Marketbeat Portugal Primavera 2008
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Marketbeat Portugal Primavera 2008
Marketbeat Portugal Primavera 2008 Global Real Estate Solutions MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 MAPA DE ESCRITÓRIOS DE LISBOA 2 MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 3 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO RETALHO Segundo o Banco de Portugal, manteve-se em 2007 a tendência de recuperação da economia nacional, incentivada por um crescimento do investimento empresarial e das exportações de bens e serviços. Enquadramento do Mercado Para 2008 e 2009, as projecções mais recentes indiciam uma continuação desta recuperação. No entanto, as actuais previsões estão rodeadas por níveis de incerteza elevados, resultado do enquadramento económico e financeiro internacional. Indicadores Económicos 10 O mercado de retalho continuou a manter em 2007 o forte dinamismo que marcou os últimos anos, tendo sido inaugurados cerca de 250.000 m2 de novos projectos, na sua maioria centros comerciais. O stock total de espaços comerciais de todos os formatos em Portugal situa-se hoje nos 2,9 milhões de m2, sendo expectável que no final de 2008 seja ultrapassada a barreira dos 3 milhões de m2. Os primeiros seis meses do ano foram marcados por um maior dinamismo no formato de retail parks, em oposição ao segundo semestre, em que o protagonismo ficou a cargo do segmento de centros comerciais. 8 -2 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 2009* PIB Taxa de Desemprego (Tx. Efect.) Inflação (Tx. Efect.) 3.500.000 350.000 3.000.000 300.000 2.500.000 250.000 2.000.000 200.000 1.500.000 150.000 1.000.000 100.000 50.000 500.000 0 0 19 90 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 0 20 7 08 * 0 400.000 At é 2 Crescimento ABL (m2) (%) 4 Consumo Privado Crescimento ABL (m2) Fonte: Banco de Portugal; OCDE ABL Acumulada (m2) * Estimativa Fonte: Cushman & Wakefield * Estimativa O crescimento do PIB foi revisto em alta no Boletim de Inverno do Banco de Portugal para 1,9%, prevendo-se que este aumente para 2,0% em 2008 e para 2,3% em 2009. De acordo com a mesma fonte, estes valores estão bastante próximos das estimativas realizadas para a zona euro no mesmo período. O consumo privado manteve o ritmo de crescimento de 2006, embora se preveja uma queda de 0,1% em 2008. Para 2009, as projecções apontam para uma inversão desta situação, esperando-se uma taxa de crescimento na ordem dos 1,5%. Esta estimativa assenta nas expectativas de uma crescente melhoria das actuais condições no mercado de trabalho, o que tem um impacto directo no rendimento disponível das famílias. No que respeita à inflação, as estimativas apontam para um decréscimo desta variável de cerca de 0,6%, situando-se nos 2,4% em 2007. Para 2008, antecipa-se uma manutenção deste valor, seguindo-se uma queda de 0,4% em 2009. Esta previsão de decréscimo para a taxa de inflação tem por base as recentes expectativas que apontam para uma descida do preço do petróleo nos próximos anos. De acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a taxa de desemprego em Portugal alcançou, em 2007, o máximo histórico de 7,7%. No entanto, espera-se uma inversão da tendência registada nos últimos anos, sendo a estimativa para este indicador, em 2008 e 2009, de 7,6% e 7,3%, respectivamente. ABL Acumulada (m2) Evolução Conjuntos Comerciais 1990-2008* 6 O comércio de rua prossegue o seu processo de recuperação, sendo evidente o interesse dos principais retalhistas neste formato. Este ano assistiu-se a diversas aberturas de lojas numa das zonas de maior prestígio da cidade, a Avenida da Liberdade, com destaque para a loja da Loewe e o novo espaço da Lanidor, que compreende um novo conceito de restauração e um spa, para além de uma loja da marca. No final de 2007, a área bruta locável (ABL) de conjuntos comerciais atingia perto de 2,9 milhões de m2, correspondendo a um crescimento de 16% face a 2006. A região Centro foi não só a que registou o maior crescimento, com um aumento de 31%, como também a que mais contribuiu para este aumento global da oferta, tendo sido responsável por mais de 31% do total. ABL Actual por Região – 2007 (Todos os Formatos) Região % da ABL Total ABL (m2) Norte (exclui Grande Porto) 380.191 13,1% Grande Porto 566.064 19,5% Centro 533.765 18,4% Grande Lisboa 827.909 28,7% Península de Setúbal 347.734 12,0% Sul 156.842 5,4% 84.582 2,9% 2.897.087 100% Ilhas Portugal Fonte: Cushman & Wakefield MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 RETALHO As zonas Norte e do Grande Porto deram também um importante contributo para este crescimento, sendo responsáveis por 24% e 20% da nova oferta, respectivamente. Para 2008, antecipa-se mais um ano de forte actividade no mercado de retalho, já que os conjuntos comerciais anunciados somam mais de 360.000 m2 de ABL. A concretizarem-se todos os projectos, será atingido um máximo histórico em termos de crescimento de ABL. A tendência verificada este ano continuará a manter-se, com as regiões Centro e do Grande Porto a darem o maior contributo para a nova oferta. O formato tradicional, ou seja os centros comerciais, representa aproximadamente 80% desta nova oferta. Do lado da procura, manteve-se o interesse por parte dos retalhistas, a julgar pelas boas taxas de ocupação verificadas nos projectos inaugurados. No entanto, os operadores mostram-se cada vez mais cautelosos, especialmente nos projectos em localizações mais periféricas, exigindo uma crescente partilha de risco com os promotores; nomeadamente através de uma maior exigência em termos dos valores de arrendamento. algumas cidades, bem como à convivência de unidades em determinadas localizações. Foi também no final do ano que a Jerónimo Martins anunciou a aquisição da rede de supermercados Plus, cuja presença em Portugal já somava 75 unidades. A conclusão desta operação aguarda apenas a respectiva autorização por parte da Autoridade da Concorrência. Com este negócio, a Jerónimo Martins irá aumentar a quota de mercado da marca Pingo Doce em Portugal, já que as lojas Plus serão integradas nesta rede de supermercados. Centros Comerciais O último trimestre de 2007 registou o pico de actividade no mercado de centros comerciais, com a abertura da esmagadora maioria dos centros projectados, contrastando com um primeiro semestre em que se verificou apenas a abertura de um centro comercial. A oferta total deste formato ultrapassou a barreira dos 2,4 milhões de m2, o que representou um crescimento de cerca de 8% face à oferta no final de 2006. 