Flores Cortadas

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Flores Cortadas
III – 02 Flores Cortadas
[Esportes e Hobbies]
1. Definição da Categoria
Esta categoria inclui flores cortadas, botões de flores, folhagens, ramos, grama e fungos conforme os
números de HS exibidos abaixo.
Números de HS
0603
0604
Commodity
Flores cortadas
Outras partes de plantas (folhagem, ramos, grama, etc.)
Notas:
1. Esta categoria não inclui flores cortadas com terra, nem bulbos ou plantas vivas.
2. O material vegetal que será utilizado em alimentos, mesmo que o conceito constitua-se em uma forma de flores
cortadas (como couves-flores e brócolis), é considerada uma forma de vegetal fresco e não está incluso nesta
categoria.
3. O material vegetal que não será utilizado para ornamento, mas para criação e cultivo não está incluso nesta
categoria.
4. Pinturas e outros trabalhos de arte que incorporam flores prensadas não estão inclusas nesta categoria.
2. Tendências de Importação
(1) Tendências Recentes na Importação de Flores Cortadas
A importação de flores cortada pelo Japão começou depois da década de 60, quando o Japão começou a
importação de crisântemos de Taiwan. Seguiu-se a importação de orquídeas do Sudeste Asiático. A
importação do Japão de flores cortadas declinou por um tempo depois do colapso da economia da bolha no
início da década de 90, mas exceto por esse intervalo, as importações de flores cortadas têm continuado em
uma trilha fundamentalmente de crescimento. As importações têm estabelecido recordes históricos, em
base de peso, a cada ano desde 1998. Todavia, a queda de preços unitários significa que as importações se
estabilizaram em um valor-base dos vários anos passados.
Em 2000, as importações de flores cortadas (incluindo folhagens cortadas e outras partes das plantas)
totalizaram 31.669 toneladas (12,2% acima do ano anterior), marcando pela primeira vez importações
alcançando sempre o nível de 30.000 toneladas. Essas importações foram equivalentes a um total de 22,4
bilhões de ienes (2,9% acima). Por tipo de flor, a importação mais comum foi da orquídea. A maioria das
orquídeas importada foi a Dendrobium thalaenopsis. A seguinte flor cortada mais importada foi o
crisântemo, seguido pelo lírio.
Figura 1 Importações de Flores cortadas do Japão
(¥ milhões)
(toneladas)
Flores cortadas
Outras partes de plantas
Unidades: toneladas, milhões de ienes
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Fonte: Japan Exports and Imports (Exportações e Importação no Japão)
JETRO
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(2) Importações por Local de Origem
Os exportadores principais de flores cortadas para o Japão são Tailândia, Holanda, República da Coréia, Taiwan,
Nova Zelândia dentre outros diversos cruzamentos de países de várias partes do mundo. As importações da
Holanda têm caído nos últimos anos, mas a maior eficiência na produção e distribuição tem cortado os custos de
produção ao mesmo tempo em que o iene se fortaleceu e o euro se enfraqueceu, trazendo vantagens. Como
resultado, as exportações holandesas tornaram a subir em 2000, colocando a Holanda na liderança em termos de
valores (20,8%) e em segundo lugar em termos de volume (16,4%). As principais flores cortadas holandesas
exportadas para o Japão são rosas, lírios, fresia e tulipas. A principal flor cortada que a Tailândia exporta para o
Japão é a orquídea, uma categoria onde lidera em termos de volume e está em segundo lugar em termos de
valor. A Tailândia construiu o crescimento de sua exportação na forte demanda e no enfraquecimento do bhat,
mas em 2000 viu um resultado em queda a partir do colapso das vendas no mercado doméstico deflacionário.
