificações, ainda não normalizadas para o público externo,
das instituições produtoras. A expansão do uso de geotecnologias por outros setores do
conhecimento sendo que alguns casos, os profissionais desconhecem as questões inerentes aos
processos de produção de dados geoespaciais, como as apontadas na tabela 4.2 e que via de regra
acarretam inadequações na utilização e integração de dados. Outras questões que concorrem para
a inadequada utilização de bases cartográficas como referências para mapeamentos temáticos são:
capacitação, muitas vezes autodidata em aplicativos computacionais, ausência de documentação e
inadequação das bases cartográficas utilizadas. Aspectos relevantes, tais como: modelo de dados,
aquisição, armazenamento, referenciais e tratamento geodésico / cartográfico e formas de
representação, dentre outros itens técnicos de produção são muitas vezes ignorados, contribuindo
para ocorrência de inconsistências na utilização da documentação cartográfica como referência
para outras determinações (tabela 4.3).
127
TAB. 4.2 – Problemas usuais no manejo de informação geoespacial
QUESTÕES
ORIGEM
Mídias diversas
Formatos diferentes
Cartográfica:
- Escalas
- Projeções
- Simbologia
Temática
Diferentes datas de elaboração
Representação de elementos com
diversas geometrias
Variedade de produtores
Finalidades distintas
Precisões diversas
Métodos diferentes
Legenda (não completa)
Não adoção de padrões de metadados
Heterogeneidade
Referência temporal
Complexidade
Múltipla procedência
Documentação
Fonte: adaptada de ARIZA, 2002.
A utilização adequada de mapas e cartas é dependente do conhecimento que se tem dos
mesmos (LAZZAROTTO et al, 2004).
Para tanto, é necessário que se forneça uma
documentação sobre as bases cartográficas que permita aos usuários conhecê-las quanto à sua
linhagem e qualidade, propiciando análise de sua adequabilidade à aplicação a ser implementada.
Conseqüentemente, a construção de bases cartográficas e temáticas sem a devida documentação
de sua produção inviabiliza a aferição de sua qualidade. O controle e documentação da produção
fornecem as garantias de geração consistente de dados, de preservação dos investimentos de
produção e de disseminação eficiente. Os metadados implementam de forma estruturada e
padronizada essa documentação, informando aos usuários o conteúdo, as características, as
especificações, a qualidade e as restrições e responsabilidades de uso dos produtos
disponibilizados.
128
TAB. 4.3 – Processos que podem gerar erros na manipulação de dados geoespaciais.
PROCESSO
MOTIVO
Modelagem conceitual
Levantamento / aquisição de dados
Inadequação do modelo de dados
Erros no trabalho de campo
Erros nas fontes de informação utilizadas
Inexatidão da digitalização
Inexatidão dos elementos geográficos
Precisão numérica e espacial inadequada
Erros de processamento
Erros de superposição
Intervalos de classes inadequados
Propagação de erros
Erros de transformação de coordenadas
Inexatidão de escala
Inexatidão do dispositivo de saída
Deformações do suporte de reprodução
Entendimento incorreto
Uso inapropriado
Armazenamento
Manipulação / tratamento
Representação cartográfica
Utilização
Fonte: ARONOFF, 1989.
O SCN, através do decreto nº 89.817 de 20 de junho de 1984, estabelece as Instruções
Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional e definem a exatidão de uma
documentação cartográfica através do padrão de exatidão cartográfica (PEC), que é um indicador
estatístico de dispersão. Esse decreto estabelece que noventa por cento dos pontos bem definidos
numa carta, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de
Exatidão Cartográfica – planimétrico e altimétrico - estabelecido. Essas normas definem a partir
do PEC uma classificação para as cartas, no âmbito do SCN, que está apresentada na tabela 4.4.
TAB. 4.4 – Classes de cartas segundo Padrão de Exatidão Cartográfica
PEC
ERRO PADRÃO
CLASSE
Planimétrico (*) Altimétrico (*) Planimétrico (*)
Altimétrico (*)
A
B
C
0,5 mm
0,8 mm
1,0 mm
1/2 eqüidistância
3/5 eqüidistância
3/4 eqüidistância
0,3 mm
0,5 mm
0,6 mm
1/3 eqüidistância
2/5 eqüidistância
1/2 eqüidistância
(*) na escala da carta
Fonte: Decreto 89.817 – CONCAR, 1984.
Não obstante as normas estabelecidas em 1984 e com a incorporação de técnicas
computacionais à produção cartográfica vários estudos apontam que a qualidade de uma
documentação cartográfica depende de diversos fatores, tais como: a acurácia, a precisão, a
129
generalização e seleção, a atualidade dos dados e a representação gráfica, ou seja, a legibilidade
da linguagem cartográfica empregada (ARIZA, 2002, ROBINSON et al, 1995 e LAZZAROTTO
et al, 2004). Neste contexto, para que se caracterize adequadamente um documento cartográfico,
é necessário se descrever sua linhagem, os métodos de produção e as formas de representação. A
tabela 4.5 apresenta a relação entre a resolução espacial e a acurácia de detecção de elementos
nas diversas escalas do mapeamento topográfico sistemático, assumindo que o limite para a
percepção do olho humano (visão normal) é estimado em 0,25 mm (ARIZA, 2002).
TAB. 4.5 – PEC e resolução espacial (0,25 mm na escala)
ESCALA
Topográficas
1: 250 000
1: 100 000
1: 50 000
1: 25 000
Geográficas
1: 1 000 000
1: 2 500 000
1: 5 000 000
Padrão de Exatidão
Cartográfica - PEC
Classe
A
B
C
125 m
50 m
25 m
12,5 m
200 m
80 m
40 m
20 m
Resolução espacial
Planimétrica
Altimétrica
(0,25 mm na escala) (1/2 equidistância
na escala)
250 m
100 m
50 m
25 m
62,5 m
25 m
10 m
6,25 m
500 m 800 m 1000 m
250 m
1250 m 2000 m 2500 m
625 m
2500 m 4000 m 5000 m
1250 m
Fonte: adaptada de CONCAR, 1984.
50 m
25 m ou 20 m
10 m
5m
50 m ou 100 m
50m ou 150 m
100m ou 300 m
4.2.2 SELEÇÃO DE ELEMENTOS MÍNIMOS PARA A DESCRIÇÃO DE PRODUTOS
CARTOGRÁFICOS
Como citado anteriormente, por serem as referências geométricas do território, as bases
cartográficas inerentes à cartografia sistemática terrestre devem ter sua documentação detalhada
para que os usuários avaliem sua aplicabilidade e forma de utilização adequada, requerendo,
portanto, um conjunto de informações que às caracterizem de forma mais completa possível.
A produção de dados e produtos cartográficos em ambiente computacional adicionou
novas questões ou fatores que estavam implícitos nos métodos de produção da Cartografia, em
escala topográfica, estabelecidos através das normas e especificações no Manual T34 -700 da
DSG (DSG, 1999) e do Manual de Especificações da Carta Internacional do Mundo ao
130
Milionésimo – CIM (IBGE, 1993). Ao se modelar uma realidade para ser implementada em
ambiente computacional é necessário se definir a modelagem dos dados, explicitar os
relacionamentos entre eles e garantir sua consistência. Para tanto são estabelecidos: o modelo de
dados (categorias de informação ou níveis, elementos e atributos geométricos e semânticos); a
consistência lógica e topológica; os procedimentos de tratamento/processamento; as formas e
formatos de representação (mídias impressas ou digitais e reprodução em diversos formatos). A
explicitação desses fatores incorre em novas questões referentes a manipulação, tratamento e
produção de dados geoespaciais, que ao serem detetados (tabela 4.3) são motivações para
alteração nas rotinas de produção, mudança de paradigma, modificações no emprego e na
utilização consistente e análises adequadas.
Analisando-se os conjuntos de informações que compõem os padrões de metadados
geoespaciais existentes apresentados no capítulo 3 e considerando a crescente produção de dados
geoespaciais em ambiente digital nas últimas décadas, pode-se inferir que os documentos afetos à
cartografia sistemática terrestre requerem para uma utilização consistente, no mínimo:
•
identificação;
•
abrangência geográfica;
•
organização espacial e referência espacial;
•
linhagem (insumos e processos de produção);
•
qualidade e status;
•
entidades e atributos;
•
créditos e restrições de uso;
•
formas de fornecimento e de acesso; e
•
referência dos metadados.
4.3 ESCOLHA DO PADRÃO DE METADADOS PARA DESCRIÇÃO DE PRODUTOS
CARTOGRÁFICOS
Os padrões de metadados analisados no capítulo 3 diferem basicamente quanto a sua
modelagem (MER ou UML); quanto ao nível de detalhamento dos itens que compõem cada
seção; quanto a ter domínio padronizado ou texto livre para cada item e a condição do
131
preenchimento dos itens: obrigatória, obrigatória quando aplicável e opcional. Contudo, em
linhas gerais apresentam, com poucas variações (de estruturação e denominação), conjunto de
seções similares.
A escolha do padrão de metadados a ser utilizado está correlacionada com a atuação da
instituição, seu nível de informatização, a importância dada para a gestão na documentação e
preservação do acervo e no estímulo para uma mudança cultural embasada na disseminação de
dados e produtos (com a respectiva documentação, isto é, incluindo seus metadados) em
atendimento às demandas de uma ampla gama de usuários de dados geoespaciais.
Os critérios para escolha do padrão de metadados, adaptados do enunciado por WEBER et
al (1999) e ALMEIDA (1999), devem considerar:
•
a finalidade e diretrizes de conceituação do padrão;
•
seções de metadados contemplados: análise das seções e o detalhamento de seus
itens, com ênfase para as seções referentes à qualidade e a referência espacial;
•
conter informações sobre os próprios metadados;
•
disponibilidade de ferramentas e suporte para cadastramento e gerenciamento;
•
base instalada (conjuntos de metadados produzidos e disponibilizados);
•
ambiente de disseminação com sistemas e aplicativos de integração e de busca de
metadados de forma distribuída.
Dos padrões analisados e descritos no capítulo 3 optou-se pelo padrão FGDC / CSDGM por
ser:
•
padrão formalizado em 1994 (FGDC, 1996), a partir de consenso de diversas
instituições americanas (USGS, NOAA, NASA, Serviço de Pesca e Vida Silvestre,
Laboratório de Pesquisa Naval, dentre outras) o que fez com que sua conceituação
abrangesse uma vasta gama de produtos cartográficos e geoespaciais;
•
estar baseado em diversas referências de padronização internacional, dentre elas
pode-se citar: Comitê de Satélites de Observação da Terra; Rede de Observação da
Terra do Canadá (CEONet – Canada Earth Observation Network) e as
padronizações para a representação de tempo e de calendário (ANSI X3.51-1975 e
ANSI X3.30 – 1985 respectivamente); para a catalogação de materiais cartográficos
(AACR2 – Anglo-American Committee on Cataloging of Cartographic Materials);
132
para a representação de dados geoespaciais digitais (FGDC / SDTS); e para o
protocolo de comunicação e busca (ANSI Z39.50-1992) (ALMEIDA, 1999).
Outros fatores que subsidiaram a escolha do padrão FGDC foram:
•
a disponibilidade de ferramentas para cadastramento e gerenciamento dos
metadados;
•
a sua utilização pelos países das Américas e de outros países e continentes (África
do Sul, Austrália, Japão);
•
apontado como o padrão internacional utilizado por 5 (cinco) instituições
brasileiras (conforme tabelas 3.13 e 3.14) no levantamento de utilização de padrões
de metadados realizado nas instituições;
•
ser o padrão utilizado pela Rede Interamericana de Dados Geográficos - IGDN rede distribuída de metadados, o que contribui para o intercâmbio e disseminação
de bases geoespaciais em nível nacional e internacional;
•
ter sido utilizado como insumo para os estudos de diversos outros padrões:
DIGEST (OTAN), CEN (europeu) e ISO 19115 (ISO, 2003).
O FGDC, em conjunto com o IPGH, alocaram recursos financeiros, materiais e humanos
para capacitação e treinamento de técnicos em diversos países para dar carga dos metadados dos
países na IGDN e estimular a geração de documentação (metadados) das bases geoespaciais
existentes. Como conseqüência buscava-se facilitar a integração das bases geoespaciais dos
órgãos estatais dos diversos países para serem utilizadas na tomada de decisão ambiental e
territorial.
4.3.1 PADRÃO DE METADADOS FGDC
O padrão de metadados definido pelo FGDC é extenso, contendo 334 elementos para a
caracterização completa de dados geoespaciais, e está estruturado em elementos compostos e
elementos de dados simples. Os elementos compostos (num total de 119) foram estabelecidos
para possibilitar a representação de conceitos de alto nível, que não podem ser representados por
elementos individuais (FGDC, 1996). Um elemento composto é um agrupamento de elementos
133
de dados e de outros elementos compostos. Todos os elementos compostos são descritos através
de elementos de dados, ou diretamente ou por elementos compostos intermediários. Um elemento
de dados é um item primitivo de dados. A entrada para um elemento de dados inclui o nome do
elemento de dados, a definição do elemento de dados, uma descrição dos valores que podem ser
nomeados ao elemento de dados e um nome curto para o elemento de dados. As informações
sobre os valores para os elementos de dados incluem uma descrição do tipo do valor, e uma
descrição do domínio dos valores válidos. O tipo do elemento de dados descreve o tipo de valor
a ser provido podendo assumir os seguintes tipos: inteiro para números inteiros; real para
números reais; texto para caracter ASCII; “data” para dia do ano e tempo para hora do dia
(FGDC, 1998).
O domínio descreve valores válidos que podem ser nomeados ao elemento de
dados. O domínio pode especificar uma lista de valores válidos, referências para listas de valores
válidos, ou restrições no conjunto de valores que podem ser nomeados a um elemento de dados.
O padrão FGDC é constituído de sete (7) seções principais:
•
Informação de identificação;
•
Informação de qualidade dos dados;
•
Informação de organização espacial dos dados;
•
Informação de referência espacial dos dados;
•
Informação das entidades e atributos;
•
Informação de distribuição;
•
Informação de referência dos metadados.
E três (3) seções suplementares, que não são utilizadas individualmente e sim compondo
parte de vários elementos compostos das seções principais:
•
Informação de citação;
•
Informação de período de tempo;
•
Informação de contato.
134
FIG. 4.1 – Estrutura geral do padrão de metadados FGDC
Fonte: FGDC, 1997a
Pela figura 4.1, que apresenta a estrutura geral do padrão de metadados do FGDC,
compreende-se que só são obrigatórias as seções de identificação e de referência de metadados,
sendo as demais obrigatórias se aplicáveis (O/A). Os itens de informações quando apresentados
no padrão FGDC em azul são considerados opcionais e quando é necessário informar um dado da
seção o item e retrado em um box 3D. Contudo como reportado anteriormente, para a descrição
de documentação cartográfica de referência todas as seções são aplicáveis, pois retratam as
informações essenciais para prover o conhecimento sobre as características técnicas da
documentação a ser disponibilizada e a sua adequada aplicação.
Em análise detalhada das seções e de seus componentes compostos e elementares, optouse por um conjunto mínimo, identificado como o necessário para descrever os produtos
cartográficos referentes à cartografia sistemática terrestre. Este conjunto foi apresentado a
135
profissionais das áreas de Geociências para crítica e sugestões com o objetivo de se ter uma
versão preliminar consolidada. No apêndice 6 estão relacionados os elementos identificados
como indispensáveis para a caracterização completa de documentação cartográfica de referência
que referenciam outros mapeamentos e compõem as bases geométricas de um SIG.
4.3.2 – SEÇÕES DO PADRÃO DE METADADOS FGDC - DESCRIÇÃO GERAL
O padrão FGDC define para cada seção um conjunto de elementos que detalham as
características a serem documentadas em cada seção. A seguir é apresentada a tabela 4.6 que
identifica os elementos compostos e simples integrantes de cada seção e sua obrigatoriedade de
constar no cadastramento dos metadados.
TAB. 4.6 – Seção Informação de Identificação
Elemento
Citation
Description
Time Period
Content
Status
Spatial Domain
Keywords
Access
Constraints
Use Constraints
Point of contact
of
Descrição
Composição
Obrigatoriedade
- conjunto de elementos que identificam os
dados( pode ser utilizada em outras seções
- caracterização dos dados, incluindo seu uso
planejado e limitações.
período(s) de tempo para qual o conjunto de
dados corresponde o espaço retratado
- estágio do conjunto de dados
Composto
sim
Composto
sim
Composto
sim
Composto
sim
- domínio de área geográfica do conjunto de
dados
- palavras ou frases que resumem aspectos do
conjunto de dados
- restrições e condições prévias legais para ter
acesso ao conjunto de dados.
Composto
sim
Composto
sim
Simples
sim
- restrições e condições prévias legais por usar
os arquivos de dados depois que o acesso seja
concedido.
- contato de informação para um indivíduo ou
organização que tem conhecimento sobre o
conjunto de dados.
Simples
sim
Composto
não
Fonte: FGDC, 1997a.
136
TAB. 4.6 – Seção Informação de Identificação (continuação)
Descrição
Composição
Obrigatoriedade
- uma página gráfica ou link para arquivo
gráfico que provê uma ilustração do conjunto
de dados.
- indivíduos ou unidades organizacionais que
contribuíram para a elaboração do conjunto de
dados.
- controles impostos ao conjunto de dados por
causa de segurança nacional, privacidade, ou
outras preocupações.
- ambiente de produção, incluindo software
(versão), o sistema operacional, nome de
arquivo e o tamanho dos arquivos de dados.
Composto
não
Simples
não
Composto
não
Simples
não
Composto
não
Elemento
Browse Graphic
Data set Credit
Security
Information
Native Data
environment
set
Cross Reference
informação
sobre
outros,
relacionados
conjuntos de dados que possam ser de interesse.
Fonte: FGDC, 1997a.
A seção de Informação de Qualidade dos Dados não é obrigatória (vide figura 4.1) e sim
obrigatória quando aplicável. Entretanto, é considerada essencial para a descrição de bases
geoespaciais, já que seus elementos (tabela 4.7) propiciam aos usuários avaliarem a qualidade dos
dados disponibilizados.
TAB. 4.7 - Seção de Informação de Qualidade dos Dados
Elemento
Descrição
Composição
Obriga_
toriedade
Attribute Accuracy
- avaliação da precisão da identificação de entidades e
designação de valores de atributo no conjunto de
dados.
composto
Logical
Consistency Report
Completeness
Report
Positional
Acuracy
Lineage
- explicação da fidelidade das relações nos arquivos de
dados e os testes aplicados.
- relatório de completitude
simples
O/A
(opcional
quando
aplicável)
sim
simples
sim
- designação da precisão das posições dos objetos
composto
O/A
composto
sim
simples
não
Cloud Cover
espaciais
- informação sobre os eventos, parâmetros, e dados de
fonte/insumos que construíram os arquivos de dados, e
informação sobre as partes responsáveis.
- no caso de imagens de SR, o percentual de cobertura
de nuvens.
Fonte: FGDC, 1997a.
Na seção Informações sobre a Organização Espacial dos Dados devem ser documentadas
as formas de organização espacial (diretas e indiretas) utilizadas na elaboração do conjunto de
dados Esta seção é definida como obrigatória se aplicável. Contudo, é necessário se conhecer a
137
organização espacial (endereçamento, vetor ou matricial) para que se possa avaliar a
aplicabilidade e uso dos mesmos. A tabela 4.8 apresenta a composição desta seção.
TAB. 4.8 - Seção de Informações sobre a Organização Espacial dos Dados
Elemento
Descrição
Composição
Obriga_
toriedade
Indirect
Spatial
Reference
Direct
Spatial
Refrence Method
- esquemas de endereçamento, ou outros meios pelos
quais locais são referenciados no conjunto de dados.
- sistema de objetos usados para representar o espaço
no conjunto de dados.
simples
O/A
simples
sim
Point and Vector
Object Information
ou
Raster
Object
Information
- os tipos e números de objetos vetor pontos
conjunto de dados.
no
composto
não
- os tipos e números de objetos espaciais raster no
conjunto de dados.
composto
não
Fonte: FGDC, 1997a.
Os referenciais geodésicos e cartográficos são definidos na seção de Informações das
Referências Espaciais. Esta seção é considerada como obrigatória se aplicável, mas é de
fundamental importância para o conjunto de dados inerentes ao mapeamento sistemático, os quais
são utilizados para referenciar outros mapeamentos. A tabela 4.9 apresenta os elementos
componentes desta seção.
TAB. 4.9 – Seção de Informações das Referências Espaciais
Elemento
Descrição
Composição
Obrigatoriedade
Horizontal
Coordinate System
Definition
- base de referência ou sistema a partir do qual
as quantidades lineares ou angulares são
medidas e define à posição que um ponto ocupa.
composto
O/A
Geographic (*)
- latitude e longitude que definem a posição de
um ponto na superfície da Terra com respeito a
um esferóide de referência.
- distâncias, ou distâncias e ângulos que definem
a posição de um ponto em um plano de
referência para o qual a superfície da Terra foi
projetada
- representação sistemática do todo ou parte da
superfície da Terra em um plano ou superfície
de desenvolvimento.
- parâmetros do sistema de coordenadas
composto
sim
composto
sim
composto
sim
composto
sim
composto
sim
Planar (*)
Map Projection
Grid Coordinate
System
Local Planar (*)
- parâmetros do sistema de coordenadas planar
local
(*) – optar por um dos sistemas
Fonte: FGDC, 1997a.
138
TAB. 4.9 - Seção de Informações das Referências Espaciais (continuação)
Elemento
Planar Coordinate
Encoding Method
Coordinate
Representation
(**)
Distance and
Bearing
Representation
(**)
Planar Distance
Units
Geodetic Model
Horizontal Datum
Name
Ellipsoid Name
Semi-major Axis
Denominator of
Flattening Ratio
Composição
Obrigatoriedade
- método para representar as posições
horizontais
Descrição
composto
sim
- método de codificar a posição de um ponto
pela medida de sua distância perpendicular ao
eixo de referência (par de coordenadas e
métodos de linha e coluna).
- método de codificar a posição de um ponto
medindo sua distância e direção
composto
sim
composto
sim
- unidades de medida usadas para distâncias
simples
sim
- modelo geodésico usado para definir as
coordenadas de pontos
- sistema de referência geodésico usado para
definir as coordenadas horizontais
-identificação do elipsóide utilizado como
representação da Terra
- valor do semi-eixo maior do elipsóide
composto
O/Á
simples
O/A
simples
sim
simples
sim
simples
sim
composto
O/A
- denominador da relação da diferença entre os
raios equatoriais e polares do elipsóide quando
o numerador é fixado em 1.
- sistema de referência para as distâncias
verticais (altitudes ou profundidades)
Vertical
Coordinate System
Definition
(**) – optar por uma das representações
Fonte: FGDC, 1997a.
A documentação referente às entidades e atributos que compõem o conjunto de dados é
definida na seção Entidades e Atributos. Nesta seção são descritas as categorias de informações;
os elementos ou as feições (atributos e domínios) do território mapeado, retratados pelo conjunto
de dados. Diante da relevância das informações, entende-se que se torna obrigatória esta seção.
Na tabela 4.10 apresentam-se os itens componentes desta seção.
139
TAB. 4.10 – Seção Entidades e Atributos
Elemento
Detailed
Description
Attribute
Entity Type
Overview
Description
Entity and Attribute
Overview
Entity and Attribute
Detail Citation
Descrição
Composição
Obrigatoriedade
- descrição das entidades, atributos, valores
de atributo, e características relacionadas
aoo conjunto de dados.
- características que definem uma entidade.
- identificação do tipo de entidade
- resumo detalhado da informação contidas
em um conjunto de dados.
- descrição resumida dos tipos de entidade,
atributos, e valores de atributo para o
conjunto de dados.
- descrição completa dos tipos de entidade,
atributos, e valores de atributopara o
conjunto de dados.
composto
sim
composto
composto
composto
O/A
sim
sim
simples
sim
simples
sim
Fonte: FGDC, 1997a
O padrão FGDC prevê uma seção para fornecer informações sobre a distribuição dos
conjuntos de dados, que é composta por itens que identificam o distribuidor, responsabilidades de
uso, requisitos técnicos para utilização dos dados dentre outros listados na tabela 4.11. Esta seção
foi considerada como obrigatória por fornecer os requisitos computacionais (equipamento e
formatos) necessários para a utilização correta do conjunto de dados descrito pelo padrão. Além
de estabelecer as responsabilidades e deveres do distribuidor e do usuário no emprego das
referidas bases geoespaciais.
TAB. 4.11 – Seção de Informações de Distribuição
Elemento
Descrição
Distributor
- unidade que disponibiliza o conjunto de
dados para ser obtido.
- identificação pela qual o conjunto de dados
é denominado para obtenção.
- declaração da responsabilidade assumida
pelo distribuidor.
- formas pelas quais o conjunto de dados
pode ser obtido ou pode ser recebido, e
instruções relacionadas e informações de
taxa/custos.
- as taxas e condições para adquirir / ter
acesso ao conjunto de dados.
- pré-requisitos técnicos necessários para
usar o conjunto de dados no formato(s)
provido pelo distribuidor.
- o período de tempo para que o conjunto de
dados esteja disponível.
Resource
Description
Distribution
Liability
Standard Order
Process
Custom Order
Process
Technical
Prerequisites
Available Time
Period
Composição
Fonte: FGDC, 1997a.
140
Obrigatoriedade
composto
sim
simples
O/A
simples
sim
composto
O/A
simples
O/A
simples
não
composto
não
A seção de Informações de Referência dos Metadados finaliza a documentação dos
conjuntos de dados geoespaciais fornecendo várias informações sobre as datas de cadastramento
e revisão dos metadados, pessoas ou unidades responsáveis pelos metadados, restrições de
acesso, padrão utilizado para cadastramento, dentre outras conforme descrito na tabela 4.12. Essa
seção é definida como obrigatória pelo FGDC.
A descrição detalhada dos elementos de cada seção que compõe o padrão de metadados
FGDC, por ser extensa e complexa, foi resumida nas tabelas apresentadas. Entretanto recomendase que quando da efetivação do cadastramento de metadados utilizando-se o referido padrão se
conheça em detalhe cada seção, seus elementos e sua obrigatoriedade, visto que os ambientes de
comunicação e recuperação exigem consistência sintática e semântica de cada seção para que se
possa compilar e indexar com sucesso os metadados criados. O portal do FGDC disponibiliza
várias
informações
sobre
seu
padrão
de
metadados
( http://www.fgdc.gov/metadata/meta_stand.html ).
TAB. 4.12 – Seção de Informações de Referência dos Metadados
Elemento
Metadata Date
Metadata Review
Date
Metadata Future
Review Date
Metadata Contact
Metadata Standard
Name
Metadata Standard
Version
Metadata Time
Convention
Metadata Access
Constraints
Metadata
UseConstraints
Metadata Security
Information
Descrição
Composição
Obriga_
toriedade
- data em que os metadados foram criados.
- data da revisão da entrada dos metadados.
simples
simples
sim
sim
- data prevista para a revisão dos metadados criados.
simples
não
- identificação e formas para se comunicar com
pessoa(s) unidade(s) organizacionais responsáveis
pelos metadados.
- nome do padrão de metadados usado para
documentar o conjunto de dados.
- versão do padrão de metadados usado para
documentar o conjunto de dados.
- forma usada para descrever tempo (dia) na entrada
dos metadados.
- restrições e condições prévias legais para ter acesso
aos metadados.
- restrições e condições prévias legais para usar os
metadados depois que acesso seja concedido.
- controle das restrições impostas aos metadados por
causa de segurança nacional, privacidade, ou outras
preocupações.
composto
sim
simples
sim
simples
sim
simples
O/A
simples
não
simples
não
composto
não
Fonte: FGDC, 1997a.
141
4.4 REDE DE DISSEMINAÇÃO DE METADADOS – CLEARINGHOUSE
Com o desenvolvimento dos trabalhos do Comitê Americano de Ciências de Mapeamento –
MSC (de 1987 a 1993) ampliou-se a visão da necessidade do compartilhamento de dados
geoespaciais entre as agências nos diversos níveis do governo americano, sendo constituído, em
1990, o Comitê Federal de Dados Geográficos – FGDC. Em 1994 a publicação da Decisão
Executiva 12906 (Governo Clinton) normalizou a composição da INDE americana e definiu seus
componentes essenciais. A clearinghouse foi concebida como um serviço de catálogo eletrônico
que armazena descrições de conjuntos de dados segundo o padrão FGDC para metadados
espaciais digitais, e é considerada como a componente central da INDE americana (FGDC,
1997b). A partir da Decisão Executiva as agências federais dos EUA são obrigadas, por lei, a
divulgar os seus metadados na clearinghouse. O desenvolvimento de uma clearinhouse entre as
agências do governo federal dos EUA foi motivado pela necessidade de minimizar a duplicação
de esforços na obtenção e produção de dados geoespaciais digitais e estimular a realização de
acordos de cooperação na produção de dados geoespaciais (FGDC, 1997b).
