express - Tambor Digital
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Prévia digital com 23 páginas da revista EGW nº 126 EXPRESS DIABLO III A lenda renasce depois de 11 anos! E mais: Agenda de lançamentos, ranking dos jogos mais vendidos do Brasil, games em 3D, brasileiros na GDC 2012, reviews de Mass Effect 3, Angry Birds Space e Fibble EGW XP: APOSTANDO NO F2P Esta é a primeira edição da EGW Express, uma versão compacta da edição que chega simultaneamente às bancas. Contém 23 páginas, das 100 páginas editoriais da EGW 126. E 8 das 23 páginas de publicidade. A EGW Express (ou XP, como já batizamos internamente aqui) é e continuará sendo totalmente gratuita. Nosso objetivo com a EGW XP é duplo. É um aperitivo (substancioso) para a revista impressa do mês. E é uma experiência com o formato digital. Há muito tempo se faz revista eletrônica. Depois da chegada dos tablets, praticamente toda editora fez sua versão. Francamente, não acreditamos no modelo de venda de revistas digitais. Os números nos dão razão. O número de vendas e assinaturas em todo o mundo é minúsculo. O usuário de internet já está acostumado com conteúdo jornalístico gratuito, sustentado pela publicidade. Preferimos seguir o modelo dos games: Free to Play. Uma versão light grátis. Uma versão parruda, completa, e paga - e no nosso caso, impressa. Já temos conteúdo GameWorld grátis faz tempo: o próprio site, atualizado diariamente. Agora, lançamos a EGW XP. Ainda simplezinha; com o tempo vamos experimentando outras funcionalidades. Para melhorar, precisamos de suas sugestões e críticas: andre. [email protected]. Com o tempo esperamos que a EGW XP seja uma experiência imersiva e sedutora, que se prove atraente para você e indispensável para os anunciantes. As notícias não param aí. A própria EGW ganha a partir deste mês características mais, digamos, colecionáveis. A revista entra agora no ano de comemoração de seus dez anos. Nascemos EGM, unicamente revista, apostando na opinião, na análise, no aprofundamento, na comunidade. Celebraremos uma década redobrando nossa aposta, como uma plataforma integrada de comunicação especializada em games. Jornalismo impresso e digital, eventos, ad network, prestação de serviços e em breve uma rede social. Nos games, e no jornalismo de games, pode acreditar: o melhor está por vir. Aquele abraço! a lâmina da espada de ryu abre caminho para um dos melhores jogos do ano CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA Você já jogou com a tecnologia tridimensional? Testamos os principais títulos com suporte a 3D estereoscópico e apontamos os melhores > Lucas Patricio Lançamento: 8/11/2010 Plataformas: PS3 e X360 (versão testada) Qualidade do 3D: O único Call of Duty com suporte a 3D, curiosamente, não é o mais recente, e sim o último lançado pela Treyarch. O método usado em Black Ops é o Side by Side, em que duas imagens são projetadas paralelamente. Na maioria dos nossos testes, a utilização desse recurso obteve resultados inferiores aos conseguidos com o método convencional dos televisores mais recentes. Em Black Ops, temos bons efeitos – principalmente nos menus, mas ainda longe do visto em Killzone 3. A arma realmente ganha destaque com o 3D, mas os cenários não apresentam muitas mudanças. Pelo menos a perda gráfica não é tão grande quanto em Gears of War 3, o que permite que você jogue tranquilamente o singleplayer e o multiplayer em 3D. START start JOGOS EM 3D CALL OF DUTY: BLACK OPS AVATAR: THE GAME Lançamento: 1/12/2009 Plataformas: PS3 e X360 (versão testada) Qualidade do 3D: Nós tínhamos dúvidas se o jogo do filme que é um marco no cinema 3D faria bonito nos videogames, mas ele não nos decepcionou – pelo menos nesse sentido. Jogar Avatar: The Game após três anos de seu lançamento mostra que o jogo não era tão ruim quanto parecia na época, principalmente por conta dos lindos efeitos em 3D que ele é capaz de produzir. O planeta Pandora ganha sentido quando a vegetação e os personagens se destacam em profundidade. O resultado final é impressionante. O jogo ainda tem o maior número de opções de ajustes de 3D que vimos em todos os nossos testes, dando suporte para vários tipos de tecnologias diferentes. Pena que, mesmo bonito, o jogo não seja lá essas coisas – mas deu vontade de continuar jogando e explorando os lindos cenários. ASSASSIN’S CREED REVELATIONS F ilmes em 3D começaram a invadir as salas dos cinemas principalmente após Avatar, do diretor James Cameron, estrear com enorme sucesso em 2009. E nos jogos? Também foi em 2009 que os primeiros jogos com suporte a 3D estereoscópico surgiram. Hoje, quase três anos depois, como será que está esse mercado? Os televisores 3D ganham cada vez mais as prateleiras das grandes magazines no Brasil e muita gente não esperou a Copa do Mundo para comprar uma. Você acha ultrapassado jogar em 3D com óculos? Mas enquanto a tecnologia do Nintendo 3DS não chega aos televisores, não temos muitas saídas. Mas podemos afirmar que, talvez pelo tamanho da tela, a experiência de estereoscopia na TV é bem mais imersiva que na pequena tela do portátil da Nintendo. Todos os jogos testados nessa matéria utilizaram um televisor com 3D passivo, tecnologia muito semelhante dos cinemas. Confira nossas avaliações. SPLINTER CELL TRILOGY Lançamento: 6/8/2011 Plataformas: PS3 Qualidade do 3D: Os efeitos variam de qualidade de acordo com o jogo: quanto mais recente, melhores os resultados. Em Chaos Theory, os efeitos em 3D ficaram OK, já que a conversão em HD foi a melhor dos três episódios. Já o primeiro Splinter Cell e Pandora’s Tomorrow sofreram um pouco mais. Conseguimos identificar os efeitos, mas eles não se destacaram muito durante a ação. Eles estão lá, só não fazem tanta diferença quanto gostaríamos. SILENT HILL: DOWNPOUR Lançamento: 8/11/2010 Plataformas: X360 e PS3 (versão testada) Qualidade do 3D: Survival horror é um gênero muito interessante de se explorar o 3D. Quanto mais imersão, maior o pulo da cadeira a cada susto. Em Silent Hill Downpour é quase assim que funciona. Os efeitos 3D são visíveis - até demais. Em alguns momentos é