O exportador que têm registrado o mais perceptível crescimento nos últimos anos é a República da Coréia. O
governo tem encorajado ativamente a produção e exportação de produtos agrícolas como parte de seu programa
de promoção da exportação. A produtividade e qualidade têm aumentado firmemente e as áreas de produção de
flores têm se alongado por todos os lados. Fazendas de plantações de crisântemos para exportação para o Japão
começaram a produzir em grande escala no outono de 1999. Conseqüentemente, as exportações de flores
cortadas da República da Coréia têm se elevado nos últimos cinco anos de 92 para 2.730 toneladas. Em 2000, a
República da Coréia ficou em terceiro lugar na participação das importações com 13,8% de todas as
importações.
Em quarto lugar, estão as exportações de Taiwan principalmente de crisântemos para o Japão. Taiwan está
mudando para cultivo em estufa e está também trabalhando para melhorar a qualidade do produto. Em quinto
lugar estão as importações da Nova Zelândia principalmente de orquídeas para o Japão que têm a vantagem de
estar em estação contrária (hemisfério sul), provendo grandes quantidades para fornecimento durante o outono e
inverno japonês.
Figura 2 Principais Exportadores de Flores Cortadas para o Japão
Tendências no volume de importação
pelos principais exportadores
Participação na importação de flores cortadas
em 2000 (base em valores)
(toneladas)
Holanda
Tailândia
Outros
Holanda
R. Coréia
Tailândia
Taiwan
Nova Zelândia
Colômbia
Nova Zelândia
R. Coréia
Tailândia
Holanda
R. Coréia
Taiwan
Nova Zelândia
Outros
(União Européia)
Unidades: toneladas, milhões de ienes
Fonte: Japan Exports and Imports (Exportações e Importação no Japão)
Na área de outras partes de plantas para utilização em buquês e similares, a China é uma das principais
fontes de importação com 66,9% em base de volume e 42,5% em base de valores em 2000. Os
importadores seguintes em liderança são a Malásia e a Costa Rica (Veja Figura 3).
(3) Participação no Mercado de Importação no Japão
As fontes industriais dizem que as flores cortadas importadas coletivamente possuem somente cerca de 7%
do mercado japonês. Entretanto, essas fontes também dizem que esta participação pode aumentar, se os
produtores estrangeiros puderem fornecer vários tipos de flores incomuns no Japão ou puderem fornecer
durante os meses de outono e inverno japoneses quando houver pouco ou nenhum suprimento doméstico.
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Figura 3 Principais exportadores de outras partes de plantas para o Japão
Tendências no volume de importação
dos principais exportadores
Participação na importação de outras partes de
plantas em 2000 (base em valores)
(toneladas)
Outros
China
China
Costa Rica
EUA
Malásia
Itália
Malásia
China
Malásia
Costa Rica
EUA
Panamá
Outros
(União Européia)
Unidades: toneladas, milhões de ienes
Fonte: Japan Exports and Imports (Exportações e Importação no Japão)
3. Considerações-chave Relacionadas à Importação
(1) Regulamentos e Requisitos de Procedimentos no Momento da Importação
As flores cortadas, algumas vezes, estão sujeitas a Lei de Proteção Vegetal e a Convenção de
Washington quando são importadas. Além disso, as flores cortadas estão sujeitas a Lei de Sementes e
Mudas relativa ao registro da espécie.
1) Lei de Proteção Vegetal
Para prevenir a entrada e propagação de doenças e pestes de insetos prejudiciais de outros países, a Lei
de Proteção Vegetal obriga a inspeção de plantas quando forem importadas. Isso engloba também as flores
cortadas. O importador de flores cortadas deve submeter uma “Requerimento para a Inspeção de
Importações de Plantas e Artigos Proibidos Importados” junto com um “Certificado Fitossanitário” emitido
pela agência do governo competente do país exportador para o Posto de Proteção Vegetal no porto de
entrada (Entretanto, sob circunstâncias excepcionais, pode ser permitido que o exportador envie uma cópia
carbono ou xerográfica do certificado que contenha as mesmas informações de conteúdo).
