jornalc-edicao-19-setembro-2014

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jornalc-edicao-19-setembro-2014
1971 - 2014
QUINZENÁRIO | 19 DE SETEMBRO DE 2014 | Nº 1574 | ANO XLIII | DIRECTORA: ELSA GUERREIRO CEPA | WWW.JORNALC.PT | PREÇO ANUAL: 30€
1€
festa das solhas
reGista eM 2014
reCordes de afluênCia
CâMara só paGa
passeio a alGuns
dos pensionistas e
reforMados do
ConCelho de
CaMinha
DESTAQUE
boavista
esColheu
CaMinha para
estaGiar
CaMinha e
la Guardia
Cada vez Mais
afastadas
PÁG. 4/7
Grande trail
da serra d´arGa
FOTO : ANTÓNIO
GARRIDO
afirMa-se CoMo uMa
das Melhores provas
da Modalidade PÁG. 10/11
“Temos a sensação de que estamos a voltar para trás”. A frase, proferida no sentido literal mas também figurado, foi ouvida em dois países
distintos, em duas diferentes línguas, por dois povos que se miram todos
os dias e que, nas últimas décadas, estavam habituados a estar a nada
mais do que cinco minutos de distância. Agora, na Era do instantâneo,
estão mais longe do que nunca.
tornado destrói vilar de Mouros
Carpinteira seGura distrital
do ps de viana do Castelo
PUB.
PÁG. 8/9
festas da sra.
da bonança
inundadas
por multidão
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Membro do
Governo
visita
empresa em
Viana do
Castelo
O Vice Primeiro-Ministro,
Paulo Portas, visitou nos primeiros dias de Setembro a Europac, empresa instalada em
Viana do Castelo. A ocasião foi
aproveitada para anunciar um
novo investimento na qualificação ambiental da empresa.
A visita, na sequência de um
investimento anunciado pelo
Conselho de Ministros para o
reforço da Europac (antiga Portucel Viana) no valor de 88 milhões de euros e que permite
a consolidação desta empresa
de produção de papel kraftline, serviu para dar conta do sucesso desta empresa com 318
trabalhadores.
A Europac foi fundada em
1973 e iniciou laboração em
Viana do Castelo sob a denominação de Portucel Viana. Hoje,
a empresa afirmou-se já como
o quarto maior produtor europeu de cartão canelado e a Europac, o grupo espanhol que
desde 2005 detém a empresa,
aposta em tornar a fábrica minhota na primeira da Europa,
sendo líder do mercado do sul
da Europa.
A Europac Viana foi distinguida em 2013 pelo Kaisen
Institute na categoria de “Excelência no Sistema de Melhoria Contínua”, premiando
assim esta inovadora unidade
fabril que, ao longo dos últimos dez anos, investiu cerca de 150 milhões de euros
na modernização e na optimização e alargamento da sua
actividade, não só na área de
fabricação de papel de embalagem, mas também na produção de energia por biomassa florestal.
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DISTRITOCAMINHA
FOTOS : ANTÓNIO GARRIDO
CAMINHA
Acidente ensombra
procissão naval
da Sra. da ìnsua
Aquele que é, por muitos, considerado o ponto alto das
festas em honra a Nossa Senhora da Bonança ficou este ano
marcado por um susto. Uma das embarcações que participava na procissão naval de Nossa Senhora da Ínsua, no dia
11 de Setembro, sofreu um acidente, com todos os tripulantes a mergulharem no mar.
Já ia em alto mar quando a Nova Rania, uma embarcação
de pesca registada no porto de Caminha, virou-se, atirando
à água os 10 tripulantes, na maioria romeiros que nunca antes tinham navegado. Primeiro foi uma onda que entrou pela
proa do barco, apanhando desprevenidas as pessoas que iam
sentadas naquela parte, atirando com uma à àgua. Depois,
o medo apoderou-se dos restantes tripulantes que recuaram e fizeram com quem o pequeno barco de pesca virasse.
Alberto Lima, um ancorense emigrado na Suíça, vem todos os anos à terra natal por altura das festas da Sra. da Bonança. Este ano não ganhou para o susto. Era um dos tripulantes do Nova Rania. “Veio uma onda da parte frontal,
depois veio logo a segunda e o barco começou a afundar,
mas fomos todos salvos por outra embarcação que estava
mesmo ao nosso lado. Foi um grande susto”.
A filha também não esquece o episódio. Tânia também
viajou da Suíça para, pela primeira vez, participar na procissão naval. Nunca mais vai esquecer a experiência: “foi
o pior momento da minha vida. Foi muita aflição. Ficámos
debaixo do barco. Os barcos que iam ao lado, toda a gente nos ajudou”.
Foi maior o susto do que o acidente. O comandante da Capitania do Porto de Caminha e da Polícia Marítima explicou ao jornal C - O Caminhese que todos os anos é desenhado um dispositivo de segurança para acompanhar esta
procissão naval, que “decorre da vontade popular com motivações religiosas”.
Segundo revelou Gonzalez dos Paços, a acompanhar a
procissão iam duas embarcações semi-rígidas e duas motos de água da Polícia Marítima e um bote dos Bombeiros
Voluntários de Caminha. Foram esses meios e as outras
embarcações que participaram no cortejo que rapidamente socorreram as vítimas, que não estiveram mais do que
alguns minutos dentro de água. “São situações excepcionais que são contrabalaçadas com medidas de segurança
excepcionais”.
Apesar de admitir o excesso de lotação como uma “medida excepcional”, a Polícia Marítima está a realizar um “inquérito exaustivo” para tentar apurar o que aconteceu, não
descartando a possibilidade de haver matéria contra-ordenacional ou até mesmo penal.
Certo é que o Nova Rania não continuou o cortejo, tendo
sido imediatamente rebocado para Caminha por outro barco e os tripulantes seguiram viagem a bordo de outras embarcações encharcados até aos ossos.
Já em Vila Praia de Âncora, as autoridades juntaram-nos
para confirmar que estavam todos e averiguar se alguém
precisava de cuidados médidos, o que acabou por não ser
necessário.
“Valeu-nos a Senhora da Bonança”, confessou uma das
vítimas.
Atletas
de clube de
Caminha
obrigados
a desistir
do Tor de
Geants
O sonho acabou por resvalar
pelos Alpes abaixo. Joaquim
Sampaio e Pedro Gonçalves,
atletas do coube caminhense de
trail Desnível Positivo, acabaram por ter de desistir do Tor
de Geants, que decorreu de 7
a 14 de Setembro nos Alpes
italianos e suíços.
Pedro Gonçalves, com 41 anos,
e Joaquim Sampaio, um atleta com 67 anos, iniciaram com
coragem a ultra das ultra-maratonas, com 333 quilómetros e
24 mil metros de desnível positive, com várias passagens
acima dos três mil metros de
altitude.
Mas, a sorte não lhes bateu à
porta. Apesar de bem preparados
e de expectativas elevadas, duas
lesões puseram os atleta do clube de Caminha forma da prova.
“Tanto eu como o Joaquim Sampaio fomos forçados a desistir
por questões físicas, por pequenas lesões que foram impeditivas de continuarmos”, explicou, ao telefone, o atleta Pedro
Gonçalves. Ele teve uma entorse. Joaquim Sampaio, que cumpria um sonho, também foi obrigado a desistir devido a lesão na
coxa, mas “nada muito grave”.
Pedro lamentou a má sorte,
até porque “estava a fazer uma
gestão da prova tal e qual tinha
sido programada”. Se nada tivesse acontecido, o atleta acredita que conseguiria acabar bem
classificado. Mas, como sublinhou, “não vale a pena chorar
sobre o leite derramado”.
A classificaçãoo final do Tor
de Geants pode ser consultada
em: http://www.100x100trail.
com/it/content/classifica-tordes-geants-2014
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Tornado destrói
Vilar de Mouros
O mau tempo que se fez sentir
na madrugada da última Quarta-feira provocou vários estragos na freguesia de Vilar de
Mouros, no concelho de Caminha. Chuva e ventos fortes
provocaram a queda de árvores e postes de electricidade e
deixaram algumas casas sem
telhado. “Houve outras estruturas que sofreram com isto,
que nós pensamos ter-se tratado de um tornado. Não temos a certeza, porque foi de
noite, mas, pelas características, foi um tornado que varreu
Vilar de Mouros”, assegurou
ao jornal C- O Caminhense o
autarca local.
No centro da freguesia, o largo
do festival, foi o mais afectado
pelo fenómeno que, Carlos Alves, com 62 anos, nunca antes
viu. “Isto é uma situação muito
esporádica de que aqui não há
memória e espero que não volte a acontecer porque foi muito
mal. Com a minha idade não me
recordo de uma situação destas”,
garante o presidente da Junta.
Nessa mesma manhã, começaram imediatamente os trabalhos de limpeza, porque houve
“estradas que ficaram obstruídas”, obrigando à chamada dos
bombeiros e protecção civil.
Uma equipa da Câmara e outra
da Junta puseram mãos à obra
para tentar reparar o mais rápido possível os estragos provocados pelo mau tempo que se
abateu sobre Vilar de Mouros..
Eleições para confraria
de Caminha geram
demissões e polémica
As eleições para a direcção
da Confraria do Bom Jesus
dos Mareantes de Caminha
continuam a provocar ondas
de choque. Em nota enviada à
redacção do jornal C- O Caminhense, Fernanda Silva, 1ª Secretária da Direcção, anunciou
que se demitiu e que apresentou queixa às autoridades por
“injúrias e tentativa de agressão não consumada por parte do Presidente da Direcção
da Casa de Repouso” daquela
confraria. O Jornal C- O Caminhense não conseguiu ouvir em tempo útil o presidente.
A secretária da Direcção promete ainda comunicar aos confrades os promenores “detalhadamente e em momento
oportuno”, estando agora a
“tomar diligências junto das
devidas instâncias judiciais”..
Caminha
recebe Pitch
a 3 e 4 de
Outubro
Guillermo Heras
Regressa a Viana
O premiado encenador e pedagogo espanhol Guillermo
Heras vai orientar um Workshop de Teatro no Centro Dramático a partir de hoje e até Domingo na Sala de Ensaios
do Teatro Municipal Sá de Miranda.
A companhia de teatro de Viana do Castelo assume tratarse de uma “grande oportunidade de aprendizagem para profissionais e amadores, numa iniciativa que contará também
com a participação do elenco do CDV”.
Com a duração de 12 horas (Sex 21h-00h; Sáb 15h-18h e
21h-00h; Dom 15h-18h), esta acção de formação possibilita a inscrição como formando ou como assistente das sessões de trabalho, numa iniciativa que marca o regresso de
Guillermo Heras ao CDV.
Boavista escolheu
Caminha para estagiar
Caminha foi o
município escolhido
pelo Boavista para
a realização de um
curto estágio em
início de época. Nos
treinos de preparação,
que foram realizados
no estádio Morber
nos primeiros dias
do mês, estiveram
os 29 jogadores do
clube (27 profissionais
e dois ex-juniores),
acompanhados da
respectiva equipa
técnica.
Em nota enviada à imprensa,
fonte da Câmara de Caminha
garantiu que a presença de todo
o plantel do clube no município da foz do Minho decorreu
de uma parceria com a autarquia caminhense.
O objectivo da paragem de
três dias desta equipa da cidade do Porto em terras do Alto
Minho consistiu, segundo fonte do Boavista, em “aprofundar a preparação do grupo e
tornar mais rápida a adaptação de todos os jogadores que
não participaram no estágio de
pré-época efectuado em Alfandega da Fé”.
O Boavista Futebol Clube é
uma equipa que tem neste momento16 modalidades em actividade e tem cerca de 24 mil
associados.
O vereador caminhense do Desporto confirmou, em declarações
ao Jornal C- O Caminhense, ser
uma aposta da autarquia na promoção do concelho como local
de eleição para o desporto outdoor. Rui Teixeira defendeu que
Caminha tem “condições de excelência para a prática de desportos e para a realização de estágios”, revelando-se a escolha
do Boavista para fazer um estágio de preparação para início de
época “muito importante”. “Dá
visibilidade a Caminha”.
O autarca só lamenta não ter
um campo com relvado natural
porque “atrairia ainda muitas
mais equipas”. De resto, todas
as condições estão reunidas:
as equipas podem hospedarse numa das muitas unidades
hoteleiras do concelho, passear pela mata nacional do Camarido, exercitarem-se no estádio Morber e comerem nos
restaurantes locais.
Esta não é a primeira vez que
uma equipa do primeiro escalão
ou uma seleção nacional escolhe
Caminha para estagiar. A seleção nacional de seniores femininos de basquetebol também
escolheu aquelas paragens em
Junho, tal como no início do ano
a seleção portuguesa de futsal.
Primeira edição de Pitch em
Caminha realiza-se nos próximos dias 3 e 4 de Outubro, no
Pavilhão Municipal, e promete
ajudar 100 dos mais singulares talentos a apresentarem as
suas propostas de valor a cerca de 40 empresas nacionais e
multinacionais conceituadas.
Esta edição do Pitch será promovida pelo CLDS+Caminha,
do Centro Social e Paroquial
Nossa Senhora da Encarnação, em parceria com a Câmara Municipal de Caminha
– Rede Social de Caminha, e
dinamizada pela Spark Agency,
a agência de Miguel Gonçalves, com o objetivo de aproximar os participantes do mercado de trabalho e levá-los a
compreender quais os vectores e as competências relevantes para as empresas.
O Pitch Bootcamp é um acelerador de competências que,
ao longo de dois dias, aproxima 100 participantes (activos
desempregados do concelho de
Caminha) e 40 empresas, num
ambiente de trabalho intenso
e focado na criação de oportunidades. Já com alguma tradição em algumas cidades do
país, o Pitch Bootcamp criou,
até hoje, mais de 600 postos de
trabalho e aproximou 2000 jovens a mais de 700 empresas.
O formato é radicalmente
diferente do vivido numa entrevista de trabalho convencional e permite aos participantes contactar com os
Quadros Executivos e de Direcção (Directores de Recursos Humanos, Marketing e
mesmo CEO, entre muitos
outros) que representam as
empresas. Esta é uma oportunidade única para os participantes conhecerem e se
apresentarem a pessoas que
estão no mercado e conhecerem as suas exigências.
O ambiente vivo é entusiasmante e, ao longo dos dois dias,
os bootcampers trabalham e desenvolvem um modelo para as
suas carreiras.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
D
E
S
T
Vozes e rostos
de La Guardia
Ana Garcia
restaurante
Trasmallo
Angel - taperia
/restaurante
Arruaz
“De uma forma geral, nota-se um impacto
negativo no negócio de toda a vila. A visita
dos vizinhos de Caminha diminuiu muito.
Diminuiu porque temos de ir até Cerveira e depois voltar para trás, para chegar a
La Guardia. Nos negócios, a inactividade
do ferry significa uma perda de uns 21%.
Por pequena que seja a perda, é significativa porque os negócios vão mal e notase cada cliente que se perde.
Se começamos a pôr barreiras em vez
de pôr pontes, vamos mal.
O ferry morreu. Junto com outros empresários da hotelaria já fizemos várias
tentativas para tentar que continuasse a
funcionar. Tivemos reuniões com o município, quando se fez a última dragagem, para que o processo não terminasse. Pedimos ao nosso alcaide para que
fizéssemos força em Madrid e na Junta
da Galiza para avançar com mais dragagens, mas que não esquecesse de tentar
conseguir outra embarcação mais ágil,
mais ligeira e economicamente viável.
Sabemos que o actual ferry não tem
razão de ser porque não podemos continuar a gastar dinheiro da Europa, que
no fundo é o nosso dinheiro, para voltar de novo a dragar ao fim de um ano.
Temos de procurar outras soluções, outras alternativas.
Vemos que não se trabalhou, mandam-se
mensagens parecendo que estão a mentalizar a população para a morte do ferry.
O triste é que eu vou a Tui ou a Valença
e conheço mais estabelecimentos e mais
gente do que em Caminha, que, de ferry, está a cinco minutos. Isso não pode
ser. Antigamente conheciam-se melhor
os povos e agora, tendo mais meios, estamos mais distantes: em idioma, em
cultura e em negócio.
Uma das coisas que disse o nosso presidente da Câmara foi que, nos 20 anos de
ferry, não há dados sobre o perfil dos utilizadores daquele meio de transporte. Era
importante saber a idade, a razão por que
utilizam aquele serviço, a periodicidade
com que o utilizam. Esses estudos são os
que te vão dizer se o ferry vale a pena ou
se há que investir noutro tipo de solução.
Não há nada! Não há nada, nem se quis que
houvesse, nem houve interesse em fazê-lo.
Nós queremos o ferry. Somo europeus.
Tirou-se o muro de Berlin e tiraram-se mil
barreiras e aqui temos uma barreira que é o
rio, quando tinha de ser um elo de ligação”
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“Aqui, em La Guardia, temos notado que
não há tantos clientes portugueses, o que
nos tem afectado bastante. Perdemos a
metade, ou mais, dos nossos clientes portugueses. Não sei se devido ao ferry, se à
crise, mas a verdade é que afecta bastante.
O que temos ouvido é que se divide a culpa entre La Guardia e Caminha sobre quem
se encarrega de dragar o canal do ferry.
A ligação do ferry entre as duas vilas é
muito importante, razão pela qual deveriam pôr-se em contacto.
As pessoas, para não fazerem muitos quilómetros de carro, é uma razão para não virem a La Guardia ou não irem a Caminha”.
David
restaurante
Bahia
“Eu não sei se é pelo ferry, se é pela crise económica actual, mas sim que se notou uma diminuição no número de turistas
portugueses. Eu diria que houve quebras
na ordem dos 40%.
A situação do ferry preocupa-nos porque
é um meio de passagem, mas só sabemos
o que se passa através da imprensa. O município não nos tem comunicado nada”.
José Rubio
português natural
de Lisboa que vive
em La Guardia
há 12 anos
“Há dois anos tiraram a areia toda do rio
e voltou ao mesmo. Isso não é solução. A
solução era uma ponte.
Os municípios de La Guardia e Caminha
têm uma relação muito chegada, que se está
a perder porque não chegam a um acordo.
