novena à divina misericórdia

Transcrição

novena à divina misericórdia
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Imagem da capa do livro: Jesus Misericordioso, de Eugeniusz Kazimirowski, 1934.
Imagem venerada no Santuário da Divina Misericórdia, Vilna (Vilnius), Lituânia.
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ÍNDICE
Introdução ............................................................................................................................... 4
As promessas de Jesus Misericordioso ............................................................................. 11
O Terço da Divina Misericórdia ........................................................................................ 14
Novena à Divina Misericórdia............................................................................................ 15
Ladainhas ............................................................................................................................... 20
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INTRODUÇÃO
DEVOÇÃO À MISERICÓRDIA DIVINA
Essência da devoção à Misericórdia Divina
A mensagem de Sta. Ir. Faustina traz novas formas à devoção à Misericórdia Divina. A sua
essência é a atitude de confiança para com Deus e de misericórdia para com o próximo.
Nesta devoção, a confiança é entendida como uma atitude interior em relação a Deus
que se exprime no cumprimento da Sua vontade. Uma tal atitude é composta por várias
virtudes, sendo as mais importantes a fé, a esperança e o amor, bem como a humildade e a
contrição. A confiança aumenta com o conhecimento do mistério do amor misericordioso de
Deus para com o homem. Não se trata de uma atitude emocional, de um sentimento ou de um
ato intelectual que reconhece a veracidade das revelações de Deus, mas sim de uma atitude de
toda a vida do homem para com Deus misericordioso, que se reflete no cumprimento da Sua
vontade. As palavras “Jesus, eu confio em Vós”, inscritas na legenda da imagem, são a verdadeira
resposta do homem ao conhecimento do mistério da Misericórdia Divina e à experiência dela na
sua própria vida.
A confiança consiste na essência da devoção à Misericórdia Divina de tal maneira que, sem esta
atitude, não se pode falar em culto à Misericórdia Divina tal como o desejou Nosso Senhor.
Todas as formas de culto apresentadas pela Ir. Faustina só serão um autêntico ato de devoção à
Misericórdia Divina e terão os frutos esperados (o cumprimento das promessas de Jesus, entre
outros) se provierem de uma atitude de confiança interior em Deus. A confiança é de tal modo
um ato essencial da devoção à Misericórdia Divina que, por si só, sem uma forma de culto
concreto, garante a obtenção de graças relacionadas com as promessas gerais associadas por
Jesus a esta devoção. “As graças da Minha misericórdia”, disse, “ colhem-se com o único vaso, que é a
confiança. Quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá” (Diário 1578).
A misericórdia para com o próximo é, a par com a confiança, o segundo elemento essencial
desta devoção. “Importa que ao próximo manifestes misericórdia sempre e em qualquer lugar”, Jesus
relembra o dever básico do cristão por meio da Ir. Faustina: “Não te podes furtar a isto, tentando
arranjar desculpas ou justificares-te. E indico-te três maneiras de exerceres a misericórdia para com o próximo: a
primeira - pela ação; a segunda - pela palavra; e a terceira - pela oração. Nestes três graus assenta a plenitude da
Misericórdia, pois constituem uma prova irrefutável do amor por Mim. É deste modo que a alma glorifica e
honra a Minha misericórdia” (Diário 742). Jesus deseja que aqueles que O adoram façam durante o
dia pelo menos um ato de misericórdia para com o próximo, que provenha do amor para com
Ele, através de boas obras, palavras ou oração. Explicou ainda que tem mais mérito a
misericórdia para com a alma e acrescentou que para isso não é necessário ter recursos materiais.
Todas as pessoas podem e devem testemunhar a misericórdia. Trata-se de uma exigência que o
Evangelho coloca a todos os batizados. Graças a isto, a devoção à Misericórdia Divina não tem
um caráter meramente devocional, mas é uma profunda forma de vida cristã.
A imagem da Misercórdia Divina
A sua origem encontra-se ligada às aparições que a Ir. Faustina teve na cela do convento de
Płock, no dia 22 de fevereiro de 1931. «À noite, quando me encontrava na cela», escreveu, «vi Jesus com
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uma túnica branca. A sua mão direita erguida para abençoar e a outra tangendo a veste junto ao peito. Do lado
entreaberto da túnica emanavam dois grandes raios de luz, um de tom vermelho e outro pálido (...).Passado um
instante, Jesus disse-me: Pinta uma imagem conforme a visão que te aparece com a inscrição: “Jesus, eu confio em
Vós”» (Diário 47).
A imagem apresenta Cristo crucificado e ressuscitado que, com o preço da sua Paixão, trouxe ao
homem a paz e a salvação pela remissão dos pecados e todas a espécie de graças e dons. Uma
característica desta imagem são os dois raios: o vermelho e o pálido. Quando lhe perguntaram
qual o seu significado, Jesus esclareceu: «Os dois raios representam o Sangue e a Água: o raio pálido
significa a água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas...» (Diário
299). Estes dois raios são acima de tudo os sacramentos. «Feliz aquele», disse Jesus, «que habitar ao
abrigo desta irradiação, porque a mão da justiça de Deus não o atingirá» (Diário 299). A resposta a estes
dons da Misericórdia Divina deve ser uma atitude de confiança, daí a imagem ter as seguintes
palavras: Jesus, eu confio em Vós. Esta imagem, que apresenta a misericórdia de Deus para com
o homem, é também um sinal que nos relembra do apelo do Evangelho a amar ativamente o
nosso próximo. Então, a veneração do quadro de Jesus Misericordioso consiste na oração
confiante aliada a atos de misericórdia para com o próximo.
