Device to assist the visually impaired in reading printed or scanned
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Device to assist the visually impaired in reading printed or scanned documents Luis Rodolfo Rebouças Coutinho Universidade Estadual do Ceará UECE Fortaleza, Ceará, Brasil [email protected] Abstract — Individuals with visual impairment have their ability to access information limited by the lack of mass literature in Braille. This paper presents an embedded application to aid the visually impaired that allows reading and writing printed and/or digitized documents. The solution, designated PORTÁCTIL, is a device composed of five modules: (1) electromechanical Braille cells, (2) hand motion sensor, (3) processing unit, (4) wireless communication and (5) power supply. The text, locally stored or received by wireless communication, is translated to Braille and displayed following the movement of the hand of the reader. Thus, reading occurs in the same way as in books written in Braille. The device is powered by rechargeable batteries and is capable of receiving texts from smartphones and tablets through Bluetooth. Some prototypes were built and tested by several visually impaired users. The adaptation was very good as well as the acceptance. Properties such as weight / volume, energy consumption and performance were evaluated and are given in the full text. Keywords – Aplicações embarcadas; Acessibilidade; Bluetooth; Braille; Portáctil. I. INTRODUÇÃO Os indivíduos portadores de deficiência visual têm sua possibilidade de comunicação, interação e autonomia pessoal limitada pela falta de literatura massificada em Braille, a qual, por sua vez, é limitada por questões econômicas. Sem ferramentas de acesso à informação, o desempenho intelectual e profissional de pessoas com baixa ou nenhuma visão fica seriamente comprometido, estabelecendo-se uma silenciosa segregação educacional, cultural e social. A restrição no acesso ao conhecimento produz a exclusão social, laboral e educacional do indivíduo de qualquer classe social ou condição econômica. Para estas pessoas, o corriqueiro ato de ler uma revista, um jornal, ou ainda, estudar um livro técnico é uma atividade hercúlea, e tais indivíduos são segregados de oportunidades de crescimento e realização pessoal. Anaxágoras Maia Girão, João Batista Bezerra Frota, Elias Teodoro Silva Júnior Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceara - IFCE Fortaleza, Ceará, Brasil [email protected], [email protected], [email protected] Neste contexto surgiram equipamentos para o auxílio de deficientes visuais que permitem a leitura e escrita de documentos impressos e digitalizados, empregando tecnologias inovadoras que permitem maior inclusão de indivíduos portadores de deficiências visuais. O presente artigo descreve uma aplicação embarcada, denominada PORTÁCTIL, capaz de reproduzir mecanicamente os símbolos do sistema Braille em um equipamento portátil, a partir dos caracteres de um texto convencional. Tal texto, armazenado em sua memória ou transferido em tempo real por Bluetooth, pode já estar disponível em forma eletrônica ou ter sido obtido pelo reconhecimento de caracteres em livros comuns, através de um smartphone ou tablet. O restante deste trabalho está organizado da seguinte forma: A seção 2, trabalhos relacionados, apresenta outras aplicações embarcadas com o mesmo objetivo de oferecer tradução para o Braille em tempo real. A seção 3, descrição do Portáctil, fornece a visão geral da proposta, mostrando outros componentes de se conectam ao dispositivo. A seção 4, arquitetura do Portáctil, traz os detalhes das partes que integram o dispositivo Portáctil e suas características de projeto. Os processos para leitura e escrita em Braille pelo usuário são apresentados na seção 5. A seção 6 descreve a apresentação final numa perspectiva de produto e a seção 7 faz uma avaliação das propriedades finais desse protótipo. As conclusões e perspectivas de continuação do trabalho são mostradas na seção 8. II. TRABALHOS RELACIONADOS A temática da acessibilidade tem trazido cada vez mais desafios aos pesquisadores. Em se tratando