Figura 4 Procedimentos da Lei de Proteção Vegetal
Aplicação para inspeção de importação para o Posto de Proteção Vegetal
(“Certificado Fitossanitário” emitido pela órgão governamental competente do país exportador)
Fiscalização da Importação
Se for detectada praga quarentenária
Esterilização
Destruição ou devolução
ao embarcador
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Se não for detectada praga quarentenária
Emissão do “Certificado de Quarentena Vegetal”
Procedimentos de desembaraço alfandegário
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(a) Itens Proibidos
As categorias seguintes de itens não podem ser importadas para o Japão
1) Infestação de insetos prejudiciais na quarentena e organismos de doenças na quarentena (proscrito pelo
Decreto Ministerial do Ministério da Agricultura, Floresta e Pescados)
2) Solo ou plantas plantadas na terra
3) Plantas proscritas pelo Decreto Ministerial do Ministério da Agricultura, Floresta e Pescados
4) Materiais acima em recipientes ou embalados
Flores cortadas com materiais de frutas frescas entram na categoria de plantas proibidas pelo Decreto
Ministerial do Ministério da Agricultura, Floresta e Pescados. Importadores devem contatar a Estação de
Proteção Vegetal antes de trazer esses materiais para o Japão. A importação de palha de trigo ou arroz de
determinadas áreas é proibida, desta forma os importadores devem contatar o Posto de Proteção de Plantas
antes da utilização de palha como material de embalagem.
(b) Designação do Porto de Entrada
Exceto quando importadas pelo correio, as flores cortadas devem ser importadas através de aeroportos e
portos designados. Como o inspetor de quarentena de plantas pode ordenar a descontaminação, caso animais
ou plantas prejudiciais em quarentena sejam encontrados durante a inspeção, é preferível importar através de
portos e aeroportos, que tiverem todas as instalações e equipamentos necessários para realizar a
descontaminação.
(c) Os requisitos do certificado de inspeção de plantas do país exportador
(d) Inspeção da Importação
As inspeções são conduzidas na carga embarcada por via aérea nos Postos de Proteção Vegetal dos
aeroportos ou outras localidades conforme especificado pelo inspetor de quarentena de plantas. As inspeções
são conduzidas na carga embarcada em containeres de navios no espaço de inspeção de plantas no depósito
do container. Depois dos conteúdos da carga terem sido verificados como consistentes com a forma de
aplicação, amostras serão tiradas de cada lote de embarque, cada país de origem e cada tipo de flor.
Qualquer carga que tenha sido inspecionada por um inspetor japonês de quarentena de planta ainda no país
exportador, antes do embarque, terá somente as amostras mínimas permissíveis tiradas para inspeção. As
plantas cortadas importadas por correio são inspecionadas no correio mediante a notificação do correio para
oficiais de alfândega.
(e) Descontaminação e destruição
Se for detectada infestação de insetos prejudiciais na quarentena, a carga deverá ser desinfetada, descartada
ou devolvida. Se forem encontrados organismos que provocam doenças na quarentena, as flores cortadas
devem ser recondicionadas, destruídas ou devolvidas para o embarcador. Se não houver nenhum método de
descontaminação que possa matar completamente todos os insetos na quarentena, as flores cortadas deverão
ser destruídas ou devolvidas para o embarcador.
<Destruição>
As flores cortadas devem ser destruídas se estiverem infestadas com as pestes de insetos na quarentena relacionadas no
Apêndice – Tabela 1 dos Regulamentos Obrigatórios da Lei de Proteção Vegetal (incluindo as moscas de frutas do
Mediterrâneo e os besouros de folhas do Colorado, insetos especialmente designados como muito prejudiciais (incluindo o
Otiorhynchus Sulcatus e “white slinged beetle”), e qualquer outro organismos de plantas e animais prejudiciais
designados.