A uma tal veneração da imagem, Jesus aliou promessas especiais. «Eu prometo que a alma que
venerar esta imagem não se perderá» (Diário 48) – disse Ele, ou seja, prometeu a salvação e também
grandes progressos no caminho da perfeição cristã - «Prometo ainda mais, a vitória sobre os inimigos já
aqui na Terra e especialmente à hora da morte» (Diário 48). Jesus não limitou a sua generosidade a
estas graças particulares, pois disse: «Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças à
Fonte da Misericórdia. Esse vaso é esta imagem com a legenda: “Jesus, eu confio em Vós”» (Diário 327). «Por
meio dessa imagem hei de conceder muitas graças às almas» (Diário 570).
A primeira imagem de Jesus Misericordioso foi pintada em Vilnius em 1934, no estúdio de
Eugeniusz Kazimirowski sob a orientação direta da Ir. Faustina. Foi exposta pela primeira vez à
veneração pública no santuário de Nossa Senhora da Misericórdia em Ostra Brama, na Lituânia,
no primeiro domingo a seguir à Páscoa, de 26 a 28 de abril de 1935. Hoje essa imagem é
venerada na igreja do Espírito Santo, em Vilnius.
No entanto, foi o quadro da autoria de Adolf Hyła que ficou famoso em todo o mundo,
oferecido à capela do convento de Cracóvia-Łagiewniki como ex-voto pela salvação da sua
família da guerra. Assim se deveriam cumprir as palavras de Jesus à Ir. Faustina durante a
primeira aparição da imagem: «É meu desejo que esta imagem seja venerada primeiramente na vossa capela e
depois em todo o mundo» (Diário 47).
A festa da Misercórdia Divina
«Desejo que no primeiro domingo a seguir à Páscoa se celebre a Festa da Misericórdia» (Diário 299), disse
Jesus à Ir. Faustina. Mencionou este desejo até 14 vezes, sublinhando não só o lugar que a festa
deveria ter no calendário litúrgico, mas também o propósito da sua criação, o modo de
preparação e de celebração.
«As almas perdem-se, apesar da minha amarga paixão», disse Jesus, dando o motivo da criação da
festa: «Estou a dar-lhes a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Minha Misericórdia. Se não adorarem a
Minha Misericórdia, perecerão por toda a eternidade» (Diário 965). A Festa deve ser um dia de
particular louvor a Deus e ao mistério da Sua misericórdia, fonte e motivo de todas as obras
para com o homem, especialmente a obra da redenção. É ainda, por vontade de Deus, um dia
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de particular graça para todas as almas, especialmente para os pecadores que mais necessitam da
Misericórdia Divina. «A Festa da Minha Misericórdia», disse Jesus, «brotou das Minhas entranhas para
consolação do Mundo inteiro» (Diário 1517).
A esse dia, ou mais concretamente, à Eucaristia recebida nesse dia refere-se a maior das
promessas: o perdão total das culpas e dos castigos (Diário 300). Esta graça é algo
substancialmente maior do que uma indulgência plenária. Esta consiste apenas no perdão das
penas temporais pelo pecados cometidos, mas nunca na remissão das próprias culpas. A graça
mais especial é substancialmente maior do que as graças de seis dos sacramentos, à exceção do
sacramento do batismo, pois o perdão das culpas e das penas é apenas uma graça sacramental
do batismo. Nas promessas acima referidas, Cristo relacionou o perdão das culpas e das penas
com a sagrada Comunhão recebida na Festa da Misericórdia (...).Como é óbvio, a comunhão
deve ser não só digna, mas também cumprir as exigências básicas da devoção à Misericórdia (Pe.
I. Różycki).
Jesus não limitou a sua bondade a esta graça, ainda que tão particular, mas prometeu derramar
todo um mar de graças sobre a alma que se aproximar da fonte da Sua Misericórdia, pois nesse
dia estão abertas todas as comportas divinas pelas quais se derramam as graças (Diário 699). A
grandeza desta festa consiste, entre outras coisas, no facto de todos, mesmo aqueles que só se
venham a converter nesse dia, poderem usufruir de todas as graças e benefícios temporais que
Jesus preparou para a festa. Podem recebê-las tanto pessoas individuais, como comunidades de
pessoas, basta apenas que as peçam com grande confiança.
A preparação para a festa é feita com uma novena que consiste na recitação durante 9 dias, a
começar na Sexta-feira Santa, do terço da Misericórdia. A novena que Jesus ditou à Ir. Faustina
para este fim é universalmente conhecida. Os fiéis podem recitá-la com devoção. No entanto, a
novena do terço da Misericórdia consiste na preparação para a festa tal como Jesus a desejou e à
qual prometeu conceder toda a espécie de graças (Diário 796).