de deficientes visuais, a utilização de áudio livros tem sido considerada uma alternativa válida para assistir culturalmente esse público. Entretanto, o pequeno volume de publicações desse tipo de livro somado à necessidade e importância da alfabetização dos deficientes visuais tornam imperativa a utilização do padrão Braille [1]. Nesse diapasão existem várias propostas que buscam atender à demanda por tecnologias de escrita em Braille. A maioria das soluções tem em comum um dispositivo eletromecânico capaz de produzir símbolos Braille por comando elétrico. Tal dispositivo será chamado, neste artigo, de cela Braille. O Top-Braille [18], mostrado na Fig. 1, tem a forma similar a um mouse de computador, sendo igualmente leve (120g), e é equipado com: uma mini câmera, um sistema de reconhecimento de caracteres, uma única cela Braille eletromecânica e um sistema de baterias que lhe permite 6 horas de autonomia. Ao passá-lo por cima de um texto impresso, a câmera reconhece o que está escrito, fazendo com que o dispositivo reproduza o seu respectivo valor em áudio e em Braille. O Top-Braille permite, ainda, a transferência e o armazenamento de textos para uma leitura futura. Entretanto, usuários entrevistados relataram que encontraram bastante dificuldade de utilizar o Top-Braille, pois não conseguiam focar a câmera em uma única linha de texto. Várias pesquisas recentes visam ao desenvolvimento de celas Braille a partir de diversos materiais e conceitos, tais como: eletrodos constituídos de polímeros de carbono em gel [2]; estimulação direta, através de eletrodos, dos receptores táteis da mão [3]; materiais foto sensíveis [4]; atuador piezelétrico associado a um sistema mecânico massa-mola [5] ou a um mecanismo amplificador hidráulico [6] e um micro sistema pneumático [7]. O presente trabalho, entretanto, não se propõe a aprimorar a técnica de exibição dinâmica do símbolo Braille. Por fim, devemos citar alguns trabalhos recentes que buscam melhores soluções para o problema de identificação de caracteres por imagem ou por sensores [9], visando à digitalização de livros tanto em texto convencional (caracteres alfanuméricos) [13] [14], quanto em idiomas de maior complexidade, a exemplo do árabe [15], chinês [16] e tailandês [17], e, até mesmo, de livros já impressos em Braille [9][10][11][12]. A proposta do PORTÁCTIL é oferecer um acessório para smartphones ou tablets. O aproveitamento da capacidade computacional desses equipamentos, bem como de suas interfaces, oferece menor custo e aumenta a portabilidade do conjunto. Além disso, são utilizadas de uma a três celas para reproduzir o símbolo Braille. Isso decorre do fato de que, no alfabeto Braille, existem símbolos numéricos e matemáticos que utilizam até três caracteres. Estas celas são um importante fator no custo final do dispositivo, devendo a sua quantidade ser reduzida ao máximo. III. DESCRIÇÃO DO PORTÁCTIL Figura 1: Top Braille. Outro conceito bastante difundido é o de fazer uma linha eletrônica em Braille, procurando reproduzir o formato dos livros convencionais. Nesse caso, o leitor desliza seu dedo sobre a linha, que se mantém estática. A linha Braille Pronto é um desses modelos [18], sendo oferecida como uma plataforma portátil e multifuncional para escrita e leitura de textos em Braille. O equipamento (Fig. 2) possui 18 celas Braille eletromecânicas, um sintetizador de voz, suporte a cartões de memória para expansão, autonomia de 20 horas, pesa 450g e possui conectividade através dos padrões USB, Bluetooth e Serial [18]. Entretanto, soluções de linha em Braille apresentam um volume maior (Linha Pronto: 170 x 90 x 32 mm), além da dependência de um computador pessoal. No PORTÁCTIL, a navegação no texto a ser lido se dá pela captura do movimento da mão do leitor, a exemplo do que acontece com um mouse. Usualmente, o leitor move seu dedo indicador ao longo da linha em Braille e vai reconhecendo, pelo tato, os caracteres. Ao perceber o movimento da mão do leitor, o PORTÁCTIL exibe na(s) cela(s) Braille o caractere equivalente, como se o mouse estivesse se movendo sobre uma linha virtual. A Fig. 3 mostra uma perspectiva do sistema proposto, onde o PORTÁCTIL é representado pelo bloco "Display Braille". Figura 3. Visão geral de utilização do projeto. Na Fig. 3, o tablet está no controle de todo o sistema. Ele interage com o conjunto de duas formas distintas: Figura 2: Exemplo de linha Braille. 