2) Lei de Sementes e Mudas
O objetivo da Lei de Sementes e Mudas é regularizar a distribuição de sementes e mudas e promover o
desenvolvimento e cultivo de novas variedades. Desta forma, a Lei provê um programa para semente e
muda designadas e um programa de registro de variedade de semente a fim de proteger as sementes novas
desenvolvidas. O programa de registro de variedades de sementes pretende proteger os direitos de
desenvolvedores de novas sementes. Os importadores de sementes que pretendem plantar as variedades de
sementes registradas ou vender variedades registradas de sementes e mudas sob o programa *(incluindo
flores cortadas) devem obter uma permissão de quem registrou a variedade da semente.
3) Lei de Câmbio e Comércio Exterior
Sob os termos da Convenção de Washington (Convenção de Comércio Internacional das Espécies de
Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, chamado CITES), a Lei de Câmbio e Comércio Exterior
restringe ou proíbe a importação de determinadas espécies de plantas ameaçadas de extinção, o que inclui
determinados tipos de flores cortadas.
Isso se aplica a três categorias de espécies, conforme mencionado abaixo. Para mais informações do
conteúdo específico e a capacidade de aplicação dessas classificações, por favor, contate a Divisão de Licenças
de Comércio, Agência de Cooperação Econômica e Comercial, Ministério da Economia, Comércio e Indústria.
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Apêndice I (Todas as espécies ameaçadas de extinção)
Tráfico comercial de espécies ou produtos feitos dessas espécies está proibido. Para finalidade
alfandegária, todas esses animais são designados como itens de cota de importação e o Ministério da
Economia, Comércio e Indústria deve aprovar a cota de importação, antes que qualquer item possa ser
importado.
Apêndice II (Todas as espécies que exigem regulamentações internacionais restritas para evitar o perigo de extinção)
O importador de qualquer espécie ou produto feito de um elemento dessas espécies deve apresentar para
as autoridades alfandegárias japonesas um certificado de exportação ou de re-exportação das autoridades
de gerenciamento do país exportador. Algumas espécies necessitam de confirmação prévia do Ministério
da Economia, Comércio e Indústria.
Apêndice III (Todas as espécies que são identificadas por qualquer parte que estão sujeitas a regulamentação e
necessitam de cooperação de outras partes no controle da comercialização)
O importador de qualquer uma dessas espécies ou de produto feito de um elemento dessa espécie deve
apresentar para a alfândega japonesa um certificado de exportação e um certificado de origem emitido pela
autoridade de gerenciamento do país exportador ou um certificador garantido pela autoridade de
gerenciamento do país de re-exportação de que o espécime foi processado nesse país. Algumas espécies
necessitam de confirmação prévia do Ministério da Economia, Comércio e Indústria.
<Inspeções de plantas japonesas na Holanda>
Como a frescura é mais importante no caso de flores cortadas que em outras mercadorias frescas, elas
necessitam ser colocadas dentro do canal de distribuição tão logo possível depois de chegar ao Japão. A fim
de expedir o processo de importação, conforme definido em 29 de agosto de 1985, o Japão começou a
colocar inspetores de plantas na Holanda para conduzir as inspeções de plantas antes de exportar, reduzindo
os procedimentos administrativos exigidos na alfândega para somente o mínimo necessário.
Atualmente, entretanto, essa organização local está somente na Holanda (desde 1985) e Colômbia (desde
1996). Contudo, organizações similares podem ser instituídas em qualquer outro país baseadas nas
consultas técnicas entre os especialistas técnicos do Japão e do outro país e depois de um estudo de
possibilidade in loco no outro país. As seguintes exigências devem ser atendidas a fim de assegurar as
inspeções de plantas eficientemente sob o sistema:
1) O país deve exportar regularmente grandes quantidades de flores cortadas para o Japão.
2) A exportação de flores cortada do país deve exibir uma baixa incidência de infestação e seus
negócios de exportação para o Japão devem ser conduzidos de uma maneira eficiente.
