Saúde animal:Brasil já é o segundo maior produtor de insumos

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Saúde animal: Brasil já
é o segundo maior
produtor de insumos
por Flávia Natércia
O SEGMENTO DE BOVINOS É O LÍDER DO MERCADO, AO QUAL SE DESTINAM 56,60% DA PRODUÇÃO DO
SETOR; JÁ O DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO (CONHECIDOS COMO PETS) É O QUE APRESENTA MAIOR
POTENCIAL DE EXPANSÃO. EM BIOTECNOLOGIA, PORÉM, FALTA INVESTIR MAIS.
A
té 2008, a indústria de
insumos para a saúde animal no Brasil deverá ultrapassar a casa dos R$ 3
bilhões, mantido o crescimento atual de 11% ao ano. Em 2005,
o setor movimentou mais de R$ 2
bilhões, consolidando o país como o
segundo maior mercado do mundo nesse segmento. Desde 1997, quando a receita atingiu R$ 923 milhões, o crescimento chega perto dos 240%, segundo dados
do Sindicato Nacional da Indústria de
Saúde Animal (Sindan) e do Programa
de Estudos dos Negócios do Sistema
Agroindustrial (Pensa). Em 2004, as
quatro maiores empresas do setor respondiam por 36,5% do mercado; o segmento de produtos para bovinos representava 55,6% do mercado, seguidos
pelas aves (21,7%). Os petsconstituíram
apenas 9,3% do total. Portanto, com um
grande potencial para crescer.
No que concerne ao tipo de produto
(gráfico 1), os biológicos, liderados pelas
vacinas, e os antimicrobianos figuram
entre os mais vendidos. Dentre as vacinas, merecem destaque as que combatem a febre aftosa, atualmente fabricadas por cinco laboratórios— Merial,
Bayer, Intervet, Pfizer e Vallée —, representando cerca de 35% do mercado veterinário somente para a bovinocultura
(corte e leite). A doença é causada por
um vírus e se dissemina com facilidade por ser muito contagiosa.
Considerada endêmica em diversas
regiões do mundo (Oriente Médio, Ásia,
África e América do Sul), atinge bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. Assim, uma vez que eclode, compromete a comercialização do setor
Figura 1 : Desempenho comparativo de acordo com os grupos animais
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Simone Pallone
pecuarista como um todo.
A situação desse mercado fica ainda mais favorável frente a outros números: em quantidade de animais domésticos, o Brasil fica atrás apenas dos
Estados Unidos. Estima-se haver 27,9
milhões de cães, 12 milhões de gatos e
4 milhões de outros animais de estimação no país — 59% dos lares têm pelo
menos um. É, ainda, o maior produtor
de alimentos petna América Latina, respondendo por cerca de 48% do total,
seguido do México (25%), e da Argentina
(6,5%). Segundo a Associação Nacional
dos Fabricantes de Alimentos para
Animais de Estimação (Anfal-Pet), entre
1995 e 2002, o consumo de alimentos
industrializados para pequenos ani-
Figura 2 : Desempenho comparativo de acordo com os tipos de produtos
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mais aumentou 400%. Esse segmento
responde por uma grande fatia do mercado pete, em 2004, aumentou seu faturamento em 20,41% enquanto a produção cresceu 10,48%, relacionados a 2003.
Em 2004, apenas 37% dos animais de
estimação eram alimentados com produtos industrializados, o que dá uma
idéia das possibilidades de expansão
do setor. Somente cães e gatos podem
movimentar pelo menos R$ 3 bilhões.
Atento às perspectivas do setor, o
Grupo Ouro Fino começou, em 2001, a
construir novas instalações — a Ouro
Fino Saúde Animal Ltda — em Cravinhos,
município paulista vizinho de Ribeirão
Preto, onde foram investidos US$ 15
milhões. Mesmo sem atuar em todos os
segmentos, a Ouro Fino ocupa a sétima
posição no ranking do mercado nacional do setor de saúde animal. "Nossa
meta agora é alavancar as exportações
e entrar em outras especialidades, como
a de biológicos", diz Fábio Lopes, sócio-
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diretor da unidade. A empresa, formada
por capital 100% nacional, foi fundada em
1987, com o nome de Produtos
Veterinários Ouro Fino Ltda, para fabricar e comercializar produtos veterinários para saúde animal. À comercialização e à fabricação de produtos, a empresa agregou a pesquisa e o desenvolvimento que, por sua vez, levou ao estabelecimento de parcerias com outros laboratórios privados e ainda universidades e
institutos públicos de pesquisa, como a
Universidade de São Paulo (USP), a
Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), a Universidade Estadual Paulista, campus de Jaboticabal, e o Instituto
Butantan. "É muito caro fazer tudo aqui",
completa. A Ouro Fino recebe apoio da
Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep), da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)
e do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
Divulgação/Ouro Fino
PFIZER APOSTA EM BIOTECNOLOGIA
E MERIAL EM PESQUISA DE VACINAS
Jorge Espanha, diretor da Divisão de
Saúde Animal da empresa transnacional de origem norte-americana Pfizer,
garante que a empresa é a que mais
investe em P&D de novos medicamentos. "Em 2005, a Pfizer — incluindo saúde humana e animal — destinou mais
de US$ 7,4 bilhões em todo o mundo
para pesquisa, o que representa o maior
investimento do setor", afirma. Apesar
de o Brasil estar presente na lista dos 10
países que mais têm empresas de biotecnologia, o setor de saúde animal ainda pode se expandir, e muito. Espanha
diz que a Pfizer, que se instalou no país
em 1952, está atenta a essa tendência.
