Praça Friburgo - Etapa 3 - Diagnóstico r1

Transcrição

TECHNISCHE Engenharia e Consultoria Ltda
Rua Alcindo Guanabara 24 sala 1009 Centro
Rio de Janeiro, RJ Cep 20031-163
Tel/fax (21) 2240-8050
Praça Getúlio Vargas, Friburgo, RJ
Revitalização Urbano-Paisagística
REVITALIZAÇÃO URBANO PAISAGÍSTICA
DA PRAÇA GETÚLIO VARGAS
FRIBURGO, RJ
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL
SUPERINTENDÊNCIA DO RIO DE JANEIRO
Escritório Técnico da Região Serrana
Etapa 3
Diagnóstico
Abril 2013
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Equipe Técnica
Eng. Paulo Mills Milman
Direção Geral
Arq. Alline Serpa
Coordenação do Projeto
Arq. Alline Serpa
Pais. Isis Gurken
Eng. Leon Dalmasso
Responsáveis Técnicos
Sidinea Borges Gurken
Assistente Social
Paloma Oliveira de Farias
Gabriel Barros
Apoio Técnico
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SUMÁRIO
Introdução
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Memorial Descritivo
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1.
LOCALIZAÇÃO
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2.
MAPEAMENTO DE DANOS E ANÁLISE DE ESTADO DE CONSERVAÇÃO
2.1. Pavimentação
2.2. Equipamentos
2.3. Mobiliário Urbano
7
7
8
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3.
ESTADO DOS CANTEIROS E VEGETAÇÃO DA PRAÇA
3.1. Composição Paisagística dos canteiros
3.2. Meio-fio / guia pintado de branco
3.3. Raízes do Eucalyptus robusta deslocando piso e meio fio
3.4. Tocos de árvores
3.5. O estado geral do solo
3.6. Inexistência de caixa de árvore
3.7. Manutenção da área verde da Praça
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16
20
22
24
27
30
31
4.
O ESTADO DA ARBORIZAÇÃO DA PRAÇA
32
5.
LISTA GERAL DE PLANTAS EXISTENTES NA PRAÇA
39
6.
CONCLUSÃO
41
ANEXO I TOMADAS DE VÍDEO
43
ANEXO II INVENTÁRIO DO MOBILIÁRIO URBANO DA PRAÇA
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ANEXO III ENTREVISTA COM USUÁRIOS
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ANEXO IV PESQUISA DE MÍDIA SOBRE A PRAÇA
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INTRODUÇÃO
A Praça Getúlio Vargas (anteriormente denominada Praça Princesa Izabel e depois Praça XV
de Novembro a partir da instauração da república brasileira) é um dos monumentos mais
emblemáticos de Nova Friburgo, sendo um dos três bens tombados pelo IPHAN no Município.
Trata-se de espaço público de grande extensão (com 363,76m de comprimento e 49,18m de
largura, incluindo a área do terminal rodoviário), amplamente utilizado pela população para
área de lazer, convívio, passagem e contemplação, além de atrativo turístico.
O trabalho a seguir relata um diagnóstico baseado na análise das etapas anteriores, resumindo
de forma objetiva as informações para uma correta tomada de decisão que irá nortear as
próximas etapas que tratarão do projeto de revitalização urbano-paisagística da Praça Getúlio
Vargas.
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MEMORIAL DESCRITIVO
1. LOCALIZAÇÃO
O município de Nova Friburgo situa-se na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, a
cerca de 850 metros de altitude em relação ao nível do mar, e 136km da cidade do Rio de
Janeiro. Sua área total é de 938,5 km² e seu município é limítrofe aos municípios de
Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Macaé, Trajano de Morais, Bom
Jardim, Duas Barras, Sumidouro e Teresópolis.
Figura 1 – Mapa de Localização do Município de Nova Friburgo em relação ao Rio de Janeiro (fonte: Google)
A população total é de 182.082 pessoas. As principais atividades econômicas da região são o
turismo, indústria de moda íntima, flores de corte, oleri cultura, caprino cultura e indústria
(têxteis, vestuário, metalúrgicas, etc). A temperatura é definida como Clima tropical de altitude,
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com temperatura amena no Verão e fria no Inverno, com as quatro estações bem definidas.
Nova Friburgo é quase sempre uma opção para moradores de áreas quentes do Estado do Rio
de Janeiro, já que concentra, além de clima ameno e agradável, opções turísticas de grande
atração, como os parques, o esporte rural, a gastronomia e o pólo textil. Conhecida como a
“Suíça Brasileira”, concentra uma cultural local de grande resistência e acaba recebendo
turistas em diversas épocas do ano.
A Praça Getúlio Vagas configura-se um marco na cidade. Além de central aos principais
serviços comerciais e industriais da cidade, é próxima à Prefeitura e nela encontram-se os
registros de crescimento do município, como verificado na Etapa 2 desse trabalho
(Levantamento Histórico e Iconográfico). Diversos imóveis hoje localizados no entorno da praça
possuíram importância política e econômica responsáveis pelo que a cidade hoje representa.
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As informações acima foram obtidas do portal eletrônico da Prefeitura de Nova Friburgo, em
www.novafriburgo.rj.gov.br (acessado em Abril 2013)
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Figura 2 – Localização da Praça Getúlio Vargas em relação à cidade de Nova Friburgo (fonte: Google)
Figura 3 – A Praça Getúlio Vargas e seu contexto na cidade (fonte: Google)
A Praça Getúlio Vargas tem aproximadamente uma área total de 18 mil m² composta de
alamedas internas, passeio periférico, canteiros ajardinados, bancos fixos e móveis, espelhos
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d’água, coreto, bustos e esculturas, além de ampla área de trânsito de pedestres e
contemplação.
2. MAPEAMENTO DE DANOS E ANÁLISE DE ESTADO DE CONSERVAÇÃO
2.1.
Pavimentação
Por sua posição central, a praça serve como área de estar, com muitos usuários gastando
minutos ou horas em atividades de reflexão, contemplação, leitura e acompanhamento, bem
como de passagem de um extremo a outro, ou de uma lateral a outra, ligando atividades
econômicas, consumidores, estudantes, etc. Quase sempre se vê pessoas apressadamente
percorrendo suas alamedas, dirigindo-se a um objetivo fora delas.
Um elemento de grande importância é o terminal rodoviário (na extremidade junto ao
parquinho), onde chegam e partem diariamente 89 linhas de ônibus, para transportar os 57 mil
passageiros que por ali passam diariamente, indo ou voltando dos rincões mais afastados do
município.
A pavimentação geral da praça é em bloco intertravado hexagonal, com alguns poucos pontos
com areia e rampas de acesso em concreto. Apesar de encontrar-se em regular estado de
conservação, não é usual esse tipo de piso para área de circulação de pessoas, mas sim para
trânsito de veículos. O piso intertravado é uma ótima solução, mas recomenda-se uma escala
apropriada ao pedestre, e se possível e desejável, texturas e cores que criem uma identidade
com o espaço, um conforto visual e físico no caminhar ou passar com um equipamento com
rodas. A pavimentação existente não possui essas propriedades, e ainda sofre, em alguns
pontos, certa elevação com a afloração de raízes dos eucaliptos centenários da praça.
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Figura 4 – Pavimentação em piso intertravado hexagonal (tipo blokret) na praça, e paralelepípedo nas ruas periféricas
A pavimentação das ruas periféricas é em paralelepípedo, como pode ser verificado na Figura
4. Trata-se de uma textura usual em cidades menores, de baixa manutenção e com
propriedade de moderação de velocidade. Contudo, o ponto fraco deste tipo de pavimentação
é, além de produzir forte ruído na passagem de veículos, não é adequado para pontos de
travessia de pedestres. Na hipótese de manutenção ou revisão dos pontos de travessia com
semáforo ou não, recomenda-se a utilização de travessias elevadas, ou traffic-calming, para
unir um tráfego moderado à passagem em nível até o outro lado da rua. Mostra-se importante,
contudo, que toda a acessibilidade daquele circuito seja garantida após a travessia.
No caso da rua entre a Praça Getúlio Vargas e a Praça Demerval Barbosa Moreira, esta é
extensa e, apesar do semáforo que garante certa ordem de veículos no cruzamento das ruas
Farinha Filho e Sete de Setembro, o pedestre acaba não tendo a segurança necessária para
efetuar a travessia, tampouco a pessoa com deficiência, se for o caso. Ali também param taxis
no aguardo de passageiros, em ponto determinado.
Figura 5 – Área de Recreação Infantil
A atual área reservada à recreação infantil hoje possui pavimentação em areia lavada, não
adequada para o uso de crianças que poderão, através de ferimentos abertos, contrair
verminoses.
2.2.
Equipamentos
A Praça Getúlio Vargas conta com alguns equipamentos de grande importância, os quais
merecem destaque sobre sua situação atual.
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A área de recreação infantil é intensamente utilizada por adultos e crianças. No entanto,
localiza-se justamente em frente ao acesso principal do terminal rodoviário, tornando-a pouco
reservada, apesar do cercamente existente. Os brinquedos precisam de manutenção e pintura.