3.000.000 300.000 2.500.000 250.000 2.000.000 200.000 1.500.000 150.000 1.000.000 100.000 500.000 0 0 19 90 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 0 20 7 08 * 50.000 At é Este último ano foi também marcado por duas importantes operações ao nível da distribuição alimentar, cujo impacto no mercado de retalho é indiscutível. A aquisição da Carrefour Portugal por parte da Sonae Distribuição foi aprovada pela Autoridade da Concorrência no final do ano. Esta operação traduziu-se na compra de 12 hipermercados e um conjunto de licenças para a abertura de novas unidades comerciais. A Autoridade da Concorrência impôs algumas restrições, nomeadamente no que se refere aos projectos futuros em 350.000 ABL Acumulada (m2) Evolução Centros Comerciais 1990-2008* Em 2007 foi notório o aumento do número de retalhistas internacionais interessados no mercado nacional. São diversos os exemplos de operadores que já entraram ou que procuram garantir o seu espaço nos novos conjuntos comerciais, nomeadamente a Desigual, de origem espanhola, a Kiehl’s e a Starbucks, de origem americana, e Primark, de origem britânica. Crescimento ABL (m2) 4 Crescimento ABL (m2) * Estimativa ABL Acumulada (m2) Fonte: Cushman & Wakefield Os projectos com abertura prevista para 2008 prometem bater recordes, já que, caso todos se venham a concretizar, os mais de 280.000 m2 previstos irão representar a maior entrada de nova ABL na história do mercado nacional. Centros Comerciais Inaugurados em 2007 Empreendimento Localização Promotor ABL (m2) 8ª Avenida São João da Madeira Sonae Sierra 32.100 Arena Shopping Torres Vedras Mundicenter 17.300 Dolce Vita Funchal Funchal Chamartín Imobiliária / Banif 16.000 Dolce Vita Ovar Ovar Chamartín Imobiliária 20.400 Forum Castelo Branco Castelo Branco Multi Development 18.000 Porto Gran Plaza Porto Martifer 19.500 Alegro Alfragide Oeiras Immochan 39.500 Rino & Rino Batalha Rino & Rino 14.100 Fonte: Cushman & Wakefield MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 5 RETALHO Principais Centros Comerciais Previstos para 2008 Empreendimento Localização Promotor ABL (m2) Palácio do Gelo Viseu Grupo Visabeira 73.500 Inter Ikea Matosinhos Matosinhos Grupo InterIkea 103.500 Forum Barreiro Barreiro Multi Development 17.500 Ria Shopping Olhão Olhão Sans Frontières 14.900 Vivaci Guarda Guarda FDO Imobiliária 13.700 Vivaci Caldas da Rainha Caldas da Rainha FDO Imobiliária 14.200 Fonte: Cushman & Wakefield Para 2008, é esperada a decisão relativa ao concurso lançado pela Câmara Municipal de Leiria, que irá seleccionar o promotor para desenvolver um centro comercial junto ao Estádio Municipal. Para os próximos anos não é provável que se continue a assistir ao crescimento massivo da oferta, ao contrário do que tem acontecido nesta última década. A evolução da oferta deve seguir outros caminhos, contornando deste modo a tão proclamada maturidade do mercado. A remodelação de projectos existentes será provavelmente um desses caminhos. Também a Sonae Sierra é um bom exemplo do trabalho de renovação permanente a que os centros comerciais devem estar sujeitos. São exemplos paradigmáticos o NorteShopping e o ArrábidaShopping, que desde há algum tempo assumiram um novo visual no food court, como forma de se diferenciar da concorrência. Em 2008, este promotor iniciou também a renovação do Centro Colombo, com uma previsão de investimento de 31 milhões de euros, ao nível do design, arquitectura e equipamentos, tornando-o deste modo mais moderno e atractivo, e assegurando a continuação do seu êxito. Retail Parks e Factory Outlets No segmento de retail parks a oferta existente ultrapassou este ano os 300.000 m2 de ABL, tendo sido registado um abrandamento na promoção deste formato face ao ano anterior. Evolução dos Retail Parks 2000-2008* Crescimento ABL (m2) 120.000 O Centro Comercial das Amoreiras, da Mundicenter, é um bom exemplo desta tendência: tendo sido o primeiro centro comercial moderno a inaugurar no nosso país, em 1985, tem vindo a reposicionar-se nomeadamente atraindo uma variedade de lojas que não se encontram na maioria dos centros comerciais em Portugal, como a BCBG Max Azria, Hugo Boss, Sebago e a recentemente inaugurada Cacao Sampaka. 400.000 100.000 300.000 80.000 60.000 200.000 40.000 100.000 20.000 0 0 2000 2001 2002 2003 Crescimento ABL (m2) Oferta Total de Centros Comerciais – Por Idade * Estimativa ABL Acumulada (m2) Pensamos que este será um factor que irá ganhar no curto/médio prazo uma importância ainda maior, tendo em conta não só a idade da oferta existente, como também o facto de ser indispensável para a manutenção da competitividade de um centro face à concorrência. Cerca de 40% da oferta de centros comerciais actualmente em funcionamento em Portugal tem uma idade superior 10 anos. 2004 2005 2006 2007 2008* ABL Acumulada (m2) Fonte: Cushman & Wakefield 5-10 anos 27% Em relação à oferta futura, prevê-se em 2008 a abertura de 70.000 m2 distribuídos por cinco novos projectos, em cidades secundárias um pouco por todo o país. De referir, pela sua dimensão (28.000 m2), o Santarém Retail Park, promovido pela Capitalinvest. 10-15 anos 22% 15-20 anos 11% 3% 37% 0-5 anos + 20 anos Fonte: Cushman & Wakefield Esperam-se em 2008 novidades no segmento de factory outlets, que se encontra estagnado desde 2004, com a expansão anunciada para 2008 do Nassica Factory Outlet (em Vila do Conde), que se traduzirá na duplicação da ABL actualmente 6 MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 RETALHO ESCRITÓRIOS Retail Parks Inaugurados em 2007 Empreendimento Localização Promotor ABL (m2) City Park Torres Novas Torres Novas Grupo Mateus City Park Chaves Chaves Grupo Mateus Braga Retail Center Braga Bouygues Imobiliária 18.900 Lima Retail Park Viana do Castelo Sonae Sierra 10.800 Viseu Retail Park Viseu Martifer 15.700 In Guimarães Retail Park Guimarães Banif Gestão de Activos / Grande Solar Construções 4.500 6.000 7.500 Fonte: Cushman & Wakefield existente. Entretanto, o Freeport de Alcochete, que com 70.000 m2, é o maior factory outlet da Europa, foi adquirido pelo grupo Carlyle que iniciou um processo de recomercialização. Comércio de Rua O ano de 2007 veio confirmar algumas das expectativas assinaladas em relatórios anteriores em relação ao comércio de rua. A realidade é que, em Portugal, este formato se tem afirmado cada vez mais uma opção para muitos retalhistas, à imagem do que se verifica noutras capitais europeias. Durante este ano, voltou-se a assistir a diversas aberturas de marcas de renome no comércio de rua. Manteve-se um grande interesse por parte dos operadores na zona do Chiado, sendo de referir a abertura da Kiehl’s na Rua Maria Cardoso (junto ao Largo de Camões) e da Hugo Boss na Rua Garrett. O estatuto da Avenida da Liberdade como zona prime da cidade de Lisboa mantém-se vivo, com várias novidades durante o ano 2007, como foram a abertura da Loewe no Hotel Tivoli e da D&G (Casual Wear Dolce & Gabbana). A Lanidor mudou-se da sua antiga localização, abrindo uma flagship store junto ao Hotel Tivoli e a Fashion Clinic expandiu a sua loja no Tivoli Forum. Parece estar cada vez mais próximo o renascer do comércio de rua na cidade de Lisboa, considerando não só o interesse crescente dos operadores nacionais e internacionais, mas também o aumento notório do fluxo de visitantes nas zonas do Chiado e Avenida da Liberdade. Importa salientar que, à semelhança do já verificado noutras cidades europeias como Londres e Barcelona, se no comércio de rua se viessem a aplicar alguns dos princípios de gestão do comércio integrado – como são uma estratégia de marketing concertada, facilidade de estacionamento, horários de funcionamento alargados e mix comercial, entre outros – a dinamização deste formato seria muito mais facilitada. Valores de Mercado Os valores de mercado em 2007 