A empresa ainda não tem um centro de pesquisa no país, como tem, por
exemplo, no Japão e na França. "Todos
os estudos são feitos no exterior.
Entretanto, a filial brasileira mantém
parceria com entidades e universidades, que fazem estudos locais de medicamentos já desenvolvidos ou presentes
no mercado", afirma Espanha. A Divisão
de Saúde Animal da Pfizer no Brasil,
como a Ouro Fino, mantém parcerias
com universidades e entidades do segmento veterinário, entre elas: a Escola
de Veterinária da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG), a Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da
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Universidade Estadual Paulista (Unesp)
- Campus de Botucatu e a Embrapa Gado
de Corte. "Na UFMG, a Divisão é parceira do Unileite, projeto de melhoria da
qualidade do leite e controle da mastite. Com a Unesp, fazemos estudos na
área da reprodução e, na Embrapa, temos
vários trabalhos sobre o Programa 5-79 Pfizer, que é um protocolo de controle de verminoses em bovinos", completa Espanha.
P&D para a Pfizer é sinônimo de inovação radical. A aposta da empresa está
na busca de soluções para necessida-
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des e problemas ainda não resolvidos
no campo veterinário. "Temos investido
em pesquisa nas áreas de doenças infecciosas, obesidade, câncer, controle de
parasitas, doenças cardiovasculares e
problemas bucais. Os estudos incluem
animais de grande porte e de estimação. Dados da Wood Mackenzie demonstram que, só em 2004, a Pfizer Saúde
Animal investiu em todo o mundo cerca de US$ 285 milhões em pesquisa e
desenvolvimento de medicamentos veterinários", conta Espanha. Até o final deste ano, a Pfizer deve lançar dois novos
medicamentos, um para suínos/aves,
outro para bovinos.
Outra grande empresa da indústria
farmacêutica, a franco-americana
Merial, resultante da fusão da Merck
Co. com a Sanofi-Aventis, acaba de lançar a vacina combinada Vaxxitek para
o controle das doenças de Marek ("aids
dos frangos") e Gumboro (um vírus que
provoca tumores) em aves comerciais.
Com uma única dose aplicada no ovo
ou sob a pele de um animal no primeiro dia de vida, imuniza-se contra as duas
doenças. A fábrica brasileira da Merial,
em Paulínia, interior de São Paulo, foi
escolhida pela empresa como plataforma de lançamento da nova vacina para
um mercado que abrange a Ásia, a África,
a América Latina e a Europa.
MERCADO EM EXPANSÃO
Cerca de 20 anos atrás, quando a
Ouro Fino foi fundada, a indústria veterinária no Brasil era composta exclusivamente por empresas transnacionais.
Em 2001, havia 304 empresas de biotecnologia no Brasil, mas somente 4%
delas eram dedicados exclusivamente
à fabricação de produtos para saúde
animal. Outros 4% se dedicavam tam-
A APOSTA DA PFIZER
ESTÁ NA BUSCA DE
SOLUÇÕES PARA NECESSIDADES
E PROBLEMAS AINDA
NÃO RESOLVIDOS
NO CAMPO VETERINÁRIO
Premium. O Brasil, em 2005, foi o terceiro produtor mundial de rações, fabricando 43 milhões de toneladas contra
145 milhões dos Estados Unidos e 86
milhões da China, e o maior produtor
da América Latina, onde é responsável
por 48,7% do mercado.
bém à saúde vegetal e humana. "Hoje,
o universo de empresas está na casa
dos 320, sendo 120 as mais expressivas
em termos de faturamento". De acordo
com Lopes, o setor de animais de companhia é o que mais pode crescer — seja
na produção de ração, seja na de medicamentos.
