Requisitos Sistema Integrado Prestador de Serviço

Transcrição

Requisitos Sistema Integrado Prestador de Serviço
Requisitos
Sistema Integrado
Prestador de Serviço:
Operadores Logísticos
Manual Requisitos Sistemas Integrados 2009 v-01
jul/09
1
Índice
CRENÇAS VALORES ................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ............................................................................................................4
DEFINIÇÕES ............................................................................................................. 5
1.
REQUISITOS LEGAIS .............................................................................................. 7
2.
REQUISITOS GERAIS.............................................................................................. 8
3.
INFRAESTRUTURA ................................................................................................ 10
4.
RECEBIMENTO ..................................................................................................... 14
5.
ESTOQUE ............................................................................................................ 15
6.
PROCESSO DE SEPARAÇAÇÃO - PICKING ................................................................ 18
7.
TRANSPORTE - TRANSFERÊNCIA ............................................................................ 22
8.
EXPEDIÇÃO ......................................................................................................... 25
9.
LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO .................................................................................... 26
10. PESSOAL & TREINAMENTO .................................................................................... 28
11. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL ........................................................................... 29
12. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ............................................................................ 30
13. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO ..................................................................... 34
14. RESPONSABILIDADE SOCIAL................................................................................. 35
2
Nossa Visão
A Natura, por seu comportamento
empresarial, pela qualidade das
relações que estabelece e por seus produtos e serviços, será
uma marca de expressão mundial, identificada com a
comunidade das pessoas que se comprometem com
a construção de um mundo melhor
através da melhor relação consigo
mesmas, com o outro, com a natureza
da qual fazem parte, com o todo.
Nossa Missão
O avançar em direção à
Nossa Visão se dará através da
permanente construção da marca Natura.
Queremos que nossos consumidores, consultoras e
consultores, colaboradores, fornecedores, acionistas,
parceiros diversos e todos aqueles que de diferentes
formas se relacionam com a Natura, vejam nossa marca
como sinônimo de oportunidade de desenvolvimento,
brasilidade, qualidade, confiança, inovação, amizade, preço justo
e se sintam parte de uma comunidade de gente comprometida
com a construção de um mundo melhor.
Nossas Crenças
A vida é um encadeamento de relações.
A busca permanente do aperfeiçoamento é o que promove o desenvolvimento dos
indivíduos, das organizações e da sociedade.
O compromisso com a verdade é o caminho para a qualidade das relações. Quanto maior a
diversidade das partes, maior a riqueza e a vitalidade do todo.
A busca da beleza, legítimo anseio de todo ser humano, deve estar liberta de preconceitos
e manipulações.
A empresa, organismo vivo, é um dinâmico conjunto de relações. Seu valor e longevidade
estão ligados à sua capacidade de contribuir para a evolução da sociedade e seu
desenvolvimento sustentável.
3
INTRODUÇÃO
Em todo o mundo, as empresas estão despertando para o fato de que possuem um papel
fundamental na construção do futuro. Cresce a consciência de que o modelo atual de
desenvolvimento apresenta claros sinais de esgotamento e é necessário buscar outro, que
consiga aliar a prosperidade econômica ao atendimento das necessidades humanas e à
preservação do planeta. Mais do que dar respostas às demandas de seus consumidores, as
empresas, hoje, precisam ser capazes de reconhecer as necessidades da sociedade como um
todo.
Tudo isso faz parte de um só movimento em direção ao nosso projeto de contribuir para a
construção de um mundo melhor. Não é possível ter um compromisso parcial com a
transformação social e com o desenvolvimento sustentável. Esse compromisso precisa estar
presente em todas as ações da empresa e ser cada vez mais intrínseco à nossa forma de
fazer negócios. E sabemos que só será possível avançar nesse sentido com o envolvimento
efetivo de todos aqueles que fazem parte da comunidade Natura.
A Natura é a maior empresa de cosméticos no Brasil. O desenvolvimento sustentável e a
qualidade das relações com todas as nossas partes interessadas norteiam o sucesso de nossa
marca. Nossa reputação vem sendo construída há anos com produtos de qualidade e
segurança para os nossos consumidores.
A consolidação desta reputação se dá através de uma jornada para excelência que estamos
apenas iniciando. Nesta jornada não estaremos sozinhos.Assim esperamos que nossos
parceiros embarquem conosco, com melhorias conjuntas e perenes em nossos processos.
Estamos cientes de que nosso desenvolvimento e nosso sucesso empresarial estão ligados à
capacidade de atender de forma diferenciada todos os nossos públicos de relacionamento,
agregando valor por meio de produtos e serviços de qualidade, ao mesmo tempo em que
contribuímos para a sustentabilidade da sociedade.
É com essa visão que reafirmamos o compromisso de incorporar políticas e práticas
inovadoras, éticas e transparentes à nossa gestão, em um processo de aprendizado
permanente junto com seus diversos públicos.
Esperamos que nossos atuais e futuros parceiros conduzam seu negócio de maneira honesta
e com integridade e respeitem os interesses daqueles com quem interagirem.
Assim, acreditamos que a base para uma parceria de longo prazo está fundamentada em:
Respeito aos colaboradores
Prover condições de trabalho seguro e saudável para seus colaboradores
Não utilizar nenhuma forma de trabalho forçado, escravo ou infantil.
Respeito aos Consumidores
Prover produtos e serviços que oferecem, consistentemente, valor em termos de preço e
qualidade e que sejam seguros na sua utilização.
Respeito ao Meio Ambiente
Administrar o negócio de maneira ambientalmente responsável.
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DEFINIÇÕES
Operador Logístico
Empresa
especializada
em
transporte,
movimentação,
armazenagem, controle de estoque e/ou processamento de
pedidos.
Parceiro
Terminologia para definir fornecedor de serviço.
CN
Consultora Natura.
BOV
Boletim de Ocorrência de Venda.
BOT
Boletim de Ocorrência de Transporte.
Material / Produto
Colaborador
Material todo item caracterizado como insumo para fabricação
(matéria-prima ou material de embalagem); Produto todo item
pronto para entrega à CN (produto acabado).
Pessoa contratada pelo Operador Logístico para prestar serviço.
Prevenir
Eliminar a ocorrência (objetivo de zero defeito).
Controle
Garantir a qualidade e segurança do
especificações concordadas com a Natura.
Armazenamento / Estocagem
Procedimento que possibilita o estoque ordenado e racional de
materiais ou produtos.
Limpeza
Remoção de sujeira, resíduos de produtos, poeira, graxa e outros
materiais.
Contaminantes
Quaisquer agentes microbiológicos, físicos ou químicos, ou outra
substância não intencionalmente colocada que possa comprometer
a qualidade ou segurança do produto.
FEFO (First to Expire First Out)
Primeiro a Expirar – Primeiro a Sair.
FIFO (First In First Out)
Primeiro que entra - Primeiro a Sair.
produto
dentro
das
PPRA
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Norma Trabalhista –
NR9)
PCMSO
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (Norma
Trabalhista – NR7).
SESMT
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho (Norma Trabalhista – NR4).
CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Norma Trabalhista –
NR5).
Resíduo Sólido
Todo material ou resto de material, cujo proprietário ou produtor
não mais o considera com valor suficiente para conservá-lo, sejam
eles de origem doméstica, hospitalar, comercial, de serviços, de
varrição e industrial.
5
Resíduos Classe I
Resíduos sólidos, semi-sólidos, líquidos ou mistura de resíduos que,
em
função
de
suas
características
de
inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, podem
apresentar risco à saúde pública, provocando ou contribuindo para
um aumento de mortalidade ou incidência de doenças e/ou
apresentam efeitos adversos ao meio ambiente, quando
manuseados ou dispostos de forma inadequada. A caracterização
dos resíduos deverá seguir os requisitos das Normas Brasileiras
Regulamentares NBR 10004/5/6/7.
Resíduo Classe II - A
São aqueles resíduos que não se enquadram nas classificações de
resíduos Classe I - perigosos ou de resíduos Classe II-B - Inertes,
conforme NBR 10004/5/6/7.
Resíduo Classe II - B
Resíduos sólidos, semi-sólidos, líquidos ou mistura de resíduos que,
conforme teste de solubilidade não tiverem nenhum dos seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões
de portabilidade da água, conforme NBR 10004/5/6/7.
DEVE (I)
Imprescindível para todas as operações.
PRECISA (N)
Necessário para todas as operações.
RECOMENDA-SE (R)
Desejável como boa prática, porém não imprescindível.
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1. REQUISITOS LEGAIS
Objetivo
A Natura acredita que o atendimento aos requisitos legais é fundamental para estabelecer
uma conduta ética junto aos órgãos competentes, parceiros e colaboradores.