1. Recebendo do usuário comandos e configurações tais como: modos de escrita e leitura, acesso ao sistema de arquivos, quantidade de celas Braille ativas, distância percorrida pelo sensor de movimento para causar uma mudança na informação do Display etc. módulo de comunicação Bluetooth AUBTM-22 (Fig. 5) foi utilizado para permitir essa comunicação [21]. O módulo, por sua vez, comunica-se com o microcontrolador (item b na Fig. 7) do projeto por uma conexão UART-TTL (mostrada em detalhes no diagrama da Fig. 6). 2. Interagindo com o bloco “Display Braille”, enviando-lhe os caracteres a serem lidos pelo usuário e parâmetros de configuração, além de receber informações tais como: estado da bateria e distância percorrida. A interação tablet – Livro (Fig. 3) representa o processo de obtenção do conteúdo que será lido pelo usuário. Isso pode se dar de duas formas: download do texto via rede sem fio (WIFI) ou aplicando um software OCR (Optical Character Recognition) sobre uma imagem de texto capturada pela câmara fotográfica. O software que gerencia a captura da imagem e sua conversão em texto é parte integrante do aplicativo de gerenciamento do PORTÁCTIL. O bloco chamado de Display Braille na Fig. 3 pode ser subdividido conforme mostra a Fig. 4. Nessa subdivisão surgem os blocos Display Eletromecânico (que tem por função reproduzir fisicamente a simbologia Braille), o hardware de controle e a interface de comunicação com o tablet. Esses dois últimos blocos serão detalhados na seção a seguir. Figura 5: Módulo AUBTM-22 [21]. O Hardware do protótipo proposto contém outras quatro partes, mostradas na Fig. 7 e descritas abaixo. • Sistema de Alimentação (a) – responsável por prover tensões adequadas aos periféricos utilizados, bem como carregar a bateria do equipamento; • Sistema de Navegação (c) – responsável por detectar o movimento da mão do leitor; • Sistema de Sinalização (d) – responsável por alertar o usuário sobre o estado do equipamento, como bateria em nível crítico de tensão, pareamento ocorrido com sucesso ou fim de um parágrafo do texto; • Cela Braille (e) – responsável pela função do Display Eletromecânico mostrado na Fig. 4. Figura 4. Diagrama de blocos do Hardware. IV. METODOLOGIA DE PROJETO O projeto foi desenvolvido seguindo os princípios do desenvolvimento ágil aplicado a sistemas embarcados [24] [25] utilizando, como estratégia de planejamento das iterações, bem como de suas subdivisões, a metodologia ROPES [26] (Rapid Object-Oriented Process for Embedded Systems), segundo a visão de processo harmônico (Harmonic/ESW Process) [24]. Cada uma das partes da arquitetura, descrita na seção a seguir, foi desenvolvida em ciclos paralelos de desenvolvimento iterativo (Microcycle), a partir da documentação de requisitos do projeto (Macrocycle) [24]. Dessa forma, ao final de cada iteração, as diferentes partes do projeto puderam ser testadas também em conjunto, ampliando as opções de feedback do processo e, consequentemente, acelerando o processo de desenvolvimento. V. ARQUITETURA DO PORTÁCTIL O padrão Bluetooth foi utilizado para se comunicar com o sistema computacional externo (tablets ou smartphones). O Figura 6: Diagrama de blocos da comunicação Bluetooth. O conversor CC/CC Flyback, mostrado na Fig. 9, foi adicionado ao projeto de forma a suprir as necessidades de alta tensão da tecnologia Piezelétrica [8][20] utilizada no display eletromecânico (Cela Braille). Seu papel é elevar a tensão da bateria para os 200V necessários para realizar o movimento dos pinos. Embora a Cela Braille utilize uma tensão de 200V, não há risco de choque elétrico, pois todos os componentes eletrificados do protótipo são isolados e apenas peças plásticas entram em contato com o usuário. Além disso, a fonte de 200V tem baixíssima capacidade de corrente, incapaz de provocar choque elétrico em seres humanos. O sistema de navegação