estrategia de funcionamento
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estrategia de funcionamento
ESTRATÉGIA DE FUNCIONAMENTO DA TRANSMISSÃO DPS6 DE DUPLA EMBREAGEM DA FORD, APLICADA NOS VEÍCULOS ECOSPORT E NEW FIESTA MODELO 2013. A FORD desta vez está causando uma verdadeira revolução no campo das transmissões automáticas e automatizadas ao redor do mundo. Ela introduziu no mundo, no ano de 2013, e particularmente no Brasil, a transmissão automatizada DPS6, de controle eletrônico com seis marchas à frente mais a Ré, de dupla embreagem a seco. Na verdade, a transmissão automatizada DPS6 é uma transmissão manual convencional, que não exige que o motorista acione um pedal de embreagem para mudança de marchas. A transmissão opera sem a interrupção de torque, causada pelo pedal de embreagem, que era a principal desvantagem da transmissão manual. Assim como numa transmissão manual convencional, as marchas são compostas por pares de engrenagens com entrada de força por eixos primários independentes e eixos de saída independentes, conforme mostra a figura 1. Para o usuário, a transmissão troca de marchas exatamente como uma transmissão automática, sem interrupções de torque, e a alavanca seletora se parece exatamente como uma alavanca seletora de cambio automático normal. A Alavanca tipo SELECT-SHIFT possui as seguintes posições: P – Park R – Reverse N – Neutral D – Drive (Mudança automática de todas as marchas) S – Modo Esportivo e Mudança Manual (TipTronic). A Alavanca seletora O/D possui as seguintes posições: P – Park R – Reverse N – Neutral D – Drive (Mudança automática de todas as marchas, com cancelamento da sobremarcha) L – Modo Baixa (somente primeira reforçada aplicada) O módulo de controle da transmissão (TCM) aplica a primeira marcha e a marcha a Ré enquanto o veiculo ainda está em Park. Isto fornece reação rápida na saída do veiculo. As principais seguintes: características desta transmissão são as Seis marchas à frente e uma à Ré. Embreagem dupla a seco com ajuste de desgaste controlado. Eixo primário dividido em duas partes. Dois eixos de saída com pinhões de tamanhos e relações diferentes para se obter duas relações do diferencial. Somente uma coroa. Embreagem atuada eletromecanicamente e sistema de engate de marchas adaptado para uma transmissão híbrida. Figura 2 Figura 3 Figura 4 A transmissão DPS6 possui dois conjuntos de engrenagens independentes (figura 2) Enquanto o veiculo se movimenta, uma embreagem está acoplada transmitindo movimento ao eixo primário número 1, enquanto que a outra está desacoplada, embora a marcha imediatamente superior já esteja engatada no outro eixo de entrada (primário 2). O eixo de entrada é dividido desta maneira em duas partes, e é o coração deste tipo de transmissão. Ele consiste de um eixo oco de entrada externo, e um eixo de entrada maciço interno (figura 3). O eixo de entrada oco externo transmite força às marchas pares (2ª, 4ª, 6ª e Ré) através de uma engrenagem intermediária, enquanto que o eixo interno maciço transmite torque às marchas ímpares (1ª, 3ª e 5ª). Esta transmissão utiliza um sistema de sincronização tanto duplo como simples. As marchas 1,3,4,5,6 e Ré utilizam cone simples, enquanto que a 2ª marcha utiliza sistema de sincronização por cone duplo.O motor atuador da embreagem dupla número 1 atua no acionamento da 1ª, 3ª e 5ª marchas através de um atuador eletromecânico por alavanca (figura 4). O motor atuador da embreagem dupla número 2 atua no acionamento das marchas 2,4,6 e Ré através do mesmo sistema de atuador por alavanca. (Figura 5) Figura 5 Figura 6 Figura 7 DUPLA EMBREAGEM O sistema de dupla embreagem é um platô duplo de embreagem a seco, com ajuste de desgaste independente (Figura 6). As embreagens estão desacopladas em seu estado de repouso. As embreagens duplas são acionadas através de dois atuadores eletromecânicos de alavanca, operados por dois rolamentos e dois discos de apoio (figura 7). O disco de apoio e respectivo rolamento número 1 atua na placa de pressão para as marchas ímpares, ou seja, 1ª, 3ª e 5ª (eixo sólido central). O disco de apoio e rolamento número 2 atua na placa de pressão para as marchas pares 2ª, 4ª e 6ª mais a Ré (eixo oco externo). O torque do motor é transmitido através dos discos de embreagem, com uma disposição de montagem paralela para as duas sub-transmissões. Por razões de segurança a embreagem dupla é projetada para estar liberada em seu estado de repouso. Este tipo de embreagem é chamada como “embreagem ativa”. Em uma embreagem ativa, a pressão de contato é igual a zero se nenhuma força ou força mínima é aplicada às molas da alavanca que aciona o garfo. As embreagens são equipadas internamente, com um sistema de ajuste de desgaste de curso para manter estável, os programas de acionamento dos atuadores dentro de limites estreitos. Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 As marcas de alinhamento são fundidas na carcaça. A força necessária para acionar as embreagens é fornecida por uma mola de compressão através do sistema mecânico do atuador da alavanca (Figura 8). Esta força age sobre a extremidade externa da alavanca de engate. Ela possui a forma de um balancim (Figura 9). Os roletes formam o ponto central de contato da alavanca de engate. Os motores de corrente contínua, sem escovas, dos atuadores das embreagens são aparafusados diretamente na carcaça da transmissão (capa seca da embreagem). Os motores dos atuadores geram a barra roscada do parafuso esférico utilizando-se dos dentes para exercer movimento, semelhante à um sistema de direção pinhão/cremalheira. Quando o motor acionador de corrente contínua está desligado, a embreagem é liberada. Para aplicar a embreagem, o Módulo de Controle da Transmissão (TCM) alimenta o motor atuador da dupla embreagem. Para manter a embreagem aplicada, o TCM aplica uma corrente de manutenção ao motor atuador DC. Assim que o TCM desliga a corrente de manutenção, as molas da alavanca voltam à sua posição e a embreagem é liberada. A unidade de controle e os dois motores elétricos sem escovas que acionam as embreagens são parte integrante do Módulo de Controle da Transmissão (TCM). (Figuras 10 e 11) A função primária do TCM é coletar os sinais de entrada dos vários sensores, avaliar estes sinais e controlar os atuadores de acordo com seus cálculos. O TCM deve ser substituído como uma só unidade. Dependendo da posição do pedal do acelerador e da demanda do motorista, a embreagem da marcha atuante é liberada, enquanto que, ao mesmo tempo, a embreagem da marcha pré selecionada é aplicada. Esta sobreposição das embreagens acarreta somente uma perda mínima do torque durante as mudanças. Ajuste do cabo seletor de Mudanças. Aqui demonstramos como efetuar o ajuste do cabo seletor: 1. Certifique-se que a alavanca seletora esteja em “D”. 2. Destrave a orelha de travamento no cabo da alavanca seletora puxando-o para cima (Figura 12). 3. Verifique a posição da alavanca do eixo seletor. Existem marcas na carcaça e na alavanca. Ajuste-a de maneira que as marcas se alinhem corretamente. (Figura 13) 4. Trave a orelha de travamento do cabo da alavanca. 5. Verifique se o veiculo somente permite a partida em PARK e NEUTRO e as lâmpadas de Ré acendem na posição REVERSE. 6. Utilizando um scanner apropriado, navegue até o sub menu de Aprendizado adaptativo do TCM. PCM Transmissão Teste do sensor de velocidade Selecione o respetivo sensor de velocidade Siga as instruções que aparecem na tela do scanner. Nota: Estes passos são para execução de um ciclo de funcionamento. Para executar um ciclo de funcionamento, dirija o veículo em uma superfície nivelada. Se um ciclo de funcionamento não for completado, o cliente poderá reclamar de mudanças erráticas e problemas de dirigibilidade. 1. Aplique o freio de serviço (Não utilize o freio de estacionamento). 2. Mude a alavanca para DRIVE. 3. Aguarde 15 segundos. 4. Mude para REVERSE 5. Aguarde 2 segundos. 6. Repita os passos de 1 a 5, dez vezes. 7. Acelere desde a parada total com leve aceleração até 24 km/Hora. 8. Freie gentilmente até a parada completa do veiculo. (Aguarde pelo menos 6 segundos nesta posição). 9. Repita os passos 7 e 8 cinco vezes em uma área de estacionamento ou similar. 10. Acelere levemente desde a parada total. Faça as mudanças 1-2, 2-3, e 3-4 mantendo 1700-2000 RPM. 11. Acelere entre 80 a 105 km/h, mude para 6ª marcha, mantenha o acelerador constante com o motor abaixo de 3000 RPM por pelo menos dois minutos. 12. Repita o passo 11 duas vezes. 13. Faça um teste de direção com o veículo. A transmissão FORD DPS6 de dupla embreagem possui um funcionamento muito bom. O tempo dirá se a transmissão é durável, e quanto tempo levará até que ela apareça nas oficinas. Até lá, mantenha a atenção nas novidades que a tecnologia nos fornece no dia a dia. Redação: APTTA Brasil – Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática. www.apttabrasil.com