possível ver aquele efeito chato de “fantasma” que acompanha alguns movimentos rápidos. No mais, os efeitos tridimensionais agradam - principalmente nas cenas não interativas, em que o posicionamento das câmeras ajuda bastante. Lançamento: 15/11/2011 Plataformas: PS3 e X360 (versão testada) Qualidade do 3D: Assim como o Tintin, também da Ubisoft, Assassin’s Creed Revelations possui efeitos em 3D muito sutis, quase imperceptíveis. Mesmo ajustando a intensidade do efeito no máximo, são poucos os momentos em que conseguimos perceber uma profundidade diferenciada entre os passeios de Ezio pelos telhados. Quanto mais alto você vai, aliás, mais fácil fica perceber o 3D. Do alto de grandes construções é possível ver com mais clareza como o efeito separa o personagem do cenário. Comparando com Uncharted 3, de um gênero parecido, Revelations ainda deixa muito a desejar. PRINCE OF PERSIA TRILOGY Lançamento: 19/11/2010 Plataformas: PS3 Qualidade do 3D: Foi mais fácil arrumar tempo para detonar a incrível trilogia Prince of Persia de PlayStation 2 remasterizada e em HD do que achar os efeitos 3D. Prince of Persia Trilogy tem várias opções de ajuste da intensidade do 3D e até mesmo da distância do televisor para calibrar bem os efeitos. Isso, claro, se eles existissem: os efeitos em três dimensões da coletânea em HD de Prince of Persia são imperceptíveis. Fizemos o teste de ligar e desligar o efeito em diversos momentos e foram poucas as vezes que nossos cérebros nos avisaram que havia acontecido alguma mudança. Não esperávamos algo muito diferente disso, já que implementar esses efeitos em coletâneas em HD não é a forma ideal de se explorar todos os recursos. START Lançamento: 1/11/2011 Plataformas: PS3 Qualidade do 3D: Uau! Se o enredo de Uncharted 3 engasga, ativar o 3D ajuda a esquecer todas as inconsistências para observar um dos mais incríveis ambientes já criados em um videogame. Quem jogou Uncharted 3 sem efeito tridimensional vai ficar impressionado em como o game mantém a mesma qualidade gráfica e adiciona efeitos muito interessantes com o 3D ligado. Os cenários, muitas vezes à beira de desfiladeiros e com câmeras verticais, favorecem os efeitos tridimensionais e convencem qualquer jogador que o 3D é muito mais que um adorno. MOTORSTORM: APOCALYPSE Lançamento: 16/3/2011 Plataformas: PS3 Qualidade do 3D: A última versão de Motorstorm para PlayStation 3 não foi a melhor da série, mas trouxe novidades que ajudaram muito os efeitos 3D. As corridas no meio do apocalipse possuem pedras e vários outros objetos voando em direção da tela. Mas, após alguns minutos jogando, percebemos que Apocalypse explora muito pouco os efeitos tridimensionais propriamente ditos. Os menus, por exemplo, são estáticos e não se aproveitam do recurso. E a alta velocidade das corridas esconde boa parte dos efeitos usados, que aparecem somente quando você atinge algum objeto ou luz e água refletem na tela de jogo. Os carros apresentam bom destaque em relação ao cenário, mas sentimos falta da profundidade na ambientação quando a velocidade aumenta. É difícil dizer, em alguns momentos, se o 3D está ou não ligado. HALO COMBAT EVOLVED: ANNIVERSARY Lançamento: 15/11/2011 Plataformas: X360 Qualidade do 3D: Chega a beirar o ridículo o que a 343 Industries fez no remake de Halo lançado no final do ano passado e que chamam de “3D”. Não acredite nos vídeos com depoimentos dos artistas dizendo que o 3D foi uma das novidades mais surpreendentes adicionadas. Não, não é verdade. O efeito utilizado em Halo Anniversary é único e exclusivo no Master Chief. E se você conhece Halo o suficiente, sabe que em 99% do jogo as únicas partes visíveis do protagonista são seus braços e arma. Pois bem, é somente isso que ficará em 3D – ah, tudo bem, tem também algumas informações da tela. O restante continua exatamente igual, sem nenhuma mudança. Até entendemos que seria difícil fazer tudo em 3D com material de 10 anos atrás, mas para fazer o que foi feito não era preciso nem se dar ao trabalho... START UNCHARTED 3: DRAKE’S DECEPTION GEARS OF WAR 3 Lançamento: 20/9/2011 Plataformas: X360 Qualidade do 3D: O grande lançamento exclusivo para X360 em 2011 foi um dos primeiros do console a vangloriar o recurso 3D, que até então fazia parte apenas das estratégias da Sony. Gears of War 3 tem um sistema primitivo de 3D, o Side by Side, que tem efeitos fracos e deixa o jogo com visuais capengas, com perda de qualidade nas imagens. Nossa impressão é que a Microsoft viu que seria possível fazer uma “gambiarra” para o 3D funcionar em Gears 3 e mandou bala. Mas o resultado deixa a desejar. KILLZONE 3 Lançamento: 22/2/2011 Plataformas: PS3 Qualidade do 3D: Esse foi um jogo feito para rodar em 3D. Killzone 3 pode não ser um muito original ou surpreendente na história, mas tecnicamente é impecável. Além de gráficos lindos, o modo 3D impressiona principalmente quem tem esse contato pela primeira vez. Tudo, absolutamente tudo ganha profundidade nos cenários. Desde a arma do personagem até o mato que balança ao fundo se destacam. A qualidade do 3D é impressionante por não apenas ser agradável visualmente, mas por ser tão integrado ao design geral. Além do singleplayer, é possível até mesmo arriscar algumas partidas multiplayer com os óculos no rosto. O resultado é um possível cansaço visual rápido, porém a mira dos rifles em 3D compensa qualquer dor de cabeça. BATMAN: ARKHAM CITY Lançamento: 18/10/2011 Plataformas: X360 e PS3 (versão testada) Qualidade do 3D: Batman: Arkham City é um daqueles jogos que deveria ser obrigatório o uso do 3D. Com o efeito ligado, é possível sentir a cidade de Arkham pulsando a cada beco. Basta um mergulho do HomemMorcego do alto de um prédio para se convencer que o 3D realmente funciona. Como os cenários são sempre muito repletos de informação, a sutilidade dos efeitos é um acerto. Nos combates você vai perceber que a profundidade ganha principalmente nas cenas de finalização. Os passeios por Arkham também são muito mais agradáveis com a profundidade gerada pelos visuais em 3D. MORTAL KOMBAT ADVENTURES OF TINTIN Lançamento: 