O espelho d'água em tanque revestido de azulejo, com fonte contínua e algumas jardineiras em
seu entorno tem importante função em espaços públicos, pois juntamente com a vegetação,
dinamizam a paisagem urbana e refrescam o ambiente em tempos de forte calor. Atualmente
necessita de conservação e manutenção, especialmente no que diz respeito à qualidade da
água, integridade dos revestimentos e na ausência de vegetação em suas jardineiras.
Figura 6 – Fonte de Água / Chafariz
O terminal rodoviário "Estação César Guinle" (Figura 7) é um ponto de integração urbano-rural
do município de Nova Friburgo, com grande circulação de pessoas tanto acessando pela Praça
Getúlio Vargas como pela rua Zélia Santos Cortês, atraindo grande movimento de ônibus de
várias partes do município.
Seja com a manutenção do atual terminal ou com a transformação de uso do mesmo, é
importante integrá-lo à praça e acondicionar melhor os serviços periféricos, como bancas,
mobiliário e áreas de transição e circulação.
Esse pólo gerador de trânsito tem uma característica que afeta a praça de forma direta:
elevada circulação (e estacionamento) de veículos nas ruas periféricas. O resultado é um nível
de ruído e de poluição importante para a manutenção do uso e da permanência das espécies
vegetais existentes.
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Figura 7 – Terminal Rodoviário “Estação César Guinle”
O coreto atualmente situa-se no meio da praça, e é uma referência de localização e eventos
para os usuários do espaço. Feita em concreto e alvenaria, o coreto fica vazio boa parte dos
dias, ocupado para pequenas pronunciações e eventos culturais. Há relatos de que o mesmo é
utilizado para atos de vandalismo e violência, muito embora isso possa ser uma causa mais
associada à deficiência de fiscalização e policiamento, além de baixa luminosidade.
De acordo com a pesquisa histórica e iconográfica realizada na Etapa 2 deste trabalho, este
coreto está situado sobre um dos tanques do projeto original do Glaziou. Prospecções
anteriores revelam que o tanque ainda está presente, subterrâneo, após diferentes serviços de
aterro realizados na praça em função da topografia que propiciava o alagamento do local.
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Figura 8 - Coreto
2.3.
Mobiliário Urbano
A praça é extensa e conta com grande quantidade de bancos móveis (poucos fixos), com
apoios em concreto e assento e encosto em réguas de madeira e pintura verde. Os elementos
encontram-se em diferentes estados de conservação: desde íntegros (Figura 9), apesar do
desgaste natural do tempo, até parcialmente ou totalmente destruídos (Figura 10). Em muitos
casos os usuários utilizam as bases em concreto como apoio, na falta dos assentos.
Figura 9 – Banco em bom estado
Figura 10 – Banco destruído
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Em entrevistas realizadas recentemente a usuários na região, há relatos de que a grande
quantidade de bancos destruídos deve-se na verdade a uma ação preventiva da
municipalidade para evitar que pessoas permaneçam muito tempo embaixo de árvores
centenárias cujos ganlhos estejam em eminência de cair e causar um prejuízo a um usuário da
praça.
Da mesma forma as lixeiras são fixas mas se observa que, ao se avariarem, não houve
substituição, restando a haste sobre o solo, que também serve de fixação da caixa de controle
manual da iluminação da praça.
Figura 11 – Haste da lixeira, sem caçamba, somente com o comando de luz
Há um conteiner de separação de resíduo reciclável que parece insuficiente. Ele está
posicionado num ponto de grande circulação da praça (junto ao terminal rodoviário) mas é
verificado lixo na parte externa, ao redor do equipamento.
É recomendável o uso de um equipamento compatível com o espaço reservado, com o partido
arquitetônico geral (alinhado com o dos demais mobiliários urbanos) e distribuídos de acordo
com a extensão da praça.
Há muitos bustos, placas comemorativas e esculturas simbólicas em diferentes pontos da
praça, já que é a principal da cidade e teve muitos nomes antes de ser registrada como Praça
Getúlio Vargas.
Sua manutenção é opcional, bastando verificar com a municipalidade o desejo de manter
esses marcos sociais ou reposicioná-los em outras partes da cidade. Destaque para a figura
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política de Getúlio Vargas, com uma estátua de corpo inteiro e ainda uma placa com sua carta
de despedida, antes de sua morte.
Compreendendo que a praça manterá este nome (após sucessivas mudanças anteriormente),
recomenda-se a manutenção do monumento, procedendo-se com sua limpeza e restauração
apropriadas.
Figura 12 – Tanque de lavagem
Não foi encontrado, em nenhuma das fontes consultadas, um registro de quando e por que tal
tanque foi instalado no local. Atualmente é utilizado para limpeza de objetos pessoais, sendo
que o equipamento em si encontra-se em mau estado de conservação.
Recomenda-se a eliminação do mesmo, pois não atende às funções da praça como espaço
público.
Os dois abrigos de taxi (um deles na Figura 13) encontrados na praça atualmente têm a função
de acolher os passageiros à espera de uma viatura livre. Contudo, estão em péssimo estado
de conservação, e relativamente inseguros para serem usados.
Com a perspectiva de manutenção dos referidos pontos de taxi, recomenda-se a substituição
completa desses equipamentos por outros de arquitetura alinhada com o partido de mobiliário
urbano a ser discutido e adotado em toda a praça.
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Figura 13 – Abrigo de Taxi
Figura 14 – Iluminação Pública
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A maior parte dos postes de iluminação pública da praça (Figura 14) encontra-se em bom
estado de conservação, mas estão em quantidade insuficiente, vista a farta arborização que
acaba impedindo que as luminárias periféricas (das ruas adjacentes) cumpram um papel de
iluminação complementar.
Recomenda-se um estudo fotométrico para toda a praça e proposição de novo posteamento
que tenha alinhamento com o partido arquitetônico do mobiliário a ser implantado na praça.
Estão dispostas em alguns locais placas de sinalização de trânsito, a fim de ordenar a
circulação e parada de veículos ao redor da Praça Getúlio Vargas.
Contudo, é preciso fazer uma revisão total das placas, checando com a Secretaria de
Urbanismo e de Transporte Urbano se o atual sistema de trânsito será mantido, inclusive os
locais de parada e espera.
Figura 15 – Sinalização urbana
Uma série destas considerações foi obtida não só com levantamento em campo, mas também
com relatos de nativos e visitantes que utilizam intensamente o local. Uma entrevista foi
realizada e uma série de dados foi compilada, cujos resultados podem ser verificados num dos
anexos desse trabalho.
Também podem ser verificados desenhos com o registro em planta das informações contidas
neste documento.
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Paisagística
3. ESTADO DOS CANTEIROS E VEGETAÇÃO DA PRAÇA
3.1.
Composição Paisagística dos canteiros
Os canteiros 1 a 46 e 48 a 53 (vide desenho em anexo)) apresentam uma área central coberta
por vegetação arbustiva e nesta mancha estão locadas as espécies de árvores e palmeiras.
Uma faixa paralela ao meio--fio
fio de granito que delimita o canteiro, com largura que varia de
0,50m a 2,00m
m aproximadamente, é revestida por grama. O efeito visual é igual para
praticamente todos os canteiros citados acima (ver Figura 16 e Figura 17).
Figura 16 - Canteiro com composição paisagística predominante na praça hoje.
hoje Espécie arbórea Eucalyptus robusta e
arbustiva Rhododendron simsii no centro e faixa de grama Axonopus compressus contornando a composição.
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Figura 17 - Canteiro com composição paisagística predominante na praça
Figura 18 - Canteiro
anteiro 47, composição orgânica sem harmonia
harm
de conjunto e identidade visual
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O traçado retilíneo e contínuo dos canteiros tem alguma semelhança com o projeto original da
Praça, mas as espécies hoje existentes não. Esses canteiros tinham uma pequena faixa
paralela ao seu limite com vegetação mais alta se comparado a sua parte central, que pelas
imagens da época de implantação do Projeto de Glaziou vê-se a existência de uma cobertura
vegetal rente ao solo (Figura 19).
O canteiro 47 situado na alameda central da Praça, próximo a Praça Demerval Barbora
Moreira, apresenta uma composição orgânica desarmônica, com curvas desintegradas e
diversas espécies vegetais misturadas resultando num efeito visual confuso e inexpressivo
(Figura 18).
Vale destacar que, em registros iconográficos da praça, temos referência dos canteiros centrais
compostos por uma vegetação rasteira resultando num extenso tapete verde, juntamente com
os extintos tanques de água do Projeto de Glaziou.
Figura 19 - Registro fotográfico da Praça Getúlio Vargas aproximadamente em 1885
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O canteiro 54 (que
que circunda o parque infantil)
infantil tem grama Axonopus compressus como forração
e a espécie arbórea Pinus sp,
sp plantada na área da caixa de areia (ver Figura 20). Apesar do
clima mais ameno de Nova Friburgo,
Friburgo a arborização na área do Parque infantil é insuficiente.
Observou-se
se nas visitas de campo que,
que em alguns horários, o calor intenso afasta os usuários.