mantiveram-se estáveis para os conjuntos comerciais. A renda para um centro comercial prime situa-se nos 75 €/m2/mês, para uma área média de 100 m2. No caso dos retail parks, as rendas nos projectos prime confirmam-se nos 12 €/m2/mês. Rendas Prime de Retalho – 2007 Formato €/m2/mês Centros Comerciais 75 Retail Parks 12 Comércio de Rua – Lisboa (Av. da Liberdade) 75 Comércio de Rua – Porto (Rua de Santa Catarina) 50 Fonte: Cushman & Wakefield Em virtude da nova lei de arrendamento publicada em 2006, tem-se vindo a verificar uma alteração gradual na forma como os trespasses são vistos no comércio de rua, uma vez que estes passaram a servir apenas para garantir uma localização por um período máximo de 5 anos. Acreditamos que os trespasses vão gradualmente deixar de existir para assegurar baixos valores de renda, transformando-se numa forma de pagamento para assegurar uma localização de qualidade, do mesmo modo que os direitos de ingresso funcionam nos centros comerciais. ESCRITÓRIOS Enquadramento do Mercado O clima de confiança económica vivido nos primeiros seis meses de 2007 conduziu a um ano excepcional para o mercado de escritórios, com o nível da absorção a atingir um máximo histórico. No segundo semestre sentiu-se alguma retracção, face à instabilidade gerada pelas notícias sobre a crise hipotecária sub-prime que afecta o mercado americano. Este bom desempenho da procura resultou essencialmente das estratégias de consolidação seguidas por várias empresas, que aproveitaram a flexibilidade contratual e a disponibilidade de imóveis de qualidade com condições comerciais mais agressivas, especialmente nas zonas com maior oferta. MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 7 ESCRITÓRIOS • A obrigatoriedade de constituição de propriedade horizontal quando se trate de um prédio destinado a diversos inquilinos, não sendo possível arrendar partes de fracções ou fazer subarrendamentos com sujeição a IVA. Escritórios Grande Lisboa – Evolução da Absorção 240.000 200.000 (m2) 160.000 A quebra no nível de confiança económica, criada pelo clima de instabilidade existente no mercado,faz-nos acreditar que 2008 será um ano de consolidação do mercado de escritórios, mantendo-se provavelmente os níveis médios de absorção. 120.000 80.000 40.000 Oferta 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: Cushman & Wakefield / LPI A falta de espaços de qualidade e de grandes dimensões no Central Business District é cada vez mais evidente, o que conduziu a algumas novas tendências no mercado. Nesta zona da cidade são crescentes as oportunidades que surgem ao nível dos escritórios usados que, com espaços remodelados, satisfazem alguma da procura, com condições mais competitivas. O Parque das Nações mostrou-se bastante activo, continuando a dar resposta para quem procura espaços de escritórios de maior dimensão. Na Zona 3 não se registaram alterações significativas embora, tendo em conta os projectos futuros, esta venha a assumir-se como uma alternativa ao Centro da Cidade. O comportamento da Zona 4 é marcado por alguma dualidade, já que em algumas áreas incluídas nesta zona, nomeadamente o Chiado, os preços por m2 atingem valores próximos dos da Avenida da Liberdade. Assim, edifícios com características arquitectónicas muito específicas preenchem as necessidades de clientes que procuram o prestígio do Chiado. O Corredor Oeste continua a apresentar-se como a zona sujeita a uma maior pressão, devido às elevadas taxas de disponibilidade que ainda se verificam. A marcar 2007 ficaram também as alterações introduzidas pelo governo no início do ano, no que diz respeito ao regime de recuperação do IVA no sector imobiliário. Algumas destas alterações revelaram-se polémicas e com um significativo impacto nas operações dos agentes imobiliários. Entre as mudanças mais relevantes para os investidores e promotores imobiliários, destacamos: • A definição de um limite mínimo de rendibilidade de 1/15, ou seja, um yield de 6,66%, abaixo do qual o IVA não podia ser recuperado. No entanto, o valor mínimo da renda anual relevante para permitir a obtenção da renúncia à isenção do IVA foi reduzido de 6,66% para 4%, no Orçamento de Estado para 2008. No final de 2007, a oferta total do mercado de escritórios da Grande Lisboa totalizou aproximadamente 4,2 milhões de m2, o que correspondeu a um crescimento de 1,9%, face a 2006. A zona que verificou o maior crescimento da oferta em termos percentuais (mais de 11%) foi o Parque das Nações, correspondente a um aumento de perto de 24.000 m2. Embora tenha registado o maior crescimento absoluto de 2007, a evolução da oferta no Corredor Oeste continuou a decrescer, com um aumento na ordem dos 4%, bastante inferior ao registado no passado. Escritórios Grande Lisboa – Oferta Total Oferta Total (m2) Zona 1. Prime Central Business District 2006 2007 Taxa Cresc. 563.003 565.420 0,4% 1.037.676 1.043.676 0,6% 3. Novas Zonas de Escritórios 403.404 403.404 0,0% 4. Zonas Secundárias de Escritórios 446.764 451.513 1,1% 5. Parque das Nações 206.312 229.932 11,4% 6. Corredor Oeste 809.840 847.501 4,7% 3.466.999 3.541.446 2,1% 2. Central Business District Sub-Total (1-6) 7. Zonas Não Consolidadas Total 659.785 662.285 0,4% 4.126.784 4.203.731 1,9% Fonte: Cushman & Wakefield De entre os principais empreendimentos concluídos em 2007, os de maior dimensão localizam-se no Parque das Nações. O Corredor Oeste contou com o maior número de edifícios concluídos em 2007. De referir ainda que, nas Zonas 2 e 3, não se verificou a conclusão de qualquer edifício durante o ano. Os níveis de desocupação beneficiaram de uma significativa melhoria durante 2007. À excepção da Zona 4, todas as restantes zonas assistiram a uma redução da taxa de desocupação, sendo que as quedas mais evidentes foram registadas nas Zonas 3 e 2. No final do ano, a taxa de desocupação do mercado situava-se nos 8,2%, sendo o Parque das Nações a Zona com o maior nível de desocupação, cerca de 21%, e a Zona 2 com o valor mais reduzido, próximo dos 5%. MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 ESCRITÓRIOS Principais Edifícios Concluídos 2007 Empreendimento Zona Promotor Área (m2) Mar do Oriente 5 Mar do Oriente 13.600 Mar Mediterrâneo 5 CGI / Bouygues 10.000 Lagoas Park - E6 6 Teixeira Duarte 9.000 Edifício Orange 6 Biert 7.600 Alfrapark C 6 SGC Imobiliária 6.500 Edifício Via República 2 Soicifide 6.000 Edificio Palmela 1 Silcoge 5.300 Central Plaza 6 João Polónia 5.000 Alfrapark E 6 Edifer 4.200 Edifício Ribeiro Coutinho 6 Ribeiro Coutinho 3.700 Estação Rossio 4 Invesfer 2.900 EUA Business Center 7 ALRISA 2.500 Fonte: Cushman & Wakefield síveis de remodelação, que se apresentarão cada vez mais como alternativas viáveis. Escritórios Grande Lisboa – Taxa de Desocupação 30 Os principais empreendimentos em construção são a Torre Colombo Oriente, com 29.000 m2 que resulta da parceria entre a Sonae Sierra, ING Real Estate, Iberdrola e CGD e o Office Parque Expo no Parque das Nações promovido pela Norfin, com 64.000 m2, cuja conclusão se prevê para 2008. (%) 20 10 Procura 0 Zona 1 Zona 2 Zona 3 2006 Zona 4 Zona 5 Zona 6 Zona 7 2007 Fonte: Cushman & Wakefield / LPI A oferta futura prevista para o período 