CIGA-Informando 54 - Ciga-Brasil

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CIGA-Informando 54 - Ciga-Brasil
ANO 10 - NÚMERO 54 - SETEMBRO 2008 - TIRAGEM: 1700 EXEMPLARES
Binningerstrasse 19
4103 Bottmingen
Tel. +41 (0)61 423 03 47
Fax +41 (0)61 423 03 46
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www.cigabrasil.ch
Foto: CIGA-Brasil
«É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver.»
(Pedro Bial)
Caras amigas e amigos,
Bem-vindos ao outono e a mais uma
edição do CIGA-Informando, que vem diversificado e colorido. Nas páginas destinadas
ao Conselho Brasileiro na Suíça, trazemos um
apanhado geral da I Conferência «Brasileiros
no mundo», realizada em julho no Rio de
Janeiro para debater a situação dos brasileiros emigrados. O Conselho esteve lá, levando propostas e buscando contatos com grupos de outros países. Veja detalhes na P. 10.
Uma parte deste CIGA-Informando é dedicada às artes. Em duas entrevistas, falamos um
pouco sobre o trabalho dos músicos Rodrigo
Botter Maio e Fernando Terra e o lançamento
do primeiro livro da jornalista e escritora
Rosana Antonio. A escritora e seu marido Fernando Terra farão uma turnê pela Suíça no final
deste mês, apresentando seus novos trabalhos.
Na página 12 você confere as datas e locais.
Outra matéria especial fala sobre a Feira
da Formação e Profissão, a ser realizada em
Basel em meados de outubro. Reto Baumgartner, organizador da Feira, fala na P. 4
sobre os objetivos do evento, destinado
especialmente aos jovens em fase de escolha
da profissão, a seus pais e a todos os adultos
interessados em cursos de aperfeiçoamento.
O engajamento de intérpretes para fazer visitas guiadas em vários idiomas visa alcançar
também as pessoas que têm dificuldades
com o alemão.
E falando em ter dificuldade com o alemão e não conseguir se integrar plenamente
no país, a coluna Integra apresenta um texto
de Miriam Vizentini sobre o tema Integração, uma palavra que está em quatro de
cada quatro bocas, mas que pouca gente
sabe definir exatamente. Veja na página 14
se você pode dizer que está integrado.
Para se sentir parte do país é preciso
também você saber como funcionam as
coisas por aqui. Pensando nisso o jornalista
Alexandre Thoele criou o Fórum Brasil Suíça,
um espaço aberto para Continua página 3 ➙
CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
➙
Continuação da página 1
questão com as crianças e jovens e onde buscar ajuda se for o caso. Na página 12 estão os
detalhes do evento.
Não percam também a Festa Multicultural que o CIGA-Brasil está organizando em
conjunto com outros grupos e associações de
migrantes. Será no final de novembro, em
Pratteln (detalhes na P. 12) e vai marcar a
última atividade do CIGA para este ano.
Além das especialidades culinárias de vários
países (nós vamos levar o tradicional feijão e
a caipirinha), no palco haverá apresentações
culturais das mais diversas, mostrando um
pouco da diversidade cultural da região.
Leia ainda nesta edição sobre a imigração
alemã no Brasil, dicas de saúde e investimentos, concursos literários e muitas atividades
que vão acontecer até o final do ano.
Prepare sua agenda para anotar e boa leitura. O CIGA-Informando volta em novembro e
até lá desejamos a todos um ótimo outono.
Um abraço da equipe do CIGA-Brasil
perguntas e respostas sobre temas do dia-adia. Veja na página 3 como participar e tire
suas dúvidas.
Na página de saúde o tema desta edição
tem a ver com a beleza do rosto. A mudança
de estação exige cuidados maiores com essa
parte do corpo, que fica exposta ao vento e à
poluição. As dicas da nossa consultora estão
na página 22. Na coluna de Psicologia (P. 8) o
tema é a diferença entre psicólogo e psiquiatra, mostrando quem procurar em que situação. Se tiver perguntas nesta área, pode
enviar diretamente a ela ou para o nosso Email e nós reencaminhamos.
Chamamos a atenção para nossa próxima
atividade, que será realizada no dia 01 de
novembro. Duas especialistas de Zurique
virão a Basel para falar sobre a Prevenção à
Violência Sexual na Infância. O tema é cada
vez mais atual, preocupa e muitas vezes
deixa os pais sem ação. Na palestra serão
dadas informações sobre como tratar a
Chegou o Fórum Brasil Suíça
terão acesso a diversos sub-fóruns para discutir temas
como moradia, vida na Suíça, trabalho, família, educação, questões legais e outros. Quem quiser publicar
também pequenos anúncios, bater papo ou até mesmo
debater em alemão, o espaço está disponível. A leitura é
aberta a todos, mas a participação de forma ativa exige
um registro simples e rápido, que pode ser feito diretamente na página. Sinta-se à vontade para iniciar um
tópico, responder ou postar uma mensagem. Quanto
mais mensagens tivermos, mais as pessoas vão se interessar em acessar constantemente o nosso espaço.
Abraços! Alexander Thoele,
administrador do Fórum Brasil Suíça
Bem-vindo!
Como jornalista brasileiro atuante há seis anos na Suíça,
recebo através do site da www.swissinfo.ch, a ex-Rádio
Suíça Internacional, onde trabalho como editor e redator,
e do meu próprio site www.athoele.com, centenas de
e-mails com perguntas mais variadas relacionadas aos
dois países. Um dia eu pensei que a melhor idéia seria
colocar essas pessoas em contato, para que elas mesmas
pudessem ajudar-se uma às outras. Por isso criei o Fórum
Brasil Suíça (http://www.athoele.com/forum), um espaço
livre na Internet com o propósito de permitir a constante
troca de idéias sobre temas relacionados aos dois países,
seja entre migrantes, possíveis migrantes, interessados
ou até mesmo curiosos. Nesse endereço, os participantes
As bruxas estão soltas!
Centro de Pilates na região de Basel
Venha festejar conosco um
Halloween brasileiro!
2
O Atelier Equilibrium informa:
a Homepage e o E-mail voltaram a
funcionar.
Data: Sábado, 18.10.2008, a partir das 22 horas
Local: Tanzstudio Danças e Ritmos
Marktgasse 8 (na Basler Medienhaus), Basel
Infos: 079 516 39 22 (Clarice) ou 078 757 73 50 (Isa)
Entrada: CHF 10,-, com direito a petiscos.
Confira os detalhes do trabalho da Ana
Baldini: www.atelierequilibrium.com
A festa é somente para adultos, acima de 18 anos.
A consumação alcoólica será somente no bar da
festa. Será servido Proseco, vinho branco e tinto,
caipirinha, cerveja e refrigerante.
Ou faça contato com ela e experimente
uma aula de Pilates:
[email protected].
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CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
Ponha-se a caminho!
Uma viagem pelo mundo das profissões! Isso é o que promete a 2. Feira da Formação e da
Profissão de Basel (2. Basler Berufs- und Bildungsmesse), que acontece nos Salões de Exposições 3.01 e 3.02 do Centro de Feiras da cidade (Messezentrum) no período de 16 a 18 de outubro deste ano.
querem orientar seus filhos da melhor
forma, e a todas as pessoas interessadas em
fazer alguma especialização. Associações de
empresas, centros profissionais, diversos
setores da indústria, comércio e serviços,
escolas de línguas e outras instituições de
ensino são algumas das áreas que estarão
representadas nos 90 estandes que cobrirão
8.500 m2 de exposição.
Foto: Divulgação
«A Feira permite, num espaço limitado e
no tempo de uma visita, coletar informações
sobre inúmeras ofertas diferentes», destaca
Baumgartner, além de oferecer um Serviço
de Aconselhamento sobre as áreas que porventura não estiverem representadas na
feira. Essa possibilidade é divulgada nas
escolas e vários grupos de alunos visitam a
Feira com suas classes, acompanhados e
orientados por seus professores. Os organizadores, no entanto, acham necessário aprofundar essas visitas, motivando também os
pais a acompanharem seus filhos à feira e
buscarem informações sobre as profissões
que os interessam. «Os pais são fundamentais no apoio aos filhos para decidirem sobre
seu futuro. Eles são muito mais importantes
do que nós na orientação profissional»,
argumenta o coordenador.
Reto Baumgartner, coordenador do evento
Organizada pela Gewerbeverband BaselStadt (Associação das Indústrias do Cantão
de Basel-Stadt), a feira visa proporcionar um
espaço para que os diferentes setores de
atividades econômicas possam informar
sobre a sua área de atuação e as oportunidades de trabalho que oferecem. O evento
foi realizado pela primeira vez em Basel no
ano de 2006. Num trabalho conjunto com
Baselland, que organiza há anos uma feira
similar, os dois cantões se revezam na promoção de atividades voltadas para a formação e o trabalho, promovendo um evento
deste tipo em cada cantão em anos alternados. No ano passado foi Pratteln que sediou
a Berufsschau (www.berufsschau.ch).