Figura 20 - jardim no entorno do parque infantil, predomínio de grama Paspalum notatum
raça, as composições das vegetações não apresentam a identidade
Em todos os canteiros da praça
paisagística pretendida no projeto
rojeto original de Glaziou. Observa-se
Observa
que, ao longo de décadas,
décadas
consecutivas intervenções no jardim foram amadoras, desconsiderando
desconsiderando a importância histórica
do local e não fundamentando os resultados das intervenções em pesquisa ao projeto original
e pesquisas de campo. Como resultado,
resultado encontramos conjuntos vegetais com três a quatro
espécies associadas, plantas de sol na sombra,
s
como registrado na Figura 21,
21 supressões de
árvore sem critérios técnicos, podas drásticas, não reposição de mudas arbóreas e outras
ações que contribuíram para descaracterizar completamente a ambiência simples e
contemplativa pretendida no projeto original.
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Figura 21 - A espécie Agave attenuata plantada num canteiro sombreado da praça
3.2.
Meio-fio / guia
uia pintado de branco
A pintura do meio-fio
fio de granito na Praça Getúlio Vargas é realizada pela Prefeitura. Como
uma prática comum em praças do interior, a pintura do meio-fio
meio fio é realizada com objetivo de
destacar o elemento no ambiente,
ambiente revelando um desnível no plano e uma ação de manutenção
manutenç
por parte da municipalidade.
Na Praça Getúlio Vargas, todos os meios-fios
meios fios que delimitam os canteiros estão pintados
pint
de
branco e, como se observa na Figura 22 e Figura 23,, configuram na paisagem um elemento
indiscreto. Isso contribui de forma consistente para a descaracterização do ambiente, o
“logradouro
logradouro ajardinado por Glaziou”,
Glaziou bem este tombado pelo IPHAN.
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Figura 22 - Meio-fio
fio pintado de branco
Figura 23 - Vista de cima, os meios-fios
meios
da praça
raça pintados de branco, uma contribuição para a descaracterização do
ambiente
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3.3.
Raízes do Eucalyptus robusta deslocando piso e meio fio
O Eucalyptus robusta pode atingir uma altura de 20 a 30 metros e o diâmetro do seu tronco,
tronco
uma espessura de 1 metro.. Seu sistema radicular é superficial, onde na camada superficial do
solo as raízes são abundantes e bem distribuídas lateralmente,
lateralmente conforme Figura 24. Pode-se
observar na Figura 25, Figura 26 e Figura 27 os danos causados pelas raízes ao piso e ao
meio-fio, e concluir que a espécie na fase adulta, como a maioria dos exemplares existentes na
praça, culminarão nos
os mesmos problemas. Fica evidente que os canteiros com largura de
3,40m não comportam o sistema radicular dos centenários Eucalyptus robustos.
robustos
Figura 24 - Diferentes
iferentes sistemas radiculares
Figura 25 - Raiz do Eucalyptus robusta,
robusta exemplar centenário recém-cortado,, cujas raízes danificam passeio público
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Figura 26 - Eucalyptus robusta,, exemplar centenário, cujas raízes danificam passeio
passeio público. VerificouVerificou se um
desequilíbrio da proporção das raízes e largura do canteiro
Figura 27 - Eucalyptus robusta,, exemplar cujas raízes danificam passeio público
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3.4.
Tocos de árvores
A composição original do Projeto de Glaziou tinha uma definição precisa e lógica do
espaçamento entre os eucaliptos. Uma vez que os exemplares,
exempla
por motivos diversos (como
declividade vegetativa, supressão, poda drástica, queda e entre outros),
outros , são eliminados da
paisagem, não é realizada a devida substituição com a preocupação em manter o
espaçamento original de plantio dos mesmos. Quando há o replantio, o espaçamento é
ignorado uma vez que a operação de destoca não ocorre.
O que se observa na praça
raça são sucessivos tocos de árvores fazendo parte da paisagem.
Alguns inclusive rebrotam, contribuindo para o aumento do número de indivíduos
ind
com
formação imprópria e irregular.
Figura 28 - Toco do Eucalyptus robusta,
robusta não extraído da paisagem
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raça, neste caso o toco serve de apoio para espécies
Figura 29 - O serviço de destoca de árvore não é realizado na praça,
epífitas
se uma série de tocos do Eucalyptus robusta suprimidos da paisagem
Figura 30 - Nesta imagem verifica-se
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Figura 31 - Toco de árvore recém-cortada
cortada
Figura 32 - Rebrota em um toco do Eucalyptus robusta,, o mesmo foi apontado para substituição
substituiç
na avaliação
fitossanitária
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Figura 33 - Rebrota em um toco do Eucalyptus robusta
3.5.
O estado geral do solo
Fica evidente, não só na Praça Getúlio Vargas como em outros espaços públicos,
públicos que as
atividades de manutenção adequada da vegetação não fazem parte da nossa cultura. No
espaço público em questão, após visitas de campo,
campo ficou constatado que o solo dos canteiros
está compactado e isento de matéria orgânica,
orgânica o que acarreta um retardo no crescimento
vegetal, dificultando seu metabolismo e consequentemente seu desenvolvimento saudável,
saudável
conforme ilustrado na Figura 34.
3
Em alguns canteiros podemos observar que a compactação do solo é agravada por pisoteio de
pedestres que abreviam seu caminho,
caminho além de
e intervenções mais drásticas como
com a
regularização de acesso com piso em granito dentro de um canteiro, contribuindo assim para a
descaracterização do conjunto ajardinado, alterando a geometria dos canteiros.
Foram feitas coletas de amostras do solo, estas foram enviadas para o Laboratório Integrado
de Análises Ambientais localizados em Nova Friburgo, para a realização da análise química. A
análise da textura foi feita de forma expedita.
Os resultados indicaram que a camada superficial do solo é bastante arenosa, possui cor
marrom escura, é macia, muito friável, não pegajosa e não plástico. O horizonte “B” indicou um
solo argiloso, de cor avermelhada, ligeiramente duro, firme, ligeiramente pegajoso e plástico.
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Figura 34 - Solo
olo local compactado e isento de matéria orgânica
Figura 36 - Nos trechos de maior circulação, os
usuários acabam abreviando seus caminhos por cima
dos canteiros
Figura 35 - Canteiro
anteiro cortado por circulação irregular
contribuindo para uma maior compactação
compact
do solo e
descaracterização do desenho original da praça
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Figura 37 - Todos os canteiros situados junto ao
o Terminal Rodoviário são pisoteados por pedestres. O desenho dos
mesmos devem ser reavaliados.
Figura 38 - Caminho
aminho regularizado dentro de canteiro, contribuindo para a descaracterização do conjunto ajardinado
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Vale destacar também que a maioria das áreas centrais dos canteiros estão desprovidos de
forrações, comprometendo a qualidade do solo exposto que é constantemente lixiviado em dias
de chuva.
A análise química do solo mostrou pH com acidez média, aceitável em plantios de eucaliptos.
Revelou também baixo teor de fósforo e baixo teor de potássio, devendo proceder com uma
adubação fosfatada e potássica. O horizonte “B” dos canteiros laterais apresentou alumínio
tóxico, devendo ser feito uma calagem.
Quanto à presença de insetos, o diagnóstico objetivou apenas a infestação nas árvores e não
foi levantado a grau de infestação do solo. Saliento que para avaliar o grau de infestação de
insetos no solo seria necessária a realização de escavações. Todavia espera-se que haja
ninhos de formigas e cupins.
3.6.
Inexistência de caixa de árvore
Como já pontuado no inventario arbóreo, nas fichas de campo – avaliação fitossanitária dos
indivíduos, em ações recomendadas para as árvores de numeração 148 a 151, a construção
de golas de árvore são de extrema importância para proporcionar as condições mínimas ao
desenvolvimento saudável dos indivíduos, que se encontram limitados em termos de área pelo
piso intertravado (Figura 40 e Figura 39).
Figura 39 - Detalhe do piso intertravado junto ao caule da árvore
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Figura 40 - Árvore com desenvolvimento comprometido
3.7.
Manutenção da área verde da Praça
As atividades periódicas de manutenção desenvolvidas pela Prefeitura se resumem a serviços
de varrição para eliminar lixo branco e resíduos orgânicos no piso e canteiros da praça. Devido
a consecutivos incidentes por queda de galhos, conforme registrado em mídia digital, o serviço
de poda, executado por empresa terceirizada, transformou-se em serviço de rotina. A
programação é definida pela própria prefeitura e objetiva, na maioria das vezes, poda de
redução de copa, retirada de galhos secos e supressão.
As intervenções por parte da Defesa Civil são sempre emergenciais e se limitam à poda
drástica e supressão das árvores.
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Figura 41- Práticas de manutenção periódica.
4. O ESTADO DA ARBORIZAÇÃO DA PRAÇA
No inventário arbóreo foram analisadas 193 árvores. Destes, 59% (114 indivíduos) são
eucaliptos e 41% (79 indiv.) são de outras espécies.
Dos 114 eucaliptos, 68 indivíduos (60%) são Eucalyptus robusta, os outros 46 (40%) não
tivemos a identificação precisa, podendo ser alguns Eucalyptus robusta pelo recrutamento
através de sementes das árvores mais antigas.
Estima-se que existam pelo menos 65 eucaliptos centenários, sendo 62 Eucalyptus robusta e
os outros 3 não confirmamos sua espécie.
