club sportivo sergipe
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CLUB SPORTIVO SERGIPE “O DERRUBADOR DE CAMPEÕES” “O GIGANTE RUBRO” Clube sem briga ainda vai nascer... O COTINGUIBA não foi uma exceção. Quando de sua fundação houve a tradicional “cisão” entre os fundadores. Causas: o nome e as cores. Um grupo queria as cores azul e branca, e o nome COTINGUIBA. O outro grupo só aceitava as cores vermelha e branca, e o nome SERGIPE. Graças a Deus, a turma do “deixa-disso” fracassou e, em 17 de outubro de 1909, dias após a fundação do COTINGUIBA, em reunião realizada na Rua da Aurora, hoje Ivo do Prado e mais conhecida como Rua da Frente, no trecho compreendido entre as ruas Senador Rollemberg e Riachuelo, reuniram-se: JOCELI MENESES, TANCREDO CAMPOS, HEMETERIO GOUVEIA, ADALBERTO MONTEIRO, JOSE VITOR DE MATOS, EUCLIDES PORTO e AMÉRICO SILVA e fundaram o CLUBE DE FUTEBOL SERGIPANO. Mas... clube sem briga ainda vai nascer... Dias depois o CLUBE DE FUTEBOL SERGIPANO dissolveu-se. Foram criadas duas alas: uma voltou para o COTINGUIBA e a outra fundou u CLUB SPORTIVO SERGIPE. No SERGIPE ficaram: OTACYANO MATOS, IRINEU SILVA, ARNAUD SILVA e FRANCISCO BESSA. Este último ficou no SERGIPE, enquanto que, seu irmão ANTONIO, foi para o COTINGUIBA. Brigavam a Bessa. Afinal, eram descendentes diretos de Gumercindo Bessa. A primeira Diretoria do SERGIPE ficou assim constituida: PRESIDENTE >>>>>>>>>>>>>> Tancredo Campos VICE >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> José Vitor de Matos 1º SECRETÁRIO >>>>>>>>>>>> José Couto Farias 2º SECRETÁRIO >>>>>>>>>>>> Adalberto Monteiro TESOUREIRO >>>>>>>>>>>>>> José Fernandes de Oliveira ORADOR >>>>>>>>>>>>>>>>>> Hemetério Gouveia DIRETOR DE REGATAS >>>>>> Américo Silva O primeiro troféu ganho pelo Sergipe foi em famosa regata disputada no rio Sergipe, em comemoração à Batalha Naval de Riachuelo, em 11 de junho de 1910. Barco Vencedor: “NEREIDA”. Guarnição: AMÉRICO SILVA, JOCELI MENESES, EUCLIDES PORTO E JOSÉ COUTO FARIAS. O JEFERSON SILVA, figura apaixonada pelo Sergipe, fez uma carta ao Dr. ARNALDO GUINLE, de quem era muito amigo, solicitando uma ajuda financeira. O GUINLE, riquíssimo já àquela época, fez a doação de cinco contos de Reis. Outra doação, esta mais significativa, o terreno para a sede, foi feita pelo italiano residente em Aracaju, NICOLA MANDARINO. Ficava localizado à Av. Ivo do Prado (Rua da Frente), entre a Rua de Campos e a Praça Getúlio Vargas. Segundo me declarou o meu amigo ROBERTO NEVES, ex-Presidente do SERGIPE, os grandes beneméritos são: CONSTÂNCIO VIEIRA, ALCEBÍADES PAES, JOÃO HORA DE OLIVEIRA, PÉRICLES HORA, AUGUSTO CONCEIÇÃO, JOSÉ ESTEVES DE FREITAS, OTACYANO MATOS, ZOROASTRO RODRIGUES, FERRAZ ÁLVAREZ e JOÃO BEZERRA. Alguns destaques do plantel: J. de Jesus, Acácio, Gringo, Djalma, Ecinho, Gordinho, Zeca Tênis (Tênnyson ?), Tutu, Hamilton, Chequinho. Entre os "rubros", quando discutem sobre seus maiores atletas do passado, estão sempre: REMADOR, JOSÉ ESTEVES DE FREITAS, ZECA TENNYSON (Tênis ?) e ROQUE, os dois últimos ligados ao futebol. As mais significativas vitórias do Sergipe foram, segundo ainda o ROBERTO NEVES: 1926 - SERGIPE 1 X 0 SELEÇÃO DO CEARÁ 1936 - SERGIPE 4 X 2 BOTAFOGO (Campeão Baiano) 1940 - SERGIPE 3 X 1 SELEÇÃO DE ALAGOAS 1942 - SERGIPE 8 X 4 VITÓRIA (da Bahia) Foi após estas vitórias que Sergipe passou a ser chamado "DERRUBADOR DE CAMPEÕES". Foi o primeiro clube sergipano a enfrentar uma equipe carioca, o