assistência fisioterapêutica aos atletas de futsal do clube atlético

ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA AOS ATLETAS DE FUTSAL DO
CLUBE ATLÉTICO DEPORTIVO DE GUARAPUAVA
Alisson Ivanski (UNICENTRO) André Celso Matias (UNICENTRO), Ana
Luiza Rodakowiski (UNICENTRO), Bruno Miranda Minski (UNICENTRO),
Claudia Fernanda Paisan (UNICENTRO), Jaquelini Godói (UNICENTRO),
Joana Angelica Klosoviski Likes (UNICENTRO), Kelerman Ezequiel dos
Santos (UNICENTRO), Layara Maizi Casarotto dos Santos (UNICENTRO),
Lucas Valiati Batista (UNICENTRO), Luiz Fernando Howeler (UNICENTRO),
Paola Milagres (UNICENTRO), Raphaela Rosa Camargo (UNICENTRO),
Ricardo Moraes (UNICENTRO), Tiago Lemos da Silva (UNICENTRO),
Vanessa Cristina Novak (Orientador), Alberto Sumiya (Orientador), Aline
Cristina Carrasco (Orientador), e-mail: [email protected].
Universidade Estadual do Centro-Oeste/Setor de Ciências da
Saúde/Departamento de Fisioterapia
Palavras-chave: Fisioterapia; Esporte, Atletas; Futsal, Educação.
Resumo:
Programas de reabilitação promovem a cura de lesões e o retorno às
atividades. Atletas, necessitam de atenção diferenciada para prevenir
reincidências e reduzir afastamentos prolongados, garantindo a manutenção
ou melhora da performance. O objetivo de projeto foi oferecer atendimento
para diversas modalidades esportivas e habilidades e competências
relacionadas a fisioterapia desportiva para alunos da graduação.
Introdução
A proposta do projeto de extensão denominado Projeto de Extensão de
Assistência Fisioterapêutica aos Atletas de Futsal do Clube Atlético
Deportivo de Guarapuava, na modalidade Intervenção Extensionista na
categoria de Projeto de Extensão por tempo determinado, sem
financiamento externo, foi articulado às necessidades dos atletas em
receberem este tipo de atendimento para o tratamento de lesões e
prevenção das mesmas para manutenção da performance e possibilidade
de desempenhar suas atividades atléticas mais rapidamente, além de
proporcionar aos discentes do curso de Fisioterapia experiência
didática/profissional com esse tipo de paciente desenvolvendo programas de
reabilitação e estudos quantitativos, qualitativos e preventivos específicos
desta área. O objetivo inicial do projeto era promover atendimento
fisioterapêutico aos atletas de futsal do Clube Atlético Deportivo de
Guarapuava, porém como a procura por atletas de outras modalidades
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aconteceu e como a equipe executora era suficiente para atender, houve
então a abertura para o atendimento desses outros atletas.
Materiais e Métodos
Participaram do Projeto 3 professores e 15 alunos de diferentes anos: 1 do
segundo ano, 10 do terceiro e 4 do quarto, que trabalhavam divididos em
grupos e turnos.
O atendimento (Figura 1) acontecia 4 vezes por semana, duas pela
manhã e duas a tarde, com duração de 1 a 2 horas por período. Os atletas
pertenciam a diversas modalidades esportivas, mas principalmente:
atletismo, handebol, futsal, futebol e ciclismo.
Os encaminhamentos eram feitos diretamente pelos times ou clubes,
passavam por avaliação fisioterápica e recebiam tratamento sem número de
sessões definido.
Os alunos contavam com supervisão contínua e discussões de caso
para aprimoramento dos conhecimentos na área desportiva.
Figura 1 – Exemplo de Atendimento de Atleta Ciclista realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da UNICENTRO
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Resultados e Discussão
Foram atendidos no referido projeto 30 atletas, sendo 22 do gênero
masculino e 8 do gênero feminino, totalizando 220 atendimentos, no período
de 03/03/2008 a 03/10/2009. As modalidades e tipos de lesões são
representadas em tabelas a seguir:
Modalidades Esportivas
n
Futsal
Futebol
Handebol
Ciclismo
Maratona
Bicicross
14
12
1
1
1
1
Tipo/local de Lesão
n
Joelho
Tornozelo
Desvio Postural
Pés
Lombalgia
Lombociatalgia
Paturrilha
Cotovelo
Pubalgia
Ombro
11
8
2
1
1
1
1
2
1
2
Os critérios de catalogação do conceito de lesão nos esportes, assim como
a os métodos investigativos encontram ainda dificuldades para
estabelecerem protocolos adequados ao delineamento de diferentes estudos
(VITAL et al., 2007). Contudo, de acordo com o modelo multifatorial de
causalidade de lesões musculares, hoje vastamente aceito, é fundamental a
aplicação de medidas de proteção e prevenção específicas (NATHANSON
et al., 2002). Jekel et al (1999) alegam que as lesões musculares são as que
com maior freqüência se apresentam e se tratam em medicina desportiva,
responsáveis por um percentual de 42%, seguido por 23% das lesões
ligamentares. Segundo Armstrong (1990) e Smith (1991), nessa instância a
lesão pode parecer parte integrante do processo de treinamento e da
competição. O fato é que para atletas altamente treinados pode haver algum
prejuízo ocasional, no qual quando exige tratamento, o mesmo não parece
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requisitar nada além de um apropriado período de recuperação. O baixo
número de afastamentos e a presença fraca dos praticantes do nosso
estudo na reabilitação ou volta sintomática a prática do esporte pode ter
relação, portanto, com essa constatação.
Conclusões
A partir da relação de atendimentos pode-se verificar que os acadêmicos
envolvidos puderam ter uma experiência extra aulas grande, dessa forma
pode-se concluir que as Instituições de Ensino Superior podem ser
consideradas ferramentas integradoras entre o conhecimento e a sociedade
em geral, dissipando o conhecimento, prestando serviço e ao mesmo tempo
dando uma vivência profissional aos discentes dentro da própria academia,
através da realização da extensão, como o proporcionado pelo projeto de
extensão Assistência Fisioterapêutica aos Atletas de Futsal do Clube Atlético
Deportivo de Guarapuava.
Referências
Armstrong, R.B. Initial events in exercise, muscle damage and fatigue. Med
Sci Sports Exe. 1990, 22.
Cohen, Moíses; Abdalla, R.J. Lesões nos Esportes. Rio de Janeiro: Revinter,
2005.
Jekel, J.F; Elmore J.G; Katz D.L. Epidemiologia, estatística e medicina
preventiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
Nathanson A, et al. Surf injuries. Am J. of Emergency Med. 2002, v. 20, n. 3.
Smith, L.L. Acute inflammation: the underlying mechanism in delayed onset
muscle soreness? Med Sci Sports Exerc. 1991, 23.
Vital R, et al. Lesões traumato-ortopédicas em atletas paraolímpicos. Rev
Bras Med Esporte. 2007, maio/jun, v.13, n.3.
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