Características físico-químicas e sensorial de chantilly adicionado
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Características físico-químicas e sensorial de chantilly adicionado
Características físico-químicas e sensorial de chantilly adicionado de soro de leite em pó 1 1 1 Aline de Souza Montorsi , Marilândia Rafaela de Ramos Reis , Natália Reis Mendes , Vanessa Riani Olmi Silva2, Aurélia Dornelas de Oliveira Martins2 e José Manoel Martins2 1 Estudantes do Curso de Tecnologia de Laticínios 2Docentes do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, Câmpus Rio Pomba, Rua Dr José Sebastião da Paixão S/N, Bairro Lindo Vale, Rio Pomba-MG, CEP 36180-000 ([email protected]). Resumo - O objetivo deste trabalho foi elaborar o creme chantilly adicionado de soro em pó avaliar as características físicoquímicas e aceitabilidade do produto. O experimento foi desenvolvido no Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba, no período de março a novembro de 2010. Foram utilizados creme de leite fresco, soro em pó, açúcar refinado e essência de baunilha. As amostras de creme chantilly foram analisadas quanto ao teor de proteina, acidez, gordura e textura em diferentes porcentagens de soro. O grau de aceitabilidade foi avaliado por meio de escala hedônica. As formulações apresentaram igual teor de gordura. O teor de proteina aumentou proporcionalmente com as diferentes concentrações de soro em pó. O soro em pó pode ser utilizado no processamento do chantilly sem causar alterações nas suas características físico-químicas e sensorial. Do ponto de vista nutricional é viável a produção de chantilly adicionado de soro em pó, uma vez que aumenta a porcentagem de proteina do produto e apresenta aceitação entre gostei ligeiramente e gostei muito. A substituição do leite pelo soro em pó diminui os custos de fabricação do produto e constitui uma forma racional de aproveitamento deste resíduo secundário de excelente valor nutritivo. Palavras-chave: soro de leite, produto lácteo, análise sensorial. Physicochemical and sensory features of whipped cream added of whey powder Abstract - The objective of this study was to prepare the whipped cream added whey powder and evaluate the physicochemical characteristics and acceptability of the product. The study was carried out in Department of Food Science and Technology, of Federal Institute of Education Science and Technology Southeastern Minas Gerais - Campus Rio Pomba. Fresh cream, whey powder, sugar and vanilla essence were used. Samples of whipped cream were analyzed for protein content, acidity, fat and texture at different percentages of serum. The acceptability was evaluated using a hedonic scale. The formulations showed equals contents of fat and texture value. The protein content increased proportionally with the different concentrations of whey powder. The whey powder can be used in processing of the whipped cream without causing changes in its physicochemical and sensorial characteristics. From a nutritional standpoint is viable the whipped cream production added of whey powder, once that increases the percentage of product protein and presents acceptance among liked slightly and liked very. The replacement of the milk whey powder decreases of the product manufacturing costs and constitutes a rational form of utilization of this residue of excellent nutritional value. Keywords: whey, milk product, sensorial assessment. Introdução As sobremesas lácteas são produtos obtidos a partir do leite, que pela ação de agentes espessantes ou geleificantes adquirem consistência semissólida. Sua estabilidade depende muito da tecnologia de fabricação, das características intrínsecas de cada produto e da estocagem sob condições refrigeradas (Nunes et al., 1998 citado por Henrique et.al., 2009). No preparo de sobremesas lácteas, além do creme de leite, o soro lácteo é comumente empregado para substituição parcial da gordura ou enriquecimento proteico dos produtos. O chantilly é uma sobremesa láctea fabricada à base de creme de leite, um produto lácteo, separado do leite por desnate centrífugo ou natural, que contém os mesmos constituintes deste, porém rico em gordura na forma de uma emulsão de gordura em água (Silva, 2010). As sobremesas lácteas prontas para comer, apresentaram importante crescimento nas últimas décadas. Os ingredientes inovadores e os sistemas tecnológicos aplicados nas fábricas de laticínios têm proporcionado novas alternativas às sobremesas lácteas clássicas feitas em casa, permitindo a produção de sobremesas com novos sabores, com maior digestibilidade e maior valor nutritivo (Valduga, 2006). Apesar de ser considerado produto nobre pelo seu teor de proteínas solúveis, ricas em aminoácidos essenciais, pela presença de vitaminas do grupo B e pelo elevado teor de lactose e sais, durante muito tempo o soro foi considerado um resíduo industrial ou produto com valor comercial residual, incorporado em rações animais ou descartado em cursos de água, provocando uma poluição ambiental de elevada significância, por possuir elevada Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), variando de 30.000 mg/L a 60.000 mg/L (Siqueira et al., 2002; Tullio, 2007). Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, Número Especial, p.45-49, dez. 2013 45 Atualmente, novas formas de utilização de soro de leite vêm sendo desenvolvidas pelas indústrias, entretanto, é na indústria de alimentos que este subproduto é mais empregado (Oliveira, 2006), como, por exemplo, na formulação de bebidas lácteas, leites fermentados, mistura em sucos, ricota, entre outros produtos (Richards, 2002). Dadas às suas excelentes propriedades biológicas, tecnológicas e nutricionais, cada vez mais o soro de leite é tratado como um produto com elevado valor agregado (Tullio, 2007). As proteínas do soro podem ser usadas numa grande variedade de aplicações na indústria de alimentos por oferecerem uma série de benefícios funcionais e tecnológicos, entre os quais: solubilidade, viscosidade, emulsificação e geleificação (Tullio, 2007; Antunes, 2003). Uma tendência atual, na indústria de alimentos, é a busca de novas tecnologias, principalmente, visando ao aproveitamento de subprodutos (Silva, 2006). A composição do soro de leite confere grandes possibilidades de emprego pelas indústrias alimentícias, porém ainda não é totalmente explorado. Há necessidade de maior incentivo de aproveitamento do soro em função do valor nutricional, enorme volume de produção devido à plena expansão das queijarias, além de gerar benefícios com a redução do volume de resíduos a ser tratado por essas indústrias (Viotto & Machado, 2007). O chantilly ainda é um produto pouco pesquisado em relação as suas características físico-químicas e sensoriais. Pode ser usado em confeitarias, adicionado ao café, no acompanhamento de frutas e pode ser consumido puro. O objetivo deste estudo foi avaliar as características físico-químicas e aceitação sensorial de chantilly elaborado com várias porcentagens de soro em pó. Material e Métodos O trabalho foi desenvolvido nos Laboratórios de Físicoquímica e Sensorial do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba (IF Sudeste MG – Campus Rio Pomba), no período de março a novembro de 2010. Elaboração do chantilly Na elaboração do chantilly foram utilizados creme de leite fresco, soro em pó nas concentrações 0, 5, 10, 15 e 20%, açúcar refinado e essência de baunilha. Utilizaram-se 12 litros de creme de leite pasteurizado (75 ºC/20'), padronizado com leite desnatado para 40% de gordura e mantido em câmara fria por 19 horas. Para preparação do chantilly, 2 litros de creme de leite foram acrescidos de 200 gramas de açúcar (10%), 10 gotas de essência de baunilha líquida e soro em pó de acordo com as porcentagens estabelecidas para cada produto. Os 46 ingredientes foram agitados em batedeira até a obtenção da textura característica. Após o preparo, foram realizadas análises físicoquímicas e sensorial dos diferentes produtos. Análises físico-químicas As amostras de chantilly foram analisadas quanto à acidez, teor de gordura e proteina de acordo com as metodologias propostas pelo Manual do Instituto Adolfo Lutz (2008) e valor de textura. Para análise de acidez, foram pesadas 10 g da amostra, adicionadas 50 mL de água destilada e homogeneiza. Adicionaram-se 10 gotas de solução de fenolftaleína a 1 % e titulou-se com a solução de hidróxido de sódio 0,1 N até aparecimento de coloração rósea persistente por aproximadamente 30 segundos. Para verificar o teor de gordura no creme, transferiram-se com uma pipeta 5 mL da amostra homogeneizada para butirômetro contendo 10 mL de solução de ácido sulfúrico. Acrescentaram-se 5,0 mL de água e 1,0 mL de álcool isoamílico. Tampou-se o butirômetro, agitando-o vigorosamente e centrifugou-se durante 5 minutos a 1.200 rpm, incubando-se em banho-maria a 65 °C por 10 minutos. Retirou-se o butirômetro do banho-maria e fez-se a leitura direta da porcentagem de gordura da amostra. Para verificar o teor de proteína, pesou-se em balança analítica um grama da amostra e transferiu-se para tubo de Kjeldahl. Adicionaram-se 2,5 gramas de mistura catalítica e 7 mL de ácido sulfúrico, aquecendo-se a mistura em bloco digestor a temperatura de 50 ºC por uma hora, elevando-se a temperatura gradativamente até atingir 400 ºC. Quando o líquido se tornou límpido e transparente, de tonalidade azul esverdeada, retirou-se do aquecimento e prosseguiu-se a destilação. Na destilação acoplou-se ao destilador um erlenmeyer contendo 20 mL de solução de ácido bórico a 4% com 5 gotas de solução de indicador misto. Adaptou-se um tudo de Kjeldahl ao destilador e adicionou-se a solução de hidróxido de sódio a 50% até que a mesma se tornasse