2008-2011 ultrapassa os 450.000 m2, representado um decréscimo face aos níveis registados nos anos anteriores, o que revela algum abrandamento relativamente à promoção neste segmento imobiliário. Escritórios Grande Lisboa – Oferta Futura (2008-2011) 200.000 150.000 Durante o ano 2007 foram transaccionados em Lisboa 204.000 m2 de espaços de escritórios, valor que consolida a tendência de crescimento iniciada em 2005 e que traz novo fôlego a este segmento do mercado imobiliário. À semelhança do que se verificou em 2006, foi a Zona 6 que deu o maior contributo para o nível da absorção no mercado. As maiores transacções nesta zona traduziram-se na ocupação de 5.300 m2 no Lagoas Park por parte da Cisco Systems, e no arrendamento de 4.500 m2 nas antigas instalações da Xerox, por parte da Texto Editores. Escritórios Grande Lisboa – Absorção por Zona 70.000 (m2) 100.000 60.000 50.000 50.000 (m2) 8 0 Zona 1 Zona 2 Zona 3 Zona 4 Zona 5 Zona 6 Zona 7 40.000 30.000 20.000 Fonte: Cushman & Wakefield 10.000 A falta de espaços novos na Zona 1 não será facilmente colmatada no curto/médio prazo, já que actualmente o único projecto conhecido para esta zona da cidade é a actual remodelação do edifício Duque de Palmela 23. Este cenário poderá representar uma oportunidade para os projectos novos previstos para as Zonas 2 e 3, assim como para edifícios pas- 0 Zona 1 Zona 2 Zona 3 2006 Zona 4 Zona 5 Zona 6 Zona 7 2007 Fonte: Cushman & Wakefield / LPI Ao contrário do ano anterior, em 2007 as novas zonas de escritórios (Zona 3) tiveram um papel de relevo ao nível da MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 9 ESCRITÓRIOS procura, contribuindo com mais de 20% da absorção registada e representando um crescimento de mais de 190% face ao ano anterior. A Zona 3 foi ainda protagonista da maior transacção do ano, com o arrendamento de um dos edifícios das Torres de Lisboa pela Petrogal. são, com os espaços inferiores a 500 m2 a representarem mais de 70% do mercado. No entanto, é visível um aumento gradual das áreas transaccionadas, facto sustentado pelo aumento da área média que, em 2007, se situou nos 616 m2, face aos 515 m2 verificados em 2006. A evolução da absorção no prime CBD caracterizou-se pela estabilidade, continuando a ter um peso importante na procura total, à semelhança do que se verificou em 2006. As transacções que mais se destacaram nesta zona foram a ocupação do Edifício Marquês de Pombal 3, num total de 7.400 m2, pelo Grupo BES e o arrendamento de 2.400 m2 por parte da Ford, na Avenida da Liberdade 245. Valores de Mercado A Zona 4 foi a que menor peso teve no nível de absorção atingido, muito embora tenha sido a zona que maior crescimento registou face ao ano passado. O Parque das Nações foi o cenário de duas das maiores transacções do ano, com a já há muito anunciada ocupação do Edifício Mar Mediterrâneo, com cerca de 10.000 m2, por parte da Sonaecom, e com o arrendamento do Edifício Caribe pela Novabase, totalizando 6.700 m2. Os valores de mercado sofreram alterações consideráveis durante o ano de 2007. A renda prime subiu no primeiro semestre para os 21 €/m2/mês, após 3 anos de estabilidade nos 20 €/m2/mês. O Parque das Nações verificou um decréscimo, passando dos 18 €/m2/mês para os 17,50 €/m2/mês, devido às elevadas taxas de desocupação que se têm verificado nesta zona. O Corredor Oeste manteve a renda prime nos 14 €/m2/mês. Não obstante esta zona ser uma das que tem sentido maior pressão nos últimos dois anos, é também no Corredor Oeste que se localizam alguns dos edifícios com maior qualidade e dimensão, facto que permite a manutenção dos valores praticados. Escritórios Grande Lisboa – Rendas (2007) Zona Escritórios Grande Lisboa – Transacções por Dimensão (2007) 200 55.000 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 180 80 60 40 20 0 m2 21,00 Parque das Nações 16,50 17,50 Corredor Oeste 12,50 14,00 Assim, edifícios de qualidade localizados no centro da cidade, Zonas 1 e 2, têm claramente margem para aumentar as suas rendas no futuro; tendo em conta a escassez da oferta nestas zonas. Já no caso do Corredor Oeste ou Parque das Nações, existirá mais dificuldade na valorização das rendas. 100 Dimensão 18,50 Nº de Transacções 120 501-1.000 1.001-2.000 2.001-5.000 Prime Central Business District A subida da renda prime é um sinal de confirmação da recuperação do mercado de escritórios em Lisboa. Parece claro que no curto prazo existirá espaço para que as rendas médias e prime noutras zonas da cidade possam também ver os seus valores subir. Naturalmente esta evolução será pautada pelas características intrínsecas de cada uma das zonas. 140 101-500 Prime €/m2/mês Fonte: Cushman & Wakefield 160 0-100 Média €/m2/mês Nº de Transacções (m2) As Zonas 2 e 7 foram as que apresentaram um pior desempenho face a 2006, registando quedas significativas nos níveis de absorção. + 5.000 Fonte: Cushman & Wakefield / LPI O ano de 2007 fechou com um total de 331 operações que somaram cerca de 204.000 m2. O mercado é dominado pelo elevado número de transacções de pequena/média dimenEscritórios Grande Lisboa Top 10 – Empreendimentos com Melhor Desempenho (2007) Existem por último zonas em que a evolução será mais atípica. A Zona 3 por exemplo, com os projectos que tem planeados para os próximos anos, tem potencial para fazer concorrência ao centro da cidade e assim potenciar um crescimento dos valores praticados. Torres de Lisboa Mar Mediterrâneo Lagoas Park Alfrapark Marquês de Pombal 3 Green Park Caribe Sintra Business Park Central Plaza Antigas Instalações da Xerox 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 Área Transaccionada (m2) Fonte: Cushman & Wakefield / LPI A Zona 4, tradicionalmente uma zona esquecida pelo mercado e conhecida pelo seu stock envelhecido e de qualidade reduzida, parece ter ganho novo fôlego. As zonas do Chiado e ribeirinhas são hoje muito procuradas por empresas que pretendem uma imagem trendy, sendo possível que a médio prazo se assista a uma subida dos valores nesta zona do mercado. MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 INDUSTRIAL MAPA DOS PRINCIPAIS EIXOS INDUSTRIAIS Torres Vedras Azambuja Vila Nova da Rainha Alenquer Carregado 1 A8 IC 1 IC 3 A10 A8 22 IC IL CR AMADORA LISBOA Alcochete 2 IC 32 MONTIJO A5 ALMADA OEIRAS BARREIRO IC 20 IC 2 A2 1 Zona 1 - ALVERCA-AZAMBUJA 32 CASCAIS A1 32 IC 19 IC CREL IC 11 IC 16 IC CR EL Alverca MARL LOURES SINTRA 11 V. F. XIRA A1 A10 IC Mafra IC 3 0 A2 A12 Zona 2 - ALMADA-SETÚBAL Palmela Zona 3 - LOURES IC 3 10 Zona 4 - MONTIJO-ALCOCHETE Zona 5 - SINTRA-CASCAIS SESIMBRA SETÚBAL Zona 6 - LISBOA CIDADE 6 km 1cm 1cm O último trimestre de 2007 foi marcado por um aumento da procura no mercado logístico, sobretudo no eixo Alverca-Azambuja, e direccionado a espaços de grande dimensão. Os operadores logísticos procuram principalmente fazer face às necessidades de espaço que antecipam no curto/médio prazo em virtude da expansão da sua actividade. No entanto, existe uma preocupação relativamente à não dispersão das instalações. Este é um factor de extrema importância para a actividade destes operadores, já que permite ganhos importantes através das sinergias só alcançáveis com a concentração física. A