Como prova da importância que os organizadores dão à visita «em família», foram
contratados para trabalhar na Feira também
mediadores interculturais, que têm por
função dirigir visitas guiadas em vários
idiomas para os pais estrangeiros que não
dominam bem o alemão. Português, turco,
curdo, albanês, francês, espanhol, tamile,
inglês, bósnio, croata e sérbio serão os
idiomas falados nessas visitas traduzidas.
Cada língua terá um horário especial e o
Ponto de Encontro para a partida das visitas
é o Posto de Informação. Não é preciso anun-
O coordenador do projeto da Feira de
Basel, Reto Baumgartner, da Gewerbeverband, explica que o evento se dirige especialmente a estudantes em fase de escolha
da profissão, aos professores, que procuram
motivar seus alunos e dar informações sobre
os diversos campos de trabalho, aos pais, que
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edição. A expectativa anterior de que os pais
viriam visitar a Feira depois do trabalho não
se confirmou, por isso o horário de abertura
da Feira, que na 1. edição foi até as 20h30,
foi reduzido para 19h30. A organização
investiu também em uma oferta maior de
opções de alimentação.
ciar-se antecipadamente para participar da
visita, basta apresentar-se no local indicado,
na hora marcada. A VISITA EM PORTUGUÊS
SERÁ NO SÁBADO, ÀS 14h15. Participem e
avisem seus amigos que também têm filhos
em idade de escolher a profissão!
O engajamento dos tradutores permite
aos pais provenientes de outros países, que
normalmente possuem um outro sistema de
ensino, mostrar o amplo leque de opções
que é oferecido na Suíça e as possibilidades
que existem, tanto para os jovens como para
os adultos. «Os mediadores funcionam como
ponte para atingirmos os pais, pois já possuem sua rede de contatos na comunidade e
conhecem a cultura, permitindo eliminar
possíveis barreiras ao entendimento. Eles
podem dizer tudo melhor do que nós», enfatiza Baumgartner.
Além dos 90 estantes, os pontos fortes de
atração da Feira são a presença dos mestres
de ofício apresentando sua profisssão
(mecânico, eletricista, etc) e o desfile de
modas, que será apresentado três vezes ao
dia, nos três dias da Feira.
Baumgartner está confiante de que a 2.
Feira da Formação e da Profissão de Basel
repetirá o sucesso do evento anterior e
acredita que a Gewerbeverband contribui,
desta forma, para a formação dos profissionais do futuro.
A avaliação da Gewerbeverband é muito
positiva em relação à Feira. Prova disso são
os 30 novos estandes que se registraram para
essa 2. edição do evento. «Conseguimos conquistar os que ainda estavam céticos», observa o coordenador, «e mantivemos os estandes que já participaram.» Especialmente
na área de cursos de especialização o
número de expositores cresceu. Neste ano
estarão participando da Feira cinco faculdades e diversas escolas de línguas. O
número de visitantes da última Feira é outro
ponto forte de motivação. Foram 20 mil pessoas que passaram nos três dias pelos diversos expositores. A expectativa para este ano
é que o número se repita ou até cresça.
Mais informações sobre a Feira, os horários de abertura, lista dos participantes e
horário de apresentações podem ser conferidas na Homepage:
www.basler-berufsmesse.ch ou por telefone:
061 227 50 69.
Para chegar ao Centro de Feiras e
Exposições de Basel pode-se tomar os bondes
N. 2 (a partir da Estação Central ou da
Badischer Bahnhof), N. 6 (a partir do Centro
ou da Badischer Bahnhof) e N.14 (a partir do
Centro ou da Dreirosenbrücke) até o ponto
«Messeplatz». Para quem vem de carro,
basta pegar a saída «Messe», a partir da
autoestrada. No prédio do Centro de Feiras
tem um estacionamento.
(Irene Zwetsch)
Da experiência colhida em 2006 os organizadores tiraram algumas lições para esta
Quarto para alugar em Basel
Tenho um quarto disponível em cima do meu apartamento para alugar. Tem uma cama e
fora do quarto tem um pequeno lavabo. Banheiro e cozinha são de uso comum dentro do
meu apartamento. Eu já morei no Brasil, por isto falo bem o português. Procuro uma pessoa
de confiança, talvez uma jovem Brasileira, que às vezes possa cuidar da minha filha, que tem
5 anos. Da minha parte poderia ajudar para aprender alemão e em outras necessidades. O
valor do aluguel seria de CHF 200.–. Contato: Milena – 061 681 85 44
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Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Imigração alemã-pomerana
Quando a nau com 88 imigrantes vindos da
Pomerânia, Prússia, Holstein, Renânia e Hamburgo se
aproximou do porto do rio São Lourenço, em 18 de janeiro
de 1858, após dois meses e meio de viagem, a Zona Sul
do Rio Grande do Sul estava prestes a ter alterado definitivamente o seu perfil cultural e econômico.
Aqueles homens, mulheres e crianças carregavam nas
bagagens a esperança de ter uma terra somente sua e
construíram aquela que seria a mais isolada e meridional
colônia alemã do Brasil. Cansados de se submeter às privações impostas pelas cortes das antigas pátrias, vieram
em busca de liberdade. Rapidamente, instituíram novas
culturas, o que interferiu fortemente na economia local. A
mão-de-obra alemã diversificou a produção agropecuária.
Apenas cinco anos após se instalarem, São Lourenço do
Sul já abastecia os mercados de Pelotas e Porto Alegre e
exportava para municípios longínquos como Rio de
Janeiro, Montevidéu e Buenos Aires.
A plantação de feijão e trigo, criação de suínos e a
produção de mel passaram a disputar espaço com atividades de origem ibérico-católica típicas do Rio Grande do
Sul, como o charque. Produto-chefe do período imigratório, a produção de batata atingiria o ápice quase um
século depois, quando em 1956 o Município se firmaria
como o maior exportador da América Latina. Às margens
do rio São Lourenço, a expansão portuária potencializou a
produção de iates e escunas. Em 1940 o Município teve a
maior e última grande frota de navios mercantes do
Brasil. O surgimento de novas culturas e a migração dos
colonos para a cidade provocou, a partir da segunda
metade do século 20, a redução das colônias. Da massa
migratória, 81% da população era pomerana. No Brasil,
além de São Lourenço do Sul, apenas Pomerode, em Santa
Catarina, e Domingos Martins, no Espírito Santo, preservam laços culturais pomeranos. (Charles Furtado Vilela)
cial da fundação do município propagada nas páginas dos
livros de história e nas manifestações culturais cultivadas
ao longo do tempo. Os documentos mostram que dois
anos antes dos 17 imigrantes alemães considerados pioneiros desembarcarem na foz do Ribeirão da Velha liderados por Doutor Blumenau, escravos já habitavam a região,
contratados por fazendeiros da época. A exploração do
trabalho braçal dos negros foi determinante - não só para
a formação da estrutura inicial da colônia, mas também
para a construção da cidade. Mesmo assim, eles continuam à margem na cidade que se orgulha dos traços
europeus e da fama de «Alemanha brasileira». Negros e
pardos somam hoje mais de 17 mil pessoas no município.
Ainda assim, a maioria deles permanece em guetos e distantes da paisagem enxaimel do Centro. São principalmente operários de fábricas e ajudam a construir as
riquezas do município, assim como no passado, quando
exerceram o trabalho mais pesado na implantação da
colônia.
(Magali Moser)
Ensino de alemão na Rede Municipal
O município de Porto Alegre passou a contar, desde
de agosto de 2008, com o ensino do idioma alemão na
Rede Municipal. O projeto é uma iniciativa do GoetheInstitut Porto Alegre e da Secretaria Municipal de Educação (Smed), que promoveram no dia 13 de agosto a
aula inaugural em língua alemã na Escola Municipal de
Ensino Fundamental Senador Alberto Pasqualini.
As aulas serão oferecidas como oficinas extra-curriculares da Escola Aberta até dezembro, sempre às quartasfeiras, sendo ministradas por um professor do Instituto
Goethe com assessoria didático-pedagógica da Smed.
Participam 25 alunos do segundo ciclo, de 9 a 11 anos. «A
intenção é promover a sensibilização para uma língua
relacionada à colonização gaúcha», destaca Joice Galli,
coordenadora de línguas estrangeiras da Smed.