América. O primeiro clube profissional em nossa terra. TÍTULOS ESTADUAIS No período amadorista: 1922, 1924, 1927, 1928, 1929 (TRI), 1940, 1943, 1955 (Primeiro Centenário de Aracaju). No período Profissional: 1961, 1964, 1967, 1970, 1971, 1972 (TRI), 1974, 1975 (BI). Campeão do Primeiro Centenário de Maceió, em 1939. Campeão da Cidade: 1939, 1945, 1960 e 1962. Campeão da Taça Sergipe-Alagoas em 1965 e 1968. Campeão do Torneio de Verão - 1970 Campeão da Taça “DINHO MELO” - 1962 Campeão da Taça “LOURIVAL BAPTISTA” - 1967 Participou dos Campeonatos Nacionais em 1972, 1973 e 1975. A esta altura lembrei-me de ISAAC, dono do Bar e Restaurante “BOSSA NOVA” quando gritava, rubro de coração e entusiasmo: “O SERGIPE é o único clube sergipano que disputou uma partida internacional. E mais - acrescentava o ISAAC, ajeitando a camisa, puxando a bainha para baixa - venceu de 3 a 1. Foi a Seleção Argentina de Novos”. Retira-se Isaac com um dar de vitória, para retornar logo em seguida, deixando o freguês esperando o troco junto à Caixa. Grita:" - E mais... quebrou a invencibilidade do Bangu, por 2 a 0, em 1967". Segundo informações colhidas em meio aos admiradores do “DERRUBADOR DE CAMPEÕES”, a Revista Placar fez uma pesquisa na qual ficou comprovada que o SERGIPE é possuidor da maior massa de torcedores do Estado, aproximando-se dos 70%. Por outro lado, detém a maioria de Taças, Troféus e Títulos do Estado. Atualmente, o SERGIPE tem o Estádio “JOÃO HORA DE OLIVEIRA”, com capacidade para 15.000 "sofredores” e possui uma área de 70.000m2 no Bairro Siqueira Campos. Por ocasião das comemorações do cinquentenário do SERGIPE, o Poeta FREIRE RIBEIRO escreveu a letra do Hino Comemorativo do evento. Hoje é o HINO OFICIAL DO CLUB SPORTIVO SERGIPE - “O DERRUBADOR DE CAMPEOES”. Extraído do Livro CALEIDOSCÓPIO. Alencar Filho. RESUMO DA HISTÓRIA DO CLUB SPORTIVO SERGIPE Viana Filho O Club Sportivo Sergipe, foi fundado no dia 17 de outubro de 1909, surgiu ele, uma semana depois do primeiro Clube esportivo de Aracaju – o Cotinguiba Esport Club – dedicado exclusivamente aos esportes náuticos. Existe até hoje uma versão de que o Sergipe nasceu de uma facção do Cotinguiba, que, contrariada com o nome dado a este Clube, em homenagem ao rio que banha a Capital Sergipana, resolveram imediatamente convocar os “dissidentes” para fundarem outro clube, com o verdadeiro nome do rio que é, realmente, “Sergipe”. Entretanto, embora pareça lógica esta versão, as minuciosas pesquisas (inclusive o testemunho de um dos fundadores do C. S. Sergipe, o Sr. JOSÉ COUTO DE FARIAS) não comprova este fato. A verdade é que havia a necessidade de outro clube de regatas a fim de que este esporte se desenvolvesse entre aqueles jovens ávidos de emoções novas e desejosos de utilizar o leito de um rio tão propício às disputas de um esporte que aprenderam a gostar, quando em contatos no Sul do País. Assim, comandados por Adalberto Ribeiro Monteiro e mais Euclides Porto, Adalgiso Rosal, José Couto de Farias, Tancredo de Souza Campos, Américo Silva, Francisco Bessa e outros que a história não registrou, reuniram-se no dia seguinte da fundação do Cotinguiba, ao meio dia do 11 de outubro, na Sede da Associação Comercial e deliberam que, no domingo seguinte, dia 17, seria fundado o Club Sportivo Sergipe. E foi o que aconteceu! Novamente no mesmo horário, e no mesmo local anterior, aquele grupo de jovens idealistas fundavam o Clube cujas cores representavam