O Servo 101 02/2015

Transcrição

O Servo 101 02/2015
O Servo
Informativo On Line
Da Comissão Regional Dos Diaconos
Crd Sul I - Estado de São Paulo
São Lourenço Diácono
Padroeiro dos Diáconos
Ano IX - nº 101 - Fevereiro de 2015
Diretoria da CRD Sul 1 realiza reunião em Jundiaí
A nova diretoria da Comissão Regional dos Diáconos –
CRD Sul 1 se reuniu no dia 21 de fevereiro, sábado, as 09h, em sala
da Cúria Diocesana de Jundiaí, SP, com bispo referencial da CRD
dom Vicente Costa, bispo diocesano de Jundiaí.
Após a oração inicial e leitura do Evangelho (Lc 5,27-32), o
presidente diácono José Getúlio do Nascimento deu início à reunião,
passando a palavra a dom Vicente que fez a acolhida e exortou a
diretoria quanto ao planejamento da CRD Sul 1 para o quadriênio
2015/2018. O bispo, que participava da reunião de formação permanente da Comissão Diocesana dos Diáconos da diocese de Jundiaí,
realizada no anfiteatro da Cúria, retornou ao final da reunião para
receber o planejamento da CRD.
PLANO DE AÇÃO PARA OS PRÓXIMOS 4 ANOS:
* Formação de grupo diaconal da CRD Sul 1 na rede social WhatsApp;
* Retomar o trabalho com as esposas, para que estejam mais unidas
aos diáconos e se possa aproveitar seu potencial, com formações
específicas nos retiros e encontros;
* Atualização de Cadastro dos diáconos do Regional Sul 1 com Banco
de Dados atualizado para todos os membros das diretorias das CDDs
e respectivas esposas;
* Cadastros de Pregadores e Formadores, que se colocariam a dis-
posição das dioceses para auxiliar na formação e retiro dos candidatos, diáconos e esposas;
* Reuniões setoriais. Contatar todas as dioceses que possuem Diáconos Permanentes e procurar se reunir com eles por setor, com o objetivo de estreitar o conhecimento entre os diáconos das Províncias e
a diretoria da CRD Sul 1;
* Realização de Assembleia Estadual do CRD Sul 1 a cada 2 (dois)
anos com formação e espiritualidade.
O Diácono João Lázaro, que possui a Corretora BETHANIA SEGUROS, firmou um convenio com todas as Seguradoras para
trabalhar junto as entidades religiosas conseguindo um condição especial e com isso ofereceu um convenio para o CRD SUL 1, em que
o diácono que adquirir um seguro de qualquer tipo 1% (um) de seu
premio a ser pago será revertido ao CRD SUL 1. A diretoria aprovou
este convenio.
Participaram da reunião: diácono José Getúlio do Nascimento, presidente, e sua esposa Benedita, diácono João Lázaro, secretário, e sua esposa Roseli Aparecida; diácono José Roberto dos
Santos, tesoureiro, e sua esposa Laurinda; diácono Luis Moreira, do
Conselho Econômico e Fiscal; diácono Valdeci Florentino dos Santos
(tesoureiro da CDD-Jundiaí) e sua esposa Luciene.
Colaboração: Secretaria da CRD Sul 1
Comissão Nacional dos Diáconos
X Assembleia Geral, Eletiva e
Comemorativa
“O Concílio Vaticano II e os 50 anos de
restauração do Diaconado Permanente
Aparecida, 23 a 26 de abril de 2015
“Os diáconos, apóstolos das novas fronteiras da missão” (cf. DAp 208)
Expediente
O SERVO
O Servo
Editorial
Igreja e Sociedade – a Igreja promove o diálogo
“Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração
entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de
Publicação mensal
Deus” (Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade de 2015, TextoAno IX - Nº 101
base, pg. 10). Este é o objetivo geral da CF 2015, que tem como tema
Fevereiro de 2015
“Fraternidade: Igreja e Sociedade” e como lema “Eu vim para servir”
(cf. Mc 10,45). Ela nos convida a sermos uma Igreja atuante, particiPublicação on line da Comissão
pativa, consoladora, misericordiosa, samaritana.