Ela acrescenta que o modelo de inserção da língua
alemã na rede se dará por diferentes eixos de ação: bolsas, como as já cedidas a alunos da Escola Municipal de
Ensino Básico Doutor Liberato Salzano Vieira da Cunha, a
exposição bilíngüe (alemão-português) «Consumo
Sustentável», que já visitou três escolas municipais, e destinação de uma bolsa para aperfeiçoamento na Alemanha
em 2009, destinada a um professor concursado da Rede
Municipal, já com formação em alemão.
«O diretor de Cursos do Goethe-Institut Porto Alegre,
Adrian Kissmann, está otimista com as possibilidades da
implementação do idioma alemão em outras escolas
públicas do município.»
Blumenau nasceu pela mão do negro
Há uma outra Blumenau além da marcada pelas
raízes alemãs, de gente galega, pele e olhos claros. Antes
mesmo da chegada dos imigrantes, os negros já abriam as
primeiras picadas. Usados como mão-de-obra escrava,
foram os primeiros a trabalhar na criação da colônia
Blumenau. Longe dos anúncios publicitários e panfletos
turísticos, a cidade que carrega a máxima de loira assume
a cor da miscigenação já na origem: foi erguida a partir do
suor dos negros.
Antes da fundação do município, em 1850, eles abriram as primeiras clareiras na mata fechada. Submetidos a
jornadas de trabalho braçal e aprisionados para evitar
fugas, escravos africanos levantaram a estrutura inicial
para a implantação da colônia que deu origem à cidade.
Registros de cartas mantidas na época entre Hermann
Bruno Otto Blumenau e o cônsul geral do Brasil na
Prússia, Johann Jacob Sturz, confrontam com a versão ofi-
O CIGA-Brasil informa o contato de médicos
que fazem consultas em português
GINECOLOGIA: Dr. méd. Jorge E. Tapia
Kleinhüningerstrasse 177 – Basel
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(Hertha Helbern - Goethe-Institut Porto Alegre)
(Notícias veiculadas em
http://www.brasilalemanha.com.br)
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CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
Psicólogo e Psiquiatra: Quem é quem?
Marta Gonçalves
«Sim, porque eu sei que em algumas
famílias um psicólogo ou um psiquiatra é qualquer coisa de negativo, é porque se começa a
delirar um pouco ou algo assim, eu não vejo de
forma alguma assim, mas é verdade que tem
de chegar realmente a qualquer extremo para
que eu procure um psiquiatra ou um psicólogo,
não me vejo a ir por um problema qualquer,
primeiro tento por todos os meios resolver.»
(Adolescente imigrante de origem
portuguesa)
com o objetivo central de um equilíbrio, harmonia no(s) sistema(s).
«Ia a um médico ou a um psicólogo dependendo da doença.»
(Pai imigrante de origem brasileira)
O psicólogo tem uma formação superior em
Psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem uma duração
média de cinco anos para obtenção do título de
psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que
habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. O
psicólogo pode atuar no campo da psicologia
clínica, escolar, social, organizacional, entre outras, podendo optar posteriormente por uma
formação mais específica numa abordagem
teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a
terapia cognitivo-comportamental.
O psiquiatra é um médico que após ter concluído a sua formação em Medicina, opta pela
especialização de dois ou três anos em Psiquiatria,
a qual abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treino específico para diferentes
modalidades de atendimento, tendo por objetivo
tratar as doenças mentais. O psiquiatra está apto
a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo.
Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados. Muitas
vezes, essas duas áreas estão relacionadas e uma
colabora com a outra. A pessoa que tem que
tomar um medicamento tem mais possibilidade
de melhoria se associada a uma psicoterapia
assim como, em muitos casos, é aconselhável o
acompanhamento de um psiquiatra para que a
psicoterapia flua de forma mais eficiente.
A maioria das famílias, quando confrontada
primeiramente com sintomas de doença mental, procura em primeiro lugar ajuda no seu
meio social em geral e não uma ajuda especializada junto a psicólogos e psiquiatras.
Contudo, quando questionadas acerca de uma
ajuda eficaz, essas famílias não hesitam em evocar profissionais como psicólogos e psiquiatras.
Parece existir por parte das famílias, da população em geral, incluindo professores e outros
profissionais que trabalham de forma privilegiada com as famílias (servindo muitas vezes de
intermediários perante o sistema de saúde
mental), uma certa confusão acerca da respectiva função do psicólogo e do psiquiatra e a qual
dos dois recorrer em determinadas situações.
«Ir ao psicólogo, é como ir ao mecânico. É
bom ir ao psicólogo, deixar lá as coisas desafinadas que tem.»
(Pai imigrante de origem portuguesa)
Antes de mais nada convém referir que o
psicólogo não vai resolver o problema, mas
sim dotar a família, o indivíduo de capacidades
para o resolver. O psicólogo tenta, através de
técnicas psicológicas variadas, levar a família
ou o indivíduo por si próprio a alterar os seus
padrões de comunicação e relação, contribuindo assim para evitar a posterior emergência de
sintomas no(s) sistema(s). O psicólogo conduz
conversas com o paciente, não lhe oferece
medicamentos, utiliza técnicas de comunicação indutiva, reflexiva, daí a importância
que a família ou o indivíduo fale sobre si
mesmo, se abra, reflita. O psicólogo também
não é um juiz, que julga quem tem razão, direito e quem é culpado. Ele é sim um observador
objetivo da família, do indivíduo, que pela sua
ajuda profissional especializada aprende a ter
uma percepção mais objetiva sobre si mesmo
«Procurava um psiquiatra ou um psicólogo, é a
mesma coisa. Eu procurava um psiquiatra se
ele fosse muito criança, se não um psicólogo
para ver o que se passa ali.»
(Mãe imigrante de origem portuguesa)
Entre problemas psicológicos e doenças
mentais há um espectro que pode ir de ligeiro a
grave. Em caso de problemas ligeiros o psicólogo pode ajudar através da sua psicoterapia, em
problemas graves tem de entrar o psiquiatra
com a prescrição de medicamentos e de prefe8
rência em colaboração com o psicólogo. Infelizmente o que acontece na maioria das vezes é as
pessoas serem logo abordadas no médico de
família com medicamentos que deveriam ser
apenas prescritos pelo psiquiatra.
Parece portanto mais prudente que perante um problema psicológico se recorra primeiramente a um psicólogo. Este, após uma
anamnese detalhada do problema, reencaminhará se considerar necessário para o psiquiatra,
trabalhando mesmo em conjunto com aquele.
É extremamente necessário clarificar e
delimitar a função do psicólogo e do psiquiatra
melhorando o intercâmbio com o sistema escolar e o sistema familiar. Urge criar projetos de
carácter informativo sobre esses tópicos como
mais uma forma de melhorar o acesso à saúde
mental.
Marta Gonçalves é psicóloga e investigadora. Contato:
[email protected]
Palestra com debate
Depois de ter participado ativamente da I Conferência Brasileiros no Mundo, convidado pelo Ministério
das Relações Exteriores e Funag, Rui Martins, idealizador
e representante do movimento de cidadania Estado do
Emigrante, sucessor do movimento vitorioso
Brasileirinhos Apátridas, deseja marcar encontros com a
comunidade emigrante brasileira na Europa, a fim de
prestar o necessário relato do encontro, debater o que se
discutiu na Conferência assim como o projeto do Estado
do Emigrante, conselho ou federação, autônomo e independente mas integrado dentro das instituições
brasileiras.
Assim, estão previstos encontros com emigrantes
brasileiros aqui na Suíça e países vizinhos.
As associações ou grupos de pessoas interessadas
em Berna, Genebra, Zurique e outras localidades, assim
como as existentes na França, Alemanha, Áustria, Itália,
etc. deverão manter contato com ele, para estudarem
datas e locais pelo email [email protected].
Como o movimento Estado do Emigrante não dispõe de verbas, funcionando na base do benevolato, os
organizadores locais deverão providenciar de preferência uma família de acolha, permitindo assim um contato
direto entre emigrantes.
A primeira palestra-debate será em Berna. Data e
local serão anunciados proximamente.
Mais informações sobre o movimento no site:
www.estadodoemigrante.org.