6/12/2011 Plataformas: PS3 e X360 (versão testada) Qualidade do 3D: O filme é bonito e chato. O jogo é pouco criativo e igualmente cansativo. Os efeitos 3D conseguem dar uma sobrevida ao game, mas não escondem a pressa na produção. Nos momentos em que o jogo se arrisca a ficar em 3D (no que diz respeito ao tipo de jogabilidade), os efeitos são bem simples, quase imperceptíveis. Já nos momentos em 2D, os efeitos ganham mais brilho graças a profundidade atingida. Porém é uma vergonha nenhuma das cenas de corte possuir efeitos em 3D. WIPEOUT HD Lançamento: 25/9/2008 Plataformas: PS3 (PSN) Qualidade do 3D: Talvez um dos jogos mais antigos da nossa lista é também um dos que se saiu melhor nos testes. Wipeout HD utiliza o 3D de forma inteligente e se aproveita de suas principais características para tornar o efeito ainda mais impressionante. As naves claramente ganham destaque, saltando para frente da tela – assim como todas as informações do HUD. Prédios, faixas e demais detalhes dos cenários compõe um ótimo plano de fundo para o excelente efeito 3D. Lançamento: 19/4/2011 Plataformas: X360 e PS3 (versão testada) Qualidade do 3D: Como um jogo de luta pode ter efeitos em três dimensões? Da forma mais simples e sutil possível. É assim que Mortal Kombat responde a essa pergunta. Trazendo os lutadores e barras de energia para frente, ele consegue impressionar com o 3D ligado. Os personagens ganham mais destaque e os cenários uma profundidade perfeita para um game de luta em 2D. Como a câmera praticamente não se mexe, a todo o momento é possível reparar nos efeitos exibidos na tela, principalmente na hora de assistir ao fatality - que escorre sangue de uma forma única em 3D. GDC BRASILEIROS JÁ CELEBRAM FORÇA DO MERCADO NACIONAL Convidamos seis empresas brasileiras presentes no Game Developers Conference 2012, nos Estados Unidos, a compartilharem suas impressões sobre o mercado > Fernando Souza Filho N o início de março último, aconteceu na Califórnia a edição 2012 da Game Developers Conference, mundialmente conhecida como GDC. Foram cerca de 19 mil visitantes que desembarcaram em San Francisco para discutir, debater, assistir, jogar, ensinar, aprender, palestrar, fazer networking e negócios no mundo dos videogames, no Moscone Center da cidade. A EGW foi pela primeira vez cobrir o evento (veja reporta- gem completa na EGW nº 125, de março de 2012) e muitos brasileiros marcaram presença neste ano. Na volta da caravana tupiniquim que foi às terras americanas, procuramos seis empresas brasileiras que estiveram na GDC: Mother Gaia (estúdio especializado em advergames e mobile), RightZero (consultoria especializada em empresas estrangeiras de games que desejam entrar no Brasil), MangoLab (estúdio que desenvolve jogos casuais), Ilusis Interactive (desenvolvedora de jogos para mobiles e portáteis, como PSP), 2Mundos (especializada em games sociais) e Aquiris (estúdio especializado em Unity). “Game é um negócio global Cada uma delas tinha uma e devemos atrair empresas missão diferente na GDC. de fora para o Brasil” “Nosso principal objetivo Rodrigo Mamão nesses eventos é a busca por tendências para o mercado mundial de mobile games e também a procura de fortes parcerias para o lançamento dos games que estamos desenvolvendo”, disse Túlio Soria, da Mother Gaia Studio. “Fomos mesmo contatar empresas estrangeiras que queriam entrar no Brasil”, informou Carlos Estigarribia, da RightZero. A opinião é compartilhada por Rodrigo Mamão, da Ilusis Interactive: “Fomos fortalecer os contatos com atuais parceiros e publishers, além de apresentar novos projetos.” Israel Mendez, do estúdio Aquiris, que fica localizado no antigo estúdio da Ubisoft, em Porto Alegre, vai um pouco além desse objetivo: “Estender o networking e fechar trabalhos foi o principal, mas também queremos ficar por dentro do que está acontecendo em termos de lançamentos de games e tendências de mercado”. “O objetivo maior é qualificar a equipe de desenvolvimento e de estratégia de negócios com as palestras e com o conhecimento que uma conferência como a GDC proporciona”, disse Sabrina Carmona, do estúdio MangoLab. “O segundo grande objetivo é conhecer pessoas que façam a mesma coisa que você e trocar experiências para agregar valor para ambas as empresas.” Fechando essa turma, a recém-criada 2Mundos, com estúdio em Campinas e escritório em São Paulo, desembarcou nos EUA com sede de conhecimento: “É um mercado que muda cada vez mais rápido, é preciso estar sempre atualizado”, defendeu Reinaldo Normand. “Conversar com possíveis investidores e parceiros interessados no mercado brasileiro também foi um de nossos maiores objetivos”. BONS NEGÓCIOS BRASILEIROS Mas, afinal, a GDC é realmente proveitosa para os brasileiros que querem fazer negócios no mercado de games? “Essa já é a segunda vez que marcamos presença no GDC. Na primeira, ficamos um pouco perdidos com a quantidade de informação que normalmente é oferecida em um evento desse porte, principalmente para nós, brasileiros, que estamos um pouco distantes dos polos mundiais de criação de games. Mas mesmo assim foi uma ótima experiência e acabamos fechando um acordo de distribuição de nosso game City Rain com a Ovolo Games, do Canadá”, lembra Túlio. “Já nesta segunda vez, pudemos comparecer mais preparados e fechamos negociações com várias empresas. Esperamos concluir bons negócios em 2012 com esses contatos.” Já Rodrigo, pela segunda vez na conferência, também comemora os resultados. “Essa foi nossa terceira Game Connection e a segunda GDC. Temos dois contratos em negociação com uma publisher dos Estados Unidos, cujo contato inicial se deu em nossa primeira Game Connection, em 2009, na França”, disse. “Esta é a nossa terceira participação e em todas tivemos ótimas oportunidades de negócios”, conta Isarel. “Em 2010 e 2011, a Aquiris participou como convidada especial no estande da Unity. Em 2012, optamos por não participar como expositores e promovemos reuniões paralelas. Por conta disso, ficamos uma semana a mais na cidade após o evento, apenas para concretizar negócios. Esta foi de longe a