vigor, vontade de vencer, de progredir. Sua diretoria foi assim organizada: PRESIDENTE: Tancredo Souza Campos; VICE- PRESIDENTE: José Victor de Matos; 1º SECRETÁRIO: José Couto de Farias; 2º SECRETÁRIO: Adalberto Ribeiro Monteiro; TESOUREIRO: José Fernandes de Oliveira; ORADOR: Hemetério Gouveia; DIRETOR DE REGATAS: Américo Silva. Na Comissão Fiscal figuravam os Srs. Dr. Alexandre Lobão, Cel. Terêncio Sampaio, e Jucundino Souza Filho. Como Presidente de Honra foi escolhido o Coronel Lourenço Pinto Monteiro. Nascia naquele momento o CLUB SPORTIVO SERGIPE, cujo destino histórico o tornaria o maior Clube Esportivo do Estado. A turma rubra não perdeu tempo entrando logo em ação, encomendando barcos, arrumando local para a Sede, angariando novos sócios e levantando fundos financeiros para a efetivação dos planos. Os frutos não tardaram a aparecer: em janeiro de 1910 era “batizado” o primeiro barco rubro. Em 08 de janeiro do ano seguinte, debaixo de muito entusiasmo e muitas festas inaugurava-se a Sede do Sergipe. Era apenas uma pequena garagem, construída no bairro da fundição (atual av. Ivo do Prado) às margens do rio Sergipe. Na primeira disputa náutica-realizada no dia 11 de junho de 1910, o clube rubro foi o vencedor, diante do Cotinguiba. O feito foi entusiasticamente comemorado com festas e champanhe! Este foi o início de muitas outras conquistas do C. S. Sergipe em memoráveis disputas de regatas com o alviazul, que arrastavam multidões à antiga rua da Frente. Em meados de 1916 surgia o futebol. Inicialmente foi praticado pelos sócios do Sergipe e Cotinguiba sem distinção clubística, em animados treinos realizados pelos “Team Greem” e “Team Black” num campo improvisado da Praça Pinheiro Machado. Somente no final do ano é que oficialmente, os dois clubes resolveram adotar o esporte bretão que transformaria rapidamente o clube rubro no mais popular entre todos e, disparadamente, o de maior número de conquistas. A trajetória futebolística do Club Sportivo Sergipe envolve dezenas de campeonatos conquistados, triunfos em torneios locais e interestaduais, vitórias memoráveis sobre campeões de futebol de outros Estados e troféus valiosíssimos. Pelas suas equipes de futebol já passaram craques de renome em todo Estado e além fronteiras, principalmente na Bahia, que na década de 1940 se alimentava dos nossos craques (naquela época, simples amadores). Do Sergipe brilharam – entre outros – no futebol baiano: Zé Grilo, Zaluar, Pirricha, Dário, Arnaldo e Gringo (este imediatamente negociado com o Flamengo do Rio). O Sergipe em grande parte de sua vivência no futebol manteve equipes poderosas, repletas dos melhores craques do Estado. As Seleções Sergipanas que participaram dos Campeonatos Brasileiros de 1928 a 1934 tinham como base o time rubro. Entre os triunfos memoráveis do Sergipe, destacam-se a vitória de 1 x 0 sobre a Seleção do Ceará (1926), 4 x 2 sobre o Botafogo - Campeão Baiano (1936), 3 x 1 sobre a Seleção de Alagoas (1940), a histórica goleada imposta ao Vitória da Bahia por 8 x 2 (1942), 2 x 0 sobre o Bangu, Campeão Carioca (1967) e a vitória Internacional sobre a Seleção de Novos da Argentina por 3 x 1 (1968), no primeiro jogo deste gênero em Sergipe. O Sergipe é o único clube sergipano com o batismo em jogos internacionais até o momento: além da Seleção de Novos da Argentina, enfrentou o Sparta da Tchecoslováquia, Alianza de Lima (Peru) e a Seleção de Ghana (África). Foi o primeiro clube do