Todo o parceiro deve possuir todos os documentos legais requeridos para a operação da
organização, bem como estabelecer um controle adequado para as respectivas
renovações.
Requisitos legais:
-
Licenças sanitárias e ambientais;
Normas do Ministério do Trabalho;
Normas e requisitos legais ambientais.
7
2. REQUISITOS GERAIS
Objetivo
Apresentar um Sistema de Gestão que assegure a conformidade com os requisitos legais,
satisfação de clientes e consumidores, bem como a regularidade dos processos e o
compromisso com a melhoria contínua. Os pontos-chave de um sistema de Gestão são:




Um colaborador designado para administrar e melhorar o processo;
Controle de documentos;
Um programa de treinamento estruturado;
Uma série de objetivos com metas definidas para análise e monitoramento do sistema
de gestão pautado com reuniões de análise crítica.
Obs.: Os requisitos gerais descritos neste documento definem os padrões
necessários que nossos parceiros devem perseguir em seus processos e
instalações. Dependendo dos serviços a serem prestados, requisitos adicionais
podem ser aplicáveis e estes serão comunicados diretamente pelo seu contato
com a Natura.

Todo parceiro deve ter uma Política de Qualidade atualizada, documentada e divulgada na
organização. A Política de Qualidade é o ponto de partida para o Sistema de Gestão e
deve definir a visão de qualidade da organização, incluindo a intenção de satisfazer seus
clientes, o compromisso de treinar seus colaboradores, buscar a melhoria contínua e
atender os requisitos legais;

É imprescindível possuir um Manual de Qualidade, definindo papéis, responsabilidades,
referência aos procedimentos e instruções de trabalho e descrição de elementos de boas
práticas de armazenamento, operação e separação. O manual deve ser revisto
regularmente pela equipe de gerenciamento objetivando a melhoria contínua;

É necessário definir indicadores e metas para avaliação da performance do Sistema de
Gestão1;

Todos os procedimentos relevantes e instruções de trabalho devem ser controlados e
estar disponíveis para os colaboradores que influenciam na qualidade do serviço prestado.
Os procedimentos e instruções de trabalho devem de fácil compreensão e ainda e
executados conforme o descrito;

Todos os colaboradores devem receber treinamentos apropriados, alinhados também às
descrições de cargo. É necessário estabelecer um plano de treinamento para todas as
atividades para manutenção dos padrões de qualidade;

O parceiro deve garantir uniformidade dos processos em diferentes turnos, além de
estarem de acordo com as necessidades e especificações da Natura, CN e consumidores;

É necessário ter um plano de auditoria estabelecido para avaliar se o sistema de gestão
está conforme com os requisitos definidos pela organização com freqüência mínimo
semestral e plano de ação para os pontos levantados. É recomendável que os resultados
de auditorias façam parte de uma das entradas para a análise crítica (reunião
documentada);
1
Incluir, quando aplicável, os indicadores e respectivas metas do Programa QLICAR.
8

O Contrato de Prestação de Serviço deve estar disponível e atualizado; quaisquer
mudanças de especificação no serviço prestado devem ser autorizadas previamente pela
Natura. Todas as alterações precisam ser documentadas e geridas de forma a manter o
histórico e controle confiável das informações (gerenciamento de mudanças);

É necessário definir um processo de ações corretivas e preventivas, para tratamento de
não conformidades e oportunidades, respectivamente. O mesmo deve incluir as seguintes
etapas2:

2
Identificação do problema/oportunidade;
Análise dos dados para investigar e determinar a causa-raiz;
Desenvolvimento e implantação de soluções;
Monitoração e avaliação de resultados.
O parceiro deve ter um Plano de Seguro com cobertura total das instalações, estoques e
veículos como prevenção para sinistros e demais ocorrências que possam acarretar perda
e/ou dano dos produtos/materiais.
Recomendamos utilizar uma metodologia estruturada, como 5 etapas, DMAIC, etc.
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3. INFRAESTRUTURA
Objetivo
Ter premissas, equipamentos e facilidades localizados, projetados e construídos para que:
 Condução das operações , limpeza, e manutenção adequada sejam facilitadas para
minimizar os riscos de contaminação e preservação adequada dos materiais/produtos;
 Haja um fluxo de processo lógico e ordenado;
 Facilidades sanitárias adequadas são providenciadas, mantidas e segregadas
adequadamente de áreas de produção;
 Prevenção de acesso de pragas.
3.1. Áreas Externas

O acesso ao site deve ser controlado;

É necessário que as estruturas físicas estejam em bom estado de conservação, ou seja,
isentas de rachaduras, pinturas descascadas, infiltrações, etc;

O pátio de movimentação dos veículos deve ter uma superfície firme adequada que
minimize poeira e seja drenada adequadamente e a área deve possuir espaço suficiente
para manobra e o parceiro deve ainda dispor de local para situações de espera para o
descarregamento e carregamento;

Recomenda-se demarcação visível no pavimento, visando auxiliar a localização das
carretas e docas;

Os niveladores de doca devem ter condições que permitem aos veículos descarregar e
carregar de forma segura e eficiente;

As docas ou áreas de recepção de materiais devem ser providas de proteção à
intempéries (chuva, etc.) de forma a proteger os materiais/produtos de qualquer risco no
momento do recebimento.
3.2. Instalações Gerais

Espaço adequado para o trabalho precisa ser disponibilizado;

As instalações devem ser mantidas em bom estado de conservação, de modo a propiciar
um ambiente agradável e seguro aos seus colaboradores e ainda condições adequadas
para prevenção de acesso e abrigo de pragas;

Projeto das edificações deve permitir limpeza fácil e adequada, prevenir a entrada e
abrigo de pragas e de contaminantes ambientais (ex. poeira);

Áreas gerais e locais sociais (ex. entradas, salas de espera, cantinas, banheiros,
vestiários) não devem ser abertas diretamente às áreas de armazenagem ou operação;

No layout, um fluxo lógico de pessoas/processo e o mínimo de fluxo cruzado de materiais
devem ser considerados;

Refeitório, vestiários e banheiros precisam possuir condições sanitárias e espaços
adequados para acomodar os seus colaboradores;
10

As instalações devem atender as exigências quanto a saídas de emergência e sinalizações
adequadas;

Os lixos devem ser identificados e mantidos fechados.
3.3. Armazéns (estocagem)

As áreas de estocagem devem ter boas condições estruturais e de conservação e com
acabamento adequado, ou seja, piso projetado para comportar a movimentação e volume
de materiais/produtos, paredes com pintura isentas de buracos ou infiltrações; teto livre
de goteiras, gretas e com proteção para prevenir acesso de pragas;

As áreas de armazenamento devem ter capacidade suficiente para possibilitar o estoque
ordenado de materiais e produtos;

É imprescindível um sistema de endereçamento para facilitar a localização e também
evitar trocas no momento da disponibilização destes;

Todo material deve ser estocado fora do chão, em pallets e afastados das paredes e o
empilhamento e armazenagem devem ser realizados de acordo com a especificação e
característica de cada material ou produto para preservação de sua identidade e
integridade física;

Toda área de estocagem deve ser limpa, os corredores devem ser desimpedidos de
materiais;

É imprescindível, quando aplicável, a definição de uma área segura e protegida, de
acordo com os requisitos legais, para substâncias inflamáveis e perigosas.
3.4. Instalações sanitárias, vestiários e banheiros.