necessidade de crescimento dos grandes operadores pode ser resolvida sempre que existam espaços contíguos disponíveis. Quando esta solução não se proporciona, a opção coloca-se entre a dispersão ou mudança de localização. No caso particular do eixo Alverca-Azambuja, esta exige uma deslocalização para norte do eixo, por razões de limitação de espaço. E é certo que, muito embora os projectos localizados nesta zona tenham vindo a ganhar cada vez mais expressividade, tem-se registado alguma dificuldade na sua afirmação no mercado. O segmento industrial, mesmo registando um comportamento MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 11 INDUSTRIAL HOTÉIS menos dinâmico do que o logístico, continua a apresentar algumas oportunidades pontuais, dadas as lacunas existentes ao nível da oferta. Como exemplo, em 2007 assistiu-se à venda das instalações da Tonova, indústria de processamento de carnes, a uma empresa nacional para continuação da actividade fabril. Apesar de ser dada maior atenção ao sector logístico – aquele que tendencialmente leva a uma maior ocupação de espaço – o sector transformador continua activo e responsável por alguma procura. Enquadramento Durante o ano de 2008 espera-se que se mantenha o crescimento da procura, que irá provavelmente fazer com que alguns dos novos projectos – que aguardavam por uma recuperação do mercado – sejam finalmente concluídos. Os valores de renda mantiveram-se estáveis no sector industrial durante 2007, muito embora se espere uma pressão descendente no futuro, resultante da chegada ao mercado dos vários projectos anunciados um pouco por toda a Grande Lisboa. De facto desde 2004, e de uma forma gradual, tem vindo a verificar-se uma redução dos valores de renda praticados. As recentes notícias que parecem confirmar a construção do novo Aeroporto de Lisboa para Alcochete terão naturalmente um impacto no mercado industrial da Grande Lisboa. Por um lado, não é expectável que o abandono da Ota como localização do novo aeroporto influencie de forma determinante o mercado industrial nesta zona.Trata-se de um eixo cujo papel fundamental no mercado industrial nacional é muito anterior ao anúncio do novo aeroporto, pelo que se espera que o seu domínio como principal eixo logístico em Lisboa se mantenha. O ano de 2007 foi marcado por uma significativa melhoria do desempenho da actividade turística e por uma forte dinâmica de acontecimentos e iniciativas, que contribuíram para o reforço do posicionamento estratégico do sector do turismo na economia nacional. De acordo com o estudo realizado pela C&W Hospitality e pelo The Bench, o ano de 2007 caracterizou-se pelo bom desempenho dos mercados da região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), tendo Portugal acompanhado essa tendência. Ainda no mesmo estudo, que abrange 23 cidades, Lisboa apresenta em 2007 o maior crescimento percentual no RevPAR (receita média por quarto disponível). 2007 caracterizou-se ainda pela intensa actividade legislativa, de que se destaca: (i) aprovação do novo regime jurídico de licenciamento, instalação e funcionamento dos empreendimentos turísticos; (ii) regulamentação dos programas de incentivos financeiros no âmbito do QREN para o período 2007-2013; (iii) lei do quadro das novas regiões de turismo; e (iv) nova lei das agências de viagens e turismo. O ano de 2007 foi também o da discussão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, a qual resultou na escolha de Alcochete. Resultados 2007 Já a zona industrial de Montijo-Alcochete terá seguramente uma evolução positiva graças ao novo aeroporto, aliada às boas infra-estruturas rodoviárias de que esta zona já goza, como são a Ponte Vasco da Gama e a nova travessia sobre o Tejo entre Carregado e Benavente. É expectável que se assista a uma subida dos valores de arrendamento e dos lotes industriais nestas zonas. A tendência positiva verificada na hotelaria nacional desde 2005 volta a concretizar-se em 2007, tendo sido registados acréscimos nos principais indicadores de todos os destinos turísticos, sobretudo em resultado da recuperação da conjuntura internacional e da crescente penetração das companhias de baixo custo no transporte aéreo com origem/ /destino nos aeroportos portugueses. Principais Eixos Industriais – Região de Lisboa Zona Eixo Zonas Intervalo de Rendas Oferta Praticadas €/m2/mês Procura 1 Azambuja-Alverca Póvoa de Santa Iria, Alverca,Vila Franca de Xira, Azambuja e Carregado 4,25-5,00 Elevada Moderada 2 Almada-Setúbal Almada, Seixal, Quinta do Anjo, Palmela e Setúbal 3,25-4,25 Elevada Reduzida 3 Loures Loures, Odivelas, São Julião do Tojal e MARL 4,50-5,00 Reduzida Moderada 4 Montijo-Alcochete Montijo-Alcochete 3,75-4,50 Elevada Reduzida 5 Sintra-Cascais Sintra, Cascais, Oeiras e Amadora 5,00-6,00 Moderada Reduzida 6 Lisboa Entre Santa Apolónia e Parque das Nações 7,00-7,50 Reduzida Reduzida Fonte: Cushman & Wakefield 12 MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 HOTÉIS O destino Madeira registou também um ano favorável, tendo em conta o crescimento verificado de todos os indicadores turísticos, não obstante ter registado um crescimento do número de dormidas (3,5%) abaixo da média nacional (5,6%). Indicadores Turísticos Nacionais – 2007 Indicadores Movimentos de Passageiros (Aeroportos) Hóspedes 2006 2007 22,05 milhões 12,4 milhões 37,6 milhões 1.741,5 milhões 24,13 milhões 13,3 milhões 39,6 milhões 1.923,3 milhões Taxa de Crescimento 9,4% 7,3% Durante o ano de 2007, os proveitos da hotelaria nacional registaram um crescimento de 10,4%, superior ao do número de dormidas, o que conduziu a um acréscimo dos proveitos por dormida de 4,9%, claramente acima da inflação anual. Refira-se ainda que, durante o ano de 2007, se deu início à operação de companhias aéreas low cost no Aeroporto do Funchal, embora ainda de forma algo limitada. Durante 2008, irão operar cinco companhias de baixo custo em sete rotas: easyJet (Bristol e Londres), Aer Lingus (Dublin), Flyglobespan (Edimburgo), Sterling (Copenhaga) e Thomsonfly (Londres e Manchester), o que deverá representar um novo incentivo ao crescimento e desenvolvimento do sector do turismo na Ilha da Madeira. A nível regional, o crescimento das dormidas não foi homogéneo, constatando-se, de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, taxas de crescimento superiores à média nacional de 7,3% no Alentejo, Norte e Centro do país. Os Açores registaram o menor crescimento a nível nacional, e abaixo do verificado em 2006. O movimento de passageiros efectuado por companhias aéreas low cost, no aeroporto de Lisboa assume igualmente crescente relevância, com cerca de 15,5% do total. As dormidas na hotelaria global registaram um abrandamento no crescimento face a 2006 (6,3%), em linha com a evolução do movimento de passageiros (5,8%). Nesta edição, damos destaque aos três principais destinos turísticos portugueses: Algarve, Madeira e Lisboa. A hotelaria da cidade de Lisboa começa a dar sinais de um franco crescimento e reposicionamento no contexto EMEA, ao registar o maior crescimento dos principais indicadores de desempenho – PMQV, Taxa de Ocupação e RevPAR – num conjunto de 23 cidades analisadas pela Cushman & Wakefield