Estado a participar do Campeonato Nacional (1972), integrado pela nata do futebol Brasileiro. O Sergipe também é o único clube que participou de todos os campeonatos oficiais, desde o primeiro, em 1918, foi também o clube rubro o primeiro a organizar oficialmente uma seção de futebol juvenil (em 1937). Atualmente, o departamento de “Juniores” do clube tem merecido atenção especial dos seus dirigentes, colhendo com isto revelações de autênticos craques para o futebol profissional como Joãozinho, Paulinho, Gena, Sandoval, Elenilson, Alex, Lêniton e outros mais. O patrimônio físico do Sergipe é o maior do Estado. Na sua imensa área, localizada no bairro Siqueira Campos, consta um estádio (ainda incompleto) para mais de 10 mil pessoas, piscinas, concentração para atletas, salão de festas e outras dependências que ganharam impulso graças ao dinamismo do seu atual Presidente, Sr. ANTÔNIO SOARES DA MOTA, cuja meta principal é entregar o mais breve possível à torcida rubra este complexo esportivo-social. É esta, em resumo, a história do CLUB SPORTIVO SERGIPE, que, graças à imensa grandeza alicerçada em 85 anos de vida, representa a própria história do futebol sergipano. TÍTULOS CONQUISTADOS REMO – Campeão Sergipano – 1911, 1913, 1916, 1919, 1922, 1929, 1939, 1940, 1941, 1942, 1943, 1944, 1946 (a partir de 1950, não foi mais disputado oficialmente o Campeonato desta Modalidade). FUTEBOL – Campeão Sergipano – 1922, 1924, 1927, 1928, 1929, 1932, 1933 (Haxa-Campeão, pois nos anos de 1925, 1926, 1930 e 1931 não houve campeonato), 1937, 1940, 1943, 1955, 1961, 1964, 1967, 1970, 1971, 1972 (1º Tri-Campeonato Profissional), 1974, 1975 (Bi-Campeão), 1982, 1984, 1985 (BiCampeão), 1989, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996 (Hexa-Campeão), 1999. Campeão da Cidade em 1939, 1945, 1960 e 1962. Torneio início de futebol, 1921, 1942, 1946 e 1963 (a partir de 1968 este torneio deixou de ser realizado). Campeão do Centenário de Maceió em 1939. Campeão da Taça Sergipe Alagoas em 1965. OS PRESIDENTES DO CLUB SPORTIVO SERGIPE Foram quase cinqüenta abnegados que aceitaram a incumbência de dirigir os destinos do Clube Rubro. A grande maioria deles, contando com o imprescindível apoio dos componentes de suas diretorias, foram responsáveis por esta trajetória de conquistas do “mais querido”. Entretanto alguns se destacaram pelo denodo e abnegação com que abraçaram as causas do Clube: Alcebíades Paes, Nino Porto, Hormindo Menezes, Jéferson Silva, João Bezerra, Péricles Hora, Robério Garcia, Eduardo Abreu e os notáveis Zoroastro (Zozó) Rodrigues, João Hora de Oliveira e, atualmente, o incansável ANTÔNIO SOARES DA MOTA, que dirige o Gigante Rubro desde 07 de abril de 1980. OS PRESIDENTES DO CLUB SPORTIVO SERGIPE Foram quase cinqüenta abnegados que aceitaram a incumbência de dirigir os destinos do Clube Rubro. A grande maioria deles, contando com o imprescindível apoio dos componentes de suas diretorias, foram responsáveis por esta trajetória de conquistas do “mais querido”. Entretanto alguns se destacaram pelo denodo e abnegação com que abraçaram as causas do Clube: Alcebíades Paes, Nino Porto, Hormindo Menezes, Jéferson Silva, João Bezerra, Péricles Hora, Robério Garcia, Eduardo Abreu e os notáveis Zoroastro (Zozó) Rodrigues, João Hora de Oliveira e, atualmente, o incansável ANTÔNIO SOARES DA MOTA, que dirige o Gigante Rubro desde 07 de abril de 1980. DOS ARQUIVOS DE VIANA FILHO Aracaju (SE), 02 de maio de 1994.