Marcelo Paulino

Transcrição

Marcelo Paulino
Uma viagem pelas instalações elétricas.
Conceitos & aplicações
Avaliação do Sistema de Transformação em
Subestações e Painéis de Média Tensão - Operação,
Manutenção e Ensaios
Eng. Marcelo Paulino
Subestações Elétricas
• As subestações cumprem a importante função de ligar a Geração,
através de seu transformador, caso exista, ao sistema de transmissão,
distribuição ou industrial, dependendo de sua localização, finalidade e
porte.
• Este objetivo é alcançado pela conveniente comutação ou manobra
de disjuntores e chaves seccionadoras, energizando ou desligando os
barramentos e linhas ou cargas conectadas. Além destes, outros
componentes auxiliares garantem o cumprimento seguro desta
tarefa, tais como, TC, TP, relés, para-raios, malha de terra, chaves de
aterramento, dentre outros.
Vista da Subestação
Vista da Subestação
Principio de Funcionamento de Transformadores
Transformadores
• Chama-se “transformador” a um equipamento elétrico, sem partes
necessariamente em movimento, que transfere energia elétrica de
um ou mais circuitos (primário) para outro ou outros circuitos
(secundário, terciário) através da indução eletromagnética.
• Nesta transferência, poderá ocorrer uma alteração dos valores das
tensões e das correntes em cada circuito, porém as suas frequências
são sempre as mesmas.
Transformadores - Critérios de Classificação
• Finalidade
•
•
•
•
De corrente
De potencial
De distribuição
De potência
• Função no sistema
• Elevador
• De interligação
• Abaixador
• Separação elétrica entre os
enrolamentos
• De dois ou mais enrolamentos
• Autotransformador
• Material do núcleo
• Ferromagnético
• Núcleo a ar
• Quantidade de fases
• Monofásico
• Polifásico
Transformador de Potência
• Transformador de Potência: utilizados para gerar, transmitir e distribuir
energia, potência de 5 até 300 MVA e operam com tensões de até 765 kV.
• Transformadores de Distribuição: utilizados para rebaixar a tensão para o
consumidor final. Potência de 30 a 300 kVA, alta tensão de 15 ou 24,2 kV e
baixa tensão de 380/220 ou 220/127 V.
A característica nominal é constituída, basicamente, das seguintes grandezas:
• potências nominais dos enrolamentos;
• tensões nominais dos enrolamento
• correntes nominais dos enrolamentos;
• frequência nominal;
• níveis de isolamento dos enrolamentos.
Transformadores de Distribuição e de Força
Dados para especificação
A especificação de um transformador define e descreve as propriedades
operacionais, e estão relacionadas com:
• Regime normal de operação.
• Condições anormais de operação.
• Avaliação de perdas
Para o regime normal de operação:
•
•
•
•
•
•
•
Potência nominal
Tensões (incluindo os taps)
Grupo vetorial
Frequência
Meio de resfriamento
Temperaturas de projeto
Impedâncias
Normas
• ABNT. Transformadores de Potência: Partes 1 a 5, ABNT NBR 5356-1:2007, Associação
Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, RJ. 2007.
• ABNT. Transformadores para redes aéreas de distribuição — Requisitos, ABNT NBR
5440:2014, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, RJ. 2014.
• ABNT. Guia de Aplicação de Transformadores de Potência, ABNT NBR 7276:1998,
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, RJ. 1998.
• ABNT. Transformadores de Potência de tensões Máximas de até 145 kV – Características
Elétricas e Mecânicas, ABNT NBR 9368:2011, Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Rio de Janeiro, RJ. 2011.
• IEC. Power Transformers. IEC60076. IEC International Electrotechnical Commission.
Geneva, CH. 2000-2011.
• IEEE. IEEE Standard Requirements for Liquid-Immersed Power Transformers. IEEE Std.
C57.12.10-2010. IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers. New York, USA.
2011.
Transformador de Corrente
• Os TCs reduzem os níveis de correntes das instalações a valores mais
baixos, compatíveis com a segurança de operadores e equipamentos
secundário (medidores, relés de proteção, etc.)
Conexão Primária
Conexão
Secundária
Transformador de Corrente – Conforme construção
Polaridade e Terminais
Subtrativa
Aditiva
18-set-04
Vários Enrolamentos Secundários em Núcleos Distintos
Em geral, os TC’s possuem dois tipos de enrolamentos
secundários, um para medição e outro para proteção. Por
este fato, nota-se que, neste caso, deve haver dois
núcleos diferentes e independentes entre si devido às
diferenças de saturação
18-set-04
Transformador de Corrente – Características nominais
• Os valores nominais que caracterizam um TC, de acordo com a NBR 6856/2015, são:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
k)
l)
m)
n)
Corrente nominal primária (I1n);
Relação nominal do TC (RTC);
Tensão máxima e nível de isolamento;
Frequência;
Carga nominal;
Exatidão;
Número de núcleos para medição e proteção;
Fator térmico nominal – Ftn;
Corrente suportável nominal de curta-duração (curto-circuito térmica – Iccth) para um segundo;
Valor de crista da corrente suportável (corrente de curto-circuito dinâmica – Iccdyn);
Classe de isolamento;
Nível básico de isolamento – NBI (BIL);
Tipo de aterramento do sistema;
Uso: interior (indoor) ou exterior (outdoor)
Transformador de Corrente – Corrente Prim. e Relação
• Corrente Primária: TCs deve ser
escolhido de acordo com a corrente
máxima do circuito ao qual será
inserido;
• Corrente Secundária: No Brasil
padronizada 5[A],
casos especiais em proteção
pode haver 2,5[A], 1[A].