A função do FGDC na clearinghouse “é desenvolver software, proporcionar orientações para
a implantação, facilitar as discussões entre os participantes, desenvolver e apresentar materiais de
treinamento e operar um serviço de registro de servidores de dados. O propósito do FGDC não é criar
um sistema ou um índice centralizado de dados, e sim facilitar a busca distribuída entre a grande
quantidade de servidores de dados e de metadados que existem atualmente na Internet” (FGDC,
1998).
4.4.1 DESCRIÇÃO E COMPONENTES DE UMA REDE DE DISSEMINAÇÃO DE
METADADOS
Segundo RUSANOWSKI (1998) uma clearinghouse pode ser descrita através de duas
perspectivas: uma institucional, na qual estão inseridas pessoas e infra-estrutura que facilitam a
pesquisa nas instituições que disponibilizam informações, e a outra técnica, definida como um
conjunto de serviços de informação composto de equipamentos, aplicativos e redes de
telecomunicação para propiciar acesso a pesquisa e busca de informação. As componentes chaves
de uma rede de disseminação de dados geoespaciais são:
•
documentação dos dados (metadatos);
142
•
conexão de redes (Internet);
•
ambiente e software para busca e acesso:
- Protocolo de busca e recuperação - Z39.50;
- WWW - World Wide Web.
•
servidores para hospedar, gerenciar e manter aplicativos e dados.
A clearinghouse é mais que um catálogo de busca de informações. A clearinghouse é
constituída por dados, mecanismos de solicitação, aplicativos de pesquisa e informação de
utilização dos dados que está armazenada nos metadados. Estes metadados desempenham três
papéis:
•
documentação para localização da informação;
•
documentação do conteúdo e das estruturas da informação; e
•
fornecimento ao usuário final de informação pormenorizada sobre a sua
utilização adequada.
A figura 4.2 apresenta os componentes necessários à construção de uma INDE, que adota a
conceituação de Coleman e McLaughlin (1998), envolvendo usuários e fornecedores como peças
chave e os dados, metadados e padrões como componentes centrais.
FIG. 4.2 - Diagrama dos componentes da Infra-estrutura Nacional de Dados -EUA
Fonte: NEBERT, 1998a
ANTHONY (1998b) apresentou a conceituação de uma clearinghouse em treinamento para
países das Américas, objetivando a implementação de catálogos e rede de disseminação de
metadados (IPGH, 1997), tendo como configuração básica: um cliente (usuário) com qualquer
143
browser de acesso a Internet; um gateway (FGDC) e “nós” de conexão a clearinghouse
(Instituições produtoras de dados geoespaciais nos países).
FIG. 4.3 – Configuração básica de uma clearinghouse
Fonte: ANTHONY, 1998a
Uma clearinghouse é uma rede de serviços de disseminação de dados que viabiliza a
interação entre os usuários e os dados geoespaciais existentes. O termo clearinghouse é citado
por ALMEIDA (1999) como uma “câmara de compensação”, mas em se tratando de uma rede
distribuída geograficamente que promove a divulgação da existência de conjuntos de dados
geoespaciais, o termo rede de disseminação de metadados espaciais parece mais apropriado e será
a denominação utilizada na presente dissertação.
Um catálogo tradicional, como se encontra numa biblioteca moderna, fornece apenas
informação para localização. Na era da informação digital as demandas vão além da localização,
devem viabilizar a análise da informação através de metadados, permitindo assim sua exploração
por parte dos usuários objetivando atender às suas múltiplas necessidades.
As redes de disseminação de dados geoespaciais implementadas pelo mundo estão
embasadas na descrição padronizada e estruturada de dados (metadados espaciais). Normalmente
estes dados se constituem em dois tipos: os dados de referência (utilizados para georreferenciar
outros dados), que em alguns casos são denominados dados de estrutura, e os dados temáticos,
referentes aos vários temas de estudos de recursos naturais e de meio ambiente.
Como relatado anteriormente, nas últimas décadas a incorporação de geotecnologias e o
advento da Internet expandiram de maneira significativa a gama de usuários de dados e
informações geoespaciais. Os principais usuários estão na comunidade de usuários de programas
144
SIG ou de processamento digital de imagens que tem interesse em localizar, avaliar e acessar
dados digitais geoespaciais em diversos formatos. Existem outros usuários interessados em obter
de forma on line mapas (versões digitais de produtos cartográficos) ou em acessar de forma
remota dados e produtos cartográficos sem contudo, dispor de funcionalidades de SIG em seu
ambiente (micro do cliente).
A clearinghouse ou rede de disseminação de metadados funciona como um serviço de
catalogação que suporta conexões a dados geoespaciais e a exibições gráficas. Em alguns casos
os “nós” da rede provêm conexões dentro de seus registros de metadados que permitem aos
usuários obter diretamente (on line) os dados digitais, em um ou mais formatos. E em outros
casos, dependendo do tamanho dos conjuntos de dados ou se os produtos são disponibilizados
com algum custo, hipertextos podem remeter para formulários de solicitação e compra dos dados
(exemplo de metadados de mapa topográfico na escala de 1: 62.500: Ordering_Instructions:
Print, complete and submit the CD ROM Order Form found at <http://www.nps.gov/gis/TICrequests.htm> to the NPS Denver Service Center)
Com o objetivo de assegurar a interoperabilidade da busca entre diferentes servidores de
metadados espaciais, o FGDC adotou o protocolo de busca e recuperação conhecido como ANSI
Z39.50 - 1995 (ISO 10163-1995) que padroniza a sintaxe de consulta, as identidades dos campos
e o formato físico dos registros de metadados recuperados (FGDC, 1996). O protocolo Z39.50
disponibiliza um conjunto de ferramentas que inclui software cliente-servidor para estabelecer a
conexão, transmitir uma consulta formatada, entregar os resultados da consulta e apresentar ao
cliente os documentos identificados em alguns dos formatos disponíveis. Esse protocolo foi
desenvolvido pela comunidade bibliográfica inicialmente para a pesquisa de registros
bibliográficos usando um conjunto padronizado de atributos, permitindo a qualquer cliente
Z39.50 acessar diferentes servidores distribuídos em um formato pré-estabelecido. No ambiente
servidor, o software Z39.50 se comunica com a base de dados ou com o software de indexação da
unidade (“host”) a ser pesquisada para processar a consulta e formular os resultados. Esta forma
de operação do protocolo Z39.50 propicia um método alternativo de acesso a coleções de
metadados ou a bases de dados sem necessidade de uma interface personalizada.
Por ter sido implementado para pesquisas bibliográficas o protocolo Z39.50 foi
estruturado para pesquisar campos textuais, mas dispõe de funções para a geração de perfis
adequados à determinadas formas de consulta. Esta funcionalidade viabilizou o desenvolvimento,
145
por parte do FGDC, de um perfil para metadados espaciais, chamado GEO, que define como
devem ser implementados os elementos do padrão FGDC de metadados para serem utilizados
através de serviços com protocolo Z39.50 (NEBERT, 2000b).
O Z39.50 é um protocolo de comunicação que permite a pesquisa e a recuperação de
informações em BD geograficamente distribuídos e com estruturas de armazenamento diferentes,
de maneira transparente aos usuários (VILLAVICENCIO et al, 1999). As funcionalidades desse
padrão, notadamente a indexação e consulta de textos estruturados em diversos padrões, fez com
que sua utilização fosse difundida por vários centros e instituições produtoras de dados. O
protocolo Z39.50 vêm sendo utilizado em sistemas de disseminação e intercâmbio de dados
científicos entre organizações, propiciando uma infra-estrutura eficiente para identificar e
localizar informações (NEBERT, 1999b).
4.4.2
AMBIENTES
E
PADRÕES
DE
COMUNICAÇÃO
DE
UMA
REDE
DE
DISSEMINAÇÃO DE CATÁLOGOS DE METADADOS
As redes de disseminação de metadados existentes estão pautadas em serviços de
informações (cliente-servidor) compostos por uma estrutura e vocabulário de documentação
padronizado (metadados), sendo pesquisável por protocolos de comunicação (Z39.50, http). A
clearinghouse americana está implementada através de uma arquitetura de software
multicamadas contendo um nível “cliente”, um nível intermédio ou "gateway" e um nível de
servidor, como apresentado na figura 4.4. No nível Cliente pode-se utilizar um browser de
Internet tradicional ou uma aplicação cliente nativa de busca, sendo que o browser Web utiliza o
protocolo de comunicação HyperText Transport Protocol (HTTP), enquanto que o cliente de
busca nativo utiliza o protocolo ISO 23950 (ANSI Z39.50) diretamente na ligação com um
conjunto de servidores (NEBERT, 1999a).
146
FIG. 4.4 - Ambientes da clearinghouse americana
Fonte: NEBERT, 1998a
A camada intermediária da arquitetura é definida por um gateway, que transforma o
protocolo da Web (HTTP) para o protocolo Z39.50. Este gateway tem implementações
desenvolvidas pelo FGDC (fornecida gratuitamente, o pacote de programas denominado Isite http://badger.state.wi.us/agencies/wlib/sco/metatool/mtools.htm ) e por empresas comerciais
(Blue Angel Technologies). O gateway proporciona busca descentralizada e paralela a vários
servidores Z39.50 de metadados, a partir de uma única sessão de um cliente Web. Existem nos
EUA seis gateways instalados, que são identificados como pontos regionais de acesso, tendo
interface e formulários de critérios de busca idênticos (figura 4.5) (NEBERT, 1999a).
A
arquitetura prevê a geração de uma lista dos servidores que participam da rede, que se constitui,
na verdade, em um conjunto de metadados de servidores que podem ser pesquisados através de
um catálogo especial da rede. Desta forma, pode ser realizada uma busca direta nos servidores
cadastrados em vez de exigir que o usuário escolha os servidores a partir de uma lista, ou de
executar todas as buscas em todos os servidores cadastrados.
147
FIG.4.5 – Distribuição dos gateways regionais da clearinghouse americana
Fonte: FGDC, 1998.
O gateway é o ponto de entrada numa rede de disseminação de catálogos de metadados,
sendo materializado por um computador conectado à Internet e que armazena o software de
comunicação e de gerenciamento da rede, garantindo a comunicação entre os usuários e os nós da
rede. O gateway tem a função de repassar as mensagens de solicitação dos usuários a todos o
servidores cadastrados na rede de disseminação de metadados (QUENZER, 1998). A figura 4.6
apresenta os protocolos de comunicações envolvidos quando um usuário executa uma consulta
numa rede de disseminação de catálogos de metadados. E na tabela 4.13 estão sintetizadas as
características dos software de um gateway.
Gateway
Nó
Internet
(Web)
HTTP
Servidor
Web
Cliente
Z39.50
Z39.50
Nó
Nó
FIG. 4.6 – Comunicação administrada por um gateway
Fonte: QUENZER, 1998.
148
TAB. 4.13 – Características do software de gateway
Software de gateway
Isite
MetaStar
Características
• desenvolvido pelo Center for Networked Information
Discovery and Retrieval - CNIDR
• compatível com ambiente UNIX e Windows
• mesmo código utilizado no nó
• protocolo de comunicação HTTP
• gratuito – com limitação do número de nós pesquisados
• desenvolvido pela Blue Angels Technologies
• compatível com ambiente UNIX e Windows
• não há limitações quanto ao número de nós de pesquisa
• protocolo de comunicação HTTP e Z39.50
• comercial – U$ 3000,00
• tecnologia Serlet
- funciona como parte do servidor Web
Fonte: QUENZER, 1998
Na última camada da arquitetura do serviço da rede de disseminação de catálogos de
metadados estão os servidores compatíveis com o protocolo Z39.50. Estes servidores se
comunicam através do perfil GEO do protocolo Z39.50. O Perfil GEO é um conjunto ampliado
dos campos bibliográficos tradicionais para incluírem coordenadas geográficas (latitude e
longitude) e campos temporais, além de texto livre (NEBERT, 2000b). Estes servidores Z39.50
são implementados sobre bases de dados de documentos XML ou sobre sistemas de bases de
dados relacionais nos quais os metadados estruturados são armazenados para efeitos de consulta e
apresentação. A tabela 4.14 apresenta os requisitos mínimos para o ambiente “servidor” e para o
ambiente “cliente”.
TAB. 4.14 – Requisitos do ambiente cliente-servidor de uma rede de disseminação de
metadados
Servidor
Cliente
Suporte para múltiplos usuários
(UNIX, Windows, LINUX...)
Conectividade à Internet
Software para gerenciar servidor
Navegador Web com HTML (2 ou superior)
Conectividade à Internet
Suporte para Java - opcional
Fonte: QUENZER (1997)
O ambiente cliente é denominado nó da rede de disseminação de metadados
(clearinghouse) e nele reside o catálogo, completo, de metadados gerados pelas instituições
participantes, preparado e compilado segundo as normas e especificações definidas pelo FGDC e
em consonância com o protocolo de comunicação e recuperação Z39.50. Na figura 4.7 é
149
apresentado um cartograma que ilustra a distribuição, no mundo, dos nós da clearinghouse
americana.
FIG. 4.7 – Nós da clearinghouse americana no mundo
Fonte: TIESZEN, 2000.
A leitura da figura aponta que não só países do continente americano participam dessa
rede (Itália, Japão, Coréia do Sul, Austrália e África do Sul). Quanto ao Brasil, os nós existentes
em 2000 (IBGE e CODEPLAN) foram descontinuados frente as diversas mudanças de gestão nas
organizações e pela não existência de um projeto institucional para sua manutenção. Em julho de
2004 a Diretoria de Geociências (DGC) e o Centro de Disseminação de Informações (CDDI) do
IBGE constituíram um projeto institucional para o cadastramento de metadados de produtos
geoespaciais, no padrão FGDC e sua reintegração na rede IGDN. Cabe ressaltar que qualquer
instituição pode fazer parte dessa rede desde que utilize o padrão de metadados definido pelo
FGDC.
150
4.5 CATÁLOGO DE METADADOS DOS PRODUTOS DA CARTOGRAFIA TERRESTRE
Como abordado por IKEMATU (2001), é fundamental que as organizações priorizem e
mantenham documentações sistemáticas e estruturadas dos seus acervos, objetivando reduzir a
superposição de esforços na coleta, prover conhecimentos, possibilitar a manutenção eficiente
dos dados e minimizar as inconsistências. O desenvolvimento de catálogos de metadados é
apontado por CALLABAN et al (1996) como uma solução para a documentação de acervos que
além de fornecer um inventário padronizado dos conjuntos de dados existentes subsidia a
disseminação de dados.
Os catálogos de metadados são sistemas de informações que contém uma descrição,
segundo um padrão de metadados, do conteúdo, das características, da qualidade e as formas de
disseminação dos dados. As funções dos metadados e sua importância estão retratadas no
capítulo 3 e são corroboradas pelo desenvolvimento e utilização de padrões, catálogos e redes de
disseminação de metadados em operação em diversos países (Colômbia, Austrália, EUA, Canadá,
Portugal, Japão, França, dentre outros). O fator mais significativo na implementação de catálogos
de metadados é propiciar aos usuários a análise da adequabilidade dos dados à suas aplicações
antes de sua aquisição.
Atualmente, com o crescimento da Internet para a disseminação de dados e informações,
várias organizações produtoras de dados geoespaciais vêm implementando bases de dados com
aplicativos voltados à disseminação. BARBOSA (2002) relata que “em organizações de pesquisa
governamentais, principalmente internacionais, o armazenamento de metadados em BD é
crescente”.
As preocupações ambientais, assim com as questões econômicas, estão cada vez mais
globalizadas (tratados e organizações mundiais) requerendo um conhecimento cada vez mais
ampliado das condições de desenvolvimento, das atividades econômicas, dos riscos naturais, da
exploração de recursos naturais (água, petróleo, minérios dentre outros), das necessidades
advindas do agrobusiness, do desmatamento e desertificação e da biodiversidade existente em
cada país, objetivando subsidiar as discussões mundiais sobre mudanças climáticas, programas de
desenvolvimento com financiamento internacional e ajuda comunitária aos países emergentes e
subdesenvolvidos com o intuito de melhorar a qualidade de vida e fomentar programas de
151
combate à fome e doenças. Neste contexto a disseminação de dados e informações geoespaciais é
um fator crítico, como apontado pela Agenda 21, e tem sido objeto de planos de trabalho das
organizações responsáveis pela produção de dados estatísticos, geográficos e temáticos e pela
padronização e/ou homogeneização do conteúdo dos conjuntos de dados disseminados.
4.5.1 ETAPAS PARA DISPONIBILIZAÇÃO DE CATÁLOGOS DE METADADOS
A construção de um catálogo de metadados traz vantagens significativas para as
organizações produtoras de dados e para os usuários finais, fornecendo informações para
identificação, exploração e utilização dos dados e bases geopespaciais. Contudo, esse catálogo,
para atingir seus objetivos, deve ser disponibilizado interna e externamente às organizações e de
preferência em nível nacional e internacional.
Existem diversas abordagens para o armazenamento e disseminação de catálogos de dados e
metadados. A pesquisa em bibliotecas digitais, via Web, vêm utilizando o padrão de comunicação
Z39.50, desenvolvido para atender às demandas de busca bibliográficas textuais e tem sido aceito
amplamente pela comunidade científica.
Desde 1998 o FGDC vêm disponibilizando ferramentas para o cadastramento de
metadados como fase fundamental da composição de uma rede de disseminação de metadados
distribuída, e tem estimulado, através de eventos e workshop, a inserção dos países nessa rede.
Para que se efetive a inserção na rede de disseminação de metadados (clearinghouse) é
necessário além da catalogação dos metadados segundo o padrão FGDC, outras etapas que
promovem a consistência, o correto registro e a integração dos ambientes definidos na arquitetura
da referida rede. A figura 4.8 apresenta as etapas necessárias para a inserção de um catálogo de
metadados na rede de disseminação de metadados gerenciada pelo FGDC.
Preparação
dos
Metadados
Validação e
Organização
dos
Metadados
Publicação
dos
Metadados
Acesso
dos
Usuários
FIG. 4.8 - Etapas para a inserção de catálogo de metadados na rede FGDC
Fonte: FGDC, 1998.
152
A preparação dos metadados para a inserção em uma rede de disseminação de metadados
é efetivamente o trabalho mais exaustivo. Existem disponíveis na Internet um conjunto de
aplicativos para o cadastramento, compilação e publicação de metadados, compatíveis com várias
plataformas de equipamentos ( http://badger.state.wi.us/agencies/wlib/sco/metatool/mtools.htm ).
4.5.2 PREPARAÇÃO, COMPILAÇÃO E INDEXAÇÃO DE CATÁLOGO DE METADADOS
DE PRODUTOS DO MAPEAMENTO TERRESTRE
A implantação de uma política de disseminação de dados associados com seus
correspondentes metadados, e que esteja inserida na comunidade nacional e internacional, requer
um conjunto de funções e atividades inerentes à produção, à manutenção do nó da rede de
disseminação e ao registro/configuraçãodo nó servidor nessa rede. A figura 4.9 apresenta as
principais etapas de cada uma destas funções para a rede IGDN.
PRODUTOR
ÁREA DE PRODUÇÃO
DADOS
Download
aplicativos
FGDC
Preparação,
Compilação
e Validação
de
Metadatos
MANUTENÇÃO DO NÓ
ÁREA DE PUBLICAÇÃO
Download
Isite
SGML
Configurar
Isite
Z39. 50
Software
HTML
Indexar
(Iindex)
Servir
(Zserver)
TEXT
Valida
Index
Metadados
FGDC
Valida
Server
REGISTRO E
CONFIG. ( REDE
IGDN)
ÁREA DE
PUBLICAÇÃO
Vincular
Interface à
clearinghouse
Registro do
Servidor
Administração
FIG.4.9 – Procedimentos para a disponibilização de metadados pela Web (rede IGDN)
Fonte: adaptado de QUENZER, 1997.
153
A função de documentação dos dados (geração dos metadados) está afeta as unidades de
produção, por deterem o conhecimento dos insumos, processos, métodos e parâmetros de
produção, assim como dos procedimentos de validação e controle de qualidade dos dados. No
cadastramento dos metadados propostos foi feito download na página do FGDC do aplicativo
TKME, desenvolvido por SCHWEITZER (1998), para ambiente Windows. Este aplicativo, para
a geração de metadados segundo as normas do FGDC, fornece um conjunto de funções, tais
como salvar, editar, visualizar, adicionar, ajuda, dentre outras, apresentadas na figura 4.12. O uso
do aplicativo TKME é simples, pois utiliza interface com menus pull down (semelhante ao Word
da Microsoft). Em conjunto com o TKME são disponibilizados aplicativos para compilar e
indexar os metadados do catálogo, segundo o padrão FGDC. Esses aplicativos são armazenados
utilizando a estrutura de diretórios, denominada USGS, aprsentada na figura 4.10:
FIG. 4.10 – Estrutura de diretórios para o pacote FGDC/ tools
Fonte: FGDC, 2000.
Os aplicativos para a geração (TKME) e para a compilação MetaParse (mp) de
metadados encontram se no sub-diretório “bin” cujo detalhamento é apresentado na figura 4.11.
FIG. 4.11 – Detalhamento do sub-diretório “bin”
Fonte: FGDC, 2000.
154
4.5.2.1 CADASTRAMENTO E COMPILAÇÂO DOS METADADOS DE PRODUTOS DA
CARTOGRAFIA TERRESTRE
A geração dos metadados se inicia abrindo o TKME e acionando a função adicionar
(função ADD) METADATA (criar um novo conjunto de metadados). Sempre utilizando a função
ADD vai se selecionando as seções a serem cadastradas. Para cada seção são cadastrados os
elementos obrigatórios, obrigatórios se aplicáveis e os opcionais que sejam de relevância para a
caracterização adequada da documentação cartográfica. O apêndice 6 apresenta as seções e os
elementos considerados fundamentais para descrever produtos da Cartografia Terrestre
Brasileira. É importante ter-se atenção com os domínios definidos para cada elemento simples,
pois a sua não observância pode acarretar erros no processo de compilação dos metadados.
FIG. 4.12 – Tela de entrada de metadados do aplicativo TKME
Fonte: FGDC, 2000.
O catálogo de metadados proposto na presente dissertação engloba os seguintes produtos
cartográficos digitais da Cartografia Terrestre:
• Atlas Geográfico Escolar – 2003 (disponibilizado em publicação impressa e em
CD-ROM).
• Mapa da série Brasil – 1: 5 000 000 – base vetorial com BD associado
(disponibilizado via Web e em CD-ROM);
• Base Integrada do Brasil – 1: 1 000 000 – base vetorial com BD associada
(disponibilizado via Web e em CD-ROM);
155
• Folha da Carta CIM de Manaus editorada – Base vetorial (disponibilizada via Web
e em CD-ROM);
• Folhas de carta topográfica, uma para cada escala de 1: 250 000 a 1: 25000, nos
formatos vetorial e matricial (disponibilizado via Web e em CD-ROM);
• Malha Municipal Digital do Brasil referente ao Censo Demográfico 2000
(disponibilizada em CD-ROM, no aplicativo EstatCart e via Web);
Uma das etapas da criação de um nó de uma rede de disseminação de metadados é a
preparação dos metadados que devem ser compilados ou validados para garantir que sua estrutura
e conteúdo estejam segundo as normas prescritas pelo FGDC. O aplicativo “mp” analisa a
sintaxe, a estrutura e o conteúdo dos metadados cadastrados e emite um relatório de erros. O
programa mp (Metadata Parse) é um compilador para analisar sintaticamente metadados no
padrão FGDC e emite relatório de erros que pode ser visualizado através de um browser de Web
ou em um editor de texto. Este aplicativo pode ser executado em ambientes Linux, UNIX e
Microsoft Windows (95 ou superiores, inclusive XP). O relatório textual identifica os erros de
cadastramento dos metadados, principalmente na estrutura, e também nos valores dos domínios
dos elementos componentes dos metadados. A figura 4.13 apresenta o fluxo para validação do
cadastramento de metadados.
Formatos para indexação
Correções
Relatórios
de erros
mp
Arquivos de
Metadados
compilador
metadados
Relatório
Valida - OK
SGML
HTML
TEXT
FIG. 4.13 – Fluxo para compilação dos metadados cadastrados segundo FGDC
Fonte: adaptado de QUENZER, 1997.
O aplicativo “mp” para ser executado no ambiente “DOS” requer que os arquivos de
metadados estejam armazenados no diretório USGS\tools\bin. A seguir é apresentada a sintaxe
de comando e as opções do aplicativo “mp”:
156
mp [options] input-file
Parse FGDC metadata, report structural errors and generate useful
re-expressions of the information.
input-file is indented text or sgml or xml
Options:
-c config-file
-l language-code
-e error-file
-t text-file
-h html-file
-f faq-file
-s sgml-file
-x xml-file
-d dif-file
-fixdoc
Read supplied config-file for more options
Use element names in the language specified
Write errors to the named error-file
Write indented text to the named text-file
Write outline-style HTML to the named html-file
Write FAQ-style HTML to the named html-file
Write SGML to the named sgml-file
Write XML to the named xml-file
Write DIF (NASA, v6) to the named dif-file
Run special clean-up on DOCUMENT.aml output
Para a execução do aplicativo “mp” é necessário que os arquivos de metadados cadastrados
pelo TKME com extensão “.met” estejam armazenado no sub-diretório “bin”. Isto está retratado
na figura 4.14.
FIG.4.14 – Metadados gerados armazenados no sub-diretório “bin”
A seguir estão apresentados os comandos para a 1ª etapa de compilação - identificação de
erros, sendo que a figura 4.15 retrata o relatório de erros da primeira versão dos metadados da
Base Cartográfica do Mapa do Brasil, na escala de 1: 5 000 000.
F:\>cd Anna
F:\ANNA>cd USGS1\tools\bin
F:\ANNA\USGS1\tools\bin>mp -e BR5_v0.err BR5_v0_G.met
157
FIG 4.15 – Relatório de erros dos metadados do Mapa da série Brasil 1: 5 000 000
É necessário se corrigir os erros detectados e executar novamente o aplicativo “mp” até
que se tenha “no errors”, como apresentado na figura 4.16.
FIG 4.16 – Relatório do aplicativo “mp” dos metadados do Mapa 1: 5 000 000, sem erros
O cadastramento dos 14 produtos cartográficos pertencentes ao mapeamento terrestre
brasileiro, produzidos pelo IBGE, foi executado por profissional com conhecimento de suas
especificações técnicas, e foi efetivado dispendendo ½ hora para a geração dos metadados de
cada produto cadastrado.
Com os metadados compilados e sem erros, são gerados os arquivos necessários para a
indexação (extensões: sgml, xml e txt) que possibilita ao protocolo Z39.50 efetivar a recuperação
dos dados e retransmiti-los, com visualização através da extensão html no browser do usuário.
Para tanto se executa, em ambiente DOS novamente, o aplicativo “mp” com as opções -s (sgml),
-t (txt), -x (xml) e -h (html), conforme apresentado abaixo:
158
FIG. 4.17 – Tela DOS de execução do aplicativo “mp”
Esse comando armazena os arquivos com as extensões solicitadas, como mostrado na figura
4.18.
FIG. 4.18 – Arquivos, diversas extensões, dos metadados de produtos cartográficos.
Os Apêndices 7 e 8 contêm as versões (.met e .html) dos metadados gerados para a base
cartográfica vetorial integrada na escala 1: 1 000 000, denominada bCIMd.
159
4.5.2.2 INDEXAÇÃO DOS METADADOS / GERAÇÃO DOS ÍNDICES DE BUSCA
Para a manutenção do nó, no qual devem estar armazenados os catálogos de metadados
(BD de metadados) a serem disponibilizados pela rede, são necessários aplicativos para
indexação e configuração dos ambientes servidor e cliente. Estas funções são implementadas pelo
pacote Isite que contêm os programas baseados na Internet que provêem indexação e pesquisas
de texto que utiliza o protocolo Z39.50 para comunicação. O pacote Isite foi desenvolvido e
distribuído para uso livre pelo Centro de Busca e Recuperação de Informação Distribuída por
redes ( Center for Networked Information Discovery and Retrieval - CNIDR) e está disponível
em http://www.mcnc-rdi.org/ . Entretanto a versão específica do pacote Isite utilizada pelo
FGDC está disponível para download em: http://www.fgdc.gov/clearinghouse/.
