Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 A Cozinha Baiana e
Transcrição
Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 A Cozinha Baiana e
A Cozinha Baiana e a Influência da Cultura Africana em sua Composição The Bahian cuisine and the influence of African culture In its composition Gardênia Serafim de Mendonça1 Marcelly Rodrigues¹ Maria AparecidaTeixeira Lamounier2 Natália de Carvalho Teixeira3 Resumo: A cozinha baiana tem uma forte influência africana que introduz na sua composição misturas de ingredientes, religião e cultura. Aprimorando e enriquecendo os seus cardápios com uma variedade de alimentos raramente vista em outras cozinhas regionais. A Bahia é de origem afro descendente, sendo, portanto, uma população mesclada. No presente trabalho não se podia deixar de falar dos três principais ingredientes que dão esse sabor à Cozinha da Bahia: pimenta malagueta, azeite de dendê e coco, permitindo a ela uma performance calorosa e deixando sua marca na região nordeste. Palavras-chave: Africana. Baiana. Influencias. Religiões. Festas. Rituais. Comida do Santo Gastronomia e Cozinha. Abstract:The Bahian cuisine has a strong African influence that introduces constituted mixtures of ingredients, religion and culture. Enhancing and enriching their menus with a variety of foods rarely seen in other regional cuisines. Bahia's afro descendant source, being therefore a population merged. In the present work couldn't stop talking about the three main ingredients that give that taste the cuisine of Bahia: malagueta pepper, palm oil and coconut, allowing her a warm performance and leaving his mark on the Northeast. Keywords:African, Bahia, Influences, Religions, Festivals and Rituals, Holy Food Gastronomy and Cuisine. 1 – Introdução Segundo Leal (1999) Guiné e Angola foram as duas regiões da África que mais exportaram os negros para o Brasil, onde trabalhavam como escravos. Logo após o desembarque, os negros eram vendidos em grandes mercados como objeto de comércio.Com as condições precárias da viagem, eles ficavam frequentemente doentes, feridos e esgotados, e eram tratados à base de frutas, em especial o caju, pelo alto teor de vitamina C. Estes escravos vieram da África para o Brasil e trouxeram com eles uma diversidade de plantas alimentícias como o quiabo, inhame, erva doce, gengibre, açafrão, gergelim, amendoim africano, melancia, banana e coco. Muitos alimentos usados pelos escravos no Brasil foramintroduzidos no 1 Aluna de Gastronomia da Faculdade Promove. Endereço eletrônico: gardê[email protected] [email protected]. 2 Chef de Cozinha, Pro Chef I CIA, MBA em Gastronomia, Especialista em Docência para Ensino Profissional. Endereço eletrônico:[email protected]. 3 Nutricionista, mestre e doutoranda em Ciência de Alimentos, professora do curso Superior em Gastronomia das Faculdades Promove, Orientadora da disciplina de TCC. Endereço eletrônico: [email protected]. Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 cardápio dos Orixás. O milho foi incluído no culto a Oxóssi, feijão ao Oxum, e a farinha de mandioca a Iansã (LEAL,1999). O colorido da Bahia lembra a África, até mesmo na raça, pois é aí que vive o maior número de afrodescendentes do Brasil (CHAVES, FREIXA,2007). Da África foram trazidos os coqueirais e os dendezeiros, que hoje embelezam a paisagem da Bahia e sua cultura, formando um trio de temperos básicos o coco, dendê e pimenta- malagueta sendo um diferencial entre as outras cozinhas nordestinas, a moqueca baiana o exemplo clássico do dos três elementos, que levam esses ingredientes para a culinária regional (CHAVES, FREIXA,2007). Pode- se afirmar que foi das combinações de raças, que o Brasil é hoje uma nação mesclada em cores, trejeitos e culturas. O presente estudo justifica-se