Regional dos Diáconos - CRD Sul I
“A CF 2015 faz memória do caminho percorrido pela Igreja
Equipe responsável: Diretoria da CRD Sul 1
com a sociedade: quer identificar e compreender os principais desafios da situação atual; apresentar os valores espirituais do Reino de
* Presidente: Diac. José Getúlio do Nascimento (Diocese de Lorena)
* Vice Presidente: Diac. José Silva (Diocese de São José dos Campos) Deus e da Doutrina Social da Igreja, com elementos autenticamente
humanizantes; identificar as questões desafiadoras na evangelização
* Secretário: Diac. João Lázaro Silva (Diocese de Santo André)
* Tesoureiro: Diác. José Roberto dos Santos (Diocese de São José dos da sociedade e estabelecer parâmetros e indicadores para a ação
pastoral; aprofundar a compreensão da dignidade da pessoa, da inCampos)
tegridade da criação, da cultura da paz, do espírito e do diálogo inter* Bispo referencial: Dom Vicente Costa, Bispo de Jundiaí/SP
religioso e intercultural, para superar as relações desumanas e violen* Assessor de Comunicação: Jornalista Diác. Pedro Fávaro - Jundiaí/SP tas; buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja
de Cristo de levar a Boa Nova a cada pessoa, família e sociedade;
* Diagramação e Revisão: Diác. José Carlos Pascoal (Diocese de Jun- atuar profeticamente à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para o desenvolvimento integral da pessoa e na construção de
diaí)
uma sociedade justa e solidária” (Apresentação da CF 2015 – CNBB,
* Correspondência: diác. José Getúlio do Nascimento
Regional Sul 1).
Rua São Cristovão, 114 – Jardim São José - Cruzeiro/SP - 12703-250
Por ser instituição de grande credibilidade na sociedade, a
Telefone: 12- 3144-1804 - Celular: 12-988353631
Igreja propõe o diálogo, o debate e a busca por soluções que me* E-mails: [email protected]; [email protected]
lhorem a vida do povo. Os altos índices de violência requerem não
apenas estudos, mas ações que provoquem a cultura da paz. Os es* E-mails para o informativo: [email protected]
cândalos de corrupção, que há muitas décadas vêm causando a in* Para o informativo “Diáconos”: [email protected]
dignação do povo, deve ser combatida na raiz. A CNBB tem tomado
a frente nesses debates em uma das suas principais causas: a falta
de uma autêntica reforma política, indesejada pelos mandatários e
Confirmada data de ordenação presbiteral do
congressistas, justamente por interromper essa perniciosa “fonte de
diácono Kojak em Sorocaba
lucros” pessoais, grupais e partidários.
Ainda há, infelizmente, dentro do seio da Igreja quem se
oponha a esse debate porque requer ação política. Esquecem esses
que a reflexão quaresmal, que nos prepara para a Páscoa nos leva a
atitudes em favor do próximo. Rezar é primordial para nos sustentar
na fé, mas não devemos nos esquecer que é a fé que nos motiva à
ação: “Fé com obras”, como nos ensina São Tiago (cf. Tg 2,14-18).
A sociedade precisa desse diálogo que a Igreja no Brasil
propõe nesta Campanha da Fraternidade. E a Igreja precisa dar testemunho de Jesus Cristo, não apenas em palavras, mas em obras. “Eu
vim para servir, não para ser servido” (Mc 10,45) não é apenas uma
frase de efeito, mas o mandato de Jesus que diz: “vai e faz o mesmo”.
Mãos às obras!
Diácono José Carlos Pascoal – Salto/SP – Diocese de Jundiaí
Diácono passou por graves problemas de saúde mas já está recuperado e
pronto para a nova missão.
O diácono Arari dos Santos Amorim, conhecido por Kojak, viúvo,
foi convidado pelo arcebispo metropolitano de Sorocaba dom Eduardo Benes
de Sales Rodrigues para o presbiterado. Diácono Kojak aceitou e foi aprovado
pelo Conselho de Presbíteros, sendo sua ordenação presbiteral marcada para o
dia 15 de março, domingo, as 16h, na Igreja Matriz da paróquia Santo Antonio
de Sorocaba.
Recuperado de problemas de saúde - chegou a ser hospitalizado -,
Kojak teve sua ordenação confirmada por dom Eduardo. O arcebispo também
confirmou que o futuro padre Kojac continuará coordenador das Pastorais
Sociais da Arquidiocese de Sorocaba.