A etapa de indexação, que utiliza o aplicativo Iindex gera, a partir da extensão “.sgml ”
dos metadados compilados, índices para vários campos e compõe um BD (no exemplo o BD
criado é denominado meta1), no qual serão processadas as pesquisas textuais ou por
determinados campos dos metadados dependendo dos critérios de busca escolhidos pelo usuário.
A figura 4.19 fornece uma visualização da estrutura do sub-diretório, enquanto a figura 4.20
apresenta os arquivos que compõem o sub-diretório Isite.
FIG. 4.19 – Detalhamento do sub-diretório Isite
160
FIG. 4.20 - Arquivos do pacote Isite para indexação e configuração BD
Assim como a etapa de compilação, a indexação é executada no DOS através do seguinte
comando:
iindex2 -d [database] -t [document type] -o [document options] [metadata files]
[database] - full path to the database index
[document type] - fgdc
[document options] - fieldtype=fgdc.fields
[metadata files] - path to data files (SGML)
A etapa de indexação exige que os metadados compilados sejam armazenados no diretório
USGS\tools\isite2\db. Porém, o aplicativo deve ser executado no diretório isite2. A execução do
comando, descrito a seguir, gerou o BD meta1 que contêm os metadados (em todas as versões –
sgml, html, xml e txt) e os índices gerados para a busca e recuperação através do Z39. 50.
C:\USGS\tools\isite2\db>..\iindex2 -d meta1 -t fgdc -o fieldtype=..\fgdc.fields
*.sgml
Iindex v2.3.1-RH72, Release 2004091302
Building document list ...
Creating new cache [/cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/meta1.db]
Building database meta1:
Parsing files ...
Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/Atlas_geog.sgml
Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/BR5000_G.sgml
Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/BR5000_P.sgml
Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/CIM_Manaus.sgml
Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/MMD_2000_G.sgml
Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/MMD_2000_P.sgml
Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/bCIMd_G.sgml
Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/bCIMd_P.sgml
Indexing 13303 words ...
161
Writing compressed blocks to sequence table 1
Database files saved to disk.
Na figura 4.21 estão retratados os arquivos de metadados gerados após a indexação e a
carga do Banco de Dados de Metadados – Meta1.
FIG. 4.21 – Geração do BD – meta1, metadados nas extensões requeridas.
Quanto a geração dos metadados da folhas topográficas do mapeamento terrestre
sistemático (1: 250 000 a 1: 25 000) foram escolhidas as folhas produzidas e disponibilizadas
pelo IBGE em seu portal (www.ibge.gov.br/geociencias/cartografia ). A tabela 4.15 identifica as
folhas escolhidas:
TAB. 4.15 – Folhas do mapeamento topográfico sistemático com
cadastramento de seus metadados
NOMENCLATURA
NOME
EDITOR
ANO
SF-22-V-B
ANDRADINA
IBGE
1980
SE-22-V-D
JATAÍ
IBGE
1982
SE-23-Y-D-III
ABAETÉ
IBGE
1975
SE-24-Y-D-IV
ARACRUZ
IBGE
1979
SF-23-Z-B-VI-3
ARARUAMA
IBGE
1978
SF-23-V-D-II-3
ALFENAS
IBGE
1970
SD-24-X-A-VI-1-NO
PRAIA DO FORTE
IBGE
1998
Fonte: Mapa Índice, IBGE (2004)
162
Para se acrescentar novos metadados ao BD Meta1 já gerado é necessário que sejam recompilados todos os metadados, pela exigência de nova indexação para busca através dos
ambientes em rede. O Banco de metadados final gerado com a inserção das folhas topográficas
passou a ser denominado Metacart.
FIG. 4.22 – Geração do BD– metacart, com os metadados das folhas topográficas
incluídas.
163
4.5.3 CONFIGURAÇÃO DE AMBIENTES PARA CONSULTA A CATÁLOGOS DE
METADADOS
4.5.3.1 PROCEDIMENTOS DE PREPARO PARA PUBLICAÇÃO NA REDE IGDN
A publicação dos catálogos de metadados na rede IGDN/FGDC é efetivada através dos
aplicativos Zserver e Zclient que viabilizam a disponibilização dos metadados on-line.
A etapa de disseminação ou publicação via Web depende da configuração do servidor que
é responsável pelo processo de comunicação baseado no protocolo Z39.50. Esta configuração é
executada através do programa Zserver e das definições e opções designadas nos arquivos de
extensão “ .INI ” (zserver.ini - Opções de Servidor, porta, etc e sapi.ini - Designação do Banco
de metadados). Esses arquivos estão no diretório Isite2 e são apresentados na figura 4.23.
FIG. 4.23 – Aplicativos para configuração do ambiente servidor e cliente
Os arquivos de extensão “ .INI ” disponíveis no pacote Isite devem ser alterados para
que seja identificado o BD de metadados compilados e indexados, no exemplo para o BD
Metadados = meta1. As configurações destes arquivos utilizadas para o teste de comunicação
numa rede local estão descritos no apêndice 9.
Segundo o fluxo prescrito pelo FGDC, é necessário que se verifique não só a indexação
dos metadados, bem como os processos de comunicação e recuperação de metadados. Isto pode
ser feito através da configuração de um servidor e cliente no mesmo computador em que o BD de
metadados foi armazenado. O teste de comunicação numa rede local está descrito através dos
comandos retratados no item 9.2 do apêndice 9. Como resultados da consulta efetivada para
164
“Atlas” são apresentados os quantitativos e identificação numérica dos registros que satisfazem o
critério de busca. Ao se introduzir o número do registro desejado é listado o metadados do Atlas
Geográfico Escolar.
O registro do nó do Brasil na rede da NSDI americana é feito através de cadastro utilizando
um conjunto de aplicativos disponibilizados no portal do FGDC. Esse registro subsidia a
atualização do gerenciamento dos gateways e servidores que estão integrados à rede IGDN.
4.5.3.2 ACESSO DE METADADOS DE PRODUTOS CARTOGRÁFICOS DO IBGE NA
REDE IGDN
O portal do FGDC (www.fgdc.gov ) apresenta um conjunto de temas e procedimentos
para a publicação de metadados espaciais em sua NSDI. A figura 4.24 retrata a tela de avertura
do portal.
FIG. 4.24 – Tela de abertura portal FGDC
Fonte: FGDC, 2005
Ao selecionar clearinghouse é exibida uma página de gerenciamento do ambiente da rede
para que o usuário identifique o gateway a ser utilizado. A figura 4.25 apresenta esta página que
permite a seleção do gateway gerenciador da busca.
165
FIG. 4.25 – Página para escolha do gateway de gerenciamento da busca
Fonte: FGDC, 2005
No exemplo, ora apresentado foi selecionado o gateway do EDC (EROS Data Center) que
então apresenta a página padrão de tipos de busca do ambiente da NSDI/IGDN. Na figura 4.26
estão explicitados os três tipos de pesquisas que são disponibilizadas: NSDI Search Wizard; map
interface with place names para os usuários que usam applet Java; e place names para usuários
que não utilizam applet Java.
166
FIG. 4.26 – Página para escolha do tipo de pesquisa a ser efetivada
Fonte: FGDC, 2005
A opção NSDI Search Wizard é composta de um conjunto de páginas (form.) para:
•
identificar os tipos de categorias de informação a serem pesquisadas (figura 4.27);
167
FIG. 4.27 – Página para escolha do tipo de categoria de informação para pesquisa
Fonte: FGDC, 2005
•
identificar área de abrangência geográfica da busca;
FIG. 4.28 – Página para escolha da região e país para pesquisa
Fonte: FGDC, 2005
168
Na página apresentada na figura 4.28 é necessário optar pela região de busca – United
States ou International para a busca sobre metadados espaciais, que no exemplo foram:
International e Brasil. Automáticamente a interface fornece as coordenadas geográficas de
abrangência do país escolhido. E pode ser efetivado um zoom do país selecionado através do
Zoom to Location (figura 4.29).
FIG. 4.29 – Exibição do Brasil pelo Zoom to Location
Fonte: FGDC, 2005
•
identificar servidor (es) nos quais o usuário deseja que se efetive a pesquisa de
metadados;
Como a busca pode envolver vários servidores da rede, é solicitado ao usuário que
identifique os servidores que irão estar envolvidos na sua pesquisa (figura 4.30).
FIG. 4.30 – Servidor para busca – Brasil - IBGE
Fonte: FGDC, 2005
169
•
identificar período de tempo de referência para a busca e selecionar palavras
chaves de itens de metadados;
No formulário apresentado na figura 4.31 o usuário pode optar por uma busca que
considere períodos de tempo: antes, depois ou igual a uma determinada data. O usuário também
tem a opção de escolher palavras chaves de itens de metadados, tais como: Title, Originator,
Abstract, Purpose, Presentatiom Form, Theme Keyword.
FIG. 4.31 – Opções de busca por período de tempo e palavra chave (texto)
Fonte: FGDC, 2005
•
execução da pesquisa – acompanhamento e resultados;
A execução da busca, com os critérios preenchidos pelo usuário, é processada
selecionando a opção Search (figura 4.31). Esta função exibe uma página de acompanhamento da
pesquisa ( fases de busca, tempo da busca, etc). Quando a busca é completada com sucesso, a
170
interface retorna o servidor que disponibiliza metadados de produtos com as características
definidas pelo usuário. No exemplo a busca teve como opção o servidor do Brasil – Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (figura 4.32). A busca encontrou na Database IBGE 14
(quatorze) metadados espaciais.
FIG. 4.32 – Resultado da busca no servidor Brasil - IBGE
Fonte: FGDC, 2005
•
Lista de metadados recuperados – Resultados da busca;
Ao se clicar na Database /servidor (IBGE - figura 4.32), resultado da busca efetivada é
apresentada a relação dos metadados espaciais que satisfazem os critérios do usuário (figura
4.33).
FIG. 4.33 – Detalhamento do resultado da busca no servidor Brasil - IBGE
Fonte: FGDC, 2005
171
•
Acesso aos metadados espaciais de interesse do usuário;
Ao apresentar os metadados de produtos selecionados pelo usuário, a interface
disponibiliza os metadados em duas formas – Summary e Full. Ao se clicar no produto de
interesse, no caso a Base cartográfica digital integrada – 1:1.000.000, na forma Summary, é
exibida a página da figura 4.34. Essa modalidade informa dados gerais / sumarizados, quais
sejam: Título; Referência de temporal do conteúdo; abrangência gerográfica da base escolhida.
FIG. 4.34 – Exibição dos metadados da Base cartográfica digital integrada
Fonte: FGDC, 2005
Ao se selecionar a modalidade Full são apresentados os metadados da referida base em seus
detalhes, com 7 seções definidas no padrão FGDC, sendo que as seções estão listadas no início da
página com hyperlink para cada seção (figura 4.35).
FIG. 4.35 – Seções dos metadados da Base cartográfica digital integrada 1: 1.000.000
Fonte: FGDC, 2005
172
•
Acesso aos produtos correspondentes aos metadados recuperados;
Existe na seção Identification o item Online_Linkage que permite remeter para outras
páginas da Web, que no caso do Atlas Escolar Geográfico remete para o portal do IBGE no
ambiente
IBGETEEN
(<http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar>).
Esses
links
normalmente apontam para áreas de veiculação dos mapeamentos, nos diversos portais de
informação, ao qual o produto pertence.
Para o Mapa da série Brasil - 1: 5 000 000 (series Map Brazil) o item Online_Linkage:
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/default_prod.shtm#GEOG remete para os produtos do
Mapeamento Geográfico (figura 4.36). Já na Malha Municipal Digital do Brasil - 1: 2 500 000 o
item
Online_Linkage:
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/default_prod.shtm#TERRIT
aponta para o Mapeamento de Unidades Territoriais (figura 4.37), sendo que para as folhas
topográficas esse item http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/default_prod.shtm#TOPO exibe
os produtos do Mapeamento Topográfico (figura 4.38).
FIG. 4.36 – Produtos de Mapeamento Geográfico – Portal IBGE
FIG. 4.37 – Produtos de Mapeamento de Unidades Territoriais – Portal IBGE
Fonte: IBGE, 2005
173
FIG. 4.38 – Produtos de Mapeamento Topográfico – Portal IBGE
Fonte: IBGE, 2005
Legenda
Descrição
Cartas Disponíveis
Loja Virtual
Download
Solicitação por e-mail
Servidor de Mapas
A primeira versão de metadados de produtos cartográficos do IBGE publicados da
NSDI/IGDN consta de 14 metadados dos produtos relacionados na figura 4.32. Entretanto, a área
de documentação e disseminação do IBGE (CDDI) está desenvolvendo a migração dos dados do
mapeamento sistemático que compõe o Mapa Índice (MI) do Mapeamento Geral do Brasil, para o
padrão FGDC, e publicou uma 2ª versão não validada pela área de Cartografia – responsável
pela geração dos produtos. Nessa versão foram detetadas, pela área de Cartografia, algumas
inconsistências que estão sendo analisadas e consolidadas.
Ao se concluir com sucesso a consulta acima, fica comprovado que a proposta de catálogo
de metadados de produtos cartográficos, utilizando o padrão FGDC, e sua inserção na rede IGDN
é viável diante do cadastramento, validação, publicação e recuperação de metadados
implementadas para produtos e bases cartográficas do mapeamento sistemático terrestre
produzidas pela área de Cartografia do IBGE..
174
O projeto piloto implementado na Diretoria de Geociências do IBGE contemplando
inicialmente produtos do mapeamento terrestre foi efetivado por cadastramento de cada produto
com o aplicativo TKME, previa a migração dos dados do Mapa Índice, produto desenvolvido em
conjunto pelo IBGE e a DSG, que fornece informações gerais sobre as folhas de cartas
topográficas. Essa migração, dos dados do MI para o padrão FGDC, após ser efetivada pela a
área de documentação e disseminação do IBGE (CDDI), esta sendo complementada com dados e
sendo validada pela área produtora (Coordenação de Cartografia), que irá gerar um Banco de
Metadados consolidado de
Produtos Cartográficos do mapeamento sistemático terrestre,
produzidos no âmbito do SCN.
175
5
CONCLUSÕES
5.1
INTRODUÇÃO
A demanda por IG tem impulsionado os estudos e pesquisas para documentar, catalogar e
disseminar dados e informações de produtos cartográficos e temáticos (geoespaciais). A
construção de Infra-estrutura de Dados Espaciais - IDE tem sido uma das ações consideradas
como essencial pelo Estado na maioria dos países, conforme pesquisa de ONSRUD (2001).
Os principais aspectos (conceituação e compreensão) relacionados com dados, informação
não geográfica e informação geográfica (IG), a sua importância crescente a partir da Agenda 21,
as demandas de monitoramento territorial e ambiental, a gestão de programas sociais e de
investimentos, e a mitigação de riscos e impactos de fenômenos naturais têm motivado que
instituições envolvidas com a produção nesse contexto promovam um inventário das bases
geoespaciais existentes para a integração e compatibilização daquelas que são consideradas de
uso comum. Esta compatibilização tem como objetivo fornecer subsídios para que a sociedade
possa gerenciar sua organização e dinâmica situacional (demográfica, física/ambiental,
econômica e social). Outro fator que tem estimulado a geração de dados e bases geoespaciais são
as necessidades de modernização do Estado. Muitas instituições governamentais vêm
desenvolvendo Sistemas de Informação, tendo a componente geográfica como fundamental. O
desenvolvimento de uma IDE no mundo, notadamente a partir do Projeto Global Mapping e da
constituição da GSDI, tem impulsionado a construção de capacidade para a implantação de
INDE, em muitos países e regiões (figuras 2.4 e 2.5). A documentação padronizada de bases
cartográficas, em ambiente digital, é pré-condição para a integração consistente de dados,
transformando assim os metadados associados aos dados cartográficos nos componentes centrais
de uma INDE (tabela 2.2).
Os metadados são considerados pela TI como fundamentais para documentar, catalogar,
preservar e compartilhar IG. Algumas de suas tecnologias SIG, Data Warehouse - DW e
Sistemas de Apoio à Decisão - SAD estão baseadas nos metadados para compor de forma
consistente as bases de dados dos sistemas de informação para tomada de decisão.
A geração, segundo o padrão FGDC, de um Banco de Metadados de produtos do
mapeamento terrestre (geográfico e topográfico) e do mapeamento municipal (mapas e malhas)
176
propicia ampliar sua disseminação na Web, através de interfaces e aplicativos que utilizam
protocolos internacionais e, contribuir para a constituição de um Banco de Dados Nacional de
Metadados Espaciais. A publicação desse Banco de Metadados através de uma rede
geograficamente distribuída de disseminação de metadados (clearinghouse), expandirá o uso
adequado dos produtos cartográficos do mapeamento terrestre brasileiro no país, nas Américas e
em outros continentes.
5.2
ANÁLISE DOS OBJETIVOS ATINGIDOS
O desenvolvimento do trabalho teve como diretrizes:
a) contribuir para ampliar o conhecimento sobre a importância, a produção, a disseminação e o
uso adequado de informação geográfica - IG, enfocando as abordagens efetivadas em diversos
países do mundo e em continentes;
b) promover estudos e pesquisas para o cadastramento de metadados de produtos cartográficos,
de uso comum, segundo padrão internacional para compor um catálogo nacional de
metadados de bases cartográficas do mapeamento terrestre – geográfico, topográfico e
municipal.
A apresentação e discussão de assuntos referentes à IG (conceituação, produção,
documentação através de metadados, publicação e busca) nortearam os três primeiros capítulos
da presente dissertação. Esses capítulos foram organizados com o intuito de contribuir para
ampliar o conhecimento de como os países e instituições vêm desenvolvendo e abordando os
temas inerentes à aquisição, tratamento, cadastramento de metadados e publicação, na Internet,
de bases de dados geoespaciais (territoriais e ambientais).
O desenvolvimento e as características de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais – IDE
no mundo, nos continentes e nos países estão retratados no capítulo 2. Um trabalho de relevância
foi o relatório do Comitê Americano de Ciências de Mapeamento (MSC, 1993), que serviu de
subsídio para as ações de ordenação e construção de várias INDE no mundo. O Comitê aponta
como ponto de partida para uma INDE o estabelecimento de um Programa Nacional de
Compartilhamento de Dados Espaciais (figura 2.3). As características do desenvolvimento e a
evolução de algumas iniciativas de IDE no mundo estão retratadas nos apêndices 1 e 2. Destas,
177
infere-se que os metadados são componentes essenciais de uma IDE. A pesquisa bibliográfica
propiciou a definição do escopo e da abrangência da dissertação que aborda parte de três
componentes de uma INDE: padrões (documentação – catálogos de metadados); tecnológica
(rede de disseminação de metadados – clearinghouse) e dados (de mapeamento geográfico,
topográfico e municipal), apresentada na figura 2.8.
O capítulo 3 reporta as características inerentes aos padrões de metadados, em uso no
mundo, e apresenta um diagnóstico do uso de padrões de metadados nas instituições brasileiras.
Esse diagnóstico foi realizado através de pesquisa indireta por questionário, enviado via Web,
para as instituições. Esta pesquisa, por não conseguir informações dos que ainda não iniciaram o
tratamento de sua documentação cartográfica, utilizando algum padrão de metadados (apêndice
5), não se mostrou adequada. Para esses casos a pesquisa informal, via telefone, se mostrou mais
efetiva. Em alguns casos as instituições, mesmo instadas a responder, não o fizeram. Avalia-se
que como não utilizam metadados evitaram expor a ausência de uma diretriz quanto a
documentação sistemática e padronizada de seus dados espaciais, que atualmente é considerada
pela TIC como fundamental para as novas tecnologias de gerenciamento de dados e construção
de sistemas de informação e sistemas de busca e acesso a dados. Houve oportunidade de acrescer
aos questionários respondidos informações advindas de pesquisa nos portais da Internet de 8
(oito) instituições federais, estaduais e municipais públicas que disponibilizam dados
geoespaciais em suas páginas e portais.
Ao analisar as iniciativas de documentação e serviços de metadados de instituições
brasileiras, observa-se que o padrão FGDC é utilizado por 5 (cinco) dessas iniciativas. Houve
casos de se implementar um catálogo de metadados e sua publicação na rede Internet que foram
descontinuados por mudanças institucionais e saída de técnicos responsáveis. Entretanto existem
iniciativas de sucesso que vêm tendo continuidade, citadas no item X.X.
O estudo dos padrões de metadados utilizados por regiões e países apontou (vide fatores
para escolha de padrão de metadados – seção 4.3). A escolha do padrão FGDC efetivou-se
principalmente pela disponibilidade de pacotes e interfaces, de uso livre, que integram ambientes
e viabilizam a publicação de metadados na Web. A tecnologia de serviços de metadados na
Internet utiliza tanto o protocolo HTTP quanto o protocolo de comunicação e busca Z39.50
(padrão internacional de comunicação e busca entre bibliotecas virtuais). Esses protocolos
178
propiciam a operacionalização da publicação de metadados espaciais na Web, através de uma
rede geograficamente distribuída de disseminação de metadados (clearinghouse).
A conceituação de IDE e seu desenvolvimento por diversos países indica o quanto é
necessário que a União (o Estado brasileiro), através da CONCAR / SDE, evolua nos trabalhos
inerentes a composição de IDE nacional, tendo como objetivo dotar o país, ou ao menos
evidenciar e promover os acordos e discussões técnico-científicas, sobre as componentes
políticas; de dados; de tecnologia; e de capacitação necessárias na direção da construção de uma
INDE brasileira.
Ao longo da dissertação tornou-se evidente que os componentes centrais de uma IDE são
os dados espaciais e os metadados dos mesmos, tendo sido esses dois componentes dos três
(acrescido de recursos tecnológicos) abordados na presente dissertação. Entretanto observa-se
que algumas questões são pré-requisitos para se iniciar ações com vistas à construção e
implementação de uma IDE:
- mudança institucional quanto à cultura de documentação dos dados geoespaciais
(através de padrão de metadados);
- conscientização da gestão e do corpo técnico, de forma crescente e permanente, quanto a
necessidade de conhecer e compor seus catálogos de dados e informações para
integração e análise objetivando a tomada de decisão (ampliar a competitividade);
- implementação e incorporação gradativa (sistemática e permanente) de catálogos de
metadados, segundo determinado padrão, das bases geoespaciais existentes;
- cadastramento e disseminação, segundo padrão de metadados, que propicie visibilidade
nacional, regional e internacional.
A presente dissertação abordou os componentes - padrões, dados e tecnológico, da
construção de INDE, e como contribuição para as discussões e estudos da CONCAR/SDE aponta
alguns assuntos envolvidos para os estudos na direção de construir uma INDE brasileira (figura
5.1).
179
INDE
POLÍTICA
DADOS
- Acordos institucionais;
- Identificar atribuição,
produção, e custódia de dados
(IG);
- Compor Programa de Acordos
de Compartilhamento de dados
fundamentais (IG); • • •
- Definir dados
fundamentais e temáticos
comuns (IG);
- compatibilização e
certificação;
- integração e divulgação;
•••
LEGAL
TECNOLÓGICA
- protocolos e interfaces
para comunicação e busca;
- rede de servidores;
- serviços (Geo); • • •
PADRÔES
- mandatos institucionais;
- direitos legais e autorais;
- normas e legislação; custos,
comercialização e cessão; • • •
- de metadados;
- modelo de dados;
- de intercâmbio de
dados; • • •
RECURSOS
HUMANOS
- capacitação;
- nivelar conhecimento;
- treinamento técnico e
gerencial; • • •
FIG. 5.1 – Assuntos propostos para os componentes de uma INDE brasileira.
5.3
RECOMENDAÇÕES
Vivencia-se, desde a década de 80, novos paradigmas quanto aos dados e informações no
que se refere às tecnologias de aquisição, de posicionamento, tratamento e disseminação. As
instituições públicas (governamentais e acadêmicas) têm que assumir a responsabilidade, o
compromisso e o desafio de promover as discussões e ações no sentido de eliminar os seguintes
fatores que têm impactado a implantação de uma INDE brasileira:
-
a cultura institucional das organizações brasileiras por projeto, com pouca integração e
disseminação;
-
a ausência / falta, ou ainda a precária documentação, de bases cartográficas e
temáticas em ambiente analógico e digital;
-
conhecimento territorial e ambiental dificultado por desconhecimento da existência de
bases cartográficas e temáticas, já em ambiente digital;
180
-
minorar as inconsistências acarretadas pela ausência de especificações geodésicas e
cartográficas na geração de bases, em ambiente digital, que em alguns casos as tornam
inadequadas para utilização em Sistema de Informação Geográfica - SIG e em Sistema
de Apoio a Decisão - SAD.
A cultura verticalizada da administração pública brasileira, a abordagem individualista de
alguns projetos das áreas de Geociências, em algumas instituições, e a falta de consciência da
importância de se conhecer, de forma sistemática através de padrões de metadados, a linhagem de
produção de dados geoespaciais vem acarretando a duplicação de esforços, a perda de
investimentos públicos e em muitos casos a geração de bases geoespaciais inconsistentes,
acarretando em alguns casos re-trabalho para torná-las aptas para análises espaciais.
A descontinuidade de gestões tem contribuído para que sistemas que tem como objetivo
disseminar de forma consistente bases geoespaciais venham sofrendo, com freqüência, solução de
continuidade.
5.3.1 DIRETRIZES E CONDICIONANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE
UMA IDE NACIONAL
Identifica-se a CONCAR / SDE como o órgão que poderá congregar as organizações
públicas e privadas no desafio de iniciar as discussões e ações para a implementação de um
Programa de Acordos de Compartilhamento de Dados Espaciais – PCDE (figura 2.3), que deve
ser o marco inicial para a construção / implantação efetiva de uma INDE brasileira. Na figura 5.2
são apontados alguns fatores motivadores para que se implementem as discussões na direção da
construção da INDE. Entretanto, é fundamental ainda que a CONCAR, como órgão coordenador
do SCN estimule a participação do Brasil no Comitê Permanente de Infra-estrutura de Dados
Espaciais para as Américas – CPIDEA, em desenvolvimento conforme recomendação da 6ª
UNRCC e ação reforçada como recomendação também da 8ª UNRCC/AM, e que é coordenado,
atualmente, pelo México.
181
PCDE
INDE
- Conhecer e divulgar as bases
geoespaciais produzidas no e
para o Estado brasileiro;
- Documentar de forma
padronizada as bases
geoespaciais existentes; • • •
- Retorno para a sociedade de bases
geoespaciais, de uso comum,
compatibilizadas e consolidadas
para a tomada de decisão (pública e
privada); • • •
FIG. 5.2 – Motivações para a implementação de um Programa de Acordos de Compartilhamento
de Dados Espaciais
5.3.2 MODELO FGDC DE METADADOS
O modelo FGDC é um padrão extenso. Entretanto, no cadastramento de produtos
cartográficos, por técnico com conhecimento dos produtos e com nível de detalhamento das
seções considerado mediano, foi consumida ½ hora por cada produto.
As ferramentas disponibilizadas pelo FGDC para cadastramento e compilação são
amigáveis e de fácil uso por indivíduo que conheça minimamente o ambiente Windows. A
operacionalização da publicação na Web e o registro na rede IGDN requer conhecimentos
técnicos especializados, tais como: rede de comunicação; ambiente cliente-servidor; Internet,
dentre outros. O padrão FGDC/98 requer adequações para descrever um maior número de
produtos cartográficos. A seguir apontam-se algumas das adequações necessárias:
•
na seção de referência espacial: no caso do Brasil, deve-se informar a rede geodésica
utilizada para o ajustamento dos pontos, pois existem redes diferentes para sistemas de
182
referência com a mesma denominação (Datum Horizontal utilizados no Brasil: SIRGAS
têm duas redes de 1995 e 2000, o SAD69 tem 2 redes reajustadas (1969 e 1996) e o
Côrrego Alegre tem no mínimo 3 redes reajustadas;
•
detalhamentos específicos para caracterizar os tipos de insumos e produtos de
Sensoriamento Remoto – SR. No padrão sem extensão para SR, informa-se apenas o
coeficiente de nuvens, que se entende ser insuficiente para descrever os insumos a serem
utilizados para produzir e atualizar bases cartográficas e temáticas.A extensão para
produtos de SR deverá ser analisada para adequar sua aplicação à realidade brasileira.
