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Astronomia Galáctica Semestre: 2016.1 Sergio Scarano Jr 18/07/2016 Chegada de Juno à Júpiter Sonda dedicada para estudar especialmente as camadas internas de Júpiter, utilizando imageadores e espectrômetros no infravermelho, ultravioleta, microondas, rádio, além de detectores de partículas, um gravitômetro e um magnetômetro. “Tratos” para Condução da Disciplina Horário de Atendimento do Professor Professor: Sergio Scarano Jr Sala: 119 Homepage: http://www.scaranojr.com.br/ * E-mail: [email protected]** Horário de Atendimento***: Segunda Terça Quarta Quinta Sexta 14:00-15:00 17:00-18:00 14:00-15:00 17:00-18:00 A ser discutido * Nosso canal de comunicação principal será o SIGAA, mas o material será disponibilizado na homepage, atualizado toda sexta-feira; ** Não serão respondidas dúvidas sobre a matéria por e-mail *** Os horário podem ser articulados em caso de demanda dos alunos em acordo com o professor Conteúdo Programático Avaliação O aluno será avaliado por meio das provas (P1 e P2 e P3) da seguinte forma: P1+T1: Primeira avaliação (04/08/2016); P2+T2: Segunda avaliação (06/09/2016); P3+T3: Terceira avaliação (11/10/2016); A média final será dada por: M= 0.75*(P1 + P2 + P3) + 0.25*(T1 + T2 + T3) 3 OBS: Não haverá prova de recuperação. Por essa razão os pesos das avaliações será mantido o mesmo de modo que o aluno possa se recuperar de uma má avaliação a partir das demais. Regras de Convivência no Curso 1-) O atraso máximo permitido para primeira parte da aula é de 15 minutos. Os alunos atrasados responderão presença para segunda parte da aula, feita 15 minutos antes do final da aula. 2-) Telefones celulares devem ser mantidos em modo silencioso e não podem ser usados durante a aula. Em caso de emergência opte por mensagens de texto e se retirar da sala. 3-) Nas provas será permitido o uso de calculadoras, mas não de celulares. Também não será permitido o uso de calculadoras com tecnologia de transmissão sem fio. Via Láctea Vista do Cerro Tololo Utilizando uma câmera de acompanhamento do céu: Fred Espenak (2007). www.mreclipse.com All sky camera - Tololo A Via Láctea Via Láctea = Galáxia, do grego galaktos = leite A Via Láctea Via Láctea = Galáxia, do grego galaktos = leite Aspecto leitoso para os gregos; Rio Prateado orientais; os No Velho Testamento aparece menção da idéia babilônica e egípcia de que haveria água atrás da abóboda celeste. Tintoretto 1575 Via Láctea na Cultura Grega El nacimiento de la Vía Láctea (Museo del Prado, Madrid) Pedro Pablo Rubens (1636-1638) Leite derramado dos seio de Hera (Juno, na mitologia romana) ao se desvencilhar de Hércules, que estava sendo amamentado sem sua permissão, por vontade de Zeus. Argumento de Anaxágoras Filósofo atomista do século VI a.C. Para ele os céus eram feitos da mesma substância que a Terra. A Via Láctea era resultado da sombra da Terra projetada ao longo do espaço, revelando o brilho das estrelas ofuscadas. Aristóteles demonstrou que sombra estar na direção da eclíptica e velocidade da sombra seria infinita Via Láctea na Cultura Antiga e sua Relação com a Astronomia Diversas contribuições se sobrepõe com o tempo • Anaxágoras (~500-428 a.C.), Demócrito(~450-370 a.C.): a Via Láctea é constituída de estrelas distantes; • Aristóteles (384-322 a.C): a Via Láctea é constituída por muitas estrelas muito próximas entre si no alto da atmosfera; • Alhazen (965-1037): não consegue medir a paralaxe da Via Láctea e conclui que ela está distante, fora da atmosfera; • Thomas Digges (1576: “A Perfit Description of the Caelestial Orbes”) quebra a ideia de estrelas fixas; • Galileu Galilei (1610): “Sidereus Nuncius” and “The Sideral Messenger”) resolve “nebulosidades” na Via Láctea em estrelas; Galileu e a Via Láctea Muitas nebulosidades eram grandes conjuntos de estrelas não podiam ser separadas a olho nu (Galileu - Siderius Nuncius, 1610). Mas não todas. Jailton César astrofotografiasergipe.blogspot.com.br M42 = Nebulosa de Orion Jailton César astrofotografiasergipe.blogspot.com.br Outras Nebulosidades