A Matriz da paróquia Santo Antonio está localizada na Praça Coronel Joaquim Estanislau de Arruda, 181 – Além da Ponte - Sorocaba – SP Fone:
(15) 3227-5979.
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Fevereiro - 2015
O SERVO
Diáconos da Arquidiocese de Ribeirão Preto
tem Encontro de Formação
Notícias
Diácono Antonio Cruchello e D. Alice celebram
50 anos de Matrimônio
Padre José Humberto Motta, da paróquia Santa Luzia de
Cravinhos, Arquidiocese de Ribeirão Preto, SP, ministrou formação para os diáconos da Arquidiocese de Ribeirão Preto. O encontro aconteceu no dia 20 de fevereiro e contou com a presença do
arcebispo metropolitano dom Moacir Silva.
Colaboração: diácono Flávio Ligotto.
Foi com grande alegria que amigos e familiares de Alice
e diácono Antonio Barcelides Cruchello, se reuniram na Matriz de
São Benedito de Salto, SP, diocese de Jundiaí, no dia 20 de fevereiro às 19h, para comemorar as Bodas de Ouro do casal.
A celebração foi presidida pelo Padre Marcílio Gragefe,
concelebrada pelo Padre José Luiz Nascibem, com a participação
do diácono José Carlos Pascoal.
Após a homilia, o padre demonstrou o carinho pelo casal
amigo, e dirigiu-lhes algumas palavras: “Não é possível mensurar
a alegria nos seus corações neste momento, pois rodeado pela
família e comunidade, celebram esta união. Desde o momento
que disseram “Sim”, não perderam a fé, e viveram unidos nesses
50 anos, a serviço um do outro e à disposição da família e da
igreja, vivendo verdadeiramente o sacramento do matrimônio.”
Em um momento marcado pela emoção, Alice e Antonio
re-novaram o matrimônio, ladeados pelos filhos Airton e Márcio, e
toda a família.
A comunidade São Benedito se alegra por este momento
na vida do diácono, que há tantos anos participa das atividades da
paróquia, e o parabeniza pelo exemplo de união. Que Deus dê a
este casal mais anos de união, felicidade e prosperidade.
Texto: Ana Lucia Moreli Pazini / Foto: Rogério Pazini
PASCOM São Benedito
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Fevereiro - 2015
O SERVO
Artigo
Campanha da Fraternidade e corrupção
A Campanha da Fraternidade deste ano realiza-se no momento em que o povo, em geral, experimenta grande mal estar diante
da crise ética e moral por que passam certos setores do nosso país.
Oportunamente, a Campanha da Fraternidade da Igreja
neste ano tem como objetivo aprofundar o diálogo e a colaboração
entre Igreja e Sociedade. Aliás, a Igreja católica sempre esteve presente, desde o começo, na vida e na história da sociedade brasileira
e deseja continuar contribuindo, respeitando a laicidade do Estado
e a autonomia das realidades terrestres, com a dignificação do ser
humano. Para tanto, ela se propõe a trabalhar junto com os demais
cidadãos e instituições para o bem comum de todos os brasileiros.
No Documento da V Conferência do Episcopado da América Latina e Caribe, os bispos insistem em dizer que “a Igreja não
se identifica com os políticos, nem com interesses de partidos. Sua
missão neste setor, é ensinar critérios e valores irrevogáveis, orientar
as consciências, educar nas virtudes individuais e políticas, ser advogada da justiça e da verdade.”
Especificamente, são os cristãos leigos a presença da Igreja
no coração do mundo e devem assumir sua responsabilidade na vida
pública, contribuindo, à luz do evangelho e do ensino social da Igreja,
com a construção de uma sociedade humana e solidária, opondo-se
a toda forma de injustiça.
Quanto à corrupção, que nesse momento nos assusta de
modo tão acintoso, é uma forma de injustiça contra o povo, sobretudo, os mais pobres. Os recursos públicos mal administrados ou
usados em proveito pessoal ou de grupos, impedem o desenvolvimento do país e comprometem os investimentos nas áreas da saúde,
educação, segurança, trabalho, habitação, infraestrutura. Enfim, em
projetos destinados a melhorar as condições de vida de todos, em
particular, dos mais pobres.