nossa melhor participação na GDC.” Mas o recordista de participação desta turma é Reinaldo, da 2Mundos: “Já viemos em mais de 10 edições da GDC. Apesar de ser um evento de desenvolvedores, com a decadência da E3 [feira que acontece em junho, também na Califórnia], ele se transformou na melhor ocasião para fazer negócios.” O QUE FALTA PARA O BRASIL Depois de ver o que está rolando no mercado americano, perguntamos para o sexteto: o que falta para o Brasil ter um ambiente de negócios mais favorável para empreendedores de games? “A indústria de games no Brasil ainda não germinou por completo: existem poucas empresas na área e pouquíssimos casos de sucesso – o “Empreendedores brasileiros deveriam circular mais em eventos internacionais” Carlos Estigarribia que por sua vez deixa essa indústria de produção em uma inércia que não favorece ninguém. Algumas das possíveis soluções poderiam ser a criação de incubadoras especializadas em games, grandes centros tecnológicos de incentivo, investimento público em editais dedicados para a produção de games ou mesmo uma classificação tributária diferenciada para o setor. Isso tiraria o mercado da inércia”, defende Túlio. “Outro fator importante que deve ser lembrado é que estamos longe do mercado global e o mercado local não é dos melhores. Mas isso pode ser melhorado com criação de frentes contra a pirataria, baixa na tributação absurda que sofremos, melhora na infraestrutura de internet e 3G. Mas essa mudança no mercado global ainda depende de variáveis socioeconômicas, como a questão de existirem muito menos “Precisamos trocar experiências para agregar valor para as empresas” Sabrina Carmona smartphones aqui do que na Europa e nos EUA. Além disso, o poder de consumo/ compra é bem menor. É um mercado para corajosos”, completa ele. Já Carlos prefere ir por outro caminho: “Sem entrar no mérito das coisas que não temos controle direto – impostos, educação etc. – eu acredito que os empreendedores deveriam circular mais nos eventos internacionais. Ainda são poucas as empresas brasileiras que vêm aos eventos. Isso é fundamental para fazer network”. “Acho que o foco em negócios e marketing ainda é recente no Brasil. Já se pode ver uma importância sendo dada nesse quesito, mas é muito recente comparado com o mercado internacional”, diz Sabrina. “Se a interpretação de dados dos games e o investimento em marketing e publicação for feito com foco, a margem “Os consoles estão em plena decadência. O futuro está nos jogos gratuitos” Reinaldo Normand START de sucesso é bem maior.” Rodrigo vai além: “Game é um negócio global e por isto acredito que devemos atrair empresas de fora para ver o que se tem feito aí no Brasil. As empresas brasileiras devem também ver de perto o que está acontecendo lá fora afinal, ainda somos muito jovens neste mercado.” Reinaldo vai no simples e aponta a necessidade básica do mercado: “Desoneração da carga tributária em toda a cadeia produtiva e também nos salários”. “Falta evoluir a mentalidade do governo e de todas as esferas públicas em relação do valor do game como próximo, em que todo mundo terá a possibilidade de possuir um smartphone e, consequentemente, vai gastar muito mais tempo nele do que com computadores, videogames e televisão.” E quem vai perder terreno com isso serão os frees. “O mercado está ficando saturado de games gratuitos, o que mostra uma nova tendência: instalação free com suporte para patrocínios e venda de conteúdo. A fixação de preço é muito baixa – no nosso caso zero, pois o free é a opção praticada –, pois há muitos compradores e muitos vendedores. Nesse mercado, a diferenciação do seu produto significa um fator crucial “A indústria de games no para o sucesso”, Brasil ainda não germinou completou ele. por completo” Sabrina também Túlio Soria concorda com a força dos frees. produto”, lamenta Israel. “Se isso “A palavra chave é freemium. Foi o ocorresse, mudaria toda a mentatópico mais comentado, seguido de lidade da sociedade, haveria um métricas e analytics na GDC. Esses consumo cultural dos games. Talvez são fatores de business que empreo setor precise se articular melhor, sas como a MangoLab não podem embora estejamos vivendo uma fase ignorar para crescer e ter sucesso”, de franca melhoria.” garante ela. Reinaldo radicaliza e acha que até TENDÊNCIAS PARA ESTE ANO os jogos de console vão desaparecer: Após a GDC, as seis empresas “Os consoles estão em plena decaenxergam algumas tendências bem dência e o futuro está nos jogos granítidas para o mercado de games. tuitos e sociais para as plataformas web e mobile.” Israel segue a “Até grandes franquias mesma linha de estão portando seus títulos raciocínio: “Perpara versões free” cebemos que até Israel Mendez grandes franquias estão portando “A área de games sociais vai cresseus títulos para versões free, com cer mais ainda em 2012, com a enmonetização via microtransações. O trada das grandes empresas da área FPS [tiros em primeira pessoa] é um no Brasil”, imagina Carlos. “Noto um grande exemplo dessa mudança: até grande interesses de empresas de Battlefield e Team Fortress 2 tiveram todas as áreas de jogos em explorar versões adaptadas para o modelo mais o mercado brasileiro, do ponto freemium.” de vista comercial.” Essas foram as conclusões básicas Já Túlio aposta nos mobiles: do sexteto que respirou de perto os “Temos visto um grande movimento ares californianos do mundo dos rumo aos mobile games, que é facilnegócios e do desenvolvimento de mente explicado pelo forte crescigames da GDC 2012. mento do mercado de smartphones O futuro dirá se essas conclusões no país. Uma maneira simples de se concretizarão ou são apenas reflevisualizar isso é imaginar o futuro xo do mercado atual. GAMEWORLD em Números GAMEWORLD BUSINESS: 2.245 PROFISSIONAIS 19.718 público total 3.549 TOTAL DE Público feminino 16.169 TOTAL DE Público masculino 158 cosplays Faixa etária até 9 anos - 1.183 10 a 14 anos - 2.761 15 a 19 anos - 4.535 20 a 35 ano - 7.098 36 a 50 anos - 3.549 acima de 50 ANOS - 592 Textos de Paula Romano, Igor Andrade, Filipe Siqueira, Renato Almeida, Pedro