Observadas no Céu Conforme avançavam as observações, se detectavam nebulosidades em que se distinguiam estrelas e outras não. G. B. Hodierna, 1654 Lacaille, 1752 (42 obj.) Al Bakr, 964 DC (M31) Kant , 1755 baseado em Thomas Wright Lagrange Universos Ilha? Estrelas em Formação? “Tudo que não puder contar como fez não faça” Universo de Thomas Wright Messier, 1781 (103 obj) População Estelar e Meio Interestelar Diversas contribuições se sobrepõe com o tempo Herschel: Primeiras Contribuições para Entender a Galáxia Sistematizou as observações da Via Láctea contabilizando estrelas William Herschel 1738 —1822 Herschel (1785) Herschel's map of the Milky Way.Source: On the Construction of the Heavens. By William Herschel, Esq. F. R. S. Philosophical Transactions of the Royal Society of London, Vol. 75. (1785), pp. 213-266. Perdurou até1920 com o modelo de Kaptein Diagrama HR de Diferentes Tipos de Aglomerados Diagramas HR das estrelas de dois tipos de objetos distintos: M39 (Aglomerado Aberto) M11 (Aglomerado Globular) Universo de Shapley Com medidas de distâncias de aglomerados globulares foi possível verificar que o Sol não estava no centro da Galáxia. Universo de Kaptein Universo de Shapley Lund Optical 1950 Diversas contribuições se sobrepõe com o tempo Cambridge Photographic Star Atlas Cambridge Photographic Star Atlas: Cambridge Photographic Star Atlas: Mosaico Constelações sobrepostas: Absorção Interestelar Equivalentemente à nossa atmosfera, a “atmosfera interestelar ” também afeta a luz que recebemos das estrelas. Mapa da Absorção Interestelar A poeira interestelar tem forte associação com a evolução estelar, dinâmica, evolução e estrutura tanto da Via Láctea, como de galáxias em geral COBE/Dirbe 1994 Cosmic Background Explorer e Duffuse Infrared Background Experiment: 2MASS JHKs 2000 The Two Micron All Sky Survey foi um projeto que fez uma varredura sistemática da esfera celeste em três bandas na região do infravermelho próximo, detectando fontes puntiformes com brilho maior do que 1 mJy. A Componente Gasosa O ISM pode ser sumarizado, em sua componente gasosa, em 5 fases térmicas, ordenadas de acordo com as temperaturas, desde próximo ao zero absoluto (0 K) até meios ionizados com temperaturas de 106 K. • Nuvens moleculares (de H2) • • • Meio interestelar neutro frio (HI em absorção) Meio interestelar neutro quente (HI em emissão) Meio interestelar ionizado quente (HII em emissão) • Meio interestelar ionizado muito quente (Raios-X e absorção de O IV) Nossa Perspectiva da Galáxia Pelo fato de estarmos localizado dentro de nossa galáxia temos vantagens e desvantagens associadas às observações. Desvantagens: • Não é possível ver a Galáxia de um ponto de vista externo; • O obscurecimento causado pela poeira atrapalha o estudo das regiões centrais, obstruindo grande parte do disco e do bojo. Vantagens: • É possível estudar objetos individuais como estrelas, nebulosas, etc. • Facilita a obtenção de posições, velocidades, massas, idades e composições; • Possibilita a construção de modelos detalhados da galáxia; • Permite a obtenção de indícios sobre a formação da nossa Galáxia; Galáxias com Núcleo em Destaque no Rádio Em 1933 K. Jansky [Proc. IRE 21, 1387] descobriu que a Via Láctea emite ondas de rádio. Nasce a Radioastronomia. Por sua vez, em 1944 G. Reber [ApJ 100, 279] publica o primeiro mapa em rádio da nossa galáxia em 160 MHz, mostrando diversos máximo locais associados a fontes de rádio galáctica e extragaláctica Cyg A Cas A Radiotelescópio original Usado por G. Reber Sag A Plano Galáctico A Via Láctea: Observações de Gás no Rádio Para fugir do obscurecimento da poeira pode-se observar a Via Láctea no rádio. Aqui o exemplo da observação de linhas moleculares do gás CO (Dame, Hartmann, & Thaddeus (2001) ApJ, 547, 792) Diferentes Mapas da Galáxia http://mwmw.gsfc.nasa.gov/mmw_sci.html M51: Estrelas Gás e Poeira Fazendo o mesmo com M51: Reconstituição de Imagem com Dados Spitzer Diversas contribuições se sobrepõe com o tempo 30 kpc 8 kpc 30.000 anos luz 9 bilhões de km 100.000 anos luz 30 bilhões de km