A corrupção, escreveu o Cardeal Carlo Maria Martini, sempre existiu e
existe em toda parte, pois
é fruto da história pecaminosa da sociedade que se
reflete em âmbito pessoal
e social. Quando, porém,
não é combatida com firmeza e severidade pelas
instituições competentes,
a corrupção prospera e
provoca desconfiança nas
instituições e naqueles que
ocupam cargos públicos e, ainda, pior, pode produzir uma espécie de
fatalismo e de resignação que leva a população a aceitar a corrupção
como se ela fosse normal e contra a qual não se pode fazer nada.
Essa atitude de conformismo contribui, também, por desmerecer o
trabalho e o testemunho de tantas pessoas de bem.
Não basta diante de tal despudor lamentar! É necessário
e urgente reagir e enfrentar, pela ação conjunta das forças da sociedade, a saber, Executivo, Judiciário, Legislativo, Polícia, Instituições
e cada cidadão contra esta chaga. Sem esse esforço conjunto a corrupção não será controlada.
Por Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida
(SP) e Presidente da CNBB
Purificar o olhar de nossa fé
A fé religiosa é preciosa, simples e complexa, ao mesmo
tempo. É um dom, que recebemos no Batismo e expressa a condição
nova da nossa relação com Deus: somos filhos amados de Deus, a
quem podemos chamar de Pai e com quem podemos uma relação de
confiante simplicidade, sabendo-nos amados, perdoados e envolvidos
pela sua providência amorosa.
Mas, de nossa parte, esta mesma fé teologal precisa ser acolhida,
correspondida e desenvolvida. E aí começa a complexidade da fé:
nem sempre acolhemos bem esse dom precioso; talvez deixamos de
nos orientar por ela, anulando seu efeito na prática da vida quotidiana;
talvez somos levados por uma fé mágica ou supersticiosa… Podemos
até perder a fé, vivendo como se Deus não existisse, ou nada tivesse
a ver conosco.
A violência praticada em nome de Deus vem de uma compreensão equivocada da fé. Deus não é honrado, quando fazemos
injustiça ou violência contra algum de seus filhos, ainda que esse
tivesse uma fé diversa da nossa, ou fosse mesmo um pecador. Jesus
recordou e confirmou palavras dos antigos profetas: Deus não tem
prazer na morte do pecador, mas na sua conversão, para que viva (cf
Ez 18.23.32).
No 2º Domingo da Quaresma, a Liturgia nos trouxe o texto
do sacrifício de Abraão: para pôr a sua fé à prova, Deus lhe pediu que
oferecesse em sacrifício o seu filho Isaac; Abraão já estava pronto
para fazê-lo, mas então Deus o impediu, pois se tratava apenas de
uma prova: “agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu
filho único”. E Deus recompensou Abraão com uma descendência numerosa e com uma bênção, que se estendeu para toda a humanidade.
O que Deus esperava de Abraão era uma fé confiante e sem limites; e
Abraão foi capaz de fazer os maiores sacrifícios para corresponder a
Deus e obedecer àquilo que Deus lhe pediu. A fé purificada e autêntica
se traduz na fidelidade e na obediência a Deus. De maneira equivocada, podemos achar que a fé consiste em impor nossas vontades e
desejos a Deus, sem buscar a sintonia e a comunhão com Deus.
Uma das qualidades da fé autêntica é a firme adesão a
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Deus, mesmo nos sofrimentos, e se traduz nesta bela oração do
salmista: “andarei na presença de Deus na terra dos vivos; guardarei
minha fé, mesmo quando o sofrimento é demais em minha vida” (cf Sl
116, 9-10). Acontece também conosco, como aconteceu com Abraão:
a fé é provada no sofrimento. E Deus não deixa sem recompensa a
quem fica firme e confia nele, mesmo nas situações mais extremas da
vida.
Ainda no 2º Domingo da Quaresma, ouvimos o Evangelho
da transfiguração de Jesus. No caminho para Jerusalém, onde se passaria o drama da paixão e morte do Mestre, os discípulos ainda eram
fracos na fé e tinham pouca clareza sobre quem, de fato, era Jesus.
Sua fé era interesseira, de olho nas vantagens e privilégios pelo fato
de estarem com Jesus… A transfiguração, no alto de uma montanha,
devia ajudá-los a firmarem sua fé nele, vendo sua glória divina e ouvindo a voz de Deus Pai: “é meu filho amado: escutai o que ele diz” (cf
Mc 9,7). Deus socorre nossa fragilidade na fé.