Os portugueses em geral, e os caminhenses em particular, têm deixado de vir a La
Guardia. Há meia dúzia de anos, os portugueses vinham aqui comer. Você vinha
aqui a um Sábado ou a um Domingo e não
conseguia entrar com tanto português que
vinha aqui comer, e agora não se vê isso.
Isto é mau para toda a gente.
Não se vê empenho nem de um Governo
nem do outro em tentar resolver a situação. No meio disto tudo, quem é o prejudicado? É o povo, nada mais!”
Caminha e
La Guardia
cada vez mais
afastadas
“Temos a sensação de que
estamos a voltar para trás”..
A frase, proferida no sentido literal mas também figurado, foi ouvida em dois
países distintos, em duas diferentes línguas, por dois povos
que se miram todos os dias
e que, nas últimas décadas,
estavam habituados a estar a
nada mais do que cinco minutos de distância. Agora, na
Era do instantâneo, estão mais
longe do que nunca. Desde
Abril que o ferry-boat Santa
Rita de Cássia, que liga Caminha a La Guardia, que não
sulca as águas do rio Minho.
A embarcação não navega há
quase cinco meses, primeiro para renovação do certificado de navegabilidade, depois para limpeza da entrada
do cais de atracagem português. Nas duas margens do
rio, os povos protestam, acusando as autarquias de não se
esforçarem para resolverem
o problema. Os empresários
falam em quebras significativas nos negócios, estando
a continuidade de muitos deles em risco. Houve já quem
despedisse funcionários e há
quem equacione encerrar portas (ler caixas de texto nestas
duas páginas).
Se as dificuldades de navegação da embarcação estão, sobretudo, relacionadas com o
canal que está constantemente
assoreado e que os municípios
dizem não ter meios nem dinheiro para dragar, agora o ferry foi forçado a parar para que
a Câmara de Caminha pudesse
limpar a entrada do cais português, totalmente assoreado.
Em Julho, a autarquia portuguesa adjudicou a empreitada
a uma empresa espanhola. A
intervenção deveria ter ficado
concluída nesse mesmo mês,
mas o prazo foi adiado para
Agosto. Os dias foram passando, a intervenção está ainda
muito longe de estar terminada e não é apontada qualquer
data para a conclusão da obra.
O problema foi abordado numa
das primeiras reuniões de Câmara de Setembro pelos vereadores social democratas, que
não têm pelouros no executivo.
Flamiano Martins lamentou a
situação e lastimou aquilo que
disse ser a “falta de comunicação entre o executivo e os em-
presários de Caminha”. Autarcas e empresários só souberam
que a intervenção não tem data
de conclusão por declarações
que o presidente da Câmara
fez à agência Lusa. Miguel Alves escolheu aquele meio para
anunciar que o ritmo de execução está a protelar a entrega
da empreitada e a deixar Caminha sem ligação à Galiza.
Confrontado com estas declarações à imprensa, Miguel Alves explicou aos representantes
dos munícipes que a obra de
limpeza da entrada do cais de
Caminha foi entregue à empresa que apresentou o preço mais
competitivo, mas acabou por
verificar-se que não tem capacidade para concluir os trabalhos no tempo previsto.
O autarca admitiu que estão a ser estudadas três hipóteses para resolver o problema: denunciar o contrato
com a empresa espanhola; ou
permitir que continue a fazer
o trabalho ao ritmo habitual
sem data para a conclusão.
Está ainda a ser estudada a
realização de uma intervenção no local, cofinanciada
pela Agência Portuguesa do
JORNAL
A
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Q
U
E
Vozes e rostos
de La Guardia
Jesus
restaurante
Gaviota
“A inactividade do ferry tem provocado um grande impacto no meu negócio.
Tenho tido menos 30% de portugueses.
Tenho acompanhado a situação com preocupação porque não encontram uma solução para o problema”
Carmen Vaz
restaurante
Alborada
Ambiente.
Segundo Miguel Alves, esta
última hipótese é a única forma possível de avançar mais
rapidamente com uma limpeza de maior envergadura.
“Tenho conversado com a
Agência Portuguesa do Ambiente e o que eles me têm
dito é que estão a tentar encontrar uma solução”, admitiu, sublinhando que “só
uma solução financiada é que
nos permite ir a um exercício de limpeza mais forte e um outro tipo de contratualização”. “Para já, o
que está a acontecer é que a
empresa que ali está continua a tentar fazer o seu trabalho e tentar ver se alcançamos resultados”.
O autarca revelou também
que La Guardia não divide
as despesas provocadas por
esta limpeza da entrada do
cais de Caminha, algo que
a vereadora do PSD Liliana Silva lamentou. A autarca defendeu que se os espanhóis já tivessem pago o
que devem, Caminha teria
dinheiro para avançar com
uma intervenção de outra
envergadura.
La Guardia remete
responsabilidades
para os governos
centrais
Silêncio. É a resposta de La
Guardia sobre as dívidas que
tem com Caminha respeitantes à exploração do ferry.
Confrontado pelo jornal C- O
Caminhense sobre a paragem
da embarcação e o impacto
nas economias dos municípios dos dois lados da fronteira, José Manuel Freitas remete responsabilidades para
os governos de Lisboa e Madrid, garantindo que os executivos dos dois países não
estão minimamente interessados em manter a ligação de
Caminha a La Guardia e que
tudo estão a fazer para que
“acabe por morrer”.
Descartando qualquer responsabilidade no processo, o autarca afirma uma e outra vez que
“este é um problema que têm
de resolver Madrid e Lisboa”.
“No mês de Maio tanto eu como
o presidente da Câmara de Caminha enviámos cartas tanto ao
Ministério do Ambiente português como ao Meio Ambiente e Fomento espanhol reclamando-lhes uma entrevista.
Não tivemos qualquer tipo de
resposta”, justifica José Manuel Freitas.
“O problema principal é que não
há canal por onde o barco possa navegar”, diz o autarca galego que, em 2011, “convenceu” o
governo de Madrid a fazer uma
“dragagem pontual”, mas “sem
que os governos de Lisboa e Madrid garantam a manutenção anual do canal do ferry, a ligação será
inviável”. “O que não podemos
é continuar a oferecer um mau
serviço como temos vindo a fazer há mais de um ano, em que
o ferry só funciona normalmente quando há maré alta”, enfatiza.
Em relação à actual paragem
do ferry, o autarca galego diz que
tem sido informado pelo seu congénere português dos trabalhos
que estão a ser realizados – “coisa que não deveriam ter de fazer
Caminha e La Guardia. Isso é
competência dos ministérios do
Ambiente português e espanhol”
– e admite os “impactos negativos” na economia daquela município decorrentes dessa paragem.
“O facto de o ferry não estar a navegar
tem impacto negativo nos nossos negócios
porque impede muita gente de aqui chegar.
Se estão a pensar almoçar às 14h30 e têm
de dar uma volta de quase uma hora decidem ficar pelo caminho,, já não vêm cá.
Não tenho recebido qualquer informação da autarquia de La Guardia sobre este
problema. A falta de interesse por parte
da classe política é total.
A solução é continuar a dragar. Se o ferry
funciona há 20 anos é porque se fez bem,
agora não funciona porque não se está a
fazer o que se deve. Ou porque não se está
a fazer absolutamente nada.
Parece que não querem que Galiza e Portugal mantenham as relações que tiveram
toda a vida”.
Xavier
restaurante
Bitadorna
“Claro que temos sentido o impacto negativo resultante da paragem do ferry. O
impacto é negativo, negativo, negativo.
Esperamos que solucionem o problema
o quanto antes e, pelo menos, que não o
deixem morrer, porque é o que tudo indica.
Temos registado 20% menos de portugueses”.
Juan- habitante
de La Guardia
“ Às vezes venho aqui tomar algo, chegam aqui os carros e batem com o nariz
na porta porque não há ferry.
Quando o ferry funcionava, costumava ir
com frequência a Caminha. Deixava aqui
o carro e ia a Caminha, a Viana, a Âncora, onde tenho amigos, às vezes íamos a
Ponte de Lima comer e agora, normalmente, vou a Vila Nova de Cerveira. Sobretudo ao Sábado para aproveitar a feira. Deixei de ir para os lados de Caminha.
A distância torna-se muito grande, tens um
carro, tens o combustível, fica muito caro.
No dia 20 e tal de Agosto a autarquia ainda dizia que o ferry estava a funcionar”.
Loli- bar
no cais do
ferry em
La Guardia
“ Tenho este quiosque há um ano e tal.
Desde que o ferry parou, o movimento
diminuiu muito. Vem muita gente, mas,
como não há ferry, vai-se embora.
Até agora ninguém me explicou a razão
de não haver ferry. As únicas explicações
que há são as que estão ali afixadas pela
autarquia e não há nada mais.
Já estou a pensar fechar o negócio, porque a gente vem mas não pára. Como não
há ferry, vai-se embora.
Não nos dizem nada. As pessoas vão ver
na internet e as informações disponíveis
é que o ferry continua a funcionar. Até há
um mês, ligavam à autarquia e informavam que estava a funcionar quando já não
estava. Sobretudo autocarros que vinham
de Santa Tecla e de Baiona”.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Vozes e rostos
de Caminha
Jorge Tomás
pastelaria Docelandia
“O impacto é bastante grande, visto não termos a visita aqui
dos nossos amigos de La Guardia. Registamos quebras de cerca de 80% no negócio com os galegos. Os mais próximos de
nós vinham quase sempre à Quarta-feira e ao fim-de-semana
e agora não vêm porque a volta é muito maior. Toda a gente
se queixa da falta de galegos.
O ferry faz bastante falta aqui a Caminha. Desde Abril até
agora, são quase cinco meses. Era para estar a navegar na se-
mana a seguir e hoje ainda não anda.
A autarquia não me tem dito nada sobre o problema. O que
ouço é na Rádio Caminha.
Uma ligação à Galiza é muito importante, seja pelo ferry,
seja de outra forma qualquer.
Se o ferry não voltar a navegar, vai ser muito mal. Vem aí o
Inverno e vai ser complicadíssimo”.
Angela - agricultora
que vende no
mercado de Caminha
há vários anos
Ana - loja de desporto
Planeta D
“A paragem do ferry tem provocado um impacto negativo no nosso negócio. Principalmente ao Domingo, notava mais população espanhola e agora cada vez menos.
Ninguém da Câmara tem falado connosco, ninguém
nos tem explicado nada. O ferry era para estar a funcionar em Julho, depois em Agosto e até agora ainda nada.
Se não voltar a funcionar, vai ser muito mal para nós”.
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Ana Luísa - proprietária
da Casa Ana
“Não vêm tantos espanhóis como vinham. Faltam muitos. Tínhamos clientes de lá.
A Câmara não nos tem dito nada sobre o assunto.
Se não for encontrada uma solução para o ferry, cada vez
é pior. Já pouco se vende, não vindo mais gente, pior é”.
Fernando Silva
“Sem ferry, nem se vê os espanhóis. Eu tenho amigos e
- vende frutos
familiares em La Guardia e no Verão todo não vieram cá
secos- Faz a feira
porque é uma volta muito grande, ir por Cerveira. Outras
de Caminha há
pessoas, mesmo as que não têm carro, sempre vinham aqui
cerca de 30 anos
com muita mais facilidade.
No meu negócio, tenho sentido algum impacto. As pessoas vinham e perguntavam onde eram os restaurantes
para comer.
“Temos sentido bastante impacto da paragem do ferry.
Eu acho que o ferry faz muita falta e é outra alegria. É Desde que não há ligação que há muitos menos espanhóis.
uma tristeza gastar tanto dinheiro e estar aquele caixote Se o ferry não voltar a navegar, vamos ressentir-nos
ali arrumado”.
bastante”.
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Empresários
acusam
autarquias
de falta de
diálogo
São sobretudo os empresários a queixarem-se de quebras no negócio provocadas pela inactividade do ferry
que faz a ligação entre Caminha e a Galiza. Os municípios da foz do Minho são os únicos do vale do Minho que não têm qualquer ponte a ligá-los e, sem ferry,
os habitantes são obrigados a meia hora de carro e cerca de 10 euros em combustível para irem ao outro lado.
Perante o problema, nos dois municípios os empresários ouvidos pelo jornal C – O Caminhense queixam-se
de falta de empenho das autarquias e de falta de diálogo.
O porta-voz do Movimento de Empresários do concelho de Caminha, Fernando Azevedo, revela que só souberam que o município ia continuar sem ferry pela comunicação social. “Nós estamos muito preocupados com
esta situação porque quando estivemos com o presidente, em Maio, e ele prometeu-nos que o ferry ia começar
a navegar em Junho. Depois adiou para o mês de Julho.
Depois disse-nos que na Feira Medieval ia começar a navegar. Passou o mês de Agosto, estamos em Setembro e aquilo que os jornalistas nos disseram é que não há quaisquer
condições para o barco começar a navegar”.
Sem diálogo com a Câmara, preocupação é o sentimento
que reina entre os empresários, até porque os investimentos
que fizeram a contar com o mercado galego começam a ruir.
Fernando, por exemplo, que vende perfumes e jóias, nota
uma quebra de cerca de 80% de espanhóis. “Nós somos
uma casa centenária, temos uma vasta lista de clientes
da Galiza e aquilo que se passa é que, agora, vir a Caminha é muito difícil. Eles têm de ir por Cerveira e voltar
para trás. Perdem muito tempo e os gastos são enormes”,
justifica. Por isso, não é de estranhar que os galegos de
La Guardia estejam a trocar Caminha e Viana do Castelo por Vila Nova de Cerveira e Valença. “E isso preocupa-nos muito”. Para tentar minimizar o impacto negativo, Fernando colocou em funcionamento o plano B: uma
carrinha que leva os produtos aos clientes de La Guardia.
“Nos anos 80 tínhamos uma barca que transportava as
pessoas, agora nem sequer as pessoas conseguimos levar para o outro lado”.
Confrontados com as acusações de falta de diálogo pelo
porta-voz do Movimento de Empresários, o presidente
da Câmara de Caminha nega que assim seja. “Eu falo
com os empresários e falo com eles a título individual
e a título colectivo. Como sabem, no concelho de Caminha não temos nenhuma associação empresarial organizada e, por isso, tento conversar com o Movimento de Empresários e vou-lhe dando nota daquilo que se
vai passando. Agora, o diálogo tem de acontecer em patamares de alguma credibilidade. Quando ouço um empresário, julgo quem em nome do Movimento de Empresários, dizer que o não funcionamento do ferry-boat
em Caminha provocou um corte de receitas de 60% e
que Caminha recuou 40 anos, acho piada, acho graça,
um momento bastante divertido. Mas, esse momento é
completamente incapaz de transformar o que quer que
seja num debate sério sobre esta matéria. Até porque os
números do turismo e aquilo que é a nossa visibilidade sobre esta matéria dá-nos uma ideia exactamente ao
contrário do que aconteceu”, defendeu Miguel Alves.
Do outro lado da fronteira, as queixas são semelhantes:
os empresários acusam a autarquia de não comunicar e
de não os informar sobre o ferry. O alcaide José Manuel
Freitas garante que está “na imprensa dia sim, dia sim. E
atendo os meios portugueses, atendo os meios espanhóis.
A população sabe o que tenho feito nestes últimos dois
anos e meio através dos meios de comunicação social”.
DISTRITOCAMINHA
Vozes e rostos
de Caminha
Sara Castro - peixeira
no mercado de Caminha
há cerca de um ano
“Temos sentido bastante impacto no negócio desde que
o ferry parou. Nota-se bem a diferença. Nós trabalhamos muito com espanhóis e desde que parou sentiu-se
uma quebra muito grande. Já tive, inclusive, de despedir uma empregada.
Se o ferry não voltar a navegar vai ser complicado, sobretudo para mim que comecei há pouco tempo”.
Emílio - a mulher, a
quem ajuda, tem uma
banca de peixe há três anos
no mercado de Caminha
“Vê-se que, principalmente à Quarta, que é o dia de feira, há muitos espanhóis que já não vêm.
Registámos uma quebra de cerca de 30% de clientes
galegos.
Temos de falar com a Câmara para ver se há possibilidades de o ferry voltar novamente a navegar”.
Maria Matos da Silva
leiloa no mercado o peixe
do barco “Foz do Minho”
“Temos sentido que não vêm os espanhóis cá, porque
vinham muitos de lá e iam muitos de cá. Parece que não,
mas os espanhóis aqui fazem muita falta.
Parece-me impossível que a nossa Câmara de Caminha
não pôs o ferry-boat a trabalhar nos melhores meses: Junho, Julho e Agosto.
Puseram aí uma draga tão pequena que não tira areia nenhuma, só estão ali a meter o dinheiro ao bolso. Como é
que não mandam para aqui uma draga em condições para
limparem rapidamente o rio?
A Câmara não nos tem dito nada sobre o ferry. Eu só
sei que está parado na margem espanhola e só dizem
que está aí uma draga a dragar, só que a draga não draga nada. E os espanhóis, que à Quarta-feira metiamse no ferry-boat, vinham aqui ao mercado de Caminha, levavam peixe, levavam roupas, levavam tudo,
agora não vêm.
Isto para Caminha não é muito bom”.
Susana- tenda “Fumeiro
Regional de Lamego”- Faz a
feira de Caminha há 18 anos
“A paragem do ferry tem provocado um impacto muito grande no nosso negócio na ordem dos 50%. Os galegos vinham muito cá comprar e agora percorre-se a feira
e praticamente não se ouve falar espanhol.
Da Câmara, ninguém nos alerta de nada, ninguém nos
dá informações. Não sabemos de nada!
Se o ferry não voltar a navegar, vai ser complicado porque as vendas estão cada vez piores, os lugares são caros,
nós vimos de longe (Famalicão) e temos muitas despesas”.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
CAMINHA
Festas da Sra.
da Bonança
inundadas
por multidão
FOTOS : ANTÓNIO GARRIDO
Ainda não é a hora marcada
e as freiras já se aglomeram à
porta da capela da Senhora da
Agonia, localizada no bairro da
comunidade piscatória de Caminha. Passados alguns minutos aparecem os representantes
da Junta de Freguesia de Vila
Praia de Âncora, depois os da
Câmara de Caminha, os membros da Comissão de Festas, o
patrão da embarcação Foz do
Minho vestido a rigor e os padres de Caminha e Vila Praia
de Âncora. A Senhora da Ínsua aguarda-os no interior da
capela, onde está recolhida durante o ano para fugir à insegu-
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rança da ilha da Insúa.