Nas fichas do inventário apresentado na Etapa 1 estão marcadas a data da avaliação, o
estado, o nome vulgar da árvore e o seu nome científico, as medições da árvore, a avaliação
fitossanitária, seu entorno e interferências, as definição das ações, o manejo proposto, as
observações relevantes e ainda o registro fotográfico do indivíduo avaliado e do entorno.
Abaixo breve explicação dos tens relativos à avaliação do espécime vegetal.
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Estado geral (condição)
Ótimo – árvore vigorosa e sadia; sem sinais aparentes de ataque de insetos,
doenças ou injúrias mecânicas; pequena ou nenhuma necessidade de
manutenção; forma ou arquitetura característica da espécie.
Bom – médias condições de vigor e saúde; necessita de pequenos reparos ou
poda; apresenta descaracterização da forma: apresenta sinais de ataque de
insetos, doença ou problemas fisiológicos.
Regular – apresenta estado geral de início de declínio; apresenta ataque severo
por insetos, doença ou injúria mecânica, descaracterizando sua arquitetura ou
desequilibrando o vegetal; problemas fisiológicos requerendo reparo.
Péssimo – avançado e irreversível declínio; apresenta ataque muito severo por
insetos, doença ou injúria mecânica, descaracterizando sua arquitetura ou
desequilibrando o vegetal; problemas fisiológicos cujos reparos não resultarão em
benefício para o indivíduo.
Morta – árvore seca ou com morte iminente.
O estado geral das árvores ficou distribuído em 29% (56 indivíduos) com bom estado, 28% (54
indiv.) com péssimo estado, 9% (17 indiv.) mortos e 7%, apenas 13 indivíduos em ótimo
estado.
Ações Executadas (ações que foram feitas até o momento da avaliação)
Poda Leve: retirada de menos de 30% dos galhos vivos
Poda Pesada: retirada de mais 30% dos galhos vivos
Reparo de Danos: reparo de danos presentes na árvore
Controle: retirada de galhos mortos ou qualquer outra ameaça presente
Ações Recomendadas (ações que devem ser feitas após a avaliação)
Plantio: Plantio de outro indivíduo de mesma espécie ou de espécie diferente
Substituição: Remoção e plantio de outro indivíduo de mesma espécie ou de
espécie diferente
Dos 193 indivíduos analisados, para 115 (60%) recomenda-se a sua substituição, 37 (19%)
sugere-se a poda leve e apenas 5 (3%) aconselha-se a poda pesada. De todas, para 36
árvores (19%) sugere-se o controle.
Essas informações podem ser conferidas nos gráficos a seguir.
33
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Figura 41 - Nº de Árvores por Recomendação
Figura 42 - Nº de Árvores por Estado Fitossanitário
Figura 43 - Composição das Espécies
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Figura 44 - Composição das Espécies de Eucaliptos
Das espécies a serem substituídas, algumas estão indicadas especialmente por motivo de
inclinação (que coloca em risco a segurança dos usuários, tratando-se de indivíduos muito
antigos) e por intensidade do estado fitossanitário, ou ainda a combinação desses e outros
fatores.
A seguir breve explicação desses critérios.
Inclinação (avaliação do deslocamento do centro de massa da árvore)
90°: quando a árvore possui caule reto e copa de me smas
proporções para todos os lados.
89° - 60°: leve tombamento para um dos lados (indíc ios de
movimentação de solo, raiz pouco aprofundada ou efeito dos ventos
sobre a árvore)
59° - 45°: forte inclinação do tronco, com forte te ndência ao
tombamento (deve-se considerar a retirada do indivíduo)
<45°: árvore tombada, devendo ser retirada.
Tombada - árvore caída ao solo.
35
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Figura 45 – Inclinação dos indivíduos
Conforme indicado na Figura 45, 65% das espécies que tem indicação para substituição estão
com inclinação entre 89º e 60º. Boa parte das que possuem inclinação de 90º (28%) estão com
indicação de substituição associada a outros fatores – possivelmente o estado de
fitossanidade.
Fitossanidade (efeitos vistos na árvore)
Intensidade: graduação do ataque ou dos efeitos ocasionados na
árvore.
Leve – quando o organismo ou agente está presente, porém sem
causar danos à árvore.
Médio – quando o organismo ou agente está presente, causando
danos reparáveis à árvore.
Pesado – quando o organismo ou agente está causando danos
graves, que podem levar a árvore a um declínio irreversível.
Ausente – quando não houve ataque.
36
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Figura 46 - Intensidade do Estado Fitossanitário
Na Figura 46, quase a metade (46%) das espécies com indicação de substituição tem estado
fitossanitário considerado “médio”, e 35% estão consideradas em estado “pesado”, muitas
vezes em função de pragas como cupins, broca, ninheiro de roedores, etc.
Também neste documento podem ser verificados desenhos com o registro em planta da
situação de cada espécie arbórea, bem como de sua recomendação.
37
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38
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5. LISTA GERAL DE PLANTAS EXISTENTES NA PRAÇA
Segue abaixo lista geral de espécies vegetais existentes na Praça Getúlio Vargas.
Nome científico
Nome vulgar
Categoria
Rhododendron simsii
azaléia
Arbusto
Chlorophytum comosum
clorofito
Forração
Monstera deliciosa
costela de adão
Arbusto trepador
Cordyline baby
cordilea baby
Arbusto
Cordyline terminalis
cordilinea
Arbusto
Paspalum notatum/
grama são carlos
Forração
Ophiopogon japonicus,
pelo de urso
Forração
Hemerocallis flava
hemerocalis
Forração
Iresine herbstii
iresine
Arbusto
Alternanthera ficoidea
alternantera
Arbusto
Pandanus veitchii
pandanus ornamental
Arbusto
Dietes bicolor
moreia amarela
Arbusto
Dietes iridioides
moreia branca
Arbusto
Agave attenuata
agave
Arbusto
Jasminum mesnyi
jasmim amarelo
Arbusto
Buxus sempervirens
buxinho
Arbusto
Neomarica cândida
neomarica
Arbusto
Alcantarea imperialis
bromélia imperial
Arbusto- bromélia
Hydrangea macrophylla
hortência
Arbusto
Liriope muscari ´Variegata
liriopes
Arbusto
Bougainvillea spectabilis
buganvília
Arbusto trepador
Duranta repens
pingo de ouro
Arbusto
Strelitzia reginae
estrelitizia
Arbusto
Bilbergia sp
bilbergia
Arbusto- bromélia
Axonopus compressus
grama são carlos
Forração
Paspalum notatum
grama batatais
Forração
Eucalyptus robusta
eucalipito
Árvore
Tabebuia impetiginosa
ipê-roxo
Árvore
Melia azedarach
para-raio
Árvore
Myrsine cf.
cafezinho
Árvore
Spondias mombin
café-mirim
Árvore
39
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Nome científico
Nome vulgar
Categoria
Pinus sp
pinheiro
Árvore
Leucaena leucocephala
leucena
Árvore
Dalbergia villosa
jacarandá
Árvore
Szygium cumini
jamelão
Árvore
Ficus gomelleira
figueira
Árvore
Platanus sp
maple
Árvore
Caesalpinia peltophoroides
sibipiruna
Árvore
Cybistax antisyphilitica
ipê-verde
Árvore
Piptadenia gonoacantha
pau-jacaré
Árvore
Persea americana
abacateiro
Árvore
Ligustrum lucidum
alfeneiro
Árvore
Schefflera arboricola
cheflera
Árvore
Mangifera indica
mangueira
Árvore
Campomanesia xanthocarpa
guabiroba
Árvore
Persea americana
abacateiro
Árvore
Caesalpinia echinata
pau brasil
Árvore
Syagrus sp
palmeira
Dypsis lutescens
Palmeira-areca
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6. CONCLUSÃO
O estado geral da praça está comprometido em função da antiguidade dos materiais
empregados, do mobiliário existente e da vegetação em declínio. Sendo a cidade um pólo
turístico e a praça uma referência para usuários e visitantes, este grande espaço poderia ter
um uso mais intenso com soluções adequadas de acessibilidade, arborização, interesse
histórico e cultural, além de abrigar mais eventos públicos.
Como pesquisado e apresentado, trata-se de um projeto de Glaziou de 1881, com objetivo
bastante definido: o de ser um ambiente de encontro e contemplação, com conforto e
acolhimento proporcionado por farta arborização. Contudo, o mesmo encontra-se bastante
descaracterizado, quer seja pelo desenho e estado de seus canteiros, pelos revestimentos
existentes ou mesmo pelas espécies arbóreas encontradas. Após mais de 100 anos, muitos
dos eucaliptos existentes na praça não são os originais, mas sim novos indivíduos
(eventualmente de outra espécie) replantados na ocasião do declínio das primeiras.
De acordo com o termo do tombamento, entende-se que ao “Logradouro Ajardinado por
Glaziou no trecho correspondente a atual Praça Getúlio Vargas” deve-se preservar a ambiência
e composição paisagística do projeto original, podendo os atuais indivíduos arbóreos serem
substituídos por espécie que cumpra o mesmo papel, bem como desenvolvido estudo
urbanístico para a praça que se correlacione com a necessidade e realidade do centro de Nova
Friburgo, no que toca aos percursos, fluxos, usos e a legislação atual à luz desses temas.