Hospitality e pelo The Bench. Dormidas Proveitos Hotelaria (€) 5,3% 10,4% Fonte: INE e ANA; análise Cushman & Wakefield Na Região do Algarve os voos low cost representam já mais de 60% do total do tráfego de passageiros, tendo contribuído sobremaneira para o aumento das taxas de ocupação do destino. De salientar porém que, em 2007, o crescimento do número de passageiros (7,5%) foi superior ao das dormidas (5,2%) nos estabelecimentos hoteleiros classificados, o que denota a relevância crescente do turismo residencial. A Presidência da UE no segundo semestre de 2007, mas também o aumento do número de turistas que visitam a capital portuguesa, potenciado pelo aumento do número e frequências das companhias aéreas de baixo custo, justificam em grande medida este forte crescimento. Segundo o balanço anual da AHETA (Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve), que disponibiliza dados relativos ao período de Novembro a Outubro, os preços, em termos gerais, cresceram 3% em 2007, prevendo-se para 2008 um cenário de crescimento global da actividade turística, concretizada através da melhoria de quase todos os indicadores. Não obstante o notável crescimento verificado na hotelaria de Lisboa em 2007, a capital portuguesa continua a apresentar os valores mais baixos dos indicadores mencionados. Crescimento das Dormidas nos Estabelecimentos Hoteleiros segundo a Região Ano Total Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira 2006 5,6% 11,8% 6,4% 12,5% 4,2% 2,5% 3,9% 1,6% 2007 5,6% 9,6% 9,7% 7,2% 10,0% 5,2% 4,2% 5,3% Fonte: INE; análise Cushman & Wakefield Principais Indicadores Turísticos – Regiões do Algarve, Lisboa e Madeira – 2007 Região Algarve Lisboa Madeira p.p. – a variação está expressa em pontos percentuais Passageiros Aeroportuários Taxa de Ocupação Total Variação (%) Low Cost Variação (%) Valor (%) Variação (p.p.) 5.470.472 7,50 3.311.893 17,02 53,30 1,10 13.392.059 5,80 2.070.594 48,80 57,80 3,70 2.418.489 2,40 65,20 1,60 ainda sem significado Fonte: INE e ANA; análise Cushman & Wakefield MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 13 HOTÉIS Investimento Tal como em anos anteriores, o crescimento do parque hoteleiro nacional assentou no desenvolvimento orgânico, com a construção de raiz de novos projectos. Considerando a melhoria do desempenho económico registado nos últimos anos pela hotelaria nacional, somos da opinião que, no futuro mais próximo, se mantenha o volume de reinvestimento nos activos hoteleiros existentes e o ritmo de desenvolvimento de novos hotéis. Atraídos pela conjuntura internacional favorável e pelo forte crescimento do sector, o turismo é alvo da atenção de um conjunto de investidores cada vez mais alargado e diversificado. O interesse continua a passar pelos resorts integrados, que incluem não só a componente hoteleira como a residencial e, tipicamente, golfe, spa, entre outras. No entanto, são também cada vez mais os que, legitimamente, demonstram algum cepticismo e preocupação com o elevado número de projectos anunciados, os quais podem induzir desequilíbrios entre a oferta e a procura, penalizando a rendibilidade económica dos investimentos. No que se refere às transacções de hotéis existentes, este ano apenas se verificaram 11 negócios, excluindo a aquisição pela Accor dos 50% dos hotéis Accor que estavam na posse da Amorim Turismo. Destas transacções, 21% são hotéis de 3 estrelas, 21% de 4 estrelas e 58% de 5 estrelas, num total de 1.102 quartos. Para a quase totalidade dos projectos estão previstas intervenções de fundo com vista à requalificação e reposicionamento do produto. Importa pois que surjam propostas inovadoras nos vários segmentos, do económico ao luxo, incluindo resorts para famílias em regime de tudo incluído e meios de alojamento para estadas prolongadas, que permitam dar melhor resposta às novas necessidades dos clientes e manter o equilíbrio entre os fundamentais da procura e da oferta de alojamento hoteleiro. Principais Indicadores de Performance em Cidades Mundiais – 2006-2007 PMQV Cidade Taxa de Ocupação RevPAR Valor (€) Variação (%) Valor (€) Variação (%) Valor (€) Variação (%) Lisboa 95,50 17,71 61,50 6,58 58,74 25,46 Oslo 113,12 14,04 71,75 2,37 81,16 16,75 Barcelona 183,06 9,95 72,48 4,15 132,68 14,51 Bruxelas 109,50 9,44 69,78 2,06 76,40 11,69 Paris 218,84 9,18 73,93 2,11 161,79 11,48 Viena 150,53 9,40 74,67 1,61 112,40 11,16 Estocolmo 119,83 9,29 70,53 1,06 84,51 10,45 Londres 199,28 9,69 81,39 0,53 162,18 10,27 Dubai 259,60 6,86 84,50 1,80 219,36 8,79 Milão 192,20 5,97 66,96 2,18 128,69 8,28 Fonte: The Bench e Cushman & Wakefield Hospitality Investimento em Hotéis – Transacções 2007 Unidade 50% Portofólio Accor Amorim Portugal Nº Quartos Classificação Localização 3.093 Vendedor Comprador 2-4 Estrelas Portugal Amorim Turismo Accor Hotel Globo 71 3 Estrelas Portimão n/a Algarvesol Hotel Penacova 38 3 Estrelas Penacova C. M. Penacova e S. C. Misericórdia Gary McCausland Caldas Internacional Hotel 83 3 Estrelas Caldas da Rainha n/a JP Caetano 35 3 Estrelas Figueira da Foz Grupo Salir Jorge Simões 175 4 Estrelas Cascais Stellamare Grupo Ónus Hotel Termas de Monção 60 4 Estrelas Monção Fortes da Gama Tesal Palácio Silva Amado* 55 5 Estrelas Lisboa n/a Reyal Urbis 131 5 Estrelas Albufeira Accor Amorim Turismo 34 5 Estrelas Cascais Família Madaleno Rodrigues Propriurbe Hotel Méridien Penina 196 5 Estrelas Portimão Starman JJW Hotels & Resorts Hotel Méridien D. Filipa 154 5 Estrelas Almancil Starman JJW Hotels & Resorts 70 5 Estrelas Porto Família Ferreira Hotel Wellington Hotel Atlântico Vilalara (50%) Hotel Farol Design Hotel Infante Sagres * Imóvel com projecto hoteleiro Grupo Lágrimas Fonte: Imprensa e Cushman & Wakefield 14 MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 RESIDENCIAL Residencial Urbano O ritmo de vendas do mercado de residencial urbano manteve-se lento em 2007. Em termos económicos, o índice de confiança dos consumidores permanece baixo, as taxas de juro elevadas e, não obstante a retracção do mercado, a oferta existente continua a apresentar preços elevados para a maioria dos compradores. O tempo de espera para vender uma casa usada tem vindo a aumentar, o que diminui o interesse por aquisições a título de upgrade, ou seja, troca da casa actual por uma melhor. Da mesma forma, verifica-se que a compra de uma segunda habitação para investimento, quer para arrendamento ou revenda, é cada vez mais escassa. No que se refere à oferta, verificou-se este ano um maior dinamismo na promoção imobiliária no norte do País, com grande expressão nas margens do Rio Douro, quer no concelho do Porto, quer no de Gaia. A oferta em Lisboa, não considerando as construções novas que vão surgindo, afirma-se sobretudo através de edifícios reabilitados, já em número significativo, alguns deles em zonas de prestígio e com valores de referência elevados. Para 2008, é expectável a manutenção deste cenário, sendo previsível que a reabilitação mantenha, ou mesmo eleve, a sua expressão, e que o seu escoamento se faça a ritmos aceitáveis, desde que se tratem de produtos bem localizados e concebidos em empreendimentos ou edifícios de dimensão relativamente reduzida. Residencial Turístico O maior