A aplicação do padrão de metadados FGDC aos produtos do mapeamento terrestre
sistemático deve ser precedida a uma consulta ampla aos membros da comunidade cartográfica
(pública e privada). A SDE/CONCAR deve ter como diretrizes de ação:
•
agregar as instituições e profissionais que vêm desenvolvendo iniciativas de sucesso (vide
seção 3.4.2);
•
publicar para adendos uma proposta de padrão de metadados; consolidar as adequações
advindas das áreas temáticas e específicas;
•
disponibilizar aplicativos para cadastramento, compilação e indexação de metadados a
serem utilizados pelas organizações produtoras de dados geoespaciais;
•
manter estudos sistemáticos para as adequações dos metadados aos padrões
internacionais.
5.4
PERSPECTIVAS
5.4.1
TENDÊNCIAS
•
PADRÕES DE METADADOS
Os padrões de metadados têm evoluído com a pesquisa em TI, sendo que alguns padrões
tem uma modelagem relacional e os mais recentes (ANZLIC e ISO 19115) utilizam o paradigma
de orientação a objetos e a linguagem UML para descrever sua modelagem. É consenso à
importância da adoção de um padrão internacional, porisso o padrão ISO, publicado em 2003,
183
contou com a participação de quase todas as instituições que implementaram padrões de
metadados (FGDC, CEN, ANZLIC, NASA, OPENGIS, dentre outras). Entretanto, ainda não
estão disponíveis aplicativos (livres) para implementar esse padrão, tendo-se notícias de que
algumas instituições de países europeus estão desenvolvendo aplicativos próprios para sua
implementação.
O FGDC contratou a migração da versão de seu padrão FGDC/98 para o padrão ISO
19115 (ISO, 2003) e pretende disponibilizá-la da mesma forma que os pacotes e interfaces
atualmente disponíveis para cadastramento utilizando o padrão FGDC (vide seção 4.5.2). Cabe
ressaltar que as organizações que implementaram seus metadados no padrão FGDC poderão
migrar para o padrão ISO, pois serão disponibilizados pacotes e aplicativos para efetuar a
migração dos metadados FGDC para o modelo preconizado internacionalmente o ISO 19115.
•
AMBIENTE PEER TO PEER
Os serviços de Internet, na sua maioria utilizam a arquitetura cliente servidor, que através
de protocolos de comunicação específicos, acessam recursos específicos, como por exemplo: FTP
para acessar arquivos, Z39,50 para disponibilizar serviços de metadados, dentre outros. Nesse
ambiente o servidor é responsável por grande parte do processamento e o cliente com as
solicitações e a captação dos resultados. “Esse é o modelo de serviço-entrega nas aplicações mais
usuais da Internet (SOUZA, 2005)”.
A tecnologia peer to peer- P2P permite que qualquer dispositivo computacional capaz de
se comunicar também seja capaz de fornecer serviços a qualquer outro dispositivo similar. Um
dispositivo numa rede peer to peer pode permitir acesso a qualquer um de seus tipos de recursos
(documentos, capacidade de processamento e armazenamento e até seu operador). P2P tem a
capacidade de possibilitar novos conjuntos de aplicações implementados pelo compartilhamento
de recursos espalhados em todos os pontos da Internet (VOSS, 2004). Ao contrário da arquitetura
cliente/servidor, redes P2P não dependem de servidores centrais, e disponibilizam rede de
interligação plana e interconectada, como apresentada na figura 5.2. Esta arquitetura viabiliza que
computadores se descubram e que ajam como clientes e servidores dependendo da aplicação em
execução. Hoje existem diversas aplicações usando redes P2P. Alguns exemplos, de ambiente
P2P são o MSN Messenger (MICROSOFT CORPORATION, 2004) para compartilhar
mensagens instantâneas; o Napster, lançado em 1999 oferecendo aos seus utilizadores a
184
possibilidade de compartilharem arquivosos MP3 (SOUSA, 2005), que com uma arquitectura
híbrida semelhante à do ICQ, era suportado por um servidor central que permitia pesquisar as
músicas e a transferência era efetuada ponto a ponto;.e o projeto chamado Gnutella
(GNUTELLA, 2004) para compartilhar arquivos.
FIG. X.X Arquitetura de uma rede Peer-to-Peer
Fonte: SOUSA, 2005
TAB. 5.1 – Vantagens e Desvantagens da arquitetura P2P
Vantagens
•
•
Distribuição
da
Desvantagens
responsabilidade
de
•
Distribuição de canais de comunicação em
fornecer serviços em todos os pontos da
redes P2P resultam em pedidos de serviços
rede;
que podem ser “não determinísticos”;
Disponibilizar recursos com mais robustez
•
Os
recursos
da
rede
P2P
podem
a um custo reduzido maximizando os
desaparecer quando os clientes que os
recursos de cada dispositivo conectado à
possuem se conectam ou desconectam da
rede;
rede.
Fonte: SOUSA, 2005
Os estudos referentes à tecnologia P2P estão se expandindo, e aplicações estão em
desenvolvimento, não só de maneira híbrida, mas também com aporte de condições de controle e
segurança, bem como quanto a manutenção de recursos disponibilizados pelas diversas redes.
Esses estudos estão embasados na evolução da capacidade computacional dos computadores
185
pessoais que tem crescido exponencialmente, e em utilizar essa capacidade de forma
compartilhada. Vislumbra-se o desenvolvimento de aplicações ainda inexploradas.
•
WEB-SEMÂNTICA E ONTOLOGIAS
Nos últimos anos vêm sendo desenvolvidos modelos para transformar a rede Web de um
espaço de informação em um espaço de conhecimento.(TELLO, 2003). As pesquisas nesse
campo apontam para a padronização de linguagens e ferramentas para tornar efetiva a Web
Semântica. (BERNERS-LEE, 2001). A idéia propõe que os dados possam ser utilizados e
“compreendidos” por máquinas / computadores, sem a necessidade de supervisão humana,
viabilizando aplicações que tratem informações disponíveis nas páginas Web de maneira semiautomática.
Ontologia define os termos a serem utilizados para descrever e representar uma área de
conhecimento. As ontologías são utilizadas por pessoas, bases de dados, e as aplicações que
necessitam compartilhar um domínio de informação (um domínio é simplesmente uma área
temática específica ou um área de conheocimento, tais como medicina, fabricação de
ferramentas, gestão financeira, etc.). STUDER et al (1998) definem o termo ontologia aplicado a
TIC como “uma especificação explícita e formal sobre uma conceituação compartilhada”. As
ontologias viabilizam tornar o conhecimento legível, consensuado e reutilizável na Web,
fornecendo especificações para a representação dos conceitos e relações dos domínios
disponibilizados.
As ontologias, segundo GRUBER (1993) devem ter os seguintes componentes:
•
Relações – representam as interações e conexão entre os conceitos do domínio;
•
Funções – relação concreta que identifica um elemento por cálculo a partir de elementos
do domínio;
•
Instâncias – representam objetos determinados de um conceito;
•
Axiomas – são teoremas que definem as relações que os elementos devem satisfazer na
ontologia.
CASANOVA (2003) aponta as ferramentas e aplicações, na Web, baseadas em ontologias
como a visão de futuro para expandir: a pesquisa e indexação semântica; os sistemas de tomada
de decisão; os banco de dados “inteligentes”; o comércio eletrônico; e a construção de portais e
sites corporativos.
186
•
WEBMAPPING
A evolução e o acesso crescente de profissionais de diversos setores do conhecimento aos
Sistemas de Informações Geográficas, intensificou a demanda de acesso à informação geográfica
à uma ampla gama de usuários de maneira rápida e eficiente, objetivando expandir o uso de
produtos cartográficos para o planejamento, gestão e monitoramento territorial.
Nota-se o desenvolvimento e construção de
Sistemas de Informações Geográficas
Distribuídos (SIGD), que disponibilizam funções de consulta e análises e propiciam a geração de
resultados, sejam analógicos e/ou digitais, na forma de relatórios, gráficos, mapas e outros tipos
de produtos cartográficos para conjuntos de usuários, que não necessariamente saibam operar os
SIG comerciais, mas têm conhecimento e experiência no acesso à Internet. As ferramentas via
Web para tratar IG devem possibilitar facilidades e flexibilidade para o acesso e uso de IG que
contemplem usuários com diferentes níveis de conhecimento técnico (CEREDA et al, 2004).
Contudo, um sistema de WebMapping deve dispor não somente de recursos de
visualização de mapas, cartas e imagens com funções: de zoom, ativar e desativar categorias ou
planos de informação (camadas), mas viabilizar integração e consultas aos dados por critérios
semânticos e espaciais, bem como análises espaciais. Atualmente é crescente a necessidade de
integração de dados de levantamentos de campo (reambulação, medição sistemática e periódica
de dados, etc) através de equipamentos portáteis, tipo PDA (Personal Digital Assistant) às bases
de dados institucionais, com funções de crítica online e a geração de documentos cartográficos
que retratem a integração dos dados adquiridos disponibilizados de forma adequada (formato e
apresentação) aos técnicos da aquisição.
5.4.2
CONTINUIDADE DO TRABALHO
A mudança institucional e cultural das organizações brasileiras quanto à documentação de
dados geoespaciais ainda é incipiente. Entretanto, observa-se que cada vez mais organizações e
projetos utilizam os padrões de metadados para informar e permitir aos usuários identificar o
conteúdo, a gênese e as formas de disponibilização e acesso aos dados geoespaciais.
É urgente que se defina uma política nacional que ordene a aquisição, compatível com as
normas nacionais, e disseminação de dados geoespaciais, especialmente no que tange à produção
187
no âmbito do Estado brasileiro. Para tanto, é necessário se promover uma maior articulação entre
as instituições produtoras, visando estimular a documentação dos dados geoespaciais segundo
padrão de metadados, e desenvolver estudos para que sejam consolidadas as seções de dados que
deverá compor um padrão nacional a ser adotado.
A presente dissertação apresenta uma primeira versão para cadastramento e publicação de
metadados, utilizando o padrão FGDC, aplicável aos produtos do mapeamento terrestre.
Contudo, é necessário também que sejam compostos os metadados para os produtos referentes ao
mapeamento temático.
Considerando o atual estágio da produção de dados geoespaciais nas instituições
brasileiras e a necessidade de se fomentar a cultura de uso de metadados espaciais, sugere-se
como continuidade do trabalho dessa dissertação os seguintes assuntos / temas:
•
adequação
que se
•
da
atual
proposta de Cadastro de Metadados do mapeamento terrestre, para
incorpore o mapeamento temático;
migração automática dos dados constantes do Mapa Índice (produto desenvolvido pelo IBGE
e DSG) do mapeamento terrestre para o padrão do FGDC, com validação, antes da sua
publicação na IGDN, pelas áreas produtoras;
•
conversão do aplicativo de cadastramento TKME, para versão em português;
•
desenvolver aplicativos de cadastramento on-line de metadados nas diversas linhas de
produção dos dados geoespaciais, processos automáticos de validação e interface de busca
personalizada por instituição (em português);
•
normalizar, através de legislação própria, a aquisição de dados geoespaciais por parte do
Estado brasileiro;
•
fomentar e promover o cadastramento de metadados espaciais das bases geoespaciais
existentes nos ministérios membros da CONCAR e instituições do Estado brasileiro
vinculadas;
•
estabelecer, no
âmbito
da
CONCAR e através de comitê ou conselho consultivo ou
diretivo o Banco Nacional de Metadados Espaciais, utilizando padrão internacional FGDC
ou ISO 19115.
Como alternativa para a realização desse desafio, sugere-se que a CONCAR/SDE
desenvolva um planejamento de ações para implementar um plano inicial na direção de adoção
da INDE Brasil. Esse plano deve contemplar, no mínimo, os seguintes fatores estruturantes:
188
•
o Estado (a União) deve ordenar e normalizar a aquisição, a produção e a
disseminação de dados e informações espaciais;
•
inventariar as bases cartográficas e temáticas existentes e geradas com recursos
públicos com o objetivo de compor o Banco Nacional de Metadados Espaciais;
•
promover, no âmbito da CONCAR, um Programa de Acordos de Compartilhamento
de dados e bases geoespaciais de uso comum, objetivando a construção da IDE
brasiliera;
•
identificar quais as bases geoespaciais deverão compor os dados considerados como
fundamentais para a INDE nacional;
•
definir e compor responsabilidades e atribuições de comitê ou conselho
(CONCAR/SDE) para a geração e gerenciamento do Banco Nacional de Metadados
Geoespaciais – componente vital da INDE;
•
desenvolver os estudos e ações, no âmbito do MPOG/CONCAR, promover e
implementar uma Política de Dados e Informações Geoespaciais que oriente e
mantenha a Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais brasileira.
O estágio atual de desenvolvimento científico e os estudos de tecnologias que apoiam a
evolução do conhecimento humano identificam a nanotecnologia, a biotecnologia e a
geotecnologia como as tecnologias que impulsionarão a desenvolvimento social, ambiental e
econômico da humanidade, na busca por condições mais sustentáveis de vida. Entretanto, os
ambientes e plataformas computacionais utilizados para modelar e processar os dados de diversos
setores do conhecimento tem tido avanços permanentes e ainda muitos estão por vir.
A Agenda 21 enfatiza a importância de visão holística e integrada da realidade territorial e
ambiental (pensar global e agir local), requendo dados e informações geoespaciais que são
considerados essenciais e críticos para a tomda de decisão social, territorial, ambiental e
econômica. Espera-se que a presente dissertação contribua para disseminar questões conceituais e
práticas da documentação, integração e disseminação, na Web, de dados cartográficos e
geoespaciais e seus correspondentes metadados.
O Brasil signatário da referida Agenda, vêm envidando esforços para a implementação de
planos, programas e estudos, no âmbito da CONCAR e de suas subcomissões, objetivando
ordenar, gerenciar e disponibilizar IG através da composição da Infra-estrutura de Dados
Espaciais Brasileira.
189
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201
7 APÊNDICES
202
APÊNDICE 1
TAB. A1 – 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 1/ 5)
País
Data da
iniciativa
Setores
envolvidos
Objetivo
Órgão
coordenador
Coordenar a coleta e ANZLIC
transferência de
informações sobre
terras entre níveis de
governo e promover
seu uso para a tomada
de decisão
Órgão de
suporte
Evolução
Efetivação
AUSLIG
4 relatórios
(1988, 1990, 1994
e 1997)
Estudos e relatórios
produzidos pelas
diversas agências desenvolver as
condições
necessárias à
implementação de
uma NSDI
ASDI
1994 a 1997 - Plano Estratégico
(maximizar o acesso da
comunidade às informações
geográficas e sobre a terra) e
pesquisa com usuários;
1998 - lançamento da ASDD
(Diretório Australiano de Dados
Espaciais – 10 nós e
8 000 metadados);
1999 Aprovada a Estratégia para
Metadados (ANZLIC) e os planos
da SDI;
2000 a 2001 – serviços de busca e
ampliação da SDI (22 nós e
31 000 metadados)
NSDI
1994 – padrão de metadados e
intercâmbio;
1997 – Clearinghouse
1998 – 2ª versão padrões
2001 – Geospatial One Stop
1994
Veiculação via rede de fibra ótica
de alta velocidade
Austrália
1986
Governo federal e
estadual
Estados
Unidos
1994
Governo federal e Compor
FGDC
ministérios
Clearinghouse criação
envolvidos com IG de infra-estrutura
nacional de dados
USGS
Participação no
MSC e realização
de seminários com
as agências
produtoras de IG
Qatar
1988
Governo Federal e
agências nacionais
envolvidas com
SIG
1990 –
Centro
Nacional
para SIG
base de dados
topográfica( alta
resolução) - 16
agências do
governo
implementação de
base de dados
cartográfica digital,
integrada SIG de
âmbito nacional.
Comitê Nacional
(padronizar e
supervisionar a
implementação
de SIG nacional)
Fonte: adaptado de MASSER, 1998
203
TAB. A1– 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 2 / 5)
País
Data da
iniciativa
Setores
envolvidos
Objetivo
Órgão
coordenador
Órgão de
suporte
Portugal
1990
Órgãos federais, Coordenar a integração de
estaduais e das dados dos diferentes níveis
comunidades
da administração pública e
desenvolver o Sistema
Nacional de Informação
Geográfica - SNIG
Centro Nacional de
Informação
Geográfica - CNIG
Centro
Nacional de
Informação
Geográfica CNIG
Holanda
1992
Ministério da
Habitação,
Planejamento
Espacial e Meio
Ambiente
Conselho Real para
Informação estatal
(RAVI), passa a ser
Conselho Nacional
para Informação
Geográfica.
RAVI
Indonésia
1993
Agência de
Coordenação
Nacional de
Mapeamento e
Levantamento
Definia em seu plano
estratégico que o
desenvolvimento de Infraestrutura Nacional de
Informação requer uma
bem idealizada política,
uma organização
administrativa adequada, e
a coordenação intensiva de
todas as partes envolvidas
Identificar os principais
usuários e produtores de
dados de terra com o
objetivo de estabelecer um
Sistema Nacional de
Informação Geográfica
com propósitos de subsidiar
o planejamento
Agência Nacional de
Coordenação de
Mapeamento e
Levantamento
Fonte: adaptado de MASSER, 1998
204
-
Evolução
Efetivação
1995 lança a rede do
SNIG – considerado o
maior programa de
modernização da
administração pública.
1º país da comunidade
européia a ter uma
NSDI
1995 - Implementa
Diferenciação entre
uma clearinghouse a
dados essenciais e
partir de iniciativas de
dados temáticos.
Criação na escala de 1: várias agências.
1999 - portal na Web
10 000, de um
com acesso para todos
conjunto de dados
os níveis de governo.
básicos para a
2002 – Acesso público
administração
aos dados.
municipal e para os
serviços públicos
1993 - 62% do
Prioridade para a
território mapeado,
geração de uma
escala topográfica,
framework nacional
para garantir que a IG Projetos de SIG no 6º
Plano de 5 anos –
produzida por
treinamento e
diferentes agências
conscientização,
tenham o mesmo
referencial geográfico transferência de
tecnologia e
desenvolvimento de
banco de dados.
Desenvolveu planos de
identificação de
demandas de IG nas
municipalidades e
implantou em 5 regiões
nós para coleta e
transferência de IG
TAB. A1 – 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 3 / 5)
País
Data da
iniciativa
Setores
envolvidos
Objetivo
Infra-estrutura Nacional
para Sistemas de
Informação de terras,
acesso a informação:
planejamento e
manutenção de sistemas
de infra-estrutura e
desenvolvimento
sustentável de recursos
naturais como óleo, gás,
florestas, água e terra
Estimula o
desenvolvimento de
base de dados espaciais
digitais e a padronização
de informação
geográfica
Malásia
1994
Ministério de
terras e
desenvolvime
nto
cooperativo
Coréia
1995
Governo
federal
Órgão
coordenador
Órgão de suporte
Evolução
Efetivação
-
Força tarefa
governamental
para implementar
a infra-estrutura
em nível federal e
estadual. Em 1996
é feito um
protótipo para a
área de Kuala
Lumpur
1997 – O governo
estabelece as diretrizes
para a Infra-estrutura
Nacional para
Sistemas de
informação de terras
Custos alocados
64% das agências
federais e
estaduais e 36%
oriundos da
iniciativa privada
Fase 1 – 1995 a 2002
Criação do mapa
topográfico básico na
escala de 1: 1 000 para
as áreas urbanas e 1:
25 000 para áreas
rurais
NaLIS
NGIS -Comitê
de
representantes
de 11
ministérios
coordenados
pelo Ministério
da Construção e
de Transportes
(que propôs o
Global
Mapping)
Suporte de
desenvolvimento e
financiamento
envolvendo os
governos federal e
estaduais
Fonte: adaptado de MASSER, 1998
205
TAB. A1 – 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 4 / 5)
País
Data da
iniciativa
Setores
envolvidos
Japão
1995
Governo
Federal
Canadá
1995
Governo
Federal e
Conselho de
representação
das províncias
Objetivo
Governo federal após
o terremoto em Kobe
conduziu a uma
revisão dos serviços
de administração de
emergência e a
necessidade de
integração dos dados
relacionados . Criado
um Comitê de
Integração de
Ministérios e
Agências que
trabalhavam com SIG.
Prover o acesso a
dados geoespaciais,
criar uma estrutura de
dados fundamentais,
harmonização entre
padrões geoespaciais,
encorajar o
estabelecimento de
parcerias para o
compartilhamento de
dados e de políticas
para facilitar o uso
mais amplo de dados
geoespaciais
Órgão
coordenador
Órgão de suporte
Evolução
Efetivação
Comitê de
Integração de
Ministérios e
Agências
Agência Nacional
de Mapeamento e
Agência Nacional
de Terras
1996 – publicação A primeira fase até
de plano de ação
1999 , incluindo
até 2000
padronização de
metadados, e a
definição dos papéis
de governo federal,
governos locais e do
setor privado no
estabelecimento do
NSDI. (participação
de 80 instituições
privadas)
Comitê de Interagências
federais em
Geomatica –
coord. pelo
Deputado
Assistente do
Ministério de
Ciência de Terra
em Recursos
Naturais
Conselho Canadense
de Geomática e
Ministério de
Ciência de Terra em
Recursos Naturais
(Sensoriamento
Remoto, Geodésia,
Cartografia e
Recursos Naturais)
Programa baseado 1998 – CGDI na Web;
2000 – Plano e
em 4 temas:
modelo de processo –
componentes, padrões
- Políticas
da CGDI provedores
- Padrões
de dados, de serviços
- Dados
e clientes;
fundamentais
2001 –Arquitetura e
- Parcerias
Acordo Geomática
- Acesso
Canadense entre
governo federal e
províncias.
Fonte: adaptado de MASSER, 1998
206
TAB. A1 – 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 5/ 5)
País
Reino
Unido
Data da
iniciativa
1996
Setores
envolvidos
Produtores de
dados do setor
público e
privado
Objetivo
“destrancar” – dar
acesso, à sociedade,
aos dados
geoespaciais
Órgão
coordenador
Conselho da
Infra-estrutura
de Dados
Geoespaciais e
Conselho
Consultivo de
usuários
Órgão de suporte
Ordnance Survey –
agência de
mapeamento e
levantamento, e
Associação para
Informação
Geográfica.
Fonte: adaptado de MASSER, 1998
207
Evolução
Efetivação
Estratégia:
colaboração;
padrões; e
melhores práticas
de acesso a dados
1998 – Plano
Estratégico da NGDF;
Fase 1 (2000 a 2001) Portal de serviços
(askGIraffe) de
metadados; conjunto
de dados padrões
NGDF; e diretrizes
para Grupos de
trabalho nas áreas:
metadados,
credenciamento e
pesquisa.
APÊNDICE 2
TAB. A2 – Características de implementação de IDE, em alguns países (parte 1 / 3)
País
África do Sul
sim
Formalização
Participação
Legal
(setor)
não
Público / privado
Alemanha
sim
sim
público
federal
Antártica
sim
não
público
Federal
Austrália
sim
sim
Federal
Canadá
sim
não
Chipre
sim
sim
Público
(contrata setor privado)
Público
/privado (contrata privado)
Público
(contrata privado)
Colômbia
sim
não
Finlândia
sim
sim
França
sim
Tentando obter
Grécia
Estágio
Público
(contrata privado)
Público (privado fornece
dados no padrão)
Público / Privado
Coordenação
federal
Comitê Interagências
Departamento
de Levant. de
terras
Federal
Federal
Áreas envolvidas
Negócios de terras, ambiental
e serviços públicos
Administração e levantamento
de terras (Comitê)
Comitê científico de Pesquisa;
Mapeamento (Dep. Industria,
Ciência e Turismo)
Geociências
Geomática, Ciências da Terra,
Recursos Naturais
Agências locais
Cartografia, Agricultura,
Petróleo
Levantamento de terras
Associação Francesa p/
informação geográfica
sim
não
Público
federal
Org. Mapeamento e Cadastro
(contrata privado)
fundiário
Fonte Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
208
TAB. A2 – Características de implementação de IDE, em alguns países (parte 2 / 3)
País
Estágio
Holanda
sim
Hungria
Índia
sim
sim
Formalização
Participação
Legal
(setor)
Não possuem,
Público / privado
existem acordos
entre as
agências
sim
Público (contrata privado)
sim
público
Coordenação
federal
Conselho Informação
Geográfica (Cadastro,
Habitação e outras)
Coordenação de Informática
Levantamento geodésico e
mapeamento
Indonésia
sim
em processo
Público
Agência de
Dep. de terras, florestas,
Levantamento e concessionárias
Mapeamento
Irlanda do Norte
sim
sim
Público / privado
federal
Sist. de Informação
Geográfica
Japão
sim
Não, mas é
Público / privado
federal
Conselho: mapeamento,
reconhecida
construção, transporte e
serviços de emergência
Macau
sim
sim
público
federal
Mapeamento e cadastro
fundiário
Malásia
sim
sim
Público
federal
Terras e Desenvolvimento
(encoraja privado)
Cooperativo
Nova Zelândia
não, mas
Levantamento Geodésico
Paquistão
proposta
não
público
federal
Levantamento geodésico
Rússia (Fed.)
iniciando não
Público
federal
Mapeamento e levantamento,
(planejam ter privado)
terras, construção, habitação e
serviços
Suécia
sim
não
Público
federal
Levantamento de terras, serv.
(contrata privado)
geológico, de estradas,
navegação e meio ambiente
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
209
federal
federal
Àreas envolvidas
TAB. A2 – Características de implementação de IDE, em alguns países (parte 3 / 3)
País
Reino Unido
Estágio
sim
Estados Unidos da sim
América
Regiões
Formalização
Participação
Legal
(setor)
não
Público / privado
federal
sim
federal
Público
(contrata privado)
Estágio
Coordenação
Áreas envolvidas
Geodésia, mapeamento,
estatística, uso da terra,
agricultura
Comitê FGDC – todas as áreas
de geoinformação
Formalização
Participação
Coordenação
Áreas envolvidas
Legal
(setor)
ANZLIC
sim
sim
Público / privado
Regional
Geociências
PCGIAP
sim
Reconhecido
Público / privado
Regional
Geociências
pela ONU
EUROGI
sim
não
Público
Regional
Informação geográfica
(planejam envolver privado)
CERCO
não, em
Várias companhias privadas Regional
Cartografia
(Comitê Europeu
definição nas
têm feito acordos para
de Responsáveis
políticas de
distribuição de dados
pela Cartografia
Unificação
Oficial)
Européia
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
210
APÊNDICE 3
TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 1 / 7)
País
Dados
funda_
mentais
África do Sul Sim, 5
FGDC
Alemanha
Sim, 6
sim
Antártica
Sim, 6
Austrália
Sim, 10
Canadá
Padrão
Clearinghouse
Metadados
Padrão
dados
Dados
Públicos
Sim, em
Sim,
desenvolviment próprio
o (IGDN)
Sim, nas
sim
agências
não
sim
sim
sim
sim
sim
sim
Alguns:
NIMA – batimetria
e Data Base 5
minutes; Itália –
nomes geográficos
Sim, alguns
Não, tem custos e
são distribuídos
pelas agências
Desafios
Cooperação institucional.
Dados fundamentais que
sejam obedecendo ao padrão.
Demanda dos provedores e
dos usuários por mais
transparência no geomercado. Telecomunicações
Maior cooperação
Cooperação de altos níveis de
governo
Sim, 5
Sim, próprio sim
sim
Poucos disponíveis Maior compreensão sobre a
e FGDC
(governo). Poucas
importância de dados
agências
geográficos, como
disponibilizam
fundamentais. Preparar
dados de forma
pessoal para trabalhar com
livre: 1: 250 000
eles. Grande lacuna entre o
aptidão das terras;
estado da arte em geomática e
Atlas e 1: 1 M e
as organizações que podem
menores
usá-la.
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
211
TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 2 / 7)
País
Chipre
Dados
Padrão
Clearinghouse
funda_ Metadados
mentais
Sim, 7
sim
não
sim
Colômbia
Sim, 10
sim
Finlândia
França
Sim, FGDC
sim
Padrão
dados
Dados
Públicos
Desafios
Não, tem custos. E
existem dados
restritos e para outros
é necessário
autorização de
acesso
Não são livre,
vendidos e com
direitos autorais
Encorajar os usuários de
dados espaciais a utilizarem a
base espacial do DLS para
possibilitar intercâmbio e
integração de dados.
Grande cobertura de nuvens
no território, impactando a
geração de mapas
topográficos. Alternativas
para imagens fotográficas
para toda a nação
Sim, 5
sim
sim
sim
Fornece um
Garantir a consistência para
visualizador de
permitir integração e
mapas topográficos qualidade adequada.