Dia de portas abertas
No sábado, dia 25. de Outubro de 2008 acontece novamente um Dia de Portas Abertas na escola de dança
«Danças e Ritmos», da Clarice dos Santos. Pegue seu sapato de fazer esporte ou a sapatilha e venha dançar com a
gente! Vai ter Hip-Hop, Jazz, Dança Moderna, Salsa, Afro,
Samba, Capoeira, Dança Oriental, Aerobica, Ioga. Não
perca essa chance de experimentar seu tipo de dança
favorita. Para mais informações entre em contato com a
Clarice:
Danças e Ritmos, Tanzschule Clarice dos Santos
Marktgasse 8 (na Basler Medienhaus), 4051 Basel
Tel. 079 516 39 22
E-mail: [email protected]
HORÁRIO DAS MISSAS EM PORTUGUÊS (AG, BS, BL)
MISSÃO CATÓLICA
PORTUGUESA
Diocese St. Urs – AG, BS, BL
Bruggerstr. 143
Tel.: +41 56 203 0049
Fax: +41 56 203 0045
Pe. Marquiano Petez, pároco
E-Mail: [email protected]
Kappelerhof – Kapelle Mariawil –
Bruggerstr. 143, 5400 Baden
Igreja St. Josef
Felsenstr. 16, 4450 Sissach
BASEL
1° 2° 3° e 4° Sábado 20.00
Aos Sábados, catequese as 19.00
Igreja Sacré Couer
Feierabendstr. 68,4051 Basel
SUHR
4° Domingo 15.30
Igreja Heiliggeist
Tramstr. 38, 5034 Suhr
BADEN
1° 2° 3° e 4° Domingo 11.00
Aos Domingos, catequese as 10.00
SISSACH
2° e 4° Domingo 09.00
Aos Sábados, catequese as 15.30
ZOFINGEN
2º Domingo 15.30
Christ König,
Mühletalstr. 15
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CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
Foto: Maria R. Janotta
O mês de julho marcou um momento inédito na
história da emigração brasileira. Finalmente reconheceu-se o Brasil como país de emigração e foi realizado um evento voltado para a população brasileira residente fora do país. A I Conferência sobre as Comunidades Brasileiras no Exterior – «Brasileiros no Mundo»,
aconteceu nos dias 17 e 18 de julho de 2008 no Rio de
Janeiro, sob organização da Subsecretaria-Geral das
Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB), do
Ministério das Relações Exteriores (MRE), com o apoio
da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e reuniu
mais de 400 participantes. Além dos representantes
vindos de vários países estiveram presentes autoridades governamentais, parlamentares, estudiosos do
assunto e estudantes.
O Conselho Brasileiro na Suíça também se fez representar, por meio de Maria Rolim Janotta, Carminha
Pereira e Theodora Leite. Nesta edição trazemos um
resumo das impressões que as três tiveram no evento
e um relato de como a questão dos emigrantes será
encaminhada daqui para a frente.
Primeiro passo concreto do Governo Brasileiro em
direção aos 3 ou 4 milhões de brasileiros espalhados
mundo afora, o evento foi organizado de forma a permitir uma ampla participação dos brasileiros residentes
no exterior e dos demais interessados vivendo no
Brasil. Também houve muito apoio por parte dos colaboradores do MRE e FUNAG na parte logística (cópia,
telefonemas, distribuição de material, acesso a computadores), o que facilitou a vida dos participantes.
Vários estandes informativos por zonas geográficas,
montados nos jardins do Palácio Itamaraty, onde foi
realizado o encontro, garantiam a divulgação e acesso
à informação sobre o trabalho dos vários grupos presentes. Foi importante também a disponibilização de
espaço físico para a realização de reuniões paralelas de
grupos específicos, como foi o caso da Rede Brasileiras
e Brasileiros no Exterior, criada no ano passado em
Bruxelas e da qual o Conselho Brasileiro na Suíça participa.
Alguns aspectos da organização porém deixaram
a desejar. Um deles foi a escolha dos convidados que
foram agraciados pela FUNAG (passagens, estadia e
alimentação pagas), não considerada «democrática»
em vários países. Além disso, falhas na divulgação
Carminha Pereira se manifesta na plenária
prévia da Conferência acabaram limitando a participação de outras pessoas interessadas, que não tiveram
tempo hábil para organizarem sua ida ao Rio de
Janeiro. Por outro lado, a falta de um espaço que comportasse todos os participantes fez com que muitos
tivessem de assistir à conferência em telões, ao lado da
sala de debates.
O pouco envolvimento dos emigrantes na
preparação da conferência, na escolha dos temas em
debate e em sua organização prática geraram frustração, principalmente porque durante os debates não
eram permitidas perguntas ou comentários daqueles
que não faziam parte da mesa. O excesso de temas e
de especialistas convidados impediu que os temas fossem aprofundados e discutidos como seria necessário.
O tempo reduzido previsto para a apresentação dos
emigrantes inviabilizou o debate da maior parte dos
temas pertinentes. «Na reunião da Europa, por exemplo, assistiu-se a uma enumeração de propostas sem
que se tivesse a oportunidade de discuti-las, harmonizá-las e construir uma base para um documento
comum coerente» , observa Mônica Pereira, da Bélgica.
Ficou clara a disproporção do espaço concedido aos
emigrantes e aos diplomatas. Como resume Theodora:
«eles queriam falar, e muito - e falaram. Ouvir, acho
que muito pouco foi ouvido (infelizmente); os
brasileiros que foram para falar ficaram decepcionados
ao meu ver».
Theodora ficou impressionada que, apesar da
diversidade dos representantes brasileiros vindos de
várias partes do mundo, todos clamam igualmente
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Brasileiro, mas a forma que esse canal deve assumir
ainda não está clara e deve ser o principal tema de discussão do próximo encontro.
No caminho para essa linha de contato, foi aprovado o apoio dos participantes à proposta de Emenda
Constitucional da autoria do senador Cristovam
Buarque (www.cristovam.org.br), concedendo ao
brasileiro residente no estrangeiro o direito de eleger
deputados e senadores. Esse seria um começo para
garantir que a voz dos brasileiros no Exterior seja ouvida no Planalto, sem a necessidade de criar mais estruturas. Essa idéia também constava das propostas levadas pelo Conselho ao evento (Confira todas as propostas no site www.conselho-brasileiro.ch). O
Conselho defende que, ao invés de se criarem mais
órgãos e estruturas, deve-se otimizar o que já existe e
principalmente melhorar o atendimento consular, por
meio de capacitação de pessoal e investimento na
infra-estrutura.
«pelo direito de ser ouvido e atendido no que existe de
mais básico quando se fala de atendimento consular ao
brasileiro». Para ela ficou claro, nos bastidores e
mesmo na plenária, que existe uma rede informal trabalhando em favor dos brasileiros no exterior, esboçando ações, preparando documentos. «Os organizadores
não estavam preparados para ouvir ou mesmo dialogar
com os seus convidados. Eles queriam platéia para
ouvi-los e aplaudi-los. Ficaram no desejo, com pulgas
atrás das orelhas», observa Theodora.
Maria Janotta, por sua vez, sentiu falta de representantes de outros países, como da Áustria e do continente africano, mas acredita que para uma I
Conferência, os resultados foram positivos. Ela considerou a experiência muito enriquecedora, especialmente pela oportunidade de ver «a diversidade de
como nossa comunidade brasileira está organizada,
com muitas pessoas, grupos ou associações lutando
por pequenas reivindicações, que nós aqui na Suíça já
conquistamos».
Carminha Pereira reforça as palavras de Maria e
acrescenta que no encontro do Rio foi possível confirmar que «os brasileiros no exterior representam a
mesma diversidade dos brasileiros residentes no Brasil
e o fato de se estar morando no exterior não faz com
que todos sejam iguais. Os interesses são bem diferentes e chegando a ser até contraditórios». Para Carminha as discussões do encontro «reforçaram a convicção de que ainda se tem muito a fazer na organização dos grupos nos vários países, para depois se pensar em uma estrutura única de representação de todos
migrantes brasileiros».
Como resultado da Conferência foi assumido o
compromisso para a realização de um novo encontro
em 2009, organizado pelo governo brasileiro em parceria com representantes de emigrantes. Foi formada
uma comissão de organização para a próxima conferência, da qual fazem parte os cinco relatores dos grupos regionais formados no encontro do Rio e outros
dois representantes por região (um para os Estados
Unidos), a serem escolhidos a partir da indicação dos
grupos e associações de cada país e região. Ao contrário do que foi proposto por meio de um abaixo-assinado propondo a criação do Estado do Emigrante, essa
comissão terá caráter provisório e sua função será apenas a de preparar o próximo encontro. A discussão sobe
o tema do Estado do Emigrante foi um dos pontos altos
do evento, suscitando muito debate. Todos os participantes concordaram que a população emigrante precisa ter um canal direto de contato com o Governo
Foto: Arquivo
Conferência discute situação
dos brasileiros no mundo
Da esquerda para a direita: Sandra (ABEC),
Theodora, Carminha e Maria.
Foi aprovada no encontro ainda uma moção de
repúdio contra a Diretiva Européia acerca do
«Retorno» dos migrantes em situação irregular, que
tem causado muita polêmica.