dinamismo registado no segmento de residencial turístico, nos primeiros seis meses de 2007, foi impulsionado pelo bom fecho do ano de 2006. No segundo semestre, verificou-se um arrefecimento do mercado, devido à incerteza gerada pela instabilidade do mercado financeiro internacional. Novas tendências chegam ao mercado, numa altura em que se assiste não só a uma redução da procura como também a uma maior exigência na selecção dos projectos. Cada vez mais, as vendas serão impulsionadas não só pelas características intrínsecas dos projectos, como também pelas infraestruturas existentes na envolvente dos mesmos. Por outro lado, será cada vez mais necessário um significativo esforço ao nível dos promotores, garantindo a existência de um plano concertado entre estes e as forças de marketing e vendas, para a concepção, promoção e venda dos projectos. O mercado de residencial turístico em Portugal pode ser classificado de acordo com as diversas zonas do país. A tabela seguinte apresenta as cinco zonas mais relevantes em termos de projectos de residencial turístico de Portugal continental. Principais Zonas Residenciais Turísticas Zonas Relevantes Unidades Geográficas Douro Costa Azul e Litoral Alentejano Inclui os concelhos que confinam com o Rio Douro Inclui Odemira e os concelhos do distrito de Setúbal Alentejo Interior Inclui os concelhos do distrito de Leiria e Lisboa, designadamente Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Raínha, Lourinhã,Torres Vedras, Óbidos, Peniche, Rio Maior e Sobral de Monte Agraço Inclui os concelhos dos distritos de Beja e Évora à excepção de Odemira Algarve Inclui os concelhos do distrito de Faro Região Oeste Fonte: Cushman & Wakefield Na zona do Douro, foi lançado em 2007 o Aquapura, empreendimento com um hotel de 5 estrelas com 50 quartos, spa e 21 moradias turísticas. Ainda durante este ano, foram anunciados diversos projectos, onde se inclui o projecto Douro 41 da Bascol, que contará com um hotel de charme com 4 estrelas, e uma componente residencial, composta por 26 moradias destinadas a segundas residências e exploração turística.Também durante o corrente ano, o Grupo RAR anunciou o seu interesse em iniciar a sua actividade na área do turismo residencial, privilegiando para o efeito as zonas do Douro, Alentejo e Algarve. A zona da Costa Azul e Litoral Alentejano é uma das áreas que mais interesse tem despertado nos investidores nos últimos anos. Em 2007, não foi no entanto lançado nenhum novo projecto, sendo que o único já em comercialização desde 2006 é o Tróia Resort da Sonae Turismo. Esta é uma zona com vários projectos previstos, cujo início de comercialização é expectável para 2008. 2007 foi um ano marcante para a Região Oeste, com o lançamento em Setembro do projecto Royal Óbidos Spa & Golf Resort. Este empreendimento ocupa uma área de 132 hectares que incluirá, para além da sua componente residencial, um campo de golfe e um hotel de 5 estrelas. Mantêm-se em comercialização os projectos do CampoReal, que arrancou com a segunda fase designada por “The Vineyards”, da Praia D’el Rey, do Bom Sucesso e o projecto Quintas de Óbidos. Este ultimo, ancorado num centro hípico, disponibiliza 79 lotes para a construção de moradias isoladas. Na zona do Alentejo Interior subsistiu o impasse relativamente ao lançamento de alguns projectos já anunciados, mas existem expectativas moderadas de que alguns deles venham a ser já comercializados em 2008, especialmente os que se encontram mais perto do concelho de Évora. Foi também para esta zona do pais que se anunciaram novos investimentos no sector turístico, mais concretamente no Distrito de Évora. Recentemente foram anunciados novos 11 projectos para a região, englobando um investimento de quase dois mil milhões de euros e que prevê a criação de cerca de 4.000 postos de trabalho. Quatro dos complexos estão projectados para Évora, dois para Mourão e outros dois para Reguengos de Monsaraz, estando os restantes previstos para Alandroal, Redondo e Montemor-o-Novo. MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 15 RESIDENCIAL INVESTIMENTO A região do Algarve é evidentemente a zona mais madura em termos de resorts turísticos, concentrando a maior oferta. Neste sentido, é a menos exposta ao fenómeno do sub-prime, não se ressentindo no segundo semestre de 2007 da mesma forma que as restantes regiões menos consolidadas. O comportamento registado no mercado de investimento, durante o ano de 2007, foi claramente distinto no primeiro e segundo semestres. O ano iniciou-se mantendo-se a postura agressiva por parte dos investidores. Em resultado do excesso de liquidez existente, novos recordes de yields foram atingidos, mesmo para produtos de segunda linha. No segundo semestre, os fundos portugueses foram afectados pela falta de confiança dos investidores, estimulada pelo receio da crise financeira internacional resultante da crise hipotecária do subprime. Neste período, foi assinalável o aumento do número de resgates das UPs dos fundos de investimento, dada a existência de aplicações alternativas com melhores condições. Para além das comercializações em curso, este ano destacase o lançamento do empreendimento Cascade na zona de Lagos. Este empreendimento contará, na totalidade das suas fases, com aproximadamente 100 apartamentos, 20 moradias e um hotel de 5 estrelas com 86 quartos. Para 2008 antecipa-se o lançamento de alguns novos empreendimentos, como será o caso do Verde Lago, resort promovido pelo Grupo InLand, com um hotel de 5 estrelas, componente residencial, campo de golfe e spa. Também este ano será lançado o Conrad Resort, promovido pelo Grupo Imocom, este projecto irá integrar o primeiro hotel de seis estrelas em Portugal operado pela marca Hilton e contará ainda com um spa de 2.000 m2 e 69 apartamentos. Ainda no final de 2007, a Lusort apresentou o impressionante projecto Cidade Lacustre que ocupará uma área total de 168 hectares, dos quais 190.000 m2 serão destinados a habitação, para além das áreas destinadas ao comércio e outras áreas turísticas, representando 950 milhões de euros de investimento. Em termos legislativos, salienta-se a aprovação por parte do Conselho de Ministros do diploma sobre o novo regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos. Este diploma pretende consagrar uma maior agilização dos licenciamentos, uma fiscalização periódica da classificação dos empreendimentos e ainda um novo modelo de exploração que prevê a afectação da totalidade das unidades de alojamento ao uso turístico. Os produtos considerados prime continuam a ser bastante apetecíveis para os investidores. No entanto, no caso dos produtos de segunda linha, o cenário inverteu-se face ao primeiro semestre, já que foi exigido um ajuste de valores devido ao aumento do risco. Não obstante um segundo semestre menos activo, o ano fechou com um novo recorde do volume de investimento, à semelhança do que se havia verificado em 2006. No final do ano, tinham sido transaccionados cerca de 1,2 mil milhões de euros de activos, distribuídos por cerca de 80 negócios, traduzindo uma taxa de crescimento de 35% face ao ano anterior. O investimento estrangeiro, por seu lado, inverteu a tendência de