(podem ser
Coordenação formal na
impressos pelo
aquisição de dados Definir
usuário), tem direitos quais os dados são
autorais
fundamentais é um desafio.
Sim, 5
sim
sim
sim
Não, porém os custos Definição e produção de
são decrescentes e
dados de referência
exige licença de uso.
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
212
TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 3 / 7)
País
Grécia
Dados
Padrão
Clearinghouse
funda_ Metadados
mentais
Sim, 7
sim
desconhecido
Padrão
dados
sim
Holanda
Sim, 10
sim
sim
sim
Hungria
Sim, 14
sim
Alguns por Web
site
sim
Índia
Sim, 4
sim
Indonésia
Sim, 7
sim
Agências
sim
governamentais e
ONG
sim
sim
Dados
Públicos
Desafios
O número é
desconhecido
Intercâmbio entre
agências de governo
tem direitos autorais
e custo. Poucos são
públicos
Coordenação dos esforços de
NSDI
O acesso as IG - para todo o
mundo, a qualquer hora, em
qualquer lugar , a criação de
uma infra-estrutura de
conhecimento. (2002 – 100%
das informações)
Poucos são públicos, Acelerar a padronização de
existe um pequeno
dados e produtos
custo
geoespaciais fundamentais.
Implementar o Sistema de
Parcelas de terras. Achar a
solução mutuamente benéfica
para a disseminação dos
dados através de uma
Clearinghouse.
Não, existem custos Comitês, com membros de
alto nível, tem sido formados.
Podem ser
Aspectos econômicos e legais
pesquisados através são prioritários
do site
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
213
TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 4 / 7)
País
Dados
Padrão
Clearinghouse
funda_ Metadados
mentais
Sim, 6
sim
Não ainda
sim
Não aplicável
Japão
Sim, 13
sim
sim
sim
Não, existem custos
Macau
Sim, 3
não
não
não
Irlanda do
Norte
Padrão
dados
Dados
Públicos
Desafios
Efetivos sistemas de
fornecimento e comunicação.
Transmissão interna e externa
das agências produtoras,
conexões efetivas são
essenciais. Telecomunicações
são essenciais para a
transmissão de arquivos de
dados topográficos
(complexos e grandes).
Padronização,
desenvolvimento e
distribuição de dados de
referência (framework).
Desenvolver incentivos para
participantes do governo
central e local.
Públicos somente
para agências de
governos,
organizações não
lucrativas e educação
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
214
TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 5 / 7)
País
Malásia
Dados
Padrão
Clearinghouse
funda_ Metadados
mentais
Sim, 3
sim
sim
Padrão
dados
sim
Dados
Públicos
Compromisso e cooperação
entre as agências
participantes, em nível
federal e estadual.
Orçamento próprio para
NSDI e para as agências
participantes
Nova Zelândia Sim, 6
sim
Paquistão
Sim, 2
sim
sim
sim
Custos pequenos
Diferentes formatos de dados
e sua conversão
Rússia (Fed.) Sim, 8
sim
sim
sim
Somente alguns
Devido as crises econômicas
mapas de pequenas
no país o desenvolvimento de
escalas e algumas
NSDI é altamente
imagens são públicas problemático. Devem ser
superados impedimentos e
devem ser desenvolvidos
incentivos para permitir a
geração de dados espaciais
compatíveis entre as agências
e organizações locais,
estaduais e nacionais.
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
215
Ainda estão
avaliando que dados
serão públicos (no
início da NSDI)
Desafios
TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 6 / 7)
País
Suécia
Dados
Padrão
Clearinghouse
funda_ Metadados
mentais
Sim, 7
sim
sim
Padrão
dados
sim
Dados
Públicos
O estabelecimento de uma
NSDI eficiente é um processo
em evolução. Soluções
técnicas precisam ser
desenvolvidas (relativas a
padrões, ao funcionamento de
clearinghouse, etc), Maiores
desafios são relativos a
financiamento ,
comercialização e
responsabilidades.
Reino Unido Sim, 5
sim
sim
sim
Tem custos
Falta de recursos
Estados
Sim, 12
FGDC
sim
sim
Muitos milhares de
Devem ser superados
Unidos da
dados são públicos
impedimentos e devem ser
América
desenvolvidos incentivos
para permitir a geração de
dados espaciais compatíveis
entre agências e organizações
em nível local, estadual e
nacional.
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
216
Mapas em escalas
pequenas e partes
pequenas do país
Desafios
TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns regiões (parte 7 / 7)
País
ANZLIC
Dados
Padrão
Clearinghouse
funda_ Metadados
mentais
Sim, 9
sim
sim
Padrão
dados
sim
PCGIAP
Sim, 4
sim
sim
sim
EUROGI
Sim, 4
sim
sim
sim
CERCO
(Comitê
Europeu de
Responsáveis
pela
Cartografia
Oficial)
Sim, 2
Não decidiu
ainda
Não decidiu ainda Não
decidiu
ainda
Dados
Públicos
Desafios
Planejam ser livre ou
com um pequeno
custo
Não foi determinado
ainda
Manutenção de uma visão
compartilhada entre os nove
governos participantes.
Participação contínua dos
países membrosdo PCGIAP e
disponibilidade suporte
financeiro.
Identificar um patrocinador
para a NSDI européia.
Em nível europeu um
posicionamento e
compromisso político
unificado deve ser
encorajado para reforçar a
visão de uma necessária Base
de referência (framework)
espacial que possibilitará uma
melhor tomada de decisão e
que traz bem-estar a todos os
cidadãos europeus.
não
Não dentro do
CERCO
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
217
APÊNDICE 4
TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 1 / 8)
Países
Dados Fundamentais
África do Sul (5)
Parcelas e proprietários de terras
Representações topográficas
Áreas urbanas
Limites político-administrativos
Hidrografia – rios e represas
Alemanha (6)
Controle geodésico
Elevação
Cartas topográficas
Levantamento aerofotográfico digital
Limites politico-administrativos
Posse de terras
Austrália (10)
Controle geodésico
Nomes geográficos
Elevação
Hidrografia
Sistemas de Transporte
Limites politico-administrativos
Posse de terras
Batimetria
Uso e cobertura da terra
Imagens de satélite
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
218
TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países ( parte 2 / 8)
Canadá ( 5)
Rede de Controle Geodésico
Bases topográficas (diferentes níveis: federal, estadual e municipal)
Nomes geográficos
Dados estatísticos de diversas organizações
Imagens de satélite
Chipre (7)
Rede de controle geodésico
Limites cadastrais
Construções / edificações
Feições topográficas (curves de nível, rios, estradas)
Dados de Levantamento de campo
Limites político-administrativos
Mapa Índice
Colômbia (10)
Curvas de nível
Pontos de controle de campo
Pontos geodésicos
Hidrografía
Sistema de transporte
Centros povoados
Vegetação
Uso da terra,
Divisão político-administrativa
Geociências
Finlândia (5)
Mapas topográficos (várias escalas de 1:8000 a 1:8 milhões).
Índice estadual de preços de mercado
Mapa digital de limites cadastrais
Pontos de controle geodésico
Registro estadual de terras
França (5)
Informações de controle geodésico
Informações topográficas
Informações cadastrais
Limites administrativos
Endereçamento postal
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
219
TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 3 / 8)
Grécia (7)
Linha de costa
Limites da Federação e regiões
Localidades (área, nome e códigos)
Limites administrativos municipais e das comunidades
Rede de pontos geodésicos
Uso da terra e de edificações
Terras úmidas
Holanda (10)
Rede de Controle Geodésio
Mapa básico (grande escala – Mapa cadastral)
Cartas topográficas (vetor – 1: 10 000)
Mapa de Altitudes
Dados hidrológicos
Registro municipal automático de parcelas de terras
Cobertura da terra
Áreas de preservação ecológica
Geologia
Arqueologia
Hungria (14)
Rede de controle geodésico
Registro de propriedades e terras
Mapas cadastrais (1: 2 000)
Mapas topográficos (1: 50 000)
Limites administrarivos
Cobertura da terra
Nomes geográficos
Dados de serviços públicos (concessionárias)
Dados de Sensoriamento Remoto (imagens de satélite e fotografias aéreas)
Dados geológicos e geofísicos
Mapas de Vegetação
Mapas de Solos
Mapas de Silvicultura
Dados meteorológicos e ambientais
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
220
TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 4 / 8)
Índia (4)
Rede de controle geodésico
Dados de gravimetria e geomagnéticos
Dados maregráficos ao longo da linha de costa
Bases cartográficas digitais (várias escalas)
Indonésia (7)
Rede de controle geodésico (horizontal, vertical e de gravidade)
Bases topográficas digitais
Bases cadastrais digitais
Base de dados batimétricos
Limites nacionais e internacionais
Base de dados de recursos naturais e marítimos
Base de dados da plataforma continental e da zona econômica exclusiva
Irlanda do Norte (6)
Controle geodésico
Bases cartográficas – escala grande (1: 1250 e 1: 2500), incluindo vários temas: redes
de transporte, rios, edificações, limites administrativos, parcelas, etc)
Bases cartográficas – escala pequena e média, incluindo rodovias, elevação, limites
administrativos, rios e lagos
Base de dados de solos
Base de dados de uso da terra
Base de dados temáticos
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
221
TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 5 / 8)
Japão (13)
Rede de controle geodésico
Rede de deformação da crosta
Mapa de tensão horizontal da crosta
Mapa Geoidal
Mapas topográficos (de 1: 10 000 a 1: 500 000)
Mapas geográficos ( de 1: 1 000 000 a 1: 3 000 000)
Mapas de limites e linha de costa
Mapas e dados de serviços públicos (escala grande)
Nomes geográficos
Mapa de áreas costeiras
Mapa de lagos
Mapas de vulcões
Dados de Sensoriamento Remoto (imagens de satélite e fotografias aéreas)
Macau (3)
Mapas topográficos
Mapas cadastrais
Fotografias aéreas
Malásia (3)
Rede de controle geodésico
Mapas topográficos
Mapas cadastrais
Nova Zelândia (6)
Rede de controle geodésico
Mapas topográficos
Mapas cadastrais
Nomes geográficos
Cartas hidrográficas
Padrões de avaliação de terras
Paquistão (2)
Controle geodésico
Mapas topográficos (1: 50 000)
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
222
TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 6 / 8)
Rússia (Fed.) (8)
Rede de controle geodésico
Elevação e batimetria
Imagens de satélite
Limites administrativos
Registro de terras
Sistemas de transporte
Hidrografia
Mapas temáticos (vários temas)
Suécia (7)
Rede de controle geodésico (planimétrico, altimétrico e de gravidade)
Mapa Geoidal
Sensoriamento remoto (fotos aéreas, ortofotos e imagens)
Bases topográficas (de 1: 10 000 a 1: 250 000)
Banco de Registro de terras (parcelas, endereço, restrições e regulação)
Sistemas de transporte
Mapas temáticos (rodoviário, cobertura da terra e hidrográfico)
Reino Unido (5)
Mapas de ruas (cadastral)
Códigos postais
Áreas administrativas e eleitorais
Registro de propriedades
Dados censitários
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
223
TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 7 / 8)
Estados Unidos (12)
Rede de controle geodésico
Base Cartográfica
Batimetria
Cadastro de terras
Demografia e aspectos culturais
Geologia
Sistema de transporte terrestre
Limites político-administrativos
Solos
Vegetação
Hidrografia
Terras úmidas
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
224
Regiões
ANZLIC (9)
PCGIAP (4)
EUROGI (4)
CERCO (Comitê
Europeu Cartografia
Oficial) (2)
Antártica (6)
TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, algumas regiões (parte 8 / 8)
Dados fundamentais
Rede de controle e Banco de dados geodésicos
Mapa geoidal
Bases topográficas
Sensoriamento Remoto (fotografias aéreas e imagens de satélites)
Bases de dados de administração: posse e registro de terras, endereçamento de
ruas, limites de arrendamento de mineração e petróleo, e limites políticoadminstrativos, limites eleitorais, código postal, nomes geográficos, dentre outros
Base de dados de Recursos Naturais e Ambientais: classificação de solos,
classificação da vegetação, regiões de biodiversidade, fauna, recursos minerais,
hidrografia / redes de drenagem, geologia, hidrogeologia, oceanografia, clima,
ecosistemas e áreas de riscos naturais, dentre outros
Batimetria e linha de costa
Base de dados Sócio-econômicos: distritos censitários, demografia, zonas de
planejamento, uso da terra (rural e urbano), dentre outros
Base de dados de Construção e Edificações: sistemas de transporte; serviços
públicos / concessionárias (água, lixo, eletricidade, gás e telecomunicações); e rede de irrigação
Rede de controle geodésico
Nomes geográficos
Feições topográficas e hidrográficas
Limites nacionais
Limites político-administrativos
Cobertura da terra
Base de dados de rodovias
Base de dados de ruas, rodovias e limites administrativos (TeleAtlas)
Limites político-administrativos
Base topográfica (1: 250 000)
Superfície de elevação
Formações rochosas
Linha de costa
Nomes geográficos
Controle geodésico
Batimetria
Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)
225
APÊNDICE 5 – Características dos principais Padrões de Metadados para dados
cartográficos, descritos segundo tabela modelo 3.1
Com o objetivo de organizar a apresentação dos principais padrões de metadados
espaciais existentes, foi composta tabela 3.1(idêntica à A5.1) como modelo para relatar algumas
características de cada padrão:
TAB. A5.1 – Tabela modelo para apresentação dos padrões de espaciais
Denominação do padrão (sigla, nome e referência)
Órgão responsável pelo padrão
Diretrizes
Descreve as principais diretrizes do padrão
Evolução e Estágio
Relata a evolução e estágio do padrão
Características
Apresenta as principais
estruturação) do padrão
Categoria de informação
(metadados)
Descreve as seções de informação dos metadados que compõe o
padrão
Ferramentas
Apresenta os programas e aplicativos para o cadastramento dos
metadados
características
(de
modelagem
e
A seguir são retratados os principais padrões em uso mo mundo:
A5.1 ANZLIC (Australia New Zealand Land Information Council)
O modelo de padrão de metadados ANZLIC foi composto a partir da definição de
conteúdo, ou seja, das seções de informação dos metadados geográficos implementada através de
consultas aos produtores e usuários de dados geoespaciais na Austrália e na Nova Zelândia
(tabela A5.2).
Em meados da década de 80 a Austrália iniciou a coleta, gerenciamento e apresentação de
metadados espaciais. Porém, não houve uma receptividade das agências governamentais pela
dificuldade e o alto custo de coleta e de atualização. Em 1989 o National Resource Information
Centre (NRIC) iniciou o desenvolvimento de um sistema de diretório de dados espaciais - o
software FINDAR, que tinha como metas coletar, manter e prover acesso ao diretório de
226
metadados. Mesmo com a disponibilização do FINDAR, somente pequena parte das agências
governamentais optou por cadastrar por ele seus metadados. Em 1997 foi feita uma revisão do
modelo, adotando-se a versão 2 do FGDC, sendo disponibilizado o aplicativo MET 97. Em 2000
nova readequação, desta vez, para incorporar a padronização da norma ISO 19115 – metadados
geográficos.
TAB. A5.2 - ANZLIC (Australia New Zealand Land Information Council) - Conselho da
Austrália e Nova Zelândia de Informação da Terra.
ANZLIC - Australia New Zealand Land Information Council
Órgão: Australia New Zealand Land Information Council - ANZLIC
•
•
Inicialmente baseado no conteúdo do padrão americano FGDC/ CSDGM;
Redução do conteúdo, mantendo os elementos considerados essenciais e
Diretriz
indispensáveis ao uso, pelos usuários e produtores de dados (núcleo dos
elementos de metadados) espaciais.
1a versão metadados – início de 1980, em 1989 disponibilizado aplicativo
FINDAR – não utilizado de forma sistemática pelas agências governamentais;
Evolução e
Em 1998 revisão adotando a versão 2 do FGDC. Aplicativo de cadastramento
- Metadata Entry Tool (MET) - 1998;
Estágio
Em 2000 readequações para o ao padrão ISO 19115.
Estímulo para que o intercâmbio entre agências seja através do padrão
Possibilidade de incluir a documentação de dados não digitais.
Núcleo de elementos do ANZLIC consiste em um conjunto de
Características
aproximadamente quarenta elementos, contra os duzentos e vinte elementos
do padrão CSDGM.
• Identificador do arquivo/ informação
• Produtor (responsabilidade, custódia)
• Descrição
• Enquadramento geográfico (Lat_N, Lat_S, Lon_W, Lon_E)
Categorias
de • Topomínia – nome geográfico (nome, categoria e jurisdição)
informação
• Condição / status do arquivo
(metadados)
• Linhagem / produção
• Qualidade dos dados
• Informação de contato
• Data do metadados
Ferramentas
Aplicativo gera banco de metadados, em ACCESS, disponibilizado para as
agências governamentais e privadas – versão 2 - 2001
Fonte: ANZLIC, 1997 e 2001
227
A5.2 CEN (European Committee for Standardization)
O CEN está estruturado através de comitês e grupos de trabalho, sendo que os de interesse
para as Geociências são: CEN TC287 – comitê para a padronização de informação geográfica;
CEN TC278 – comitê para a padronização referente aos dados de transporte rodoviário
e telemática de tráfego; CERCO – comitê responsável pela Cartografia Oficial da Europa;
EUROSTAT – organização
responsável pelos padrões para a disseminação de dados
geoestatísticos – estatísticos territoriais.
TAB. A5.3 – CEN (European Committee for Standardization) – Comitê Europeu de
Padronização
CEN TC287
Órgão: European Committee for Standardization (TC287) do Comitê Europeu de
Padronização (CEN)
• Conjunto mínimo de metadados geográficos que devem ser fornecidos e
informados pelos produtores/fornecedores de dados.
• Compor a norma européia para metadados de informação geográfica.
O processo de solicitação de comentários sobre o esboço do padrão,
Evolução e
disponibilizado em 1997 e publicado em 1999, vêm sendo utilizado por vários
Estágio
países europeus.
Tratar dados geográficos como simplesmente outro tipo qualquer de dados,
isto é, suas raízes estão nas ciências da informação.
Prover técnicas de desenvolvimento de esquemas para primitivas geométricas,
qualidade de informação, diretórios de informação e dicionários.
Ter em seu conteúdo informações que municie sistemas de identificação para
Características
busca e atualização de metadados geográficos, através de linguagem com
operadores espaciais.
Faz parte do projeto Multipurpose European Ground Related Information
Network (MEGRIN) e também está previsto que servirá de base para o
desenvolvimento da norma ISO 15096; constituindo a futura Norma Européia
para informação geográfica.
• Identificação / Descrição Geral;
• Representação;
• Amplitude geométrica e temporal;
Categorias
de
• Sistema de referência espacial;
informação
• Definição dos dados;
(metadados)
• Qualidade dos dados;
• Classificação;
• Administração / Autoria.
os esquemas conceituais são definidos usando a linguagem
xpress,
desenvolvida para prover um mecanismo neutro capaz de descrever os dados
Ferramentas
de forma independente de implementação.
Diretrizes
Fonte: CEN, 1997
228
O padrão CEN, sendo uma norma européia, está em utilização em vários projetos:
MEGRIN (tabela A5.3), SABE (limites político-administrativos dos países) e CORINE
(informações sobre uso do solo), dentre outros.
A5.3 DIGEST (Digital Geographic Information Exchange Standards)
O conjunto de especificações DIGEST é utilizado em aplicações militares por vários
países membros da OTAN, que no nível conceitual se parece muito com o padrão do Comitê
Federal Americano para Dados Geográficos - FGDC. Esse conjunto de especificações reúne uma
família de padrões internacionalmente aceitos que fornecem um método uniforme para
intercâmbio de informação geográfica digital. Seus formatos de dados possibilitam o intercâmbio
de dados cartográficos de texto, matricial (raster) e vetorial (tabela A5.4).
TAB. A5.4 - DIGEST (Digital Geographic Information Exchange Standards) – padrões para
intercâmbio de dados geoespaciais para aplicações militares
DIGEST - Digital Geographic Information Exchange Standards
Órgão: Digital Geographic Information Working Group (DGIWG) - OTAN
•
Conjunto de metadados, para aplicações militares, que devem ser providos
pelos países membros.
Iniciou suas atividades em 1983, e tem trabalhado em consonância com as
normalizações da OTAN. Desde 1990 é a convenção padrão da OTAN para dados
Evolução
e geográficos.
Em 2001 efetivadas adequações para incrementar níveis de alinhamento entre o
Estágio
DIGEST e outros padrões - o padrão S-57 da Organização Hidrográfica
Internacional – IHO, a ISO TC211 (padrão de informação geográfica).
• Família de normas capazes de suportar o intercâmbio de dados raster e
vetorial (com dados associados) de vários produtores e usuários.
• O modelo suporta todas as estruturas topológicas.
Características
• Implementadas revisões constantes para adequar o padrão às modificações
definidas para as normas que compõe as diversas famílias (Aeronáutica,
Náutica, Biológica, Química etc).
• Descrição Geral;
• Modelo conceitual / teórico dos dados, estrutura de intercâmbio, especificações
Categorias
de
da modelagem dos dados:
informação
- informações sobre o processamento- especificações para a descrição do
arquivo e para seu intercâmbio;
(metadados)
- sistema de processamento da informação – interconexão entre sistemas;
- formato vetorial – especificações do formato;
Diretriz
229
Ferramentas
- formatação de imagens – especificações do formato;
• Codificações e parâmetros
• Dicionário de dados – Catálogo de elementos e atributos.
Disponibilizam um conjunto de aplicativos para cadastramento e armazenamento
dos metadados implementados no Access 97.
Fonte: DIGEST, 1997.
A5.4 DCMII (Dublin Core Metadata Iniciative)
O padrão Dublin Core é uma iniciativa de um grupo de especialistas (área das ciências da
computação) para a especificação de metadados a serem utilizados para catalogar documentos
eletrônicos na WEB. Como a geração automática de metadados resulta em informação
insuficiente e a geração manual é muito cara, o Dublin Core procura conceber um sistema que
esteja entre esses dois extremos, especificando que os elementos de metadados sejam opcionais e
extensíveis.
TAB. A5.5 – DCMI (Dublin Core Metadata Iniciative) – Iniciativa Dublin Core de metadados
DCMI – Dublin Core Metadata Iniciative (Dublin Core (1999) e WEIBEL (1997))
Origem: "OCLC/NCSA Metadata Workshop"
•
Promover ampla discussão para a adoção de padrões de metadados
interoperáveis (via Web) e o desenvolvimento de um vocabulário de
metadados para descrever recursos que possibilitem a execução de
sistemas de busca de informação.
• Fórum aberto (internacional) para o desenvolvimento de padrões de
Diretrizes
metadados on line e interoperáveis, em suporte a ampla gama de
propósitos e modelos de negócio.
• Compor um conjunto central de recursos semânticos na WEB que seja útil
para categorizar a pesquisa e recuperação de informações.
1a reunião em 1995 em Dublin, Ohio. Workshops itinerantes por diversos
países, arregimentando especialistas para ampliar o comprometimento no
Evolução
e
desenvolvimento do padrão. Em desenvolvimento, conjunto de elementos
Estágio
básicos e glossário de termos, armazenamento em ambiente HTML, XML e
RDF.
• Composto por 17 grupos de trabalho. Reuniões realizadas, distribuídas
globalmente, estimular a participação e promover as atividades do DCMI,
traduzido para 25 línguas.
Características
• Provê orientação para a codificação dos metadados HTML e XML. Deve
atender aos seguintes princípios: simplicidade, interoperabilidade
semântica, consenso internacional e extensibilidade.
230
Categorias de
Informação
Ferramentas
•
•
•
•
•
•
•
•
Assunto;
Título;
Autor
Editor da publicação e Data da publicação;
Tipo de objeto;
Identificador e Fonte;
Língua;
Abrangência (espacial e temporal);
Comentário (aplicabilidade dos dados).
ƒ
Alguns programas desenvolvidos mais para a área de biblioteconomia, e
veiculação de documentos eletrônicos pela Web.
Fonte: Dublin Core, 1999 e WEIBEL, 1997.
O padrão completo para identificar o recurso informacional pode conter, ainda os
seguintes elementos: descrição, colaborador, formato, relacionamento, e direitos de propriedade.
O padrão DCMI encontra-se em discussão, porém já divulgou sua versão 1.1 (tabela A5.5).
A5.5 FGDC/ CSDGM (Content Standards for Digital Geospatial Metadata)
O padrão de metadados americano foi desenvolvido pelo FGDC (Federal Geographic
Data Committee) – comitê, vinculado à Presidência dos EUA, responsável por desenvolver e
implantar os padrões de dados geoespaciais a serem utilizados, obrigatoriamente, pelos setores
público, privado e acadêmico americano, e coordenar a implantação da Infra-estrutura Nacional
de Dados Espaciais (National Spatial Data Infrastructure – NSDI) dos EUA. O comitê FGDC
está estruturado em diversos sub-comitês que desde 1994 vem desenvolvendo padrões,
aplicativos e capacitação para catalogação de dados geoespaciais segundo o padrão CSDGM
(tabela 3.6) e coordenando o intercâmbio de dados segundo o padrão SDTS (vide tabela A5.11).
Em termos de uso, as normas do FGDC têm servido de referência para o
desenvolvimento de praticamente todos os demais padrões hoje propostos e em uso. Existem
bases de metadados, neste padrão, em várias regiões do mundo (Canadá, Europa, Austrália, Ásia,
etc.), principalmente nos EUA.
231
TAB. A5.6 - CSDGM (Content Standards for Digital Geospatial Metadata) - descrição
padronizada dos conteúdos dos dados geoespaciais
Content Standards for Digital Geospatial Metadata – CSDGM
Órgão: Federal Geographic Data Comitee (FGDC) - Estados Unidos - 1995
•
Diretrizes
Evolução e
Estágio
Características
•
Atividades iniciadas com a composição do comitê – 1987. 1a versão 1991,
adequações em 1994 e a 2a versão em 1998, sendo a versão corrente. Em 2000
implementada uma extensão para dados de Sensoriamento Remoto e aprovada
em 2002 por um comitê (NASA, NOAA e USGS). Após a publicação da
norma ISO 19115, está sendo implementada a migração do padrão FGDC /
CSDGM que será identificada como a 3a versão.
• Estabelece a denominação e os grupos dos elementos de dados para a
descrição de dados, o domínio dos dados, os termos que são obrigatórios,
sob certas condições, e opcionais (fornecidos pelo produtor de dados).
• Compor metadados para preservar o valor e o significado dos dados, e para
auxiliar na catalogação, na pesquisa e busca, e na transferência de dados.
•
•
Categorias de
Informação
(metadados)
•
•
•
Ferramentas
Prover um conjunto comum de terminologia e definições para a
documentação de metadados espaciais.
Definir os elementos de metadados usados para documentar dados
geoespaciais. É complementar ao padrão SDTS.
Identificação - informação básica sobre o conjunto de dados: o título, a
área geográfica coberta, a atualidade dos dados;
Qualidade dos dados - dados para a avaliação da qualidade dos dados,
incluindo a acurácia posicional e de atributos, completeza, consistência, as
fontes da informação e métodos usados para produzir os dados;
Organização dos dados espaciais - descreve os modelos usados para a
representação espacial dos dados: por formatos (raster e vetor) e por
endereçamento (endereços de ruas e códigos de cidades);
Referência espacial - descreve as referências geodésicas e cartográficas
dos dados, identificando os métodos de codificação das coordenadas.
Entidade e atributo - Relatam o modelo dos dados, o conteúdo do conjunto
de dados, incluindo os tipos de entidades, seus atributos e os domínios dos
valores espaciais e semânticos.
Distribuição - informação sobre as formas de obtenção dos dados:
distribuidor, de fornecimento, e como obter conjuntos de dados on-line ou
em meio físico.
Referência dos metadados - informações sobre a atualidade da informação
dos metadados e o responsável pelo cadastramento dos mesmos.
NBII MetaMaker v. 2.10, Corpsmet 95 e o Tkme (aplicativo em C++ com
versão para Unix e Windows)
Fonte: FGDC, 2000.
232
A5.6 GCMD (Global Change Master Directory)
O Global Change Master Directory (GCMD) foi desenvolvido pela NASA. O objetivo da
composição do GCMD é o de suportar a comunidade científica na busca e integração de
dados referentes às ciências da Terra (tabela A5.7).
TAB. A5.7 - GCMD (Global Change Master Directory) – repositório / dicionário NASA,
informação padronizada sobre dados de satélite e de ciências da Terra.