3) Todas as exportações para o Japão devem estar sujeitas a inspeções de pré-exportação e todas as
inspeções devem ser conduzidas no mesmo local.
4) O país exportador deve pagar todos os custos envolvidos nos postos de inspetores de plantas japoneses
no local.
A fim de verificar os resultados das inspeções de exportação conduzidas pelos países exportadores, os
inspetores de plantas japoneses devem estar aptos a seguir os mesmos procedimentos de inspeção utilizados
no Japão e exigir as mesmas medidas de prevenção a infestações como seria exigido no Japão. O material
de plantas que tiverem passado por essa pré-inspeção estará sujeito somente a inspeções muito elementares
no porto de entrada do Japão. Isso desembaraçará e levará a mercadoria para os canais de distribuição mais
rapidamente. No futuro, é provável que mais acordos sejam concluídos com países exportadores para
inspeções pré-exportações por inspetores de quarentena de plantas japoneses.
(2) Regulamentos e Requisitos de Procedimentos no Momento da Venda
Flores cortadas não estão sujeitas a qualquer regulamento de tempo de venda.
(3) Agências Competentes
• Lei de Sementes e Mudas7
Divisão de Sementes e Mudas, Agência de Produção Agrícola, Ministério da Agricultura, Floresta e Pescados
TEL: 03-3502-8111
http://www.maff.go.jp
• Lei de Proteção Vegetal:
Divisão de Proteção Vegetal, Agência de Produção Agrícola, Ministério da Agricultura, Floresta e Pescados
TEL: 03-3502-8111
http://www.maff.go.jp
• Lei de Câmbio e Comércio Exterior
Divisão de Licenças de Comercialização, Agência de Cooperação Econômica e Comercial, Ministério da Economia,
Comércio e Indústria
TEL: 03-3501-1511
http://www.meti.go.jp
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4. Rotulagem
Flores cortadas não estão sujeitas a quaisquer exigências de rotulagem legal ou voluntária.
5. Tributos
(1) Tarifas Aduaneiras
Figura 5 Tarifas Aduaneiras sobre Flores Cortadas
No. HS
Descrição
Geral
Nível da Tarifação (%)
OMC
Preferencial
(Organização Mundial do
Temporária
Comércio)
0603
0604
Flores cortadas e botões de flores
Folhagens, ramos e outras partes de plantas,
grama, musgos e liquens
Isenta
5%
Isenta
3%
Isenta
Nota: Consulte "Programações para Tarifas Aduaneiras do Japão" (publicado pela Associação de Tarifas do
Japão) etc. para interpretação da tabela tarifária.
(2) Imposto sobre o Consumo
(CIF + Tarifas aduaneiras) x 5%
6. Características do Produto
A maiorias das flores cortadas são trazidas para o Japão por via aérea. Desta forma, leva no mínimo
quatro dias desde o momento em que a flor foi cortada no exterior até chegar para a venda no Japão.
Inevitavelmente, a mesma variedade de flores cortadas do Japão estará mais fresca do que aquela vinda do
exterior. Conseqüentemente, as espécies importadas estão limitadas para aquelas que não perderão muito
em qualidade.
Em geral, as flores cortadas importadas tendem a pertencer a uma das categorias seguintes.
1) Flores que podem ser cultivadas no Japão, mas são menos caras se importadas do exterior (como
orquídeas da Tailândia e Singapura).
2) Flores que são difíceis ou impossíveis de cultivar no Japão (Leucadendron salignum e Chamelaucium
uncinatum (flor de cera) da Nova Zelândia e Austrália)
3) Itens sazonais que os fornecedores estrangeiros podem embarcar quando não estiverem na estação no
Japão (crisântemos de Taiwan, cymbidium da Nova Zelândia e Austrália e tulipas da Holanda).
4) Espécies únicas das quais grande quantidade é solicitada para ser utilizadas (cravos colombianos,
rosa indianas, etc.)