Todos os documentos do encontro, assim como os
vídeos da I Conferência das Comunidades Brasileiras
no Exterior podem ser acessados nos sites:
http://funag.evento.tv.br e http://www.abe.mre.gov.br
(clique na Logo «Brasileiros no Mundo», à esquerda).
Na página do Conselho Brasileiro na Suíça também estão incluídos os links para essas e outras páginas que tratam da Conferência.
(Edição de Irene Zwetsch)
Homepage: www.conselho-brasileiro.ch
E-Mail: [email protected]
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CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
AGENDA
O medo paralisa – A informação fortalece
Prevenção de violência sexual contra crianças
Notícias sobre violência sexual contra crianças despertam muito medo e insegurança nos pais e os colocam diante da pergunta: O que podemos fazer para proteger nossas crianças da violência sexual?
A convite do CIGA-Brasil, o centro especializado
Limita vem à região de Basel para realizar uma palestra
em português sobre esse tema, especialmente dirigida
aos pais. A proposta é sensibilizar os pais para a
temática da violência sexual contra crianças e dar informações sobre os principais fatos e possibilidades de
ajuda. Além disso, serão divulgadas formas de prevenção e será discutido em grupo como tematizar essas
informações no dia-a-dia com os filhos.
As palestrantes desta noite serão Talitha Widmer,
psicóloga FSP, e Paula Kalt, comunicação social Unicap/PE
Também estará à disposição do público a brochura
«O medo paralisa – a informação fortalece», que contém informações sobre a problemática e apresenta
nomes de alguns centros de aconselhamento, além de
trazer sugestões sobre o que ao pais podem fazerno diaa-dia para proteger melhor seus filhos contra a violência
sexual.
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Traga suas perguntas, suas experiências e venha
conviver conosco. O evento será em português.
Haverá também uma pequena Cafeteria.
Data: Sábado, 01 de novembro de 2008
Hora: 19h30
LOCAL: Gemeindestube, Therwilerstrasse 16/18,
em Bottmingen (próximo à estação de
Bottmingen)
Como chegar: com o ônibus 34 ou o Tram 10 até
Bottmingen. Atravessar a rua no sinaleiro para
pedestres e seguir pelo caminho ao lado da linha do
bonde até o estacionamento (à esquerda). Atravessar o
estacionamento e o prédio fica logo à direita.
Fachstelle Limita
Bertastrasse 35, 8003 Zürich
Tel: 044 450 85 20
E-Mail: [email protected]
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CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
Mas, afinal, que diabos é
Integração?
Amo as palavras e tenho imenso respeito
por elas. São pecinhas de um jogo infinito,
com as quais se pode brincar pela eternidade.
Como em todo jogo, porém, vejo nelas
armadilhas... é preciso saber jogar - e muito
bem - para não sairmos perdendo ou, pelo
menos, para empatarmos as inúmeras partidas que jogamos nessa vida, cada vez mais
dependente da comunicação.
Os efeitos de um comentário, uma conversa, uma discussão, um texto (e por aí vai),
podem ser belíssimos, prazeirosos ou, ao
contrário, podem pesar como uma sentença
sobre nossas cabeças.
Algumas palavras mal colocadas, em
determinadas situações, detonam relacionamentos, outras desconstroem em segundos
nossa imagem. Muitas têm significados sutilmente contraditórios...
Uma delas, em especial, passei a temer:
integração, talvez por ser uma das muitas que
está na ordem do dia, na boca de 10 entre 10,
digamos, estranhos no ninho, como eu.
Vou ao dicionário. O Aurélio esclarece:
Integração: «ato ou efeito de integrar-se, de
tornar inteiro, completar, de reunir-se, incorporar-se». O que me remete a Integrado:
«diz-se de cada uma das partes de um todo
que se completam ou complementam», e daí
a Íntegro: «inteiro, completo»; e ainda:
«imparcial, inatacável».
Há anos trabalho com «integração» (seja
lá o que isso for), de onde se deduz que trabalho neste processo de tornar uma pessoa
inteira, completa, incorporada ... imparcial ...
inatacável?
O que tenho acompanhado, porém, é
quase o oposto. Assisto diariamente à
desconstrução de muitas pessoas (crianças e
adultos), na busca desta «incorporação».
Nada contra mudanças, o ser humano
tem capacidade de adaptar-se ao meio em
que vive. Eu acrescentaria: desde que não
perca seu cerne, seu centro. Difícil é estabelecer onde ele está!
Voltando às palavras e à comunicação...
Muitas coisas que pensamos e dizemos,
muitos valores que retiramos de frases escutadas, contribuem para dificultar essa busca
de provar que «sou-tão-inteligente-quantovocê-e-mereço-respeito» (Num contexto
mais relax, seria o equivalente a «vamos trocar figurinhas?»!)
Uma frase mal elaborada, especialmente
se não dominamos perfeitamente as palavras num novo idioma, nos torna vulneráveis, tolos e uma dúvida imediatamente se
instala na cabeça do interlocutor: «Será este
um ser inteligente, digno de atenção?».
Coisas mínimas, com efeito máximo!
Vejamos algumas dessas pérolas (as mais
«light»!) que venho colecionando e que já
renderam afastamentos e dissabores:
«Ich werde den Brief schinken» («Quero
enviar esta carta»... enviar é schicken, schinken quer dizer presunto!)... Comentário irônico do interlocutor: «Ai, você está me
dando uma fome ...» – e passou a trabalhar
com outro grupo do escritório ...
Da brasileira para a vizinha: «Darf
ich meine Schwierigmutter vorstellen?»
(schwierig, quer dizer difícil, Schwiegermutter é sogra!). Comentário: «Ela é tão
difícil assim???» A relação nunca passou de
inevitáveis cumprimentos cordiais na porta
de casa ...
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queria dizer fim de relacionamento??? Ou
apenas: «Deixe-me tirar férias com meus
amigos» ?????????
E sigo me perguntando: onde a reunião?
A idéia de complementaridade? Integrar,
incorporar, complementar? Como, quem,
com quem, para quê, para quem?
Volto ao dicionário. Integração «ato ou
efeito de integrar-se, de tornar inteiro, completar, de reunir-se, incorporar-se». O que
me remete a Integrado : «diz-se de cada uma
das partes de um todo que se completam ou
complementam» e daí a Íntegro: «inteiro,
completo»; e ainda: «imparcial, inatacável».
E concluo: só pode estar faltando alguma
coisa na definição...
No trem há três lugares livres, mas quem
chega pergunta: «Ist es noch frei?» («Estes
lugares estão livres?»). E a resposta, dada
pelo incalto (leia-se gaiato!) brasileiro: «Não
tou vendo ninguém aí!», gerou um esbravejado: «Wie bitte?» (Coooomoooo?) - e muitos ininteligíveis resmungos depois, com cara
feíssima...
Um garoto brasileirinho para a professora suíça, ao não responder a um exercício de
matemática: «Minha cabeça está vazia»...
Resultou em encaminhamento imediato
para o psicólogo...
Chamar alguém não íntimo de «Du» (o
nosso tu) já me rendeu: «Sou racista sim,
contra a ignorância!!!» ???
«Ich möchte meine Freiheit» («Quero
minha liberdade»), dito pelo namorado,
Miriam Müller Vizentini – Baden, Suíça
F E S T A M U LT I C U LT U R A L
O CIGA-Brasil estará participando, junto
com outras associações de migrantes, numa
Festa Multicultural chamada «Wir feiern
zusammen» (Nós festejamos juntos). Nós
estaremos servindo feijoada e caipirinha e
os outros grupos trarão também suas especialidades, entre elas comidas espanholas,
italianas e filipinas.Haverá apresentações
de várias culturas para crianças e adultos.
Venham vocês também festejar com a gente.
A entrada é grátis!
Data: 29.11.2008 (sábado)
Horário: das 16 às 24 horas
Local: Kultur- und Sportzentrum - KUSPO,
Oberemattstrasse, 13 em Pratteln. (Próximo ao
Restaurante Weiermatt e ao ponto de ônibus
Schloss).
A qualidade que você conhece,
a inovação que você merece!
transferências de dinheiro podem ser feitos
nas agências ou através do Call Centre.
Presente no mercado há mais de 10
anos, a LCC faz envios para mais de 90 países, sempre oferecendo aos seus clientes as
melhores taxas e serviços.
Para mais informações sobre os serviços
da LCC International Money Transfer contacte uma das agências ou ligue para o Call
Centre:
LCC Basel: 061 683 1810
LCC Geneva: 022 732 1680
Call Centre LCC: 0800 80 16 80
A LCC International Money Transfer tem
o prazer de informar aos seus clientes que
abriu mais uma agência na Suíça, na cidade
de Basel.