Assim, observa-se que três principais aspectos norteiam possíveis direções para o conjunto
arbóreo objeto de especial cuidado nesta análise, numa necessária tomada de decisão que
orientará a próxima etapa de trabalho:
1. Fitossanidade
De acordo com a fitossanidade, recomenda-se manter as espécies arbóreas que estão em
boas condições (em geral não são as espécies originais), podendo-se compor um novo
conjunto arbóreo de espécie similar, preservando uma área de sombreamento e transição
gradual entre as espécies existentes e aquelas a serem plantadas.
2. Composição paisagística
Pelo critério da composição paisagística, preservar as espécies arbóreas que estão em boas
condições é salvaguardar a importância do testemunho histórico da espécie que foi proposta
originalmente pelo projeto de Glaziou, preservando a monumentalidade. A inevitável
substituição dos indivíduos cuja recomendação esteja assim apontada no inventáreo poderá
considerar outra espécie similar em porte e características fisionômicas. Mesmo os indíviduos a
serem mantidos entrarão posteriormente em sua fase de declínio, cabendo na ocasião um
estudo sobre como proceder com sua substituição.
3. Segurança
Sob o ponto de vista da segurança, é importante ressalvar que a espécie Eucalyptus robusta
não é a mais adequada para o que se destinam espaços públicos como a Praça Getúlio
Vargas, por isso recomenda-se manter somente as árvores com porte até 10-15 metros,
incluindo adequada poda de manutenção e monitoramento constante.
41
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A equipe técnica compreende a importância da história da praça, sua identidade cultural e a
relação com a sociedade, além do sentido de preservação próprio de um ícone do paisagismo
mundial, como é referenciado Auguste Glaziou. Contudo, a natureza tem seu ciclo de vida e, se
não fossem as incompatíveis características da espécie com o uso da praça, ela poderia ser
mantida.
No entanto, conforme registrado nos textos e nas peças gráficas, blocos inteiros de árvores
estão comprometidos e esse talvez seja o momento-chave para uma revitalização completa
não só dos materiais e acabamentos, como também do conjunto arbóreo e arbustivo da Praça
Getúlio Vargas. O plantio de novos indivíduos da mesma espécie não trará o benefício
desejado, apesar de respeitar o partido original do projeto, pois a curto prazo, por efeito de sua
desrama natural, voltará a trazer insegurança e prejuízos aos usuários.
Tentando manter parcialmente o partido projetual de Glaziou, é possível trabalhar com foco
diferenciado em partes distintas da praça, levando ao local ora um retorno ao tempo (com
referências históricas importantes), ora a ambiência contemporânea, mantendo contudo as
alamedas de canteiros, os renques de árvores e novos mobiliários que estejam alinhados com
o partido arquitetônico geral a ser definido oportunamente, neste trabalho.
42
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ANEXO I
TOMADAS DE VÍDEO
Juntamente com o levantamento fotográfico, foi realizado no dia 20 de Fevereiro de 2013 uma
série de tomadas de vídeo com foco na caracterização geral da praça, seu uso pela população
e as condições dos elementos móveis e fixos, inclusive vegetação.
No CD anexo estão presentes todos os vídeos e demais arquivos referentes a este documento.
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ANEXO II
INVENTÁRIO DO MOBILIÁRIO URBANO DA PRAÇA
Identificados no desenho URB-02, a tabela a seguir relaciona cada item registrado,
descrevendo-o e atribuindo-lhe um estado de conservação, conforme vistoria realizada em 20
de fevereiro e legenda de cores da planta.
Nº Foto / Item
Descrição
Estado
1
Placa
Bom
2
Banco
Em estado de uso
3
Caçamba de lixo reciclavel
Bom
4
Rampa
Bom
5
Lixeira
Destruído
6
Grade
Bom
7
Poste de Iluminação
Em bom estado de conservação
8
Banco
Em estado de uso
9
Brinquedos
Bom
10
Brinquedos
Bom
11
Banco
Em estado de uso
12
Banco
Em estado de uso
13
Lixeira
Destruído
14
Bustos e Elementos Esculturais
Bom
15
Placa comemorativa
Bom
16
Placa comemorativa
Bom
17
Banco
Em estado de uso
18
Placa
Bom
19
Banco
Necessitando conserto
20
Banco
21
Banco
Em estado de uso
22
Lixeira
Destruído
23
24
Bom
25
Banco
Em estado de uso
26
Banco
Em estado de uso
27
28
Banco
Em estado de uso
29
Banco
Em estado de uso
30
Banco
Em estado de uso
31
Banco
Em estado de uso
32
Placa
Bom
44
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Nº Foto / Item
Descrição
Estado
33
Banco
Em estado de uso
34
Banco
Em estado de uso
35
36
37
Semáforos
Bom
38
Rampa
Bom
39
Banco
Em estado de uso
40
Banco
Em estado de uso
41
42
Banco
Em estado de uso
43
Lixeira
Destruído
44
Banco
45
Banco
Em estado de uso
46
Bom
47
Lixeira
Destruído
48
Banco
49
Banco
Em estado de uso
50
Banco
Em estado de uso
51
Banco
Em estado de uso
52
53
Banco
Em estado de uso
54
Banco
Em estado de uso
55
Semáforos
Bom
56
Rampa
Bom
57
Placa
Bom
58
Ponto de táxi
Bom
59
Placa
Bom
60
61
Banco
62
63
Banco
64
65
Banco
Em estado de uso
66
Banco
Em estado de uso
67
Banco
Em estado de uso
68
Banco
Em estado de uso
69
Banco
Em estado de uso
70
Banco
Em estado de uso
71
Banco
Em estado de uso
45
Tel/fax (21) 2240-8050
Nº Foto / Item
Descrição
Estado
72
Banco
Em estado de uso
73
Bom
74
Placa comemorativa
Bom
75
Bom
76
Banco
77
Banco
78
Banco
79
Banco
80
Banco
81
82
83
Banco
Destruído
84
Banco
Destruído
85
Banco
Destruído
86
Banco
Destruído
87
Banco
Destruído
88
Lixeira
Destruído
89
Lixeira
Destruído
90
91
Banco
Em estado de uso
92
Banco
Em estado de uso
93
Banco
Em estado de uso
94
Coreto
Bom
95
Coreto
Bom
96
Coreto
Bom
97
Banco
Em estado de uso
98
Banco
Em estado de uso
99
Banco
Em estado de uso
100
Banco
Em estado de uso
101
Banco
Em estado de uso
102
103
104
Banco
Em estado de uso
105
Banco
Em estado de uso
106
Banco
Em estado de uso
107
Banco
Em estado de uso
108
Banco
Em estado de uso
109
Banco
Em estado de uso
110
46
Tel/fax (21) 2240-8050
Nº Foto / Item
Descrição
Estado
111
Lixeira
Destruído
112
Lixeira
Destruído
113
114
Banco
Em estado de uso
115
Banco
Em estado de uso
116
Banco
Em estado de uso
117
Banco
Em estado de uso
118
Lixeira
Destruído
119
Lixeira
Destruído
120
Rampa
Bom
121
Placa
Bom
122
Bebedouro
Ruim
123
Banco
Em estado de uso
124
Banco
125
126
Banco
Em estado de uso
127
Banco
Em estado de uso
128
Banco
Em estado de uso
129
Banco
130
Banco
Destruído
131
Banco
132
Necessitando reparo
133
Bom
134
Placa comemorativa
Bom
135
Bom
136
Banco
Destruído
137
Banco
Destruído
138
Lixeira
Destruído
139
Banco
Destruído
140
141
Lixeira
Destruído
142
Rampa
Bom
143
Lixeira
Destruído
144
Banco
Destruído
145
Banco
Destruído
146
Lixeira
Destruído
147
148
Banco
Em estado de uso
149
Banco
Em estado de uso
47
Tel/fax (21) 2240-8050
Nº Foto / Item
Descrição
Estado
150
Placa comemorativa
Bom
151
Banco
Em estado de uso
152
Banco
153
Banco
154
Banco
Em estado de uso
155
Banco
Em estado de uso
156
Lixeira
Destruído
157
Lixeira
Destruído
158
159
Banco
Destruído
160
Banco
Destruído
161
Lixeira
Destruído
162
Banco
Destruído
163
Banco
Destruído
164
Lixeira
Destruído
165
166
Banco
Destruído
167
Banco
Destruído
168
Placa comemorativa
Bom
169
Placa comemorativa
Bom
170
Banco
Destruído
171
Banco
Destruído
172
173
Banco
Destruído
174
Lixeira
Destruído
175
Banco
Destruído
176
Lixeira
Destruído
177
Banco
Destruído
178
Banco
Destruído
179
Banco
Destruído
180
Banco
Destruído
181
Banco
Destruído
182
Lixeira
Destruído
183
Banco
Destruído
184
Banco
Destruído
185
Necessitando reparo
186
Banco
Destruído
187
Banco
Destruído
188
Banco
Destruído
48
Tel/fax (21) 2240-8050
Nº Foto / Item
Descrição
Estado
189
Bom
190
Placa comemorativa
Bom
191
Banco
Destruído
192
Banco
Destruído
193
Banco
Destruído
194
Banco
Destruído
195
Lixeira
Destruído
196
197
Banco
Destruído
198
Banco
Destruído
199
Banco
Destruído
200
Banco
Destruído
201
Lixeira
Destruído
202
Banco
Destruído
203
Banco
Destruído
204
205
Banco
Destruído
206
Banco
Destruído
207
Lixeira
Destruído
208
Lixeira
Destruído
209
Banco
Destruído
210
Banco
Destruído
211
212
Chafariz
Bom
213
Chafariz
Bom
214
Chafariz
Banco
Bom
215
216
Banco
Destruído
217
Banco
Destruído
218
Placa comemorativa
Bom
219
Banco
Destruído
220
Banco
Destruído
221
Banco
Destruído
222
Bom
223
224
Banco
Destruído
225
Banco
Destruído
226
Banco
Destruído
227
Banco
Destruído
Destruído
49
Tel/fax (21) 2240-8050
Nº Foto / Item
Descrição
Estado
228
229
Lixeira
Destruído
230
Lixeira
Destruído
231
Banco
Destruído
232
Lixeira
Destruído
233
Banco
Destruído
234
Lixeira
Destruído
235
Banco
Destruído
236
237
Banco
Destruído
238
Bom
239
Bom
240
Banco
Destruído
241
Banco
Destruído
242
243
Banco
Destruído
244
Lixeira
Destruído
245
Banco
Destruído
246
Banco
Destruído
247
Lixeira
Destruído
248
Banco
Destruído
249
Necessitando reparo
250
Banco
Destruído
251
Lixeira
Destruído
252
Banco
Destruído
253
Banco
Destruído
254
255
Lixeira
Destruído
256
Banco
Destruído
257
Placa
Bom
258
Rampa
Bom
259
Rampa
Bom
260
Placa
Bom
261
Banco
Destruído
262
Banco
Destruído
263
Bom
264
Placa comemorativa
Bom
265
Bom
266
Placa
Bom
50
Tel/fax (21) 2240-8050
Nº Foto / Item
Descrição
Estado
267
Ponto de táxi
Ruim
268
Banco
Destruído
269
Lixeira
Destruído
270
Banco
Destruído
271
Bom
272
Banco
Destruído
273
Placa
Bom
274
Rampa
Bom
275
Rampa
Bom
276
277
Banco
Destruído
278
Lixeira
Destruído
279
Banco
Destruído
280
Banco
Destruído
281
Banco
Destruído
51
Tel/fax (21) 2240-8050
ANEXO III
ENTREVISTA COM USUÁRIOS
No dia 3 de Abril de 2013 foi realizada uma breve entrevista com os usuários do local, com
questões diretas relativas ao uso e estado de conservação da praça, objetivando apurar o
sentimento geral (por pequena amostragem) da comunidade em relação ao espaço e suas
demandas.