"A tendência de redução da natalidade ocasiona o aumento do número de
animais de companhia", diz o diretor da
Ouro Fino. O grupo que ele representa
entrou nesse mercado desenvolvendo
a linha de produtos Ouro Fino Pet, em
2000, e vem fabricando, com bom desempenho, antibióticos, antiinflamatórios,
antiparasitários e dermatológicos. De
2003 a 2004, a empresa cresceu 17% e
obteve um faturamento de R$ 8 milhões.
Em 2004, registrou um crescimento de
32% com o lançamento e o reposicionamento de diversos produtos.
O grupo também investiu no desenvolvimento de uma linha para nutrição
animal. Uma equipe da Ouro Fino em
conjunto com pesquisadores do Centro
de Pesquisa e Desenvolvimento
Nutricional (Cenac) da Universidade
Federal de Lavras (UFLA), em Minas
Gerais. O centro, voltado para cães e
gatos, foi criado recentemente e abriga
os requeridos testes de campo. Os primeiros produtos foram as rações Ouro
Fino Super Premium e Ouro Fino High
IMPACTO DA CERTIFICAÇÃO
De acordo com Lopes, a fabricação
dos medicamentos para combater doenças como essa constituem apenas um
passo. "Pecuaristas e industriais do
setor têm de se preocupar com todas
as etapas da cadeia de produção, tendo
em vista a rastreabilidade. Toda a cadeia
deve estar preparada. Vacinas o Brasil
sempre teve, mas às vezes o pecuarista não aplica. Ele recebe um certificado ao comprar o produto, e pode não o
utilizar. Tem de haver uma maior conscientização da cadeia como um todo".
As crescentes exigências de certificação no mercado internacional, segundo Espanha, são necessárias para garantir a segurança alimentar. Por exemplo, assegurando a comercialização de
uma carne livre de resíduos ou leite
com níveis aceitáveis de certas substâncias. "E isso envolve toda a cadeia,
desde o laboratório que desenvolve o
medicamento até o criador que usa
esses produtos. Por isso, todos precisam ter uma atuação bastante precisa
e responsável", diz Espanha.
A certificação de produtos e a preocupação com a segurança alimentar
representam a outra face da intensa
internacionalização da produção agropecuária brasileira, e se tornaram tão
importantes e estratégicas quanto a
quantidade e a qualidade para a comercialização de alimentos. Intensas negociações com dezenas de países compra-
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dores da carne nacional se seguiram,
recentemente, a uma nova eclosão da
febre aftosa no Mato Grosso do Sul e no
Paraná. Espanha lembra que há um
impacto econômico associado às certificações, uma vez que se torna necessário um maior investimento em formulações e provas de resíduos em animais e no ambiente. "A Divisão de Saúde
Animal da Pfizer mantém um programa de testes que atende as exigências
dos órgãos regulatórios. A empresa tem
certificado da comunidade européia —
mais especificamente da Medicines
and Healthcare Regulatory Agency
(MHRA)—, da Food and Drug Adminis-
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tration (FDA), além de passar por auditorias do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), que
aprovam os produtos". A Ouro Fino, por
sua vez, está em processo de certificação para poder exportar para a Europa,
os Estados Unidos, a Austrália e a Nova
Zelândia.
Em abril, foi realizada em Brasília a
II Conferência Internacional sobre
Rastreabilidade de Produtos Agro-pecuários, com o objetivo de proporcionar
uma troca de experiências sobre sistemas de qualidade e marcos regulatórios
em processos agropecuários e, conseqüentemente, promover ou fortalecer a
inserção brasileira em mercados internacionais estratégicos, como o de alimentos, aliando qualidade com competitividade. O Brasil foi o segundo a adotar o sistema de rastreabilidade na
cadeia pecuária, logo depois da União
Européia, e trabalha no aperfeiçoamento e na implantação do Sistema
Brasileiro de Identificação de Origem
Bovina e Bubalina (Sisbov). Mais de 50
milhões de animais, equivalentes a um
quarto do rebanho nacional, já foram
cadastrados no banco de dados do
Ministério da Agricultura, podendo ser
abatidos e exportados dentro dos
padrões internacionais.