negra. Procedeuse a destilação coletando cerca de 100 mL do destilado, titulando-se com solução de ácido sulfúrico 0,1N até a viragem do indicador. Na avaliação instrumental da textura, a firmeza é definida como a força (em g, kg ou N), requerida para comprimir o produto em distância pré-selecionada (força tomada como 25 % da compressão de 25 mm). As amostras foram analisadas em aparelho analisador de textura Texture Analyzer MT3 com capacidade para 50 kg. As condições empregadas neste teste foram as seguintes: Modo = Normal, trigger (g) = 10, Deformation (mm) = 15 e Speed (m/s) = 1,0. O experimento foi conduzido obedecendo a um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos (concentrações de soro em pó) e três repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão linear e quadrática. Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, Número Especial, p.45-49, dez. 2013 Resultados e Discussão De acordo com os resultados da análise de variância dos dados houve efeito significativo de concentrações de soro em pó adicionado para as características acidez, proteína e textura, o mesmo não acontecendo para teor de gordura. Os resultados médios obtidos nesta pesquisa para as análises físico-químicas dos chantillys elaborados com diferentes concentrações de soro em pó foram de: gordura 31,6%, acidez = 0,14%, proteina = 1,66% e textura = 115,50 G, com amplitudes de variação de 27 a 39%, 0,08 a 0,20%, 0,90 a 2,60% e 108,34 a 136,67 G, respectivamente. Mesmo sem efeito significativo de concentrações de soro em pó adicionado ao produto sobre o teor de gordura, observa-se, na Figura 1, que houve uma tendência de aumento do teor desta característica com as concentrações do soro em pó adicionadas, cujo incremento foi de 0,5% para cada unidade percentual de soro em pó adicionado ao produto. Segundo Akoh (1998) citado por Nikaedo et al. (2004), a gordura é responsável pela cremosidade e maciez do alimento na boca, contribuindo também na aparência, palatabilidade e lubrificação dos alimentos, além de aumentar a sensação de saciedade durante as refeições. Valduga et al. (2006) descreveram as características nutricionais do pão de leite-tipo hot dog adicionado de soro de leite em pó de 0; 25; 50; 75 e 100 % e verificaram que à medida que se aumentava a quantidade de soro de leite desidratado nas formulações dos pães, aumentava a quantidade de lipídios na massa. Na Figura 2, verifica-se que o teor de acidez do chantilly elaborado aumentou de forma linear em função do soro em pó adicionado, a razão de 0,006% por unidade percentual de soro em pó adicionado. O coeficiente de determinação R2 indicou que 98,68% da variabilidade da acidez do chantilly elaborado pode ser explicada pela variabilidade do soro em 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Y = 26,6000 + 0,5000X R² = 0,7891 0 5 10 15 Soro em pó adicionado (%) 20 Figura 2. Porcentagem de gordura do chantilly elaborado em função do soro em pó adicionado. Y = 0,0760 + 0,0060X R² = 0,9868 0,25 % Acidez As amostras de chantilly foram analisadas quanto à aceitação sensorial por meio de escala hedônica conforme metodologia descrita pelo Adolfo Lutz (2008). As amostras e fichas de avaliação foram oferecidas a 50 provadores não treinados, solicitando que cada um marcasse na ficha a resposta que julgasse conveniente. Foram feitas três repetições, sendo que cada provador provou cinco amostras. As fichas foram coletadas e as respostas convertidas em escores que variaram de 1 a 9, desde desgostei extremamente até gostei extremamente. Os níveis hedônicos foram: 9 – gostei extremamente, 8 – gostei muito, 7 – gostei moderadamente, 6 - gostei ligeiramente, 5 – indiferente, 4 – desgostei ligeiramente, 3 – desgostei moderadamente, 2 - desgostei muito, 1 – desgostei extremamente. A análise estatística dos dados foi realizada obedecendo a um delineamento em blocos casualizados e comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. % Gordura Avaliação sensorial 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 0 5 10 15 20 Soro em pó adicionado (%) Figura 2. Porcentagem de acidez do chantilly elaborado em função do soro em pó adicionado. pó adicionado. O restante (1,32%) pode ser explicado por outros fatores não medidos ou aleatórios. Pela Figura 3, pode-se observar que a porcentagem de proteina aumentou proporcionalmente ao aumento da concentração de soro no chantilly, cujo incremento foi de 0,0846% para cada unidade percentual de soro em pó adicionado ao produto. O coeficiente de determinação R2 indicou que 98,35% da variabilidade da proteina do chantilly elaborado pode ser explicada pela variabilidade do soro em pó adicionado. O restante (1,62%) pode ser explicado por outros fatores não medidos ou aleatórios. Resultados semelhantes foram observados por Rodrigues et al. (2006), ao avaliarem o uso de soro em pó na produção de sorvete. Esse