A LCC está em Genebra há 6 anos e está
intensificando cada vez mais suas atividades
na Suíça começando com a abertura da nova
agência em Basel, que tem como públicoalvo principal os brasileiros, filipinos, mexicanos e dominicanos.
Além do serviço personalizado das
agências, a LCC conta também com o Call
Centre na Suíça. Cadastros, bem como as
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Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
Quando letra e música se encontram...
Vozes Imigrantes
A escritora Mariana Brasil está organizando um projeto
literário chamado «Antologia Ítalo-brasileira». A proposta é
reunir textos em língua portuguesa e italiana, de escritores residentes na Itália ou não. A antologia será editada no mesmo
volume em italiano e português, o nome do autor será inserido
no índice por ordem alfabética. Não é um concurso, portanto
todos os inscritos terão seus trabalhos publicados, desde que
atendam aos requisitos básicos e necessários que o classifiquem como um texto literário. O mínimo de participantes
previsto para a realização do projeto é de 30 (trinta) autores,
ou 120 (cento e vinte) páginas contratadas. O tema é livre,
assim como a forma: poesias, versos, contos, crônicas, cartas
etc.
Para saber detalhes faça contato diretamente com a autora [email protected], ou entre no Grupo Yahoo http://br.groups.yahoo.com/group/vozesimigrantes.
Respiração boca-a-boca não é mais essencial em infarto
A tradicional respiração boca-a-boca feita durante os
primeiros socorros de uma parada cardíaca está com os dias
contados. Novos estudos demonstraram que as compressões
ritmadas no tórax são tão eficazes quanto a respiração bocaa-boca, que era intercalada com a massagem cardíaca.
As conclusões foram publicadas em dois dos mais renomados
periódicos de cardiologia («Circulation» e «Resuscitation»).
A recomendação é que, a partir de agora, só se faça as compressões torácicas ritmadas, de forma ininterrupta, por até
oito minutos. Segundo o médico Sérgio Timerman, diretorcientífico do Comitê de Emergência da Fundação
Interamericana do Coração, as pesquisas que embasaram a
mudança de conduta verificaram que há falta de preparo das
pessoas para fazer a massagem torácica e que 83% dos ame-
ricanos não faziam respiração boca-a-boca por medo ou
nojo. Essas conclusões vão passar a integrar as novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, para alcançar
tanto as sociedades médicas como a população em geral.
Para Timermann, no Brasil ainda é precário o treinamento
das pessoas para as emergências cardíacas e isso pode ser
crucial no momento de salvar ou não uma vida. Um outro
estudo norte-americano demonstrou que o treinamento da
população aumentou o número de ressuscitações de 2% para
20%. Seis em cada dez pessoas que morrem do coração são
vítimas de infarto. Muitas mortes poderiam ser evitadas se o
atendimento da vítima fosse feito nos dez minutos após o
ataque.
(Cláudia Collucci – Folha de São Paulo)
Investimentos nos EUA
Uma crise econômica nunca é prejudicial para todo mundo.
Por exemplo em 2008 os Estados Unidos vivem um momento
de menor vigor da economia e séria crise hipotecária. Neste
novo cenário abrem-se novas e valiosas oportunidades de
negócios para o investidor brasileiro, sobretudo no mercado
de imóveis. É possível ter um ótimo retorno nos investimentos
bem planejados, com a redução ou até eliminação dos três
impostos nos Estados Unidos: o IR sobre Herança, o IR normal e o IR retido na fonte.
O imposto sobre herança pode representar até 45% do valor
do imóvel quando da morte do proprietário-pai. Esta
cobrança poderá ser evitada ou reduzida mantendo a titularidade do imóvel através de um investimento em Trust. Trata-se
de uma entidade especial criada sob o princípio anglo-saxão,
muito utilizada em estruturas de planejamento tributário e
sucessão familiar nos EUA. No caso do IR americano, o
investidor estará sujeito a uma taxa de até 35% mas poderá
reduzir esta cobrança pagando uma taxa de 15% na ocasião
da revenda, se retiver o imóvel por mais de um ano e não tiver
na sua comercialização a sua principal atividade. Mas apenas
algumas estruturas societárias americanas gozam desta
condição. No caso do IR retido na fonte o comprador residente nos EUA deverá reter 10% do valor do imóvel para a
Receita Federal local. Se o investidor brasileiro comprar o
imóvel poderá abater o valor em uma futura revenda. Outras
opções são as estruturas locais de investimento do mercado
imobiliário. O REIT Real-Estate Investiment é uma empresa
aberta ou fechada que atua no mercado imobiliário e tem sistema tributário favorecido. O empreendedor brasileiro pode
investir comprando participações societárias e também
através de fundos especializados no mercado imobiliário.
Outra opção é o Portofolio Interest Exemption, que permite a
isenção do IR na fonte para os investidores estrangeiros que
cumpram certos requisitos especiais.
Enfim, a crise no mercado imobiliário americano abriu espaço
para ótimas oportunidades para os investidores de de todo
lugar do mundo. É hora de captá-las e aproveitá-las.
(Marcos Pochon - www.mmcinternational.ch)
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Foto: Arquivo
Peça mostra cotidiano de família circense romena
No final de agosto estreou em São Paulo, a peça «Por que a
Criança Cozinha na Polenta». A montagem da Cia. Mungunzá de
Teatro é a adaptação do texto inédito da romena Aglaja
Veteranyi, morta em 2002, com direção de Nelson Baskerville
- que está escalado para a minissérie «Maysa», que a TV Globo
exibe no começo de 2009. A encenação conta a história de uma
família de artistas circenses que fogem da ditadura na Romênia
e embarcam para a Europa Ocidental, tudo sob o ponto de vista
da filha adolescente.
Os atores Daniela Rosado, Sandra Modesto, Tatiana Moreira,
Marcos Felipe e Rafael Marques se revezam nos personagens
da peça. O espetáculo traz alguns temas pesados, como
alcoolismo, abuso sexual e a violência. Nascida em Bucareste,
Aglaja Veteranyi, autora do texto, era também filha de artistas
de circo e professora de teatro. (Fonte: Folha Online)
O livro «Por que a Criança Cozinha na Polenta» foi traduzido
para o português pela tradutora gaúcha Fabiana Macchi, que
reside na Suíça. (http://www.cigabrasil.ch/informando/materias/EntrevistaFabiana.html)
Muitos caminhos não se cruzam por acaso. De repente você está na hora certa, no lugar certo
e acaba encontrando a pessoa certa. Foi o que aconteceu com a jornalista e escritora Rosana
Antonio e o músico e compositor Fernando Terra. Imigrantes, viajantes, curiosos, eles descobriram que têm muito em comum e passaram a partilhar não somente a vida, mas também seus
trabalhos, seus sonhos, seus planos para o futuro. Neste mês de setembro, passando pela
Suíça, os dois apresentam suas últimas criações: o livro «Quem tem boca vai a Roma», que
conta histórias de imigrantes que se encontraram em Roma, e o CD «Notícias», segundo trabalho gravado do compositor.
Rosana, seu primeiro livro é feito de muitas histórias.
De onde veio a idéia de escrever uma obra assim?
A idéia nasceu da vontade de ver um projeto pessoal realizado.Eu tinha passado por várias empresas e a
única coisa que tinha ficado comigo era a experiência,
não digo que seja pouca, mas não era o bastante. Eu precisava de um registro daquilo que faço e daquilo que
sou. E este livro me proporcionou este registro.
Como você escolheu os personagens do livro?
Pela única característica que une cada um deles,
determinação! Seja ela em realizar coisas boas, seja ela em
realizar coisas ruins. O livro mostra o quanto ela é forte.
Cabe a cada um saber em que vertente pretende usá-la.
Rosana e Fernando: o par
muito, era super curiosa e gostava de ajudar as minhas
coleguinhas de escola, que me pediam para eu escrever
cartas aos namoradinhos. Na adolescência participei de
festivais de poesia, crônica, contos e oratória. E já grandinha, escrevi para várias revistas em alguns países da
Europa.
O livro expressa também um pouco da sua vivência
em Roma?
Completamente! No último capítulo, quando falo
do meu fascínio por Roma, é tudo parte da vivência lá.
Houve um tempo da minha vida em que minha mãe sentiu muito ciúmes de eu viver na Itália. Eu senti algo como
uma reencarnação em Roma. A paixão, os hábitos, a
moda, a cozinha, tudo isso faz parte da minha rotina
como se eu tivesse nascido lá. Embora tenha nascido no
Brasil e tenha origens francesas e espanholas, atualmente me identifico muito mais com a Itália do que com
qualquer outro país.
Quais são as maiores dificuldades que um jovem
autor enfrenta para conseguir seu «lugar ao sol»
no mercado?