A procissão naval de Nossa
Senhora da Ínsua é, curiosamente, um dos pontos altos da
romaria em honra de Nossa Senhora da Bonança, que todos
os anos é celebrada em Vila
Praia de Âncora.
As festas, que têm por missão
honrar a padroeira da comu-
nidade piscatória local, agregam também a devoção a Nossa Senhora da Ínsua, não sendo
por isso de estranhar a participação de pescadores e de barcos vindos de Viana do Castelo, Carreço e Afife, Caminha
e La Guardia.
Todos aguardam na foz do
Minho enquanto a Senhora
da Ínsua segue em procissão
até ao Cais da Rua, onde embarca num barco engalanado
para a ocasião. O patrão segura
na santa como manda a tradição e é ele que a passa para as
mãos do patrão do barco escolhido para transportar a Santa
desde Caminha até Vila Praia
de Âncora: este ano o Senhora da Agonia, vindo de Viana
do Castelo.
Em redor, os outros barcos
fazem círculos, apitam e as
pessoas a bordo manifestam
a sua alegria. É dia de festa
que, para muitos, começou cedo,
com a preparação dos comes
e bebes que antecedem a procissão naval.
Sónia, a filha do patrão do barco, segura a Santa com muito
cuidado e é ao colo dela que
é transportada até à vila mais
populosa do concelho de Caminha.
População que triplica em
dias de festa. São milhares as
pessoas que esperam no Portinho de Vila Praia de Âncora. A devoção e a fé é muita
e muitos são também os que
querem beijar a Santa que, este
ano, é transportada até ao cais
na masseira Sra. da Bonança,
construída propositadamente
para o efeito pelo NUCEARTES- Núcleo de Estudos e Artes do Vale do Âncora.
Ao chegar a terra firme, é colocada no andor que a vai transportar até à capela da Sra. da
Bonança, no centro da vila, onde
vai estar ao lado da padroeira
até Domingo, retornando depois a Caminha.
Antes disso, o sermão junto
ao farol que ilumina o cais e
orienta os pescadores.
Nessa mesma noite, Quintafeira, a procissão de velas em
honra de Nossa Senhora de Fátima assinala mais um momento de fé.
Na Sexta-feira, o Cachadinha
com os seus cantares aos desafio anima a vila. A noite é dedicada aos mais novos, porque a romaria também é para
eles, com uma tenda com DJs.
No Sábado, o cortejo da Cultura volta a demolir fronteiras,
unindo as freguesias do vale
do Âncora (mesmo as de Viana
do Castelo) num desfile pelas
principais ruas da vila. Quatro carros cedidos pela Viana
Festas dão um toque de grandiosidade ao cortejo, que junta
milhares de pessoas a assistir.
Muita gente está também na
actuação dos SANTAMARIA,
que voltaram a Vila Praia de
Âncora.
Quem também colabora é São
Pedro, que mantém o bom tempo e a chuva só aparece mesmo no Domingo de manhã, não
tendo interferindo com a festa. “Um verdadeiro milagre”.
Anabela Pereira, a filha de
pescador que pelo terceiro ano
consecutivo encabeça uma comissão de festas reduzida, faz
balanço positivo.
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
DISTRITOCAMINHA
FOTO : LUIS VALADARES
Dos quase 87 mil euros investidos, Anabela não sabe, à
data em que esta reportagem é
escrita, se tem o retorno financeiro suficiente para cobrir as
despesas, mas manifesta-se satisfeita com a adesão. “Eu faço
as festas desde 2012 e este ano
vi muita gente”.
Satisfeita com o resultado do
trabalho realizado por uma equipa muito reduzida - “a comissão
de festas são 10 pessoas e apenas
três no terreno: eu, o Salvador e
o Artur” - , Anabela considera
que o que deve ser mudado é a
forma como a populaçãoo local
encara a festa e não a data da romaria, que agora coincide com as
Feiras Novas de Ponte de Lima.
“ Há muita fé, há muita devoção à Nossa Senhora da Bonança. Eu vejo muita gente na procissão de velas, muita gente no
cortejo, muita gente na Senhora da Ínsua, muita gente na procissão religiosa”, comenta a presidente da Comissão de Festas,
apontando que tudo seria mais
fácil se Vila Praia de Âncora se
disponibilizasse para fazer esta
festa”. “Os pescadores têm de
ajudar”, acrescenta.
Há três anos a organizar aquela que é umas das maiores romarias do concelho de Caminha, a presidente da Comissão
de Festas teve de enfrentar alguns dissabores. “Este ano desancaram muito a Comissão.
Uma cena que me marcou muito foi quando fomos buscar os
patrocínios aos comércios. A
dona de um estabelecimento
mandou-me num envelope o
cartaz das festas dobrado e
nas costas da carta que enviei a pedir patrocínios vinha escrito: “o patrocínio da
casa X é a vergonha do cartaz deste ano” .
“Não fomos nós que escolhemos o cartaz. Houve um
júri a escolher o cartaz, não
foi a Comissão de Festas. O
porquê disto, esta persegui-
çãoo à Comissão de Festas
que tanto trabalha para a comunidade ancorense?”, questiona.
Por isto, e por liderar um
grupo tão pequeno, Anabela
confessa-se “exausta” e não
sabe se no próximo ano vai
voltar a pegar nas rédeas daquela romaria. “Aqueles que
nos criticaram, que peguem
nas festas e que façam melhor
do que nós”, lança o desafio.
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
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Esta rubrica fará a descrição
da identidade regional do Alto Minho
recorrendo a estes 3 elementos.
Daremos grande visibilidade ao sector
primário como vector fundamental para
um desenvolvimento sustentável, que gera
oportunidades de negócios e permite, acima
de tudo, preservar a nossa identidade.
Grande
Trail
da Serra
d´Arga
afirma-se como uma
das melhores provas
da modalidade
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DISTRITOCAMINHA
Uma aposta ganha. Ninguém
tem dúvidas sobre o impacto
positivo que o Grande Trail da
Serra d´Arga (GTSA) tem tido
no concelho de Caminha. Nos
últimos quatro anos, o número de visitantes aumentou, a
economia local desenvolveuse e o nome do município passou a andar de boca-em-boca.
Foi em 2010 que Carlos Sá, o
melhor ultra-maratonista português, anunciou ao mundo que
pretendia transformar a Serra
d´Arga no palco da maior prova
de trail realizada em território
nacional. O GTSA começou
com pujança, com centenas de
atletas vindos de todo o país,
mas também da vizinha Galiza. No ano seguinte, o número de participantes aumentou e assim tem sido desde o
início. De tal forma que, na
edição de 2014, as inscrições
esgotaram em apenas 15 dias,
com mais de dois mil atletas
interessados em participar na
prova que pontua para o campeonato nacional de ultra-trail.
Muitos vêm do estrangeiro.
E a aposta é para continuar.
A garantia é dada pelo vereador caminhense do Desporto, que partilha a organização
do GTSA com os municípios
de Ponte de Lima e de Viana do Castelo e com Carlos
Sá. Rui Teixeira afirma que
a aposta no desporto outdoor e no desporto de natureza
é uma das estratégias que o
executivo tem definidas para
o concelho de Caminha. “É
um desporto que está na moda
e que tem cada vez mais interesse junto da populaçãoo de
todas as idades”, acrescenta
o autarca, justificando, desta
forma, o investimento.
Carlos Sá foi transformado
pela autarquia caminhense
no embaixador do trail, com
a divulgaçãoo da modalidade
junto dos estudantes. “Tentar
cativar cada vez mais pessoas para a prática desportiva
outdoor, de caminhadas e de
natureza”, sublinha Teixeira.
O vereador do Desporto revela que a Câmara está a traçar uma estratégia de desenvolvimento tendo como um
dos pilares o desporto de natureza e outdoor e a actividade náutica. Para isso, vai “implementar o maior número de
eventos e de estruturas necessárias para a prática desportiva”. Dentro das estruturas a
ser criadas conta-se uma estrutura onde os interessados
possam recolher informação
e que, segundo o autarca, terá
um papel diferente do CISA-
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
CAMINHA
o Centro de Interpretação da
Serra d´Arga.
O objectivo – revela- é fazer
com que “as pessoas queiram
vir a Caminha praticar desporto e fazer repercutir isso
na economia local”. “E podemos alavancar outras actividades através do desporto,
como o turismo, a cultura e o
comércio”, assegura.
E isso já acontece. É o que
garante o presidente da Junta de Freguesia de Dem. Paulo Gonçalves está no cargo
há apenas um ano, mas desde o início que acompanha o
GTSA e não tem dúvidas: “o
balanço destes quatro anos é
francamente positivo”. “Tem
havido uma afluência grande
de pessoas que, durante todo
o ano, vão passando pela serra. Umas para fazerem treinos, outras para visitarem
e verem onde é realizado o
GTSA, que tem a partida em
Dem”. Gonçalves especifica
que os visitantes vêm de todo
o país e até do estrangeiro,
onde o GTSA já se afirmou
como uma das provas mundiais de trail.
O autarca também não hesita em atribuir todo o mérito ao ultramaratonista Carlos
Sá, o responsável pela criação do GTSA, um dos fundadores do Desnível Positivo, clube de trail com sede
no concelho de Caminha, e
o percursor do desporto outdoor no concelho.
Com a afluência de visitantes
a crescer, os negócios locais
dão sinais positivos. São cada
vez mais as pessoas que vêm
no início do fim-de-semana,
optando por pernoitar o mais
próximo possível da serra, no
alojamento local que encontram. “Quantas mais pessoas vierem, melhor!”, defende, afirmando que “cada vez
mais isto tem tendência de
crescer”.
O presidente da Junta de Dem,
onde é dada a partida para todas as provas do GTSA, tem,
contudo, algumas preocupações: “temos de estar preparados para receber tanta gente a
nível dos parques de estacionamento, condições para comerem e para tomarem banho”.
Questões que estão a ser contornadas com a ajuda da Câmara de Caminha, que está a
tentar encontrar solução para
o estacionamento. Os atletas
tomam banhos nos balneários
do campo de futebol de Dem,
que foram melhorados e aumentados com o propósito de
serem utilizados no GTSA e
fazem as refeições no Centro
Cultural local, servidas por cozinheiras da terra.
Grande Trail da Serra
d´Arga dá origem a
clube
Carlos Sá estava longe de
imaginar que, ao apaixonar-se
pela Serra d´Arga e ao escolher aquele espaço como local
de treinos, iria levar milhares de pessoas àquele território que é Rede Natura 2000 e
acabaria por fundar um clube
de trail no concelho de Caminha, que tem posto a mexer
atletas de todo o país e também da vizinha Galiza, numa
colecção de prémios imparável e inegualável para apenas dois anos e meio de actividade.
A paixão pela corrida uniu Sá
a Pedro Gonçalves, os fundadores do clube de trail. A sua
forma de estar na vida, o bom
ambiente e a boa disposição
que se vivem naquele grupo
têm sido os ingredientes para
atrair os melhores atletas da
modalidade que já vestem as
cores do Desnível Positivo.
Frederico Esteves, o actual
presidente, é um deles. Fazia BTT até ter descoberto
o clube de Caminha e ficou
seduzido. Deixou as duas rodas e passou a usar os dois
pés na competição. “O Desnível é um grupo muito interessante, as pessoas que o
integram são realmente bom
ambiente e isso cativa-me ao
máximo”, justifica.
A maior parte dos 50 atletas
do clube colaboram na organização do GTSA, até porque
foi a prova que deu origem ao
clube. Os fundadores perceberam que era crucial promover o trail no município onde
era realizada uma das maiores provas nacionais da modalidade. “É uma prova muito importante. É a última do
campeonato nacional de ultra
trail, o que também significa
uma mais-valia. É uma prova
que esgota rapidamente. Vêm
atletas de todo o país e também, internacionalmente, já
começa a ter um certo peso”,
explica o presidente do Desnível Positivo. Seis atletas do
clube vão competir, até porque o Desnivel está em segundo lugar no campeonato
nacional de ultra trail, a apenas dois pontos do primeiro,
e não querem deixar escapar
a oportunidade de conseguir
a vitória em terreno que tão
bem conhecem.
Programa / Horário
Grande Trail da Serra
d´Arga tem cada vez
mais participantes
Não pára de crescer. O Grande Trail da Serra ainda não aconteceu e já bate recordes. Este ano houve mais de duas mil inscrições para aquele que é o maior evento desportivo do concelho de Caminha e mais haveria se a organização tivesse
restringido as participações.
O evento, que vai decorrer no último fim-de-semana deste
mês (dias 27 e 28) nos municípios de Caminha, Viana do Castelo e Ponte de Lima, é organizado pelo ultramaratonista Carlos Sá com o apoio do Desnível Positivo, clube de trail sedeado no concelho caminhense.
Durante a apresentação da iniciativa, que decorreu no dia 7
de Setembro no Teatro Valadares, em Caminha, Carlos Sá sublinhou que esta é a edição com mais participantes e que agora só falta mesmo conquistar o público. “Espero que o público
de Caminha, de Viana, Ponte de Lima e do resto de Portugal
nos visite nesse fim-de-semana que será um fim-de-semana
de desporto, mas sobretudo de festa”.
Este ano o Grande Trail da Serra d´Arga decorre durante dois dias e começa logo com uma novidade, a corrida vertical. A prova arranca no dia anterior (Sábado)
em Estorãos, Ponte de Lima, e tem uma distância de
cerca de 4,5 quilómetros. Segundo revelou Carlos Sá, a
competição começa num dos pontos mais baixos da serra e termina no ponto mais alto. “É uma corrida que lá
fora tem muita tradição e, por isso, este ano trouxemos
este modelo para a Serra d´Arga. Será um dos atractivos que, acredito, vai vingar”. Nesta nova modalidade
inserida no Grande Trail da Serra d´Arga vão participar cerca de dois mil atletas.
Depois segue-se a corrida das crianças no alto da Senhora do Minho, onde a organização espera reunir cerca de 500 participantes.
No Domingo, arrancam as corridas competitivas. De Dem,
partem as corridas competitivas de 50 e 30 quilómetros às 8
e às 9 horas. À mesma hora, às 9, tem início uma caminhada
com um percurso de 13 quilómetro em plena serra. Uma prova que, segundo Carlos Sá, não é competitiva, mas que está
acessível a qualquer pessoa que gosta de caminhar em natureza. Às 10 horas, na freguesia de São Lourenço, mais uma
prova de 20 quilómetros.
O Grande Trail da Serra d´Arga é um evento que se
insere na estratégia da autarquia caminhense de transformar Caminha na “capital do desporto outdoor”. Em
declarações ao Jornal C- O Caminhense, o vereador responsável pelo pelouro do Desporto, Rui Teixeira, revela que o objective é que “as pessoas venham cada vez
mais praticar desporto a Caminha, que tenham uma vida
mais saudável”.
Utilizar o desporto outdoor para alavancar Caminha a
nível económico e turístico é a meta. “Quando se falar
de Caminha tem de se falar em desporto outdoor. Associar Caminha à natureza e à vida saudável”.
A pedra angular dessa estratégia é o Grande Trail da
Serra d´Arga que, Segundo o presidente da Câmara de
Caminha, “dá vez mais visibilidade à Serra d´Arga e ao
concelho”. “Este é um evento que tem mais de dois mil
participantes e cada vez mais patrocinadores e maior visibilidade. Nós não só trazemos gente durante um fimde-semana, como temos trazido muitas pessoas durante os fins-de-semana anteriores que vêm treinar para a
serra. Mas, mais do que isso: damos uma dimensão de
publicidade à Serra d´Arga que certamente trará mais
gente ao concelho de Caminha”.
Miguel Alves aproveitou a apresentação da prova para fazer algumas revelações bem curiosas.“Há dois ano atrás eu
corria meias maratonas, competia até no campeonato nacional”. “Desde o dia 1 de Setembro que recomecei a correr, a
cuidar um pouco mais da alimentação e este ano não poderei
estar, mas quem sabe na edição de 2015, quem sabe se o presidente não corre”.
27 SETEMBRO (SÁBADO)
08h00 - Abertura secretariado e entrega de dorsais
no parque de campismo de Pentieiros (Ponte de Lima)
10h30 – GTSA – Vertical Race (4,5 km com 800m D+)
11h30 - III Trail Jovem (Alto da Serra D’Arga - Srª do Minho)
13h00 Fim das actividades da parte da manhã
16h00 – Abertura secretariado e entrega de dorsais
– Hotel Porta do Sol (Caminha)
IV Jornadas Técnicas do Trail
Local: Hotel Porta do Sol (Caminha)
17h30 – Abertura das Jornadas – Hotel Porta do Sol
Nutrição para trail a cargo da Nutrifit
Desafios a cargo de Carlos Sá
Ficha Técnica Grande Trail Serra D’Arga
19h30 - Sessão de Autógrafos
28 SETEMBRO (DOMINGO)
6h00 - Abertura secretariado e entrega de dorsais
(Sede Junta Freguesia - Dem)
7h30 – Controle zero Ultra Trail e Trail Longo
8h00 – Partida Ultra Trail e Trail Longo (DEM)
8h30 – Partida dos autocarros para S. Lourenço
da Montaria – local da partida do Trail Curto
9h00 – Partida da caminhada (Dem)
10h00 – Partida Trail Curto (S. Lourenço da Montaria)
10h00 – Actuação do Grupo de bombos de S. Lourenço da
Montaria (Recinto da chegada do Trail Longo e partida do Trail
Curto em S. Lourenço)
11h00 - Chegada prevista dos primeiros atletas do Trail Longo (S. Lourenço da Montaria)
12h - Chegada prevista dos primeiros atletas do Trail Curto (Dem)
12h30 – Inicio do serviço de almoços. Os almoços serão servidos a todos os atletas, caminheiros e acompanhantes que requisitem este serviço, desde as 12h30 até aos últimos atletas a
terminarem as provas. (Centro Cultural de Dem).