aumento é justificado pelo teor de proteina do soro em pó. O produto acrescido de soro é mais nutritivo possuindo maior teor proteico e vitamínico, concordando com Cristianini & Roig (1987). Conforme resultados demonstrados na Figura 4, a Textura do chantilly elaborado diminuiu de forma quadrática com o incremento do soro em pó adicionado, atingindo textura mínima estimada de 13,40% na concentração de 2 105,98 G. O coeficiente de determinação R indicou que Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, Número Especial, p.45-49, dez. 2013 47 85,71% da variabilidade da característica pode ser descrita pela curva de regressão quadrática e o restante pode ser atribuído a fatores do acaso e outros que não foram considerados no estudo. Y = 0,81 + 0,0846X R² = 0,9835 3,00 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 0 5 10 15 20 Soro em pó adicionado (%) Figura 3. Porcentagem de proteina do chantilly elaborado em função do soro em pó adicionado. Y = 133,74 - 4,1445X + 0,1547x2 R² = 0,8571 Pmáx(13,40; 105,98) 140 Textura (G) 130 120 7,2 110 6,8 6,6 100 90 80 0 5 10 15 Soro em pó adicionado (%) 20 Figura 4. Textura do chantilly elaborado em função do soro em pó adicionado. A Figura 5 representa os resultados obtidos para a aceitação das diferentes formulações do chantilly produzido. Verifica-se que Os graus de aceitação sensorial para as diferentes formulações situaram-se entre gostei ligeiramente (escore 6,4) e gostei moderadamente (escore 7,2). Segundo os provadores o emprego de 5% e 10% de soro em pó ao chantilly proporcionaram melhor aceitabilidade do produto. As amostras de 0% (controle), 15% e 20% ficaram entre gostei ligeiramente e gostei moderadamente. Madrona et al. (2009) substituindo parcialmente o leite por soro em pó ou in natura na fabricação de doce de leite observaram que o emprego de 25% de soro de queijo in natura resultou em um doce de leite com melhor aparência. Em geral, as formulações foram bem aceitas em relação à aparência, 48 7,1 6,4 Escores médios % Proteina 2,50 sendo que a maioria das médias oscilou entre “gostei ligeiramente” e “gostei muito”. Os doces com substituição de 50% de soro in natura ou pó apresentaram um sabor menos enjoativo. Eles perceberam que quanto maior a percentagem de soro de leite empregado, tanto in natura quanto em pó, maior a intenção de compra. Estes resultados são contraditórios aos encontrados no presente estudo, uma vez que a amostra com 5% de soro em pó obteve maior aceitação quando comparada com as amostras com 15% e 20% de soro em pó. A formulação de pão de leite - tipo hot dog, com 25 % de soro de leite desidratado, apresentou as melhores características de sabor e aceitação geral. Já no presente estudo, chantilly elaborado com 20% de soro em pó apresentou aceitação sensorial entre gostei ligeiramente e gostei moderadamente, sendo a amostra mais aceita a elaborada com 5% de soro em pó. O soro concentrado ou seco pode ser usado como aditivo em vários gêneros alimentícios destinados ao consumo humano. Segundo Cristianini & Roig (1987), o iogurte adicionado do soro em pó em níveis de 0,7 a 1,5% apresentou melhor viscosidade, menor tempo de coagulação, melhor firmeza e ausência de sinérese. Os produtos lácteos acrescentados de soro em pó são bem aceitos pelos provadores. Silva & Bolini (2006) ao avaliarem a aceitação sensorial de sorvete em que 100, 80, 60 e 30% do leite desnatado foi substituído por soro ácido, verificaram que não houve diferença significativa ao nível de 5% de significância entre as amostras quanto ao gosto doce. 0 5 10 15 20 Soro em pó adicionado ao chantilly (%) Figura 5. Aceitação por escala hedônica de chantilly adicionado de diferentes concentrações de soro em pó. Conclusões 1. O soro em pó pode ser utilizado no processamento do chantilly sem causar alterações nas características físicoquímicas e na qualidade sensorial do produto elaborado. 2. Do ponto de vista nutricional é viável a produção de chantilly adicionado de soro em pó, uma vez que aumenta a porcentagem de proteina do produto à medida que se aumenta a concentração de soro em pó e apresenta aceitação entre gostei ligeiramente e gostei muito. Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, Número Especial, p.45-49, dez. 2013 3. A substituição do leite pelo soro de leite em pó significa para a indústria diminuição nos custos de fabricação e uma forma racional de aproveitamento deste resíduo secundário de excelente valor nutritivo. Referências ADOLFO LUTZ, Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020p. ANTUNES, A.J. Funcionalidades de proteínas do soro de leite bovino. Editora Manole Ltda. Barueri, SP. p. 21-35. 2003. CRISTIANINI, M.; ROIG, S.M. Uso de sólidos de soro de queijo na fabricação de iogurte. Revista Instituto Laticínios Cândido Tostes, v.42, n.250, p.41-44, 1987. 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