Vestiários e banheiros devem estar localizados de maneira adequada e ainda possuir
espaço suficiente para o número de colaboradores;

Devem ser disponibilizados armários individuais para os colaboradores, dotados de chave,
para guarda de pertences durante a de trabalho;

As instalações devem ser bem iluminadas e ventiladas e mantidas com condições de
higiene adequadas.
3.5. Utilidades
3.5.1. Iluminação

Luz natural ou artificial adequada para condução das atividades deve ser providenciada;

Iluminação em todas as áreas de produção e estocagem (incluindo locais fora da área de
estocagem gerenciada por terceiros) deve ser equipada com proteção para reter
fragmentos de vidro no caso da quebra de lâmpada.
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3.5.2. Água

É imprescindível garantir o abastecimento e fácil acesso de água potável aos
colaboradores, bem como monitorar a sua qualidade de acordo com as orientações
sanitárias e orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) para água potável
(potabilidade);

As caixas, linhas e tubulações de água potável devem ser limpas e sanitizadas com
freqüência definida. As limpezas devem ser documentadas.
3.5.3. Ventilação

Ventilação adequada deve ser providenciada para remover calor, vapor e poeira excessiva
e para secar a área em tempo hábil depois de limpeza com água;

É necessário monitorar e registrar a temperatura e umidade das áreas de estoque para
garantir a integridade dos produtos;

Quando condições climáticas como temperatura ou umidade são críticas para o produto ou
segurança de materiais, um sistema de controle deve estar instalado com capacidade
adequada e monitorado.
3.5.4. Estocagem de resíduos

Áreas de estocagem de resíduos devem ter uma superfície plana, drenagem adequada e
provisões para manter a área limpa e organizada.

As instalações devem ser projetadas de acordo com os padrões legais exigidos e de
maneira a prevenir a contaminação do restante da área assim como o acesso de pragas.
3.5.5. Equipamentos

Os equipamentos precisam ser inspecionados e limpos com frequencia para garantir o
bom funcionamento e prevenir a contaminação dos produtos/materiais por lubrificantes,
graxas, etc;

Os equipamentos fora de uso ou “em manutenção”, quando possível, devem ser
removidos da área de produção ou possuir identificação definindo o seu status e ainda
devem ser construídos sem pontos mortos ou adaptações informais (“gambiarras”).

A operação de qualquer equipamento deve ser realizada por pessoas autorizadas e
habilitadas.
3.6. Área de Manutenção

É necessário ter um programa estabelecido para as manutenções preventivas e
corretivas incorporando todos os equipamentos das operações. Os registros das
manutenções devem ser mantidos como histórico das ações e análise para definição do
plano de manutenção preventiva;

Os profissionais responsáveis pela manutenção, necessitam de treinamentos adequados,
habilitando-os para o exercício da atividade;
12

É necessário observar e obedecer às recomendações dos fabricantes, quanto aos
métodos adequados para realização da manutenção dos equipamentos;

Deve existir local apropriado para estacionamento de empilhadeiras em manutenção ou
carregamento de baterias.
13
4. RECEBIMENTO
Objetivo
Ter um processo gerenciado para assegurar a segurança e integridade dos materiais e produtos
no recebimento.
4.1. Recebimento da Carga

É necessário definir métodos ou instruções escritas para as etapas de descarregamento;

As etapas de recebimento devem ser ordenadas, para tanto o parceiro deve dispor de
equipamentos/dispositivos (esteira, transpaleteira, empilhadeira, rebocadores) e uma área
para recebimento condizente com o volume das operações para garantir a correta
conferência e avaliação dos materiais/produtos e estes devem permanecer o menor
tempo possível na área de recebimento à espera da liberação para envio ao estoque;

Todo material/produto deve ser acomodado em pallets para assegurar a eficiência do fluxo
de movimentação;

Todos os materiais, produtos e processos devem possuir identificação clara e padronizada
de forma a garantir a rastreabilidade e prevenir trocas/misturas;

Veículos e carga devem ser inspecionados em relação à higiene e contaminação antes da
descarga. É necessário que se estabeleça diretrizes para ocorrências de não
conformidade, todo material/produto danificado deve ser segregado e devolvido;

Todos os materiais/produtos recebidos devem ser verificados de forma que seja
assegurada que a entrega esteja em conformidade com o pedido. Cada entrega de
material deve ser registrada e verificada quanto à integridade e identidade do
material/produto;

Todo material/produto com validade inferior a 180 dias (6 meses) não deve ser recebido,
salvo sob concessão documentada pela Natura;

O Operador Logístico deve avaliar toda documentação (recebida e emitida) durante o
recebimento;

Todo material deve ser estocado e preservado de acordo com os requerimentos inclusos
na especificação e /ou definidos pelo fabricante.

É recomendável programar os horários para o recebimento da carga, evitando
congestionamento de veículos e falta de docas para o descarregamento da carga.
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5. ESTOQUE
Objetivo
Assegurar um processo adequado para designação dos locais para guarda temporária dos
materiais/produtos e a garantir a integridade e identidade destes durante a permanência no
estoque.
5.1 Armazenagem de Materiais/Produtos

Após a liberação pelo recebimento, o Operador Logístico deve endereçar os materiais
e/ou produtos para os locais corretos, o sistema de endereçamento dos materiais e/ou
produtos para o estoque deve ser informatizado;

A área de estocagem deve possuir um layout eficiente, com espaçamento adequado para
os corredores, bom sistema de localização e acesso fácil aos itens;

Todas as posições das estanterias e/ou porta-paletes devem estar devidamente
identificadas permitindo a fácil localização do material e/ou produto em estoque;

É necessário, verificar se os materiais e/ou produtos estão em condições de
alocação/armazenamento, ou seja, sem desvios, por exemplo: volumes avariados, sem
identificação ou paletização;.

Operador Logístico deve providenciar e disponibilizar a espaço suficiente para acomodar
todos os materiais e/ou produtos de forma preservar a sua integridade;

É proibido o armazenamento dos materiais e/ou produtos com produtos radioativos,
tóxicos e alimentícios, para evitar contaminações;

Todo material e/ou produto deve ser estocado fora do chão, em pallets e afastado das
paredes, respeitando o limite de quatro (4) volumes de altura no empilhamento em
arranjo trançado/amarrado e, quando necessário, empilhamento máximo de dois (2)
pallets;

Os corredores devem ser identificados, limpos e desimpedidos de materiais e/ ou
produtos;

É necessário que os materiais e/ou produtos de alta rotatividade (maior saída) sejam
alocados em alturas acessíveis, ou seja, em níveis mais baixo;

Operador Logístico deve ter métodos e sistema de controle de material e/ou produtos
para certificar-se que todos os materiais estocados estão corretamente identificados
(código, descrição do produto, quantidade, lote e validade) permitindo a rastreabilidade
em todo o processo;

A movimentação dos materiais e/ou produtos deve ser realizada de acordo com o
conceito FEFO (First-Expire First-Out) evitando itens obsoletos no estoque, eliminando as
perdas de estocagem por ineficiência do processo;

Operador Logístico deve ter métodos e sistema de controle das validades dos
materiais/produtos. Produtos com validade inferior a 180 dias (6 meses) deve ser retirado
do estoque;

Todo material/produto vencido deve ser identificado e segregado (fisicamente e/ou via o
sistema de gerenciamento de material/produto), além da segregação, é imprescindível
15
ter um gerenciamento adequado destes itens com definição clara das responsabilidades
para agilidade na disposição / destinação;

Toda e qualquer movimentação deve ser registrada e documenta, para fins de verificação
e rastreabilidade;