A maior dificuldade é conseguir uma editora. O
processo editorial de um livro é igual em qualquer lugar
do mundo. Ou o autor conhece a pessoa certa na hora
certa (e eu ainda não estive com esta pessoa), ou precisa investir muito financeiramente.
Você é jornalista e atualmente trabalha com marketing. Como a literatura entrou na sua vida?
Na verdade o trabalho que desenvolvo atualmente
é Comunicação e Imagem. Há dois anos deixei de fazer
Marketing, depois de ter me dedicado a esta área por
quatro anos. Foi uma opção minha, sendo as duas áreas
(jornalismo e marketing) pouco harmoniosas, tive que
optar por uma, e optei pela que mais gosto, comunicação. Dentro dessa vertente realizo consultoria de
comunicação, formação profissional e não deixo nunca
de escrever.
A literatura entrou na minha vida muito cedo.
Quando criança eu era uma menina muito atrevida. Lia
Você já recebeu de seu público leitor um feedback
em relação ao livro?
Recebi o maior feedback não somente dos leitores,
mas descobri que não é preciso ter uma editora para
mostrar um bom trabalho no mercado. Recebo vários
e-mails de leitores que ganharam meu livro, que compraram ou que ouviram entrevistas minhas em TVs,
Rádios, Jornais e Revistas. É muito gratificante.
O meu primeiro livro nasceu como produção independente. Foi registrado e aprovado pela SPA (Sociedade
Portuguesa de Autores), patrocinado por um banco português que acreditou no ➙ Continua na página 18
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CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
➙ Continuação da página 17 projeto desde o início e
a partir daí estive atrás de todas as livrarias do país. Hoje
é possível encontrar Quem tem boca vai a Roma nas
Fnac, Libritalia e em qualquer parte do mundo pelo
www.livrosnet.com.
Você acabou de estrear no meio literário e já está
preparando um novo livro. Qual é o tema de sua
segunda obra?
O próximo é Filhos da Mãe. O livro é inspirado em
histórias que falam de pessoas, de casos e de acontecimentos que contradizem o significado poético do termo
«países irmãos». Termo muito utilizado para definir a
relação entre Brasil e Portugal. A partir de momentos,
situações e observações, conto as histórias de cinco
brasileiros que vivem em Portugal e de cinco portugueses que vivem no Brasil. O desenrolar de cada história
levará o leitor a uma reflexão de que os dois países não
possuem um grau de parentesco tão íntimo como a
definição que o termo «países irmãos» dissemina.
Poderá ainda perceber que a grande diferença entre o
comportamento das duas raças, deixa uma forte atenuante de que Portugal e Brasil somente seriam irmãos se
um dos dois países fosse o irmão bastardo.
O processo de entrevistas e coleta de informações
me fez descobrir e conhecer os dois lados: a maneira
com que os portugueses são tratados no Brasil pelos
brasileiros e a maneira com que os brasileiros são tratados pelos portugueses em Portugal. O comportamento
de disputa entre esses dois povos cria uma imagem préestabelecida ou estereotipada sobre o conceito que possuem um do outro. Por uma grande maioria de portugueses o Brasil é visto como uma nação de homens
volúveis e mulheres vulgares. Por outra dimensão não
inferior de brasileiros, Portugal é visto como um país de
pessoas provincianas e ignorantes.
Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
Minha história musical começou quando um tio
meu comprou uma bateria nova e me deu a bateria
velha que ele tinha. Achei engraçado. Depois meu pai,
sem saber, contratou um empregado que sabia tocar violão e nas horas vagas, entre um trabalho e outro, o
Agnaldo (o tal funcionário) me ensinava alguns acordes
e ritmos. Desde então faço música, e eu tinha apenas 11
anos na época. Montei com mais três amigos do bairro
uma banda, a qual chamamos de Esfinge. Tocamos por
todo lado em Belo Horizonte, porque era muito raro uma
banda de rock nacional que tinha integrantes com
idades entre 11 e 13 anos.
Não destoa do primeiro CD, mas também não é igual. Já
dizem os sábios que «a cada dia acordamos diferentes do
dia anterior», talvez com os CDs seja igual.
A passagem do Brasil para a Europa foi um pulo na
carreira?
A vinda para Europa não surgiu com a música e sim
com o teatro. Fui convidado para fazer um espetáculo
teatral em Portugal – como ator – e depois resolvi ficar
por aqui, a fim de conhecer outras culturas, pessoas,
comidas e tudo mais que o velho continente viesse me
oferecer. A carreira cresceu e avançou muito, ganhando
mais maturidade e profissionalismo depois que conheci
a Rosana que, como ótima consultora que é, me fez abrir
os olhos para umas coisas e fechar para outras. Aí tudo
aconteceu.
Você já está preparando mais algum trabalho?
Sou viciado em trabalho. Como disse, além de músico sou ator. Neste momento estou prestes a estrear meu
novo espetáculo infantil «O Curupira», numa mostra de
teatro que eu criei em Lisboa (MITIN – Mostra
Internacional de Teatro Infantil). Conto com aproximadamente 250 músicas registradas na Sociedade Portuguesa
de Autores. Para 2009 existe a possibilidade de gravar
um CD de Rock infantil, de uma banda que criei
(PlayGround) e também um livro infantil chamado «Lia e
a Lã Delon». Sobre o terceiro CD, ainda é cedo, mas já
tenho um pré-repertório. Lançamento deve ser em 2010.
Lá falamos melhor sobre isso.
Os cantores brasileiros tem boa receptividade em
Portugal?
Já tiveram melhor. Quando cheguei, a música
brasileira que aqui chegava era melhor selecionada. Com
o aumento da população brasileira, houve uma banalização da nossa cultura conhecida por aqui. O que fez o
brasileiro deixar de ser novidade. Mas Portugal ainda se
alimenta muito da cultura popular do Brasil. Quanto ao
meu trabalho, particularmente, sempre ouço que é diferente do que os brasileiros fazem aqui. Talvez seja
mesmo. Talvez por isso eu circulo em ambientes
europeus também. Festivais e eventos que não são
somente brasileiros. Sem querer, acabo transitando entre
os «gregos e troianos».
Fale um pouco de você. Quem é a Rosana?
Pessoalmente sou sonhadora e determinada. Encaro
os problemas como se eles fossem fáceis de serem
resolvidos. Só sofro depois de resolvê-los. Vai entender!
Enfrento o medo e o desconhecido com curiosidade e
coragem! Não sei como, mas acontece.
Profissionalmente sou muito exigente, racional e
franca. Me envolvo somente em dois tipos de projetos: o
que me da dinheiro e o que me dá prazer. Se o primeiro
começar a seguir somente o percurso financeiro, abandono logo e parto para o segundo, mesmo tendo que
renunciar a alguns privilégios que somente o primeiro
pode oferecer.
Você está lançando agora seu segundo CD, «Notícias». O que ele traz de novidade em relação ao
primeiro, «Ladrão de Sonhos»?
Tecnicamente, a sonoridade é diferente. Troquei as
guitarras de nylon pelas de aço. O baixo acústico pelo
elétrico. Mas sem perder o caráter acústico que imprimi
no Ladrão de Sonhos.
Notícias é, talvez, mais esquerdista, mais direto no
que eu quero dizer sobre o que acho em relação ao sistema. Mas também há momentos de descontração e também uma dose de calma. O que mais tenho ouvido em
relação a esse CD é que ele tem a identidade definida.
E você, Fernando, como começou sua história musical?
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teatro. Tenho muito medo de aprender a fotografar,
porque tem sido a arte que me diverte. Pois no resto,
tenho sempre um olhar técnico e isso às vezes me cansa
um pouco.
Qual é seu estilo e de onde vem a inspiração para
compor?
O estilo é música do mundo, com influências do
pop, do funk e do reggae. A inspiração é o dia-a-dia das
pessoas, das coisas e do mundo. Acho que uma canção
pode ser ouvida de maneiras diferentes. Gosto de dar
vazão à imaginação de quem me ouve. Há quem chore
e há quem se divirta muito nos concertos.
E agora vocês dois estão juntos. Como foi encontro
da jornalista com o artista?
Nos encontramos num aniversário. Tínhamos um
amigo em comum que nos apresentou. Foi em 2005. O
que pensamos que não passaria de uma amizade, pelas
nossas diferenças, acabou se transformando num
namoro. Desde então, nossas vidas começaram a tomar
um mesmo sentido.
Vocês parece que se completam. De que forma o
talento de um e de outro se entrelaçam?
Nós gostamos muito do trabalho um do outro.