testado no protótipo é composto pelo mesmo circuito utilizado, em larga escala, pelos mouses ópticos de computador e se conecta ao PIC18F25K22 através do protocolo PS2. Nesse caso, o protótipo deve ser usado apenas sobre superfícies planas com bom índice de reflexão. Figura 7. Visão macro do hardware proposto. Por se tratar de um sistema portátil, os componentes utilizados para a composição de cada bloco do protótipo foram escolhidos visando ao aumento da eficiência energética da aplicação. O sistema de alimentação é composto pelos seguintes componentes: Reguladores de Tensão, Bateria, Carregador de Bateria, Conversor CC/CC. Dois reguladores de tensão foram utilizados. O primeiro, composto por um micro conversor BOOST, fornece a tensão regulada de 5,0V para o sistema, a partir da tensão da bateria, que deverá variar entre 3,3V e 3,9V devido ao processo de descarga. O segundo converte a tensão da bateria para 3,3V, alimentando exclusivamente o módulo Bluetooth. Na Fig. 8, temos o diagrama de blocos desse sistema. Figura 9. Diagrama de blocos do controle das celas Braille. A Cela Braille eletromecânica é o componente responsável por reproduzir símbolos táteis em alto-relevo. Comandados pelo processador, esses símbolos são produzidos de acordo com o padrão Braille. O protótipo conta com três celas Braille piezelétricas (detalhes na Fig. 10) produzidas pela empresa alemã METECAG [19][20], as quais se comunicam com o bloco de controle e comunicação através de interface SPI (Serial Peripheral Interface Bus), tal como pode ser visto na Fig. 9. Figura 8: Diagrama de blocos do sistema de alimentação. Note, ainda, no diagrama de blocos da Fig. 8 a existência de alguns sinais de controle que chegam direto no microcontrolador. O sinal analógico A1 permite ao PIC medir o nível da bateria. O sinal de Controle C1 avisa se a bateria está carregada ou não. O sinal de Controle C2 avisa se o carregador está ou não presente. Figura 10. a) cela Braille da empresa METEC-AG [20]. b) detalhe do acionamento dos pinos com as placas piezelétricas [8]. Já o módulo de sinalização apresenta dois tipos de dispositivos: um sonoro (buzzer) e um táctil, também conhecido pelo nome de vibracall, sendo similar ao encontrado em telefones celulares. O módulo de sinalização tem por finalidade alertar o deficiente visual sobre o estado do dispositivo, como por exemplo, indicar o final de uma linha escrita, avisar que a bateria está com nível crítico de carga, sinalizar que o dispositivo se conectou corretamente com o tablet, dentre outras possibilidades. VI. OS PROCESSOS DE LEITURA E DE ESCRITA O conjunto tablet/smartphone e PORTÁCTIL permite efetuar a leitura de textos previamente armazenados em qualquer um desses dois dispositivos. São as seguintes as etapas do processo de leitura: Figura 12. (a) Vista da caixa e dos componentes internos. 1. Conecta-se o PORTÁCTIL ao tablet/smartphone via Bluetooth. Esta conexão ocorre de forma automática ao ligar o dispositivo. Ao mesmo tempo, a aplicação integrante da solução PORTÁCTIL é ativada no tablet/smartphone. 2. Guiado pelo software e com auxílio do dispositivo em si, o usuário posiciona o tablet/smartphone sobre o texto e captura a imagem/texto (se for o caso). 3. Utilizam-se botões funcionais para selecionar o modo de leitura. O movimento de arrasto da esquerda para a direita significa avançar caractere. Movimento contrário, voltar. A velocidade é determinada pelo próprio usuário. O processo de escrita consiste em digitar na tela de toque. O software de aplicação do PORTÁCTIL oferece retorno audível para que o usuário saiba onde está pressionando. Em dispositivos com tela maior (tablet), existe a opção de teclado QWERTY. Em dispositivos menores, todavia, somente a opção “reglete virtual” está disponível (Fig. 11). A reglete é uma placa de metal com orifícios em uma de suas faces. Ela é usada junto com um punção para escrita em Braille. Durante o processo de escrita, o usuário pode ler o texto digitado através das celas Braille PORTÁCTIL. Figura 11. Reglete na tela de um Smartphone. Tanto na escrita quanto na leitura é possível ouvir pelo sistema de som do tablet/smartphone