GCMD – Global Change Master Directory
Órgão: NASA - National Aeronautics and Space Administration
Diretriz
Evolução
Estágio
•
Compor um diretório com informações sobre dados de satélite e de
ciências da Terra, a partir de diversas formas de observação da Terra.
Criado pela NASA em 1994, e disponibilizado via Web. 1999 passa a utilizar
o sistema operacional LINUX e o software Apache Web Server; o Sistema
e permite acesso de usuários com requisitos de HTTP, FTP e Z39.50;
São promovidas adaptações constantes para adequá-lo às novas ferramentas e
para melhorar a performance.
•
Dispõe de uma interface de procura que permite ao usuário acessar a base
de dados, que identifica o item a ser procurado, descreve os dados no
domínio temporal e espacial e fornece informação útil para o pesquisador,
tais como o estado, formato e restrições de acesso.
Características
• Prevê a interoperabilidade entre os centros de dados participantes do
diretório, entretanto é muito difícil de funcionar quando utilizados todos
os campos.
• Um conjunto mínimo de metadados, baseado no padrão FGDC, é
necessário para integrar descrições de dados do sistema.
• Identificação - informação básica sobre o conjunto de dados: o título,
a área geográfica coberta, a atualidade dos dados e rotinas para
adquirir ou usar os dados.
• Referência Espacial - as referências geodésica e cartográfica dos
dados, identificando os métodos de codificar as coordenadas no
Categorias
de
conjunto de dados, e inclui as especificações da projeção cartográfica
Informação
ou sistemas de grade de coordenadas, e as referências geodésicas –
(metadados
datum vertical e horizontal e a resolução do sistema de coordenadas.
mínimo)
• Distribuidor - Fornece informação sobre as formas de obtenção dos
dados, dados do distribuidor, e dados sobre como obter conjuntos de
dados on-line ou em meio físico.
• Referência de Metadados – dados sobre a atualidade da informação
dos metadados e o responsável pelo cadastramento dos mesmos.
Directory Interchange Format (DIF) permite ao GCMD integrar informação
de aproximadamente 700 diferentes provedores de dados de várias disciplinas
Ferramentas
e compartilhar dados com outros nós na International Directory Network
(IDN), sistema aplicativo na versão 7.7.
Fonte: GCMD, 2001
233
Esse padrão se tornou uma fonte de informação sobre dados de satélite e de ciências da
Terra “in situ”, tais como observações sobre a atmosfera, a hidrosfera, os oceanos, a terra firme e
a biosfera, dentre outras formas de observação da Terra.
O padrão GCMD ainda suporta:
•
um aplicativo de conversão entre diversos padrões de metadados, permitindo uma
grande flexibilidade em atendimento às necessidades dos diferentes usuários que
requerem vários níveis de detalhamento de metadados;
•
a comunidade usuária do padrão FGDC/ CSDGM, em compreender e divulgar os
objetivos e o conteúdo deste padrão;
•
a estruturação hierárquica de um conjunto de palavras chave que tem sido aceitas e
implementadas para uso de uma ampla gama de grupos de usuários.
A5.7 GDF / CEN TC278 ( telemática de tráfego)
O padrão GDF (tabela A5.8) apresenta um esquema de representação de feições, no qual
são dadas as instruções de como representar um objeto como ponto, linha, área ou feição
complexa. As especificações de medida de qualidade descrevem as regras e métodos de como
mensurar a qualidade e validade do arquivo GDF.
No catálogo de dados globais é fornecida a descrição da referência geodésica e
cartográfica, e como os dados foram modelados. As especificações do dicionário de dados são
providas por este catálogo.
A estrutura lógica dos dados descreve como foi modelada a informação de acordo com
regras definidas, identificando também seus requisitos topológicos. Estas especificações são
independentes de uma particular mídia de reprodução. A especificação do meio físico de
reprodução também tem que ser definida no padrão GDF.
234
TAB. A5.8 - GDF (Geographic Data File) – arquivos de dados geográficos relativos às redes
de rodovias e às comunicações / telemática de tráfego.
GDF - CEN TC278 – telemática de tráfego
Órgão: Comitê Técnico 278 (TC278) do Comitê Europeu de Padronização (CEN)
Desenvolver um padrão de metadados em atendimento às demandas de
criação, atualização, fornecimento e aplicações referenciadas e
estruturadas de dados das redes de transporte e de telemática de tráfego.
1
Evolução
e a versão em 1988; adequações em 1992 versão 2.1, em 1994 a versão 2.2
e em 1995 uma nova revisão deu origem a versão 3.0 em uso atualmente.
Estágio
Criado para prover a captura, produção e manipulação de informação
geográfica relacionada com as redes de transporte e de tráfego.
Sua estruturação está baseada no Modelo Entidades Relacionamentos –
Características MER.
Contém a definição de formato de intercâmbio que evita os problemas de
compatibilidade entre usuários e produtores.
Diretriz
Categorias
informação
(metadados)
•
•
•
•
de •
•
•
•
•
Ferramentas
Âmbito, Referências Normativas e Definições;
Modelo de Dados - geral;
Catálogo de feições;
Catálogo de atributos;
Catálogo de Relacionamentos /comportamentos;
Esquema de representação de feições;
• Especificações / descrições de qualidade;
Catálogo de dados globais;
Estruturação lógica dos dados;
Especificação da mídia de reprodução.
Disponibilizam sistemas para consulta, apresentação de dados rodoviários
e também quanto a segurança de tráfego.
Fonte: CEN, 1995.
A5.8 ISO TC 211 / Norma 19115 – Comitê Técnico para informação geográfica e geomática
– Metadados
A ISO (International Organization for Standardization) provê os requisitos para a
especificação de produtos / dados geográficos, que devem incluir os aspectos relevantes de outros
padrões ISO, tais como: esquema de aplicação, referência espacial e temporal, metadados e
aspectos de qualidade dos dados, e ainda pode conter outras categorias de informação, dentre elas
pode-se citar informações sobre o distribuidor, propósito, produção e manutenção (ISO, 1995).
235
TAB A5.9 - ISO/IEC TC 211 norma 19115 - Comitê para informação geográfica e
geomática da Organização Internacional de Padronização(ISO)
ISO TC 211 – Comitê Técnico para informação geográfica e geomática
Norma 19115 - Metadados
Órgão: International Organization for Standardization - ISO
Desenvolver um conjunto de padrão para a descrição de dados espaciais digitais
para propiciar busca via Web.
TC 211 – criado em 1996, em 1998 apresentou uma 1a proposta baseada nos
Evolução
e
padrões existentes (FGDC, ANZLIC, TC 287 etc). Em 2001 proposta para
Estágio
comentários, expressa em XML, aprovada em 2003 (modelo conceitual).
• Prover maior eficiência na pesquisa / sistemas de busca de informação
geográfica em centros distribuídos de dados conectados via Web.
• Modelagem e estruturação através da UML – Unified Modeling Language.
Expresso em XML
• Aplicação em múltiplas línguas (lista de códigos numéricos), com
terminologia própria (nomes e definições) para cada tipo de informação
geográfica.
Características
• Elementos distribuídos em um núcleo central e seções com elementos
opcionais e condicionais.
• Resolve deficiências conhecidas do padrão FGDC: raster / imagem,
(granularidade e texto livre).
• Suporta interoperabilidade entre metadados através de relações e listas
de códigos.
Diretriz
•
•
Categorias
informação
(metadados)
Orientação
Ferramenta
identificação - citação, resumo, propósito, crédito, status e ponto de contato;
representação espacial dos dados - formatos dos dados (matricial ou vetorial),
imagens (linhas e colunas e suas resoluções) e para dados vetoriais a escala e
o grau de detalhe dos dados;
• sistema de referência - tipo de coordenadas utilizadas, precisão e os dados e
parâmetros de transformação / conversão, o datum (vertical e horizontal),
elipsóide de referência e o sistema de projeção cartográfica;
de • qualidade dos dados - consistência e completeza – atributos de exatidão
posicional (horizontal e vertical) e as referências para geração dos dados;
• aquisição e manutenção dos dados - métodos de produção dos dados, os
procedimentos, parâmetros e especificações da geração dos dados;
• conteúdo dos dados - entidades e atributos dos dados e seus domínios;
• esquema de utilização - ambientes computacionais (operacionais e
aplicativos) para os quais os dados foram desenvolvidos;
• distribuição dos dados - informações para obtenção dos dados:
área institucional de distribuição, formatos de fornecimento e custos;
• extensão - descreve outros elementos complementares (estendidos)
dos metadados.
- os metadados devem ser incluídos como parte da informação geográfica.
e - em desenvolvimento aplicativos (por comitês de padronização nacionais e por
fornecedores de software) para migração para o padrão de metadados ISO 19115
dos padrões FGDC, CEN, ESRI, Intergraph, etc.
Fonte: ISO, 2003.
236
A ISO identifica as seguintes referências normativas, que são aplicadas aos produtos e dados
geográficos:
ISO 19107: Informação Geográfica — Esquema Espacial
ISO 19108: Informação Geográfica — Esquema Temporal.
ISO 19109: Informação Geográfica — Esquema de regras para aplicação
ISO 19110: Informação Geográfica — Catalogação metodológica de elemento
ISO 19111: Informação Geográfica — Referência Espacial para coordenadas.
ISO 19112: Informação Geográfica — Referenciamento espacial por identificador
geográfico
ISO 19113: Informação Geográfica — Princípios de qualidade.
ISO 19115: Informação Geográfica — Metadados.
ISO 19118: Informação Geográfica — Codificação
ISO 19125-1: Informação Geográfica — Acesso a elementos
O Comitê TC 211 está estabelecendo um consenso internacional para padrão de
metadados (ISO 19115), e especifica um vocabulário comum para campos e estruturas,
objetivando minimizar as deficiências de alguns padrões que descrevem campos através de texto
livre e propiciar um padrão de metadados que contemple todos os tipos de dados geoespaciais
(formatos matriciais (produtos de SR), vetoriais e Banco de Dados Geoespaciais).
Para a definição do padrão ISO 19115 (tabela A5.9), o comitê TC 211 avaliou os padrões
existentes (FGDC, ANZLIC, CEN, etc) identificando os elementos significativos para a
documentação de dados espaciais e propôs uma modelagem (UML) utilizando o paradigma de
orientação a objetos, definindo classes de elementos, dicionário para terminologia (elementos,
tipos de dados e definições). O padrão foi desenvolvido em XML, linguagem de marcação
extensível que permite aos usuários acrescentar novas informações consideradas relevantes.
237
APÊNDICE 6 - Padrões de intercâmbio de dados geoespaciais
O conhecimento sintático e semântico dos conjuntos de dados a serem processados é
essencial para a interoperabilidade entre sistemas. Os metadados fornecem vários dados sintáticos
referentes aos conjuntos de dados. Porém são precários quanto à descrição da modelagem e
estrutura semântica dos conjuntos de dados geoespaciais. Para tanto alguns países especificaram
normas para intercâmbio de dados geoespaciais. Atualmente existem estudos sobre ontologias e
abordagem associada de Web Semâtica desenvolvidas para apoio à interoperabilidade A seguir
são retratdos alguns destes padrões de intercâmbio utilizados.
A6.1 SAIF - SPATIAL ARCHIVE AND INTERCHANGE FORMAT
O SAIF não enfatiza a separação entre entidades gráficas e atributos, incorporando a noção de
compartilhamento de objeto (dados espaciais e espaços-temporais), permitindo um maior
leque de informações e possibilidade de atendimento específico (tabela A6.1).
TAB. A6.1 - SAIF (Spatial Archive and Interchange Format) – padrão de formato de
armazenamento e intercâmbio de dados geoespaciais desenvolvido no Canadá
SAIF - Spatial Archive and Interchange Format
Órgão: Divisão de Levantamento e Mapeamento de Recursos do Ministério do Ambiente,
Território e Parques da Columbia Britânica - Canadá
Diretrizes
Características
• Facilitar a interoperabilidade, sendo um meio eficiente para arquivamento
de dados num formato neutro.
• Tratar dados geográficos como preconizado nas ciências da informação.
• Lidar tanto com a informação espaço-temporal quanto com a informação
tradicional. Abordar a dimensão temporal, de forma que eventos temporais
e relacionamentos possam ser monitorados.
• Estrutura de dados conceituada através do paradigma da orientação a
objetos;
• Manusear virtualmente qualquer tipo de dado geográfico: com ou sem
descrições extensivas de atributo, e com geometria definida por estruturas
raster ou vetoriais em duas ou três dimensões (dados cartográficos de
referência e temáticos).
• Gerenciamento de dados (suporte para atualizações, integração com dados
de multimídia, possibilidade de estabelecer interface para consultas a
bancos de dados e para o desenvolvimento de catálogo).
• Harmonizado com iniciativas Open GIS, e com outros padrões geográficos
como DIGEST e SDTS / FGDC.
238
Categorias
Informação
(Seção)
• Visão Técnica - definição de termos técnicos, métodos, estruturação,
modos de compartilhamento de dados gráficos, procedimentos de
transferência de dados e seções SAIF
• Paradigma de modelagem dos dados - Modelo do metadados – OMT,
sintaxe, esquema: objeto geográfico, objeto espacial, objeto geométrico,
referenciamento espacial, referenciamento temporal e relacionamento
de
espacial.
• Definição de classes: geográfica, temporal, anotação, de metadados, de
linhagem, de qualidade e de descrição de produto; para a classe
metadados estão definidas as subclasses de referenciamento espacial.
• SAIF-talk - Linguagem para representar o dado que está sendo descrito no
padrão
SaifSuite1.1, FMEBC (Feature Manipulation Engine), Saif3.1 e Saif3.2. Na
verdade, não são programas para cadastramento, o usuário tem de escrever seu
próprio programa usando as bibliotecas em C++.
Ferramentas
Fonte: SAIF, 1999.
Este padrão aborda a estrutura de dados através do paradigma da orientação a objetos
(OMT), onde os dados são considerados como instâncias de tipos (classes) que seguem uma
hierarquia extensível pelo usuário. O modelo de dados é definido como um conjunto de conceitos
e regras de composição associadas, usadas para descrever tipos e relacionamentos entre instâncias
ou classes. Atualmente, o SAIF vem sendo usado no Canadá e em várias regiões dos Estados
Unidos. Apesar disso, é extremamente raro encontrar bases de metadados cadastrados de acordo
com esse padrão. Entre os usuários cita-se o Projeto Sequoia 2000 (é um projeto que tem como
meta o desenvolvimento de sistemas de informação em larga escala para cientistas preocupados
com
o
meio
ambiente
-
University
of
California,
Berkeley,
http://s2k-ftp.cs.berkeley.edu:8000/sequoia/abouts2k.html ).
A6.2 FGDC / - SDTS (SPATIAL DATA TRANSFER STANDARD)
O padrão SDTS foi desenvolvido para permitir a transferência de conjuntos de dados
espaciais entre diferentes sistemas, enquanto o padrão CSDGM foi desenvolvido para definir os
elementos de metadados usados para documentar dados geoespaciais digitais para vários
propósitos (tabela A6.2).
Há um relacionamento estreito entre o padrão CSDGM e os elementos de metadados
contidos no modulo Data Quality do SDTS, e em outros locais dentro do conjunto de
239
transferência SDTS. Como o padrão CSDGM contém metadados usados para procurar por
conjuntos de dados espaciais digitais, esses elementos não precisam estar contidos no conjunto de
transferência SDTS.
TAB A6.2 - SDTS / FGDC (Spatial Data Transfer Standard) - padrão americano de transferência
de dados geoespaciais
Spatial Data Transfer Standard – SDTS
Órgão: Federal Geographic Data Committee (FGDC) – Estados Unidos -1995
Permitir às agências federais dos Estados Unidos o compartilhamento de dados
espaciais entre aplicações; requerido em todas as contratações do governo americano
Diretriz
para obtenção de dados geoespaciais.
Evolução
e 1a versão apresentada em 1994;
2a versão em 1998 – ANSI – NCITS 320 – em vigor
Estágio
Características • Aspectos topológicos e a correspondência de arquivos gráficos;
• Utilizado para dados em escalas pequenas e médias, notadamente, cartas e mapas
topográficos e documentos hidrográficos.
•
Perfil
metadados
de
•
•
•
•
•
•
Especificações Lógicas - descreve o modelo conceitual, os tipos de
dados/objetos espaciais, as informações sobre a qualidade dos dados e o layout
de outros perfis componentes do padrão SDTS.
Dicionário de dados - descreve os elementos/objetos espaciais e os atributos
associados. (dicionário de dados viabilizando a compatibilidade na transferência
de dados).
Codificação de arquivos - na denominação dos arquivos é utilizada a norma
ISO 8211, regras padrão para identificar os arquivos a serem transferidos e
especifica o conjunto de arquivos para transferência.
Vetorial Topológico - define como os perfis anteriores devem ser
implementados para um tipo de dado particular – dados vetoriais estruturados
topologicamente.
Matricial e extensões (formato raster) - é aplicável aos conjuntos de imagens
bi-dimensionais (imagens de SR) e de dados matriciais / grade (oriundos da
conversão de documentos cartográficos); permite a utilização dos formatos: BIIF
e GeoTIFF.
Arquivo (tipo) ponto - contém as especificações para uso, somente, de dados
geográficos tipo ponto, incluindo opção para dados de alta precisão como os
requeridos pelas redes de controle geodésico.
Arquivo CAD - especificações para a utilização de dados geográficos vetoriais
oriundos de aplicativos CAD (Computer Aided Design and Drafting).
Intercâmbio entre aplicativos, minimizando a perda de dados, entre transações
entre aplicativos CAD e SIG. (dados 2D e 3D vetoriais) sendo que a 3a dimensão
é “altura” do objeto. Os dados podem ou não ter topologia e o perfil não suporta
dados matriciais.
240
Biblioteca de funções C++ que pode ser chamada por programas do usuário para ler e
escrever arquivos em conformidade com o padrão usado pelo SDTS para sua
implementação física.
Fonte: FGDC, 1997.
Ferramentas
A6.3 GEOBR ( INTERCÂMBIO DE DADOS GEOGRÁFICOS – BRASIL / INPE)
A proposta de padrão de intercâmbio GEOBR, implementada pelo INPE (tabela A6.3),
encontra-se em fase de desenvolvimento e não tendo aplicações institucionais, exceto no meio
acadêmico, através de teses e artigos científicos.
TAB.A6.3 - GEOBR ( Intercâmbio de dados geográficos – Brasil) – proposto pelo INPE
GeoBR – Intercâmbio de Dados Geográficos (Brasil)
Órgão: INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais / Divisão de Processamento de Imagem - (DPI)
Definir um padrão brasileiro de intercâmbio de dados geográficos
Diretriz
Evolução
e Inicialmente desenvolvido no formato DXF (1997), a versão já foi migrada para XML.
Estágio
•
Características
•
•
•
•
•
•
Categorias
Informação
(seção)
de
•
•
•
•
Ferramentas
Usa um modelo de dados orientado a objetos que captura as noções de campos e
objetos geográficos, e relacionamentos espaciais e hierárquicos entre as classes de
dados.
Inclusão opcional de um conjunto mínimo suficiente de informações sobre
produção dos dados.
Suporte para incorporação futura de ontologias e de procedimentos de análise
geográfica. Projetado para atender ao conjunto de geotecnologias
Ontologia - Dicionário de Ontologias com informação semântica sobre os dados.
Metadados - Informações sobre a produção do dado, contendo: criador, produtor,
data de referência e data de criação.
Modelo de dados - Descrição das entidades de acordo com um meta-modelo
genérico que inclui tipos de dados geográficos: elemento (com sua geometria
associada e atributos), rede, superfície, temático e imagem.
Projeção - Descreve uma projeção sob a qual estão representadas as camadas de
dados (layers).
Layers (níveis de informação) camadas de informação geográfica. As camadas
podem comportar os seguintes tipos de dados: linha, nó, polígono, ponto, isolinhas /
contour, grade / grid e tabela.
Relacionamentos - Descrevem os relacionamentos entre as entidades descritas no
arquivo.
Análise - Descreve os procedimentos de manipulação de dados utilizados para
extrair informação dos dados, estando previstos procedimentos de análise espacial e
álgebra de mapas.
Desenvolvido protótipo para conversão de dados entre os seguintes formatos:
GEOBR, SHP, MIF/MID, E00 e SPRING. Aplicativo desenvolvido em C++ com
utilização de biblioteca de classes Terralib (CÂMARA et al, 2000).
Fonte: LIMA et al, 2001.
241
APÊNDICE 7 – QUESTIONÁRIO PARA LEVANTAMENTO DE USO DE PADRÕES DE
METADADOS E DISPONIBILIZAÇÃO DE BASES GEOESPACIAIS
LEVANTAMENTO DE BASES GEOESPACIAIS
METADADOS E DISPONIBILIZAÇÃO
Organizacional / Institucional
1. Existe articulação e integração entre as instituições do seu Estado ou de sua área
de atuação para compartilhar dados geoespaciais ? [ ] SIM [ ] NÃO
Se SIM de maneira [ ] formal ou [ ] informal;
Se formal, como foi efetivada ?
R:
Qual o instrumento de efetivação?
[ ] Convênio de Cooperação [ ] Inst. Legal
[ ] Outro
Outro, especifique:
Existe documentação que relate esta efetivação que possa ser fornecida?
[ ] SIM [ ] NÃO
Se sim, onde e como obtê-la (pode ser anexada a este levantamento)?
R:
2. Aponte os pontos fortes e fracos da efetivação desta integração (melhoria de
articulação, dificuldade em reunir os órgãos, estabelecer conceitos padrões entre os
órgãos, etc)?
R:
Base de Dados
3. Descreva sucintamente os tipos de bases geoespaciais produzidas / disseminadas
por sua instituição?
R:
4. A Base de Dados Geoespaciais é [
242
] centralizada ou [ ] descentralizada.
5. Quais as razões que justificaram essa escolha (melhorar o gerenciamento,
viabilizar a atualização por cada setor responsável, definir responsabilidades, etc)?
R:
6. Quais as vantagens e desvantagens da modalidade escolhida?
R:
7. Quais as camadas / categorias de informação são consideradas como fundamentais
na Base de Dados Geoespaciais?
R:
8. Como é efetivada a atualização das bases geoespaciais?
R:
Metadados
9. Utilizam algum padrão de metadados?
[ ] SIM [
] NÃO
Se SIM qual?
R:
De forma [
] completa ou [
] simplificada
Caso utilize a forma simplificada que itens de metadados são utilizados:
[
[
[
[
[
[
[
[
] Identificação da base ou dado geoespacial (denominação, escala,...)
] Qualidade do dado (completo, selecionado, acurácia...)
] Organização espacial do dado (vetor ou raster)
] Referência Espacial do dado (sistema geodésico e sistema de projeção
cartográfica)
] Entidades e Atributos
] Citação: Organização que desenvolveu o dado
] Período do dado (data de referência do dado)
] Contato técnico
Caso NÃO use nenhum padrão, utiliza metadados definidos por sua instituição?
R:
10. Como é feito o cadastramento dos metadados (por aplicativo específico, planilha
Excel, etc)?
R:
243
11. Na disponibilização das bases geoespaciais é também garantido o fornecimento
dos metadados ? [ ] SIM [ ] NÃO
12. A sua instituição provê serviços de disponibilização e / ou recuperação de
metadados ? [ ] SIM, [ ] on line ou [ ] off line
[ ] NÃO
13. Quais os pontos fortes e fracos de implementar metadados de suas bases
geoespaciais (preservar o investimento na produção de dados, prover
documentação dos dados, dar maior visibilidade dos dados fornecidos, etc) ?
R:
14. Caso não utilize metadados para documentar as bases geoespaciais, que
documentação / informação acompanha as bases quando de sua disponibilização
(identifique os itens que compõem sua documentação de dados)?
R:
15. Qual a visão de sua instituição sobre a padronização de metadados e de formatos
de intercâmbio ?
R:
16. A questão de padrões (de metadados e de intercâmbio) tem sido parte integrante
dos processos de geração, uso e disponibilização de dados e bases geoespaciais no
seu Estado e / ou área de atuação ? [ ] SIM [ ] NÃO
Se SIM, de que maneira?
R:
Se NÃO, aponte o porque desta ausência de motivação para uso de padrões.
R:
17. Caso queira, este espaço é para algum comentário, sugestão, crítica que queira
fazer !
R:
Grata por sua cooperação, ressaltando que no uso das informações serão seguidas
às normas para referenciamento de dados e informações da pesquisa científica e
acadêmica.
244
APÊNDICE 8
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (1/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
1. Identification
Information
1.1 Citation
Informação de
Identificação
Citação
- Ctation
information
- Originator
Informação de
citação
- elaborador /
criador
- Publication date
- Data da
publicação
- Title
- Título
- Edition
- Edição
- Geospatial Data
Presentation Form
- Forma de
apresentação dos
dados
geoespaciais
- Serie Information
- Informação de
série
- Serie Name
- Nome da
série
- Issue
Identification
- Identificação
do assunto/
item
O – Obrigatório
Conteúdo
Obrig.
Conjunto de informações
que identificam os dados
Informações gerais sobre
os dados
Utilizada para
referenciar os dados
Instituição ou indivíduo
que desenvolveu o
conjunto de dados
Data de quando o
conjunto de dados foi
publicado ou liberado
para publicação
Nome pelo qual o
conjunto de dados é
conhecido
A versão do conjunto de
dados. É aplicável
quando o conjunto de
dados possui várias
versões / atualizações
Modo de apresentação
do conjunto de dados
O
Identificação da série a
que o conjunto de dados
pertence
Nome da série a qual o
conjunto de dados faz
parte
Identificação do assunto
do qual o conjunto de
dados faz parte
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
245
Domínio
O
O
O
-"Unknown", ou
texto livre
O
-"Unknown",
"Unpublished
material", ou
texto livre
-texto livre
O
O/A
- texto livre
O/A
- "atlas", "audio",
"diagram",
"document",
"globe","map",
"model",
"multimedia
presentation",
"profile", "raster
digital data",
"remote-sensing
image", "section",
"spreadsheet",
"tabular digital
data", "vector
digital data",
"video", "view",
ou texto livre
O/A
O
- texto livre
O
- Texto livre
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (2/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
- Publication
Information
- Publication
Place
- Informação da
publicação
- Local da
publicação
- Publisher
- Publicador
- Online Linkage
- Conexão
on-line
1.2 Description
- Descrição
- Abstract
- Resumo
- Purpose
- Objetivo
1.3 Time Period of
Content
- Período de
tempo do
conteúdo
- Informação
sobre o período de
tempo
- Time Period
Information
- Range of Dates
- Beginning Date
- Intervalo de
datas
- Data de início
- Ending Date
- Data de término
- Currentness
Reference
- Referência sobre
a atualidade
1.4 Status
- Status
- Progress
- Progresso
O – Obrigatório
Conteúdo
Detalhes da publicação
Nome da cidade (estado
e país) onde o conjunto
de dados foi publicado
Nome da instituição ou
indivíduo que publicou o
conjunto de dados
Nome de um recurso
computacional on-line
que contém o conjunto
de dados. Entradas
deveriam seguir a
convenção URL da
Internet
Caracterização do
conjunto de dados,
informando o uso
pretendido e suas
limitações
Resumo sucinto do
conjunto de dados
Resumo dos objetivos
para o qual o conjunto de
dados foi desenvolvido
Período de tempo que
referencia o conjunto de
dados
Informações sobre o
período de tempo que
referencia o conjunto de
dados
As datas de início e fim
do processo de produção
Data em que se iniciou a
produção
Data em que se terminou
a produção
Data de referência da
tomada do território,
representado pelo
conjunto de dados
Status e informação
sobre a manutenção do
conjunto de dados
Estágio atual do conjunto
de dados
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
246
Obrig.
Domínio
O/A
O
Texto livre
O
Texto livre
OP
Texto livre
O
O
Texto livre
O
Texto livre
O
O
O
O
O
O
"Unknown" ou
data livre
"Unknown" ou
data livre
- data
-texto livre
O
O
- "Complete", "In
work", "Planned"
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (3/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
- Maintenance and
Update Frequency
1.5 Spatial Domain
- Bounding
Coordinates
Conteúdo
Obrig.