No que diz respeito à forma de celebração da festa, Jesus deseja que nesse dia a imagem da
Misericórdia fique pública, isto é, venerada liturgicamente e que os sacerdotes falem sobre a sua
insondável misericórdia, e todos realizem atos de amor misericordioso para com o próximo e
com confiança beneficiem dos sacramentos da reconciliação e da Eucaristia.
Desde o tempo da IIª Guerra Mundial que os fiéis já veneravam espontaneamente e de forma
particular a Misericórdia no primeiro domingo a seguir à Páscoa. Oficialmente, a festa foi
instaurada pela primeira vez na diocese de Cracóvia pelo seu metropolita, o cardeal Franciszek
Macharski, com uma carta na Quaresma de 1985. Em seguida, outros bispos foram
introduzindo esta festa nas suas dioceses. Em 1995, a pedido do episcopado polaco, a Sé
Apostólica publicou um decreto permitindo a celebração desta festa em todas as dioceses da
Polónia, mantendo as normas litúrgicas em vigor para esse dia.
Terço da Misericórdia Divina
No início:
Pai nosso..., Ave Maria..., Creio em Deus Pai...
Nas contas grandes (1 vez):
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade
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de Vosso muito amado Filho Nosso Senhor Jesus Cristo
em expiação dos nossos pecados e dos pecados de todo o mundo.
Nas contas pequenas (10 vezes):
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e de todo o mundo.
No fim (3 vezes):
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal,
tende piedade de nós e de todo o mundo.
Em Vilnius, no dia 13 de setembro de 1935, a Ir. Faustina teve a visão de um anjo que vinha
castigar a terra pelos pecados. Quando viu esse sinal da ira de Deus, começou a pedir ao anjo
que esperasse um pouco dizendo que o mundo faria penitência. De repente, encontrou-se diante
da majestade da Santíssima Trindade e então não ousou repetir a sua súplica. Mas quando sentiu
na sua alma o poder da graça de Jesus, começou a orar com as palavras escutadas interiormente
e viu que o castigo foi retirada da terra. No dia seguinte, quando estava na capela, Jesus
relembrou-lhe mais uma vez estas palavras e ensinou-lhe devidamente como esta oração deve
ser recitada nas contas normais do rosário.
Nesta oração oferecemos a Deus Pai: o Corpo e Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus Cristo, a
sua Personalidade Divina e a Sua Humanidade. Ao recitar as palavras “Vosso muito amado Filho”,
remetemo-nos a este amor que Deus Pai tem pelo seu Filho e n’Ele por todas as pessoas, ou
seja, recorremos ao motivo mais forte para sermos ouvidos por Deus.
As palavras “pela Sua dolorosa Paixão” não significam o apelo à reparação feita por Jesus na cruz,
mas sim - como manda a fidelidade à letra e ao espírito da devoção à Misericórdia Divina - ao
amor misericordioso que Deus Pai e Filho nos dão. Então, desejamos que a dolorosa Paixão do
Filho de Deus não seja em vão, mas que dê frutos na nossa vida e na de todas as pessoas.
No terço pedimos misericórdia para nós e para todo o mundo. O pronome “nós” significa a
pessoa que recita esta oração e todos aqueles a quem quer e pelos que se comprometeu a rezar.
Por sua vez, “todo o mundo” são todas as pessoas que vivem na terra e as almas que sofrem no
purgatório.
Em algumas aparições, Jesus mostrou o valor e a eficácia desta oração e apresentou as
promessas que lhe estão associadas. «Pela recitação deste terço apraz-Me dar tudo o que Me peçam»
(Diário 1541), disse à Ir. Faustina, acrescentando: «se (...) estiver de acordo com a Minha vontade»
(Diário 1731). A vontade de Deus é para o homem a própria misericórdia, por isso tudo o que
não estiver conforme com esta é mau ou prejudicial, logo não pode ser concedido por Deus,
que é tão bom. Há promessas concretas que se referem à hora da morte: a graça de uma morte
feliz e tranquila. Recebem-na não apenas aqueles que recitam este terço eles próprios, mas
também os moribundos junto dos quais rezarem estas palavras. «Os sacerdotes», disse Jesus,
«recomendá-la-ão aos pecadores como a última tábua de salvação. Mesmo que seja o pecador mais endurecido, se
recitar esta Coroa uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita Misericórdia» (Diário 687). Mesmo que
seja uma só vez, mas em espírito de devoção à Misericórdia Divnia, ou seja, em atitude de
confiança, humildade e em sincera e profunda contrição dos pecados. A recitação do terço
como expressão exterior de uma atitude interior deve caracterizar-se pela perseverança, pois
Jesus não disse em lado nenhum – à exceção da graça de uma boa morte – que se será ouvido
após uma única recitação desta oração.