Transformador de Corrente – Nível de Isolamento
Normalmente considera a tensão como sendo a imediatamente
superior à nominal de linha do circuito em que o TC será utilizado
Transformador de Corrente – Cargas Nominais
• Designadas pela letra C seguida da carga em [VA] em 60 [HZ],
corrente secundária 5[A].
• A resistência, indutância, das cargas nominais são obtidas
multiplicando-se os valores especificados na tabela 3 pelo quadrado
da relação entre 5[A], e a corrente secundária nominal do
transformador.
Transformador de Corrente – classe de exatidão - Med
Classe de Precisão
Aplicação
Menor que 0,3
TC padrão; medições em
(não padronizado) laboratório; medições especiais.
Medidas de energia com fins de
0,3
cobrança ao consumidor; medidas
em laboratório.
Alimentação usual de:
amperímetros, wattímetros,
0,6 e 1,2
medidores estatísticos,
fasímetros, etc.
Aplicações diversas. Não deve
3
ser usado em medição de energia
ou potência.
Classes Especiais:
03S e 06S
FCR e ângulo de fase para 20% In
Transformador de Corrente – classe de exatidão - Prot
Transformador de Corrente – para Especificação
TC de Medição
Verificar a aplicação do TC, para se
determinar a classe de exatidão.
Depois determina-se as cargas em
termos de suas potências
consumidas (tabelas 8 a 11 NBR
6856:2015)
Método antigo
0,6C25
Método NBR 6856:2015
25 VA 0,6
Método ANSI
0,6B1
Transformador de Corrente – para Especificação
TC de Proteção
Método NBR 6856:2009
Método NBR 6856:2015
5A200
25 VA 5P 15
Classe de exatidão = 5%
Alta impedância
200 V de tensão secundário
nominal
Carga secundária 25 VA
Classe de exatidão = 5%
Fator Limite de Exatidão de 15
vezes a Corrente Nominal
Transformador de Corrente – para Especificação
 O cálculo de potência é idêntico ao cálculo feito para
o TP.
 Os condutores secundários devem entrar no cálculo
de carga;
 Os TCs fornecem isolamento também;
 Definir o tipo e utilização:




Enrolamento: primário enrolado;
Barra: circ. primário é uma barra
Janela; - Bucha;
Núcleo dividido: alicate amperímetro.
 As cargas devem ser ligadas em série;
 I secundária;
 I primária;
 Classe de exatidão;
 Carga nominal;
 Fator térmico - FT x In (Para atingir temperatura limite
mantendo-se dentro da precisão) - 1,0; 1,2; 1,3; 1,5; 2,0
 Nível de Isolamento;
 Corrente térmica nominal → chegar à temperatura
limite para determinada corrente em 1s;
 Corrente din. nominal → 2,5 x Ith para não destruir o TC,
aplicação = 0,5 ciclo;
 Polaridade.
 O aumento de carga se dá pelo aumento da impedância
da carga secundária (analisar I2= constante).
Especificação de TCs – caso exemplo
300/5+5
15KV
Proteção
10B50 ou 12,5 VA 10P 20
Medição
0,3C12,5 ou 12,5 VA 0,3
Normas
• ABNT. Transformadores para Instrumentos - terminologia, ABNT NBR 6546:1991,
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, RJ. 1991.
• ABNT. Transformadores de Corrente – Métodos de Ensaio, ABNT NBR 6821:1992,
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, RJ. 1992.
• ABNT. Transformadores de Corrente – Especificação e Ensaios, ABNT NBR 6856:2015,
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, RJ. 2015.
• IEC. Instrument Transformers – Part 1: Current Transformers. IEC60044-1. IEC
International Electrotechnical Commission. Geneva, CH. 2003.
• IEC. Instrument Transformers – Part 1: Requirments for Protective Current Transformers.
IEC60044-6. IEC International Electrotechnical Commission. Geneva, CH. 1992.
• IEC. Instrument transformers - Part 1: General requirements. IEC61869-1:2007 IEC
International Electrotechnical Commission. Geneva, CH. 2007..
• IEEE. IEEE Standard Requirements for InstrumentTransformers. IEEE Std. C57.13-1993
(R2003). IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers. New York, USA. 2003.
Transformador de Potencial
• Os TPs reduzem os níveis de tensões das instalações a valores mais
baixos, compatíveis com a segurança de operadores e equipamentos
secundário (medidores, relés de proteção, etc.)