crescimento dos últimos anos, passando a representar menos de 40% do mercado, face aos 75% registados em 2006. Esta quebra do investimento estrangeiro ainda não se tinha verificado durante esta década, à excepção do ano de 2003. Na sua origem estará provavelmente a incerteza provocada pela crise do sub-prime e uma menor disponibilidade (temporária) de boas oportunidades de transacção. Principais Negócios de Investimento – 2007 Edifício Vendedor Comprador Valor Antiga Sede TMN PT Fundimo 50.000.000 Arquiparque II - Edifício A Multi Development Banif Gestão de Activos 14.000.000 ArrabidaShopping (50%) CNP Assurances Sonae Sierra NP* Edifício Caribe Imovalor Rockspring 22.500.000 GaiaShopping (50%) CNP Assurances Sonae Sierra NP* Lima Retail Park Sonae Sierra / Miller Developments PREF 18.500.000 LoureShopping (50%) Sonae Sierra DEKA 65.000.000 Parque Nascente (50%) Prédica Klépierre 64.800.000 Porto Gran Plaza Portfolio Fundo de Pensões Banco de Portugal** Tagus XXXV Martifer Imorendimento 65.000.000 * NP – Não Publicado Fundo de Pensões Banco de Portugal Fundimo NP * PT 35.000.000 ** Edifícios Arquiparque 1, Pinta e Securitas Fundimo Fonte: CMVM / Cushman & Wakefield MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 INVESTIMENTO Investimento por Sector Investimento Nacional vs Investimento Estrangeiro (€) Millennium BCP (Imosotto Acumulação) 1.400 Imopólis 1.200 (Milhões €) 16 Millennium BCP (Imorenda) 1.000 800 Millennium BCP (AF Portfólio Imobiliário) 600 6% 4% ESAF 22% 6% 7% 400 Silvip 200 0 2000 2001 2002 2003 Investimento Nacional 2004 2005 2006 7% 2007 Investimento Estrangeiro Fonte: Cushman & Wakefield Mais uma vez, foi o sector de retalho que dominou o mercado de investimento nacional, representando 65% do total das operações realizadas. De entre as principais transacções realizadas neste sector, destaque para a venda de 50% do LoureShopping – promovido pela Sonae Sierra – à DEKA, numa operação que envolveu cerca de 65 milhões de euros. Investimento por Sector 4,2% 2,4% 2% 28,5% Escritórios Retalho Santander Asset Management 18% 8% Fundimo 9% Banif Gestão de Activos 13% BPN Imofundos Fonte: CMVM A crescente maturidade do mercado, bem como a escassez de produto, conduziram a uma nova descida dos prime yields. Comparativamente com o final do ano anterior, os prime yields do mercado verificaram quebras de 0,5 p.p. nos segmentos de centros comerciais e industrial; os retail parks e os escritórios verificaram uma quebra de 0,25 p.p. Para o próximo ano, prevê-se uma manutenção dos prime yields, muito embora se espere alguma pressão de subida dos yields médios, de forma a reflectir o reajustamento do mercado ao nível de risco, resultante da crise financeira internacional. Industrial Uso misto Prime Yields – Dezembro 2007 62,9% Outros Sector 2006 2007 Escritórios – Yield bruto 6,00% 5,75% Retalho – Centros Comerciais – Yield líquido 5,50% 5,00% Retalho – Retail Parks – Yield líquido 6,00% 5,75% Industrial – Yield bruto 7,50% 7,00% Hotéis Fonte: Cushman & Wakefield O segmento de escritórios concentrou perto de 30% do total de negócios, sendo de referir a venda de um portfólio de três edifícios pertencentes ao Fundo de Pensões do Banco de Portugal (FPBP) à Fundimo, sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Este portfólio incluiu os edifícios Arquiparque 1, Pinta e Securitas, todos localizados na Grande Lisboa, num total de aproximadamente 15.000 m2. Em relação à actividade dos fundos de investimento imobiliário sediados em Portugal, em Dezembro de 2007 o valor gerido pelos fundos nacionais ascendia a 9,6 mil milhões de euros, num total de 204 fundos. A ESAF, Fundimo e BPN Imofundos mantiveram-se, em 2007, como as sociedades gestoras com maior volume de activos sob gestão sendo, no seu conjunto, responsáveis por 25% da quota de mercado dos fundos. Os dez maiores fundos imobiliários tinham em carteira, em Dezembro de 2007, mais de 4.600 milhões de euros de activos, cerca de 45% do valor total gerido por esta indústria. Fonte: Cushman & Wakefield MARKETBEAT PORTUGAL PRIMAVERA 2008 17 SERVIÇOS DE RESEARCH E CONSULTORIA O serviço de Research e Consultoria fornece apoio estratégico aos vários departamentos da C&W, bem como aos seus clientes, através da recolha e tratamento de informação detalhada e permanentemente actualizada, relativa às tendências económicas, empresariais e sociais do mercado imobiliário. Os projectos de consultoria são elaborados a nível local e internacional. Produzimos análises e pareceres detalhados sobre as tendências actuais e futuras do mercado, para promotores, investidores e utilizadores do imobiliário comercial. Prestamos ainda aconselhamento no que respeita a estratégias de localização e de investimento, e benchmarking de portfolios. Tipicamente um projecto de consultoria compreende alguns dos seguintes serviços: • Análise e previsão económica e demográfica • Análise, classificação e recomendações de localização, para ocupação ou investimento • Estudo qualitativo e quantitativo da procura e oferta, actuais e futuras • Análise da procura por sector e do respectivo quadro concorrencial • Análises e previsões de rendas e estratégias de investimento e portfolio • Estudos de viabilidade para centros comerciais • Estudos de viabilidade para projectos de escritórios, industrial, residencial e turismo • Estudos do melhor uso imobiliário • Auditoria de lojas e análise da área de influência e padrões de consumo • Inquéritos a retalhistas, consumidores e utilizadores do imobiliário comercial Para mais informações sobre os nossos serviços de consultoria em Portugal ou no resto do mundo, por favor contacte: Directora de Research e Consultoria Marta Leote [email protected] Para mais informações ou cópias adicionais deste relatório, por favor contacte: Directora de Marketing Ana Silva [email protected] CONTACTOS: Managing Partner Eric van Leuven [email protected] Escritórios Carlos Oliveira [email protected] Retalho Sandra Campos [email protected] Industrial Ana Gomes [email protected] Hotéis Jorge Catarino [email protected] Residencial Ricardo Roquette [email protected] Investimento Luís Rocha Antunes [email protected] Avaliações Marco van der Wal [email protected] Gestão Imobiliária Ricardo Valente [email protected] Gestão de Projectos Matthew Smith [email protected] Este relatório contém informação publicamente disponível, e foi utilizada pela Cushman & Wakefield no pressuposto de ser correcta e verdadeira. A Cushman & Wakefield declina qualquer responsabilidade, caso se venha a verificar o contrário. Nenhuma garantia ou representação, expressa ou implícita, é feita à veracidade da informação contida neste relatório, e a mesma é disponibilizada sujeita a erros, omissões, alterações de preço de venda ou arrendamento ou outras condições, rescisão sem pré-aviso ou quaisquer condições especiais impostas pelos nossos clientes. © 2008 Cushman & Wakefield www.cushmanwakefield.com Cushman & Wakefield Av. da Liberdade, 131- 2˚ 1250 -140 Lisboa Portugal Tel.: +351 21 322 47 57 Fax: +351 21 343 21 17 Global Real Estate Solutions © 2008 Cushman & Wakefield. All rights reserved www.cushmanwakefield.com
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