Coincidentemente, há pontos de ligação entre eles, porque
temos vivências parecidas. Imigrantes, países estranhos,
viagens, problemas, preferências… tudo isso influenciou
muito no trabalho de cada um. Quando vimos que não
éramos assim tão diferentes, começamos a olhar mais e
mais um para o outro. Por vezes nos influenciamos. O que
é muito bom. Muitas vezes dizemos a mesma coisa em óticas diferentes. Quando damos por nós, já estamos novamente «entrelaçados» em todos os sentidos.
Como você mesmo já contou, você não é somente
músico, mas um artista num sentido mais amplo. Fale
um pouco sobre suas outras atividades artísticas.
Além de músico e compositor, sou ator, roteirista,
escrevo contos, livros infantis, dirijo espetáculos de
Quais são os planos futuros?
Mais livros, mais discos, mais espetáculos, mais juntos e mais felizes.
Quem são Rosana Antonio e Fernando Terra
Rosana Antonio nasceu no Brasil, mas é de muitos
lugares. Viveu em Goiânia, Roma, Curitiba, Londres,
Genebra e Lisboa. A jornalista e escritora é mestre em
Ciências da Comunicação Social pela UPS - Università
Pontifícia Salesiana, em Roma. Desenvolveu projetos jornalísticos publicados em alguns países da Europa.
Participou em iniciativas na Rádio Vaticano (Itália) e nas
Rádios do Grupo RBS (filial Globo no sul do Brasil).
Durante quatro anos dedicou-se ao Marketing, onde
atuou como diretora de um Grupo de Agências operantes no ramo de transferência de dinheiro para o exterior. Formou equipes em Londres, Genebra e Lisboa, onde
abriu três filiais da empresa.
É autora do livro «Quem tem boca vai a Roma» bilíngue
(português e italiano), lançado em fevereiro de 2007 no
Tivoli Fórum - Lisboa. Atualmente é Consultora de Comunicação e Imagem, Corporate Communication na Suíça,
realiza cursos de Formação Profissional e conduz a produção do seu próximo livro em Portugal.
FernandoTerra, radicado em Portugal desde 1999, nasceu
em Belo Horizonte – Brasil.
É ator e músico desde os 11 anos, quando cursou a
Escola de Teatro 2 da Fundação Clóvis Salgado (Palácio
das Artes) e formou sua primeira banda de rock, Esfinge.
Profissionalizou-se como ator pelo Sindicato dos Artistas
e Espetáculos de Minhas Gerais (SATED-MG).
O artista multifacetado (Músico, Compositor, Ator e
Animador Cultural) viveu na cidade do Porto, depois na
França e Alemanha, apresentando seu projeto de músicas originais, que em outubro de 2006 concretizou-se no
lançamento do CD Ladrão de Sonhos, em Lisboa.
Atualmente promove o novo CD Notícias, e é diretor do
MINTIN (Mostra Internacional de Teatro Infantil).
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CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
O grande reencontro
Andrea Regis
Foto: Arquivo
Independente
Rodrigo aposta em mais um trabalho
independente com Reencontro dos Ventos.
Ele acredita que é viável realizar um CD sem a
chancela de uma grande gravadora. «Fazer
não é o problema. Contudo, a distribuição
sem o grande esquema de uma empresa
torna-se mais complicada». Rodrigo usa a
criatividade para solucionar a questão. «A
internet é uma das principais ferramentas
para a divulgação e venda, além dos eventos,
obviamente», revela.
Para o músico, Reencontro dos Ventos
tem um lugar de destaque na sua trajetória.
«Gosto de todos meus trabalhos, mas este é o
mais maduro». Não é por menos. Para se ter
idéia, 11 anos distanciam o novo CD do último trabalho com o Jazz Brasil. «Nesse meio
tempo, entre outras coisas, fiz um CD de Acid
Jazz, outro de Chorinho e um songbook
didático», conta Rodrigo, que vive na Suíça há
15 anos. No total são 20 anos fora do Brasil.
Antes da Suíça, ele morou nos Estados Unidos
e na Áustria.
Aos 18 anos Rodrigo já tocava profissionalmente em São Paulo. Aos 19 deixou o Brasil
definitivamente para dedicar-se à música.
Vinte anos depois ele toca, dá aulas, promove
e realiza workshops. Há ainda os projetos aos
quais se dedica, num total de quatro: o Jazz
Brasil; Return of The Bossa Nova; Regional de
Choro Brasileiro; e a Gafieira Alpina. «Por
vários motivos abri meu leque de atuação.
Um deles é poder me diversificar como músico», diz Rodrigo, cujos instrumentos «oficiais»
são o sax e a flauta, e os «complementares»
piano, violão, acordeon e clarinete.
Para saber mais sobre Rodrigo, visite seu
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Rodrigo e seus múltiplos instrumentos
Rodrigo Botter Maio acaba de lançar seu
mais recente trabalho: Reencontro dos
Ventos. O nome do CD, o oitavo do músico
brasileiro, é uma referência à participação de
dois grandes amigos de Rodrigo que, assim
como ele, também tocam instrumentos de
sopro. Raul de Souza – considerado um dos
maiores trombonistas do mundo - e o
trompetista Matthieu Michel participaram do
CD, fato que o inspirou a assim denominá-lo.
Reencontro dos Ventos é a terceira obra
de Rodrigo com o Jazz Brasil. O trio é formado por Thomas Silvestre (piano acústico e
elétrico), Eduardo Dudu Penz (baixo e percussão) e Eduardo Costa (bateria e percussão).
Há ainda vários convidados de calibre como
Isaac Duarte (oboé), Edmundo Carneiro (percussão), Simone Santos (voz), Michael Zisman
(bandoneón), Daniel Zisman (violino),
Edmauro de Oliveira (violão) e Stefan
Baumann (cello), além dos dois filhos de
Rodrigo: Luís Levi Botter Maio (piano, voz e
percussão) e Lino Davi Botter Maio (acordeon
e percussão).
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política ou religiosa, que visa
dar apoio aos brasileiros.
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Sempre às quintas e sextas-feiras,
das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas.
Atividades sócio-culturais.
EXPEDIENTE
CIGA-Informando é uma publicação
bimensal do CIGA-Brasil.
Tiragem: 1700 exemplares
Redação e edição: Irene Zwetsch
Foto Capa: CIGA-Brasil
Layout & Realização: [email protected], www.wilber.ch
Colaboradores desta edição: Ana Baldini, Andrea Regis,
Brasil Infos, Clarice dos Santos, Danielle Tacchi
Jeanrenaud, Fórum Brasil-Suíça, Iza Tippett, Marketing
LCC, Marta Gonçalves, Revista Integra, Rui Martins,
www.brasilalemanha.com.br
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Contato com a redação:
CIGA-Brasil
Binningerstrasse 19
4103 Bottmingen
Tel/Fax: (061) 423 03 47/46
E-mail: [email protected]
www.cigabrasil.ch
O fechamento redacional da próxima
edição será no dia 02 de novembro
de 2008. Até esta data todos os
textos e anúncios devem chegar às
nossas mãos.
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Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008 CIGA-Informando
CIGA-Informando Ano 10 - N° 54 - Setembro 2008
Mundo da Beleza – Exfoliação facial
Hoje não falaremos sobre a celulite,
acredite ou não! Apesar de podermos continuar falando mais um pouquinho sobre o
assunto, vamos deixar isso para o próximo
ano.
Na verdade, eliminando as células mortas, a exfoliação prepara a pele para o passo
seguinte no tratamento de limpeza facial,
de modo que a pele possa absorver eficazmente os princípios ativos dos produtos a
serem usados posteriormente, deixando a
pele hidratada e de uma maciez sem igual.
O verão passou, as roupinhas alegres da
estação voltaram para as caixas, dando
lugar às malhas e casacos para proteger
nosso corpo do friozinho do outono, mas
deixando exposto ao friozinho e poluição
uma parte importante e vulnerável de
nosso corpo: o rosto.
Porém é muito importante conhecer seu
tipo de pele, especialmente se está pensando em preparar uma exfoliação caseira. Ela
deve ser preparada de acordo com seu tipo
de pele, especialmente se tiver pele sensível.
É sobre ele que falaremos nesta edição.
Como o tema é interessante, estarei compartilhando com vocês nas próximas três
edições um pouco da minha vivência neste
mundo da beleza. Vamos começar com
EXFOLIAÇÃO.
Dicas: o abacaxi é um ótimo exfoliador
natural, além de ajudar na eliminação de
manchas.
A exfoliação é um elemento imprescindível no tratamento de limpeza de pele.
No efeito exfoliação a pele é purificada de
seus granulos e calosidades. O efeito
«detergente» deixa a pele macia e resplandescente, a circulação sanguínea é
estimulada, os poros se tornam mais refinados e o rosto se beneficia de um toque
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