os caracteres mostrados em Braille. VII. APRESENTAÇÃO O sistema PORTÁCTIL foi prototipado em duas partes. Um software aplicativo em um tablet com sistema operacional Android [22], encarregado de gerenciar todo o processo de leitura e escrita; e um acessório em formato de mouse, composto do sistema eletrônico descrito na seção IV devidamente inserido em uma caixa de resina ABS (Acrylonitrile Butadiene Styrene) medindo 115 x 70 x 22 mm, como mostra a Fig. 12. Figura 12. (b) Vista em Perspectiva do Protótipo Real. VIII. AVALIAÇÃO O protótipo produzido apresenta um consumo médio com todos os periféricos ativos de 40 mA, medidos a partir da bateria. Para suprir essa demanda, foi especificada uma bateria recarregável de Íon Li de 2200mAh, o que implica em uma autonomia teórica de 50 horas. O baixo consumo também melhora bastante a relação capacidade/peso da bateria utilizada e, consequentemente, reduz os custos do projeto. Além do longo tempo de autonomia, a portabilidade do protótipo também foi assegurada pelo seu baixo peso, de apenas 230 gramas. O protótipo foi avaliado, ainda, em suas funcionalidades, por deficientes visuais de diversos níveis de experiência em Braille e no uso de outras tecnologias assistivas. A adaptação ao processo de leitura com o PORTÁCTIL foi imediata. Em testes feitos com usuários deficientes visuais, após 15 minutos de uso do equipamento eles já conseguiram ler o texto de demonstração sem dificuldade. Entretanto, foram identificadas as seguintes limitações: 1. o sistema óptico utilizado não se adéqua bem a todas as superfícies testadas; 2. a utilização de um sensor de movimentação linear "prende" o usuário à utilização de uma superfície, como, por exemplo, uma mesa; 3. a utilização em conjunto com o tablet causa uma dependência deste, o que reduz a mobilidade do sistema. 4. alguns usuários têm dificuldade para ler com apenas três celas Braille. IX. OBSERVAÇÕES FINAIS, CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS No presente trabalho apresentamos o PORTÁCTIL, uma proposta de dispositivo portátil para acessibilidade de deficientes visuais, permitindo tradução dinâmica para o Braille em plataformas móveis (Tablet/Smartphone). A prototipação mobiliza os conceitos de: comunicação sem-fio, gerenciamento de energia, detecção de movimento e acionamento piezelétrico, o que ressalta a necessidade da utilização de uma metodologia de projeto para garantir qualidade dentro de um tempo de desenvolvimento adequado. Nesse contexto, a utilização da metodologia de processo harmônico associada à filosofia de desenvolvimento ágil garantiram ao projeto o atendimento dos requisitos, além de um espaço de trabalho (Framework) dinâmico, onde mudanças de planejamento e a opinião dos usuários puderam ser rapidamente incluídas sem causar grandes atrasos no cronograma. O baixo peso e volume, quando comparados aos concorrentes comerciais, principalmente as linhas Braille, associados à inovação do sistema de navegação sobre o texto, independente da utilização de uma câmera, resultaram em uma boa aceitação pelo público alvo do protótipo, principalmente frente às outras soluções presentes no mercado. A fim de sanar dificuldades relativas ao sistema óptico, estuda-se a sua substituição por um acelerômetro. A mobilidade/autonomia do sistema pode ser aumentada se o(s) texto(s) puder(em) ficar armazenado(s) integralmente no PORTÁCTIL. Para isso, estão sendo incorporados cartão de memória e CODEC para áudio. Para aumentar a flexibilidade, estuda-se portar a aplicação do tablet/smartphone para outros sistemas operacionais embarcados, tais como o IOS [23] e o Linux. REFERÊNCIAS [1] [2] [3] [4] Velazquez R; Hernandez H; Preza E; “A portable eBook reader for the blind,” 2010 Annual International Conference of the IEEE Engineering in Medicine and Biology Society (EMBC), Buenos Aires, Argentina, pp. 2107-2110, 2010. Sugino, T.; Asaka, K.; “Fully plastic actuators based on ionic-liquidbased bucky-gels and their applications to Braille display”, 2011 Proceedings of SICE Annual Conference (SICE), Tokyo, Japan, pp. 1696-1697, 2011. 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