Operador Logístico deve estabelecer periodicamente inventários cíclico e rotativo para
todos os materiais e/ou produtos em estoque;

Operador Logístico deve prover os recursos, equipamentos necessários
movimentação dos materiais e/ou produtos ( ex.: transpaleteira, empilhadeira);

Todos os colaboradores devem estar aptos e habilitados para realização das atividades.
para
5.2 Produto Descontinuado

Deve-se ter um processo estabelecido para retirada de produtos descontinuados, de
acordo com a solititação da Natura. O Operador Logístico deve ter métodos e sistema de
controle para os produtos descontinuados, ou seja, identificação, segregação, preservação
(os produtos considerados próprios para uso, devem ser identificados e armazenados,
preservando o código, descrição do produto, lote e prazo de validade) e, quando
autorizado, devolução para Natura Cajamar;

A movimentação desses produtos, em caso de eventuais saídas devido a ações extras da
Área Comercial Natura (ex.: Empório) deve ser priorizada de acordo com o conceito FEFO
(First-Expire First-Out).
5.3 BOT e BOV

O Operador Logístico deve ter métodos e sistema de controle para os produtos oriundos
do processo de BOT e BOV;

Todos os produtos de origem do BOT e BOV devem passar por triagem, para analise e
verificação quanto à integridade dos produtos;

Os produtos considerados próprios para uso devem ser identificados e armazenados,
preservando o código, descrição do produto, lote e prazo de validade;

Os produtos considerados impróprios para uso (quebrado, vazando e vencido), devem ser
identificados e destinados para sucateamento (vide tópico 12);

A saída desses produtos deve ser priorizada de acordo com o conceito FEFO (First-Expire
First-Out).
5.4 Abastecimento Linhas de Separação

O parceiro deve garantir o abastecimento correto dos produtos nas linhas de separação,
inclusive obedecendo ao FEFO (First-Expire First-Out);

Deve ser verificado o código, descrição, lote e validade do produto, evitando erro de
abastecimento.

Nenhum produto com validade inferior a 180 dias, ou seja, seis (6) meses antes do
vencimento deve ser alocado nas linhas para envio à CN;
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
Todas as movimentações de produtos/materiais devem ser realizadas concomitantes no
sistema, ou seja, realizadas em sequência;

O parceiro deve garantir e manter a ordem nas linhas de separação para prevenir
qualquer desvio (ex.: trocas, dano produto) inclusive prevenção de acúmulo de poeira.
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6. PROCESSO DE SEPARAÇAÇÃO - PICKING
Objetivo
Assegurar que os processos de separação sejam bem controlados, resultando em uma
atividade isenta de erros de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos, garantindo o
atendimento do serviço prestado as Consultoras Natura.
6.1 Requisitos Gerais

O processo de separação precisa ser projetado para ser seguro e é necessária a
avaliação de risco em todas as suas etapas;

O Operador Logístico deve ter uma sistemática para garantir o processo de separação, ou
seja, assegurar que os desvios de pedido sejam identificados antes do envio para a CN;

Todos os colaboradores devem estar aptos e habilitados para realização das atividades;

Instruções de trabalhos e manuais devem estar disponíveis aos colaboradores em local
de fácil acesso;

O fluxo de montagem das caixas precisa ser monitorado para garantir a integridade dos
produtos e evitar retrabalhos; considerar ainda que quando houver reuso de caixas o
parceiro deve assegurar que estejam em boas condições e que exista somente uma
identificação válida (inutilizar a identificação obsoleta com um risco em formato de “x”);

É imprescindível que o processo de identificação das caixas (etiqueta CN) seja
monitorado para garantir legibilidade e que as mesmas estejam bem aderidas e na
posição correta para evitar desvios no processo e/ou erro de leitura;

É necessário realizar controle e registros dos parâmetros do processo de separação,
recomenda-se a implementação do CEP (Controle Estatístico de Processo);

A calibração de equipamentos críticos deve ser documentada e realizada de acordo com
as com uma sistemática estabelecida e ainda devem ter manutenção adequada conforme
a recomendações dos fabricantes. É necessário manter o registro histórico das
manutenções corretivas e preventivas;

Devem ser adotados procedimentos para tratamento de não-conformidades, como ações
preventivas e corretivas para manter o processo dentro da conformidade;

Toda documentação deve estar acessível sempre que solicitado pelo contato da Natura.
6.2 Separação

O Operador Logístico deve prover todos os recursos necessários para este processo,
assegurando a qualidade e quantidade necessária de insumos para as operações (ex.:
caixa, etiqueta, papel e outros);

O Operador Logístico deve ter métodos e sistema de controle dos produtos (código,
descrição do produto, quantidade, lote e validade) disponíveis para separação;
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
O Operador Logístico deve realizar a separação dos produtos de acordo com o pedido da
Consultora Natura / Centro de Distribuição;

O produto que apresentar validade inferior a 180 dias, ou seja, seis (6) meses antes do
vencimento deve ser retirado imediatamente da linha de separação;

Somente produtos liberados devem ser disponibilizados nas linhas de separação;

O Operador Logístico deve garantir que os produtos sejam acondicionados dentro da
caixa padrão Natura preservando sua identidade e integridade física. Todos os produtos
disponíveis nas linhas de separação devem estar devidamente arrumados, limpos e
organizados em sua respectiva caixa e posição;

É necessário evitar a formação de camada extra nas caixas de produtos disponíveis para
separação;

O Operador Logístico deve realizar a separação dos pedidos garantindo o nível de serviço
e padrões de qualidade requeridos;

Os produtos devem ser manuseados e acomodados adequadamente dentro das caixas,
conforme procedimentos acordados e devem ser protegidos com saco bolha e/ou saco
plástico, preservando a integridade física dos produtos para garantir sua entrega em
perfeito estado;

O Operador Logístico deve garantir que os produtos sejam acondicionados dentro da
caixa Natura respeitando o limite máximo de peso estabelecido e otimização de cubagem,
conforme abaixo:
Caixa Padrão
Caixa Média
Material
Tamanho
Caixa Telescópica
490 x 250 x 300
mm
Material
Tamanho
Caixa Telescópica
230 x 220 x 290
mm
Peso - Kg
Médio - 7 kg
Máximo 11 Kg
Mínimo 0,4 Kg
Peso - Kg
Médio - 3,5 kg
Máximo 5,5 Kg
Mínimo 0,4 Kg

O Operador Logístico deve assegurar que as caixas sejam lacradas adequadamente
(cintas ou hot melt);

Caso falte algum produto nas linhas de separação, o responsável pelo
Estoque/Abastecimento deve ser informado imediatamente para realizar a reposição na
linha;

Não devem ser feitas mudanças nas especificações do processo de separação sem
autorização da Natura;

É necessário que o local de trabalho permaneça sempre limpo e organizado, para tanto
recomendamos que se estabeleça plano de Housekeeping.
19
6.3 Não conformidades

Todos os produtos danificados devem ser devolvidos para retrabalho ou descarte;

Todo material/produto com desvio deve ser identificado e segregado (fisicamente e via
sistema de gerenciamento de material/produto). Além da segregação, é imprescindível
ter um gerenciamento adequado destes itens com definição clara das responsabilidades
para agilidade na disposição / destinação;

Todas as não conformidades devem ter ações imediatas de acordo com procedimentos
concordados e definição de investigação e ações corretivas para evitar reincidências.
Estas situações devem ser registradas;

Produtos bloqueados ou não conforme só devem ser liberados com autorização do
contato Natura.
6.4 Rastreabilidade dos lotes e Identificação

O Operador Logístico deve ter métodos e sistema de controle dos produtos (código,
descrição do produto, quantidade, lote e validade) permitindo a rastreabilidade pelo
processo até a distribuição final.
6.5 Conferência Obrigatória

Todos os itens separados devem ser conferidos (descrição do produto e quantidade),
conforme a descrição apresentada no pedido da Consultora Natura;

Após finalização da separação dos produtos, as caixas devem passar por um processo de
conferência obrigatória. A conferência deve obedecer ao FIFO (First In First Out), após
conferência do pedido, e não havendo divergências os produtos devem ser
acondicionados dentro da caixa original preservando a identidade e integridade física dos
produtos.