Essa ação propiciou a compilação de dados importantes, registrados nos gráficos a seguir.
Figura 47 - Gráfico de Respostas 1
O gráfico 1 (Figura 47) mostra proporções bastante equilibradas sobre o que o espaço hoje
representa para os usuários, no que diz respeito a ser uma área de estar e contemplação, um
local de passeio e caminhada e ainda um ponto de encontro.
Dentre as funções que melhor se desempenham (Figura 48) está a de ser um ponto de
encontro, possivelmente por estar central na cidade de Nova Friburgo, e abrigar a feira de
artesanato, pois é conhecida e razoavelmente organizada.
52
Tel/fax (21) 2240-8050
53
Tel/fax (21) 2240-8050
Vários temas foram registrados na pesquisa, no que se refere ao que pode ser melhorado na
praça. Destaque, de acordo com a Figura 49, para parque infantil, arborização/jardins,
mobiliário e manutenção geral.
A relação cultural dos usuários com a praça é de extrema importância para manutenção de
suas características, além do rigor do tombamento. A Figura 50 mostra que relativa maioria dos
entrevistados reconhece que a praça (ou seus elementos) é protegida por tombamento.
Em relação às demandas dos usuários, o gráfico da Figura 51 mostra claramente certa
ansiedade por outros usos e até insatisfação com sua atual utilização.
Figura 51
54
Tel/fax (21) 2240-8050
Alguns entrevistados solicitam a revitalização da praça, pois a mesma encontra-se em “estado
de abandono”, assim citado pelos moradores e visitantes. Possivelmente a maioria desconhece
os trâmites demandados entre a manutenção, a substituição e a preservação de uma espécie
arbórea de um bem tombado.
Dentre as necessidades descritas acima, muitos revidicam a substituição dos eucaliptos velhos
por árvores mais frondosas, a construição de um local coberto para realização da feira de
artesanato, a revitalização do coreto, a implantação de uma área de atividade física aos idosos
e eventos ligados a cinema, teatro e shows.
A seguir, cópia das fichas preenchidas, para verificação detalhada.
55
Tel/fax (21) 2240-8050
ANEXO IV
PESQUISA DE MÍDIA SOBRE A PRAÇA
No sentido de complementar a presente análise e argumentar com as recomendações
expostas, especialmente no texto conclusivo, relacionam-se abaixo um conjunto de
publicações de mídia digital que reportam fatos relativament recentes sobre a Praça Getúlio
Vargas, a título de referência.
Galho de árvore centenária cai e fere mulher em Friburgo, RJ
Queda de árvores impede trabalho de feirantes em Nova Friburgo, RJ
Eucalipto centenário cai na Praça Getúlio Vargas
Você se sente ameaçado pela queda de árvores em alguns pontos da
cidade, como a Praça Getúlio Vargas?
O que você acha que tem de ser feito com os eucaliptos da praça?
Falta de bancos na Praça Getúlio Vargas vira alvo de queixas dos
frequentadores
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Galho de árvore centenária cai e fere mulher em Friburgo, RJ
25/01/2013 16h53 - Atualizado em 28/01/2013 16h41
Portal eletrônico www.g1.globo.com
A queda aconteceu em um dos lugares mais visitados pelos turistas.
Dezenas de pessoas acompanharam o trabalho do Corpo de Bombeiros.
Depois de várias podas de eucaliptos realizadas pela Prefeitura de Nova Friburgo, Região
Serrana do Rio de Janeiro, um acidente assustou os moradores da cidade. No início da tarde
desta sexta (25), o galho de uma árvore centenária caiu na cabeça de uma mulher na praça
Getúlio Vargas em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro.
Flávia Fischer Pinto caminhava pela praça quando foi atingida pelo galho. A vítima de 38 anos
teve um corte na cabeça e precisou ser levada até o Hospital Raul Sertã pela ambulância do
Corpo de Bombeiros. As dezenas de pessoas que passavam pelo local ficaram assustadas
com o acidente e a quantidade de sangue que ficou no chão.
A queda do galho aconteceu em um dos locais mais visitados pelos turistas, a feirinha de
artesanato no Centro da cidade. No ano passado, cincos eucaliptos caíram na praça e alguns
chegaram a atingir carros que estavam estacionados. A Prefeitura começou no início de 2013
um trabalho de poda e corte emergencial das árvores.
A equipe do G1 tentou entrar em contato com o Raul Sertã para saber o estado de saúde de
Flávia, porém não obteve resposta.
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Queda de árvores impede trabalho de feirantes em Nova Friburgo, RJ
26/01/2013 20h30 - Atualizado em 26/01/2013 20h30
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Neste sábado (26) feirantes da Praça Getúlio Vargas, no Centro de Nova Friburgo, Região
Serrana do Rio, não puderam trabalhar por conta do risco de queda dos galhos de árvores. A
medida foi tomada pela Defesa Civil do município para garantir a segurança de quem trabalha
e passa pelo local.
Na sexta-feira (25) um galho seco se desprendeu da copa de uma das árvores e atingiu uma
mulher que passava pela praça. Flávia Fisher, de 38 anos teve um corte na cabeça e foi levada
para o hospital. Segundo a Defesa Civil, a árvore não estava entre as selecionadas para poda
e corte.
O presidente da Associação da Feira diz que já convive com situações de risco há pelo menos
12 anos. O Subsecretário de Governo afirma que serão investidos mais de R$ 6 milhões em
obras de revitalização da praça.
Flávia Fisher, a mulher que foi atingida pelo galho da árvore, teve alta e passa bem. Segundo a
assessoria de imprensa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a manutenção
das árvores é de responsabilidade da prefeitura, e para que seja realizada a poda da
vegetação é necessária uma notificação por parte da prefeitura.
Os cortes e poda dos eucaliptos continuam no domingo (27) e por
trabalhar somente em uma parte da Praça Getúlio Vargas e na
Moreira, também no Centro da cidade. Por conta do trabalho,
Monsenhor Miranda e Luis Spinelli ficará interditado das 6h às
fornecimento energia elétrica.