pela importância da pesquisa e valorização da cozinha baiana e da influência exercida pela África em sua composição e como a vasta sabedoria negra ajudou no enriquecimento de seus cardápios. Através dos africanos e sua mão de obra, o Brasil tem hoje uma variedade de temperos, preparos, religiões afro-brasileiras, culinárias, danças, músicas e dialetos que fazem da Bahia um estado tão rico em sabores e saberes (CHAVES, FREIXA,2012). Segundo Chaves e Freixa (2012)foi enorme a colaboração africana, em nossos costumes como na gastronomia. O uso do coco, azeite de dendê e da pimenta malagueta é modo que tornou calorosos pratos e nosso jeito de ser. O objetivo geral deste trabalho é estudar a influência africana na culinária baiana. Os objetivos específicos são: identificar como ocorreu a migração dos africanos no Brasil; pesquisar e trabalhar os diversos dados sobre a cultura africana; demonstrar de que forma ocorreu a influência da cozinha africana na gastronomia baiana; relacionar os pratos da cozinha africana com a cozinha baiana de raiz. 2 – Metodologia Será feito um levantamento bibliográfico em livros e artigos abordando o tema de cozinha baiana e a influência da cultura africana em sua composição Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 3– Desenvolvimento 3.1- Bahia: um estado africano Das cozinhas nordestinas, a baiana é a que tem mais personalidade. Por enquanto vez outros estados moldaram receitas à moda portuguesa e indígena, a Bahia ofereceu de corpo, alma e intensidade aos costumes e crenças dos africanos. Entregou-se de coração aberto às receitas associadas as oferendas para orixás do candomblé, adotou o leite de coco e descobriu o azeite de dendê, tornando o mais importante ingrediente da sua cozinha (ERBETTA,2010). O dendê originário da África atribui seu sabor ao azeite dando gosto às moquecas, mariscadas, caruru, acarajé e abará. Seguidos da tradicional caipirinha ou da refrescante água de coco, os pratos presenteiam os olhos, seduzem o olfato e se desmancham ao paladar (BAHIA,2015a). Conforme BAHIA (2015b). A população da Bahia é fruto da mistura do índio nativo, do europeu e do africano. É um cruzamento de raças com qualidades especiais que se expressa no conhecimento e na religiosidade tendo uma vasta influência da cultura africana, introduzindo na música, culinária, religião e o modo de vida de seus moradores. A cozinha baiana é diversificada e rica. Ela reúne diversas culturas, povos que expõe suas identidades como ingredientes, pratos, rituais do fazer e oferecer, os gostos, os jeitos, as cores também trazem memorarias e histórias que a século são processadas, alteradas e misturadas com o próprio alimento e dão caráter de uma mesa que combina os continentes africano, europeu e americano (PEREIRA,1999). 3.2-Influências religiosa na composição da cultura baiana Segundo Pereira (1999) as misturas da fé e das devoções religiosas acontecem no cotidiano e espetacularmente nas festas. Santos católicos popularizados juntam-se aos diferentes deuses africanos- orixás, voduns, inquices, reunindo desejos e motivos de ancestralidade, fertilidade, de continuidade da própria vida. As festividades públicas se sucedem, centralizadas no verão, mas se estendendo por todo o ano, incluindo as festas juninas. As apresentações folclóricas, de diversas origens se multiplicam com exibições ao ar livre de capoeira, maculelê e samba-de-roda. Milhares de pessoas vão às ruas celebrar os santos padroeiros. Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 Além de popular, essas festas se caracterizam pelo sincretismo religioso e pela mistura de componentes sagrados e profanos. Toda a fé do baiano mostra-se no período de festas populares, desde as comemorações dos orixás do candomblé, quando todos os terreiros da cidade batem seus tambores para seus filhos-de-santo dançarem, até as festas da religião católica, que ganham uma marca secular com muito samba-de-roda e barracas normalizadas que servem bebidas e comidas variadas. Esse ambiente de festa enche toda a cidade, desde a manhã até a noite, mas no início de dezembro, a programação se reforça. O ciclo tem início no dia 4 de dezembro, com a Festa de Santa Bárbara, que tem seu auge na Lavagem do Bonfim, na Festa de Iemanjá e no Carnaval. Atualmente os eventos mais tradicionais são: Bom Jesus dos Navegantes, Lavagem do Bonfim e Iemanjá (BAHIA,2015c). Os inúmeros aspectos folclóricos exibem a riqueza do imaginário popular. Rodas de samba, Puxadas de Mastro, Capoeira, Terno de Reis, Bumba-meu-boi, Afoxé e tantas outras colorem, animam e exibem a fé intransigente do baiano por toda a capital e interior. Uma união de festejos e comemorações às doutrinas de essência africana, indígena e portuguesa, ao tempero extraordinário da baianidade, terra dos orixás, patuás e babal orixás; Terra de culto a Todos os Santos; a Bahia é também a Terra de todos os ritos e mitos (BAHIA 2015d). As mais de 365 igrejas católicas em Salvador, os muitos terreiros de famosos pais e mães-de-santo convivem em harmonia de crenças e ritos. Cultuados nas missas e feriados cristãos tem sua entidade correspondente na religião de ordem africana e festejados nas ruas e largos em celebrações que misturam o sagrado e o profano, os santos são motivos de fé e adoração, e sempre festejados ao tempero da Bahia, na capital e no interior, onde cada praça reserva, ao menos, uma igreja (BAHIA,2015e). “Muitas vezes as festas são conhecidas pelos nomes das comidas, provando a importância da relação do alimento, o homem, o antepassado, a divindade” (PEREIRA 1999). As festividades dos santos Cosme e Damião são comemoradas com os pratos caruru de Cosme, caruru dos meninos ou caruru de ibejis, o de Santo Antônio é feito trezenas em ladainhas cantadas em latin; ao final da reza são servidos licores de jenipapo, mugunzá e arroz-doce. No natal as tradicionais fatias de parida, fatias douradas ou rabanadas, fazem a comemoração. Para os orixás, nos candomblés Nagô, os pratos são oferecidos aos santos é nominado pelo acarajé de Iansã, feijão Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 de Ogum, ipeté de Oxum, pilão ou inhame de Oxalá, amalá de Xangô, ébô de Oxalá, além do ajeum, que é oferecido fardo de comida, ao término dos toques a todas as pessoas presentes nas festas/obrigações (PEREIRA,1999). 3.3-Contribuições dos escravos para formação da cozinha baiana. A colaboração africana começa pelo azeite de dendê, que dá cor e aroma especial a pratos como a moqueca e o vatapá. Os coqueiros que enfeitam as praias dão a água de coco também são outra cooperação africana importante. Originário da Índia, o coco é um ingrediente imprescindível no preparo dos quitutes afrobrasileiros, como o cuscuz, arroz de coco, mungunzá e canjica (CHAVES, FREIXA 2012). Com a vinda dos africanos o quiabo, proveniente da África, chamado naquele país de calulu, aqui virou um guisado brasileiro, mistura de aspecto indígenas e africanos, preservando o nome indígena caruru (FREIXA, CHAVES,2012). A cooperação da cozinha africana no processo alimentar brasileiro apresenta uma feição particular. Ela se faz presente na dieta do povo desde o século XVIII. Por esse tempo muitos dos pratos africanos já eram presentes na alimentação popular, vendidos nas ruas das cidades negras da Bahia, por ‘escravos de ganho’ (FERNANDES,2012). Os indígenas e africanos não sabiam que havia fritura naquela época e por isso tinham o costume de preparar assados, cozidos e guisados, confundido com a mandioca, o inhame é um tubérculo africano que serve de seguimento (quando cozido) e como oferenda para alguns orixás, entre eles Oxalá (CHAVES e FREIXA 2012). A galinha d’angola foi o único animal que veio da África e resultou em vários pratos típicos, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, como a galinha de capote (CHAVES E FREIXA,2012). Conforme Chaves, Freixa (2012) a fruta mais conhecida do Brasil é a banana, os índios consumiam a já comentada banana da terra. Os africanos contemplaram com outras tantas variedades, como a nanica, a maça, prata e a ouro. Originaria da Ásia a fruta tão nutritiva e versátil é por aqui comida ao natural, com mel, cozida, assada e servida com açúcar e canela, usada em receitas de bolo e tortas, nos mingaus das crianças, com farinha e em forma de licor. Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 3.4 Pratos principais do recôncavo baiano Abará Os ingredientes que fazem o abará e o acarajé são os mesmos. Abará é cozido no vapor, e o acarajé frito no dendê. O abará é uma massa de feijão envolta em folha de bananeira, previamente passada no fofo para adquirir flexibilidade. O mesmo acontece com acaçá, também massa, só de milho branco sem tempero, um alimento do orixá oxalá (Anexo A). Fonte: http://www.cantinhovegetariano.com.br/2010/10/abara.html Caruru É um dos pratos mais representativos da mesa baiana, como o acarajé e vatapá. Nas festas de Cosme ou dos mabaços, é o prato principal a base de quiabo e dendê, geralmenteservido em gamela de madeira arredondada (Anexo B). Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 Fonte: http://arquidiocesesalvador.org.br/2014/?p=5347 Acarajé Sua fama é justificável pelo sabor e como verdadeiro representanteda culinária africana no Brasil, fazendo parte da dieta tradicional do baiano, especialmente na cidade de São Salvador. Nas bancas e nos tabuleiros o ato de abrir um acarajé significa que teremos o acréscimode recheios saborosos, onde se incluem as pimentas. Já no âmbito sagrado, os acarajés são apenas fritos. Os maiores e alongados servem para o orixá Xangô, rei africano Alafin de Oyó; os pequenos são oferecidos a sua mulher, Oiá, Iansã, Matamba, rainha Valente, meio fêmea e meio macho (Anexo C). Fonte: http://antesdemorrer.com.br/acaraje-bahia/#prettyPhoto Mugunzá O Mugunzá, também conhecido como Canjica, Curau ou Muncunzá, é um Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 prato feito à base de milho branco temperado com leite de coco ou de vaca, açúcar, manteiga e canela. É uma das receitas onde normalmente a África ganha o crédito, pois foi difundido mesmo pelas negras alforriadas. É chamado de comida ritual votiva pelo povo santo, pertinente aos orixás oxalá, oxaguian, oxalufan e o ikise lembarenganga, tanto no candomblé como na umbanda (Anexo D). Fonte:http://observatoriofeminino.blog.br/agua-na-boca-astronomia/munguza-uma-delicia-juninaherdada-das-senzalas/#.VW-yq9JViko 4.Conclusão Conclui- se que o presente estudo reforça e enaltece a rica herança deixada pelos africanos, que se faz tão presente na gastronomia, através de ingredientes que fazem parte da culinária da Bahia, e que se tornou identidade daquela extensão territorial do país. A influência ocorreu, não apenas na Gastronomia, mas também na miscigenação de raças e religiões que através da junção de povos como o índio, o nativo, os europeus e africanos enriqueceu ainda mais nossa história. Referência bibliográficas BAHIA,Governo do Estado: Terra Mãe do Brasil. Bahia (BA)A: Disponível em:<http://bahia.com.br/viverbahia/gastronomia/>Acesado:24 de abril 2015. BAHIA,Governo do Estado: Terra Mãe do Brasil . Bahia (BA)B: Disponível em<http://bahia.com.br/viverbahia/nossa-gente/> Acesado:24 de abril 2015. BAHIA,Governo do Estado: Terra Mãe do Brasil . Bahia (BA)C: Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 