A fé é purificada e cresce na medida em que “ouvimos
Deus”. De nossa parte, a fé é resposta a Deus, que se manifesta, de
modo especial, na sua Palavra. Jesus é Palavra viva de Deus para
nós. Escutar e acolher esta “palavra” nos traz a certeza do amor e
da fidelidade de Deus, como aconteceu com São Paulo, a ponto de
poder exclamar: “se Deus é por nós, quem será contra nós? Se Deus
entregou por nós seu próprio Filho, para resgatar-nos de nossos pecados, não nos daria também tudo o que precisamos e pedimos?!” (cf
Rm 8, 31-34).
Somos ainda muito “fracos na fé”, pessoas “de pouca fé” (cf
Mt 8,26). A Quaresma nos chama a “purificar o olhar da nossa fé”, a
crescer na fé, alimentando nosso espírito na sua Palavra viva e aprofundando nossa comunhão e sintonia com Ele.
Artigo publicado no Jornal O SÃO PAULO - Edição 3041 – 4 a 10 de
março de 2015.
Por Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo
Fevereiro - 2015
O SERVO
Igreja
O caminho de Jesus sempre nos leva à felicidade
Por Redação
ROMA, 01 de Março de 2015 (Zenit.org)
Apresentamos as palavras pronunciadas pelo Papa Francisco, da janela do
Pálacio Apostólico, diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para rezar o Angelus.
Irmãos e irmãs, bom dia.
Domingo passado a liturgia nos apresentou Jesus tentado por Satanás no deserto, mas vitorioso sobre a tentação. À luz desse Evangelho, tomamos novamente consciência de nossa condição de pecadores, mas também
da vitória sobre o mal oferecida àqueles que seguem o caminho da conversão
e, como Jesus, querem fazer a vontade do Pai. Neste segundo domingo da
Quaresma, a Igreja nos indica a meta deste caminho de conversão, ou seja, a
participação na glória de Cristo, que resplandece no rosto do Servo obediente,
que morreu e ressuscitou por nós.
O Evangelho narra o evento da Transfiguração, o cume do ministério público de Jesus. Ele está a caminho de Jerusalém, onde se cumprem
as profecias do "Servo de Deus" e se consumirá o seu sacrifício redentor. As
multidões não compreendem isso: diante da perspectiva de um Messias que
contrasta com suas expectativas terrenas, o abandonam. Eles achavam que o
Messias seria um libertador do domínio romano, um libertador da pátria e esta
perspectiva de Jesus não agrada, e eles o deixam. Também os Apóstolos não
entendem as palavras com que Jesus anuncia o êxito da sua missão na paixão
gloriosa paixão, não entendem! Jesus, então, toma a decisão de mostrar a
Pedro, Tiago e João, uma antecipação de sua glória, que acontecerá após a
ressurreição, para confirmá-los na fé e encorajá-los a segui-lo no caminho da
prova, no caminho da Cruz. E assim, em um monte alto, imerso na oração,
se transfigura diante deles: o seu rosto e toda a sua pessoa irradia uma luz
fulgurosa. Os três discípulos se assustam, enquanto uma nuvem os encobre
e soa do alto- como no Batismo no Jordão - a voz do Pai: "Este é meu Filho
muito amado; ouvi-o" (Mc 9,7). Jesus é o Filho que se fez Servo, enviado ao
mundo para realizar através da Cruz o projeto de salvação, para salvar a todos
nós. A sua plena adesão à vontade do Pai torna sua humanidade transparente
à glória de Deus, que é Amor.
Jesus revela-se como o ícone perfeito do Pai, o esplendor da sua
glória. É o cumprimento da revelação; por isso, ao lado dele transfigurado
aparecem Moisés e Elias, representando a Lei e os Profetas, como se quisesse
dizer que tudo termina e começa em Jesus, na sua paixão e na sua glória.
A mensagem para os discípulos e para nós é esta: "Escutai-o!".