13h00 – Chegada prevista dos primeiros atletas da Ultra Trail
(Dem)
14h30 – Actuação Grupo Cantares A Ponte Estorãos
15h00 – Cerimónia de entrega de prémios aos atletas do Trail
Longo e Trail Curto.
15h30 - Cerimonia de entrega de prémios aos atletas da Ultra Trail.
16h00 - Actuação Grupo Bombos S. Lourenço da Montaria.
18h – Encerramento
PROVAS:
No dia 27 Setembro decorre o GTSA – Vertical e o III Trail
Jovem.
GTSA Vertical – prova com uma distância de cerca de 4,5
km’s e 800m D+, com partida no Parque de Campismo de
Pentieiros (Ponte de Lima), e chegada no mítico alto da Senhora do Minho.
O III Trail Jovem terá os seguintes escalões e distâncias:
Até aos 7 anos - 500m
Dos 7 anos aos 10 anos – 1000m
Dos 10 anos aos 13 anos – 1500m
Dos 13 anos aos 16 anos – 2000m
No dia 28 Setembro de 2014 decorrem em simultâneas três
provas competitivas, Ultra Trail, Trail Longo, Trail Curto e
ainda uma caminhada.
- O Ultra Trail tem início às 8:00h, percorre trilhos da magnífica Serra d’Arga na distância de cerca de 53 km’s, e um desnível de 6 000 metros acumulado, com início e fim no centro
da freguesia de DEM. Esta fantástica prova passa por várias
aldeias preservadas como (S. João d’Arga, Mosteiro S. João
de Arga, Arga de Baixo, Arga de Cima, Cerquido, S. Lourenço da Montaria com o seu fantástico rio Âncora e Dem, pertencentes a três concelhos: Caminha, Ponte de Lima e Viana do Castelo.
- O Trail Longo, parte às 8h00 em Dem, terá uma distância
de cerca de 33km e um desnível de 3800m acumulado com
chegada na freguesia de S. Lourenço da Montaria, percorrendo trilhos da Serra d’Arga passando por aldeias preservadas
como, (S. João d’Arga, Mosteiro S. João de Arga, Arga de
Baixo, Arga de Cima, Cerquido, S. Lourenço da Montaria).
Terminada a prova em S. Lourenço da Montaria os atletas terão lá os seus banhos. Os atletas serão transportados pela organização para o local da partida após os mesmos, onde funciona toda a logística de almoço, entrega de prémios.
Trail Curto tem início às 10h e terá uma distância de cerca de
20km e um desnível de 2000m acumulado. Parte na Freguesia de S. Lourenço da Montaria, percorrendo trilhos da Serra
d’Arga com passagem pelo fantástico rio Âncora, Pedrulhos
e com chegada a Dem.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Câmara de Caminha
vai alargar horários
de serviços municipais
Caminha fica
sem candidatos
à recolha
do lixo e é
obrigada a
lançar novo
concurso
internacional
Ficou deserto o concurso público internacional para a recolha e transporte de resíduos
sólidos urbanos, fornecimento, manutenção e lavagem de
contentores e limpeza urbana
e praias do município de Caminha.
Segundo avança o vereador
responsável pelo processo, Guilherme Lagido, nenhuma das
empresas cumpriu o caderno
de encargos, “logo tinha de se
declarar deserto o concurso”.
O autarca explicou ao restante executivo camarário caminhense, no decorrer da última
reunião de Câmara (3 de Setembro), que “ numa primei-
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ra fase entendia-se que havia
um concorrente que apresentava melhores condições do que
os outros”, mas “depois chegou-se à conclusão que esse
concorrente não respondia na
totalidade ao caderno de encargos”.
Em causa estava o entendimento sobre a limpeza do concelho todos os dias da semana.
A autarquia e o júri do concurso entendem que todos os
dias compreende a semana de
Segunda-feira a Domingo, os
concorrentes entendiam que
era apenas até Sábado.
Guilherme Lagido, vice-presidente do executivo responsá-
vel por acompanhar o processo,
revelou aos restantes elementos que um dos concorrentes
chegou a questionar a autarquia por escrito para esclarecer essa mesma dúvida e foilhe dito que “estava no caderno
de encargos”. “Mesmo assim,
ele entendeu que todos os dias
da semana era de Segunda-feira a Sábado, com exclusão de
Domingo. Entendeu o júri e
propôs, e o executivo concordou, que todos os dias da semana são os sete dias”, confessou o autarca.
Perante o que o júri considerou ser o “cumprimento do caderno de encargos”, a execução da limpeza do município
seria entregue ao outro concorrente. Mas, perante o protesto do excluído, o júri percebeu que o outro concorrente
também não cumpria os requisitos exigidos. “O caderno de
encargos estava muito segmentado com vários planos.
Em vez de haver uma cláusula comum a todos os sítios, ha-
Os serviços municipais de Caminha têm agora um horário
mais alargado. A Câmara Municipal e o Sindicato Nacional
dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) chegaram
a um acordo que estabelece as
35 horas semanais de trabalho
para os funcionários autarquia.
Desta decisão decorreu a reformulação dos horários dos diversos serviços e pôs fim à jornada
contínua, que permitia a saída
de funcionários a partir das 14
horas, encerrando as portas da
Câmara ao público às 16 horas.
Agora, garante o presidente da
Câmara, as coisas vão mudar,
os serviços passarão a ter novos horários para “melhor servir os munícipes”.
Os horários, que entraram em
vigor 15 de Setembro, estabelecem que, por exemplo, os serviços administrativos e a tesouraria estejam abertos das 9 h às
17h. O museu municipal vai estar aberto também aos Sábados
e Domingos durante todo o dia.
Os postos de turismo munici-
pais vão abrir também aos Sábados e Domingos, mas só entre
15 de Julho e 15 de Setembro.
Os pavilhões desportivos municipais vão estar abertos desde as 8h até às 23h.
A proposta de alteração foi levada a reunião de Câmara. O
presidente do executivo, o socialista Miguel Alves, justificou
alteração considerando “inconcebível” que, “em muitíssimas
situações, os trabalhadores da
Câmara não pudessem prestar
serviço a uma hora relativamente
via quadros parcelares, o que
dificultou a análise”. Guilherme Lagido adiantou que o júri
chegou assim à conclusão que
o primeiro concorrente e que
o segundo também não cumpriam o caderno de encargos,
tendo acabado os dois excluídos do concurso público internacional.
Os vereadores do PSD, pela voz
de Flamiano Martins, manifestaram-se preocupados quando confrontados com a situação. É que
o contracto com a empresa actualmente responsável pela limpeza do concelho está a terminar e
o lançamento de um novo concurso público internacional é um processo demorado, que se pode arrastar por vários meses. “Como é
que fica o município até o processo ficar concluído”, questionou o
vereador social democrata.
O vereador responsável pelas Finanças da autarquia e pelo pelouro
das Obras Públicas, Rui Teixeira,
explicou que, terminado o contracto com a SUMA, a autarquia passa a fazer ajustes directos até estar
resolvido o problema do concurso
público e da adjudicação da limpeza municipal, assegurando, desta forma, a limpeza.
O também socialista Guilherme Lagido, que tem acompanhado todo o processo, rematou a conversa lembrando aos
sociais democratas que este foi,
de resto, um expediente que
também utilizaram quando lideraram o executivo: “vocês
tiveram exactamente esse
mesmo problema neste
contrato há 10 anos. Andaram quase um ano,
de Janeiro até Novembro, com
adjudicações mensais porque
não tinham o visto do Tribunal de Contas”.
JORNAL
CULTURACAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
NOVOS HORÁRIOS
normal do período da tarde ou
que não pudéssemos ter algumas estruturas e alguns equipamentos abertos a horas em que
as pessoas saem do seu trabalho ou ao fim-de-semana, que
é, muitas vezes, um dos poucos momentos em que podem
beneficiar dos equipamentos
municipais”.
As questões da eficiência do
serviço e do serviço público foram os pilares em que se sustentaram as alterações aos horários de funcionamento aprovadas
pela maioria socialista, com a
abstenção do PSD.
Miguel Alves garantiu ao executivo que, durante o processo,
foram auscultados vários serviços e várias pessoas em cada
serviço, desde os chefes aos restantes funcionários e admitiu
que não estão “todos de acordo” sobre a proposta apresentada, aprovada e agora em vigor. “Mas a proposta que está
aqui resulta da avaliação do executivo sobre o bom funcionamento da Câmara Municipal e
sobre aquilo que tem de ser as
respostas a dar. E resulta de outra avaliação. É que do ponto
de vista deste executivo, a aplicação da jornada contínua, tal
como vinha a ser feita, não respondia aos anseios e aos princípios da lei”.
Argumentos que não convenceram a vereação social democrata. Flamiano Martins questionou sobre o momento escolhido
para apresentar esta reforma nos
horários de funcionamentos dos
serviços e equipamentos municipais.
SERVIÇOS
ADMINISTRATIVOS
(Edifício Técnico Administrativo e Gabinete de Apoio
ao Munícipe de Vila Praia de Âncora)
Segunda a sexta-feira
9h00 – 13h00
14h00 – 17h00
Tesouraria
Segunda a sexta-feira:
9h00 – 13h00
14h00 – 17h00
BIBLIOTECA MUNICIPAL E LUDOTECA
DE VILA PRAIA DE ÂNCORA
Segunda a sexta-feira
9h30 – 18h00
Sábado
9h30 – 12h30
MUSEU MUNICIPAL
Segunda-feira: fechado ao público
Terça-feira a sábado
09h30 – 18h00
Domingo
10h00 – 12h30
15h00 – 17h30
POSTO DE TURISMO DE VILA PRAIA
DE ÂNCORA E CAMINHA
Período de 16 de setembro a 14 de julho
Segunda-feira a sábado
10h00 – 13h00h
14h00 – 17h00h
Domingo: fechado
Período de 15 de julho a 15 de setembro
CAMINHA
Este horário poderá sofrer alterações, em
virtude das atividades desportivas, nomeadamente,
ao sábado e domingo.
PISCINAS MUNICIPAIS DE VILA
PRAIA DE ÂNCORA
Segunda a sexta-feira
08h00 – 13h30
14h30 – 22h00
Sábado
09h00 – 13h00
14h00 – 19h00
Este horário poderá sofrer alterações, em virtude das
atividades a realizar ao domingo.
FERRYBOAT
Segunda a domingo
De janeiro a junho e de setembro a dezembro
08h00 – 13h00
14h00 – 19h00
De julho a agosto
08h00 – 13h00
14h00 – 20h30m
CEMITÉRIO
Segunda-feira a domingo
Setembro a maio: 7h30 – 18h00
Junho a agosto: 7h30 -19h00
CISA
Terça-feira a sábado
Manhã: 9h00 – 12h30
Tarde: 14h00 – 17h30
MERCADO MUNICIPAL
DE CAMINHA
Período de 01 de abril
a 30 de setembro
Segunda-feira – 08h00 – 13h00
Segunda-feira a sábado
10h00 – 13h00
14h00 – 17h00
Terça-feira – 08h00-13h00; 15h00-18h30
Domingo: 10h00 – 13h00
Quarta-feira – 07h00-18h30
ESTALEIROS DE CAMINHA E
VILA PRAIA DE ÂNCORA
Quinta-feira – 08h00-13h00; 15h00-18h30
Segunda a sexta-feira
09h00 – 12h30
13h30 – 17h00
PAVILHÕES MUNICIPAIS DE CAMINHA
E VILA PRAIA DE ÂNCORA
Segunda-feira a sábado
08h00 – 23h30
Este horário poderá sofrer alterações, em virtude das atividades
desportivas, nomeadamente, ao domingo.
TEATRO MUNICIPAL VALADARES
Segunda a sexta-feira
10h00 – 13h00
14h00 – 17h00
Este horário, poderá sofrer alterações, em virtude
das atividades a desenvolver, nomeadamente,
ao sábado e/ou ao domingo.
Sexta-feira – 08h00-13h00; 15h00-18h30
Sábado – 08h00-18h00
No período de 01 de julho a 30 de setembro, contempla ainda
a abertura aos domingos, das 08h00 às 13h00.
Período de 01 de outubro a 31 de março
Segunda-feira – 08h30 – 13h00
Terça-feira – 08h30-13h00; 15h00-17h30
Quarta-feira – 07h30-17h30
Quinta-feira – 08h30-13h00; 15h00-17h30
Sexta-feira – 08h30-13h00; 15h00-17h30
Sábado – 08h30-17h00
MERCADO DE VILA PRAIA DE ÂNCORA
ESTÁDIO MUNICIPAL MORBER
Segunda-feira, terça, quarta, sexta e sábado: 08h00 às 18h00
Quinta-feira: 07h00 às 18h00
Segunda a sexta-feira
17h00 – 23h00
No período de 01 de julho a 30 de setembro, contempla ainda
a abertura aos domingos, das 08h00 às 13h00.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
EMPREENDE
folhas brancas,
alguns lápis de cor
e uma vontade
quase compulsiva
de desenhar. é assim
desde que se conhece
e lá em casa todos
diziam que o miúdo
tinha jeito para
as artes.
Guardão
pedro
o tatuador que uM dia pensou ser arquiteCto
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Pedro Guardão nasceu em Moledo e desde pequenino que a
sua paixão sempre foi o desenho, um talento que herdou
da mãe que também gostava
de pintar, uma influência que
acabaria por ser determinante na sua vida.
“Tive a sorte de ter em casa
pessoas que gostavam muito
de arte como era o caso da minha mãe que sempre pintou algumas coisas e isso ajudou-me
a crescer nessa área”.
Começou a desenhar muito
novo e o tempo livre era passado em frente às folhas brancas a fazer os seus bonecos ou
a esculpir.
“Foi algo que cresceu comigo e hoje, olhando para trás,
reconheço que já de pequeno
tinha algum jeito. As pessoas
diziam-me que eu tinha talento e que deveria seguir algo ligado às artes, e assim foi…”.
Na escola, quando teve que fazer escolhas, o Pedro não teve
dúvidas relativamente à área
a seguir.
“No secundário segui artes e
mais tarde interessei-me bastante pelo desenho técnico e
de projecto. Fui estudar para
uma escola profissional onde
tirei o curso de desenhador projectista”.
Terminado o curso e depois
de ter estagiado em alguns gabinetes como desenhador, Pedro Guardão decide enveredar
pelo curso de arquitectura, curso que não chegou a concluir.
“Achei que seria um processo natural seguir esse caminho
porque estava muito englobado nessa área”, explica.
Ao mesmo tempo que tirava
arquitectura, Pedro foi-se interessando por uma outra área,
as tatuagens. Mais uma vez a
influência dos pais pesou…
“Os meus pais gostavam muito
de tatuagens e eu habituei-me
muito cedo a lidar com isso.
Lá em casa tínhamos muitas
revistas e a determinada altura dou por mim a fazer desenhos para tatuagens”.
À medida que o tempo passa a “paixão” pelo mundo das
tatuagens aumenta, enquanto
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
que o interesse pela arquitectura se vai desvanecendo.
Para lhe aguçar ainda mais o
apetite, o pai oferece-lhe na altura um kit de tatuagens.
“Isso aconteceu há uns nove
ou dez anos, andava eu em arquitectura. Com o tempo fui
percebendo que o que gostava
mesmo de fazer eram as tatuagens e um dia tive que optar
por uma ou outra coisa, ganharam as tatuagens”.
Pedro Guardão explica que
foi uma escolha involuntária,
“não foi algo muito pensado,
foi mesmo um coisa quase espiritual. Eu percebi que gostava muito mais de desenho artístico do que desenho técnico”.
Abandonada de vez a arquitectura, o jovem de Moledo
decide enveredar pela carreira de tatuador, uma profissão
algo invulgar mas que adora.
Aos longo dos últimos quase 10 anos já fez muitas tatuagens, na sabe quantas, mas
tem a certeza que foram muitas.
“Sinceramente não consigo
precisar um número exacto mas
tenho noção de que foram muitas. Quando comecei a afluência era menor e só fazia uma
ou outra tatuagem de tempos
a tempos. Hoje em dia as coisas mudaram e já faço isto a
tempo inteiro”.
Com uma agenda muita preenchida, o tempo de espera médio para fazer uma tatuagem
na “Till the Grave” é de quase dois meses.
“É verdade que tenho uma
agenda bastante preenchida,
não me posso queixar do interesse que as pessoas têm no
meu trabalho e na minha arte”,
revela.
E se há alguns anos atrás as
tatuagens eram vistas com relutância por parte da sociedade, a verdade é que as coisas
mudaram. “Nos últimos anos
deram-se passos muito importantes nesse sentido e as tatuagens deixaram de ser vistas
como algo reprovável. A tatuagem passou de tabu, a conversa frequente de café ou até
mesmo a uma moda. Hoje em
dia é frequente irmos na rua
e vermos pessoas tatuadas. É
algo normal e transversal quer
em termos de idades quer de
extractos sociais”.
Pedro Guardão considera muito importante esta espécie de
evolução de mentalidades em
relação às tatuagens. “As pessoas deixaram de ver as tatuagens como algo negativo e
passou a ser visto como algo
artístico que no fundos expressa um pouco de nós, daquilo
que somos”.
A primeira tatuagem que fez
foi a si próprio e, mais do que
uma tatuagem, Pedro diz que
foi “uma brincadeira com agulhas”.
“Comecei como muita gente
fazia há alguns anos atrás com
agulhas e de uma forma muito
rudimentar. Fiz uma tatuagem
muito pequenina para experimentar qual seria a sensação
de ser tatuado e acabei por ser
eu a minha própria cobaia”.
Ao longo dos últimos nove
anos Pedro foi coleccionando
histórias e aprendendo que aquilo que para uns pode ser estranho, para outros pode ser a
coisa mais natural do mundo.