Sirna e André Forastieri GAMEWORLD EXPO Nintendo World Meetup: Liderado pelo chefe da “máfia” da Revista Oficial Nintendo World, o jornalista Igor Andrade encabeçou um encontro entre fãs da Big N, que levaram seu 3DS, DS e Gameboy para trocar itens e fazer amigos. Nintendo, Microsoft e Sony: As três gigantes do mundo dos games estiveram no evento com a seleção do que há de melhor em seus produtos e consoles. Era possível experimentar o PS Vita, jogar nas estações de PS3 com PS Move, e se divertir com o Xbox 360 e o Kinect, além de agitar com o Nintendo Wii e com o Nintendo 3DS. Arena GameWorld: Na Arena GameWorld rolaram testes em primeira mão dos jogos mais aguardados, em um espaço incrível onde o foco era jogar. Sonic Celebration: Depois de décadas sem dar as caras em eventos brasileiros, a Sega voltou e trouxe seu fiel mascote, Sonic, em um estande que levou novos e saudosos fãs às lágrimas. NC Games: A distribuidora ficou com seu estande abarrotado em todos os dias do evento com demonstrações de Street Fighter x Tekken, Just Dance, PES 2012 e Assassin’s Creed. Era comum a formação de filas para visitar o estande. Copag: Trazendo ao GameWorld o cardgame de Pokémon, simplesmente o mais famoso do mundo, a Copag fez barulho com uma etapa especial do Campeonato Brasileiro de Card Game de Pokémon. Acigames/Sebrae: Representando parte do mercado nacional, Acigames e Sebrae serão as figuras de apoio ao mercado varejista, desenvolvedor e de todos os ramos do negócio de games no país. Se você quer entender mais sobre o mercado de games nacional, esta é uma boa oportunidade. Level Up!/Saga: Com um estande badalado, a escola Saga fez demonstrações de arte em 3D, estátuas em resina, biscuit e técnicas de animação. Já a Level Up! levou ao evento seus principais jogos e lançamentos da temporada. O que não faltou foi público amante de Perfect World e Ragnarök. Gameloft: Com dois de seus sucessos absolutos, Asphalt 6 e Modern Combat 3, a Gameloft ofereceu experimentação e competição aos participantes. Além de dois campeonatos que agitaram o estande durante o sábado e o domingo. Disney: A Rádio Disney foi a rádio oficial no evento, com programação direta e conectada com o evento durante os três dias. O canal de TV, Disney XD, também esteve por lá distribuindo inúmeros brindes. Saraiva: A Saraiva, que vendeu títulos a preço reduzido em conjunto com a campanha “Eu tô Legal”, da Acigames, também promoveu demonstrações e campeonatos dos jogos mais requisitados pelo público: Mario Party 9, Fifa Street, UFC Undisputed 3, Mario Kart 7, F1 2011 e Skylanders. NVidia: “A GPU mais rápida já desenvolvida”. Foi assim que Richard Cameron, diretor-geral da NVidia do Brasil, definiu a novíssima placa gráfica GTX 680 – que vem com a novíssima tecnologia gráfica Kepler – durante um dos eventos da NVidia no GameWorld 2012. Confira a cobertura completa do GameWorld na EGW 126 que está nas bancas. E clique aqui para ver no GameWorld entrevistas, galerias de imagens e todos os detalhes do evento. Desenvolvedora: Bioware Editora: EA Gênero: Ação/RPG Lançamento: 6/3/2012 Sinopse: Os Reapers chegaram, trazendo a destruição. Shepard é chamado para resolver a situação Melhor: Conseguir dar mais densidade à história Pior: Loadings demorados e ocasional crash 9,0 O MASS EFFECT 3 s Reapers chegaram. A Terra está em guerra – e os fãs reclamam. Sim, queridos, Mass Effect 3 finalmente chegou. E depois de tantas notícias pré e pós-lançamento, analisar a mais recente entrada da BioWare na franquia é, ao mesmo tempo, uma crítica ao jogo e ao comportamento tragicômico dos assim rotulados “fãs” da série. Aviso: spoilers leves seguem abaixo – especialmente para quem baixou o DLC The Arrival, de Mass Effect 2. Seguindo os eventos vistos em seu predecessor, Mass Effect 3 começa justamente nas consequências do DLC The Arrival: os Reapers chegaram, trazendo a destruição universal sob a justificativa da “limpeza” de toda forma de vida orgânica na galáxia. Shepard, um herói de guerra destituído de sua patente militar, é chamado de volta à ação por uma Aliança desesperada e sem conhecimento do que fazer diante de tamanha ameaça. Pudera: logo no primeiro instante do jogo, as colossais “naves vivas” chegam à Terra, matando inocentes aos montes em questão de minutos. Sua missão: levar Shepard a todos os cantos da galáxia e além, unificando raças outrora em guerra contra um perigo em comum, já que, sozinhas, nenhuma delas pode fazer frente ao poderio bélico dos Reapers. O ponto-chave aqui é jogado no colo do usuário a todo momento: o poder de decisão que você tem foi deveras amplificado pela BioWare, e uma simples conversa pode resultar no apoio de uma raça ou o total desprezo dela à sua causa. PODER DE DECISÃO Destaque para o Geth, uma inteligência artificial coletiva que está sob controle dos Reapers. Você pode ajudá-los a se livrar desse controle, mas fazendo isso, sacrificará toda uma outra raça no processo. Tudo vai depender da estratégia que você prefere seguir: poderio tecnológico ou supremacia em números? Você prefere ser um diplomata e dialogar ou pensar como um general e disparar duas armas contra qualquer obstáculo? No que tange à jogabilidade, Mass Effect 3 conta com o mesmo esquema de seus predecessores: você corre, encontra cobertura, e parte para o combate de forma ponderada, estratégica. Se tem algo que a BioWare não deu espaço aqui é o chamado “complexo de Rambo” de alguns jogadores: se você sair atirando em tudo o que se move, sem direcionar seus parceiros e bolar estratégias, a aprimorada inteligência artificial de seus inimigos dará fim à sua missão nos primeiros minutos de jogo. Uma adição interessante: no combate corpo-a-corpo, Shepard antes contava apenas com coronhadas de suas armas. Agora, sua omni tool também se projeta no opo- CRESÇA E APAREÇA O peso de suas decisões, aliado à exploração do jogo, aumenta mais e mais seu percentual de “prontidão galáctica”, um tipo de métrica que determina se sua aliança pode encarar os Reapers em igualdade, ou se, apesar de todos os seus esforços, seus novos amigos ainda não podem