Domínio
- Freqüência de
manutenção e
atualização
- Freqüência com que
são introduzidas as
alterações feitas no
conjunto inicial de dados
O
- "Continually",
"Daily",
"Weekly",
"Monthly",
"Annually",
"Unknown", "As
needed",
"Irregular",
"None planned",
ou texto livre
- Extensão
Geográfica
- Coordenadas do
retângulo
envolvente
Domínio geográfico do
conjunto de dados
As coordenadas do
retângulo que envolve o
conjunto de dados
(valores máximos e
mínimos)
Longitude à oeste
O
Longitude à Leste
O
Latitude à norte
O
Latitude à sul
O
Palavras ou frases
identificam aspectos do
conjunto dos dados
Assuntos cobertos pelo
conjunto de dados
Denominação de um
tesauro registrado
Palavras que identificam
o conjunto de dados
O
Restrições e prérequisitos legais para
acesso ao conjunto de
dados (segurança ou
propriedade intelectual)
Restrições e prérequisitos legais para o
uso do conjunto de dados
(segurança ou
propriedade intelectual)
O
- “None” ou texto
livre
O
- “None” ou
texto livre
- West Bounding
Coordinate
- East Bounding
Coordinate
- North Bounding
Coordinate
- South Bounding
Coordinate
1.6 Keywords
- Longitude Oeste
(mínima)
- Longitude Leste
(máxima)
- Latitude Norte
(máxima)
- Latitude Sul
(mínima)
- Palavras chaves
- Theme
- Tema
- Theme Keyword
Thesaurus
- Theme Keyword
- Identificação de
um tesauro
- Palavras que
caracterizam
conjunto de dados
- Restrições de
acesso
1.7 Access Constraints
1.8 Use Constraints
O – Obrigatório
- Restrições de
uso
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
247
O
O
- (-180 <= Lon.
oeste < 180)
- (-180 <= Lon.
leste < 180)
- ( -90 <= Lat.
Norte < 90)
- ( -90 <= Lat. Sul
< 90)
O
O
O
- “None” ou texto
livre
Texto livre
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (4/15)
Elemento
FGDC
1.10 Browse Graphic
- Browse Graphic File
Name
- Browse Graphic File
Description
- Browse Graphic File Type
1.11 Data set Credit
Conteúdo
Obrig.
- Visualização
gráfica do
conjunto de dados
- Nome de
arquivo que provê
visualização do
conjunto de dados
- Descrição da
visualização
Identificação de
visualização gráfica do
conjunto de dados
Denominação de arquivo
que contém uma
visualização do conjunto
de dados
Texto descritivo da
visualização do conjunto
de dados
- formato de
apresentação da
visualização dos dados
OP
Identificação das
unidades ou pessoas que
contribuíram para a
produção dos dados
Uma descrição do
ambiente de
processamento do
conjunto de dados no
produtor, incluindo o
nome do software
(inclusive versão), o
sistema operacional,
nome de arquivo
(incluindo a
identificação do
servidor), e o tamanho
do arquivo.
Avaliação geral da
qualidade do conjunto de
dados
Avaliação da precisão de
identificação das
entidades e atribuição de
valores de atributos no
conjunto de dados
Relato da exatidão de
identificação e
designação dos valores
dos atributos das
entidades do conjunto de
dados
-Tipo de arquivo
(formato) da
visualização dos
dados
Créditos pela
elaboração dos
dados
1.13 Native Data Set
Environment
- Ambiente
nativo de
processamento
2. Data Quality
Information
2.1 Attribute Accuracy
- Attribute Accuracy
Report
O – Obrigatório
Descrição
elemento
- Informação de
qualidade dos
dados
- Exatidão dos
atributos
- Relatório de
exatidão dos
atributos
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
248
Domínio
O
Texto livre
O
Texto livre
O
“CGM", "EPS",
"EMF", "GIF",
"JPEG", "PBM",
"PS", "TIFF",
"WMF", "XWD" ,
ou texto livre
OP
- texto livre
OP
- texto livre
O/A
O/A
O/A
- texto livre
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (5/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
2.2 Logical
Consistency
Report
- Relatório de
consistência
lógica
2.3 Completeness
Report
- Relatório de
Completitude
2.5 Linage
- Linhagem
- Source Information:
Informação de
fonte
Citação da fonte
- Source_Citation:
- Citation_Information:
- Originator
Citação de
informação
Originador
- Publication Date
Data da
publicação
- Title
Título do conjunto
de dados fonte
- Edition
Edição
O – Obrigatório
Conteúdo
Obrig.
Explanação da fidelidade
dos relacionamentos
(geométricos /
topológicos e
semânticos) no conjunto
de dados e os testes
aplicados
Relatório informando as
omissões, critérios de
seleção, generalização,
definições e regras
usadas para gerar o
conjunto de dados
Informação sobre os
eventos, parâmetros, e
dados de fonte/insumos
utilizados na construção
dos arquivos de dados, e
informação sobre as
partes responsáveis
Informação sobre a fonte
origem dos dados
Referência da fonte do
conjunto de dados
Referência para um
conjunto de dados
Organização que
desenvolveu o conjunto
de dados
Data em que o conjunto
de dados foi publicado
O
- texto livre
O
- texto livre
Denominação pela qual o
conjunto de dados é
conhecido
Número da edição do
conjunto de dados fonte
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
249
Domínio
O
O
O
O
O
- "Unknown", ou
texto livre
O
- "Unknown",
"Unpublished
material" ou texto
livre
Texto livre
O
O/A
Texto livre
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (6/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
Conteúdo
Obrig.
Forma de
apresentação dos
dados
geoespaciais
Modo pelo qual os dados
geoespaciais são
representados
O/A
- Source scale denominator
Denominador da
escala da fonte
O/A
- Type source midia
Tipo de mídia do
conjunto fonte
Número do denominador
da fração que identifica a
escala do conjunto de
dados fonte
A mídia que o conjunto
de dados fonte foi
publicado
- Source Time Period of
Content
Período de tempo
de referência do
conjunto de dados
fonte
Períodos de tempo em
que o conjunto de dados
referencia a realidade de
terreno
O
- Geospatial Data
Presentation Form
O – Obrigatório
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
250
O
Domínio
"atlas"
"audio"
"diagram"
"document "
"globo"
"map "
"model "
" apresentação
multimídia "
"dado raster "
"imagem SR"
"folhas de carta"
"dado tabular
digital"
"dado vetorial"
"video"
ou texto livre
inteiro
"paper", "stablebase material",
"microfiche",
"microfilm",
"audiocassette",
"chart",
"filmstrip",
"transparency",
"videocassette",
"videodisc",
"videotape",
"physical model",
"computer
program", "disc",
"cartridge tape",
"magnetic tape",
"online", "CDROM", electronic
bulletin board",
"electronic mail
system", ou texto
livre
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (7/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
Conteúdo
Obrig.
-Time Period Information
Informação do
período de tempo
O
- Single Date/Time
Data ou tempo
- Calendar Date:
- Source Currentness
Reference
Data
Referência de
atualidade do
conjunto de dados
fonte
Identificação do período
de tempo de referência
do conjunto de dados
fonte
Data ou período que
define a referência do
conjunto de dados fonte
Data
A base na qual o período
do conjunto de dados
fonte foi determinado
- Source citation
abbreviation
Abreviação da
citação da fonte
- Source contribution
Contribuição dos
insumos
- Process Step
- Etapas do
processo
- Process Description
- Descrição do
processo
- Process Date
- Data do
Processo
- Informação
sobre a
organização
espacial dos dados
Referência
espacial indireta
3. Spatial Data
Organization
Information
3.1 Indirect Spatial
Reference
3.2 Direct Spatial
Reference Method
O – Obrigatório
- Método de
Referência
Espacial Direto
O
O
O
Abreviação pela qual o
conjunto fonte é
conhecido
- Texto sucinto sobre a
contribuição das fontes /
insumos para a produção
dos dados
Informações sobre as
etapas realizadas para a
geração do conjunto de
dados
Resumo dos eventos,
tratamentos, parâmetros
ou tolerâncias
relacionadas com a
produção do conjunto de
dados
Data quando o processo
de produção foi
completado
Forma de representação
espacial dos dados no
conjunto de dados
O/A
- identificação de
elementos geográficos e
sua forma de
endereçamento
- Tipos de representação
espaciais utilizados para
representar o espaço
O/A
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
251
Domínio
O
Texto livre
Condição de
terreno ou data da
publicação ou
observação ou
texto livre
Texto livre
Texto livre
O
O
- texto livre
O
- Desconhecido
- Não completo
- data livre
O/A
O
- Texto livre
- "Point" "Vector"
"Raster"
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (8/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
Conteúdo
Obrig.
4. Spatial Reference
Information
- Informação
sobre a referência
espacial
O/A
4.1 Horizontal
Coordinate System
Definition
- Definição do
Sistema de
Coordenadas
Horizontais
4.1.1 Geographic
- Geográfica
Informações sobre os
sistemas de referência
espacial (horizontal e
vertical) utilizados na
produção do conjunto de
dados
Informações sobre a
estrutura de referência
ou sistema a partir do
qual as quantidades
lineares ou angulares são
medidas e atribuídas
para definir a posição
ocupada por um ponto
Definição do
posicionamento de um
ponto na superfície
terrestre por coordenadas
geográficas (latitude e
longitude), referida ao
esferóide de referência
Diferença mínima entre
dois valores adjacentes
de latitude, expressas em
unidades de coordenadas
geográficas
Diferença mínima entre
dois valores adjacentes
de longitude, expressas
em unidades de
coordenadas geográficas
Unidades de medida
utilizadas para expressar
os valores das
coordenadas geográficas
- Latitude
Resolution
- Resolução da
Latitude
- Longitude
Resolution
- Resolução da
Longitude
- Geographic
Coordinate Units
- Unidades de
coordenadas
geográficas
O – Obrigatório
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
252
Domínio
O/A
O
O
- resolução de
latitude > 0,0
O
- resolução de
longitude > 0,0
O
- "Decimal
degrees",
"Decimal
minutes",
"Decimal
seconds",
"Degrees and
decimal
minutes",
"Degrees,
minutes, and
decimal
seconds",
"Radians",
"Grads"
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (9/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
4.1.2 Planar
- Planar
- Map Projection
- Projeção do
Mapa
- Map Projection
Name:
- Nome da
Projeção do mapa
- Para cada
projeção é
especificado um
conjunto de
parâmetros
- Polyconic
- Lambert
Conformal Conic
- Albers
Conical Equal
Area
Planar Coordinate
Information
O – Obrigatório
- Informações
sobre o sistema de
coordenadas no
plano
Conteúdo
Obrig.
Valores em distância ou
distância e ângulos, que
definem a posição de um
ponto sobre um plano de
referência em que a
tenha sido foi projetada
Representação
sistemática de todo ou
parte da superfície da
Terra em um plano ou
superfície desdobrável
Denominação da
projeção do mapa
O
Domínio
O
O
- Polyconic
- Lambert
Conformal
Conic
- Albers Conical
Equal Area e
outras
O
- Longitude do
Meridiano Central
-Latitude Origem da
projeção
- False Easting
- False Northing
- Paralelo padrão
- - Longitude do
Meridiano Central
-Latitude Origem da
projeção
- False Easting
- False Northing
- Paralelo padrão
- - Longitude do
Meridiano Central
-Latitude Origem da
projeção
- False Easting
- False Northing
- dados adicionais sobre
o sistema de
coordenadas para a
representação no plano
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
253
O
O
-90.0 <=
paralelo
padrão<= 90.0
O
-90.0 <=
paralelo
padrão<= 90.0
O
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (10/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
Conteúdo
Planar Coordinate Encoding
Method
- método para
representar o
posicionamento
horizontal
- método usado na
representação de
posicionamento
horizontal
O
Coordinate Representation
-coordenadas de
representação do
posicionamento de
um ponto
- resolução da
abscissa
- resolução da
ordenada
- unidade usada
para medir
distâncias utilizada
- coordenadas do
posicionamento
horizontal
O
- valor da resolução da
abscissa
- valor da resolução da
ordenada
- sistema de medidas
para ser utilizado para
medir distâncias
O
- Grid coordinate system
Sistema de
coordenadas
plano-retangular
O
- Grid Coordinate
System_Name
Nome do sistema
de coordenadas
plano-retangulares
Sistema UTM
Identificação do sistema
de coordenadas planoretangular nas quais as
coordenadas geográficas
podem ser
transformadas para a
construção do mapa
Denominação do
sistema de coordenadas
plano-retangulares
Identificação do sistema
UTM
Identificação da zona
UTM do conjunto de
dados fonte
Abscissa Resolution
Ordinate Resolution
Planar Distance Units
-Universal Transverse
Mercator
- UTM Zone Number
- Transverse_Mercator:
- Scale Factor at Central
Meridian
- Longitude of Central
Meridian
O – Obrigatório
Número da zona
do sistema UTM
que corresponde
ao conjunto de
dados fonte
Parâmetros do
Sistema de
projeção
Identifica o fator
de escala no
Meridiano Central
Identifica a
longitude do
Meridiano Central
Obrig.
O
O
Resolução da
abscissa > 0,0
Resolução da
ordenada > 0,0
"meters"
"international
feet"
"survey feet"
free text
O/A
O
O
Define o valor do fator
de escala no Meridiano
Central
Define a longitude do
Meridiano Central
O
254
"coordinate
pair"
"distance and
bearing"
"row and
column"
O
Define os parâmetros do
sistema UTM
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
Domínio
O
1<= n. Zona <=
60 para o
hemisfério norte
e
-60 <= N. Zona
<= -1 para o
hemisfério sul
Fator de escala
no Meridiano
Central > 0.0
-180.0 <=
Longitude do
Meridiano
Central < 180.0
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (11/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
Conteúdo
Obrig.
Domínio
- Latitude of Projection
Origin
Identifica a
latitude origem da
projeção
Define a latitude origem
da projeção
O
- False Easting
Constante que
adicionada ao eixo
X possibilita ter-se
somente valores
positivos
Constante que
adicionada ao eixo
Y possibilita ter-se
somente valores
positivos
- Modelo
Geodésico
Define a constante a ser
adicionada ao eixo X
O
-90.0 <=
latitude origem
da de
projeção<= 90.0
- real
Define a constante a ser
adicionada ao eixo Y
O
- real
Definição do modelo
gepdésico assumido para
a forma da Terra
sistema de referência
usado para a definição
das coordenadas dos
pontos. E informar a
rede geodésica ajustada
O/A
Identificação do
eleipsóide utilizado para
a representação da forma
da Terra
Valor do semi exiso
maior do elipsóide.
Denominador da razão
entre os raios equatorial
e polar do elipsóide,
quando o numerador é 1
Estrutura ou sistema de
referência a partir do
qual as distâncias
verticais (altitude ou
profundidades) são
medidas
Sistema de referência a
partir do qual as
altitudes são medidas
- A identificação dada à
superfície de nível
tomada como referência
a partir da qual as
altitudes são medidas
O
- False Northing:
4.1.4 Geodetic Model
- Horizontal Datum
Name
- Nome do Datum
Horizontal
- Ellipsoid Name
- Nome do
Elipsóide
- Semi major Axis
_ Semi eixo maior
- Denominator of
Flattening Ratio:
- Denominador da
razão do
achatamento
4.2 Vertical
Coordinate System
Definition
- Definição do
Sistema de
Coordenadas
Verticais
4.2.1 Altitude System
Definition:
- Definição do
Sistema de
Altitude
- Nome do Datum
Vertical
- Altitude Datum
Name:
O – Obrigatório
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
255
O/A
O
O
- Córrego
Alegre
- SAD 69
- Astro Chuá
- outros
- texto livre
- Hayford 1967
- GRS80
- ITRF 80
- texto livre
- semi eixo
maior > 0,0
- denominador
de achatamento
> 0,0
O/A
O/A
O
- Imbituba
- texto livre
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (12/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
- Altitude Resolution
- resolução da
altitude
- Altitude Distance Units
- unidade de
medida das
altitudes
- método utilizado
para representaras
altitudes
- Altitude Encoding
Method
5. Entity and Attribute
Information
- Informação de
Entidade e
Atributo
- Overview description
- informações
gerais sobre as
entidades e
atributos
- dados gerais
sobre as entidades
e atributos
- Entity and Attribute
overview
- Entity and Attribute Detail
Citation
- Descrição mais
detalhada das
entidades e
atributos
6. Distribution Information
- Informação de
Distribuição
- Distributor
O – Obrigatório
- Distribuidor
Conteúdo
Obrig.
Domínio
- valor mínimo entre
dois valores adjacentes
de altitude
- tipo da medida para as
altitudes
O
- resolução de
altitude > 0,0
O
"meters"
"feet" ou
texto livre
"Explicit
elevation
coordinate
included with
horizontal
coordinates";
"Implicit
coordinate";
"Attribute
values"
- método utilizado para
representar as altitudes
O
- Informação sobre o
conteúdo do conjunto de
dados, incluindo os
tipos de entidades, seus
atributos e os domínios
dos atributos
Descrição das entidades,
atributos e suas
características
O/A
O
Texto livre
Informações sobre:
- categoria / layer;
- elemento / feature;
- primitive type;
- definition;
- source of information;
- information reference
date;
- attributes;
Informações sobre:
- categoria / layer;
- elemento / feature;
- source of information;
- information reference
date;
Informação sobre o
distribuidor e as opções
para se obter o conjunto
de dados
Instituição que fornece
o conjunto de dados
O
Texto livre
O
Texto livre
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
256
O/A
O
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (13/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
- Contact
Information:
- Informação de
Contato do
Distribuidor
- Contact
Organization
Primary
- Instituição de
contato primária
- Contact
Organization
- Contato com a
institução
- Contact Address
- Endereço de
contato
- Tipo de endereço
do distribuidor
- Address Type
- Address
- City
- State or Province
- Postal code
- Endereço
- Cidade
- Estado ou
Província
- Código Postal
- Country
- Contact Voice
Telephone
- País
- Contato
telefônico
- Contact Facsimile
Telephone
- Contact Eletronic
Mail Adress
- Contato de fax
-Resource
Description
Distribution_Liability:
Technical Prerequisites
O – Obrigatório
- Endereço
eletrônico de
contato
- Descrição do
recurso
-Responsabilidade
de distribuição
- requisitos
técnicos para que o
usuário utilize os
dados
Conteúdo
Obrig.
- Informações para
contato com a
instituição distribuidora
do conjunto de dados
Nome da instituição e
de técnico associados à
distribuição do conjunto
de dados
Nome da instituição
para contato, que
distribui o conjunto de
dados
Endereço da instituição
ou indivíduo
Identifica o tipo de
endereço do distribuidor
O
Endereço
Cidade do endereço
Estado ou província do
endereço
Código postal do
endereço
País do endereço
Número de telefone da
instituição ou do
indivíduo
Número do fax da
instituição ou indivíduo
Endereço eletrônico da
instituição ou indivíduo
Identificação do
conjunto de dados dada
pelo distribuidor
Declaração da
responsabilidade
assumida pelo
distribuidor
- informações técnicas
(software e hardware)
para que o usuário
utilize os dados
consistentemente
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
257
Domínio
O/A
O/A
- texto livre
O
-"mailing
address",
"physical
address", “
mailing and
physical
address”
O
O
O
- texto livre
- texto livre
O
- texto livre
OP
O
- texto livre
- texto livre
OP
- texto livre
OP
- texto livre
O/A
- texto livre
O
- texto livre
O
- texto livre
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (14/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
7. Metadata Reference
nformation:
- Metadata Date
- Metadata Review Date
- Metadata Contact
- Contact
Information
- Contact organization
primary
- Contact organization
- Contact Person
- Contact Address
- Informação de
referência dos
metadados
- Data dos
Metadados
- Data de revisão
dos metadados
- Contato para os
Metadados
- Contato com a
institução
- Contato da
organização
primária
Contato da
organização que
gerou os
metadados
- Contato com
indivíduo
- Endereço de
contato
- Tipo de endereço
do distribuidor
- Address Type
- Address
- City
- State or Province
- Postal code
- Endereço
- Cidade
- Estado ou
Província
- Código Postal
- Country
- Contact Voice
Telephone
- País
- Contato
telefônico
- Contact Facsimile
Telephone
- Contato de fax
- Contact Eletronic
Mail Adress
- Endereço
eletrônico
O – Obrigatório
Conteúdo
Obrig.
Informação sobre a
atualidade dos
metadados
A data quando os
metadados foram
criados
- data da última revisão
dos metadados
Contato na instituição
responsável pelos
metadados
Informações para
contato
Identificação da unidade
da organização primária
responsável
Identificação da unidade
da organização que
gerou os metadados
O
Domínio
O
- data livre
O
- data depois da
data de criação
O
O/A
O
O
Texto livre
Nome do técnico para
contato, responsável
pelos metadados do
conjunto de dados
Endereço da instituição
ou indivíduo
Identifica o tipo de
endereço do distribuidor
O/A
- texto livre
Endereço
Cidade do endereço
Estado ou província do
endereço
Código postal do
endereço
País do endereço
Número de telefone de
contato com a
instituição ou do
indivíduo
Número do fax de
contato com a
instituição ou indivíduo
Endereço eletrônico da
instituição ou indivíduo
O
O
O
- texto livre
- texto livre
O
- texto livre
OP
O
- texto livre
- texto livre
OP
- texto livre
OP
- texto livre
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
258
O
O
-"mailing
address",
"physical
address", “
mailing and
physical
address”
TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas
(SCN – Cartografia Terrestre) (15/15)
Elemento
FGDC
Descrição
elemento
Conteúdo
Obrig.
Metadata_Standard_Name:
- Nome do padrão
de metadados
O
- CSDGM /
FGDC
- texto livre
Metadata_Standard_Version:
- Versão do Padrão
de Metadados
O
- texto livre
Metadata Language
Língua de geração
dos metadados
A identificação do
padrão de metadados
utilizado para
documentar o conjunto
de dados
Identificação da versão
dos metadados usada
para documentar
Identifica a língua
utilizada para a geração
dos metadados
O
- texto livre
O – Obrigatório
Fonte: adaptado de FGDC, 2004
O/A – Obrigatório quando aplicável
OP - Opcional
259
Domínio
APÊNDICE 9 – Configuração e Teste de ambiente cliente / servidor da rede IGDN
9.1 Configuração do servidor e do cliente no ambiente da IGDN
•
Arquivo ZSERVER.INI
------------------# Example zserver Configuration File
# Please read doc/isite.ps or http://vinca.cnidr.org/software/Isite/Isite.html
# for more information on this file.
# This is the Server Information Group
[Default]
# What detail of debugging information would you like printed to the screen?
# Valid values are 0-9 ranging from less to more debugging information.
DebugLevel=5
# Do you want to run the server as a forking daemon or a single connection
# server? Note that INETD doesn't mean you have to run under inetd, just
# that the server will accept a single client connection and then exit.
# STANDALONE or INETD
ServerType=STANDALONE
#ServerType=INETD
# What TCP port number for the server?
Port=6668
#Port=210
# What is the maximum number of simultaneous client connections you'll accept?
MaxSessions=500
# Where should zserver record its process ID number when it starts?
#PidFile /var/run/zserver.pid
PidFile=zserver.pid
# What is the FULL FILENAME of your Search API configuration file?
# For example, "SAPI=/usr/local/bin/sapi.ini"
SAPI=/USGS/tools/isite2/sapi.ini
# Access (transfer) log filename
#AccessLog=/cygdrive/c/dist/Isite2-Win/zserver_access.log
# Server activity timeout
TimeOut=900
# From the list of databases available in your sapi.ini file, which ones
# do you want clients to have access to (comma-delimited, no spaces)?
#
DBList=meta1
#
# STOP!!
#
# That should be all you have to edit in this file. Make sure you have your
# sapi.ini file configured properly and your own you way!
#
260
•
Arquivo SAPI.INI
---------------# Example sapi.ini file
#
# See doc/isite.ps or doc/untested_guide.html for full details.
#
# If you create a database with Iindex called TESTHTML and store that index in
# /tmp, this file will work as is.
#
[Default]
[meta1]
Type=ISEARCH
Location=/USGS/tools/isite2/db
FieldMaps=/USGS/tools/isite2/bib1_fgdc.map,/USGS/tools/isite2/gils_fgdc.map,/
USGS/tools/isite2/geo_fgdc.map
9.2 Teste da comunicação entre servidor e cliente numa rede local
Segundo o fluxo prescrito pelo FGDC, é necessário que se verifique não só a indexação
dos metadados, bem como os processos de comunicação e recuperação de metadados. Isto pode
ser feito através da configuração de um servidor e cliente no mesmo computador em que o BD de
metadados foi armazenado. Para tanto é necessário executar numa janela do DOS o seguinte
comando:
COMANDO ZSERVER
--------------C:\USGS\tools\isite2>zserver
CNIDR zserver, Version 2.2.2, Release 2004091302, Copyright (c) 1995-2004 MCNC/C
NIDR and A/WWW Enterprises
zserver.ini Path = /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/zserver.ini
SAPI File = /USGS/tools/isite2/sapi.ini
Looking for map files in /USGS/tools/isite2/
Attempting to mount database meta1
Location is /USGS/tools/isite2/db
Successfully mounted.
Adding 67 fields from /USGS/tools/isite2/bib1_fgdc.map to internal mapping tables...
Adding 67 fields from /USGS/tools/isite2/gils_fgdc.map to internal mapping tables...
Adding 67 fields from /USGS/tools/isite2/geo_fgdc.map to internal mapping tables...
DebugLevel=5.
261
Listening on port 6668...
Forking Server Started, Port 6668...
Waiting to Accept client...
Para a configuração da máquina cliente deve ser executado o comando zcliente, cujas
opções estão definidas abaixo:
zclient [host] [port] [database] [query]
[host] - server that is running zserver
[port] - port specified in zserver.ini for that server
[database] - name of the database
[query] - a search string or phrase to find
A partir deste comando o computador servidor fica aguardando que o micro cliente
efetiva alguma consulta a ser processada por uma outra janela do DOS. O comando ZCLIENT a
seguir solicita a recuperação de metadados do Banco de Dados “meta1” e que contenha a palavra
“Atlas”:
COMANDO ZCLIENT
--------------C:\USGS\tools\isite2>zclient localhost 6668 meta1 Atlas
zclient, Version 2.2.2, Release 2004091302
Copyright (c) 1995-2004 MCNC/CNIDR and A/WWW Enterprises
zclient, Version 2.2.2, Release 2004091302
Copyright (c) 1995-2004 MCNC/CNIDR and A/WWW Enterprises
1 total records matched your query
1) Atlas Geografico Escolar
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Enter # of record to view (return to quit): 1
Identification_Information:
Citation:
Citation_Information:
Originator: IBGE
Publication_Date: 20031201
Title: Atlas Geografico Escolar
Edition: 2a edição
Geospatial_Data_Presentation_Form: atlas (impresso e digital (CD-ROM))
Publication_Information:
262
Publication_Place: Rio de Janeiro, Brasil
Publisher: CDDI - Centro de Documentacao e Disseminacao de Informacao (IBGE)
Online_Linkage: http://www.ibge.gov.br
Description:
Abstract:
O Atlas Geografico Escolar e um conjunto de dados sobre determinado assunto,
Sistematicamente organizados e servindo de referencia para a construcao de
informacoes de acordo com a necessidade do usuario. Um atlas escolar funciona como
o apoio para pesquisas. A 2a edição impressa e em CD-ROM
Purpose:
Fornecer a area educacional uma fonte de dados para os estudos de Geografia,
apresentando uma sintese de informacoes sobre Cartografia, A Terra, as caracteristicas
politico, sociais, economicas e ambientais do Mundo, dos Continentes e do Brasil.
Subsidiar o conhecimento geográfico para o público em geral
Esta 2a edicao disponivel em CD-ROM possibilita atraves de recursos de multimidia,
uma interação com os usuarios, contendo animacoes, imagens e textos que propiciam
uma forma de aprendizado motivadora.
.
.
.
Press return continue...
zclient, Version 2.2.2, Release 2004091302
Copyright (c) 1995-2004 MCNC/CNIDR and A/WWW Enterprises
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1) Atlas Geografico Escolar
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263
APÊNDICE 10
METADADOS DA BASE CARTOGRÁFICA VETORIAL INTEGRADA DO BRASIL, NA
ESCALA DE 1: 1 000 000 (bCIMd)
Estes metadados foram cadastrados utilizando o aplicativo TKME, que gerou um arquivo
denominado bCIMdv2_G.met. , sendo que a listagem apresentada a seguir foi obtida através do
aplicativo “Bloco de Notas”
Identification_Information:
Citation:
Citation_Information:
Originator:
Coordenação de Cartografia - CCAR (Coordination of Cartography)
Diretoria de Geociências - DGC (Directory of Geosciences)
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (Brazilian
Institute of Geography and Statistics)
Publication_Date: 20031215
Title: Base cartográfica digital integrada - 1:1 000 000 - bCIMd Projeto Mapa Global (Global Map Brazil)
Description:
Abstract:
O Mapa Global referente ao Brasil é uma Base de dados cartográficos digital do território
brasileiro que foi construída a partir da base integrada digital - 1: 1 000 000 - bCIMd, gerada
por vetorização das folhas da Carta Intenacional do Mundo ao milionésimo - CIM, e é composta
por categorias de informação e elementos, no formato vetorial, representando os principais
elementos geográficos que cobrem o território nacional. Cada classe de elementos possui
atributos geométricos e semânticos associados em um Banco de Dados permitindo consultas e
agregação de novos dados.