Quando for identificado qualquer tipo de desvio (falta, dano, excesso e troca), deve ser
feita a correção imediata na caixa CN e tomar as ações abaixo:
- caso o desvio identificado seja troca de produto, deve ser verificada imediatamente a
posição de abastecimento do produto na linha de separação. Existindo divergência,
realizar correção imediata e avaliar outros pedidos que contenham o mesmo item
(varredura). É imprescindível a investigação da ocorrência com ações corretivas
para evitar reincidências;
- no caso de falta do item, o pedido deve ser separado e solicitado à reposição do item
imediatamente;
- no caso de dano, o item danificado deve ser retirado juntamente com outros itens se
também foram avariados, identificar a caixa com o(s) produto(s) que devem ser
repostos e solicitando reposição imediata do item(ns) e avaliação da caixa.
- caso de excesso, deve ser retirado o item sobrando, realizando a devolução para
linha de separação de origem.
20
6.6 Conferência Aleatória Numérica

É imprescindível estabelecer um processo de conferência aleatória numérica dos
pedidos após a conferência obrigatória;

Deve ser conferida a quantidade dos itens constante na caixa de acordo com o pedido da
Consultora Natura;

Após conferência do pedido, e não havendo divergências os itens devem ser
acondicionados dentro da caixa preservando a identidade e integridade física dos
produtos e da caixa;

Caso seja identificada alguma divergência quanto à quantidade dos itens, a caixa deve
ser enviada imediatamente para a conferência obrigatória para nova conferência.
6.7 Dupla Conferência Obrigatória

Está segunda conferência obrigatória deve ser realizada nos casos onde houver pedidos
de Consultora Natura em “Prevenção”, ou seja, de alto risco;

Deve ser conferida a quantidade dos itens constante na caixa de acordo com o pedido da
Consultora Natura;

Após conferência do pedido, e não havendo divergências os itens devem ser
acondicionados dentro da caixa preservando a identidade e integridade física dos
produtos;

Caso seja identificada alguma divergência quanto à quantidade dos itens, a caixa deve
ser separada para correção imediata.
21
7. TRANSPORTE - TRANSFERÊNCIA
Objetivo
Prever as possíveis situações de transporte e transferência, incluindo manuseio, proteção,
identificação e particularidades em função de necessidade específicas da Natura.
7.1 Transporte

A empresa deve possuir veículos em condições sanitárias adequadas para o tipo de
transporte nos processos de transferência. Realizar sanitização e/ou desinsetização dos
veículos envolvidos na operação;

Os veículos devem estar em boas condições de uso (pneus, equipamentos de segurança
e outros);

É proibido o transporte de cosméticos com produtos radioativos ou tóxicos (inseticidas,
detergentes, lubrificantes, agrotóxicos e outros) e, esta prática deve ser de
conhecimento de todos;

Os produtos devem ser transportados em veículos tipo baú, de forma a evitar exposição
ao sol, umidade, e de qualquer outro fator que possa afetar o produto.
7.2 Carregamento

Para o carregamento, deve ser observado o acondicionamento da carga atentando-se
quando à disposição e alocação da mesma, sempre observando a simbologia das caixas
no manuseio para garantir a preservação de integridade dos produtos e materiais. Alguns
exemplos de símbolos:
Símbolo
Descrição
Empilhamento máximo
Este lado para cima
Frágil
Proteger da Umidade
22
7.3 Formação da Carga

O Operador Logístico deve arrumar a carga de forma a observar e preservar a integridade
dos volumes, durante o processo de formação da carga;

Os volumes avariados devem ser separados para avaliação da integridade do conteúdo
e, quando aplicável, a substituição da caixa de embarque, com cuidado de manter os
mesmos dados da identificação. Quando não for possível a troca da caixa (ex.:
vazamento, quebra), deve-se segregar o volume na área de não conforme;

O Operador Logístico deve disponibilizar os materiais de apoio (insumos) para realização
deste processo, como por exemplo: madeirite (comprimento 1200mm – largura 2000mm
– espessura 10mm) cordas para amarração, lonas plásticas, pallets PBR, cintas de
poliéster, filme strech, cantoneiras;

Recomendamos que o empilhamento seja realizado de acordo com o tipo e peso do
produto/material, ou seja, priorizar a colocação de produtos/materiais mais pesados na
base (ex.: perfumes, sabonetes);

O acondicionamento deve ser realizado conforme as diretrizes abaixo:
Acondicionamento Granel
-
-
o tipo de arranjo deverá ser trançado/amarrado (conforme figura 1). A base deve
ser formada com volumes acondicionados na posição horizontal e vertical,
respeitando este arranjo no empilhamento (ver figura 1);
Figura 1 – formato para amarração
(amarrado)
a cada 3 (três) camadas empilhadas deve existir uma separação com madeirite
para receber o empilhamento da próxima camada. O empilhamento máximo
deverá ser de 12 volumes (vide figura 2);
Madeirite
Figura 2 – Formação da carga e colocação do madeirite
23
-
a cada 4 metros de carga formada no comprimento do veículo, deve ser utilizada
uma corda (amarração cruzada) para fixação e travamento dos mesmos, este
procedimento deve garantir que a carga não se mova durante o trajeto percorrido.
Acondicionamento Pallets
-
os pallets devem ser modelo PBR, estando em boas condições de uso, limpos e
livres de defeitos;
-
o tipo de arranjo deverá ser trançado/amarrado ou colunar, sendo que a última
camada do colunar deve ser amarrada, conforme figura 3;
A
B
Figura 3 – A: amarração Coluna
B: amarração Trançado
-
os pallets formados devem ter cantoneiras nos 4 (quatro) cantos e envolvidos com
filme plástico (strech) visando manter a consolidação e preservação da carga;
no caso de empilhamento de pallets na carga, deverá ser inserido um madeirite a
cada dois (2) pallets.
Acondicionamento com Gaiolas
-
o acondicionamento poderá ainda ser realizado em gaiolas onde estas deverão
manter o empilhamento em coluna mantendo assim a integridade da caixa de envio;
-
não é permitido a utilização de gaiolas danificadas.
24
8. EXPEDIÇÃO
Objetivo
Assegurar que a expedição de todos os materiais/produtos seja controlada adequadamente
de acordo com as especificações.
Garantir que os procedimentos estejam em funcionamento para assegurar que condições
críticas para a segurança e integridade do produto sejam mantidas e controladas.
8.1. Condições gerais

Todo produto/material deve ser estocado fora do chão e longe o suficiente das paredes
possibilitando inspeção e controle de pragas;

Devem-se obedecer todas as orientações de empilhamento dos produtos bem as
condições necessárias para manter a sua integridade. Os pallets (PBR) devem estar em
boas condições, limpos e livres de defeitos.
8.2. Condições dos veículos

Os veículos de transporte precisam ser inspecionados antes do carregamento quanto as
condições gerais de preservação e higiene e também possibilidade de contaminação
cruzada (prevenção de transferência de odor entre produtos, matérias primas, dano nas
embalagens, etc). É recomendável que a inspeção seja registrada.
8.3. Conferência e Expedição

Todas as caixas devem estar em boas condições e lacradas adequadamente;

É necessário que as operações de separação de produtos sejam conduzidas de maneira
ordenada a fim de evitar danos no manuseio das embalagens, falhas e/ou trocas;

Todos os pallets formados devem ser conferidos quanto à integridade, identidade,
quantidade e rota de destino;

Os pallets devem ser separados por rota e alocados em área demarcada, o
empilhamento não deve exceder o empilhamento máximo definido nas caixas;

Toda a documentação do processo de expedição deve ser mantida, inclusive numeração
de lacres, quando aplicável.
25
9.
LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO
Objetivo
Garantir uma sistemática para limpeza e organização contínua das áreas e um sistema de
controle de pragas e o mau uso de químicos de controle de pragas seja prevenido.
9.1. Princípios de Limpeza & Organização

Para todos os equipamentos de processo e áreas gerais, recomenda-se procedimentos
de limpeza com definição:
- método e a freqüência de limpeza;
- nível de desmonte dos equipamentos (caso aplicável).