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O terço, a seguir à jaculatória “Jesus, eu confio em Vós”, é a oração mais conhecida à Misericórdia
Divina. Encontra-se traduzido até em dialetos africanos e é recitado em todos os cantos do
mundo.
A hora da Misericórdia
«Às três horas da tarde», disse Jesus à Ir. Faustina em outubro de 1937, em Cracóvia, «implora a
Minha Misericórdia de modo especial pelos pecadores. Ao menos durante um momento concentra-te na Minha
paixão, particularmente no Meu abandono durante a agonia. Esta é a hora da grande Misericórdia para todo o
mundo» (Diário 1320). Esta é a história da criação desta forma de culto à Misericórdia Divina.
Alguns meses depois, Jesus repetiu este desejo explicando o objetivo da sua instituição, as
promessas relacionadas com a prática da oração a essa hora e a forma de a realizar.
A hora da Misericórdia é uma forma de culto na qual veneramos o momento da morte de Jesus
na cruz (1500), quando esta se tornou numa graça para todo o mundo – a Misericórdia venceu a
Justiça (Diário 1572). Isto não se refere literalmente a uma hora - 60 minutos de oração, - mas à
oração no momento em que o relógio bater as três horas (Diário 1572), isto é, no momento da
morte de Jesus no Calvário. Esta forma de culto da Misericórdia Divina pode ser praticada não
só na Sexta-feira Santa ou em todas as sextas-feiras, mas sim todos os dias. É um tempo
priviliegiado da devoção à Misericórdia Divina.
Jesus deseja que nessa hora, ainda que por breves momentos, se medite na Sua dolorosa paixão,
na qual, de forma o mais completa possível, se revela o mistério da Sua misericórdia. O
conhecimento desta conduz à oração de adoração e ação de graças, bem como à súplica pelas
graças necessárias para todo o mundo, particularmente para os pecadores, «porque nesse momento
foi a Misericórdia aberta plenamente para toda a alma».
Jesus prometeu dar toda a espécie de graças a quem rezar na hora da Misericórdia. «Nesta hora»,
disse, «não hei de recusar nada à alma que Me implore pela Minha paixão» (Diário 1320). «Nessa hora
podes requerer tudo o que peças por ti e para os outros» (Diário 1572). Cristo definiu três condições
indispensáveis para o cumprimento das promessas: a oração deve ter lugar às 15:00, deve ser
dirigida a Jesus e deve-se nela remeter para o valor e mérito da Sua paixão. Acima de tudo
convém referir que o objeto da oração deve estar de acordo com a vontade de Deus e a própria
oração deve ser feita com confiança, perseverança e unida a atos de misericórdia, que são
condição da verdadeira devoção à Misericórdia Divina.
Jesus deu também indicações relativas à forma de rezar durante a hora da Misericórdia: «Procura
nesta hora», disse, «fazer a Via Sacra, quando os teus deveres to permitirem; e, se não puderes fazer a Via
Sacra, ao menos entra por um momento na capela e venera o Meu Coração, pleno de Misericórdia, no Santíssimo
Sacramento. Se não puderes sequer visitar a capela, mergulha-te na oração onde te encontrares, mesmo por pouco
tempo» (Diário 1572).
A hora da Misericórdia torna-se num tempo diário de oração dos apóstolos da Misericórdia
Divina em qualquer localização geográfica. Por isso, os fiéis, numa espécie de ato de oração
ininterrupto, unem-se a Jesus moribundo na cruz e, cumprindo o seu pedido, suplicam pela
misericórdia divina para o mundo, especialmente para os pecadores.
Divulgação do culto à Misericórdia
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Entre as novas formas de culto à Misericórdia Divina apresentadas pela Ir. Faustina enumera-se
também a divulgação do culto à Misericórdia, pois as promessas de Jesus feitas a todas as
pessoas que tenham estas práticas relacionam-se também com esta atitude.
Jesus não definiu de perto formas de divulgação do culto à Misericórdia, mas ficou um modelo
perfeito de apostolado na vida da Ir. Faustina: Em primeiro lugar trata-se da divulgação do culto
à Misericórdia através do testemundo de vida num espírito de entrega total a Deus, isto é, de
cumprimento da Sua vontade e de mostrar misericórdia para com o próximo. Não basta limitarse a isso, é necessário anunciar por palavras ao mundo a mensagem da Misericórdia e despertar
nas pessoas a confiança. Muitas vezes, nas páginas do Diário, Jesus apela ao anúncio da verdade
sobre o amor misericordioso de Deus pelo homem, para que cada pessoa possa beneficiar do
tempo e dos dons da misericórdia na terra e alcançar a salvação. «Oh, se os pecadores conhecessem a
Minha Misericórdia», confiou Jesus à Ir. Faustina, «não se perderiam em tão grande número! Diz às almas
pecadoras que não temam aproximar-se de Mim. Fala-lhes da Minha imensa Misericórdia» (Diário 1396).
A esta tarefa Jesus atribuiu grande importância, uma vez que lhe associou promessas especiais.