Conexão Primária
Conexão
Secundária
𝑉1 𝑁1
=
𝑉2 𝑁2
Tipos de Transformador de Potencial
Transformador
de Potencial
Indutivo
Transformador
de Potencial
Capacitivo
Transformador de Potencial
• Os valores nominais que caracterizam um TP, de acordo com a NBR
6855/2009, são:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Tensão primária nominal e relação nominal;
Nível de isolamento;
Frequência nominal;
Carga nominal;
Classe de exatidão;
Potência térmica nominal.
Tensão Primária e Relação Nominal de TPs
• A tensão primária nominal depende do circuito em que o TP vai ser utilizado;
• A tensão secundária nominal é, aproximadamente, 115 Volts (fase-fase). Caso
a ligação seja fase-neutro, utiliza-se 115/√3 volts. Outras possibilidades de
tensão no secundário (não muito comum): 110[V], 120 [V], 125[V];
• A relação de transformação é definida como:
RTP=
𝑈1
𝑈2
Tensão Primária e Relação Nominal de TPs
Cargas Nominais
“carga na qual se baseiam os requisitos de
exatidão do TP”
Classe de Exatidão de TPs
• Classe de exatidão é o valor máximo de erro, expresso em
porcentagem, que poderá ser causado pelo TP aos instrumentos a ele
conectados.
• De acordo com as normas
NBR 6855/2009 da ABNT
e C57.13 da ANSI os TPs
são enquadrados em uma
ou mais das três seguintes
classes de exatidão: 0,3, 0,6 e 1,2
Classe de Exatidão de TPs
Especificação do TP
0,3 P 75
Carga 75 VA
Classe de
exatidão
Potencial
Grupos de Ligação de TPs
• Grupo 1 - TPs projetados para ligação entre fases;
• Grupo 2 - TPs projetados para ligações entre fases e neutro de sistemas aterrados;
• Grupo 3 – TPs projetados para ligações entre fases e neutro de sistemas onde não
se garanta a eficácia do aterramento.
Potência Térmica Nominal de TPs
• Potência térmica nominal é a maior potência aparente que um TP pode oferecer em regime permanente e
tensão e frequência nominais.
• Para os TPs dos grupos 1 e 2 a potência térmica deve ser superior a 1,33 vezes a carga mais alta em [VA],
referente a exatidão do TP, com sobretensões de 15% continuamente.
• Para TPs do grupo 3 a potência térmica superior a 3,6 vezes a carga mais alta em [VA] com sobretensões 90%
continuamente.
Potência Térmica Nominal de TPs
• Potência térmica é dada por:
•
•
•
•
2
𝑈
𝑃𝑡 > 𝐾 ∗ 1,21 ∗
𝑍
Pt - potência térmica;
K - 1,33 (grupos 1 e 2) ou 3,6 (grupo 3);
U - tensão secundária em [V];
Z - impedância correspondente à carga nominal em [Ω].
Exemplo:
U1 = 13800 V
RTP = 120:1
Grupo 1
Z ≈220Ω
Pt > 1,33 * 1,21 * (1152/220) = 96,74
Pt escolhida 110 VA → especificado P75
Representção de TPs
• Representação ABNT
0,6P25 -> 0,6 – exatidão e 25 – potência máxima VA
• Representação ANSI:
0,3WXY -> TP com cargas padronizadas W, X e Y acopladas ao secundário, tem classe 0,3;
0,6Z -> Com carga padronizada Z acoplada ao secundário, tem classe de exatidão 0,6.
Especificação de TPs – caso exemplo
13,2kV/220V
ligação em delta aberto
500VA
0,3P75
Normas
• ABNT. Transformadores para Instrumentos - terminologia, ABNT NBR 6546:1991,
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, RJ. 1991.
• ABNT. Transformadores de Potencial Indutivos, ABNT NBR 6855:2009, Associação
Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, RJ. 2009.
O processo de validação dos equipamentos
Testar ou
não Testar?
O processo de validação dos equipamentos
Quais testes
executar?
O fator......
Transformador de Potencial – Ensaio de Rotina (NBR6855)
• Tensão induzida
• Tensão suportável à frequência
industrial
• Medição de descargas Parciais
• Verificação de marcação dos
terminais e polaridade
• Exatidão
• Medição de capacitância e perdas
dielétricas
• Estanqueidade, a frio.
Devem ser realizados de acordo com a
NBR 6820 => NBR 6855
Transformador de Corrente – Ensaio de Rotina (NBR6856)
• Verificação de marcação dos
terminais e polaridade
• Ensaio de tensão suportável
• Medição de descargas Parciais
• Medição de capacitância e perdas
dielétricas
• Sobretensão entre espiras
• Estanqueidade
• Exatidão
• Fator de segurança do
instrumento
• Erro composto para classes P e PR
• Fato de remanência para classe PR
• Determinação da constante de
tempo secundária para classe PR
• Resistencia de enrolamento
• Curva de excitação (proteção)
• Ensaios no óleo mineral isolante
Como devemos testar?
Teste Natural
Como devemos testar?
Teste Natural
Como devemos testar?
Teste com simulação de falha
Como devemos testar?
Teste...?????
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