(The Global Map Brazil is a digital database of Brazilian territory which was built using data
from the Cartographic Integrated Digital Database of Brazil at 1:1 000 000 scale, originated from
the International Chart of the World -CIM, paper sheets. It is composed of layers and features, in
vector format, representing the main geographic features, which covers all national territory.
Each feature class has geometric and semantic attributes associated to a data bank, allowing
querying
data and aggregating new data).
Purpose:
Fornecer uma base cartográfica de referência em nível nacional para gestão e planejamento e
ser a referência brasileira do Projeto Mapa Global, e pode ser integrada à outros dados
geoespaciais para subsidiar a composição de SIG.
(The Global Map Brazil is meant for giving a general view of Brazilian territory as well as for
serving as reference on the elaboration of territorial management studies and planning and for
subsidising the Global Mapping project).
Time_Period_of_Content:
Time_Period_Information:
Range_of_Dates/Times:
Beginning_Date: 20001201
Ending_Date: 20031115
264
Currentness_Reference:
As folhas da carta CIM, vetorizadas foram publicadas entre 1998 e 1999 e atualizadas por:
imagens de satélites; informações de órgãos setoriais, tais como: Ministério dos Transportes,
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA,
Fundação Nacional do Índio - FUNAI, Manual de Rotas aéreas - Rotaer, etc.
(Last edition of CIM paper sheets, was realized between 1998 and 1999 and updated with
satellite images. The present digital version pictures the existent elements on the sheets updated
through other organizations information such as Transportation Ministry, Brazilian Institute of
Environment (IBAMA), Indigenous People National Foundation (FUNAI), Auxiliary Manual for
Aerial Routes (ROTAER)).
Status:
Progress: complete
Maintenance_and_Update_Frequency:
annually
a proposta de manutenção / atualização da bCIMd está prevista através de
Programa de Compartilhamento entre diversos órgãos setoriais, e
implementada anualmente
(Global Map Brazil will follow the systematic updating which will be realized on
the Cartographic Integrated Digital Database of Brazil at 1:1 000 000 scale –
bCIMd, in colaboration with other organizations. It is planned to be yearly.
Spatial_Domain:
Bounding_Coordinates:
West_Bounding_Coordinate: -74.00
East_Bounding_Coordinate: -29.00
North_Bounding_Coordinate: 8.00
South_Bounding_Coordinate: -35.00
Keywords:
Theme:
Theme_Keyword_Thesaurus: none
Theme_Keyword: Carta CIM
Theme_Keyword: Mapa Global
Theme_Keyword: Base de dados cartográficos vetorial 1: 1 000 000
Theme_Keyword: Base cartográfica digital com Banco de Dados escala
1: 1 000 000
Access_Constraints: acesso publico (public access); midia: CD-Rom; Web: www.ibge.gov.br
Use_Constraints:
uso público, exceto para fins comerciais como previsto nos termos de uso do IBGE e segundo a
lei de direitos autorais sendo exigido a citacao de fonte: base cartografica digital - 1: 5 000 000 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE).
(The use of Map Brazil database will follow the procedures stated by IBGE, according to the
law of copyright, and "The Brazilian Institute of Geography and Statistics - IBGE", consents on
provisioning Global Map Data of Brazil, to be distributed free of charge for non-commercial
use, when data is downloaded through Internet, and records of the users kept to be provided to
IBGE when requested.")
Browse_Graphic:
Browse_Graphic_File_Name: bCIMd
Browse_Graphic_File_Description: servidor de mapas (www.ibge.gov.br)
265
Browse_Graphic_File_Type: ambiente ESRI
Data_Set_Credit: Departamento de Cartografia - Diretoria de Geociencias do IBGE
Native_Data_Set_Environment:
Microsoft Windows NT Version 4.0 Service Pack 6
ESRI ArcGis Desktop 8.2; ArcView 3.1, Geomedia
Original data format: Intergraph/Microstation .dgn
I-Ras B, I-GeoVec, MGE Version 7.0
Working format: MGE Version 7.0
Data_Quality_Information:
Attribute_Accuracy:
Attribute_Accuracy_Report:
Os atributos geométricos dos elementos das categorias de informação foram
checados através de processos de validação geométrica e topológica.
Os atributos semânticos foram checados e consolidados por processos de
validação de consistência
(Information categories or layers elements geometric attributes were
checked through geometry and connectivity validation processes.
Semantic attributes related to this elements were checked and
consolidated through databank consistency validation process.)
Logical_Consistency_Report:
A consistência lógica foi garantida através de validação topológica nos dois
ambientes de trabalho.
(The logical consistency of data was gathered through topologic validation
procedures on both working environments.
Completeness_Report:
Todos os elementos representados nas folhas de Carta CIM estão
materializados na base digital bCIMd.
(All elements from CIM sheets are represented on Global Map Brazil digital
database.)
Lineage:
Source_Information:
Source_Citation:
Citation_Information:
Originator: IBGE/DGC/CCAR
Publication_Date: 19980102
Title: Carta Internacional do Mundo ao milionesimo (International Chart of
the World at 1:1 000 000 scale (CIM) sheets)
Edition: terceira (Third)
Geospatial_Data_Presentation_Form: spreadsheet - folhas de carta
impressas (Paper sheet)
Publication_Information:
Publication_Place: Rio de Janeiro, Brasil
Publisher: IBGE
Source_Scale_Denominator: 1000000
Type_of_Source_Media: stable-base material (Originais cartograficos –
fotolitos) (Cartographic originals (scribes and positives))
266
Source_Time_Period_of_Content:
Time_Period_Information:
Single_Date/Time:
Calendar_Date: 19990102
Source_Currentness_Reference: 19981201
Source_Citation_Abbreviation: CIM
Source_Contribution: digitalização automática via scanner, gerando arquivos
raster que foram vetorizados (raster files by scanner and vector files from
those)
Process_Step:
Process_Description:
AMBIENTE INTERGRAPH - MGE/MICROSTATION
conversao para ambiente digital:
- aquisicao a partir dos originais cartograficos / fotolitos pelo metodo de
digitalizacao automatica via scanner;
- arquivos em formato raster (azul, preto, vermelho e sepia)
georreferenciados pelo metodo Afim;
- vetorizacao semi-automatica (ambiente Intergraph I-RAS-B ) segundo as
especificacoes da MD v4.0;
- tratamento cartografico para edição de elementos;
- conversão para o datum SAD69;
- validacao geometrica e topologica dos arquivos;
- conversao para o sistema de coordenadas geograficas;
- compatibilizacao dos elementos;
- Preparacao e carga do Banco de Dados;
- validacao e correcao;
INTERGRAPH - MGE/MICROSTATION ENVIRONMENT
conversion to digital format:
- data acquisition through cartographic originals (scribes and positives) /
automatic digitalization (scanner);
- raster files (blue, black, red and sepia) georeferencing;
- semi-automatic vectorization (Intergraph I-RAS-B environment) following
MD v4.0 specifications;
- cartographic data handling;
- conversion to SAD69 Datum;
- geometric and topologic validation of files;
- conversion to Geographic Coordinates System;
- compatibilization of elements among files (conectivity validation);
- data bank preparation and fill;
- general validation and correction;
AMBIENTE INTERGRAPH - GEOMEDIA
- conexao dos arquivos;
- composicao da base integrada - juncao das folhas;
- validacao geometrica e conectividade de folhas;
- validacaoo topologica;
267
- validacao do banco de Dados;
- compatibilizacao dos elementos entre categorias;
- correcoes;
- conversao para outros formatos;
INTERGRAPH - GEOMEDIA ENVIRONMENT
- files connection;
- integrated database composition;
- geometric and connectivity validation;
- topologic validation;
- data bank validation;
- compatibilization of elements among categories;
- corrections;
- conversion to other formats;
AMBIENTE ESRI - ARCGIS/ARCVIEW
- estruturacao dos arquivos no formato shape file;
- conversao para outros formatos;
- visualizacao, consultas e analises;
ESRI - ARCGIS/ARCVIEW ENVRONMENT
- file structuring on shape format;
- conversion to other formats;
- visualization, querying and analysis.
Process_Date: 20001201
Spatial_Data_Organization_Information:
Direct_Spatial_Reference_Method: Vector
Spatial_Reference_Information:
Horizontal_Coordinate_System_Definition:
Geographic:
Latitude_Resolution: 0.0083
Longitude_Resolution: 0.0083
Geographic_Coordinate_Units: Decimal degrees
Geodetic_Model:
Horizontal_Datum_Name: South American 1969 - SAD69
Ellipsoid_Name: UGGI 67
Semi-major_Axis: 6378160.000000
Denominator_of_Flattening_Ratio: 298.250000
Vertical_Coordinate_System_Definition:
Altitude_System_Definition:
Altitude_Datum_Name: Imbituba
Altitude_Resolution: 100.00
Altitude_Distance_Units: meters
Altitude_Encoding_Method: attribute values
268
Entity_and_Attribute_Information:
Overview_Description:
Entity_and_Attribute_Overview: base vetorial contendo os elementos
representados na Carta CIM 1: 1 000 000 com informacoes semanticas
associadas em BD
Entity_and_Attribute_Detail_Citation:
Category Layer: Limites (Boundaries)
Feature: Linha de costa (Coast_Line); Terras indígenas (Indigenous_Land);
Área de oceano (Ocean_Sea)
Source of information: IBGE, FUNAI e IBAMA
Information reference date: 1998, 2000
Category Layer: Vegetação (Vegetation)
Feature: Mangue (Mangrove) ; baixio(Marshland)
Source of information: IBGE
Information reference date: 1998
Category Layer: Construções / edificações (Complement)
Feature: Usina , minas, condutos, salinas,Barragem (Dam_Weir)
Source of information: IBGE
Information reference date: 1998
Category Layer: Hidrografia - Drainage (Hidrography)
Feature: rios permanentes e intermitentes (rivers); aqueduto - canal
(Aqueduct_Canal_Flume_Penstock); Banco de areia (Bank); cachoeiras
(Falls);
Source of information: IBGE
Information reference date: 1998
Category Layer: Centros populacionais - localidades (Population Centres)
Feature: área edificada (Built-up Area);cidades (cities), vilas (districts) Posto
indígena (Indigenous Post); assentamentos (Settlement)
Source of information: IBGE
Information reference date: 1998
Category Layer: Sistemas de Transporte (Transportation)
Feature: aeroporto (Airport); ponte (Bridge);porto (Harbor/Port);ferrovia
(Railroad); rodovia (Road);
Source of information: IBGE, MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA - ROTAER,
Banco de Informações de Transportes - BIT (todos os modais)
Information reference date: 2003
Attributes: MD versão 4.0 adotada pelo IBGE desde 1999 (according to
"Mapoteca Digital" Version 4.0 Specifications, adopted at IBGE, since 1999).
Distribution_Information:
Distributor:
Contact_Information:
269
Contact_Organization_Primary:
Contact_Organization: IBGE/CDDI - Rio de Janeiro
Contact_Address:
Address_Type: mailing and physical address
Address: Rua Canabarro,706 - Praça da Bandeira
City: Rio de Janeiro
State_or_Province: RJ
Postal_Code: 20271-201
Country: Brasil
Contact_Voice_Telephone: 55-21-2142-4781
Contact_Facsimile_Telephone: 55-21-2142-4781
Contact_Electronic_Mail_Address: [email protected]
Resource_Description: bCIMd
Distribution_Liability: produto fornecido com termo de responsabilidade de uso
e direitos autorais
Technical_Prerequisites: documentacao fornecida junto com o produto, definido segundo o
formato solicitado pelo usuario
Metadata_Reference_Information:
Metadata_Date: 20040210
Metadata_Review_Date: 20041021
Metadata_Contact:
Contact_Information:
Contact_Organization_Primary:
Contact_Organization:
IBGE/DGC/GDI
IBGE/CDDI
Contact_Person:
Marcio Imamura e
Anna Lucia Barreto de Freitas
Contact_Position:
Dissemination contact
Technical contact
Contact_Address:
Address_Type: mailing and physical address
Address: Rua Canabarro,706 - Praça da Bandeira
City: Rio de Janeiro
State_or_Province: Rio de Janeiro
Postal_Code: 20271-201
Country: Brasil
Contact_Voice_Telephone:
55-21-2142-4723
55-21-2142-4895
Contact_Electronic_Mail_Address:
[email protected] e
[email protected]
Metadata_Standard_Name: FGDC / CSDGM
270
Metadata_Standard_Version: FGDC-STD-001-1998
Metadata_Language: Portuguese / English
271
APÊNDICE 11
METADADOS DA BASE CARTOGRÁFICA VETORIAL INTEGRADA DO BRASIL, NA
ESCALA DE 1: 1 000 000, NA VERSÃO HTML
Esta versão foi gerada utilizando-se o aplicativo “mp” que compila os metadados
cadastrados segundo o padrão FGDC e gera os arquivos com extensões (sgml, html, xml e txt)
para indexação dos registros do catálogo de metadados “meta1”.
Base cartográfica digital integrada - 1:1 000 000 - bCIMd Projeto Mapa Global (Global Map Brazil)
Metadata also available as - [Parseable text] - [SGML] - [XML]
Metadata:
•
Identification_Information
•
Data_Quality_Information
•
Spatial_Data_Organization_Information
•
Spatial_Reference_Information
•
Entity_and_Attribute_Information
•
Distribution_Information
•
Metadata_Reference_Information
Identification_Information:
Citation:
Citation_Information:
Originator:
Coordenação de Cartografia - CCAR (Coordination of Cartography) Diretoria de
Geociências - DGC (Directory of Geosciences) Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics)
Publication_Date: 20031215
Title:
Base cartográfica digital integrada - 1:1 000 000 - bCIMd - Projeto Mapa Global (Global
Map Brazil)
Edition: primeira versão digital (First)
Geospatial_Data_Presentation_Form:
vector digital data - Dados vetoriais associados com Banco de dados semântico (Vector
digital data associated to a semantic databank
Series_Information:
Series_Name:
Carta Internacional do Mundo ao milionésimo - escala 1: 1 000 000 (Global Map - GM VMap Level 0 - International Chart of the World at 1:1 000 000 scale)
272
Issue_Identification:
Base cartográfica digital integrada originada da Carta CIM (Cartographic Datase from
International Chart of the World
Publication_Information:
Publication_Place: Rio de Janeiro, Brasil
Publisher:
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (Brazilian Institute of
Geography and Statistics) Centro de Documentação e Disseminação de Informação CDDI (Information Documentation and Dissemination Center) together with the support
of ISCGM - International Steering Committee for Global Mapping
Online_Linkage: <http://www.ibge.gov.br>
Description:
Abstract:
O Mapa Global referente ao Brasil é uma Base de dados cartográficos digital do território
brasileiro que foi construída a partir da base integrada digital - 1: 1 000 000 - bCIMd,
gerada por vetorização das folhas da Carta Intenacional do Mundo ao milionésimo - CIM,
e é composta por categorias de informação e elementos, no formato vetorial,
representando os principais elementos geográficos que cobrem o território nacional. Cada
classe de elementos possui atributos geométricos e semânticos associados em um Banco
de Dados permitindo consultas e agregação de novos dados (The Global Map Brazil is a
digital database of Brazilian territory which was built using data from the Cartographic
Integrated Digital Database of Brazil at 1:1 000 000 scale, originated from the
International Chart of the World -CIM, paper sheets. It is composed of layers and
features, in vector format, representing the main geographic features, which covers all
national territory. Each feature class has geometric and semantic attributes associated to a
data bank, allowing querying data and aggregating new data).
Purpose:
Fornecer uma base cartográfica de referência em nível nacional para gestão e
planejamento e ser a referência brasileira do Projeto Mapa Global, e pode ser integrada à
outros dados geoespaciais para subsidiar a composição de SIG (The Global Map Brazil is
meant for giving a general view of Brazilian territory as well as for serving as reference
on the elaboration of territorial management studies and planning and for subsidising the
Global Mapping project).
Time_Period_of_Content:
Time_Period_Information:
Range_of_Dates/Times:
Beginning_Date: 20001201
Ending_Date: 20031115
Currentness_Reference:
As folhas da carta CIM, vetorizadas foram publicadas entre 1998 e 1999 e atualizadas
por: imagens de satélites; informações de órgãos setoriais, tais como: Ministério dos
Transportes, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA, Fundação Nacional do
Índio - FUNAI, Manual de Rotas aéreas - Rotaer etc.(Last edition of CIM paper sheets,
was realized between 1998 and 1999 and updated with satellite images. The present
digital version pictures the existent elements on the sheets updated through other
organizations information such as Transportation Ministry, Brazilian Institute of
273
Environment (IBAMA), Indigenous People National Foundation (FUNAI), Auxiliary
Manual for Aerial Routes (ROTAER)).
Status:
Progress: complete
Maintenance_and_Update_Frequency:
annually a proposta de manutenção / atualização da bCIMd está prevista através de
Programa de Compartilhamento entre diversos órgãos setoriais, e implementada
anualmente (Global Map Brazil will follow the systematic updating which will be realized
on the Cartographic Integrated Digital Database of Brazil at 1:1 000 000 scale - bCIMd,
in colaboration with other organizations. It is planned to be yearly.
Spatial_Domain:
Bounding_Coordinates:
West_Bounding_Coordinate: -74.00
East_Bounding_Coordinate: -29.00
North_Bounding_Coordinate: 8.00
South_Bounding_Coordinate: -35.00
Keywords:
Theme:
Theme_Keyword_Thesaurus: none
Theme_Keyword: Carta CIM
Theme_Keyword: Mapa Global
Theme_Keyword: Base de dados cartográficos vetorial 1: 1 000 000
Theme_Keyword:
Base cartográfica digital com Banco de Dados escala 1: 1 000 000
Access_Constraints:
acesso publico (public access); midia: CD-Rom; Web: www.ibge.gov.br
Use_Constraints:
uso público, exceto para fins comerciais como previsto nos termos de uso do IBGE e
segundo a lei de direitos autorais sendo exigido a citacao de fonte: base cartografica
digital - 1: 5 000 000 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE) (The use of
Map Brazil database will follow the procedures stated by IBGE, according to the law of
copyright, and "The Brazilian Institute of Geography and Statistics - IBGE", consents on
provisioning Global Map Data of Brazil, to be distributed free of charge for noncommercial use, when data is downloaded through Internet, and records of the users kept
to be provided to IBGE when requested.")
Browse_Graphic:
Browse_Graphic_File_Name: bCIMd
Browse_Graphic_File_Description: servidor de mapas (www.ibge.gov.br)
Browse_Graphic_File_Type: ambiente ESRI
Data_Set_Credit: Departamento de Cartografia - Diretoria de Geociencias do IBGE
Native_Data_Set_Environment:
Microsoft Windows NT Version 4.0 Service Pack 6 ESRI ArcGis Desktop 8.2; ArcView
3.1, Geomedia Original data format: Intergraph/Microstation .dgn I-Ras B, I-GeoVec,
MGE Version 7.0 Working format: MGE Version 7.0
Data_Quality_Information:
Attribute_Accuracy:
274
Attribute_Accuracy_Report:
Os atributos geométricos dos elementos das categorias de informação foram checados
através de processos de validação geométrica e topológica. Os atributos semânticos foram
checados e consolidados por processos de validação de consistência (Information
categories or layers elements geometric attributes were checked through geometry and
connectivity validation processes. Semantic attributes related to this elements were
checked and consolidated through databank consistency validation process.)
Logical_Consistency_Report:
A consistência lógica foi garantida através de validação topológica nos dois ambientes de
trabalho. (The logical consistency of data was gathered through topologic validation
procedures on both working environments.
Completeness_Report:
Todos os elementos representados nas folhas de Carta CIM estão materializados na base
digital bCIMd. (All elements from CIM sheets are represented on Global Map Brazil
digital database.)
Lineage:
Source_Information:
Source_Citation:
Citation_Information:
Originator: IBGE/DGC/CCAR
Publication_Date: 19980102
Title:
Carta Internacional do Mundo ao milionesimo (International Chart of the World at 1:1
000 000 scale (CIM) sheets)
Edition: terceira (Third)
Geospatial_Data_Presentation_Form: spreadsheet - folhas de carta impressas (Paper
sheet)
Publication_Information:
Publication_Place: Brasil
Publisher: IBGE
Source_Scale_Denominator: 1000000
Type_of_Source_Media:
stable-base material (Originais cartograficos - fotolitos) (Cartographic originals (scribes
and positives))
Source_Time_Period_of_Content:
Time_Period_Information:
Single_Date/Time:
Calendar_Date: 19990102
Source_Currentness_Reference: 19981201
Source_Citation_Abbreviation: CIM
Source_Contribution:
digitalização automática via scanner, gerando arquivos raster que foram vetorizados
(raster files by scanner and vector files from those)
Process_Step:
Process_Description:
AMBIENTE INTERGRAPH - MGE/MICROSTATION conversao para ambiente digital:
- aquisicao a partir dos originais cartograficos / fotolitos pelo metodo de digitalizacao
275
automatica via scanner; - arquivos em formato raster (azul, preto, vermelho e sepia)
georreferenciados pelo metodo Afim; - vetorizacao semi-automatica (ambiente Intergraph
I-RAS-B ) segundo as especificacoes da MD v4.0; - tratamento cartografico para edição
de elementos; - conversão para o datum SAD69; - validacao geometrica e topologica dos
arquivos; - conversao para o sistema de coordenadas geograficas; - compatibilizacao dos
elementos; - Preparacao e carga do Banco de Dados; - validacao e correcao;
INTERGRAPH - MGE/MICROSTATION ENVIRONMENT conversion to digital
format: - data acquisition through cartographic originals (scribes and positives)
automatic digitalization (scanner); - raster files (blue, black, red and sepia)
georeferencing; - semi-automatic vectorization (Intergraph I-RAS-B environment)
following MD v4.0 specifications; - cartographic data handling; - conversion to
SAD69 Datum; - geometric and topologic validation of files; - conversion to
Geographic Coordinates System; - compatibilization of elements among files
(conectivity validation); - data bank preparation and fill; - general validation and
correction;
AMBIENTE INTERGRAPH - GEOMEDIA - conexao dos arquivos; - composicao
da base integrada - juncao das folhas; - validacao geometrica e conectividade de
folhas; - validacaoo topologica; - validacao do banco de Dados; compatibilizacao dos elementos entre categorias; - correcoes; - conversao para
outros formatos;
INTERGRAPH - GEOMEDIA ENVIRONMENT - files connection; - integrated
database composition; - geometric and connectivity validation; - topologic
validation; - data bank validation; - compatibilization of elements among
categories; - corrections; - conversion to other formats;
AMBIENTE ESRI - ARCGIS/ARCVIEW - estruturacao dos arquivos no formato
shape file; - conversao para outros formatos; - visualizacao, consultas e analises;
ESRI - ARCGIS/ARCVIEW ENVRONMENT - file structuring on shape format; conversion to other formats; - visualization, querying and analysis.
Process_Date: 20001201
Spatial_Data_Organization_Information:
Direct_Spatial_Reference_Method: Vector
Spatial_Reference_Information:
Horizontal_Coordinate_System_Definition:
Geographic:
Latitude_Resolution: 0.0083
Longitude_Resolution: 0.0083
Geographic_Coordinate_Units: Decimal degrees
Geodetic_Model:
Horizontal_Datum_Name: South American 1969 - SAD69
Ellipsoid_Name: UGGI 67
Semi-major_Axis: 6378160.000000
276
Denominator_of_Flattening_Ratio: 298.250000
Vertical_Coordinate_System_Definition:
Altitude_System_Definition:
Altitude_Datum_Name: Imbituba
Altitude_Resolution: 100.00
Altitude_Distance_Units: meters
Altitude_Encoding_Method: attribute values
Entity_and_Attribute_Information:
Overview_Description:
Entity_and_Attribute_Overview:
base vetorial contendo os elementos representados na Carta CIM 1: 1 000 000 com
informacoes semanticas associadas em BD
Entity_and_Attribute_Detail_Citation:
Category Layer: Limites (Boundaries) Feature: Linha de costa (Coast_Line); Terras
indígenas (Indigenous_Land); Área de oceano (Ocean_Sea) Source of information: IBGE,
FUNAI e IBAMA Information reference date: 1998, 2000
Category Layer: Vegetação (Vegetation) Feature: Mangue (Mangrove) ;
baixio(Marshland) Source of information: IBGE Information reference date: 1998
Category Layer: Construções / edificações (Complement) Feature: Usina , minas,
condutos, salinas,Barragem (Dam_Weir) Source of information: IBGE Information
reference date: 1998
Category Layer: Hidrografia - Drainage (Hidrography) Feature: rios permanentes e
intermitentes (rivers); aqueduto - canal (Aqueduct_Canal_Flume_Penstock); Banco de
areia (Bank); cachoeiras (Falls); Source of information: IBGE Information reference date:
1998
Category Layer: Centros populacionais - localidades (Population Centres) Feature: área
edificada (Built-up Area);cidades (cities), vilas (districts) Posto indígena (Indigenous
Post); assentamentos (Settlement) Source of information: IBGE Information reference
date: 1998
Category Layer: Sistemas de Transporte (Transportation) Feature: aeroporto (Airport);
ponte (Bridge);porto (Harbor/Port);ferrovia (Railroad); rodovia (Road); Source of
information: IBGE, MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA - ROTAER, Banco de
Informações de Transportes - BIT (todos os modais) Information reference date: 2003
Attributes: MD versão 4.0 adotada pelo IBGE desde 1999 (according to "Mapoteca
Digital" Version 4.0 Specifications, adopted at IBGE, since 1999).
Distribution_Information:
Distributor:
Contact_Information:
Contact_Organization_Primary:
Contact_Organization: IBGE/CDDI - Rio de Janeiro
Contact_Address:
277
Address_Type: mailing and physical address
Address: Rua Canabarro,706 - Praça da Bandeira
City: Rio de Janeiro
State_or_Province: RJ
Postal_Code: 20271-201
Country: Brasil
Contact_Voice_Telephone: 55-21-2142-4781
Contact_Facsimile_Telephone: 55-21-2142-4781
Contact_Electronic_Mail_Address: [email protected]
Resource_Description: bCIMd
Distribution_Liability:
produto fornecido com termo de responsabilidade de uso e direitos autorais
Technical_Prerequisites:
documentacao fornecida junto com o produto, definido segundo o formato solicitado pelo
usuario
Metadata_Reference_Information:
Metadata_Date: 20040210
Metadata_Review_Date: 20041021
Metadata_Contact:
Contact_Information:
Contact_Organization_Primary:
Contact_Organization:
IBGE/DGC/GDI IBGE/CDDI
Contact_Person:
Marcio Imamura e Anna Lucia Barreto de Freitas
Contact_Position:
Dissemination contact Technical contact
Contact_Address:
Address_Type: mailing and physical address
Address: Rua Canabarro,706 - Praça da Bandeira
City: Rio de Janeiro
State_or_Province: Rio de Janeiro
Postal_Code: 20271-201
Country: Brasil
Contact_Voice_Telephone:
55-21-2142-4723 55-21-2142-4895
Contact_Electronic_Mail_Address:
[email protected] e [email protected]
Metadata_Standard_Name: FGDC / CSDGM
Metadata_Standard_Version: FGDC-STD-001-1998
Metadata_Language: Portuguese / English
Generated by mp version 2.8.12 on Mon Nov 15 10:07:25 2004
278
8 ANEXO
279
ANEXO 1 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA COM EXEMPLOS RECUPERADOS DO
PORTAL DA BIBLIOTECA NACIONAL.
FIG. A1.1 – página principal do Portal www.bn.br
FIG. A1.2 – Tela de Detalhes da catalogação MARC do livro“ Aprendendo XML”
Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br
280
FIG. A1.3 – Tela de Formatos Especiais de Metadados Bibliográficos para o livro
“ Aprendendo XML”
Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br
FIG. A1.4 – Tela de Referência Bibliográfica – norma ABNT
para o Livro “ Aprendendo XML”
Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br
281
FIG. A1.5 – Tela de Metadados Bibliográficos – norma ISO 2709
para o Livro “ Aprendendo XML”
Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br
FIG. A1.6 – Tela de Ficha catalográfica para o Livro “ Aprendendo XML”
Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br
282