bater essa colossal ameaça. E isso é determinante no final do jogo: múltiplas pos- sibilidades de dar um fim à aventura, dando tudo muito certo, muito errado, ou um meio termo. Aliás, é fato que a controvérsia gerada em cima do final do jogo tem seu fundo de verdade: em todas as versões, o endgame é um tanto cru frente ao desenrolar da trama até este ponto. Porém, é um final que serve muito bem à sua proposta. Na boa, fãs que “obrigaram” a BioWare a mudá-lo simplesmente porque não gostaram precisam crescer... PARTIDAS ONLINE Apesar de ser quase totalmente focado em modo Campanha, Mass Effect 3 também conta com partidas multiplayer aos moldes do Horde Mode, de Gears of War. Puristas não precisam se preocupar, porém, já que o modo Campanha e o modo Multiplayer, embora conectados, são exclusivos: você não precisa jogar os dois para ter toda a experiência do jogo. Entretanto, trophy whores e achievement whores deverão trilhar ambos para coletar mais conquistas em sua rede online. É seguro dizer que Mass Effect 3 é espetacular. Sua história já era densa e a adição de mais elementos de RPG na interação entre personagens coloca ainda mais peso no resultado final de sua aventura. Ao mesmo tempo em que responde muitas perguntas, o jogo nos dá indícios de que talvez a BioWare ainda não tenha usado todos os seus recursos na franquia. É o típico gostinho de “quero mais” que você tem quando termina uma aventura bem construída. > Rafael Arbulu REVIEWS REVIEWS Cenas de Mass Effect 3: possibilidades são quase infinitas Plataforma: PS3, X360 nente, no formato de uma faca energética. Claro, é um recurso emergencial, mas serve muito bem tanto para despachar inimigos mais fracos sem gastar munição, como para afastar adversários mais poderosos que chegam perto demais. Isso, aliado à exploração dos cenários bem abertos e à multitude de caminhos e itens a serem descobertos, torna o combate físico do jogo uma verdadeira experiência de guerra. Exploração essa, aliás, que extrapola as zonas de guerra e também se faz presente ao pilotar sua nave, a Normandy SII. Você viaja por galáxias em busca de recursos para ajudar na guerra. Com um botão, você manda um tipo de pulso que pode ou não identificar sinais de material que você pode coletar. Mas existe uma contra-medida: a cada pulso emitido, os Reapers ficam mais e mais cientes da sua presença no local. Quando uma barra na tela se encher, é hora de correr. Reapers entrarão no sistema estelar por diversos cantos e, se um deles te pegar, é Game Over. Nessas horas, os recursos encontrados que se danem: volte para buscá-los depois. REVIEWS REVIEWS ANGRY BIRDS SPACE A Plataforma: PC, iOS, Android Desenvolvedora: Rovio Mobile Editora: Rovio Mobile Gênero: Puzzle Lançamento: 22/3/2012 Sinopse: Os pássaros raivosos têm a missão de destruir porcos ladrões de ovos no espaço Melhor: A mecânica das gravidades Pior: Os detritos espaciais corroem a paciência de qualquer um 8,5 ngry Birds está para os jogos mobile da mesma forma que Super Mario Bros. está para o gênero de plataforma. Não à toa, Angry Birds Space, o quarto título da série, bateu o recorde de 10 milhões de downloads em menos de três dias. É um fenômeno cultural que em breve ganhará uma série animada, que tem previsão de estreia para o último trimestre do ano, com 52 episódios de dois a cinco minutos por temporada e distribuição digital nos dispositivos mobile. Os mais ousados já apontam a marca – que até loja própria possui – como uma mostra do que está por vir em termos de games e conteúdo: distribuição digital, sem restrição de plataforma. Quem jogou o Angry Birds original deve ter imaginado uma forma de reinventar a mecânica de sucesso que envolve atirar pássaros de mau humor em porcos ladrões de ovos. Angry Birds Seasons e Angry Birds Rio apostaram em mudanças na ambientação e altas doses de piadas para se renovarem. Não conseguiram. A Rovio quebrou a cabeça e decidiu levar tudo para o espaço neste quarto jogo, e o resultado veio em forma de jogabilidade mais afinada e complexa, um novo pássaro e muito mais diversão. A trama continua a mesma e envolve porcos roubando ovos e pássaros kamikazes em busca de vingança, mas tudo o mais é diferente, sem mudar uma pena da essência da série. O modo como a Rovio aprofundou os elementos do jogo é a grande surpresa aqui. O objetivo ainda é acertar os porcos com o lançamento mais perfeito possível, mas tudo muda agora que os porcos muitas vezes estão dentro de planetas, com força gravitacional própria e detritos espa- ciais para complicar tudo. Com essas novidades, os tiros se tornam muito mais variados. Não existe mais o tiro perfeito, existe o tiro bem calculado. Um pássaro às vezes viaja pela gravidade de três planetas de forma arrojada antes de atingir um porco. Ou simula uma entrada gravitacional e roda em volta de um planeta até acertar o alvo. Aprender a lidar com a gravidade – e ter paciência e sorte nas fases cheias de lixo espacial – é a chave da vitória no jogo. Existem ainda alguns segredos que arrancarão sorrisos dos jogadores mais velhos. O principal deles são os eggsteroids, níveis secretos com uma ambientação própria. Um deles recria o mundo de Mario Bros., enquanto outro referencia Space Invaders. Genial. Há muito mais para se falar: seus 60 níveis, o pássaro de gelo que congela o que toca e os gráficos lindíssimos. Mas basta dizer que Angry Birds Space tem porte de clássico que será lembrado por décadas. Se depender dele, o futuro do mobile está garantido. > Filipe Siqueira FIBBLE F ibble é um jogo para plataformas mobile que tem tudo para te surpreender. A surpresa inicial sem dúvida se dá no momento em que sabemos que a desenvolvedora do game é ninguém menos que a Crytek. Sim, a mesma dos arrasa-quarteirões Crysis. A segunda e ainda mais agradável surpresa vem ao darmos início à jornada do pequeno e simpático Fibble. Após um acidente com sua nave, Fibble e seus amigos acabam caindo no planeta Terra, mais especificamente dentro de uma casa. Agora, cabe ao destemido alienzinho se aventurar pelos ambientes dessa casa resgatando seus colegas