“Temos que apreender a lidar
com as diferenças de gosto e
com as escolhas bizarras que
por vezes nos aparecem. Há
coisas que para nós podem não
fazer sentido nenhum e para os
outros pode ser a melhor obra
do mundo. Aprendi ao longo
destes anos de trabalho a ver as
coisas assim e a perceber que
a tatuagem é algo de pessoal
que cada um faz porque o seu
interior lhe indica que deve ser
assim, e não porque e feio ou
bonito. Esta deve ser, na minha opinião, a filosofia da tatuagem”, explica.
Para quem está a pensar fazer
uma tatuagem Pedro Guardão
deixa um conselho: “não o façam por impulso e reflictam
muito bem naquilo que vão
fazer. Uma tatuagem verdadeira fica e depois é complicado tirá-la”.
O Pedro tem uma filha e no
dia em que ela lhe disser que
quer fazer uma tatuagem terá
todo o seu apoio.
“Não poderia ser de outra forma porque comigo aconteceu
exactamente a mesma coisa.
Eu habituei-me a ver o meu
pai tatuado e se tive esse feedback positivo da parte dele
quando eu decidi fazer uma
tatuagem não poderia ser diferente com a minha filha. Se
ela um dia mais tarde gostar
de tatuagens serei o primeiro
a dar o meu apoio desde que
o faça na altura certa e com a
maturidade necessária”.
A tatuagem não escolhe idade
mas Pedro aconselha a que se
faça só a partir da maior idade,
“quando as pessoas atingem
uma certa maturidade que obviamente varia de pessoa para
pessoa. Há pessoas que são maduras mais cedo, outras mais
tarde e há aquelas que nunca
o chegam a ser. Mas é importante que as pessoas na hora
de tatuar saibam bem aquilo
que realmente querem”.
O desconhecimento que ainda existe em relação a esta arte
faz com que ainda se criem
alguns mitos, tabus e receios
em relação às tatuagens, mas
Pedro desmistifica. “Antigamente as coisas eram feitas de
uma forma mais rudimentar e
podiam surgir algumas complicações, hoje em dia as coisas já não são assim. Houve
uma evolução muito grande
ao nível dos materiais e também da técnica que faz com
que a tatuagem seja basicamente uma coisa inócua para
o corpo humano. As tintas têm
boa qualidade e são inofensivas”, garante.
Tatuagens, pearcing’s e outros acessórios, o importante
segundo Pedro Guardão é que
as pessoas se habituem a respeitar e aceitar as diferenças
dos outros “e não seja necessário as pessoas fazerem tatuagens em sítios escondidos só
porque determinadas profissões não o permitem. As pessoas não deixam de ser quem
são, ou não são bons ou maus
profissionais, só porque têm
uma tatuagem ou um pearcing.
É esse passo que ainda nos
falta dar mas que eu acredito que no futuro consigamos
lá chegar”.
Longe vão os tempos em que
eram os indigentes e os rudes
a envergar tatuagens. Hoje são
os famosos que as escolhem e
exibem como se de troféus se
tratassem. E por vezes, quantas mais melhor…
A “Till the Grave Tatto” está
situada na vila de Caminha, em
pleno Centro Histórico, junto ao
Cine-Teatro Valadares. O atendimento é diário não só para tatuar mas também para esclarecer e dar alguns conselhos.
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
CAMINHA
Festa das
solhas
regista em 2014 recordes
de afluência
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800 quilos de solha foram consumidos durante os três dias
que durou a festa em hora ao
Senhor da Saúde e a Santa Rita
de Cássia, realizada no primeiro fim-de-semana de Setembro em Lanhelas. Pelos jardins
de São Gregório, que “estiveram ao rubro”, terão passado,
segundo as contas da Comis-
muito trabalho”, admite Sílvia. “No meu caso, apesar de
o meu marido ser lanhelense,
nós não vivemos em Lanhelas, vivemos em Freixieiro de
Soutelo, que é Viana. Foi o ano
inteiro a trabalhar para a festa, o que me obrigou a muitas
deslocações semanais a Lanhelas. É tudo por nossa con-
são de Festas, cerca de 16 mil
pessoas que se deslocaram de
todo o país e da vizinha Galiza para provarem um petisco
único: a solha seca fumada. “A
solha chama muita gente porque é a curiosidade de provar
um peixe seco. Saber como é”,
revela Sílvia Barros, a portavoz do grupo de 14 pessoas
nomeadas para organizarem e
concretizarem a romaria deste
ta porque nós somos voluntários, não ganhamos nada com
a festa. É o gosto e é o orgulho de chegarmos ao fim e a
festa ter corrido lindamente,
como correu este ano”.
Valeu o trabalho da Comissão, sangue, suor e lágrimas
é mesmo nos três dias de festa. Os membros da Comissão
dormem uma a duas horas por
noite e passam o dia na cozinha
ano. “Tivemos muitos galegos
que vieram pela primeira vez
e vieram dizer-nos que tinham
provado a solha e tinham gostado muito”, acrescenta.
A comissão de festas do próximo ano já está nomeada. Espera-se que ninguém falhe, mas,
assegura Silvia, há sempre gente para fazer a festa. “Não deixa de se fazer”, até porque “há
sempre alguém que não está
na lista e que quer fazer parte”. Isso mesmo aconteceu
este ano. Foram nomeados
oito casais, apenas sete aceitaram, mas acabaram por ser
umas 20 pessoas a pôr mãos à
obra, sobretudo durante aquelas três dias (5,6 e 7 de Setembro). Mas, o trabalho começa quase um ano antes. A
Comissão assume em Dezembro e, desde então, a dedicação é contínua. “É um ano de
e a servir os muitos petiscos
que confeccionaram. “O suor
todo é nos três dias, principalmente no Sábado em que uma
pessoa não anda, uma pessoa
corre, patina e queima-se. Nós
chegamos a entrar em casa de
gatas. São muitas horas em pé,
nós não nos sentamos. Comer,
nós não fazemos refeições, pica-se um bocadinho daqui e
um bocadinho dali. De Sexta para Sábado e de Sábado
para Domingo, praticamente
não se dorme”.
15 dias antes, faz-se o teste
com a Festa do Emigrante, realizada para angariar verbas,
tal como todas as outras iniciativas levadas a cabo ao longo do ano: o cozido, a feijoada, torneios de sueca.
É na Festa do Emigrante que
se revelam os petiscos que vão
ser servidos na festa das so-
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O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
lhas. É que, além da solha,
a Comissão Organizadora
apresentou este ano outras
iguarias: rojões, fêveras,
arroz doce e muito mais.
Tudo à moda de Lanhelas.
“Tivemos de apreder como
se fazia”, confessa a soutelense Sílvia, agora adoptada por Lanhelas. Foi o caso
do arroz doce e a confecção
das solhas. Foi meio ano a
arranjar e a secar solhas à
moda de Lanhelas.
Trabalho que agora, confessa, que valeu a pena. Os membros da Comissão criaram laços de amizade e já pensam
voltar à carga, “daqui a uns
dois ou três anos”.
O balanço da edição desta
ano da festa é positivo: bateram-se recordes de afluência,
foram angariadas os cerca de
40 mil euros necessários para
pagar todas as despesas, até
porque em 2014 a festa foi
rija e não faltaram os grupos
musicais para animar as noites, as bandas de música para
animar o dia e os espectáculos pirotécnicos para dar cor.
Para o ano há mais!
Câmara só paga passeio a alguns
dos pensionistas e reformados
do concelho de Caminha
“Revoltante”. É desta forma que o PSD de Caminha
qualifica a decisão do executivo socialista, que este
ano apenas apoia os idosos
que estão nas Instituições
Particulares de Solidariedade Social no passeio à
cidade de Fátima.
Em comunicado, a concelhia do Partido Social Democrata diz tratar-se de
“um acto pouco coerente”
resolver separar os idosos
do concelho em “idosos de
primeira” e “idosos de segunda”. O autarca Miguel
Alves diz que a Câmara não
tem capacidade financeira
para juntar todos os idosos.
Em declarações ao jornal
C- O Caminhense, a presidente daquela estrutura partidária, Liliana Silva, revela
que teve conhecimento da
situação através de alguns
idosos que se dirigiram à
Câmara para se inscreverem
no passeio a Fátima, agendado para o dia 18 de Setembro, mas foi-lhes recusado. “Na nossa opinião, é
grave porque nós sabemos
que a Câmara irá apoiar o
passeio promovidos pelas
IPSS e, portanto, deveria
estender-se a todos”.
Contactado pelo jornal CO Caminhense, o presidente
da Câmara, Miguel Alves,
justificou a decisão afirman-
do que “este é um passeio que
tem por objetivo o convívio,
não tem uma política de acção
social. É agradável, mas no
ano passado custou ao município 30 mil euros”. Garante
o autarca que, “nas circunstâncias actuais, é muitíssimo
dinheiro”. Miguel Alves vai
mais longe, acrescentando que
“com as dificuldades que temos em termos sociais em
todo o concelho, com pessoas a passar fome, com pessoas a viver situações muito
difíceis em termos familiares, o dever da Câmara Municipal é estar atento a estas
dificuldades, acorrer a situações de emergência, acorrer àqueles que estão a sofrer
e, se calhar, se tiver opções,
cortar nos jantares, danças e
convívios”.
A concelhia do PSD de Caminha diz que a Câmara não
pode justificar esta decisão
com falta de dinheiro quando, por exemplo, gasta oito
mil euros para contratar a
Sónia Araújo e 50 mil Euros para contratar o Anselmo Ralph, que, acrescenta,
ainda não pagou.
Liliana Silva acrescenta que
“o discurso mais habitual é:
não há dinheiro, não há dinheiro”. “As pessoas só ouvem dizer isso, mas a verdade é que depois vêem gastar
dinheiro em outras coisas que
poderiam ser preteridas em relação, por exemplo, aos nossos reformados, porque muitos
deles é a única oportunidade
que têm para saírem de casa,
para conviverem uns com os
outros. Isto é extremamente
importante para os reformados”, defende.
Miguel Alves responde dizendo que o PSD fala do
que não sabe.”O espectáculo, realizado em Vila Praia
de Âncora, que é uma vila
que merece esta animação
e que merece ser lembrada
como foi no Dia Mundial
da Criança, é um espectáculo que é pago em grandíssima parte pela Comissão
de Protecção de Crianças e
Jovens de Caminha. Nem
sequer passa pelos recursos do município. Um disparate fica já assinalado”,
sublinha o autarca.
O presidente da Câmara
de Caminha vai mais longe nas críticas considerando
que o PSD tem “despeito”
dada a “incapacidade que
teve ao longo dos anos para
qualificar a oferta”, “nomeadamente em Vila Praia de
Âncora”, afirmando que “o
ataque” é feito àquela vila
do concelho de Caminha.
“O despeito que tem por não
conseguir fazer uma animação com qualidade e com
capacidade de atracção, que
pudesse fazer aquilo que
aconteceu este Verão, enchendo os hotéis, enchendo os restaurantes”, reforça.
Miguel Alves termina assegurando que o executivo
conseguiu, este ano, fazer
“mais animação cultural
com menos dinheiro”.
Autarca de Caminha garante ter gasto menos
1 milhão de euros no primeiro semestre
Os resultados de
gestão do município
de Caminha,
relativos ao primeiro
semestre deste
ano, revelam uma
situação financeira
controlada, marcada
por uma diminuição
acentuada da
despesa.
Segundo a autarquia liderada por Miguel Alves, as
despesas correntes caíram 1
milhão e 200 mil euros relativamente ao mesmo período do ano passado.
O maior esforço de conten-
ção, sublinha o autarca, aconteceu na área da aquisição de
bens e serviços: “é aquilo que
é mais difícil porque tem a ver
com a aquisição de tudo o que
é necessário para o funcionamento da Câmara, as despesas
diminuíram em 1.3 milhões relativamente a 2013. Nos bens
de capital, que é diferente, tivemos um decréscimo de 270
mil euros”. O presidente da Câmara sublinha os resultados alcançados numa altura em que
houve um “corte de receita”.
“Ainda no ano passado a Câmara recebeu uma receita extraordinária no âmbito do programa de apoio ao pagamento
a fornecedores no valor de 1,6
milhões de euros. Este ano não
temos essa receita e temos sobre nós a ameaça de poderemnos cortam 100 mil euros por
causa dos 36 funcionários que
entraram na Câmara durante
o ano de 2013”, declara Miguel Alves.
aos compromissos longos que
pendem sobre a própria Câmara. Estou a falar das grandes dívidas como a obrigatoriedade do pagamento das
piscinas que representam um
esforço de quase 20 milhões
de euros; das dívidas dos tribunais, já que agora têm saído
todas as sentenças que impenO presidente da Câmara de Ca- dem sobre a Câmara; estou a
minha refere que a situação fi- falar das despesas de funcionanceira da autarquia é mui- namento”, afirma o autarca.
to complicada e que as contas
vão continuar desequilibradas Miguel Alves acrescenta que
durante muito tempo, porque o executivo socialista está a
“a Câmara tem dificuldades fazer todos os esforços para a
de tesouraria”. “Estamos com Câmara não recorrer ao Funmuitas dificuldades para acorrer do de Apoio Municipal.
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JORNAL
DISTRITO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Câmara Municipal
de Ponte de Lima
aprova manter
benefícios fiscais
para o ano 2015
Valença aposta na captação
de novos visitantes
A Câmara Municipal de Valença vai apresentar, no início
do Outono, novos produtos de
promoção turística da cidade.
Uma APP para telemóvel sobre a fortaleza, painéis interactivos e novos mapas turísticos
destacam-se do novo pacote
promocional.
A APP sobre a fortaleza de
Valença é uma nova aplicação para telemóveis que permite visitas guiadas detalhadas
e orientadas pelos pontos mais
marcantes do centro
Um conjunto de painéis interactivos vai permitir uma leitura detalhada e orientada da
fortaleza e da sua evolução histórica desde os primeiros povoados castrejos até à atualidade, com recriação 3D dos
momentos mais marcantes da
fortificação.
Novos mapas turísticos, em formato papel, proporcionam um
conhecimento e viagem pelos
pontos mais emblemáticos e interessantes da fortaleza de Valença.
Estes novos produtos turísticos
serão apresentados publicamente no congresso das Muralhas
Digitais do Noroeste Peninsular a realizar em Valença, no final deste mês.
Os novos equipamentos e materiais são o resultado do projecto Muralhas Digitais que, a
par de Valença, incluem também
Monção, Melgaço, Lugo e Santiago de Compostela e contam
com financiamento dos fundos
comunitários através do programa POCTEP.
Valença aposta em
orçamento participativo
para definir evento
internacional
Valença avança com o Orçamento Participativo, pela segunda vez, para a elaboração
do Orçamento Municipal, através da consulta popular, desta
vez, para a criação / consolidação de um evento que projecte
internacionalmente a cidade.
Desta consulta popular esperam-se propostas que deverão
culminar no lançamento de num
evento potenciador da imagem
de Valença internacionalmente.
Segundo avança fonte da autarquia local, as propostas deverão ter por base a promoção
turística e cultural internacional de Valença, com a organização de um evento capaz de
projectar a cidade e o território
e atrair novos fluxos turísticos.
Os cidadãos podem apresentar as suas propostas até 30 de
Outubro, directamente na Câmara Municipal, ou através do
e-mail: [email protected].
Em nota enviada à imprensa, o executivo liderado por
Jorge Mendes explica a aposta, justificando que “o Orçamento Participativo tem por
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objectivo contribuir para o
exercício de uma intervenção informada, activa e responsável dos cidadãos nos processos de governação local de
Valença, garantindo a participação dos cidadãos e das organizações da sociedade civil
na decisão sobre a afectação
de recursos às políticas públicas municipais, neste caso na
área turística e cultural”. Acrescenta que “o município de Valença, com a realização deste
Orçamento Participativo, pretende reforçar os instrumentos de democracia participativa aproximando a autarquia
e a administração ao cidadão.
Para o presidente da Câmara
Municipal , “os contributos dos
valencianos são fundamentais
para a definição da estratégia
de afirmação / promoção da
cidade, tendo por base a dinâmica cultural / turística e económica do nosso território”.
“Queremos um grande evento para Valença pensado por
todos e para todos que seja a
nossa cara e a nossa marca”.
A Câmara Municipal de Ponte de Lima
deliberou manter os atuais benefícios
fiscais no próximo ano de 2015.
Segundo proposta apresentada pelo presidente da
autarquia, Victor Mendes, “enquanto for financeiramente sustentável, deverão ser mantidas as medidas
tomadas relativamente aos benefícios fiscais sobre os
quais detém a necessária autonomia para concretizar
ou propor a sua redução ou isenção. Salvaguarda-se,
no entanto, qualquer alteração que posteriormente venha a ser obrigatória por força das opções e orientações constantes no Orçamento de Estado para 2015”.
Em nota enviada à imprensa, o executivo camarário justifica que os cortes por parte da Administração Central, que têm vindo a ser efectuados e acumulados todos os anos desde 2010, representam neste
momento uma redução total de 1.624.171,00€, nas
transferências no âmbito do FEF – Fundo Equilíbrio
Financeiro e FSM – Fundo Social Municipal. A proposta de Lei que estabelece o Regime Financeiro das
Autarquias Locais aponta desde já para um conjunto
de medidas que impõem limitações e restrições à autonomia local, bem como a diminuição das receitas
municipais que irão certamente afectar negativamente a gestão das autarquias locais no futuro próximo.
Neste sentido, a diminuição da receita por via das
medidas que irão ser implementadas, os municípios
prevêem que a disponibilidade de tesouraria seja seriamente afectada pela obrigação de “sustentar” a
criação do FAM - Fundo de Apoio Municipal, que
resulta desta lei que se baseia no “princípio da solidariedade nacional recíproca”.
Ainda assim, e “apesar da presente proposta representar um esforço financeiro significativo para a autarquia, o Executivo Municipal considera que os benefícios fiscais trarão consideravelmente mais-valias
para a concretização da estratégia de desenvolvimento que o município tem vindo a dinamizar”. Fonte
municipal acrescenta que “a boa gestão dos dinheiros públicos terá, neste cenário, uma relação directa com a maior ou menor disponibilidade financeira
das famílias e empresas”.