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isso o feirantes terão que
Praça Dermeval Barboza
o trecho entre as Ruas
14h e haverá corte no
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Eucalipto centenário cai na Praça Getúlio Vargas
Juliana Scarini
16/07/2012
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A queda de um eucalipto com mais de 30 metros de altura na noite de quinta, 12, assustou os
moradores da Praça Getúlio Vargas. O fato ocorreu por volta das 21h30, devido a um breve
porém agitado temporal. Logo pela manhã, uma equipe de funcionários da Prefeitura estava no
local fazendo a remoção da árvore—que, segundo o secretário de Cultura David Massena, teve
que ser autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A Praça Getúlio Vargas foi construída em 1880 pelo engenheiro e paisagista francês Auguste
François Marrie Glaziou, também responsável pelo projeto paisagístico do Nova Friburgo
Country Clube, e tombada pelo Iphan na década de 1980. Segundo o coordenador de
patrimônio material e imaterial da Secretaria de Cultura, Luiz Fernando Folly, a queda destes
eucaliptos é um acontecimento normal principalmente por causa da idade das árvores—porém,
ele ressalta que, ao longo do tempo, desde 1918, podas erradas contribuem para isso.
“O eucalipto não é uma árvore propícia para meio urbano e, na época em que a praça foi
projetada, não se sabia que um eucalipto poderia chegar a esta altura”, explicou Luiz
Fernando, lembrando que essas árvores devem ter um acompanhamento. Originalmente, a
praça tinha 200 eucaliptos, hoje, cerca de 70 ainda fazem parte do cenário urbano da cidade.
A Praça Getúlio Vargas é um cartão-postal da cidade, todavia, por ser tombada como
patrimônio histórico, fazer podas, retiradas ou qualquer outra ação no local deve ter
autorização do Iphan. “A praça tem uma importância cultural para Nova Friburgo, sendo a única
praça neste estilo no Brasil”, ressaltou Luiz Fernando.
Alguns eucaliptos já apresentam estado de deterioração com presença de cupins, por exemplo.
No entanto, o eucalipto que caiu na quinta-feira não apresentava sinais de deterioração em seu
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cerne. A queda, provavelmente, foi ocasionada pela idade e pelas fortes correntes de vento
que se formam na praça.
Lilian Barretto, gerente do departamento de patrimônio artístico e cultural, disse que a
Secretaria de Cultura tomou todas as providências necessárias, entrando em contato com o
escritório técnico do Iphan em Petrópolis, responsável pela fiscalização na Região Serrana. No
momento, a secretaria aguarda retorno com informações das próximas ações.
Luiz Fernando Folly conta que o projeto de restauração da praça já está 80% em andamento, e
que ele é muito caro. “Não é tão simples tomar medidas e fazer mudanças na praça. O projeto
de Glaziou deve ser respeitado. Tem que haver uma reunião com o poder público, com o Iphan
e diversos especialistas, desde engenheiro até paisagistas para definir um projeto para a
praça”, declarou. Lilian Barretto também sustenta a mesma opinião e diz que para a realização
de um simpósio para discussão de um projeto para a Praça Getúlio Vargas é preciso que a
Prefeitura dê total apoio a esta iniciativa.
Além da queda da árvore, a Defesa Civil informa que não houve demais ocorrências no
município.
Segundo funcionários da prefeitura o eucalipto tinha aproximadamente 38 metros de altura.
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Você se sente ameaçado pela queda de árvores em alguns pontos da
cidade, como a Praça Getúlio Vargas?
07/08/2012
Conforme matéria publicada na edição do último sábado, 4, os ventos fortes que caracterizam
o mês de agosto trazem à tona um problema que vem preocupando muitos friburguenses
ultimamente: a queda de árvores em mau estado. No mês passado algumas ocorrências
assustaram a comunidade, como a queda de um eucalipto na Praça Getúlio Vargas e de uma
árvore no Catarcione, que destruiu um veículo e parte do telhado de uma empresa. A
reportagem de A VOZ DA SERRA foi às ruas saber se a população se sente em risco ao
passar em locais como a Praça Getúlio Vargas.
“Claro que me sinto inseguro e ameaçado e acho um risco aquela feirinha de artesanato que
acontece na praça nos fins de semana. Não sei como o pessoal não tem medo de trabalhar lá.”
Flávio Pacheco, 41, autônomo, Jardim Ouro Preto.
“Sim. Acho que deveria haver uma manutenção periódica das árvores na cidade,
principalmente as localizadas em áreas de grande circulação de pessoas como a Praça Getúlio
Vargas. Têm alguns eucaliptos que são um perigo e necessitam ser podados com urgência. O
Iphan tinha que autorizar esse trabalho porque as árvores estão oferecendo risco à população.
Eu adoro a praça, mas nem sento mais nos bancos.” Peter Fillot, 40, funcionário público,
Centro
“Não vejo perigo nenhum e ando normalmente pela cidade, inclusive na Praça Getúlio Vargas.”
Adriano Silva, 26, repositor de mercado, Chácara do Paraíso.
“Tenho bastante receio de andar na Praça Getúlio Vargas, principalmente após a queda
daquele imenso eucalipto mas não vejo perigo em outros locais da cidade.” Maria José Pereira
da Silva, 64, aposentada, Conselheiro Paulino.
“A falta de manutenção das árvores da cidade é um problema sério não só na Praça Getúlio
Vargas como em vários locais. Moro no Cônego e quando minha casa estava em construção,
quase foi atingida pela queda de uma árvore de grande porte que ficava na propriedade ao
lado. Agora vivo preocupado com o risco de outros acidentes, já que o local é repleto de
árvores.” Marcos Frota, 37, empresário, Cônego.
“Acho que existe até algum risco na praça, mas não vejo isso em outros locais da cidade. Não
sou especialista mas percebo que alguns eucaliptos da praça estão bem tortos e deveriam
passar por um estudo e ter uma manutenção periódica. Afinal, são um patrimônio e uma
tradição da cidade. Apesar disso, é bom evitar passar pela praça caso haja um evento climático
mais violento como a ventania ocorrida mês passado, que derrubou um eucalipto
aparentemente em bom estado.” Ivan Peixoto Junior, 55, servidor público, Centro.
“Deveria haver um cuidado maior com as árvores da cidade, mas não acho que elas ofereçam
risco. Tanto que não abro mão de vir diariamente à Praça Getúlio Vargas para admirar a
paisagem. Sou uma amante da natureza e não fico preocupada com queda de árvores porque
quando é da vontade de Deus, nada segura.” Sirlene Ferreira Rodrigues, 49, contadora, bairro
da Graça.
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“Não tenho medo e passo diariamente na Praça Getúlio Vargas, mas acho que é preciso uma
manutenção de suas árvores, que são centenárias e merecem mais atenção. Sou contra a
derrubada porque isso descaracterizaria o espaço.” Alexandre César Ribeiro, 49, psicólogo,
Furnas.
“Não só me sinto ameaçado como já perdi um carro aqui na praça devido à queda de um
eucalipto. Eu e meu pai não morremos por pouco. Continuo trabalhando aqui e sou testemunha
diária de acidentes provocados pela queda de galhos das árvores com as pessoas que
passam. Outro dia, um galho caiu de ponta e chegou a marcar o chão. Por sorte não passava
ninguém. Nos dias de vento e chuva forte fico do outro lado da praça para me proteger e os
passageiros até já sabem.” José Altair Santana, 60, taxista, Riograndina.
“Não vejo problema algum em passar na praça ou em outras áreas arborizadas da cidade. Não
temos como nos proteger de certas fatalidades.” Lúcia de Souza, 57, autônoma, Olaria.
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O que você acha que tem de ser feito com os eucaliptos da praça?
06/11/2012
A rápida chuva do domingo, 28 de outubro, acabou provocando a queda de mais um eucalipto
na Praça Getúlio Vargas. Nenhum carro foi atingido e ninguém ficou ferido. O tronco da
gigantesca árvore caída só foi retirada na segunda-feira.
O fato deixou a comunidade assustada e a situação dos centenários eucaliptos voltou a ficar
em evidência. Moradores, comerciantes e frequentadores estão apreensivos com a chegada
das chuvas de verão, o que aumenta o risco de acidentes, não só pela queda de alguma outra
árvore, como também de galhos. A falta de manutenção dos eucaliptos lidera as queixas.
Para saber o que os friburguenses pensam a respeito desse assunto, A VOZ DA SERRA foi à
Praça Getúlio Vargas e ouviu dez pessoas com a pergunta: “O que você acha que tem de ser
feito com os eucaliptos?”. Confira as opiniões.
“Na minha opinião deveriam tomar uma providência antes que aconteça coisa pior. Podar ou
trocar as árvores para que haja mais segurança, para que as pessoas possam frequentar a
praça sem medo.” Hélio Afonso, 64 anos, vendedor autônomo, Jardim Ouro Preto
“O ideal é que podassem os eucaliptos um pouco mais severamente para diminuir o risco e
replantar. É preciso renová-los e ir substituindo-os aos pouquinhos. Até replantar todos eles ir
podando os que estão em piores condições. Tem eucalipto aqui que nunca foi podado ou foi há
30 ou 40 anos pelo Heródoto. Porque ele tinha um cara na Prefeitura com coragem de subir
com o machado e derrubar. Hoje não se acha quem faça isso. Então tem que ser feito com
motosserra, com cuidado.” Renato Queiroz Pimenta, 72, dentista, Centro
“Pelo menos podar os galhos maiores, porque estão bem perigosos. Quando venta eu saio
daqui. Tiro o carro e vou para casa e fico por lá até passar. E isso é prejuízo, com certeza. Aqui
antigamente tinha uma árvore, que caiu em cima do carro do colega José Santana. Esses
eucaliptos têm que ter poda urgente e constante.” Marcelo Tavares, 44, taxista há 21 anos, Vila
Amélia
“Na ocasião que caiu a árvore no meu carro, em 1996, eles disseram que havia passado uma
fiscalização do Ibama e constatado 19 árvores condenadas. E de lá para cá não fizeram nada.