Disponível em:<http://bahia.com.br/viverbahia/festas-populares/> Acesado:24 de abril 2015. BAHIA,Governo do Estado: Terra Mãe do Brasil. Bahia (BA)D: Disponível em:<http://bahia.com.br/viverbahia/religiosidade/> Acesado:24 de abril 2015. BAHIA,Governo do Estado: Terra Mãe do Brasil . Bahia (BA)E: Disponível em:<http://bahia.com.br/viverbahia/cultura/> Acesado:24 de abril 2015. CHAVES Guta; FREIXA Dolores. Larousse da Cozinha Brasileira: raízes culturais da nossa Terra, São Paulo,2007, 200 pg. ERBETTA Gabriela, Viagem Gastronômicas pelo Brasil. São Paulo. Ed.Abril, 2010.321p. FERNANDES, Caloca: Viagem Gastronômica através do Brasil.10º ed.São Paulo: Ed Senac São Paulo: Ed Estúdio Sonia Robatto, 2012. 255p. FREIXA, Dolores; CHAVES, Guta. Gastronomia no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Senac Nacional,2012. 304p. LEAL, Maria. A História da Gastronomia. Rio de Janeiro, Ed. Senac Nacional, 1999.143 pg. PEREIRA Marcos da Veiga. A culinária baiana no restaurante do Senac pelourinho.2 ed. Ver. atual. Rio de Janeiro:Ed.Senac Nacional, 1999.130 p. Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 Anexo A Ficha Técnica Nome da Receita: Abará Ingredientes: Quantidade 800 80 60 4 120 Un gr gr gr gr ml q.b Modo de Preparo: Especificações Feijão fradinho quebrado Cebola ralada Camarão secos moídos gengibre ralado Azeite de dende sal Deixe o feijão de molho pro 5 horas, lave-o em seguida retire toda a casca. Depois de lavado passe no moedor de cereais, trasformando em Massa. Acrescente a cebola, camarões secos, jengibre e sal. Bata a massa com uma colher de pau, acrescente o azeite de dendê. Enrole porções em folha de bananeira e cozinhe em vapor. PEREIRA Marcos da Veiga. A culinária baiana no restaurante do Senac pelourinho 34 pg. Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 Anexo B Ficha Técnica Nome da Receita: Caruru Ingredientes: Quantidade 1200 120 60 40 80 20 120 Un gr ml gr gr gr gr gr Quiabo Azeite dendê Castanha de caju amendoim Caramão seco Camarão seco muido cebola Especificações 4 gr Jengibre ralado q.b sal Modo de Preparo: Corte os quiabos miudinhos ou passe em máquina. Bata no liquidificado a cebola e reserve. Bata os camarões secos, amendoim, castanha de caju e gengibre. reserve. Refogue em azeite de dendê os camarões secos e a cebola muida. Logo após adicione o restante dos ingredientes triturados. acrescente o quiabo e o caldo de peixe para cozinhar. Mexa sempre até ficar com uma consistencia pastosa. PEREIRA Marcos da Veiga. A culinária baiana no restaurante do Senac pelourinho44 pg. Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 Anexo C Ficha Técnica Nome da Receita: Acarajé Ingredientes: Quantidade 800 500 80 Un Especificações gr Feijão fradinho quebrado ml Azeite dendê gr Cebola ralada q.b sal Modo de Preparo: Deixe o feijão de molho pro 5 horas, lave-o em seguida retire toda a casca. Depois de lavado passe no moedor de cereais, trasformando em Massa. Acrescente a cebola e o sal. Bata a massa com uma colher de pau para que fermente e fique leve. Molde em colher de pau e frite no azeite de dendê. PEREIRA Marcos da Veiga. A culinária baiana no restaurante do Senac pelourinho 36 pg. Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015 Anexo D Ficha Técnica Nome da Receita: Munguzá Ingredientes: Quantidade Un Especificações 250 gr Milho branco 100 gr açucar 480 ml Leite de coco 5 gr sal 4 cravos 2 Canela em pau Modo de Preparo: Coloque o milho de molho por 12 horas. Em seguida, retira a casca que envolve os grãos e cozinhe com agua. Depois de cozido acrescente os demais ingredientes e deixe ferver até formar um caldo grosso. PEREIRA Marcos da Veiga. A culinária baiana no restaurante do Senac pelourinho94 pg. Revista Pensar Gastronomia, v.1, n.2, jul. 2015