IRS – O executivo propõe abdicar da participação
variável que pode ir até cinco por cento no IRS dos
sujeitos passivos com domicílio fiscal em Ponte de
Lima, relativa aos rendimentos do ano imediatamente anterior. Continua-se, em 2015, a optar pela isenção do pagamento dos 5 % do IRS pelos munícipes.
Esta medida irá implicar, e de acordo com as previsões feitas para o ano de 2014, a perda pelo município de uma receita de 573.975,00€.
IMI – O Executivo propõe em 2015 manter a taxa
de 0,32% para os prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI.
No que se refere à Derrama Municipal, mantémse a isenção para as empresas que se instalarem no
concelho. Esta medida implica em média, uma perda anual de cerca de 350.000,00€.
Reabilitação dos
territórios e economia
urbana em debate
Viana do Castelo
recebe 3º Seminário
“Territórios e Cidades
do Norte Atlântico
Ibérico”
O seminário “Território e Cidades do Norte Atlântico Ibérico” vai já na sua 3ª edição e
este ano decorre nos dias 25
e 26 de Setembro, em Viana
do Castelo.
O âmbito temático desta edição enquadra-se na noção de
que a viabilidade e reabilitação dos territórios dependem
do seu potencial de gerar valor
e emprego, através da capacidade de atrair e fixar actividades económicas e habitantes.
No seguimento dos anos anteriores, é objectivo deste encontro aprofundar o debate de
ideias e a produção de conhecimento sobre dinâmicas urbanas que caracterizam o contexto geográfico entre o Norte
de Portugal e a Galiza (Espanha). Em cima da mesa estarão temas como a reabilitação dos territórios, a economia
urbana e os usos do solo, enquanto elementos e processos
básicos da transformação das
estruturas sociofísicas.
O seminário conta com o contributo de académicos, profissionais de planeamento, gestores
de empresas e de infraestruturas, oriundos de ambos os países da Península Ibérica.
Para além de uma mostra de
trabalhos académicos desenvolvidos pelos alunos da Escola Superior Gallaecia, no
âmbito do Mestrado Integrado em Arquitetura e Urbanismo, o evento contempla ainda
uma exposição dos desenhos
do workshop internacional VernaDoc 2013.
Organizado e coordenado
pela Escola Superior Gallaecia, em parceria com a Câmara Municipal de Viana do
Castelo, o seminário terá lugar na Sala Couto Viana, na
Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, sendo a inscrição gratuita, mas obrigatória,
através do contacto [email protected].
JORNAL
DISTRITO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
autarquia
de Cerveira
orGanizou
CaMinhada
solidária
a favor dos
boMbeiros
voluntários
do ConCelho
O convite foi lançado: caminhar e ajudar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Cerveira.
O Parque de Lazer do Castelinho foi, no passado Sábado
o ponto de encontro para um
percurso solidário junto à margem do rio Minho. A campanha, organizada pela Câmara Municipal de Vila Nova de
Cerveira, em parceria com os
‘soldados da paz’ cerveirenses, contagiou a comunidade
residente em prol de uma causa que é também da responsabilidade de cada um de nós. O
objetivo da iniciativa passou
por dar um contributo aos bombeiros do concelho, uma instituição sem fins lucrativos que
sobrevive graças a subsídios e
à ajuda da população para fazer face às despesas de aquisição e beneficiação dos seus
equipamentos. Com um preço
simbólico de 2 euros, a Caminhada Solidária foi um sucesso, integrada no lema ‘Ajudenos a ajudar!”
Mais de 15 Mil
atendiMentos no
novo serviço da
CâMara MuniCipal
de viana do Castelo
O novo Serviço de Atendimento ao Munícipe (SAM)
da Câmara Municipal de Viana do Castelo, que abriu
portas há seis meses, registou já mais de 15.500 atendimentos. Trata-se do único interface com o munícipe,
que pretende facilitar a resolução de todos os problemas e questões municipais, sendo que o horário é das
09h00 às 16H30 sem interrupção para almoço e com
uma equipa dedicada.
O novo espaço, instalado no edifício da antiga repartição de Finanças de Viana do Castelo que foi
sujeito a obras de requalificação orçadas em cerca de 200 mil euros, ocupa uma área de aproximadamente 650 metros quadrados, acolhe os serviços de Atendimento Geral, Taxas e Licenças,
Tesouraria, Mercados e Feiras e Urbanismo (projetos, requerimentos, levantamento de documentos e informações), mas também uma sala de reuniões técnicas.
De sublinhar que esta é a segunda fase de um projecto
que visa melhorar o atendimento ao público da Câmara
Municipal de Viana do Castelo. A primeira medida foi
a desmaterialização de processos no âmbito do Plano
de Modernização Administrativa encetada já no mandato anterior; este novo serviço – SAM- é a segunda;
seguindo-se depois o novo portal de submissão online.
Por ser um “case-study”, foi já alvo de apresentação
como bom exemplo junto da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte e de visitas de diversas autarquias como Vila Real, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia ou Braga.
ipvC entre os
politéCniCos Mais
proCurados
do país
O Instituto Politécnico de Viana do Castelo [IPVC] está entre
os politécnicos com maior procura na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, ao registar 54%
de ocupação de vagas. Para Rui
Teixeira, presidente da instituição, é “muito positivo e deixanos muito satisfeitos”. A nível
nacional a instituição volta a
ser a 6ª mais procurada pelos
candidatos ao ensino superior.
O resultado “é obra de todos.
Primeiro de uma região que
nos acolhe, das pessoas que a
constituem, do seu poder político e, depois, de um instituto cada vez mais preocupado
em servir com a qualidade dos seus professores e
funcionários”, considera
Rui Teixeira, sem esquecer a “imagem social que
é desenvolvida pelos nossos
alunos enquanto estudantes
e depois quando assumem
o seu lugar no mercado de
trabalho”.
O Politécnico de Viana continua a preencher 100% de
vagas de um considerável
leque de cursos, a saber
Biotecnologia, Design do
Produto, Desporto e Lazer,
Educação Básica, Educação
Social Gerontológica, Enfermagem, Gestão, Turismo
e Marketing e Comunicação
Empresarial, em que neste
ficaram por preencher apenas
2 vagas “residuais”.
Com os resultados mais baixos em termos de ingresso registaram-se os cursos de engenharia de áreas como Civil
e do Ambiente, Computação
Gráfica e Multimédia, Energias Renováveis, Mecânica e
Redes de Computadores, bem
como as licenciaturas de Agronomia, Ciências e Tecnologias
do Ambiente, Organização e
Gestão Empresariais, Contabilidade e Fiscalidade.
Face a estes resultados, o Presidente Rui Teixeira volta a sublinhar que “esta é apenas a primeira fase de um concurso e
apenas de um dos corpos que
concorrem ao ensino superior:
os alunos do ensino secundário”, recorda. Para além “destes
que terão agora a segunda e a
terceira fases - e que permitirão o preenchimento de grande
parte dos cursos que ficaram
por preencher - existem depois
alunos de outras proveniências
como os dos concursos e regimes especiais, os maiores de
23 anos - regime com grande
procura no país - e os alunos
dos CET, dos quais uma significativa percentagem tem acesso ao ensino superior”.
Assim, “só depois destas fases é que poderemos estar em
condições de fazer a avaliação
final”, conclui Rui Teixeira.
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JORNAL
DISTRITO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
ARCOS DE VALDEVEZ
CAMINHA
PAREDES DE COURA
PONTE DA BARCA
PONTE DE LIMA
Carpinteira seGura
distrital do ps de
viana do Castelo
José Manuel
Carpinteira continua
a ser o líder da
distrital do ps .
o candidato venceu
as eleições para a
federação distrital
do partido socialista
de viana do Castelo
com 55,7% (304) dos
votos contra os 44,3%
(240) conquistados
por Jorge fão.
Segundo fonte da Comissão
Organizadora do Congresso,
votaram nas 14 estruturas locais do partido, espalhadas pelo
Alto Minho, 555 militantes dos
cerca de 600 inscritos. Registaram-se seis votos em branco
e três nulos.
Arcos de Valdevez (25 votos);
Melgaço (40 votos); Paredes de
Coura (22 votos); Valença (17
votos) e Vila Nova de Cerveira (156 votos) deram a vitória
a Carpinteira.
Jorge Fão conseguiu mais votos em Barroselas (10 votos);
Caminha (34 votos); Margem
Esquerda do Lima (25 votos);
Monçao (16 votos); Ponte da
Barca (10 votos); Ponte de Lima
(18 votos); Viana do Castelo
(34 votos) e Vila Praia de Âncora (18 votos).
Em Caminha, a maioria votou Jorge Fão para presidente
da federação rosa. Dos trinta e
cinco inscritos, apenas dois votaram no candidato vencedor.
Miguel Alves, presidente daquela concelhia do PS, destacou a
participação dos simpatizantes
nestas eleições e confessou estar “muito optimista” na vitória de António Costa.
Mesmo com mais votos em Caminha, Fão não conseguiu con-
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quistar a liderança da distrital a
Carpinteira, que avança agora
para o terceiro mandato consecutivo. O candidato derrotado
felicitou o vencedor e mostrouse disponível para “continuar a
trabalhar” por aquilo que ser o
seu objetivo: “unir e reforçar o
PS e defender o Alto Minho”.
“Espero que quem ganhou tenha agora também esse comportamento magnânimo que vai no
sentido de procurar unir e criar
coesão no próprio partido. Eu e
as pessoas que me apoiam temos disponibilidade para esse
efeito e o partido socialista necessita no distrito de Viana do
Castelo desse reforço. Caberá
agora ao Carpinteira e a quem
o acompanha dizer, até ao congresso, o que pensa e o que pensa fazer no distrito de Viana do
Castelo”, declarou Fão.
O vencedor desta “disputa entre camaradas” fala em “disputa limpa” em que “os militantes participaram de forma livre”
e, por isso, classifica esta como
uma “vitória justa”.
Em declarações ao jornal C –
O Caminhense revelou que o
seu principal objectivo é preparar o partido para “uma vitória absoluta nas legislativas
de 2015”.
As divergências e as lutas
internas trazidas à luz do dia
perante os processos eleitorais
para as distritais, mas também
para a liderança do partido são
questões a que Carpinteira promete dar atenção: “temos de
reorganizar e unir o partido.
Temos também de fazer um
trabalho de maior proximidade com as concelhias”.
Os militantes socialistas e os
simpatizantes que se inscreveram vão escolher o secretáriogeral do PS e candidato socialista a Primeiro Ministro no dia
28 deste mês. O presidente da
distrital de Viana do Castelo
está ao lado de António José
Seguro: “eu espero que no distrito de Viana do Castelo possa
ter mais votos o António José
Seguro”.
Ainda assim, Carpinteira garantiu que “a Federação Distrital apoiará a 100% aquele que
vier a sair vencedor”.
psd de viana
defende referendo
sobre touradas
na Cidade
O PSD de Viana do Castelo
defende a realização de um
referendo sobre as touradas
na cidade. A concelhia social democrata vianense refere que o presidente José
Maria Costa “não é a voz da
razão” e sublinha a necessidade de dar voz aos vianenses para que a Câmara
“não passe pela vergonha
de ser desautorizada pelos
tribunais”.
Helena Marques, vereadora
social democrata eleita para
o executivo camarário vianense explicou, em declarações ao jornal C – O Caminhense, que o PSD defende
que “os vianenses deveriam
ser ouvidos”. “Já propusemos isso em reunião de Câmara, já propusemos em As-
sembleia Municipal que fosse
referendada”.
Segundo justifica a autarca,
“a lei permite que, se for referendada e se o não às touradas ganhar, poderemos pedir
um regime de excepção para
que, de facto, Viana seja uma
cidade anti-touradas”.
Seria uma solução para evitar que, sucessivamente, os tribunais desautorizem as decisões tomadas pelo executivo
camarário local: “poderíamos
impedir que se caia sempre no
ridículo de, durante três anos
consecutivos, o presidente da
Câmara ser desautorizado pelo
tribunal”. “Não basta a ideia de
uma pessoa para mudar a filosofia de uma cidade”, garante.
Para os sociais democratas
é as vianenses a quem cabe,
de direito, a decisão de Viana
ser, ou não, uma cidade antitouradas. E a opinião popular
só poderá ser auscultada através de referendo. “Não pode
ser a vontade de uma só pessoas, tem de ser decidido por
quem de direito”. “A lei permite que haja tourada e o PSD
acha que, se é para criar um regime de excepção, tem de ser
referendado” , sublinha Helena Marques.
O PSD refere-se ao facto de
o Tribunal de Braga ter autorizado a realização de uma
tourada no Concelho de Viana
do Castelo numa arena amovível, apesar da autarquia não
ter aceite o pedido de licenciamento.
psd acusa autarquia
de viana de gastos
“exorbitantes” com
estacionamento
na cidade
Os vereadores do PSD na Câmara de Viana exigem também
toda a verdade sobre os custos que consideram “exorbitantes” das campanhas de estacionamento lançadas o ano
passado na cidade capital do
distrito.
“Fomos confrontados, já em
campanha, com o actual presidente do município a dizer que
iria criar medidas de excepção, que acabou por transformar em regra”, acusa Helena
Marques, vereadora social democrata sem pelouro no executivo camarário vianense.
Segundo a autarquia, a ex-
JORNAL
DESPORTO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
MELGAÇO
MONÇÃO
VALENÇA
VIANA DO CASTELO
‘Triatlo da Amizade’ volta
a unir atletas portugueses
e galegos no final do mês
Perfeitamente
consolidado
nas provas da
modalidade, o
Triatlo da Amizade,
Cerveira-Tomiño,
regressa no último
fim-de-semana de
Setembro (dia 28)
com a participação
de mais de uma
centena de atletas
portugueses e
galegos. A VIII
edição tem início
às 15h30, do Cais
de Vila Nova de
Cerveira.
ceção transformou-se em regra e é agora apelidada pelo
socialista José Maria Costa,
presidente do executivo, de
“política de estacionamento”,
que não é mais do que “continuar a pagar aos concessionários por lugares gratuitos entre
as 18 horas e as 2 da manhã e
aos Sábados e Domingos, dizendo que isto fomenta o comércio tradicional”.
O PSD discorda, até porque
o comércio não funciona a essas horas. A autarca social democrata discorda de “todo este
despesismo” assegurando que
“com muito menos dinheiro
conseguiria uma solução muito melhor para os moradores,
para os comerciantes e para os
visitantes de Viana”.
O PSD de Viana queixa-se da
falta de informação disponibilizada pela Câmara e manifesta
ainda profunda preocupação,
uma vez que o município poderá incorrer no pagamento de
duas indemnizações no montante global de mais de oito
milhões de euros, recebendo
em troca a posse dos parques:
uma referente ao da Praça da
Liberdade (mais de sete milhões), cujas acções judiciais
transitam em julgado, e outra
respeitante ao “encerrado” parque do Campo d`Agonia (cerca de 800 mil euros).
Com organização conjunta da Câmara Municipal de
Vila Nova de Cerveira e do
Concelho de Tomiño, com
o apoio técnico da Federação Portuguesa de Triatlo e
da Federação Galega de Tria-
tlo, ano após ano, esta competição internacional vai atraindo
um número crescente de participantes que têm como ponto
5 MEDALHAS COM
SOTAQUE LIMIANO NAS
ESPERANÇAS OLÍMPICAS
A representação nacional de
cadetes e juniores conquistou
um total de 8 medalhas na
edição de 2014 das “Olympic
Hopes” (Esperanças Olímpicas), competição que decorreu em Piestany, Eslováquia,
com a participação de 12 jovens promessas da canoagem
nacional, 3 dos quais atletas
do Clube Náutico de Ponte
de Lima. Francisca Carvalho, Hugo Figueiras e João
Amorim apresentaram-se ao
mais alto nível, contribuindo de uma forma significati-
va para o pecúlio nacional, estando diretamente associados à
conquista de 5 das 8 medalhas.
Os resultados obtidos pelos
atletas limianos foram de grande nível, destacando-se João
Amorim, que obteve três medalhas: prata em C1 1000 metros e C1 500 metros, além do
bronze em C1 200 metros. Outro destaque vai para a promessa Hugo Figueiras, que deu um
forte contributo para a conquista da medalha de ouro em K4
200 metros e a de prata em K2
500 metros.
2014, a saída está prevista para
o cais de Vila Nova De Cerveira com a prova de natação;
em solo galego decorre a transição para o ciclismo que terminará no cais português para
dar lugar ao atletismo.
Os atletas terão que nadar uma
distância de 750m até ao Cais
de Goian, onde estará situada a
primeira área de transição. Aí
a prova de ciclismo (btt) integra quatro voltas no castelo e
posterior ida até Vila Nova de
Cerveira, atravessando a Ponte da Amizade passando pela
Avenida de Tomiño até ao cais
cerveirense terminando o percurso em BTT com um total de
19,6 kms. Para finalizar, a corrida marcada por um percurso
em paralelo e asfalto composde união o rio Minho e a Pon- to por três voltas equivalente a
te da Amizade.
um total de 5000m, cumprinO início do Triatlo alterna de do um circuito pelo Casco da
local a cada ano e, na edição Vila de Cerveira.
A estreante Francisca Carvalho obteve também resultados
de nível muito elevado, conquistando a presença na final
nas duas provas em que participou. Venceu a eliminatória de K1 500 metros e, na final, foi sexta classificada. Em
K1 200 metros, venceu a eliminatória e a semi-final, chegando depois ao quinto lugar
na final. A jovem promessa limiana integrou ainda o K2 500
metros que, na final, foi oitavo classificado.
Uma participação de alto nível da seleção nacional, com
resultados muito positivos e
um forte contributo dos atletas do Clube Náutico de Ponte
de Lima, que continua a afirmar-se como a formação mais
forte da canoagem portuguesa.