7. Sistema de Distribuição Nacional e Práticas Comerciais
(1) Condições de Mercado Nacional
As principais variedades de flores cortadas cultivadas no Japão são crisântemos, rosas, cravos, lírios e
gipsofila (mosquitinho). O consumo nacional foi favorável e a média de gastos domésticos em flores
cortadas cresceu, não obstante a tendência de estagnação recente causada pelo pobre desempenho da
economia geral japonesa. Este crescimento resulta de que ocasiões em que se dão flores de presente, como
Dia das Mães, aniversários dentre outros, estão se estabelecendo na cultura japonesa e ainda, mais pessoas
estão optando por decorar suas casas com flores cortadas.
A recessão econômica afetou as vendas de flores para ocasiões cerimoniais e para utilização comercial e
não há sinais de uma recuperação iminente. Entretanto, a demanda doméstica de flores cortadas, em
particular para utilização diária e como presentes pessoais, relativamente não foi afetada pela recessão e
mantém uma forte demanda. A demanda de flores cortadas tem seus picos no Natal, Ano Novo e Dia das
Mães. Os preços têm seus picos quando a demanda cresce. Recentemente, o aumento de preço nas estações
de demanda tem se tornado moderado porque o embarque de flores cortadas tem aumentado para atender a
demanda. Algumas vezes, o preço de flores cortadas cai durante as estações quando a demanda comumente
sobe.
Além disso, o intervalo na demanda entre as estações-pico e a baixa estação tornou-se menor. No
passado, a demanda costumava cair em janeiro/fevereiro e junho/julho porque não havia nenhuma ocasião
especial para presentes.
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(2) Canais de Distribuição
Uma concorrência competitiva nos mercados de flores atacadista acontece durantes as manhãs. Para
flores cultivadas no Japão, o tempo do corte até o mercado de atacadista local é de 24 a 48 horas e até os
mercados atacadistas mais distantes (como Okinawa e Tóquio), de 48 a 72 horas.
No caso de flores importadas, entretanto, leva no mínimo 36 horas para as flores serem cortadas,
embaladas e passadas pela inspeção de plantas e pelo desembaraço alfandegário no local de origem e, em
seguida, esperar para serem carregadas em um vôo ou navio de carga serem transportadas para o Japão. Os
vôos para o Japão podem levar de 7 horas (vôos direto da Tailândia) a 22 horas (da Holanda via rota sul).
Se o vôo chega à noite, o embarque não pode ser processado pela alfândega na manhã seguinte e será
somente na manhã do outro dia que as flores importadas poderão ir a leilão no mercado atacadista.
Recentemente, houve uma diversificação notável em canais de distribuição fora das rotas existentes tal
como distribuição de mercado. As companhias de pedido por correio e serviços de entrega expressa agora
vendem flores cortadas. Cooperativas de compra de flores têm instalado sistemas de pedido por
computador que habilitam os membros a conectar e colocar um pedido a partir de seus computadores
pessoais. As empresas de frete estabeleceram suas redes de vendas para flores cortadas e um número de
fabricantes químicos, processadores de alimentos e outros grandes negócios de outras indústrias decidiram
entrar no negócio de flores cortadas.
Figura 6 Canais de Distribuição de Flores Cortadas
Produtores Estrangeiros
Alfândega
Importadores
Flores trazidas de volta
pelos turistas japoneses
Produtores Nacionais
Mercados Atacadistas
Varejistas, empresas de pedido
por correio
Consumidores
(3) Considerações-chave para Entrada no Mercado Japonês
Há duas considerações principais que devem estar em mente antes da tentativa de entrar no mercado
japonês:
1) Controle de qualidade no ponto de origem
a. Executar uma completa erradicação de pestes
b. Estabelecer critérios de pré-seleção para importação
c. Medidas de embalagem
Injeção de resinas sintéticas com pesticidas voláteis (na Austrália, Nova Zelândia e Tailândia, as
flores são fumegadas com bromometano antes de passar pela inspeção de exportação e ser
embaladas.)