para partirem em paz. Usando e abusando dos recursos de acelerômetro e da tela de toque das plataformas, sua missão é conduzir o pequeno alien laranja por 30 níveis, superando obstáculos pelo caminho. São quatro ambientes e, a cada novo ambiente explorado, você se reencontra com um de seus amigos, tornando-os aliados. A mecânica é intuitiva: com o dedo, basta impulsionar Fibble dentro do percurso planejado e interagir com alguns itens na tela. É possível realizar a tarefa de forma simples (levando Fibble do ponto A ao ponto B) ou de forma complexa (coletando tudo que aparecer no caminho). Os amigos são aquela mão na roda no momento em que obstáculos mais complexos aparecem, como plataformas ou desvios. Cada um deles tem uma característica diferente, te fazendo pensar na combinação estratégica para cumprir cada percurso. Plataforma: iPod, iPhone, iPad Desenvolvedora: Crytek Editora: Crytek Gênero: Puzzle Lançamento: 27/3/2012 Os controles amigáveis se tornam receptivos a qualquer tipo de jogador, mas especialmente aos que curtem uma jogatina casual. É fácil pegar o jeito e buscar maiores desafios, como por exemplo no desbloqueável nível expert. Com uma mecânica simples e divertida, Fibble ainda merece destaque em seu visual rico em cores e detalhes, mas suficientemente claro para não gerar confusão; além disso, o som do game acompanha o ritmo leve do jogo. Pronto para receber novatos que curtam um bom passatempo ou veteranos – que poderão ter sua memória afetiva acionada graças ao clássico Toe Jam & Earl – Fibble é como o próprio protagonista do game: simpático e divertido, uma grande surpresa. Sinopse: Fibble e seus amigos caem no planeta Terra e devem se reunir para voltar para casa Melhor: Visual bacana e quebracabeças na medida Pior: Os loadings um pouco extensos 8,5 > Renato Almeida Confira na EGW 126 que está nas bancas outros reviews: Journey, Silent Hill Downpour, Street Fighter x Tekken, Fifa Street, Mario Party 9, Binary Domain e muitos outros. PRÓXIMOS LANÇAMENTOS OS MAIS VENDIDOS NO BRASIL MERCADO PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DE MAIO/2012 Data Título Plataforma Editora 1 Tera PC EnMasse 3 Sniper Elite V2 X360, PS3 505 Games 1 Metro 2033 X360 8 Starhawk PS3 Sony 2 The Sims 3: Showtime PC 15 Test Drive: Ferrari Racing Legends X360, PS3 Atari 15 Battleship X360, PS3, Wii, 3DS Activision 3 UFC Undisputed 3 PS3 15 Diablo III X360, PS3, PC Blizzard 4 Mortal Kombat Komplete Edition PS3 15 Max Payne 3 X360, PS3, PC Rockstar 5 Mario Party 9 Wii 15 Game of Thrones X360, PS3, PC Atlus 6 Batman: Arkham Asylum PS3 16 Sonic the Hedgehog 4: Episode II X360, PS3, PC Sega 7 22 Sorcery PS3 Sony God of War III PS3 22 Risen 2: Dark Waters PS3 Deep Silver 8 Mass Effect 3 PS3 22 Dragon’s Dogma X360, PS3 Capcom 9 Sonic Free Riders X360 22 M.I.B. Men in Black: The Videogame X360, PS3, Wii, 3DS Activision 10 Grand Theft Auto 4 X360 22 Tom Clancy’s Ghost Recon: Future Soldier X360, PS3, PC, DS Ubisoft 29 Resistance: Burning Skies PSV Sony 30 Retro City Rampage X360, PS3, Wii, PC, PSV Vblank • Spellforce 2: Faith in Destiny PC Dreamcatcher • Damage Inc. Pacific Squadron WWII X360 Mad Catz PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DE JUNHO/2012 UFC 3 Undisputed: o destaque do mês 1 UFC Undisputed 3 PS3 1 UF Undisputed 3 PS3 1 Gears of War 3 X360 2 Dance Central 2 X360 2 Batman: Arkham Asylum PS3 2 Kinect Sports X360 3 Super Mario 3D Land 3DS 3 The Sims 3: Showtime PC 3 Dance Central X360 Data Título Plataforma Editora 4 UFC Undisputed 3 X360 4 The Sims 3: Suítes de Luxo PC 4 Kinect Joyride X360 5 Inversion X360, PS3 Namco Bandai 5 Just Dance 3 X360 5 Resident Evil 5 X360 5 Gears of War 2 X360 12 End of Nations PC Trion 6 Call of Duty: Modern Warfare 3 PS3 6 The Sims 3 PC 6 12 Lollipo Chainsaw X360, PS3 Warner Forza Motorsport 3 X360 15 Madagascar 3: The Video Game X360, PS3, Wii, PSV, 3DS D3 7 Batman: Arkham Asylum PS3 7 Dance Central 2 X360 7 Kinectimals X360 19 Steel Batallion: Heavy Armor X360 Capcom 8 Call of Duty: Modern Warfare 3 X360 8 Kinect Sports Season 2 X360 8 God of War 3 PS3 19 Clan of Champions X360, PS3 NIS 9 Kinect Sports Season 2 X360 9 World of Warcraft PC 9 Killzone 2 PS3 19 Lego Batman 2: DC Super Heroes X360, PS3, Wii, PSV, 3DS Warner 10 World of Warcraft PC 10 Final Fantasy XIII-2 PS3 10 Pro Evolution Soccer 2011 PC 26 Spec Ops: The Line X360 2K 26 Darksiders II X360, PS3, WiiU THQ 26 Sniper: Ghost Warrior 2 X360, PS3 City Interactive 26 The Amazing Spider-Man X360, PS3, Wii, 3DS Activision 30 Combat Wings: The Great Battles of WWII X360, PS3, Wii City Interactive 1 Kinect Sports X360 1 Gran Turismo 5 PS3 1 Gran Turismo 5 PS3 • Dust 514 PS3 Sony 2 Gears of War 3 X360 2 Resident Evil 5 PS3 2 Resident Evil 5 X360 • Magna Mundi PC Paradox Interactive 3 Uncharted 3: Drake’s Deception PS3 3 Resident Evil 5 X360 3 Resident Evil 5 PS3 • Phantom Breaker X360 7sixty 4 Assassin’s Creed Revelations PS3 4 God of War III PS3 4 Pro Evolution Soccer 2011 PS3 • Warlock: Master of Arcane PC Paradox Interactive • Tony Hawk’s Pro Skater HD X360, PS3 Activision 5 Assassin’s Creed Revelations X360 5 Pro Evolution Soccer 2011 PS3 5 God of War III PS3 • Sid Meier’s Civilization V: Gods & Kings PC 2K 6 Forza 4 X360 6 Grand Theft Auto IV PS3 6 Uncharted Dualpack PS3 • Jet Set Radio X360, PS3, PC Sega 7 Dance Central 2 X360 7 Uncharted Dualpack PS3 7 Grand Theft Auto IV X360 • Brave: The Videogame X360, PS3, PC, DS Disney 8 Batman: Arkham City PC 8 God of War Collection PS3 8 Grand Theft Auto IV PS3 • Sly Cooper: Thieves in Time PS3 Sony 9 Battlefield 3 PS3 9 Grand Theft Auto III PS2 9 Pro Evolution Soccer 2012 X360 10 Need for Speed: The Run PS3 10 Grand Theft Auto IV X360 10 Uncharted 3: Drake’s Deception PS3 (•) Dia exato não confirmado oficialmente. A agenda não contempla todos os lançamentos programados, apenas parte deles. Todas as datas indicadas são do lançamento no exterior (que pode servir de referência para disponibilidade no Brasil). As datas de lançamento são informadas pelas próprias publishers/editoras e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. A EGW não tem responsabilidade sobre as mudanças de datas de lançamentos. 