«Às almas que divulguem o culto da Minha Misericórdia, defendê-las-ei em toda a sua vida, como uma terna
mãe ao seu filhinho, e na hora da morte não serei Juiz para elas, mas sim Salvador» (Diário 1075). Jesus
dirige um incentivo particular aos sacerdotes, garantindo que «os mais endurecidos no pecado
arrepender-se-ão logo que lhes falarem da Minha insondável Misericórdia, daquela Compaixão que tenho por eles
no Meu coração» (Diário 1521).
Para cumprir bem esta tarefa é nessário, em primeiro lugar, conhecer o mistério da Misericórdia
Divina, meditá-lo com base nos textos da Sagrada Escritura, na encíclica Dives in misericordia,
no Diário da Ir. Faustina ou em outros livros sobre este tema que tenham o imprimatur da
Igreja. A penetração no mistério da Misericórdia Divina na obra da criação, salvação e no
destino do homem à união com Deus para sempre, e também a perceção da ação do amor
misericordioso de Deus na vida pessoal faz nascer uma atitude de confiança e misericórdia, bem
como o desejo de anunciar esta verdade da fé aos outros.
Fonte:
http://www.milosierdzie.pl/index.php/pt/start-pt-3.html
Site oficial do Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia, Polónia
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Jesus, eu confio em Vós
Jesus Misericordioso, de Eugeniusz Kazimirowski, 1934.
Imagem venerada no Santuário da Divina Misericórdia, Vilna (Vilnius), Lituânia.
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AS PROMESSAS DE JESUS MISERICORDIOSO
Veneração da imagem de Jesus Misericordioso:
“Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na terra, a
vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha
própria glória.” (Diário, 48)
“Por meio dessa imagem hei de conceder muitas graças às almas” (Diário, 570)
“Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. Esse
vaso é a imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós”. (Diário, 327)
“Estes raios defendem as almas da ira do Meu Pai. Feliz aquele que viver à sua sombra, porque
não será atingido pelo braço da justiça de Deus.” (Diário, 299)
Para os pecadores:
“Quando de coração contrito e confiante rezares essa oração por algum pecador, Eu lhe darei a
graça da conversão. Esta pequena prece é a seguinte (Diário, 187) :
“Ó Sangue e Água, que jorrastes do Coração de Jesus
como fonte de misericórdia para nós,
eu confio em Vós”
“Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia” (Diário, 299).
… Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente
para os pecadores. Neste dia estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um
mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se
confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia estão abertas todas as
comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo em se aproximar
de Mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate. A minha misericórdia é tão grande que, por
toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe
saiu das entranhas da Minha misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a
eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas
entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa” (Diário,
699). … A Festa da Minha Misericórdia brotou das Minhas entranhas para consolação do
Mundo inteiro” (Diário 1517).
A quem rezasse o Terço da Divina Misericórdia:
“Pela recitação deste Terço agrada-Me dar tudo o que Me peçam. Quando os pecadores
empedernidos o recitarem, encherei de paz as suas almas, e a hora da morte deles será feliz. …
Quando recitarem esse Terço junto aos agonizantes, Eu Me colocarei entre o Pai e a alma
agonizante não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso” (Diário, 1541).
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“Por ele [o Terço da Divina Misericórdia] conseguirás tudo, se o que pedires estiver de acordo com
a Minha vontade” (Diário, 1731).
“Defendo toda alma que recitar esse terço na hora da morte, como se fosse a Minha própria glória,
ou, quando outros o recitarem junto a um agonizante, eles conseguem a mesma indulgência.
Quando recitam esse terço junto a um agonizante, aplaca-se a ira de Deus, a misericórdia
insondável envolve a alma” (Diário, 811).
“Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei. Todo aquele que o recitar alcançará grande
misericórdia na hora da sua morte. Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última
tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez,
alcançará a graça da Minha infinita misericórdia.” (Diário, 687).
A quem rezasse a Novena da Divina Misericórdia:
“(Santa Faustina:) O Senhor me disse para rezar o Terço da Divina Misericórdia por nove dias
antes da Festa da Misericórdia. Devo começar na Sexta-feira Santa. (Jesus:) Através desta
novena concederei às almas toda espécie de graças” (Diário 796).
Para os sacerdotes:
“Aos sacerdotes que proclamarem e glorificarem a Minha misericórdia darei um poder
extraordinário, ungindo as suas palavras, e tocarei os corações daqueles a quem falarem” (Diário,
1521).
A quem rezasse na Hora da Misericórdia (3:00 pm):
“...às três horas da tarde, implora à Minha misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos
por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me
encontrei no momento da agonia. Esta é a Hora de grande misericórdia para o Mundo inteiro.
Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir
pela Minha Paixão...” (Diário, 1320).
“Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora, realizou-se a graça para todo
o Mundo: a misericórdia venceu a justiça” (Diário, 1572)
Aos que divulgarem a Divina misericórdia:
“As almas que divulgam o culto da Minha misericórdia eu as defendo por toda a vida como uma
terna mãe defende seu filhinho e, na hora da morte não serei Juiz para elas, mas sim o Salvador
Misericordioso.” (Diário, 1075)
“Todas as almas que louvarem Minha misericórdia e divulgarem a sua veneração, estimulando
outras almas à confiança na Minha misericórdia, essas almas na hora da morte não sentirão pavor.