Químicos de limpeza devem ser estocados em uma área dedicada longe dos materiais e
produtos;

É necessário prover instalações adequadas para higiene pessoal dos colaboradores;

Todas as áreas necessitam ter condições de organização adequadas para condução das
atividades, estabelecido como veículo para manter a limpeza dos ambientes
(housekeeping).
9.2. Limpeza

Recomenda-se limpeza úmida e precisa ser feita efetivamente com um detergente
adequado e iniciado com uma remoção física dos resíduos (quando aplicável).
9.3. Organização

Recomenda-se a aplicação de fundamentos de um programa de 5S para garantir a
organização de todas as áreas.
9.4. Controle de Pragas

Um programa de controle de pestes deve estar em funcionamento, com definição da
freqüência, cronograma das aplicações e controles e tipos de produtos utilizados;

Por causa da natureza especialista de controle de pragas é recomendado que o controle
seja feito por uma empresa terceirizada especializada;

A empresa contratada deve possuir todas as licenças requeridas para operação.
9.5 Regras de Higiene

O parceiro precisa definir regras de higiene para os colaboradores prevendo inclusive
que o consumo de qualquer tipo de alimento e cigarros nas áreas de estocagem e
separação deve ser proibido;

Ferimentos abertos devem ser completamente cobertos por curativos a prova de água
com coloração distinta do produto.
26

As regras para os padrões de higiene e segurança precisam estar disponíveis a todo o
pessoal incluindo temporários ou subcontratados e visitantes. É preciso assegurar que
todos tenham entendimento destas instruções;

É necessário fornecer uniforme para os colaboradores das áreas de operação com o
produto/material.
27
10.
PESSOAL & TREINAMENTO
Objetivo
Definir requisitos básicos de treinamento para assegurar que todos os colaboradores sejam
treinados adequadamente e entendam os aspectos críticos relevantes das atividades e
estabelecer diretrizes básicas para administração de pessoal.
10.1 Recursos Humanos









Todos os colaboradores ligados à Operação Natura devem estar enquadrados no regime
de contratação CLT (Consolidação das Leis do Trabalho);
O parceiro deve estabelecer descrições de cargos para todas as funções ligadas
diretamente à Operação Natura;
As descrições de cargo devem compreender os requisitos mínimos para a função, ou seja,
o perfil de contratação / recrutamento, bem como os treinamentos necessários
(capacitação), além de detalhar responsabilidades e atividades executadas;
Tanto os requisitos mínimos da função quanto a efetividade dos treinamentos realizados
devem ser verificáveis e avaliados antes dos colaboradores iniciarem suas atividades na
função, bem como devem ser estabelecidos critérios mínimos de aprovação;
É necessário estabelecer um procedimento para os casos em que os colaboradores não
atinjam os critérios mínimos de aprovação, considerando critérios claros para cada tipo de
tratativa;
Reavaliações devem ser aplicadas no mínimo anualmente, e a cada mudança de
atividade;
Recomenda-se que sejam realizadas avaliações de desempenho para todas as funções;
O parceiro precisa realizar pesquisas de clima anualmente, bem como realizar a análise
crítica dos resultados e estabelecer ações para os pontos de melhoria levantados;
É recomendável manter um canal de comunicação para manifestações por parte dos
colaboradores (sugestões, críticas e elogios), com foco na melhoria de processos internos,
e que os dados oriundos deste sejam analisados trimestralmente.
10.2 Treinamento


É necessário um programa estabelecido para conscientização dos requisitos de cGMP
envolvendo também as Boas Práticas de Distribuição e Transporte;
O parceiro deve assegurar que os colaboradores somente exerçam suas funções após
receber capacitação adequada;

É necessário estabelecer um plano de treinamentos para todas as funções, bem como
manter registros acessíveis dos treinamentos realizados pelos colaboradores;

É necessário que reciclagens sejam realizadas:

- Se o colaborador não obtiver resultado satisfatório no teste de efetividade de um
treinamento, ou seja, não atingir os critérios mínimos de aprovação;
- Quando detectados desvios de conhecimento dos procedimentos por qualquer
colaborador inserido na Operação Natura;
- A cada mudança significativa de procedimento.
É necessário definir treinamentos específicos para investigação de
ferramentas da qualidade – para os colaboradores envolvidos nestas ações.
desvios
–
28
11.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Objetivo
Gerenciar as atividades de maneira a identificar e minimizar os impactos ambientais,
buscando a prevenção à poluição de seus processos, produtos e serviços, cumprindo a
legislação ambiental aplicável e melhorando continuamente sua performance ambiental.
11.1. Geral

É recomendável um Sistema de Gestão Ambiental básico incluindo política e
concordância com os requerimentos legais e com a melhoria contínua.
10.2 Requisitos específicos

Situações que podem comprometer a reputação da companhia devem ser reportadas
imediatamente a Natura. Recomendamos procedimentos estabelecidos para as
emergências ambientais;

É recomendado que se tenha procedimentos documentados / Instruções de trabalho
para o controle de aspectos ambientais significativos:
-
Emissões atmosféricas;
Contaminação de solo e mananciais;
Gerenciamento de utilidades;
Consumo de água e energia;
Gerenciamento e Destinação de resíduos sólidos perigosos e não perigosos;

Garantir o correto gerenciamento e destinação dos resíduos sólidos e líquidos gerados
provenientes das atividades, em conformidade com a legislação ambiental e a prevenção à
poluição;

Recomenda-se implantar um programa de conscientização ambiental, contemplando
colaboradores, e se possível, a comunidade do entorno.

É recomendável estabelecer um programa de gerenciamento de resíduos (exemplo:
coleta seletiva), bem como de consumo de água e energia.

O parceiro devem apurar e reportar à Natura periodicamente sua performance ambiental
através dos indicadores 3:
Tema
Resíduos
sólidos
Água
Energia
Indicador
Volume total de resíduos gerados
Destinação de resíduos sólidos (incineração,
reciclagem, aterro, etc)
Consumo de água
Consumo de energia
Emissões
Emissão de gases de efeito estufa
atmosféricas
3
Unidade
t (ton)
%
m³
kw/h
t CO2
Deve-se informar a quantidade produzida (em unidades ou quilos) de modo que seja
possível o cálculo relativo.
29
12. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Objetivo
Estabelecer as diretrizes para o correto manejo dos resíduos sólidos gerados nos processos,
produtos e serviços dos Centros de Distribuição Logística da Natura, evitando ou mitigando
os impactos ambientais negativos e os riscos associados à saúde e segurança.
O gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos Centros de Distribuição será realizado
seguindo as informações constantes deste tópico, bem como apresentado no Anexo 1,
contemplando às atividades de segregação, classificação, acondicionamento, identificação,
coleta interna, armazenamento, transporte e tratamento e/ou destinação final.
12.1 Descartar Resíduos

A atividade de descartar os resíduos é divida em três etapas distintas: Segregar Resíduos;
Acondicionar Resíduos; Identificar Resíduos.
12.1.1 Segregar e Acondicionar Resíduos

A segregação dos resíduos gerados nos processos dos Centros de distribuição deve seguir
o padrão estabelecido para o Programa Coleta Certa da Natura, descrito para cada tipo de
resíduo nas Planilhas de Resíduos;