2) Investimentos do importador na aquisição de equipamento físico, manutenção, experiência e perícia técnica para
manter as flores frescas durante o transporte.
a. Refrigeração
• Sistema de pré-refrigeração (resfriamento até 5 graus Celsius ou menos antes da embalagem)
• Utilização de gelo seco ou pacotes de gelo no avião
• Armazenamento em containeres refrigerados antes e depois da alfândega
Exemplos: cravos da Holanda, Chamelaucium uncinatum (flor de cera) da Austrália e cymbidium da Nova Zelândia.
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b. Preservação
• Método de gás etileno
Trata-se de uma composição química contendo nitrato de prata e tiossulfato de prata dissolvido
em água (método para utilização de materiais porosos para absorção do gás etileno está em
desenvolvimento).
• Método de suplemento de açúcar
Aplicar açúcares (principalmente o açúcar branco comum) ao redor do corte onde a deterioração
é mais provável que aconteça, em uma solução junto com um agente esterilizante.
• Prevenção de perda de umidade
Transporte em material de embalagem contendo uma pequena quantidade de água.
8. Serviço Pós-Vendas
As reclamações de consumidores serão minimizadas, se o varejista utilizar preservativos e se estiver
bem informado sobre o manuseio e cuidado com as flores cortadas.
9. Categorias de Produtos Relacionados
• Sementes, bulbos e flores para cultivo
Esses itens estão sujeitos às mesmas exigências de inspeção de plantas na alfândega, mas o ambiente
geral de regulamentos se difere das flores cortadas conforme a descrição abaixo.
<A proteção de isolamento para bulbos e sementes>
Em função de determinados tipos de bulbos e sementes (listadas abaixo) poderem carregar
infecções que são indetectáveis pelos procedimentos de inspeção de plantas comum, esses
materiais devem ser cultivados em isolamento por um período de tempo, seja em uma instalação
de proteção de isolamento do governo ou em uma instalação operada privadamente que atenda
as exigências do governo. Enquanto as plantas estiverem sendo cultivadas estarão sujeitas a
inspeções visuais, exames da planta de referência, testes de anti-soro e exames com
microscópio eletrônico.
1) Bulbos de flores
2) Tubérculos de batata inglesa e de batata doce
3) Sementes de plantas de frutas (incluindo morango e abacaxi)
4) Raízes e talos de cana de açúcar viva
De qualquer forma, para categoria 1) acima, oito espécies de bulbos de flores produzidos na
Holanda (tulipas, lírios, jacintos, flor-de-lis, flor do crocus (açafrão), amarillis, frésias e
croliolas) são isentos das exigências de inspeção de isolamento e estão, atualmente, sujeitas a
inspeção de pré-exportação pelos inspetores de quarentena japoneses que ficam na Holanda.
Além disso, para plantas hospedeiras de doenças em quarentena e insetos prejudiciais que são
difíceis de serem encontrados pela inspeção no momento da importação, mas que são fáceis de
serem detectados pela inspeção no local de cultivo no país exportador, um certificado de
inspeção da organização do governo no país exportador, certificando que o local de cultivo foi
inspecionado e que não estava infectado por doenças ou insetos prejudiciais, deve ser anexado.
10. Importações Diretas por Pessoas Físicas
Pessoas Físicas podem importar qualquer quantidade de flores para seu próprio uso pessoal a menos que
estejam sujeitas a restrições de importação sob a Convenção de Washington. De qualquer forma, as
importações individuais devem ainda passar pelas mesmas inspeções das importações comerciais.
11. Organizações Relacionadas
• Associação do Mercado Atacadista de Flores do Japão
• Associação de Importadores de Flores Cortadas do Japão
TEL: 03-3291-6987
TEL: 03-5410-0307
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