A minha misericórdia as defenderá nesse combate final” (Diário, 1540).
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O Terço da Divina Misericórdia
(esquema)
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O TERÇO DA DIVINA MISERICÓRDIA
(Para ser rezado nas contas do terço)
† (Sinal da Cruz) Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen.
No começo:
Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso Reino, seja
feita a Vossa vontade, assim na terra como é no céu. O pão nosso de cada dia, nos dai hoje,
perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores, e não nos deixeis cair em
tentação, mas livrai-nos do mal, Amém.
Ave-Maria cheia de graças, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o
fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus e nossa Mãe, rogai por nós os pecadores,
agora e na hora de nossa morte, Amém.
Creio em Deus Pai Todo-poderoso, criador do Céu e da terra; e em Jesus Cristo, Seu único Filho,
Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu
sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu a mansão dos mortos; ressuscitou ao
terceiro dia; subiu aos Céus, está sentado a direita de Deus Pai Todo-poderoso, de onde há-de vir a
julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na Comunhão dos
santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Ámen.
A seguir, nas contas grandes (do Pai-Nosso), rezamos (1 vez):
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade do
Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo,
em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.
Nas contas pequenas (da Ave-Maria), rezamos (10 vezes):
Pela Sua dolorosa Paixão,
tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
E no final do terço rezamos três vezes:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal,
tende piedade de nós e do mundo inteiro.
† (Sinal da Cruz) Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen.
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NOVENA À DIVINA MISERICÓRDIA
Santa Faustina: “Novena à Divina Misericórdia que Jesus me mandou escrever e rezar antes da
Festa da Misericórdia Começa na sexta-feira santa.”
Jesus: “Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a
fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam nas dificuldades da vida e,
especialmente na hora da morte. Cada dia conduzirás ao Meu Coração um grupo diferente de
almas e as mergulharás nesse oceano da Minha misericórdia. Eu conduzirei todas essas almas à
Casa de Meu Pai. Procederás assim nesta vida e na futura. Por Minha parte, nada negarei
àquelas almas que tu conduzirás à fonte da Minha misericórdia. Cada dia pedirás a Meu Pai,
pela Minha amarga Paixão, graças para essas almas.”
PRIMEIRO DIA
“Hoje, traze-Me a humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e mergulha-os no oceano
da Minha misericórdia. Com isso Me consolarás na amarga tristeza em que Me afunda a perda
das almas.”
Misericordiosíssimo Jesus, de quem é próprio ter compaixão de nós e nos perdoar,
não olheis os nossos pecados, mas a confiança que depositamos em Vossa infinita
bondade. Acolhei-nos na mansão do vosso compassivo Coração e nunca nos deixeis
sair dele. Nós vo-lo pedimos pelo amor que Vos une ao Pai e ao Espírito Santo.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda humanidade, encerrada no Coração
compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua
dolorosa Paixão, mostrai-nos a Vossa misericórdia, para que glorifiquemos a
onipotência da Vossa misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
SEGUNDO DIA
“Hoje, traze-Me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na Minha insondável
misericórdia. Elas Me deram força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como por canais,
corre para a humanidade a Minha misericórdia.”
Misericordiosíssimo Jesus, de quem provém tudo que é bom, aumentai em nós a
graça, para que pratiquemos dignas obras de misericórdia, a fim de que aqueles que
olham para nós, glorifiquem o Pai da misericórdia que está no Céu.
Eterno Pai, dirigi o olhar da Vossa misericórdia para a porção eleita da vossa vinha:
para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da vossa bênção e,
pelos sentimentos do Coração de vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a
força da vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação e
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juntamente com eles cantar a glória da Vossa insondável misericórdia, por toda a
eternidade. Amém.
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
TERCEIRO DIA
“Hoje, traze-Me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da Minha misericórdia.
Estas almas consolaram-Me na Via-sacra; foram aquela gota de consolações em meio ao mar de
amarguras.”
Misericordiosíssimo Jesus, que concedeis prodigamente a todos as graças do tesouro
da Vossa misericórdia, acolhei-nos na mansão do Vosso compassivo Coração e não
nos deixeis sair dele pelos séculos; suplicamo-Vos pelo amor inconcebível de que
está inflamado o vosso Coração para com o Pai celestial.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas fiéis, como a herança do Vosso
Filho. Pela sua dolorosa Paixão concedei-lhes a vossa bênção e cercai-as da vossa
incessante proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas com
toda a multidão dos Anjos e dos Santos glorifiquem a Vossa imensa misericórdia,
por toda a eternidade. Amém.
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
QUARTO DIA
“Hoje, traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na minha
amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o meu Coração. Mergulha-os no mar da Minha
misericórdia.”
Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai na mansão do
vosso compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não Vos conhecem. Que
os raios da vossa graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco,
glorifiquem as maravilhas da Vossa misericórdia e não os deixeis sair da mansão do
vosso compassivo Coração.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda
não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Atraías à luz do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos.