A Coleta Certa é o programa de coleta seletiva de resíduos utilizado em todas as unidades
da Natura, que estabelece a segregação dos resíduos segundo as classes estabelecidas
pela NBR 10004/04, bem como utiliza um padrão de cores para a segregação de cada, os
quais são:
Resíduos Recicláveis:
Cores
Azul
Resíduos
Papel e
papelão
Vermelho Plásticos
Vermelh
Amarelo
Metais
o
o
Verde
Preto
Cinza
Vidros
Descrição
Papéis de impressora, folhas de caderno,
envelopes, livros, revistas, jornais,
caixas e tampas de papelão.
Copinhos plásticos, embalagens de
iogurte, garrafas de sucos, sacos, cintas
plásticas.
Inox, Alumínio, cavacos metálicos,
latinhas de alumínio, metais em geral.
Frasco de perfume, copos, potes, vidros
em geral.
Papel toalha, papel higiênico,
Lixo Comum guardanapos, papéis multicamada,
etiquetas, fitas adesivas.
EPI’s contaminados, luvas, aventais,
máscaras, perfex e panos contaminados
Resíduo
Operacional com matérias-primas, solventes e
produtos.
Acondicionamento
 Coletores de
fibra de vidro
com tampa
basculante,
capacidade 50 e
200 litros e/ou
plásticos com
tampa
basculantes e
mesma
capacidade.
 Sacos
plásticos no
mesmo padrão
de cores.
30
12.2.2 Coletar Resíduos

A coleta interna dos resíduos nos pontos de geração deve manter a segregação e a
identificação realizada pelos colaboradores responsáveis pela atividade;

O acondicionamento dos resíduos deverá ser realizado observando-se o padrão de cores
da Coleta Certa, inclusive nas cores dos sacos plásticos utilizados para acondicionamento
dos resíduos;

Translado dos resíduos dos pontos de geração para o armazenamento temporário em local
adequado, onde o resíduo ficará disposto até a formação de carga para destinação final
e/ou tratamento, deve observar as seguintes condições:
- as coletas serão realizadas de forma intermitente, ter roteiros roteiro de coleta
pré-estabelecido de acordo com a geração de resíduos, sendo realizada em sentido
de fluxo único que não coincida com horários de refeições, entrada e saída de
colaboradores;
- os resíduos serão transportados em carrinhos coletores identificados e por
profissionais capacitados;
- após cada coleta os contêineres poderão sofrer higienização em local apropriado
para lavagem, dependendo da necessidade e tipo de resíduo;

Os resíduos recicláveis (papelão e strech) com geração contínua na operação dos Centros
de Distribuição deverão ser destinados a cooperativas de catadores das comunidades de
entorno.
12.3 Resíduos - Produtos Acabados

A coleta dos resíduos de produtos acabados provenientes das perdas dos processos,
(danificados em linha) e retorno de campo serão encaminhados para a área de danificados
pelos operadores das linhas de separação. Nesta área estes resíduos devem ser
analisados, acondicionados e identificados para posterior destino final.
12.4 Armazenamento Temporário de Resíduos

O armazenamento temporário de resíduos deve ser executado de forma a não oferecer
risco de poluição ambiental;

Para que o risco de poluição ambiental seja minimizado deve ser observado o disposto
nas Normas Técnicas da ABNT NBR 12.235 (Armazenamento de Resíduos Perigosos –
Classe I) e na NBR 11.174 (Armazenamento de Resíduos Classe II-A e II-B).
12.5 Tratamento e Destinação de Resíduos (Produtos Acabados)

Os produtos para sucateamento devem ser separados, identificados e segregados em
local apropriado. A separação deverá ser realizada conforme a característica do resíduo,
ou seja, vidros, plásticos, papel e latas, acondicionados em volumes/caixas (CN)
Consultora Natura;
31

Não é permitido que o produto destinado para o sucateamento seja descaracterizado, ou
seja, o conteúdo do produto não poderá ser desprezado, evitando possíveis ricos de
contaminação e impactos ambientais;

Para destinação dos resíduos considerados sucatas, os volumes/caixas devem ser
acondicionadas preferencialmente em gaiolas, não podendo ultrapassar 28 (vinte e oito)
volumes em cada gaiola, conforme a característica do resíduo (vidros, plásticos,
cartucho/embalagem e latas). Ou seja, não será permitido envio de resíduos com
características diferentes em uma mesma gaiola;

Os resíduos para o sucateamento deverão ser enviados para área de Gestão de Resíduos
da Natura, a cada (3) meses, antes da realização do inventário oficial nos Centros de
Distribuição.
12.6 Tratamento e Destinação de Produtos Danificados para Área de Recuperação

Os produtos classificados e considerados recuperáveis, devem ser identificados e
segregados em local apropriado;

A autorização para o envio dos produtos para recuperação ao posto avançado de origem
deverá ser solicitada ao responsável da área de Recuperação do Picking;

Todos os produtos devem ser preservados e/ou acomodados em volumes/caixas (CN)
Consultora Natura, acondicionados em pallets PBR, com cantoneiras e strech;

A formação dos pallets deverá ser realizada com 28 (vinte e oito) volumes/caixas, ou
seja, lastro de 7 (sete) volumes com 4 (quatro) de altura, facilitando a movimentação e
permitindo o correto armazenamento dos pallets recebidos.
12.7 Tratamento e Destinação de Produtos Obsoletos

Os produtos considerados obsoletos (vencidos, descontinuados e quebra de promoção)
devem ser identificados e segregados em local apropriado;

A autorização para o envio dos produtos obsoletos ao posto avançado de origem deverá
ser solicitada ao responsável da área de Planejamento e Controle Logístico Natura.

Todos os produtos devem ser preservados e/ou acomodados em volumes/caixas (CN)
Consultora Natura, acondicionados em pallets PBR, com cantoneiras e strech.

A formação dos pallets deverá ser realizada com 28 (vinte e oito) volumes/caixas, ou
seja, lastro de 7 (sete) volumes com 4 (quatro) de altura, facilitando a movimentação e
permitindo o correto armazenamento dos pallets recebidos.
12.8 Indicadores

Através da análise dos indicadores será monitorado o desempenho do gerenciamento dos
resíduos sólidos, os quais demonstraram a melhoria contínua dos processos frente ao
atendimento dos requisitos legais aplicáveis, bem como dos objetivos de minimização dos
32

impactos ambientais dos processos, produtos e serviços dos Centros de Distribuição da
Natura;
Serão monitorados os seguintes indicadores:
-
-
Quantidade de resíduos gerados em toneladas – quantidade total de resíduos
sólidos gerado pela unidade e destinado no período de referência;
Percentual de resíduos reciclados – percentuais do total de resíduos da unidade
que foram destinados a alguma forma de reciclagem e/ou reutilização interna e/ou
externa à unidade no período de referência;
Quantidade de resíduos gerados por unidade separada – quantidade de resíduos
gerados por unidade separada no Centro de Distribuição no período de referência.
12.9 Saídas do Processo

O gerenciamento de resíduos sólidos dos Centros de Distribuição terá o controle de
registros de documento e dados, os quais serão identificados, coletados, indexados,
arquivados, mantidos e disponíveis para consulta de modo a evidenciar objetivamente o
cumprimento dos requisitos aplicáveis e da efetiva operação do processo;

Os registros identificados para o processo de gerenciamento de resíduos são:
- Documentos de controle de geração – Planilha de Balanço de massa;
- Manifestos de Transporte de resíduos;
- Nota Fiscal de destinação de resíduos;
- Inventário Anual de resíduos.