92 • > RANKING As informações sobre o ranking foram fornecidas pelas próprias empresas com base em suas vendas unitárias dos dois últimos meses. A revista EGW não tem qualquer responsabilidade sobre os números informados. MERCADO > AGENDA DIABLO III Passados 11 anos, a Blizzard finalmente lança a continuação de Diablo II. Assombrado pelo fantasma do seu incrível antecessor, Diablo III passou por diversas modificações, adiamentos e reformulações para ser um episódio único. Descubra o que há de novo no game que promete ser o mais incrível já lançado pela Blizzard > Lucas Patricio Plataforma: PC Desenvolvedora: Blizzard Editora: Blizzard Lançamento: 15/5/2012 Q uanto tempo uma série precisa para ser reinventada? Quanto tempo é necessário para produzir uma continuação de um dos mais aclamados e influentes jogos de todos os tempos? A Blizzard já está acostumada com a pressão de, constantemente, desafiar a si própria. Só que o desafio dessa vez talvez seja o maior que a empresa já encarou: superar o incrível Diablo II. Por que Diablo III demorou tanto para ser lançado? Essa é a principal pergunta dos fãs e a primeira que fizemos para Kevin Martens, diretor de conteúdo e design de Diablo III, que chega após um hiato de mais de uma década sem lançamentos da franquia. “Não queríamos que o jogo se parecesse com uma expansão de Diablo II, por isso começamos a produção do zero algumas vezes para garantir que esse fosse um game único”, confessou-nos. É muito clara a preocupação da Blizzard em criar um jogo que fale por si próprio e não viva nas sombras de seu antecessor. Diablo III só não foi o mais longo projeto da Blizzard porque a empresa já pegou o costume de demorar anos em seus produtos – em compensação, sempre lança verdadeiras obras de arte. Diablo III foi mostrado pela primeira vez em 2008 e, desde então, passou por diversos adiamentos e problemas internos de produção. Alguns membros do time saíram e criaram polêmica dizendo que “a Blizzard está destruindo a série”. O que é verdade, o que é mito e o que é Diablo III? É o que nós vamos conferir juntos agora. COLORIDO E OBSCURO “Esse é o jogo mais bonito que já produzimos. Estamos muito orgulhosos!”, disse Martens várias vezes durante nossa entrevista. A confiança do produtor tem motivo: Diablo III esconde muitas surpresas por trás das polêmicas imagens que rodaram a internet e foram fortemente criticadas pelo “excesso de cor”. momento. Não é fácil criar um sucessor para um jogo tão emblemático e que é guardado com carinho nas saudosistas memórias dos jogadores, que hoje acreditam que nada pode superar aquilo que jogaram quando eram 11 anos mais novos e inexperientes. Para entender o verdadeiro valor de Diablo III, no entanto, é preciso ir além das memórias afetivas e compreender as mudanças do mercado e dos jogos em geral. Com isso em mente, nos aprofundamos no universo criado pela Blizzard. Claro, ainda se trata de um legítimo Diablo. Exploração de calabouços, caça de itens e visão por cima da cabeça são características que continuam exatamente da forma como a série foi concebida, lá atrás em 1996. O principal é que a motivação continua a mesma: lutar com inimigos para descobrir os mistérios de uma história muito bem narrada e coletar os melhores equipamentos possíveis. É impressionante como, mesmo após tantos anos, ainda dá aquele frio na barriga quando começamos a jogar Diablo! Explorar os lugares é tão legal quanto os combates Rei dos Esqueletos: um chefão bem chato Caçadora de Demônios: boa para combates à distância “Os jogadores estão se preocupando sem motivo”, disse Martens. “Avaliaram um jogo inteiro baseados em poucas imagens e informações disponíveis. Diablo III tem cenários muito obscuros, a variação é incrível e eu tenho certeza que os jogadores vão esquecer disso quando colocarem as mãos no jogo.” A polêmica visual de Diablo III, de fato, foi um exagero tremendo. Os cenários presentes no período da versão beta já mostravam uma ótima variação de localidades e estilos. O objetivo da Blizzard é criar uma pintura em movimento e ver Diablo III rodando nas configurações máximas prova que o objetivo foi alcançado. Animações leves, cenário integrado com o gameplay e um estilo único: o game impressiona em todos os seus quesitos técnicos. Os jogadores mais novos, nesse ponto, devem no momento estar estranhando o foco nessas questões e não no jogo em si. É importante ressaltar que o sucessor de Diablo II foi e será testado a todo o Confira a matéria completa e a entrevista com o produtor Kevin Martens na EGW 126 que está nas bancas Parece até um Druída, mas não é bem assim... Você já viu o trailer de Diablo III em em português? Clique aqui e veja, ora bolas! Leia também na revista EGW nº 126: GRÁTIS: POSTER STAR WARS KINECT DIABLO III Depois de 11 anos em desenvolvimento, jogo fica completamente novo e produtor explica uma a uma das principais mudanças. JOGOS EM 3D Testamos os 15 melhores games em 3D e contamos as vantagens e desvantagens de cada um deles. GAMEWORLD 2012 Especial de 13 páginas cobre todos os detalhes da maior festa dos games do Brasil. Fotos, números e entrevistas com tudo que rolou em São Paulo. ARMAS DA CAPCOM Resident Evil 6, Lost Planet 3, DmC - Devil May Cry e Street Fighter x Tekken: fomos à Roma conferir de perto (e jogar!) as armas da Capcom para o resto deste ano. LEAGUE OF LEGENDS MMO se prepara para desembarcar no Brasil contratando brasileiros para trabalhar no projeto. Quer se candidatar? PREVIEWS SimCity, Medal of Honor: Warfighter, Sleeping Dogs, Borderlands 2. REVIEWS Journey, Mass Effect 3, Resident Evil: Operation Raccoon City, Silent Hill: Downpour, Asura’s Wrath, Street Fighter x Tekken, Fifa Street, Binary Domain, Angry Birds Space, Fibble, PES 2012 3DS. SITE OFICIAL FACEBOOK TWITTER Esta EGW Express é um aperitivo para o que você vai encontrar na edição deste mês da revista EGW nº 126, que já está nas bancas: são 100 páginas com muita informação, entrevistas e artigos bacanas sobre o mundo dos games.