Fazei com que também elas glorifiquem a riqueza da Vossa misericórdia, por toda a
eternidade. Amém.
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
QUINTO DIA
“Hoje, traze-Me as almas dos Cristãos separados da Unidade da Igreja e mergulha-as no mar da
Minha misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o Meu corpo e o Meu Coração, isto é,
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a Minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e dessa
maneira eles aliviam a Minha paixão.”
Misericordiosíssimo Jesus que sois a própria Bondade, Vós não negais a luz àqueles
que Vos pedem, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas dos
nossos irmãos separados, e atraí-os pela vossa luz à unidade da Igreja e não os
deixeis sair da mansão do vosso compassivo Coração, mas fazei com que também
eles glorifiquem a riqueza da Vossa misericórdia.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que
esbanjaram os vossos bens e abusaram das vossas graças, permanecendo
teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas para o amor do
vosso Filho e para a sua amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles
estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles
glorifiquem a Vossa misericórdia por toda a eternidade. Amém.
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
SEXTO DIA
“Hoje, traze-Me as almas mansas, assim como as almas das criancinhas, e mergulha-as na Minha
misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas reconfortaram-Me na
minha amarga Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos terrestres que futuramente iriam
velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de
aceitar a minha graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.”
Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes: “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de
curacao”, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas mansas e
humildes e as almas das criancinhas. Estas almas encantam o Céu todo e são a
especial predileção do Pai Celestial, são como um ramalhete diante do trono de
Deus, com cujo perfume o próprio Deus se deleita. Estas almas têm a mansão
permanente no Coração compassivo de Jesus e cantam sem cessar um hino de amor
e misericórdia pelos séculos.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas mansas e humildes e para as almas
das criancinhas, que estão encerradas na mansão compassiva do Coração de Jesus.
Estas almas são as mais semelhantes a vosso Filho; o perfume destas almas eleva-se
da Terra e alcança o vosso trono. Pai de misericórdia e de toda bondade, suplicoVos pelo amor e predileção que tendes para com estas almas, abençoai o mundo
todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à Vossa misericórdia, por
toda a eternidade. Amém.
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
SÉTIMO DIA
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“Hoje, traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a Minha misericórdia e
mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha
Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu
Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá
ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.”
Misericordiosíssimo Jesus, cujo Coração é o próprio amor, aceitai na mansão do
vosso compassivo Coração as almas que honram a glorificam de maneira especial a
grandeza da Vossa misericórdia. Estas almas, tornadas poderosas pela força do
próprio Deus, avançam entre penas e adversidades, confiando na Vossa
misericórdia. Estas almas estão unidas com Jesus e carregam sobre os seus ombros a
humanidade toda. Elas não serão julgadas severamente, mas a Vossa misericórdia as
envolverá no momento da morte.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que glorificam e honram o vosso
maior atributo, isto é, a vossa inescrutável Misericórdia; elas estão encerradas no
Coração compassivo de Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos
estão cheias de obras de misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino
de misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a Vossa
misericórdia segundo a esperança e confiança que em Vós colocaram. Que se
cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: "As almas que veneram a minha
insondável Misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a vida, especialmente na
hora da morte, como minha glória”. Amém.
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
OITAVO DIA
“Hoje, traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da
Minha misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são
muito amadas por Mim, pagam as dívidas à Minha justiça. Está em teu alcance trazer-lhes alívio.
Retira do tesouro da Minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o
seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à
Minha justiça.”
Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes que quereis misericórdia, eis que estou
trazendo à mansão do vosso compassivo Coração as almas do Purgatório, almas que
Vos são muito queridas e que, no entanto, devem dar reparação à Vossa justiça; que
as torrentes de Sangue e Água que brotaram do vosso Coração apaguem as chamas
do fogo do Purgatório, para que também ali seja glorificado o poder da Vossa
misericórdia.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que
estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa
Paixão de Jesus, vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua
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Alma santíssima, mostreis Vossa misericórdia às almas que se encontram sob o
olhar da vossa Justiça; não olheis para elas de outra forma senão através das Chagas
de Jesus, vosso Filho muito amado, porque nós cremos que a vossa bondade e
misericórdia são incomensuráveis. Amém.
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
NONO DIA
“Hoje, traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia. Estas almas
ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu
repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a
vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a Minha misericórdia.”
Ó compassivo Jesus, que sois a própria Compaixão, trago à mansão do vosso
compassivo Coração as almas tíbias; que se aqueçam no fogo do Vosso amor puro
estas almas geladas que, semelhantes a cadáveres, Vos enchem de tanta repugnância.
Ó Jesus, muito compassivo, usai a onipotência da Vossa misericórdia e atraí-as até
ao fogo do Vosso amor e concedei-lhes o amor santo, porque Vós tudo podeis.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no
Coração compassivo de Jesus. Pai de misericórdia, suplico-Vos pela amargura da
Paixão do Vosso Filho e por Sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também
elas glorifiquem o abismo da Vossa misericórdia. Amém (Diário, 1209-1229).