Fernando Petermann
Laboratório da
Ouro Fino em Cravinhos,
no interior paulista
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OURO FINO INVESTE NA EXPORTAÇÃO E EM NOVOS PRODUTOS
Fernando Petermann
As instalações da Ouro Fino no interior
o benefício do investimento em pesquisa e
paulista, de tão assépticas, lembram as de um
desenvolvimento. Em 1952, foi criada a Divisão
hospital. Em volta, um "mar" de canaviais acomAgrícola da Empresa, em Terre Haute, Illinois,
panha a rodovia Anhangüera. Na fábrica,
Estados Unidos.
nenhum mugido, nenhum ronco, nem um pio;
nem sinal de bois, porcos, aves. Animais, ali,
FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS
são proibidos, de acordo com normas interO portfólio da Ouro Fino é bem variado,
nacionais — e o maior objetivo da nova uniporque a empresa faz investimento contínuo
dade é a conquista dos mercados europeu,
em P&D, embora não persiga inovações radinorte-americano e australiano. Os testes dos
cais. "A maioria das inovações que fazemos se
produtos são realizados em outros locais, como
dá por associação de moléculas", conta Fábio
universidades e laboratórios privados credenLopes, um dos diretores da empresa. Ou adapciados que são parceiros da empresa.
tação: alguns produtos têm de ser desenvolO ponto de partida do grupo foi o camvidos especificamente para gado de corte ou
po. Os dois sócios-fundadores, Jardel Massari
de leite, aves, suínos. "Essa área de pesquisa
e Norival Bonamichi, eram técnicos agrícolas
de desenvolvimento tem de dar resultado, do
que trabalhavam para uma empresa de nutricontrário não se paga". Assim, de incremento
ção animal, parte de um grupo francês. Amigos
em incremento, a empresa tem hoje 116 prode longa data, os dois se conheceram em Ouro
dutos em desenvolvimento. "Lançamos entre
Jardel Massari, um dos fundadores da Ouro Fino
Fino, um distrito da cidade de Inconfidentes, em
15 e 20 por ano; hoje, temos cerca de 150 produMinas Gerais. Há dez anos, decidiram correr o risco de estabelecer um negó- tos no mercado". Segundo Lopes, a empresa já tem diversos pedidos de patencio. Eles conheciam o mercado, tinham muitos clientes e uma boa relação tes depositados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
com eles. Começaram em 1985, trabalhando somente com distribuição. "Então,
Outra constante preocupação da empresa é o investimento na forpensamos: - Por que não fabricar?", lembra Massari. E abriram a fábrica em mação dos profissionais. Vários pesquisadores da Ouro Fino têm cursos
1987, em Ribeirão Preto. O primeiro produto foi o Trissulfin Pó, uma sulfa, usa- de atualização e mestrados financiados pela empresa. Entre mestres e
do no combate a bactérias em aves e suínos, que continua no portfólio da doutores, farmacêuticos, químicos e veterinários, a equipe "residente" da
empresa como um item de destaque.
unidade de Cravinhos conta com 43 pessoas. Jardel Massari assinala que o
A sede inicial era uma casa, mas o objetivo dos sócios-fundadores sem- reinvestimento dos lucros sempre existiu. "Estamos agora na terceira fase:
pre foi crescer para se tornar uma companhia de grande porte internacional- diversificação de mercado nos agronegócios: melhoramento de gado Nelore
mente reconhecida. O sucesso, segundo Massari, tem como base a satisfação de elite, linha pet, agrosciences (sementes beneficiadas), saúde pública das demandas dos produtores. "É preciso partir das necessidades do cliente raticidas, baraticidas para granjas, cooperativas e uso doméstico que serão
e verificar se o produto cabe em qualidade, expectativa e preço", diz. O outro fabricados numa unidade ainda em construção", diz Massari.
sócio-fundador, atual presidente da empresa, Norival Bonamichi, conquisEm 2004, o grupo se estruturou em diferentes unidades de negócios, para
tou o prêmio "Master de Empreendedor do Ano 2004", entregue pela empre- atuar em saúde de grandes animais, pet, exportação, sementes de forrageisa de consultoria Ernst&Young. Foi a primeira vez que um representante do ras e controle de pragas domésticas. Cada uma das unidades é administrada
agronegócio brasileiro foi premiado.
por um diretor-acionista. Seu segmento veterinário conta com mais de 8 mil
Curiosamente, a Pfizer também teve início na amizade entre dois ale- clientes e representantes em todas as regiões do país, exportando para mais
mães que emigraram para os Estados Unidos no século XIX. Um era quími- de 30 países. No ano seguinte, a Ouro Fino recebeu o prêmio Finep de Inovação
co, o outro confeiteiro. E, com a produção da santonina, um vermífugo, Tecnológica, categoria Grande Empresa, e criou a Ouro Fino Genética Animal
deram início ao que se transformou num gigante da indústria farmacêuti- e unidade Ouro Fino Pet Nutrição Animal, voltada à produção de alimentos
ca. Mas foi durante a Segunda Guerra Mundial que a produção da penicili- para cães. Na versão do mesmo prêmio em 2006, a premiada foi a Vallée S.A,
na, à época capaz de combater uma centena de doenças, revelou-se à Pfizer de Minas Gerais.
Fernando Petermann
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