NÁUTICO DE
PONTE DE LIMA
DOMINA PRIMEIRAS
PAGAIADAS
Grande dominador do panorama da canoagem nacional,
tanto ao nível da alta competição, como no campo da forma-
ção, o Clube Náutico de Ponte
de Lima, depois de arrecadar
as etapas zonais, foi o grande vencedor da fase final das
“Primeiras Pagaiadas”, que se
realizaram este fim de semana
em Montemor-o-Velho. O clube limiano obteve um total de
942 pontos, deixando o segundo classificado, o C. N. Marecos, a 521 pontos de distância,
resultado que ilustra o domínio exercido pelas jovens promessas limianas, numa competição aberta a menores, infantis
e cadetes. Em terceiro lugar ficou o C. N. de Prado, com 394
pontos, numa competição em
que participaram mais de 300
atletas, de 33 clubes.
Em termos individuais, o destaque vai para os jovens limianos que atingiram o lugar mais
elevado do pódio: Cristiana Silva, em K1 menor feminino 1.º
ano; Ricardo Rodrigues, em C1
cadete; João Machado e Samuel
Rocha, em K4 iniciado; João
Fernandes e Rui Matos, em K2
cadete; Bruno Lima e Ricardo
Coelho, em C2 cadete; Fernando Costa, André Gomes, Bruno Gomes e João Pimenta, em
VILA NOVA DE CERVEIRA
Em disputa estará o Troféu da
Amizade, uma obra da autoria
do escultor espanhol Arcadio
Blasco. Esta pequena escultura
tem a designação de Encontro
de Culturas e, desde a primeira
edição, é o símbolo do Triatlo
da Amizade. De salientar que
o troféu nunca é propriedade
de qualquer um dos intervenientes na prova, fazendo-se
sempre a passagem deste símbolo da amizade entre os galegos e os portugueses, conforme
quem seja o vencedor da prova. O país vencedor guardará
o troféu até à edição seguinte.
Á semelhança de edições anteriores, uma seleção de triatletas portugueses representará a
Federação Portuguesa de Triatlo e outra formada por triatletas galegos representará a Federação Galega de Triatlo.
Podem participar tanto triatletas federados como não federados, que terão de solicitar
na sua respetiva federação a
licença de um dia para poder
participar (no caso dos não federados). Refira-se ainda que
os triatletas poderão participar
tanto de forma individual como
em equipas (estafetas).
K4 menor; Lara Crispim, Francisca Lopes, Matilde Fernandes
e Cristiana Silva, em K4 menor feminino; Rui Matos, João
Abreu, José Fernandes e Marco Sampaio, em K4 cadete; Samuel Rocha, João Machado, José
Matos e Lourenço Rocha, em
K4 iniciado; Bruno Lima, Ricardo Coelho, César Gomes e
Daniel Barros, em C4 cadete.
No segundo lugar ficaram Bruno Lima, em C1 cadete; Beatriz Lamas e Maria Lopes, em
K2 iniciado feminino; Francisca Lopes e Cristiana Silva,
em K2 menor feminino; Raquel Dantas, Sofia Dantas, Beatriz Lima e Maria Lopes, em
K4 iniciado feminino.
No terceiro lugar do pódio,
classificaram-se ainda Bruno
Brasileiro e José Matos, em
K2 iniciado; Maria Guerra e
Rita Nascimento, em K2 cadete feminino; Luana Pinho, Rita
Dantas, Margarida Fernandes
e Rita Gonçalves, em K4 infantil feminino; João Matos,
Pedro Costa, César Sá e Bruno Brasileiro, em K4 iniciado.
O balanço é de 10 títulos, num
total de 18 presenças no pódio.
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JORNAL
CULTURA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Guimarães
Jazz volta a
surpreender
com cartaz de
excelência
Dealema e Keep
Razors Sharp na
Festa do Outono
do VIBE 2014
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PROGRAMAÇÃO
VIBE 2014 | FESTA DO OUTONO
19-20 SETEMBRO | VIANA DO CASTELO
PARQUE DA CIDADE
SEX 19-SET
DEALEMA | www.facebook.com/dealema
VAI-TE FODER | www.facebook.com/vai.te.foder.grind
ERMO | www.ermo.bandcamp.com
SOLAR CORONA | www.solarcorona.bandcamp.com
RAPORTER FEAT DJ CASCA | www.facebook.com
ricardo.ferreira.18488169
VIRCATOR | www.facebook.com/vircator
SÁB 20-SET
Em Viana do Castelo, no coração do Alto-Minho, estão todos
convidados a dar as boas-vindas à terceira estação do ano.
Este fim-de-semana, dias 19 e
20 de Setembro, no Parque da
Cidade, Dealema, Keep Razors
Sharp, Mega Draive e Ermo são
destaques em cartaz na Festa do Outono do VIBE 2014.
Os Dealema são um dos mais
antigos colectivos hip hop em
activo no nosso país. No dia de
abertura da Festa do Outono,
os Dealema apresentam “Al-
|22
vorada da Alma”, um regresso
às origens algures entre Gaia e
Porto, onde tudo começou no
que respeita ao rap do norte.
O maior destaque do segundo dia da Festa do Outono vai
para Keep Razors Sharp, Afonso
(Sean Riley & The Slowriders),
Rai (The Poppers), Bráulio (exCapitão Fantasma) e Bibi (Riding Pânico). Com uma sonoridade entre o psicadelismo e o
pós-rock, os Keep Razors Sharp
são uma das grandes apostas
nacionais do momento.
KEEP RAZORS SHARP | www.facebook.com
keeprazorssharp
MGDRV | www.facebook.com/mgdrv
BED LEGS | www.facebook.com/bedlegs
KESO FEAT VIRTUS & MINUS | www.facebook.com
originalmarginalkeso
PHOLE | www.facebook.com/pholediatonico
FAKE ERA | www.facebook.com/fakeeramovimento
recinto: Parque da Cidade
localização: Argaçosa, Viana do Castelo
início: 21:00 | ingressos [pré-venda]: 6€
[diário] | 10€ [2 dias]
+info: www.facebook.com/events/1469542719991206
organização:
Núcleo de Apoio às Artes Musicais
JORNAL
CULTURA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
David Murray, James Carter,
Adrián Oropeza, Theo Bleckmann, Reut Regev, Uri Caine,
Lee Konitz, Trondheim Jazz
Orchestra com Eirik Hegdal e
Joshua Redman são apenas alguns dos nomes que compõem
a edição de 2014 do Guimarães Jazz que este ano se realiza de 6 a 15 de Novembro
no Centro Cultural Vila Flor
em Guimarães.
O Guimarães Jazz completa
em 2014 a 23ª etapa de uma
longa história de divulgação
do jazz ao público português,
confirmando-o como um caso
raro de longevidade, persistência e capacidade de implantação na muitas vezes instável e
precária paisagem cultural nacional, e afirmando-o simultaneamente como um evento no
qual se conseguem construir
pontes temporais, estéticas e
geográficas. Numa época em
que as palavras “inovação” e
“mudança” parecem ter-se instalado em definitivo no léxico
do discurso contemporâneo, o
Guimarães Jazz surge como um
polo agregador de estabilidade, respeito pela história e tradição da música e convicção
nos valores que nos guiaram
desde o início deste trajeto. O
festival é também um lugar de
celebração da liberdade e que
assume o risco de enfrentar a
multiplicidade de caminhos e
possibilidades que marcam a
arte do presente.
O programa do Guimarães Jazz
2014 é o reflexo de uma identidade alicerçada e consolidada
no compromisso entre tradição
e vanguarda, rutura e citação. O
equilíbrio do alinhamento dificulta a escolha dos elementos em destaque, pelo que é a
força e a coerência deste conjunto de propostas o elemento
a reter desta edição. O festival
volta novamente a apresentar
um programa composto quase exclusivamente de nomes
nunca antes apresentados no
Guimarães Jazz – a exceção
é o incontornável pianista Uri
Caine, que faz a sua terceira
aparição no festival (depois de
um concerto com ensemble a
interpretar as “Variações Goldberg” de Bach, em 1999, e um
outro a solo em 2001), apresentando-se agora em trio. Teremos também a honra de ter
pela primeira vez o histórico
saxofonista Lee Konitz, o extraordinário Theo Bleckmann
num estranho e desafiante projeto de interpretação das canções de Kate Bush, bem como
os plenamente afirmados no-
mes no universo jazzístico de
David Murray, James Carter
e Joshua Redman, este último
como solista da Trondheim Jazz
Orchestra.
O Guimarães Jazz volta também a apresentar as já habituais atividades paralelas, entre as
quais as jam sessions e as oficinas de jazz (dirigidas este ano
por Reut Regev, o reputado cornetista Taylor Ho Bynum, Adam
Lane e Igal Foni), e mantendo
a frutuosa relação que tem vin-
do, nos últimos anos, a desenvolver com a ESMAE. É importante, porém, mencionar que
2014 marca o fim da colaboração com a editora TOAP e o início de uma parceria com a associação portuense Porta Jazz que
vem reafirmar a vocação do festival enquanto plataforma de visibilidade e promoção do jazz
português, e dos músicos mais
jovens em particular.
O jazz é o ponto de partida
deste grande evento cultural,
mas não a sua fronteira última.
O Guimarães Jazz pretende ser
um espaço de acolhimento e expressão de diversas linguagens
musicais e, nesse sentido, um
detonador de reflexões sobre
o que significa fazer música e
arte no convulsivo mundo de
hoje e em face do enigmático
horizonte de um futuro por vir.
À semelhança das edições anteriores, a maior parte dos concertos acontece no Centro Cultural Vila Flor, estando também
agendados dois espetáculos na
Plataforma das Artes e da Criatividade. Os bilhetes já se encontram à venda, podendo ser
adquiridos na bilheteira do Centro Cultural Vila Flor, da Plataforma das Artes e da Criatividade, bem como nas lojas Fnac,
El Corte Inglês e Worten, entre
outros pontos de vendas, e na
internet em www.ccvf.pt e oficina.bilheteiraonline.pt.
ótico em Vigo.
Ólöf Arnalds vem de uma
formação clássica, pertenceu
por um curto espaço de tempo aos Múm, mas foi através
da blogosfera que lançou os
seus primeiros temas num álbum intitulado Vi? Og Vi?, que
foi produzido pelo teclista dos
Sigur Rós, Kjartan’Sveinsson.
Mas só com o dueto que fez recente álbum de estúdio lancom a Björk no seu segundo çado este ano de título Suddisco Innundir Skinni,é que foi den Elevation.
reconhecida pelos media. Vem
a Vigo apresentar o seu mais
Miguel Estima
Miguel Estima
Voces
femininas 2014
A 29 de Novembro de 2014,
o auditório do Centro Cultural Fundación Novacaixagalicia
em Vigo irá acolher a 7ª edição
do festival dedicado às vozes
femininas. Um evento que já
contou com nomes como Sharon Van Etten ou Jesca Hoop,
este ano apresenta dois nomes:
tUnE-yArDs um projecto dos
Estados Unidos e da Islândia
ÓLÖF ARNALDS.
tUnE-yArDs é um projecto liderado por Merril Garbus. Sem
duvida que é uma das artistas
mais inovadoras da cena indie
internacional. Foi um dos concertos mais bem recebidos do
Festival de Paredes de Coura
em 2012. Acompanhada desde sempre de Nate Brenner, o
seu estilo mistura vários géneros não se fixando num estilo
concreto. A fusão entre o folk,
R&B, funk, free-jazz, afro-pop,
rock origina um estilo único
que não entra em nenhuma categoria concreta.
O primeiro álbum BirdsBrains foi gravado de uma
forma rudimentar, só com um
gravador portátil, e editado em
cassete. Foi ganhando sucesso com a sua música, o que a
levou a assinar contrato com
a prestigiada editora britânica
4AD. Tendo lançado em 2011
o álbum whokill, um dos álbuns referência da artista. Este
ano voltou ao estúdio e lançou recentemente o terceiro álbum de originais Nikki Nack.
Com uma energia arrebatadora, as suas performances são
uma surpresa constante. Um
concerto que se espera apote-
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JORNAL
SAÚDE
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
dê férias
à sua pele!
depois do verão,
a pele precisa de
férias, longe das
agressões do sol,
da água do mar e
das piscinas. precisa
de um tratamento
intensivo de (re)
hidratação, para
respirar de novo
saudável.
Setembro marca a transição
entre o Verão e o Outono. Para
uns ainda é tempo de férias, para
outros é tempo de regresso ao
trabalho (e às aulas). Pelo meio
aproveitam-se ainda muitos dias
de sol. São as vantagens de viver neste lado do mundo, em
que o bom tempo se prolonga por largos meses.
Contudo, este sol que proporciona tanto prazer também tem
um lado sombrio, de que a pele
é o órgão que mais se ressente.
Os raios que aquecem e bronzeiam também queimam, deixando marcas. As mais visíveis
são as das queimaduras solares, os famosos escaldões que
fazem a pele descamar e deixam manchas no mínimo pouco estéticas. Ao sol junta-se a
areia, o sal da água do mar, o
cloro e demais desinfectantes
das piscinas e, todos juntos,
estes factores contribuem para
que a pele fique ressequida e
desidratada, sem brilho e sem
elasticidade. É um prenúncio
do envelhecimento precoce, o
preço que a maioria paga pela
exposição intensiva e, quantas vezes, desprotegida ao sol.
Naturalmente que é possível
aproveitar os prazeres do verão
sem que a pele sofra, para isso
bastando usar correctamente o
protector solar (adequado ao
tipo de pele e eficaz contra a
radiação ultravioleta A e B) e
moderar a exposição solar, fugindo do pico do calor.
mas remediar também é possível e necessário quando a pele
já foi agredida. E para devolver o aspecto saudável à pele
há dois gestos essenciais: esfoliar e hidratar. A esfoliação
é uma técnica que permite remover as células mortas que
se acumulam à superfície da
pele: usam-se produtos específicos, distintos para o rosto
e para o corpo, já que são zonas com características diferentes; estes produtos têm a
textura de grãos de areia minúsculos que, uma vez aplicados sobre a pele e massajados,
funcionam como uma lixa suave que elimina os resíduos e
deixa a pele mais suave. Devem aplicar-se sobre pele húmida, de modo a limitar a fricção, numa base mensal.
Já a hidratação consiste em
nutrir a pele, devolvendo-lhe
o equilíbrio natural. Em circunstâncias ideais, a pele não
precisaria de hidratação extra,
uma vez que possui os seus
próprios mecanismos de regeneração. Todavia, mesmo sem
ser no Verão, a pele é sujeita a
acção de elementos externos, a
começar pela fricção do vestuesfoliar & hidratar
ário e passando pelos elementos do clima e pela poluição,
Prevenir é sempre melhor, que a deixam mais fragiliza-
É esse o efeito de produtos
despigmentantes, disponíveis
na sua farmácia: actuam sobre
a melanina, reduzindo a sua
produção e eliminando o excesso. O resultado é uma pele
progressivamente mais clara e
uniforme. Apesar de eficazes,
estes produtos não operam milagres: há que ser persistente.
E enquanto se espera pode ser
usada maquilhagem para disfarçar as manchas.
Não é de um dia para o outro
que se recupera a pele dos estragos causados no Verão. O
ideal seria prevenir sempre, primeiro poupando a pele, depois
protegendo-a e, finalmente, regenerando-a. Todos os dias. O
que em tempo de sol é sinónimo de uso de protector solar
e de aplicação de um produto
hidratante e calmante pós-sol.
Um gesto que, em Setembro,
continua a fazer todo o sentido: ainda há muito sol a brilhar e a queimar…
MoChilas pesadas
são preJudiCiais
para as Crianças
da. E em tempo de férias sofre a acção do calor, que acelera a libertação de fluidos e a
deixa com sede. Daí a secura
e a irritação, daí a falta de brilho e a perda de elasticidade.
O que há a fazer para compensar estes estragos é hidratar, hidratar, hidratar… Com
produtos emolientes, também
diferentes para corpo e rosto,
que se aplicam generosamente
pelo menos uma vez por dia.
De preferência após o banho,
para que a pele, ainda húmida, absorva bem o “alimento”.
O sol é ainda o responsável
pelas chamadas manchas de hiperpigmentação. A cor da pele
é conferida pela melanina, a
substância produzida por um
tipo específico de células – os
melanócitos. Quanto mais melanina, mais escura a pele é e
mais protegida está do sol e,
pelo contrário, quanto menos
pigmento existir mais clara a
pele e mais frágil perante a acção dos raios solares.
adeus às manchas!
O sol influencia a tonalidade
natural de cada um, na medida
em que ao incidir sobre a pele
faz com que as células produzam mais melanina – é assim
que acontece o bronzeamento.
Todavia, há um limite e, quando
a exposição solar é excessiva e
desprotegida, já não há melanina que defenda a pele e ela
sofre queimaduras. Fica mais
vulnerável e nela podem surgir manchas de hiperpigmentação – são sinais de envelhecimento precoce, geralmente
bem definidos, com um formato oval e achatado e uma cor
que oscila entre o castanho, o
cinzento e o preto.
Manifestam-se sobretudo na
face, nas mãos, nos ombros e
nos braços pois são as zonas
do corpo mais expostas ao sol.
Tendem a aparecer mais nas
peles claras, precisamente porque têm menos defesas contra
a radiação, e são mais comuns
após os 40 anos, altura em que
o próprio organismo começa a
apresentar sinais do envelhecimento natural.
Na maior parte das vezes estas manchas são inofensivas: há
que estar atento a eventuais alterações na cor e no tamanho,
mas, se não acontecerem, o único incómodo é estético. As que
marcam o rosto são, pelas razões óbvias, as mais indesejadas e a boa notícia é que é possível fazê-las desaparecer ou,
pelo menos, atenuá-las.
Numa altura em que se começa a pensar no regresso às aulas, é importante ter em conta a escolha da mochila para o seu
filho, na medida em que as dores nas costas são um problema
que tem vindo a aumentar na idade infantil.
A forma como são transportados os materiais escolares e até
a sobrecarga dos mesmos podem causar danos na coluna das
crianças e afetar a sua postura. Muitas crianças queixam-se de
dores relacionadas com a coluna vertebral e algumas acabam
por apresentar lesões ao nível do aparelho músculo-esquelético.
Os resultados do uso inadequado das mochilas podem começar a surgir a curto, médio ou longo prazo. É importante que
os pais fiquem especialmente atentos à forma como os mais jovens utilizam as mochilas e que controlem o peso que os mesmos transportam diariamente.