[Rezar o Terço da Divina Misericórdia]
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“Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças”. (Diário 796)
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Fonte:
http://www.jesus-misericordioso.com/index.htm
Site oficial da Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso.
Zgromadzenie Sióstr Jezusa Milosiernego, 66-400 Gorzów Wlkp., ul. Kardynala Wyszynskiego 169. E-mail:
[email protected]
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LADAINHAS
Ladainha de Jesus Misericordioso
(Compostas pelo Padre Miguel Sopocko, confessor e diretor espiritual de Santa Faustina, preparado
especialmente pelo Senhor para a Santa, durante os anos que ela foi asilada no convento de Vilna.)
Senhor, tende misericórdia de nós.
Cristo, tende misericórdia de nós.
Senhor, tende misericórdia de nós.
Cristo, ouvi-nos.
Cristo, escutai-nos.
Deus Pai Celestial tende misericórdia de nós.
Deus Filho,Redentor do mundo, tende misericórdia de nós.
Deus Espírito Santo, tende misericórdia de nós.
Santíssima Trindade e um só Deus verdadeiro, tende misericórdia de nós.
Jesus, rei de misericórdia, por quem foram criadas todas as coisas:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que tem redimido ao mundo:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos tem santificado:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos tem revelado o mistério da Santíssima Trindade:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos tem manifestado a onipotência divina:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que tem criado os anjos:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que do nada nos tem chamado a existência:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que abarcas todo o universo:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos tem dado a vida imortal:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos proteges das penas merecidas:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos livras da miséria do pecado:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia, que nos tem confiado a
Maria Virgem, Mãe de misericórdia:
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confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que vos fizeste homem para selar uma Nova Aliança:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que sofreste a morte para salvar a humanidade:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que escuta a quem recorre a vós:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que vos antecipas com tua graça:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos tem revelado o mistério de Deus:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos tem dado a Santa Igreja:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos tem dado os sacramentos da salvação:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que nos limpas com os
Sacramentos do Batismo, Penitência e Unção:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia, que nos sustentas com os
Sacramentos da Eucaristia e da Ordem:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que buscas a conversão dos pecadores:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que iluminas aos que não tem fé:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que santificas aos justos:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,que vives Ressuscitado com tuas chagas:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,cujo coração é fonte de água viva:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,alivio dos enfermos e sofredores:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,salvação dos aflitos:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,esperança dos que se desesperam:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,refúgio dos moribundos:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,refrigério das almas do Purgatório:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,coroa de todos os santos:
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confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,alegria dos bem-aventurados:
confiamos em Vós.
Jesus, rei de misericórdia,fonte inextinguível de milagres:
confiamos em Vós.
Cordeiro de Deus, que tiras os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tiras os pecados do mundo, escutai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tiras os pecados do mundo, tende misericórdia de nós.
Oremos:
Deus clementíssimo, Pai de misericórdia e Deus de toda consolação, que não queres
que pereça nenhum dos que crêem em ti: inclina teu olhar sobre nós e multiplica
tuas misericórdias segundo as grandezas de tua compaixão, a fim de que nunca
desesperemos seguindo tua vontade com grande confiança.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho,que é Deus e vive e reina contigo, na
unidade do espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.
+++
Ladainha à Misericórdia de Deus
Misericórdia Divina, que brota do seio do Pai,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, atributo máximo de Deus,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mistério inefável,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte que brota do mistério da Santíssima Trindade,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nenhuma mente
nem angélica nem humana pode prescrutar,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, da qual provém toda a vida e felicidade,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mais sublime do que os Céus,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de milagres e prodígios,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que envolve o universo todo,
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eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desce ao mundo na Pessoa do Verbo Encarnado,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que brotou da chaga aberta do Coração de Jesus,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, encerrada no Coração de Jesus
para nós e sobretudo para os pecadores,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, imperscrutável na instituição da Eucaristia,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, no sacramento do Santo batismo,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na nossa justificação por Jesus Cristo,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha por toda a vida,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos envolve de modo particular na hora da morte,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos concede a vida imortal,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha em todos os momentos,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos defende do fogo do inferno,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na conversão dos pecadores endurecidos,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, enlevo para os anjos, inefável para os santos,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, insondável em todos os mistérios Divinos,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos eleva de toda miséria,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de nossa felicidade e alegria,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que do nada nos chama para a existência,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que abrange todas as obras das suas mãos,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que coroa tudo que existe e que existirá,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na qual todos somos imersos,
eu confio em Vós.
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Misericórdia Divina, doce consolo para os corações atormentados,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, única esperança dos desesperados,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, repouso dos corações, paz em meio ao terror,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, delícia e êxtase dos santos,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desperta a confiança onde não há esperança,
eu confio em Vós.
Deus Eterno, em quem a misericórdia é insondável, e o tesouro da compaixão é
inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a vossa misericórdia, para
que não desesperemos nos momentos difíceis, nem esmoreçamos, mas nos
submetamos com grande confiança à Vossa Santa Vontade, que é amor e a própria
misericórdia. Amém.
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