Escutem Jesus, Ele é o Salvador: sigam-no. Ouvir Cristo, de fato, consiste em
assumir a lógica do seu mistério pascal, colocar-se em caminho com Ele para
fazer da própria existência um dom de amor aos outros, em dócil obediência
à vontade de Deus, com atitude de despojamento das coisas mundanas e de
liberdade interior. Em outras palavras, estar preparado para "perder a própria
vida" (cf. Mc 8,35), doando-a a fim que todos os homens sejam salvos: assim,
nos encontraremos na felicidade eterna. O caminho de Jesus sempre nos leva
à felicidade, não se esqueça! O caminho de Jesus sempre nos leva à felicidade. Haverá sempre uma cruz no meio, das provas mas no final sempre nos
leva à felicidade. Jesus não nos engana, nos prometeu a felicidade e nos dará
se seguirmos em seus caminhos.
Com Pedro, Tiago e João subamos também nós hoje ao Monte da
Transfiguração e paremos para contemplar o rosto de Jesus, para colher a
mensagem e traduzi-la em nossas vidas, para que nós também possamos ser
transfigurados pelo amor. Na realidade, o amor é capaz de transfigurar tudo.
O amor transfigura tudo! Vocês acreditam nisso? Sustente-nos neste caminho
a Virgem Maria, que agora invocamos com a oração do Angelus.
(Depois do Angelus)
Queridos irmãos e irmãs,
Infelizmente, não para de chegar notícias dramáticas da Síria e do
Iraque, relativas a violência, sequestros de pessoas e abusos que atingem cristãos e outros grupos. Queremos assegurar aos envolvidos nestas situações que
não nos esquecemos deles, mas estamos próximos e rezamos insistentemente
para que o quanto antes se coloque um fim à brutalidade intolerável da qual
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são vítimas. Junto com os membros da
Cúria Romana ofereci nesta intenção a
última Santa Missa dos Exercícios Espirituais, sexta-feira passada. Ao mesmo tempo peço a todos, segundo as
suas possibilidades, que se empenhem
para aliviar o sofrimento daqueles que
são provados, muitas vezes, por causa
da fé que professam. Rezemos por estes irmãos e irmãs que sofrem por causa da fé na Síria e no Iraque... Rezemos
em silêncio...
Desejo recordar também
a Venezuela, que está vivendo novamente momentos de grande tensão.
Rezo pelas vítimas e, em particular,
pelo menino morto há alguns dias em San Cristobal. Exorto todos a rejeitar
a violência e a respeitar a dignidade de cada pessoa e a sacralidade da vida
humana e encorajo-os a empreender um caminho comum pelo bem do país,
para abrir espaços de encontro e de diálogo sincero e construtivo. Confio o
querido país à materna intercessão de Nossa Senhora de Coromoto.
Dirijo uma cordial saudação a todos - famílias, grupos paroquiais,
associações - peregrinos de Roma, da Itália e de outros países. Saúdo os fiéis
de San Francisco, Califórnia, e os jovens das paróquias da ilha de Formentera. Grupos de Fontaneto d'Agogna e Montello; Corpo de Bombeiros de
Tassullo; e os jovens de Zambana.
Saúdo cordialmente os seminaristas de Pavia, juntamente com seu
reitor e diretor espiritual. Eles acabaram de terminar o retiro e hoje retornam
à diocese. Pedimos por eles e por todos os seminaristas a graça de se tornarem
bons sacerdotes.
Desejo a todos um bom domingo. Não se esqueça, por favor, rezem por mim. Bom almoço e adeus!
Mendigo foi enterrado no Cemitério Teutônico
Por Sergio Mora
ROMA, 25 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)
Willy Herteleer, flamengo, mendigo por anos na região da
Basílica de São Pedro, foi enterrado no Cemitério Teutônico, localizado dentro do Vaticano. Vindo da Holanda cerca de 30 anos atrás,
ele perdeu o emprego e vivia em condições precárias.
O fato não teria relevância se não fosse por este cemitério,
originalmente destinado para os peregrinos que chegavam do norte
da Europa e morriam em Roma, através dos séculos ter sido destinado a aristocráticas, nobres e cavaleiros teutônicos.
Herteleer era muito conhecido, particularmente na igreja de
Santa Ana, localizada em uma das entradas do Vaticano, onde ele ia
à missa todos os dias. "Meu remédio é a comunhão" era uma de suas
frases favoritas. E convidava os jovens para ir à missa e confessar.