Na altura de escolher a mochila escolar tenha atenção alguns
conselhos:
• A mochila deve ser feita de material leve e resistente
• Ter o tamanho igual às costas da criança
• Ter costas almofadadas
• Ter duas alças almofadadas e fáceis de ajustar
• Ter compartimentos para que os materiais escolares sejam
arrumados e estabilizados
• Não deve pesar mais de 10% do peso do corpo da criança
Se a criança tem que percorrer longas distâncias a pé, o ideal é optar por uma mochila com rodas e uma pega, para evitar
a inclinação do tronco e a sobrecarga da coluna durante o seu
transporte. Nos intervalos das aulas e nas viagens, os pais e
educadores devem certificar-se que a criança retira a mochila.
Outra questão relacionada com as mochilas escolares advém
do facto de, cada vez mais, os jovens as transportarem num
só ombro, o que prejudica gravemente a sua coluna e postura.
Neste sentido, é importante que os adultos intervenham na
educação dos jovens, ensinando-lhes as melhores formas de
transportar os materiais escolares, tendo sempre em atenção
que apenas devem levar para a escola o material necessário.
A prevenção de problemas na coluna passa sobretudo pelos
educadores, pais e professores, que devem estar atentos, não só
ao transporte de mochilas, mas também à postura adotada durante as aulas, à prática de exercício físico e aos sintomas das
crianças e adolescentes.
PUB.
[email protected]
T/F: 258 722 523
Tlm: 936 002 538
Estrada das Faias,
Nº 41/43
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4910-339 CAMINHA
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OU 258 922 754
JORNAL
HISTÓRIA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Continuação
A fim de resistir ao invasor,
que se mostrava impiedoso e
desumano, alguns mosteiros
e povoações ergueram estruturas defensivas. Assim aconteceu em relação ao Mosteiro
de Guimarães, que foi dotado pela Mumadona, no ano de
968, com o célebre castelo de
S. Mamede. O mesmo se terá
dado relativamente ao Mosteiro de Vila Mou, pois, a história, a arqueologia e a toponímia têm revelado vestígios de
antigas fortificações. Sabemos
mesmos que Frei Ordonho ergueu o Mosteiro de S. Salvador ao pé de uma torre da qual
tirou o nome. Quem sabe, procedendo desse modo, pensaria
evitar as causas destruidoras do
Mosteiro de Vila Mou?
Tudo leva a crer, portanto, que
o Mosteiro de Vila Mou, devido à sua posição junto das margens do rio Lima, tenha sido
um dos alvos dos ataques normandos. Quer as pedras, por
nós examinadas, quer outros
vestígios recentemente postos
a descoberto, apresentam uma
leve camada de fumo. Este facto já havia sido constatado por
L. De Figueiredo da Guerra,
quando observou as pedras decoradas aparecidas na igreja
velha de Vila Mou e que hoje
estão guardadas no Museu Municipal de Viana do Castelo. É
possível, portanto, que o Mosteiro de Vila Mou tenha sido
destruído por incêndio e os
seus frades dispersos por alturas das grandes vagas de ataques normandos, perpetrados
no início do séc. XI, mormente o de 1015. Não encontramos
outra explicação para aquele
facto, até porque a invasão de
Almançor pelas terras do noroeste hispânico não se revestiu
daquela crueldade que os cronistas parecem anunciar. Sabemos até que algumas das incursões foram
levadas a efeito por príncipes
cristãos, que atraiçoaram os
ideais da Reconquista, pondo-se ao serviço dos interesses da moirama.
f) Estruturas arquitetônicas
Do estudo comparado do material do material lapidar encontrado é possível, embora
vagamente, delinear as estruturas arquitetônicas do Mosteiro
de Santa Maria de Vila Mou.
Os mosteiros desta época
não eram grandes nem mesmo apresentavam as características sócio-económicas das
casas monacais românicas. A
sua arquitetura era muito simples e o número de professos
diminuto. Existe, na verdade,
uma correlação entre os parâmetros demográficos de uma
região e a população dos conventos. Contudo, parecem delinear-se já na época pré-românica os contornos e perfis
das abadias senhoriais do final
da Idade Média. Muitos eram
auto-suficientes em matéria
de alimentos e serviços.
Possuíam um número de vilas elevado e as doações
sucediam-se a
ritmo crescente. Não
raro constituíram
verdadeiras escolas agrícolas e
de artesanato. Com
a instalação de um
mosteiro
a paisagem
geo-humana
da região transformava-se por
completo. Procedia-se ao arroteamento de espaços largos e livres,
convertendo terrenos incultos
a fundação do
Mosteiro visiGótiCo
de santa Maria de vila
Mou e a reorGanização
da terra da vinha
(séC. iX)
por: Manuel antónio
fernandes Moreira
e bravios em granjas férteis e
suculentas.
Abriam-se canais de escoamento das aguas pluviais e,
outros, para as regas do estio. Fixavam-se colonos. Introduziam-se novas técnicas
de amanho e culturas importadas. Era frequente ver-se o
frade ao lado do trabalhador
e os amanuenses junto do explorador, uma perfeita vivência do ideal beneditino de “ora
et labora”.
Deste modo, os reis e grandes
senhores da Reconquista não
tiveram pejo em confiar-lhes
territórios imensos e enchê-los
de privilégios. Na verdade, estas instituições, melhor do que
ninguém, souberam apoiar a
política de expansão agrícola
dos monarcas e organizar as
populações, em ordem à melhoria das suas condições de
vida. Por outro lado, verificase que, muitas vezes, eram os
próprios mosteiros a implantar as infra-estruturas defensivas da região, onde estavam
instalados.
Em relação ao Mosteiro de Vila
Mou devemos afirmar que se
enquadra, perfeitamente, dentro deste programa. Tudo leva
a crer tratar-se de um pequeno
“lugar sagrado”, onde o espiritual andava unido com trabalho laboral. A marca do planeamento e do cálculo paciente
dos frades aparece bem vincada no ordenamento territorial
da região e na construção das
infra-estruturas indispensáveis
ao desenvolvimento sócio-económico. O traçado das vias de
comunicação e canais de escoamento das águas através dos
campos, é retilíneo. Ainda hoje
é notório as correções introduzidas nos leitos de algunss riachos que atravessam a veiga.
A configuração das inúmeras
leiras, que compõem a ribeira do Mosteiro de Torre, é perfeitamente geométrica e o seu
desenvolvimento paralelo ao
leito do rio Lima. A Toponi-
mia conserva, ainda hoje, restos da obra pioneura dos frades desta rgião. Por exemplo,
existe o “capo do eremitério”
em Vila Mou; “rêgo e mata dos
frades”, em São Salvador; moinho e torre doconvento, na primeira povoação.
da leitura do documento da
fundação do Mosteiro de São
Salvador pode-se concluir que
não se tratava apenas de um
simples eremitério, pois, a certa alturadiz-se que as doações
eram feitas “pro fratribus monachis presbiteris diachonis crericis advene populis peregrinis
que boni fuerint et vita sancta perseveraverint per ordinem
regularem…”, o que significa
estar o cinvento aberto a gente variada e em múltipla. Teria funcionado mesmo como
escola de formação sarcedotal,
isto é, como um “seminário”?
Nele habitavam jovens, diáconos, presbíteros e monges professores. Da mesma passagem é
licito concluir que possuía aposentos para peregrinos. Mais
adiante, no mesmo documento, fala-se em “domus illius et
omnibus ornatus eius…”. Esta
expressão prova que das suas
dependências faziam parte os
aposentos que estavam apetrechados dos móveis indispensáveis ao seu funcionamento.
E que nos diz a arqueologia?
Do material reunido e devidamente inventariado é possível
concluir da existência das seguintes estruturas materiais do
Mosteiro:
a) Igreja
“…edificavit ibi hunc locum
sanctum…”.
Em todas as fases da evolução
da planta dos mosteiros, mesmo
nos nossos dias, a igreja ocupa
um lugar destacado. É ela que dá
ao conjunto o caráter sagrado.
““et sua consecratione facit…”.
A consagração supõe a existência de diversos elementos arquitetónicos.
- Do arco triunfal: 12 pedras,
em forma de meio tambor, que
pertenciam a colunas adossadas; dois capitéis de tamanho
fora do comum; do arco propriamente dito restam grande
quantidade de tijolos; é possível que algumas das pedras, ornadas com labores visigóticos,
fizessem parte dos ábacos que,
à boa maneira da arte asturiana
e visigótica, eram decorados.
- Paredes: a maioria da silharia de dimensões regulares e
bem aparelhada faziam parte
das paredes do templo. Algumas das pedras aparecem cortadas numa das extremidades
em ângulo menor.
- Elementos do pórtico: as pedras com atente lavrado devem
fazer parte das ombreiras da porta. É possível que a chamada
pera do cavalo”, decorada de
dois lados, tivesse sido aplicada como imposta.
A pedra mais comprida do conjunto, com batente aberto, funcionou com dintel.
b) Cemitério
Segundo o I Concílio de Braga (561) os corpos dos defuntos
não deviam ser sepultados dentro
das igrejas por reverência para
com os mártires. Quando muito
permitia que fossem inumados
junto das paredes dom templos
do lado de fora (cap. XVIII).
Fazia parte das estruturas mentais da Idade Média que a sepultura “ad Sanctos” constituía um meio purificador das
alas e era sinal de repouso eterno. Esta conduta baseava-se
no princípio cristão de que os
corpos dos mártires irradiavam
luz purificadora dos pecados.
Deste modo, entre nós, se enraízou o costume de sepultar
os mortos dentro e nos espaços exteriores dos teplos cristãos. Antigamente os cemitérios também eram designados
pelo termo “corporal”.
Continua
R UI RAMALHOSA
Economia - Gestão
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Fiscalidade
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Avª Manuel Xavier, 88 - C.C.Estação Lj BC
4910-105 Caminha
liga-te
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
INFO
DISTRITO
aGrupaMento de esColas
de vila nova de Cerveira
preMiado pelo Ministério
da eduCação e CiênCia
Pelo segundo ano consecutivo, o Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira foi distinguido pelo Ministério da
Educação e Ciência com o prémio de crédito horário – EFI (Indicador de Eficácia Educativa). Direcção e comunidade
educativa enaltecem esforço e empenho
de todos.
Esta distinção deve-se aos progressos
educativos, medidos por indicadores de
eficácia (EFI), como a média dos resultados dos alunos nos exames nacionais,
avaliações do terceiro período e à redução do número de alunos que abandonaram a escola no ano leCtivo 2013-2014.
O Agrupamento de Escolas de Vila Nova
de Cerveira tem desempenhado um papel
fundamental para que o sucesso dos alunos do município seja cada vez mais positivo. Deste modo, a notícia foi recebida com entusiasmo e resulta de um “real
esforço e empenho de toda a comunida-
de educativa e não do acaso”.
Os projectos e medidas de combate ao
insucesso escolar implementados - Sucesso mais, Turma mais, aulas de apoio
aos exames nacionais, entre outros -, têm
proporcionado aos seus alunos o apoio
necessário para ultrapassarem as dificuldades e manifestarem interesse intervindo
activamente e desencadeando uma posição crítica e reflexiva na sua participação na sociedade.
O agrupamento foi ainda agraciado com
a possibilidade de contratualização de um
técnico especializado na área dos Serviços de Orientação e Psicologia, fruto dos
esforços desenvolvidos quer pela Direção Executiva, quer pelo Conselho Geral.
A Câmara Municipal de Vila Nova de
Cerveira congratula a Direção do Agrupamento de Escolas do Concelho e partilha o seu voto de louvor a todos os que
contribuem para o sucesso educativo dos
alunos.
“Jardins eM festa”
festival internaCional de
Jardins de ponte de liMa
Mais visitantes eM aGosto
O número de visitantes ao Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima registou a maior adesão de sempre durante
o mês de Agosto. Comparando com igual
período do ano transacto, este ano mais 4
mil visitantes passaram pelo Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima.
Sendo este o ano do décimo aniversário do festival, subordinado à temática
“Jardins em Festa” o ambiente festivo
e colorido irradia e contagia os visitantes, confirmando a forte adesão que se
registou no mês de Agosto.
Em 2015 o Festival apresenta-se sob
o lema “A Água no Jardim” lançando
mais uma vez o desafio a todos aqueles
que apreciam e queiram participar, neste evento, que é único em Portugal, tendo sido distinguido internacionalmente
como o Festival Internacional de Jardins
no ano 2013, prémio atribuído em Toronto, Canadá.
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De realçar que o Festival Internacional
de Jardins de Ponte de Lima ao longo dos seus 10 anos já recebeu propostas/criações de praticamente todo
mundo, com excepção do continente africano, encontrando-se este ano
representados países como a Itália,
Áustria, Alemanha, Polónia, Holanda,
Brasil, Espanha, França e Portugal.
A presente edição do Festival Internacional de Jardins mantém-se em
exposição até 31 de Outubro, de Domingo a Segunda, entre as 10h e as
12h e das 13h às 19h00, durante o
mês de Setembro, encontrando-se no
último mês de exposição aberto ininterruptamente das 10h às 18h00, com
excepção da Fegunda-feira de manhã,
que está fechado para manutenção.
Os potenciais candidatos à próxima edição podem enviar as suas propostas até
15 de Novembro.
hospitais | Centros de
saÚde enferMaGeM
Centro hospitalar do
alto Minho
Viana do Castelo | T. 258802100
Centro de saúde de caminha
Rua Eng.º Agostinho Perreira de
Castro | T. 258719300
Centro de saúde de vila
praia de âncora
Av. Pontault Combault | T. 258 911318
eurosaf
MatCh raCe
CaMpeonato
europeu da
Juventude
eM viana do
Castelo
boMbeiros
Caminha
Rua das Flores | T. 258719500(1)
vila praia de âncora
Rua 5 de Outubro | T. 258 911125
O rio Lima, junto à Praça da Liberdade, recebe até amanhã o Eurosaf Match Race – Campeonato Europeu de Juventude. São cerca de meia centena de velejadores que
competem entre si até vencerem o título europeu.
A regata consiste numa competição entre dois barcos
idênticos em sistema eliminatório até ficarem somente
duas equipas que disputarão o título, sendo que o objetivo é ser o primeiro a cruzar a linha de chegada e fazendo com que o outro tenha penalizações e com isso se ganhe vantagem
A prova, de aproximadamente 20 minutos, é organizada
pela Federação Europeia de Vela - European Sailing Federation, Clube de Vela de Viana do Castelo e Federação
Portuguesa de Vela e conta com 12 equipas com 48 velejadores de nove países (Portugal, Finlândia, Itália, Suécia, França, Suiça, Alemanha, Rússia e Grã-Bretanha).
CanoaGeM
noCturna rio vez
A Nature4 realizou no passado dia 30 de Agosto a actividade de canoagem Noturna no rio Vez. Esta actividade teve início na loja Nature4, onde os participantes se
equiparam e prepararam para uma mini-caminhada, pela
futura Ecovia, entre a loja Nature e o Restaurante Hotel
Costa do Vez, onde se deu o início à descida de rio. Através das águas cristalinas do rio Vez, pontuadas, aqui e ali,
por alguma adrenalina e com as estrelas como pano de
fundo, chegámos ao Hotel Ribeira, onde nos receberam
com um belíssimo reforço alimentar, para dar força aos
participantes para a restante descida.
Depois deste pequeno reforço, os participantes já com
mais energia, voltaram a pagaiar até à praia junto à InCubo, onde terminou esta aventura.
Com esta iniciativa, a Nature4 diz pretender divulgar
e potenciar os recursos naturais do município, dando a
oportunidade de conhecer o rio Vez e a vila numa perspectiva nocturna com o silêncio e o vazio da escuridão a
tornarem esta descida de canoagem única.
SERVIÇOS DE SAÚDE
RUA ENGº LUÍS AGOSTINHO
PEREIRA DE CASTRO
BLOCO 6 – LOJA 1
4910-102 CAMINHA
TEL. 258 721444
RUA ALMADA NEGREIROS
4910-458
VILA PRAIA DE ÂNCORA
TEF.: 258 911 502
258 911 093
FAX: 258 911 082
E.mail: poliancora.saude@sapo:pt
Gnr
Caminha
R. da Trincheira | T. 258719030
vila praia de âncora
Rua Miguel Bombarda | T. 258959260
Capitania do
porto de CaMinha
T. geral: 258719070
T. piquete da PM: 258719079
farMáCias
farmácia torres
Praça Conselheiro Silva Torres,
Caminha | T. 258922104
farmácia beirão rendeiro
Rua da Corredoura,
Caminha | T. 258722181
CâMara MuniCipal
de CaMinha
T. 258710300
biblioteCa CaMinha
Rua Direita
segunda a sexta: 10h00 às 18h30
sábado: 10h00 às 13h00
Museu CaMinha
terça a sexta: 10h00 às 19h30 /
14h30 às 18h00
sábado e domingo: 11h00 às 13h00 /
14h00 às 17h30
postos de turisMo
Caminha
Rua Direita | T. 258921952
Moledo
Av. da Praia (em época balnear)
vila praia de âncora
Av. Ramos Pereira | T. 258911384
Centro Cultural
vila praia de ânCora
segunda a sexta: 10h00 às 12h30 /
13h30 às 18h30
sábado: 11h00 às 13h00
residênCia paroquial
Largo. Dr. B. Coelho Rocha
T. 258921413
feiras e MerCados
Caminha
Largo Pontault Combault
semanal 4ª feira
vila praia de âncora
Largo do Mercado
semanal 5ª feira
taXis
Caminha
Largo do Terreiro | T. 258921401
vila praia de âncora
Praça da República | T. 258911295
venade TM. 965643481
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Nome
Morada
Andar
Nº / Lote
Letra
C. Postal
Localidade
Cupão Assinatura
Rua da Corredoura nº117
4910-133 Caminha, Portugal
Tel. 258 921 754 - Fax. 258 721 054
[email protected]
País
Telf. / Telm.
Indica. Tel.
Portugal - 30€
Pagamento:
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Europa 55€
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Cheque à ordem de Jornal “O Caminhense”
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