Eu acho que deveriam podar todas essas árvores, principalmente as que estão em perigo. O
que caiu foi porque o vento derrubou. Na época o Paulo Azevedo pagou o conserto do meu
carro, que ficou em R$ 8,5 mil. De vez em quando tem um carro aqui danificado por um galho
de árvore que cai, pessoas machucadas e a reclamação nem chega à Prefeitura. A solução é
podar todas elas que estão em perigo, isto é, quase todas.” José Santana, 60, taxista desde
1973 na praça, Riograndina
“Na minha opinião esses eucaliptos estão colocando em risco o pessoal que circula pela praça.
Têm que ser substituídos por árvores novas, porque estas já são centenárias e não têm mais
condições de estarem aqui. Hoje eu estou sentado aqui, mas quando vem temporal eu não fico
aqui, não.” José Luiz Schmidt, 52, porteiro de condomínio, Varginha (frequentador da praça
desde criança)
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“Eu tenho pouco conhecimento disso, mas pelo o que a gente percebe, é que falta
manutenção. Talvez tenham que ser efetuados cortes periódicos e que as árvores em piores
condições fossem retiradas e replantadas. Algumas podem ser recuperadas. Isso vai ajudar
muito a todos nós. A gente observa galhos caindo em cima dos nossos carros aqui. Imagine
que a gente está se protegendo da chuva e uma árvore dessas cai e derruba a marquise... O
ideal é que tivesse continuado o trabalho de replantio, mas não deram continuidade a isso.
Tanto que já caiu outra árvore. É muito perigoso. Até agora não atingiu ninguém, mas até
quando nós vamos ter essa sorte?” Weimar Jaccoud, 59, comerciante há 27 anos na praça,
Centro
“Têm que plantar outros e acabar com estes, que são um perigo. Estão muito perigosas essas
árvores, já podres. São até mesmo uma questão de segurança. As árvores fazem falta, então
deveriam ser renovadas. Não devem ser tiradas de uma vez, mas aos poucos, com um
trabalho constante. Minha sugestão é essa.” Elba Machado, 77, aposentada, mora em Bom
Jardim há seis meses, morou muitos anos em Nova Friburgo e frequenta a praça até hoje a
passeio
“Tem que replantar. Não tem saída. Esse é um serviço que tem que ser feito paulatinamente.
Foi feito numa parte, mas parou. E deve continuar antes que dê um problema maior. Esses
eucaliptos são um perigo danado.” Walton Keller Castro, 70, bancário aposentado, Vila Amélia
“Tem que podar, procurar um órgão especializado, porque essas árvores estão muito
perigosas. Aquela ali, se cair em cima do prédio do Castelinho, acaba com a fachada toda e
pode machucar a gente. Tem que ter poda constante. Isso era para ser feito sempre, todo ano,
de dois em dois anos, pelo Iphan, Ibama, tem que buscar recursos com todo mundo.” Nilson
Santana Formiga, 64, vendedor autônomo, Vila Amélia, trabalha na praça há muitos anos
“Arrancar as que estão piores e replantar novas árvores. Fazer replantio mesmo, substituir as
antigas por novas. Eu acho que é um trabalho urgente. Disseram-me que há alguns anos uma
dessas árvores aleijou um artesão da feirinha, não sei se é verdade. Se uma delas atingir a
minha loja eu vou em cima de quem eu puder ir, pode estar certo disso. Eu gostaria que isso
fosse prevenido, mas não depende de mim. A substituição das antigas por novas árvores seria
uma boa, na minha opinião.” Sônia Regina de Souza Lima, 48, comerciante, estrada MuryLumiar, comerciante na praça há mais de 20 anos
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Falta de bancos na Praça Getúlio Vargas vira alvo de queixas dos
frequentadores
05/03/2013
Flávia Namen
Sentar num banco da Praça Getúlio Vargas está cada vez mais difícil e arriscado desde o início
do ano. Tudo por conta da operação de poda dos eucaliptos que apresentavam risco iminente
de queda. Dezenas de bancos localizados em vários pontos da praça foram retirados com o
intuito de evitar estragos, mas estão fazendo falta à comunidade. A redação do jornal vem
recebendo uma série de queixas sobre o problema, que está contribuindo para descaracterizar
o tradicional espaço e prejudicando os frequentadores e turistas.
Além da ausência de bancos em uma grande extensão da praça, a falta de manutenção dos
que ainda restam é visível. Vários estão quebrados, com pontas de madeira ou pregos
aparentes, oferecendo risco aos frequentadores. Vale lembrar que o problema é antigo e já foi
mostrado em algumas reportagens publicadas por A VOZ DA SERRA, mas há anos
permanece sem solução.
A precariedade dos bancos vem somar-se a outras mazelas que conferem um aspecto de
abandono ao mais tradicional espaço de lazer da cidade. Jardins malcuidados, monumentos
sem conservação e iluminação precária têm sido alvos de constantes reclamações da
comunidade, bem como a falta de lixeiras. Algumas estão quebradas ou destruídas e não
foram repostas. Por conta disso, uma grande quantidade de lixo vem sendo jogada
indiscriminadamente nos jardins e bancos.
A ausência de bancos em um grande trecho da Praça Getúlio Vargas está fazendo falta à
comunidade, conforme reclamações que têm chegado ao jornal
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Resta à população aguardar que seja agilizado o projeto de revitalização da Praça Getúlio
Vargas, uma parceria firmada entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), o Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur-RJ) e a Prefeitura de Nova
Friburgo. Afinal, o tradicional espaço precisa voltar a oferecer conforto aos friburguenses e
turistas, recuperando sua importância como um dos símbolos da cidade.
Os jardins malcuidados e a falta de lixeiras são outros problemas que vêm contribuindo para
descaracterizar o tradicional espaço
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Eucaliptos da praça deverão passar por avaliação individual, diz Iphan
24/08/2012
Henrique Amorim
O diretor de jardins e paisagens naturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), Carlos Fernando de Moura Delphim, vistoriou essa semana os eucaliptos da
Praça Getúlio Vargas e opinou pela realização de um estudo fitossanitário individual das 150
árvores centenárias. A avaliação deverá ser encomendada pela Prefeitura a universidades
públicas. No estado, a atividade é desenvolvida pela Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro (UFRRJ).
“O que o estudo apontar como solução será acatado pelo Iphan. Se a melhor escolha for pela
poda, orientaremos a poda, se for pelo corte, autorizaremos então o corte com um projeto de
manejo (substituição por novas mudas)”, disse Delphim lembrando a necessidade de a
principal praça friburguense ser adaptada ao novo contexto urbano. Ele impressionou-se com a
beleza e a imponência dos eucaliptos, mas observou com tristeza os maus cuidados com um
dos principais símbolos postais do município.
“O ideal era que o tráfego pesado de veículos no entorno da praça fosse proibido para evitar a
trepidação que interfere no desenvolvimento das árvores, mas isso hoje em dia é impossível”,
complementou o diretor do Iphan, que viajou a Nova Friburgo a convite dos membros do
Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, Lílian Barretto e Luiz
Fernando Folly.
A visita ocorreu um mês depois da queda de um eucalipto na praça após uma ventania. Muitos
deles estão com os troncos podres e infestados por cupins. O risco de quedas, principalmente
em dias de mau tempo, preocupa quem costuma passar com frequência pela praça ou no
trânsito em seu entorno.
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“A Prefeitura deve ser orientada até mesmo sobre como providenciar uma poda de forma
correta para não comprometer as árvores”, observa Lílian Barretto, diretora do Departamento
de Patrimônio Histórico. A inspeção foi acompanhada ainda pela integrante do escritório
técnico do Iphan na Região Serrana, Erika Machado e Ana Pessoa, diretora do Centro de
Memória e Informação da Casa Rui Barbosa.
Na semana passada, membros do Departamento de Patrimônio Histórico de Nova Friburgo e
do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Commam) discutiram ainda a possibilidade de
apelar ao Exército para mapear o subsolo com radares de penetração a fim de localizar três
tanques de água para abastecimento das casas coloniais dos suíços. O trecho fica entre as
ruas Luiz Spinelli e Galeano das Neves.
Segundo Luiz Fernando Folly, do Departamento de Patrimônio Histórico, a Praça Getúlio
Vargas, planejada pelo renomado arquiteto francês, Augueste François Marie Glaziou, abriga
um santuário arqueológico em seu subsolo. “Se escavarmos para retirada de raízes certamente
algumas relíquias poderão ser descobertas, como a localização de canos, vazamentos
subterrâneos, pontos de despejo de lixo e até mapeamentos de cemitérios e sítios
arqueológicos da antiga vila dos suíços.
Também foi discutida durante a visita a elaboração de um laudo detalhado sobre a praça, além
de outro emergencial para definição da poda dos galhos das árvores.
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Praça Friburgo - Etapa 3 - Diagnóstico r1

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