Herteleer morreu em 12 de dezembro no hospital romano
Santo Spirito, e no dia 09 de janeiro houve a cerimonia no Cemitério
Teutônico presidida por Mons. Amerigo Ciani. Na verdade, Ciani, que
tem como passatempo a pintura, e retratou o mendigo por duas vezes,
foi quem percebeu a ausência do flamengo. Ele foi informado que o
corpo estava no IML e providenciou o enterro no Vaticano.
O número dois da Sala de Imprensa da Santa Sé, questionado por ZENIT, informou que este homem tinha sido encontrado em
um lar de idosos no bairro Tuscolano, mas ele quis voltar para a região
do Vaticano para converter os outros mendigos que moravam lá. Ele
costumava dormir no túnel do estacionamento junto com outros oito
desabrigados.
No presépio que a cada ano é montado na Igreja de Santa
Ana, neste Natal, quiseram representa-lo. Ele está a direita, estendendo sua mão.
Fevereiro - 2015
O SERVO
Santas Missões Populares e apresentação do novo
assessor foram destaques da reunião de formação
permanente dos diáconos da diocese de Jundiaí
A CDD - Comissão Diocesana dos Diáconos Permanentes da diocese de Jundiaí realizou a primeira reunião de formação
permanente de 2015, com destaque para as Santas Missões Populares e para a apresentação do padre Agnaldo Tavares Ribeiro, da
paróquia São João Bosco de Jundiaí como novo assessor da CDD.
Padre Agnaldo substitui padre Norberto Savieto, que está em missão
na Amazônia.
A reunião aconteceu no sábado, 21 de fevereiro, as 9h, iniciando com oração dirigida pelos diáconos da Região V de Pastoral. Em
seguida, o presidente da CDD, diácono Vitório Angelo Durigati apresentou a diretoria da CRD SUL 1 – Comissão Regional dos Diáconos
do Estado de São Paulo, presidida pelo diácono José Getúlio do Nascimento. A diretoria realizou reunião em sala da Cúria Diocesana com
o bispo referencial dom Vicente Costa.
A apresentação do tema das Santas Missões Populares
foi feita pelo coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, padre
Leandro Megeto, que detalhou pontos importantes desse importante
evento diocesano, cujo primeiro Retiro de Formação será nos dias 26
a 28 de junho deste ano em Itupeva.
Dom Vicente deu as boas vindas aos diáconos e esposas e falou sobre as partes da missa que cabem ao diácono. “É necessário conhecer bem a Liturgia e as funções do diácono, para as celebrações
mantenham o brilho e a eficácia”, falou o bispo. Em seguida, deu
posse ao novo assessor, padre Agnaldo Tavares Ribeiro. A reunião foi
encerrada as 12h15, com a bênção.
De Jundiaí, SP, diáconos Benedito Pedro de Toledo e José Carlos
Pascoal
Dom Vicente apresenta o novo assessor, padre Aguinaldo.
O tema das Missões foi apresentado pelo padre Leandro
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Notícias
Equipe de Coordenação do Fórum das Pastorais
Sociais faz estudo do Texto-base da CF 2015
Reunida na quarta-feira, 25 de fevereiro, as 9h, na sede da Pastoral do
Menor da Arquidiocese de São Paulo, Praça da Sé, a Equipe de Coordenação do
Fórum das Pastorais Sociais do Regional Sul 1 da CNBB fez estudo do Textobase da Campanha da Fraternidade de 2015 “Fraternidade: Igreja e Sociedade”.
A síntese foi apresentada pelo diácono Carlos Alberto Barbosa, da Pastoral
Carcerária da Arquidiocese de Campinas e representante da Sub-Região Campinas. “Há muitas pistas de ação no Texto-base que podem ajudar na reflexão, em
especial a solidariedade. Pena que há paróquias que não fazem nos seus grupos,
pastorais e movimentos a reflexão”, disse na introdução.
“Percebe-se a globalização da indiferença. O papa Francisco vem
alertando sobre isso. Há também certo saudosismo com relação a educação e
cultura de 40, 50 anos atrás. Os tempos são outros, é mudança de época, na qual
educar tornou-se tarefa difícil. Mas, com a ajuda da Igreja, a sociedade pode
criar a “sociedade do Bem Viver”. O diácono refletiu ainda a colaboração que a
Igreja no Brasil presta à sociedade através das Pastorais Sociais. “Mas não pode
ser uma ação meramente assistencialista, é preciso provocar uma promoção da
pessoa, da família assistida pelas pastorais”, exortou o diácono Carlos.