Os registros deverão ser armazenados por um período mínimo de 20 anos, segundo a
legislação vigente.
33
13. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Objetivo
Ter um sistema de gerenciamento efetivo para assegurar que colaboradores
estão trabalhando em condições seguras e atendimento aos requisitos legais.
13.1 Geral

É imprescindível um sistema efetivo de Saúde e Segurança no Trabalho em
concordância com os requisitos legais do Ministério da Saúde e Trabalho;

Condições seguras e saudáveis devem ser disponibilizadas para todos os colaboradores;

Perigos e riscos associados com atividades de trabalho devem ser avaliados e controlados
efetivamente, conforme laudo apresentado nos relatórios de PPRA e PCMSO.
13.2 Requerimentos Específicos

Os colaboradores devem estar adequadamente treinados e entender os riscos relevantes
e suas precauções antes de iniciar o trabalho;

Máquinas e ferramentas devem estar protegidas ao acesso a partes em movimento, de
acordo com os requerimentos legais;

Equipamentos de proteção individual (EPI’s) devem ser adequados, disponíveis e
utilizados pelos colaboradores;

O parceiro deve possuir um plano de combate a incêndios, garantindo que os extintores e
hidrantes estejam instalados de forma adequada e em número suficiente para a estrutura
das instalações. O controle de validade dos extintores deve ser efetivo;

Todas as áreas destinadas aos equipamentos de segurança obter fácil acesso, ou seja,
acessos sempre desobstruídos;

É necessário estabelecer Plano de Emergências, incluindo formas seguras de evacuação de
áreas (rotas de fuga e mapas de risco). Recomenda-se simulados de abandono de área;

Ingredientes que apresentem características de segurança críticas (irritante, explosivo,
enzimas, etc.) devem ser manuseados adequadamente. Fichas
de Segurança de
Materiais devem estar disponibilizados.
34
14.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Objetivos
Reafirmar o compromisso de incorporar políticas e práticas de gestão
responsáveis, baseadas na ética e na transparência, num processo de diálogo
permanente com seus diversos públicos.
14.1. Compromissos éticos

É recomendável que a empresa tenha princípios éticos e que estes princípios estejam em
um código de ética ou uma declaração de crenças e valores documentado e efetivamente
lembrado nas ações do dia-a-dia;

Recomenda-se que a empresa tenha uma política de diálogo aberto e transparência com
os seus públicos.
14.2. Direitos Humanos (anexo 2)

A empresa deve apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos
internacionalmente, assim como assegurar sua não-participação em violações desses
direitos.
14.3. Direitos do Trabalho

A empresa deve legalizar a relação de trabalho, apoiar a liberdade de associação e
reconhecer efetivamente o direito à negociação coletiva.
14.4. Compromisso com o Futuro das Crianças

É imprescindível o respeito à legislação que proíbe o trabalho antes dos 16 anos (exceto
aprendizes). A empresa deve possuir políticas formais que visem à erradicação do
trabalho infantil e discutir com seus fornecedores esta questão, estimulando-os a cumprir
a legislação. Além disso, possuir cláusula específica em seus contratos relativa à proibição
deste tipo de trabalho.
14.5. Valorização da Diversidade

Recomenda-se o combate a todas as formas de discriminação e a promoção de
programas de contratação de deficientes (oferecendo, inclusive recursos físicos para
facilitar seu deslocamento), igualdade de remuneração e valorização das oportunidades
oferecidas pela riqueza étnica e cultural de nossa sociedade.
14.6. Trabalho Forçado ou Compulsório

É imprescindível o respeito à legislação que proíbe o trabalho forçado. A empresa deve
possuir políticas formais que visem à erradicação de todas as formas de trabalho forçado
ou compulsório e discutir com seus fornecedores esta questão, estimulando-os a cumprir
35
a legislação. Além disso, possuir cláusula específica em seus contratos relativa à proibição
deste tipo de trabalho.
14.7. Combate à corrupção

A empresa deve combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e
propina.
14.8. Gerenciamento do Impacto da Empresa Junto à Comunidade

A empresa precisa monitorar e reparar seus possíveis impactos na vida da comunidade
(solicitação de equipamentos sociais, tráfego, zoneamento urbano, relações com vizinhos,
etc.), mantendo canais de diálogo para o recebimento de demandas, reclamações e
manifestações da comunidade.
36
Referências :
-
NBR IS0 9000:2000 - Sistemas de Gestão da qualidade;
-
NBR ISO 14000:2004 - Sistemas da Gestão Ambiental;
-
OHSAS 18000 - Sistema de Gestão de Segurança e Higiene no trabalho;
-
NBR ISO 16001 - Sistema de Gestão de Responsabilidade Social;
-
Portaria 3214 de 08 de Junho de 1978 - Ministério do Trabalho e Emprego;
-
Portaria 348 de 18 de Agosto DE 1997 – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária;
-
Resolução 329 /MS/ANVS, de 22 de Julho de 1999 - Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária;
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Normas Técnicas ABNT-NBR 10.004 – Resíduos Sólidos - Classificação;
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Normas Técnicas ABNT-NBR 12.235 - Armazenamento de Resíduos Perigosos Classe I;
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Normas Técnicas ABNT-NBR 11.174 - Armazenamento de Resíduos Classe II e III.
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ANEXO 1
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ANEXO 2
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Fonte: United Nations Information Centre
http://www.unhchr.ch/udhr/lang/por.htm
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família
humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da
justiça e da paz no mundo;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homem conduziram a atos
de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em
que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi
proclamado como a mais alta inspiração do Homem;
Considerando que é essencial à proteção dos direitos do Homem através de um regime de
direito, para que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a
tirania e a opressão;
Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as
nações;
Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos
direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade
de direitos dos homens e das mulheres e se declaram resolvidos a favorecer o progresso
social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla;
Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação com
a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efetivo dos direitos do Homem e das
liberdades fundamentais;
Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta
importância para dar plena satisfação a tal compromisso:
A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal
dos Direitos Humanos
como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os
indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem,
pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por
promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento
e a sua aplicação universais e efetivos tanto entre as populações dos próprios Estados
membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.
Artigo 1°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão
e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2°
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente
Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de
religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento
ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no
estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa,
seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação
de soberania.
Artigo 3°
Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4°
Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos,
sob todas as formas, são proibidos.
Artigo 5°
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes.
Artigo 6°
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Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua
personalidade jurídica.
Artigo 7°
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm
direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e
contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8°
Toda pessoa direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes contra os atos
que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.
Artigo 9°
Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10°
Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja eqüitativa e
publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e
obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja
deduzida.
Artigo 11°
Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade
fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias
necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não
constituíam ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não
será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso
foi cometido.
Artigo 12°
Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio
ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões
ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei.
Artigo 13°
Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de
um Estado.
Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o
direito de regressar ao seu país.
Artigo 14°
Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em
outros países.
Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por
crime de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações
Unidas.
Artigo 15°
Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de
nacionalidade.
Artigo 16°
A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família,
sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da
sua dissolução, ambos têm direitos iguais.
O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos.
A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e
do Estado.
Artigo 17°
Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade.
Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 18°
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este
direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de
manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em
privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.
Artigo 19°
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Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de
não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração
de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.
Artigo 20°
Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.
Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21°
Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios públicos do seu país,
quer diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.
Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu
país.
A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos: e deve exprimir-se
através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com
voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.
Artigo 22°
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode
legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis,
graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os
recursos de cada país.
Artigo 23°
Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições eqüitativas e
satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
Quem trabalha tem direito a uma remuneração eqüitativa e satisfatória, que lhe permita e à
sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por
todos os outros meios de proteção social.
Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em
sindicatos para defesa dos seus interesses.
Artigo 24°
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável
da duração do trabalho e as férias periódicas pagas.
Artigo 25°
Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a
saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à
assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança
no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de
meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.
A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças,
nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social.
Artigo 26°
Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a
correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino
técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar
aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos
do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a
amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o
desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação a dar aos filhos.
Artigo 27°
Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de
fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.
Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção
científica, literária ou artística da sua autoria.
Artigo 28°
Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem
capaz de tornar plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente
Declaração.
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Artigo 29°
O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno
desenvolvimento da sua personalidade.
No exercício deste direito e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às
limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o
respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da
moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática.
Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidas contrariamente e aos fins e
aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 30°
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver
para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma atividades
ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.
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