Juntamente com os demais membros da Equipe, o expositor mostrou
dados da violência urbana e rural que é muito preocupante. Foi destacada nesse
debate a ação de pessoas violentas que aproveitam as manifestações populares
para atos de vandalismo; a violência policial, as drogas, o trabalho escravo e a
prostituição infantil. Ao falar da imigração e migração, Ari Alberti, do Serviço
Pastoral do Migrante e do Grito dos Excluídos falou sobre o dever da Igreja em
ser acolhedora. “O cristão o é em qualquer circunstância. Se testemunhar isso na
sua vida pode ajudar a mudar a sociedade”, falou. Destacou ainda o fato de que
80 multimilionários no mundo tem riqueza superior a 99% da população mundial: “isso causa uma enorme violência moral, social e econômica”, completou.
Valter Cechetti, do CNLB, Sueli Camargo, da Pastoral do Menor e
diácono José Carlos Pascoal, da CRD Sul 1 destacaram que as Pastorais Sociais há tempos esperam um debate mais aprofundado das questões do direito e
da dignidade da pessoa, em especial da criança, da mulher, do idoso, do negro
e do índio e o Texto-base da CF 2015 oferece pistas para essa reflexão. “Nós
precisamos de Pastoral de Conjunto na Igreja, não de Conjunto de Pastorais”.
A proposta do Fórum das Pastorais Sociais mexer com as estruturas arcaicas,
motivando as pastorais, em especial pastorais sociais a ser Igreja testemunhal na
sociedade.
O Fórum iniciou um contato mais próximo com as Sub-regiões e dioceses, para levantamento da existência de Fóruns das Pastorais Sociais e saber
quem são os coordenadores das Pastorais Sociais. “O Fórum só tem eficácia se
for articulador de ações. Não interferir nas ações, mas fazer com que se juntem
forças”, disse o diácono Pascoal. Esse trabalho já foi completado na Sub-região
SP 2 por Lucília Vicente, da Pastoral da AIDS, e na Sub-região Campinas, pelo
diácono Carlos Barbosa. A 21ª edição do “Grito dos Excluídos” está sendo preparada pela equipe nacional, reforçada pela Pastoral da Juventude e Pastoral da
Mulher Marginalizada. A Semana do Migrante em junho terá como tema “Sociedade e Migração: não ao preconceito por direito e participação”.
O Serviço Pastoral do Migrante revelou ainda que chegam 2 ônibus
por semana em São Paulo trazendo imigrantes haitianos, que entram no país
pelo estado do Acre. Estão sendo acolhidos pela Missão Paz, Igreja Nossa Senhora da Paz e estão recebendo pouco apoio por parte da Prefeitura e Estado. A
Missão Paz tem oferecido cursos aos imigrantes e fazendo contatos e reuniões
com empresários interessados, para que se defendam os direitos trabalhistas dos
imigrantes. “A Prefeitura de São Paulo deveria ter um posto de atendimento,
acolhida e orientação e o Ministério do Trabalho deveria agilizar a emissão de
documentos para normalizar a situação dos imigrantes. Por falta de fiscalização,
já está havendo resgate de trabalhadores em situação de escravidão”, disse o
coordenador. Sueli Camargo anunciou a realização da “Via-Sacra da Criança e
do Adolescente”, da Arquidiocese de São Paulo no dia 27 de março, iniciando no
Pátio do Colégio, celebrando 4 estações, e encerrando na Praça da Sé. A Pastoral
Operária realizará eventos no dia Internacional da Mulher, revelou Aparecida, da
PO.
Participaram da reunião: Sueli Camargo e Ivan (Pastoral do Menor),
Lucília Vicente (Diocese de Santos), Valter Cechetti (Conselho de Leigos),
Reinaldo Oliveira (Pastoral Fé e Política), Aparecida Pereira Lima (Pastoral
Operária), diácono Carlos Alberto Barbosa (Sub-região Campinas), Ari Alberti
(Serviço Pastoral dos Migrantes) e diácono Pascoal (CRD Sul 1).
Fevereiro - 2015

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